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Copyright © 2017 by Carolina Lana

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autorização prévia por escrito, sejam quais forem os meios empregados.

Direitos de publicação e propriedade literária exclusivos a Curandeiras de Si ®


Sumário

Introdução..................................................................................................... 4

Minha História .............................................................................................. 5

Dores, Emoções e Origens das Doenças Femininas .................................. 6

Anatomia Feminina: Conhecendo nosso órgão genital, nossos ciclos e

fluxos naturais............................................................................................. 11

Ciclo Menstrual .......................................................................................... 19

Limpezas Uterinas ..................................................................................... 28

Como medir o PH Vaginal? ....................................................................... 34

Cólicas Menstruais ou Dismenorréia ......................................................... 36

Períodos irregulares ou Ausência - Amenorréia ........................................ 40

Períodos Abundantes ou Menorragia ........................................................ 42

Sindrome Pré-Menstrual ............................................................................ 44

Auto-exame Mamário ................................................................................. 47

Sintomas benignos da Mama .................................................................... 50

Menopausa ................................................................................................ 57

Curandeira de Si ........................................................................................ 62

Notas .......................................................................................................... 64

Bibliografia ................................................................................................. 64
Introdução

Como seria ter mais Poder Pessoal? Imagine que você seja dona de
todas as decisões sobre o seu corpo, uma especialista de si mesma,
entende o que te deixa no seu máximo potencial e o que lhe dá prazer. Que
é íntima do seu corpo feminino, suas diversas e múltiplas expressões. A
ginecologia natural é isso, um trabalho de autopercepção, de auto
entendimento, de muito autoconhecimento e PRINCIPALMENTE de Amor
Próprio.

Com o passar dos anos fomos perdendo o contato com nosso corpo e
nos limitando aos padrões de beleza impostos pela sociedade. A
preocupação com a estética externa do corpo é motivo de vários
transtornos que atormentam as mulheres atualmente. Você tem que
emagrecer! O cabelo precisa estar “domado”. As unhas precisam estar
feitas. A maquiagem precisa estar perfeita. Como esconder aquela estria
maldita no bumbum?! Como acabar com as celulites?! E esses pneuzinhos,
como escondo? Mas a fulana está muito mais bonita que eu! São
cobranças que fazemos diariamente dentro de nós, afinal de contas se você
não estiver dentro do padrão, não vai ser boa o suficiente, não é mesmo?!

A Ginecologia Natural é focada no autoconhecimento através do corpo,


uma redescoberta de si mesma e do seu feminino, uma GRANDE conexão
com a sua essência e com saberes ancestrais com o único objetivo que
você possa ser você mesma de forma SEGURA, COMPLETA e CURADA.

E não são só métodos de cura com Plantinhas, é pegar o espelho e


olhar sua vagina, realizar auto exame das mamas, reconhecer os mucos
vaginais, tocar o seu corpo, sentir as emoções que desabrocham com cada
toque… Envolve a observação do seu ciclo menstrual, métodos
anticoncepcionais naturais, plantas essenciais, remédios naturais com base
na alimentação, parto natural, formas de menstruar consciente e
ecologicamente. Você vai aprender a se observar e interpretar seus
próprios sinais.

Se conhecer, se cuidar, se respeitar, se tratar e se curar . Esta é a


verdadeira Ginecologia Natural.
Minha História

Eu já fui totalmente distanciada do meu Sagrado Feminino e da Espiritualidade. Vivia uma vida
comum com hormônios, infeliz comigo mesma e em comparação constante com outras
mulheres.

Não conseguia encontrar o meu lugar no mundo, era uma busca constante de algo para suprir
minhas necessidades da alma, de me fazer sentir completa. Com diversos relacionamentos
totalmente fracassados . A frustração aumentava cada dia mais, colocava defeito em tudo e
via defeito em todos, nada era suficiente. Vivia em um ciclo de completa excassez. A vida
muitas vezes não fazia muito sentido para mim, o modelo que eu estava procurando me
encaixar não era o meu modelo, mas eu não conseguia enxergar isso, eu precisava a qualquer
custo Fazer Parte.

Quantas noites em choro lamentando o meu corpo, o meu jeito de ser, que nada que eu fazia
dava certo. Por que ninguém gostava de mim? Porque eu não conseguia um emprego como
todos? Tadinha de mim, não é?! A autopiedade fez parte da minha jornada durante um bom
tempo. O ciclo menstrual era o terror para mim, a TPM era um furacão, pois potencializava
toda aquela frustração, sem contar as cólicas que me deixavam de cama.

E com toda essa nuvem sombria que pairava sobre mim minha alma gritava e eu ouvi o
chamado. Participei de um primeiro circulo de mulheres e alguns outros tipos de encontros
espirituais. Não sei exatamente o que mudou ali, mas eu encontrei uma parte minha que
estava perdida. E isso foi só o início do meu despertar. Foram cursos e mais cursos,
experiências e mais experiências. Morri e renasci diversas vezes. Aprendi a conviver comigo
mesma, a gostar de mim assim do jeitinho que a Deusa me gerou, a me amar e dar valor as
minhas ações.

Conheci a Ginecologia Natural e foi amor no primeiro ciclo. Aprendi a plantar minha Lua,
comecei a fazer minha mandala menstrual e meu diário lunar e aos poucos minha vida foi se
transformando. Comecei a ver mudanças em vários âmbitos da minha vida, a minha carreira
como terapeuta estava crescendo, os relacionamentos eram mais maduros, minha autoestima
estava lá em cima, era como se a vida estivesse abrindo os braços e me convidando para um
abraço carinhoso, mas na realidade este convite sempre esteve ali, eu só estava cega demais
para enxerga-lo. A consciência do útero e da sabedoria que ele traz fortaleceu minha conexão
com minha Deusa interior e com as minhas ancestrais me deixando cada vez mais perto de ser
quem eu realmente sou.

Criei o Curandeiras de Si e me formei em Ginecologia Natural porque precisava compartilhar


toda essa sabedoria, ajudar mais mulheres a passarem por essa transformação. Quando
conheci meu corpo, o meu útero e passei a respeitar o que eles tinham a me dizer, me tornei
Co Criadora do meu destino. Confio em quem eu sou e naquilo que faço, afinal de contas
somos todas guiadas pela Deusa. Somos instrumentos de trabalho para que ela possa se
manifestar através de nós.

Muitos anos já se passaram do inicio até aqui, a jornada está só começando, mas o passo já
ficou mais leve, a intuição mais certeira e o amor… este está cada dia mais expandido.

Vamos juntas nessa caminhada!


Capítulo 1

Dores, Emoções e Origens das Doenças Femininas


"Dizem que tudo o que buscamos, também nos busca". Clarissa Pinkola

Quando nascemos, antes de sermos “tocados” pelo mundo material,


ainda estamos muito conectados com uma grande sabedoria e um poder
espiritual, através do nosso âmago. Temos uma percepção mais pura das
coisas e dos sentimentos. Ao longo de nossas vidas, essa conexão vai
perdendo força, e vamos nos ligando ao mundo material e às expectativas
que ele traz, muitas vezes, deixando de ser nós mesmas para superar as
expectativas da sociedade.

Nessa busca da individualidade e de suprir certas expectativas do


coletivo, frequentemente, acabamos nos perdendo de nós mesmas e
passamos a acreditar que, para termos individualidade, precisamos estar
separadas. Assim, nos separamos de tudo, inclusive família, amigos,
nossos grupos e assim por diante. Ao invés de encontrarmos a satisfação e
a alegria, encontramos apenas o medo e, a partir dele, todas as outras
emoções negativas se manifestam.

Nesse processo de separação, é que a doença se manifesta. Quando


estamos feridas no corpo, na mente ou na alma, sentimos dor, luto e
fragmentação, aquele sentimento de estar se desfazendo em pedaços.
Nesse ponto, sentimos uma ânsia pela inteireza, por uma cura para o nosso
estado de ruptura em pedaços, porque a essência do feminino é isso:
conexão.

É através do nosso útero que vem a nossa conexão com o Todo - com
a Grande Mãe. É a morada da alma feminina, dos conhecimentos de
nossas ancestrais, de curas milenares e do nosso poder de criação. Sem
essa conexão, ficamos doentes.
Ginecologia Natural                                                                                                                                                                          Dores, Emoções e Origens das Doenças Femininas

Bloqueamos a energia do nosso útero,


de várias formas, com crenças limitadoras
que nos são passadas desde criança
como verdades absolutas. 

Crenças que têm origem no declínio do matriarcado e no início da era


patriarcal. Por exemplo, meninas sentam de pernas fechadas, senão é feio.
Um exemplo tolo, mas quantas mulheres adultas ainda sustentam essa
informação?

Através da nossa linhagem feminina ancestral, podemos “herdar”


algumas feridas. As informações contidas no útero das mães, como, por
exemplo, sonhos, emoções, desejos, desilusões, frustrações, mágoas,
entre outros sentimentos negativos ou positivos, são passadas para o útero
da filha. Isso acontece através do que chamo de impregnação energética,
que é a troca de energia sexual com o parceiro, através da qual
absorvemos o psiquismo celular dele e das parceiras que estiveram com
ele. A troca de fluidos e energia é muito intensa durante o ato sexual.

Nosso útero é um captador de energias e, caso convivamos com


pessoas muito raivosas, negativas, tristes, acabamos absorvendo essa
energia que fica vibrando em nosso útero. Como, na maioria das vezes, já
temos certa tendência a tais emoções, isso pode se intensificar a ponto de
bloquear nossa energia de forma mais grave.

Com a transição para a era patriarcal, nossas capacidades intuitivas e


criativas foram ficando cada vez mais limitadas. Muito conhecimento
ancestral foi perdido e, muitas vezes, até banido. Toda a repressão, raiva,
mágoa, remorso e tristeza acabaram ofuscando a energia criadora e
curadora dentro de nós. Nosso centro de poder foi banalizado, nosso
sangue foi taxado de sujo e, nós mesmas, acabamos por acreditar e
alimentar essa crença. Assim, foram surgindo doenças atrás de doenças.
Há alguns anos, teve o surgimento dos anticoncepcionais que vieram para
“libertar” as mulheres, principalmente sexualmente, nos matando e nos
castrando silenciosamente. Muitas e muitas mentiras nos foram contadas, e
nós fomos acreditando, banalizando assim, o nosso próprio poder e o
Sagrado que vive em cada uma de nós.

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A rivalidade entre as mulheres foi crescendo cada vez mais. Desde


pequenas somos comparadas com a coleguinha pela forma de sentar, de
se vestir, de falar, de comer, etc., enfraquecendo a autoestima da mulher e
fomentando a competição.

Essa dilaceração do Feminino marcou


nossas almas profundamente, a ponto das
mulheres se esquecerem de quem são, do
poder que têm individualmente e do
principal, que é a força que temos unidas.

O coletivo foi marcado profundamente e, hoje, o trabalho para


retomarmos a consciência do Sagrado Feminino em sua plenitude, como já
vivemos há milhares de anos, é árduo e contínuo.

A igualdade de gênero vem aumentando cada vez mais, mas,


infelizmente, algumas mulheres só alcançam a paridade desconectando do
feminino ou de algumas características dele, como o ciclo menstrual. O
nosso corpo é nosso amigo, e, quando desconectamos do nosso ciclo, o
resultado na população feminina é:

• 60% das mulheres reclamam de sintomas pré-menstruais;


• 80% têm problemas de menopausa;
• 1 a cada 15 mulheres tem sintomas de ovários policísticos;
• Câncer no útero, seios e ovários são demasiadamente comuns;
• A endometriose tem afetado cada vez mais mulheres e mulheres mais
novas.

O avanço dessas doenças mostra a gravidade do sofrimento da mente,


do corpo e da alma do feminino.

Algumas coisas do feminino gostamos naturalmente, outras, nem tanto.


Algumas aprendemos a gostar e outras, ignoramos. Como por exemplo: a
TPM, emoções imprevisíveis, o formato do nosso corpo, o tamanho dos
nossos seios e etc. No entanto, essas características são dádivas preciosas
do feminino, do ser mulher, além de serem essenciais para a condição
feminina.

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Crenças e percepções a respeito da nossa feminilidade influenciam


muito as nossas relações, o instinto materno, o bem-estar e, até mesmo, o
formato do nosso corpo. Muitas de nós crescemos ouvindo frases como:

• Ser mulher sensual e sexual é vergonhoso;


• A menstruação é uma praga para todas as mulheres;
• Mulher de verdade tem que ter filhos;
• O formato do seu corpo não é bom;
• Depois da menopausa a vida acaba.

Crenças que estão enraizadas no inconsciente coletivo e nos


influenciam desde o início de nossas vidas.

Além disso, herdamos as percepções das


últimas sete gerações de nossas ancestrais, que
é o que chamamos de inconsciente familiar.

Sobrecargas emocionais, traumas, entre outros,


ficam gravados nas memórias celulares do
nosso útero. Muitas vezes, reagimos em
algumas situações da nossa vida por
consequência dessas memórias inconscientes.

Mas não se desanime. Se temos essas memórias, é justamente para


que sejam curadas. Quando curamos ou mudamos uma crença não
saudável para algo mais empoderado, curamos não só as últimas sete
gerações de mulheres, mas também as próximas sete. Para acessar
algumas dessas memórias, sugiro que você responda algumas dessas
perguntas em um papel:

1. Quando você era criança, o que foi ensinado sobre o que é Ser Mulher?
2. As mulheres da sua família eram respeitadas e apoiadas pelos homens?
3. Você já viveu ou testemunhou algum tipo de abuso a mulheres seja
físico, emocional, sexual?
4. Na sua família tem histórias sobre mulheres descritas como “segredo
familiar” e que advertia comportamento inapropriado?
5. Você já viu as mulheres fazerem mal uso da energia feminina, seja
por meio da manipulação emocional, sedução ou qualquer outra
maneira?
6. Nomeie três qualidades que na sua opinião uma mulher deve possuir
para se considerar feminina. 9
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São perguntas que vão te levar a padrões de pensamento que lhe


foram ensinados quando criança e que, hoje, interferem na mulher que
você é. O primeiro passo para a cura é conseguir encontrar dentro de
você esses pontos chaves, os bloqueios que te impedem de viver
plenamente a mulher que você é. Remexer em feridas e dores que há
muito tempo guardamos em um caixinha lá no fundo do nosso
inconsciente e preferimos, muitas vezes, nem lembrar que existem, faz
parte do processo de cura.

É fundamental que a mulher volte a se conectar com o seu verdadeiro


poder, com as suas capacidades intuitivas, criativas e espirituais. Curar o
nosso ventre é ligá-lo de novo à Mãe Terra e ao coração. Nos libertar da
culpa, do peso do passado, da vergonha e florescer, gerar livremente e
com amor.

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Capítulo 2

Anatomia Feminina:Conhecendo nosso órgão genital,


nossos ciclos e fluxos naturais
"Somente quando você se abre, é que o universo revela os seus mistérios."
 Sri Prem Baba

O útero

O útero é muito mais que um órgão sexual feminino. Ele é nosso vaso
sagrado, a morada da alma feminina e um dos três principais centros
energéticos da mulher. É nele que se encontra todo nosso potencial sexual
criativo, nosso poder de criar uma vida nova, novos projetos, novos
relacionamentos e uma nova maneira de nos relacionarmos. É o nosso
segundo coração, nele que ficam as nossas memórias ancestrais, a sabedoria
das mulheres de nossa linhagem. É a nossa conexão com a Mãe Terra.

Localizado dentro da pelve protetora, está ligado ao chakra umbilical ou


Svadhisthana que significa “morada da energia vital”, situado três dedos
abaixo do umbigo. É um músculo oco em formato de pera e seu tamanho varia
de mulher para mulher. Sempre relacionado ao tamanho do nosso punho
cerrado, seu comprimento pode variar de 6 a 9 centímetros e o seu peso, de
25 a 90 gramas. A elasticidade do útero é extraordinária. No final da gravidez,
o aumento é superior a 500 vezes: a cavidade chega a medir cerca de 32 cm
de comprimento, e seu peso atinge 1 kg.
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A posição do útero é muito variável, em função da conformação natural, de


ocorrências patológicas ou, ainda, do conteúdo da bexiga ou do reto, mas
normalmente encontra-se no centro da pequena bacia com o fundo mais perto
da púbis do que da coluna vertebral e virado para a frente.

Existem variações da posição do útero, essas posições são detectadas na


ultrassonografia ou no toque vaginal ou até quando o ginecologista faz o exame
especular e vê de onde está vindo o colo. Estas variações são:

• AVF: útero antevertido ou em anteversoflexão (inclinado para frente);


• MVF: mediovertido ou medioversão (com abertura alinhada à entrada da
vagina);
• RVF: retrovertido ou retroflexão, popularmente conhecidos como útero virado
ou invertido (abertura mais inclinada para trás)

Cerca de 20% das mulheres possuem o útero retrovertido. Nesse caso, o


útero está em uma posição virada para trás, popularmente conhecida como
“invertida”. No entanto, não existe útero invertido, é apenas a posição inversa ao
AVF, que é inclinado para frente. Esses casos não interferem de forma alguma
na fertilidade da mulher ou causam qualquer dano à sua saúde. São apenas
posições diferentes que o útero pode adotar durante a vida. Ele não é um órgão
fixo, é móvel quando tocamos nele ou durante as relações sexuais.

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Toque Ginecológico

O útero possui três camadas musculares, o perimétrio, o miométrio e o


endométrio. O perimétrio é o músculo que envolve a parte externa e permite a
sua manutenção na cavidade pélvica, de forma que o útero se mantém na
posição adequada, através dos ligamentos uterinos.

O miométrio é a camada média; é ela que oferece o suporte para o feto e


produz as contrações para o trabalho de parto.

O endométrio reveste a camada interna do útero. É constituído por uma


estrutura permanente, o estrato basal, e por uma parte que vai variando em
função do ciclo menstrual, o estrato funcional. É o encarregado de crescer e
nutrir durante todo o ciclo menstrual, passando dos 3 milímetros, depois da
menstruação, aos 10 milímetros, quando acontece a ovulação. Sua função é
acolher o zigoto, uma vez que ocorra a fecundação. É aqui que se desenvolve a
placenta e, se não ocorre a fecundação, o organismo se desprende dessa capa,
dando o passo da menstruação, através da qual se despoja de nutrientes,
hormônios, secreções e sangue, para iniciar uma renovação e um bem-vindo
novo ciclo.

Sinais de que o útero pode estar doente

Corrimento constante, que pode ter coloração branca, amarela, verde ou


castanha e cheiro forte;
Cólica e sangramento fora do período menstrual ou ausência de
menstruação;
Dor e sensação de pressão na barriga, principalmente na região que vai
do umbigo à zona pubiana;
Dor durante o contato íntimo ou logo após a relação;
Coceira, vermelhidão e inchaço na vagina;
Aumento de volume do abdome e, por vezes, dor nas costas associada;
Vontade constante de urinar.

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Conhecer e observar o próprio corpo é muito importante. O nosso corpo se


comunica conosco o tempo todo, basta silenciarmos um pouco para ouvi-lo. Se
mantivermos um contato mais profundo com nós mesmas, observando nosso
corpo, nossa vagina, nosso colo do útero, quando algo estiver fora do costume,
ou houver qualquer outra diferença, nós perceberemos com facilidade. Essa
conexão é de suma importância para nossa cura e a aceitação do próprio corpo
e das partes íntimas como elas são.

O colo do útero

O colo do útero é a parte mais baixa e estreita do útero. Apesar de ser uma
parte do útero, as suas características anatômicas, funcionais, histológicas e
patológicas o tornam de grande importância. Ele liga o útero à vagina e tem
como função proteger a entrada de agentes patogênicos na cavidade pélvica.
Além disso, possui papel importante na ativação dos espermatozoides.

O colo do útero produz muco que, durante a relação sexual, ajuda o


esperma a mover-se da vagina para o útero. Na menstruação, o sangue flui do
útero, através do colo, até a vagina, e, posteriormente, para fora do corpo.
Durante a gravidez, o colo fica completamente fechado. No trabalho de parto, o
colo se dilata e o bebê passa através dele até a vagina. Essa dilatação é
conhecida por provocar sensações de dor e desconforto, comumente referidas
como "dor do período menstrual". Essas características fisiológicas do colo
uterino são todas controladas pelos hormônios estrógeno e progesterona. Se
observarmos periodicamente, veremos que o colo muda durante todo o ciclo,
tanto de posição, como de cor e aparência.

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O muco sofre alterações de acordo com os níveis hormonais, significando


que apresenta diferentes características bioquímicas e biofísicas durante o ciclo
menstrual. As alterações no tipo de muco, devidas às variações hormonais,
residem no fato de ele ser secretado por vários tipos de glândulas presentes nas
diversas regiões do colo do útero. A observação do muco pode ajudar mulheres
que usam métodos naturais de planejamento familiar, já que, na fase ovulatória,
o muco pode lembrar a clara de ovo.

As secreções vaginais, que também chamamos de muco, variam de acordo


com o período do ciclo. Constituídas por bactérias e células mortas decorrentes
da degradação natural do meio vaginal, elas são responsáveis pela
autorregulação da área. Temos quatro tipos de secreção que são totalmente
comuns:

# Pós-menstruação: Logo após a menstruação, é natural


que a vagina elimine pouca secreção, quase nenhuma.
Durante esse período, a calcinha fica praticamente seca.

# Ovulação:Com o passar dos dias, e a aproximação da


data de ovulação, a secreção tende a aumentar. Nessa
fase, você percebe uma secreção semelhante à clara de
ovo. É natural que seja mais úmida e fluida.

# Pós-ovulação: Após o período de ovulação, a secreção


continua saindo, mas com outro aspecto. O muco fica mais
pastoso, com alguns gruminhos, mas a quantidade ainda é
razoável.

# Menstruação: NNo fim do ciclo – dias que se aproximam


da próxima menstruação - a tendência é que a secreção
volte a ficar mais líquida e fluida.

A observação do colo do útero pode ser feita pela própria mulher em casa.
É muito importante o conhecimento do seu próprio corpo. Fomos induzidas a
ficarmos a mercê dos médicos, para exames e acompanhamentos anuais.

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Com um pequeno espelho, uma lanterna, um espéculo e muito autoamor,


conseguimos, nós mesmas, observar nosso colo do útero e nos conhecer mais
profundamente. O ideal é que as primeiras observações sejam feitas
semanalmente, para que a mulher tenha uma visão do seu ciclo completo,
podendo observar cada fase. Assim, se ela notar algo diferente no seu colo do
útero, poderá buscar um médico.

Tubas Uterinas
As tubas uterinas são ovidutos musculares que unem os ovários ao útero,
desempenhando uma ação fundamental na procriação humana. Elas
proporcionam uma dinâmica de proteção e um caminho através do qual
empurram o óvulo desde o ovário, para que ele possa se estabelecer nas
trompas, onde acontece a fecundação. Se não ocorrer a fecundação, o óvulo
segue o caminho para o útero e, ali, inicia a menstruação.

Ovários
São pequenos órgãos com forma similar a uma amêndoa. Estão localizados
debaixo das tubas uterinas, um ao lado direito, o outro, ao lado esquerdo do
útero. São encarregados de produzir os óvulos e os hormônios sexuais.

Vagina
A vagina é um espaço tubular fibromuscular, com aproximadamente 10
centímetros de comprimento. Ela que faz a comunicação entre a vulva e o útero.
Sua função é dar saída ao fluxo menstrual, receber o pênis durante a relação
sexual e formar o canal do parto. O canal da vagina possui grande elasticidade,
mudando seu tamanho no ato sexual para receber o pênis e, durante o parto,
para expelir o bebê.

Vulva
É toda a nossa área genital externa, desde o monte de vênus, os lábios
grandes e pequenos, até o clitóris. Cada vulva tem características próprias,
assim como nosso rosto possui uma personalidade própria. Se você observar a
sua vulva, verá que ela nunca está da mesma forma. Durante a puberdade,
podemos notar as primeiras transformações, e o mesmo ocorre durante a
menstruação, a gestação, o parto, a menopausa e etc.
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Observe-se com um espelho pequeno e conheça a sua vulva. Analise as


características que ela possui e como ocorre a mudança de tempos em tempos.
Toque-a, sinta-a, observe se você sente prazer, dor, repúdio, apatia ou o que
for. Faz parte do exercício de autoaceitação do corpo, da sua relação íntima
com você mesma.

Monte de Vênus
É um conjunto de tecidos gorduroso que tem a função de proteger a região
púbica, é aquela gordurinha volumosa em volta da nossa vulva onde nasce os
pelos pubianos. O nome é inspirada na Deusa do Amor.

Pequenos e Grandes Lábios


Quando observamos nossa vulva encontramos os dois lábios maiores que
rodeiam os dois lábios menores. Os lábios possuem glândulas sebáceas e
sudoríparas e ajudam a proteger a abertura da vagina e da uretra contra
agentes infecciosos, como fungos e bactérias. Os lábios menores são bastante
enervado e vascularizados, por isso são áreas bastante sensíveis que
aumentam de volume quando a mulher está sexualmente excitada.

Clítoris
Está localizado na parte superior da vulva. O que vemos, geralmente, é
somente sua coroa. Abaixo, está o clitóris em sua totalidade, que pode chegar a
medir de 10 a 13 centímetros, inclusive crescendo com o passar dos anos. O
clitóris tem um corpo cavernoso composto de seis a oito mil terminações
nervosas que, quando estimuladas, causam prazer. Além disso, possui duas
pernas abertas que contornam o bulbo do vestíbulo.

# Capuz clitoral: é a pele que recobre a coroa grande do clitóris. É um capuz


protetor de pele que se forma pela união dos lábios menores. Na China, é
conhecido como campo dourado. .
# Coroa do clitoris: o que se conhece geralmente como clitóris é somente a
parte visível dele. Chamamos de clitóris a coroa grande.
# Glande do clitoris: está situada abaixo do capuz. É também conhecida como
pênis feminino pela semelhança que possui com a glande do pênis. Quando
estimulada, essa zona proporciona muito prazer, devido às suas milhares de
terminações nervosas e vasos sanguíneos. Além disso, ela cresce e muda de
tonalidade. 17
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Hímen
É uma membrana que rodeia o orifício externo que se encontra entre a
vulva e a entrada da vagina. Sua forma e cor variam de mulher para mulher. Ao
contrário da crença coletiva de que o hímen só é rompido se houver relação
sexual, ele pode ser rompido em atividades esportivas, movimentos bruscos,
durante a masturbação e etc.

A crença por trás da virgindade tem origem religiosa, histórica e moral.


Percebemos que há muito mais a ser ensinado sobre a primeira relação sexual
do que apenas o fato de romper um pedaço de pele. O direcionamento sobre a
energia sexual em si e a troca dessa energia durante a relação, seja ela a
primeira ou não, é muito mais sábio e agrega muito mais valor e consciência na
vida da mulher e do homem.

Assoalho Pélvico
O assoalho pélvico é uma estrutura formada por 13 músculos e ligamentos
que compõem uma rede de sustentação e está localizado entre o osso púbis e o
cóccix (toda a região da bacia). Ele que faz a sustentação de todo o sistema
reprodutor feminino, assim como bexiga e reto. É uma estrutura muito
importante do nosso corpo. Problemas, como incontinência urinária, prolapsos
(caída do útero e bexiga) e lacerações durante o parto, estão diretamente
relacionados com o pouco controle e trabalho dessa aérea do corpo. Fazer
Exercícios de Kegel e ficar de cócoras várias vezes ao dia são as principais
recomendações para fortalecer essa área.

Para entender melhor a sua relação com seu corpo, você pode responder
as perguntas a seguir utilizando um papel ou no próprio Workbook:

1. Você gosta de ter um um corpo feminino? Por que?


2. Seu corpo já te decepcionou? Como?
3. Você, em algum momento, já quis que seu corpo fosse diferente? Por que?
4. Você já fez alguma mudança no seu corpo voluntária ou não? Como se
sentiu pós mudança?

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Capítulo 3

Ciclo Menstrual
"Como meu ciclo atual pode estar interferindo no meu estado de espírito hoje?"
Miranda Gray

Nosso ciclo dura em média 28 dias, mas isso não é uma regra. Cada
mulher tem o seu ciclo individual, que também não é constante a vida toda.
Nós somos, assim como a Lua, totalmente cíclicas. É comum que um mês
dure 28 dias, outro mês 29 dias e assim por diante. O ciclo menstrual é
nosso guia interno. Se percebermos atentamente, sentiremos que ele nos
revela muita coisa da nossa psique. Nos meses em que alguma coisa
significante acontece, algo nos abala emocionalmente, mudamos nossa
alimentação ou acontece qualquer outra coisa que altere a nossa rotina
interna, podemos sentir isso no ritmo do nosso ciclo.

O primeiro passo é se libertar da ideia do ciclo perfeito e do ciclo ideal.


O seu ciclo é perfeito e ideal para você! Você pode menstruar todo mês ou
não, o seu ciclo pode durar 28 dias ou não, o tempo que você fica
menstruada pode ser o mesmo todo mês ou não, entre outras coisas. Está
tudo certo, está tudo bem. O importante é você estar em sintonia com seu
corpo e sentir de onde vem a matriz que faz com que seu ciclo seja da
forma como é. Pode ser ansiedade, alimentação, algo que aconteceu
naquele período, algum processo de autoconhecimento mais intenso pelo
qual você esteja passando. Não importa o quê, o que importa é você ter
consciência do processo pelo qual você e seu corpo estão passando.
Depois, seu ciclo mudará novamente e será algo novo a ser percebido.
Lembre-se de que ciclo ideal é o seu!

Desde a puberdade até a menopausa, mudamos profundamente


inúmeras vezes. Isso é que torna o feminino um mistério único e, ao mesmo
tempo, vivido por todas as mulheres de forma diferente. Cada uma vai
vivenciar e ter suas experiências de forma única no decorrer dos anos.

Somos influenciadas diretamente pela Lua e sua energia. Ela influencia


o planeta, as marés, as plantações e nossos ciclos. Antigamente, as
mulheres contavam os meses da gestação pela lua, o menstruar era “estar
na lua”, daí o termo “enluarada”.
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Assim como as fases da lua, nosso ciclo pode ser dividido em quatro períodos,
e, cada um desses períodos manifesta sinais físicos e emocionais. Ao longo da
vida, oscilamos entre as fases da lua, hora ovulamos na Lua Cheia e
menstruamos na Lua Nova, ora na Crescente e por aí vai. Quando observamos
essa dança, conseguimos entender o nosso padrão individual interno e mapear
o nosso ciclo, que se torna então, uma superferramenta para o
autoconhecimento da mulher.

Menstruação
Nós contamos como primeiro dia do ciclo, o primeiro dia da menstruação. O
sangramento acontece devido à não fertilização do óvulo que havia sido
liberado pelos ovários para ser fecundado. Assim, ocorre o desprendimento da
camada mais interna do útero, o endométrio, que se formou no ciclo anterior.
Bom, mas e se eu conto como primeiro dia de menstruação quando entra o
fluxo intenso ou quando começa a sair aquela borra amarronzada?! Isso é você
que escolhe, mas, uma vez escolhido, esse padrão deverá ser seguido todo
mês. Se você optar por contar como primeiro dia já quando sai a primeira borra,
todo mês você deverá seguir essa lógica, isso é muito importante.

Em geral, o ciclo dura de 3 a 7 dias. A intensidade do sangramento, isto é, a


somatória do volume de sangue de todos os dias da menstruação do ciclo, sofre
mudanças do início para o final, podendo variar entre 5 ml e 80 ml. Para quem
usa o coletor menstrual, fica fácil acompanhar essa quantidade. Nessa fase, o
colo do útero encontra-se aberto, para que o sangue possa descer pelo canal
vaginal.

Os sinais mais comuns dessa fase são cólicas, baixa energia, espinhas,
dores de cabeça, introversão, aumento do sono, ventre e seios inchados. É um
período em que a mulher fica mais sensível, uma parte do seu corpo está se
“desfazendo”. É comum querer mais descanso e silêncio.
Durante este período, as barreiras entre a mente consciente e a
mente inconsciente são menores.

Permitindo-nos abrir a percepção do nosso corpo e interagir melhor com


ele. A capacidade que essa fase nos dá, de perceber padrões em nosso
comportamento e autoconhecimento, faz com que nossas energias criativas
fluam de forma mais consciente e livre.
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A Deusa relacionada a esta fase é a Bruxa Anciã, e a


fase é a da Lua Nova. É um tempo de escutar o seu eu
interior e de silenciar a mente.

É o ponto crucial entre o fim de um ciclo e o início de um novo. As emoções


vêm à tona com mais facilidade, e a extrema sensibilidade empática pode tornar
os relacionamentos mais à flor da pele. Nesse período, a mente, as emoções e
os processos mentais mudam. Podemos ficar com o raciocínio mais lento e os
pensamentos mais desordenados. Muitas vezes, não sentimos vontade de
conversar ou ter contato social algum. A empatia por outras pessoas fica muito
mais aguçada e, para algumas mulheres, chega a ser insuportável. Daí vem o
choro ao ver alguma tragédia, seja em livros, filme ou qualquer história que
alguém conte. As lágrimas são o fluir das energias emocionais, que fazem parte
da cura durante a menstruação.

A sensação de luto também pode aparecer durante esse período e está


vinculada ao ciclo que morreu. Nosso chakra umbilical, onde está situado nosso
útero, fica mais aberto durante a menstruação. Assim, nos conectamos mais
facilmente à energia do outro. Por isso, muitas vezes, sentimos as dores do
outro, que, vinculadas à nossa sensação de perda, podem tornar a tristeza algo
insuportável durante esse período. Proteja-se e evite notícias tristes e de
desastres.

A vida cotidiana e moderna, na maioria das vezes, não permite que a


mulher pare para vivenciar a sua menstruação e esse momento de silêncio
interno. A mulher moderna precisa trabalhar, cuidar da família e ainda atender
as suas necessidades internas. Ao mesmo tempo, a necessidade física da
menstruação pede para diminuirmos nosso ritmo de vida. Assim, a menstruação
acabou se tornando, para muitas, um peso e um desconforto mensais. A
menstruação é uma dádiva linda que possuímos para nos conhecer melhor e
nos conectar com a nossa Deusa interna e com a Grande Mãe. Antigamente, as
mulheres da aldeia se recolhiam em tendas vermelhas e, ali, as mais velhas
passavam a sua sabedoria para as mais novas. Era um momento de
celebração, alegria e muita honra.

Quanto mais mulheres abrirem a sua consciência para o entendimento de


que o nosso sangue é sagrado e esse período deve ser respeitado e amado,
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mais rápido curaremos nossas feridas. Quando uma se cura, todas se curam!
Mesmo que a sua rotina não permita que você se recolha mensalmente durante
a sua lua, permita-se menstruar fisicamente e mentalmente sempre que
possível. Tente passar um tempo longe das demandas do trabalho, família e
parceiros e faça somente o que sentir que é necessário. Tente isso pelo menos
por uma hora ou um dia. Permita-se desacelerar, descansar e viver este
momento você com você mesma.
O diário vermelho e a Mandala Lunar disponíveis na área de membros
são ótimas ferramentas que vão te ajudar a compreender este período.
Anote sonhos, emoções, insights e faça uma avaliação dos
comportamentos que se construíram durante o mês anterior e precisam
ser liberados para recomeçarmos renovadas. Entre em contato com a
natureza, com as energias criativas e com seu eu intuitivo.

Pré-ovulação ou Folicular
Após a menstruação, temos a fase pré-ovulatória, ou fase folicular. Nessa
fase, há um aumento dos hormônios FSH e estrogênio, que promovem o
amadurecimento do folículo, de onde nascerá o futuro óvulo. Enquanto isso, o
útero começa a produzir o fluido cervical, ou muco cervical, e a preparar o
endométrio para receber o futuro óvulo. Esse fluido serve para que o
espermatozoide tenha um ambiente propício para sobreviver mais tempo no
sistema reprodutor feminino.

Nessa fase, você poderá observar que a energia vital já está mais alta, o
humor está melhor e mais estabilizado, a pele fica mais macia e os seios e a
vulva podem inchar levemente. Se você tem um ciclo mais longo, o seu útero
demora um pouco mais para começar a produzir o fluido cervical. Você
conseguirá perceber, após a menstruação, que não tem fluido nenhum. No
entanto, para quem tem o ciclo mais curto, menos de 28 dias, imediatamente
após a menstruação, o útero já inicia o trabalho de produzir o muco, podendo
quase emendar uma fase na outra.

À medida que essa fase avança, nosso corpo vai se preparando para a
ovulação. Um dos folículos cresce mais que o outro, e o útero trabalha
arduamente na produção do muco cervical, já sendo possível percebê-lo com
um aspecto mais esbranquiçado e cremoso. Você pode observar no papel
higiênicoquando vai ao banheiro, visto que o colo do útero ainda se encontra
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aberto e, assim, o muco desce naturalmente pelo canal vaginal. O endométrio


no útero vai encorpando nessa fase, para receber um possível embrião.

Em casos de relações sexuais desprotegidas nessa fase, o espermatozoide


permanecerá vivo, graças ao muco cervical úmido e na temperatura ideal para
que ele se sinta em casa. No seu corpo, você poderá perceber mudanças como
seios e lábios vaginais inchados. O humor fica mais para cima, a energia vital
aumenta cada dia que passa, e a libido normalmente está lá em cima!

Quando o fluido cervical atinge seu ápice de umidade, o útero está fofinho e
preparado para receber o embrião. O hormônio luteinizante (LH) aumenta, e o
óvulo é liberado pelo ovário.

Esse é um tempo de renascimento de uma energia. Com o fim da


menstruação, o corpo fica mais ágil, jovem e energizado. Agora estamos mais
dinâmicas e focadas em novos objetivos. É um período de muita inspiração,
atividade física e intelectual.

A Deusa relacionada a esta fase é a Donzela,


e fase é a da Lua Crescente, o lado ativo
da nossa natureza interior

Fase de comunicação, sociabilidade, de começar novos projetos e manter o


entusiasmo para que eles se concretizem, apesar dos obstáculos. Sentimos o
nosso raciocínio mais rápido, claro e objetivo, nos sentimos mais
independentes, sem a necessidade de tanto apoio e encorajamento. A energia
criativa está caminhando para o seu auge. É um ótimo momento para tentar
novos experimentos, novas coisas. Não se preocupe se darão certo ou não, é
uma ótima oportunidade de descobrir o que funciona e do que você gosta.

Assim como todas as outras fases, essa também requer um equilíbrio. Do


contrário, a mulher pode se tornar ambiciosa demais, focar demais na carreira e
na concretização, não honrando os outros aspectos do feminino. Muitas
mulheres estagnaram nesta fase para conseguirem subir nas suas carreiras.
Com isso, se tornaram independentes e autossuficientes, ficando mais difícil se
entregarem por completo em uma relação, desenvolveram o medo da
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da maternidade e, possivelmente, não se sentem capazes de cuidar de outra


pessoa.

A mulher pode optar por ter ou não um relacionamento, filhos e uma família,
mas essa decisão deve ser consciente. É uma decisão verdadeira. Se ela
estiver em conexão com ela mesma e honrando seus ciclos internos, ser
mãe/esposa ou não será uma opção verdadeira do seu eu interior.

Ovulação
Na próxima fase temos a ovulação, que compreende a liberação do óvulo
pelo folículo. Nessa fase, ocorre o aumento dos hormônios LH e progesterona,
que começam a preparar o endométrio para, quem sabe, receber o embrião.

Após a liberação do óvulo, se tiver espermatozoides no sistema reprodutor


feminino, eles podem terminar se encontrando na tuba uterina. Como sempre
tem um mais espermatozoide mais espertinho, a fecundação pode acontecer.
Uma coisa comum durante a ovulação é a ocorrência de um leve sangramento.
Esse sangramento é totalmente diferente da menstruação, uma vez que a
menstruação está vinculada com a ovulação do ciclo anterior. Aqui estamos
falando da ovulação que está acontecendo.

O folículo vazio no útero, chamado de corpo lúteo, começa a enviar


informações para o corpo. Assim, o corpo começa a produzir mais
progesterona, o que impede o crescimento de mais folículos nos ovários,
evitando uma ovulação extra. A progesterona trabalha o endométrio para que
ele se torne rico em vasos sanguíneos, e se transforme na cama perfeita para o
embrião se fixar. O colo do útero se fecha e fica mais firme.

Com o aumento da progesterona, o metabolismo fica mais rápido, elevando


a temperatura basal, que é a temperatura do nosso corpo em estado de
repouso, medida com um termômetro específico. O óvulo sobrevive por volta de
72 horas no corpo da mulher. Caso haja fecundação, o embrião vai da tuba
uterina até o útero, onde se desenvolverá. Sem a fecundação, o óvulo morre e
se desintegra.

No caso da fecundação, o corpo lúteo continua fabricando progesterona, e


o útero se mantém a cama perfeita, aguardando a chegada do embrião.

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Chegando ao útero, haverá o aumento do hormônio gonadotrofina coriônica


(hCG). Os testes de gravidez mostram o nível desse hormônio no corpo. Se
você fizer o teste cedo demais, poderá não ter dado tempo de o embrião chegar
ao útero e, por isso, ele dará um falso negativo.

O curioso dessa fase é que ela não tem data fixa! A ovulação é
superflexível, a fase mais flexível do nosso ciclo. Não dá para calcular a
ovulação com datas. Você pode fazer uma estimativa, mas somente com a
observação do próprio corpo, você saberá quando está realmente ovulando.
Mesmo que seu ciclo seja super-regular, a ovulação pode variar. Ela depende
da fase anterior e essa não tem data certa para acontecer.

Através da percepção mais aguçada do ciclo e das anotações no Diário


Vermelho e na Mandala Lunar, a mulher vai mapeando seu ciclo e, com o
tempo, saberá exatamente quando estará ovulando. É comum, nessa fase,
sentir algumas pontadas no ventre, elas significam que o óvulo está sendo
liberado pelo ovário esquerdo ou direito.

Esta fase está associada a Deusa Mãe e à fase da


Lua Cheia. Ela representa o eixo central,
equilibrando a expressão exterior da energia com
a expressão interior de amor e cuidado.

Nessa fase, a mulher está focada no externo, no outro e não em si mesma.


O ímpeto de ajudar os outros, de se doar, oferecer suas habilidades de
aconselhamento e orientação estará mais aguçado. É o momento de maior
interação com o meio externo e com outras pessoas. Através do contato com os
outros, podemos acessar novos insights e novas perspectivas.

Todas nós possuímos o aspecto mãe de amorosidade e entrega, não


necessariamente precisamos gerar uma criança para expressá-lo, pode ser um
projeto, um animal de estimação, um amigo, um relacionamento, entre outros.
Negar ou reprimir essa energia pode nos privar de experiências profundas que
advêm dos vínculos profundos, gerados através do cuidado e da partilha com
outras pessoas.

Como em todas as fases, esta também requer um equilíbrio. Do contrário,

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a mulher pode se tornar passiva, sem ambição pela própria vida, sem
autoconfiança. Ela pode ser ou se sentir explorada por estar constantemente se
doando sem olhar para as próprias necessidades. É importante sempre
lembrarmos que somos cíclicas, somos mães, donzelas, anciãs e feiticeiras. O
movimento circular é continuo. Às vezes, ficamos agarradas na fase donzela,
por exemplo, por mais tempo, para aprendermos a delimitar nosso espaço,
aumentar nossa autoconfiança, entre outros aprendizados, mas sempre
andemos uma fase para frente. A auto-observação nos previne de cair no
desequilíbrio dessas fases e, principalmente, de nos acomodarmos em alguma
delas.

Pré-Menstrual
O período pré-menstrual, ou fase lútea, ocorre após a ovulação. Nessa
fase, há o aumento nos níveis de progesterona, para o útero receber e firmar
uma possível gestação. Sinais comuns dessa fase são as mudanças repentinas
de humor, os seios sensíveis, possíveis dores no corpo e muitos conflitos
internos.

Para a maioria das mulheres, essa fase é conhecida como a terrível TPM!
Momento de acessar nossas sombras internas. Ficamos mais confusas, mais
sensíveis e instáveis e os desconfortos físicos começam a aparecer. De fato,
essa é uma fase mais dolorida para a mulher, principalmente se ela não está
atenta ao ciclo. É um momento de transformação interna e externa, pois é hora
de começar a rever aquilo nos incomoda, o que podemos descartar dentro de
nós e fora de nós.

É a fase mais especial para nós mulheres, pois temos o privilégio de


encontrar com nós mesmas e corrigir nossa linha comportamental, nos
libertando, assim, de infelicidades e doenças. A tensão existe quando não
estamos vivendo de acordo com nossas vontades e propósitos. Quando
tomamos o poder dessa fase, mudamos o que não tem mais razão para estar
em nossas vidas, sentindo um alívio imenso. A TPM acontece quando não
estamos vivendo e nem honrando a vontade do nosso eu interno.

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A deusa associada a esta fase é a Feiticeira,


e a fase da Lua é a Minguante, momento em
que a força e a disposição física são
reduzidas pouco a pouco.

Momentos de frustração, raiva, autoanálise destrutiva, culpa e autorrejeição


são muito comuns nessa fase.

Essa fase requer uma auto-observação mais aguçada, pois quando não
somos capazes de expressar essa energia, ela toma forma em nossas vidas de
maneira negativa, levando-nos, muitas vezes, a impor ou infringir danos a nós
mesmas. Como toda fase, essa também requer um equilíbrio, pois se deixarmos
a Feiticeira dominar nossas vidas, ela pode se tornar agressiva e dominadora ou
também extremamente criativa, mas de forma compulsiva e pouco confiável.

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Capítulo 4

Limpezas Uterinas
"O útero é um coração transformado." Rudolf Steiner

Nosso útero é o nosso centro de poder e, a partir dele, criamos vida. Ele
guarda as nossas dores internas, as dores de nossas ancestrais, abusos,
traumas, emoções reprimidas e muitas informações do inconsciente coletivo e
familiar.

Quando nos relacionamos sexualmente com alguém, nosso útero absorve


o psiquismo celular do parceiro, assim o como das parceiras que estiveram
com ele. A relação sexual é uma troca íntima de fluidos vitais, hormônios e
energia sutil. Sempre haverá uma troca energética. Dessa forma, se o ato
sexual é efetuado com pessoas fora da nossa sintonia, todo o “lixo” daquela
pessoa entrará em contato com o nosso campo energético.

Quando passamos por um aborto, seja induzido ou não, resquícios da


energia da criança, e das emoções vinculadas ao acontecimento, ficam
registradas em nosso útero. Depois que o sangramento cessa, é aconselhável
que a mulher faça uma limpeza uterina para que o útero termine de se
recuperar energeticamente e fisicamente.

No caso de mulheres que deixaram de utilizar anticoncepcionais sintéticos,


é aconselhável fazer uma limpeza uterina para eliminar os resquícios de
hormônios no órgão e na corrente sanguínea.

Durante o período em que estiver fazendo a limpeza do útero, é importante


não manter relações sexuais com ninguém. O movimento energético e físico
da limpeza é intenso e você pode expelir fluidos, ter crises de choro, de raiva
ou melancolia.

As limpezas do útero são práticas antigas, conhecidas por nossas


ancestrais, para limpar o útero fisicamente e energicamente. Existem várias
técnicas de limpezas do útero, algumas delas são: vaporização, óvulos de
babosa, ob de alho e chás.
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Independentemente do tipo de limpeza que você escolher, ela deve ser


feita com cuidado, atenção e muita auto-observação. Durante o período de
limpeza, é comum termos sonhos e insights, e pode ocorrer o desabrochar de
alguns processos emocionais. Estamos lidando com memórias antigas e
profundas, padrões que serão limpos e energias que captamos de
relacionamentos mal resolvidos ou que deixaram feridas. Manter as anotações
no Diário Vermelho ajuda a aprofundar a cura e reconhecer o que está sendo
liberado.
Benefícios Imediatos da Limpeza do útero
Melhora a circulação, o fluxo sanguíneo para a área;
Proporciona sensação de bem-estar;
Relaxamento;
Limpa e tonifica a pele;
Alívio de dores (devido ao aumento do fluxo de sangue e oxigênio para a área
lesada);
Melhora o sono;
Aumenta a fertilidade;
Auxilia no tratamento de miomas uterinos, cistos nos ovários, endometriose;
Desintoxica o útero e ajuda a remover as toxinas do corpo;
Auxilia na recuperação física, mental e espiritual após um aborto;
Nos reconecta com nosso poder criativo.

Vaporização
Para fazer a vaporização úmida, você vai precisar:
* 2 litros de água
* 40 gramas de erva seca ou 80 gramas de erva fresca.
A quantidade pode variar de acordo com a sua intuição ou necessidade.

Ponha a água para ferver em um recipiente de barro, de vidro ou esmaltado,


de preferência. Coloque as ervas dentro da água, desligue o fogo e espere
cerca de 5 minutos. Entre em contato com a mistura, colocando uma intenção
de cura. Converse com a erva e peça que ela limpe o seu campo
profundamente.

Enquanto ainda estiver saindo vapor, sente de cócoras em cima do pote, de


preferência com uma saia longa para fazer uma sauna vaginal. Utilize
cobertores ou toalhas para se cobrir por inteiro durante o ritual. Permaneça
assim até que esfrie ou o tempo que intuir. É importante que o vapor não
esteja quente a ponto de queimar, lembre-se de que a vulva é sensível.
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Para realizar o ritual, procure um espaço tranquilo e aconchegante. Você


pode usar velas, incensos, música e o que for do seu desejo, para deixar o
ambiente confortável e relaxante para você. Escolha um horário que você não
será incomodada, deixe os telefones desligados. Esse é um momento íntimo e
de conexão com você mesma e seu sagrado feminino.

Entre em contato com as células do seu corpo, sinta o vapor limpando


profundamente seu útero físico e energético. Mentalize aquilo que você queira
que seja liberado e deixe que seu inconsciente também seja limpo. Mantenha
uma postura de meditação com a mente tranquila e deixe que as emoções se
renovem e se purifiquem. Aproveite esse momento de conexão com seu
sagrado interno, permita-se ser cuidada e amada.

Após o ritual, mantenha-se agasalhada e em um ritmo mais calmo. Tome


um chá, leia um bom livro, veja um bom filme, curta esse momento com você
mesma ou, até mesmo, durma um pouco para que o seu campo energético
termine de assimilar a limpeza.

Contra indicações

Se estiver menstruada, o ato de menstruar por si só já é uma limpeza.


Se estiver grávida.
Se usar DIU. O vapor pode interferir no funcionamento do DIU.
Em casos de feridas abertas na vagina.
Em caso de candidíase. Fazer a vaporização depois que os sintomas
externos estejam amenizados.

Sugestão de Ervas

Alecrim: aumenta a circulação para os órgãos reprodutivos, além de ser


antisséptico e purificante.
Lavanda: uma das ervas mais relaxantes, acalma a mente e o corpo.
Nutritivo para o sistema nervoso. A lavanda serve de antisséptico para os
tecidos vaginais. É também um antiespasmódico, auxiliando na função
uterina saudável.
Orégano: usado para trazer a menstruação. Aumenta o fluxo escasso. Essa
erva é conhecida por suas qualidades antissépticas, estimulantes e
fortalecedoras. O orégano é maravilhoso para ajudar na prevenção da
infecção.
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Calêndula: Tagetes erecta é utilizada para induzir a transpiração e a


limpeza dos tecidos vaginais. É também curativa para feridas. Calendula
officinalis auxilia na cicatrização do tecido dos lábios e do períneo, quando
submetidos à episiotomia. Nota: Não se deve colocar o vapor em uma
ferida aberta, já que ele pode causar dor e inchaço.
Pétalas de rosa: são delicadas e adstringentes para os tecidos dos órgãos
genitais, além de relaxantes.
Manjericão: estimulante uterino.
Artemísia: estimula a menstruação.

A vaporização pode ser feita de 2 a 3 vezes por ano.

Óvulos de Babosa
A babosa é uma planta cheia de propriedades que podem curar e purificar
nossos corpos. É um cacto suculento de folhas longas e carnudas, com
espinhos na borda. Há inúmeras variedades da babosa. A mais indicada para
o uso medicinal e cosmético é a Aloe Vera. As folhas largas contêm um suco
esverdeado e translúcido com propriedades antissépticas, bactericidas e anti-
inflamatórias, que ajuda no combate contra o câncer.

A babosa possui propriedades energéticas vinculadas ao carma, nos


auxiliando a compreender certos movimentos da nossa vida que tendem,
muitas vezes, à repetição. Ela faz uma limpeza profunda, tanto física quanto
energética.

Para fazer os óvulos, você precisa descascar um pedaço da babosa e


deixar que o sumo amarelo da planta escorra totalmente para fora. Corte um
pedaço médio da carne transparente e gelatinosa e introduza no canal vaginal
antes de dormir. Para facilitar, você pode colocar o pedaço por alguns minutos
no congelador, até que ele se firme em uma forma confortável para ser
aplicada.

Pela manhã, o óvulo sairá naturalmente quando você for ao banheiro ou


você pode empurrá-lo ou puxá-lo para fora.

Essa limpeza deverá ser feita por 7 noites consecutivas e pode ser feita a
cada dois meses.

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Contra indicações

Se estiver menstruada. O ato de menstruar por si só já é uma limpeza.


Se estiver grávida.
Em casos de feridas abertas na vagina.

OB de Alho
O alho é um superaliado na ginecologia natural. Ele fortalece o sistema
imunológico e funciona como antibiótico e anti-inflamatório natural, além de
combater os fungos vaginais, auxiliando na cura da candidíase. Em nível mais
sutil, o alho repele os “vampiros” energéticos. Frequentemente, nos
relacionamos com pessoas que sugam nossas energias. A troca da energia
sexual deixa vestígios e, muitas vezes, a conexão se mantém mesmo quando
não existe mais a relação física. A limpeza com o alho rompe com esses laços
e limpa o canal da vagina e o útero de parasitas e fungos energéticos e
físicos.

Como fazer

Há mulheres que apenas introduzem o alho no canal vaginal, mas você


pode passar, com uma agulha mais grossa, um pedaço de fio dental no alho.
Assim, na hora de retirar, você apenas puxa a cordinha.

O OB deverá ser introduzido à noite, retirado na manhã seguinte e


descartado. Para que o tratamento tenha mais eficácia, repita durante 7 noites
consecutivas.

É comum ter sonhos durante a semana da limpeza. Talvez seja interessante


manter um diário dos sonhos, para que você possa mapear e identificar alguns
padrões emocionais e mentais que serão trabalhados durante a limpeza.

Contra indicações

Se estiver menstruada. O ato de menstruar por si só já é uma limpeza.


Se estiver grávida.
Em casos de feridas abertas na vagina.

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Chás
Desde os tempos mais primitivos, nossas ancestrais, sempre que tinham
algum problema que afetasse sua saúde, recorriam às ervas encontradas na
natureza. As plantas possuem propriedades curativas que tratam não só
nosso corpo físico, como também nossos corpos sutis. O uso de chás para a
limpeza do útero é muito eficiente, apesar de ser um processo um pouco mais
longo que os demais, pois as ervas precisam de um tempo maior para
limparem nossa corrente sanguínea e o órgão interno. A limpeza com os chás
tem duração de 3 meses e funciona da seguinte maneira:

Primeiro mês
Inicia-se o tratamento com o chá de Artemísia. Durante 28 dias, toma-se o
chá da erva preparado da seguinte maneira: 1 colher de sobremesa da erva
seca por xícara. Tomar 2 xícaras por dia.

A Artemísia é uma ótima erva para as mulheres; ajuda nos sintomas da


TPM, nas cólicas e previne o câncer de mama. Sua ação tonificante deixa o
útero mais forte, ao mesmo tempo em que depura as toxinas do órgão e da
corrente sanguínea.

Segundo mês
Durante os próximos 28 dias, toma-se o chá de Calêndula, preparado da
seguinte maneira: 1 colher de sobremesa da erva seca por xícara. Tomar 2
xícaras por dia.

A Calêndula ajuda nas cólicas menstruais, no combate à candidíase e nas


rachaduras nos seios. Possui ação anti-inflamatória e calmante e age na
corrente sanguínea, eliminando bactérias e acalmando o útero.

Terceiro mês
Durante os últimos 28 dias, toma-se o chá de Camomila, preparado da
seguinte maneira: 1 colher de sobremesa da erva seca por xícara. Tomar 2
xícaras por dia.

O nome oficial da Camomila é Matricaria e significa útero. Matricaria


Chamomilla é o útero, o ventre, o sistema reprodutor, a força da mulher, o canal
vaginal, o seu local de cura energética e espiritual. Ela diminui os sintomas da
TPM, alivia as cólicas menstruais e equilibra o pH da vagina. Age também no
nosso campo emocional, limpando as memórias uterinas.
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Capítulo 5

Como medir o PH Vaginal?


"Eu componho de acordo com as circunstâncias em que estou envolvido, seja de
ácido ou na água" John Lennon

O pH (Potencial Hidrogeniônico) possui os teores ácido, neutro e alcalino


e atua de forma diferente nas partes do seu corpo, inclusive na sua vagina.
O pH de uma região íntima saudável é ácido, ou seja, menor do que 7. É
essa a condição ideal de sobrevivência dos lactobacilos, elementos da flora
microbiana que povoam o ambiente vaginal saudável, prevenindo contra
infecções, irritações e possíveis odores.

A redução do nível de lactobacilos na vagina é a principal causa das


irritações e infecções que, vira e mexe nos incomodam. Situações de
estresse e baixa da resistência do organismo, dependendo do impacto,
causam o mesmo efeito e podem produzir infecções. A aproximação da
menopausa e as mudanças que o desequilíbrio hormonal produz também
afetam o pH da vagina.

Se o resultado da queda brusca no equilíbrio da flora microbiana é um


pH vaginal mais ácido, ficamos sujeitas ao ataque de fungos como a
Cândida, que produz o corrimento branco com aparência de coalhada,
denominado candidíase, e provoca coceira intensa.

Se o desequilíbrio torna o pH mais alcalino, ficamos expostas à ação da


bactéria Trichomonas, que prolifera nesse meio. Podemos também ficar
vulneráveis à vaginose, outra infecção provocada pelo pH mais alcalino,
caracterizada por mau cheiro perceptível, principalmente após a relação
sexual.

A vagina não necessita de excesso de lavagem, ela faz esse trabalho


por si só. Por isso, é aconselhável lavar a região da vulva somente com
água, usando sabonete apenas para lavar os pelos. Evite usar roupas
apertadas, que impedem a ventilação e contribuem para aumentar a
umidade na região.
Ginecologia Natural                                                                                                                                                                                                                  Como medir o PH Vaginal

A melhor forma de cuidar da vagina para manter o pH é:

• Usar calcinhas inteiras de algodão.


• Secar cuidadosamente a região após o banho.
• Usar o papel higiênico da frente para trás, para evitar a contaminação.
• Dormir sem calcinha ou arejar a região, sempre que possível.

Utilização das Fitas de PH


Adquira um teste caseiro de pH vaginal. É possível comprar online, em uma
farmácia local ou adquirir um no consultório do seu ginecologista.
O teste vem com uma tira de papel de pH.
Introduza a tira de papel no canal vaginal e segure o papel contra a parede
de sua vagina por cinco segundos.
Aguarde até que a cor do papel apareça. Esse passo leva em média cinco
minutos, dependendo do teste utilizado.
Compare a cor do papel com as cores no gráfico. Determine a cor no
gráfico que está mais próxima da cor da tira de papel.
Determine o nível de seu pH vaginal. A cor do gráfico corresponderá a um
número. Um pH normal encontra-se, aproximadamente, entre 3,8 e 4,2.

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Capítulo 6

Cólicas Menstruais ou Dismenorréia


"De mim nasceram todas as coisas e a mim, tudo retorna." Mirella Faur

A reconexão com seu ciclo menstrual é uma ferramenta efetiva de


autocura. As cólicas menstruais podem ter diversas origens, sobretudo sociais
e culturais. É por isso que cada mulher deve indagar sobre a sua própria
história e se limpar de todas essas dores impostas. Honrar e amar seu corpo,
sangue e útero são passos importantes para ir curando a origem dessa dor.

Muitas mulheres têm o útero retrovertido, ou seja, voltado na direção do


reto e não por trás da bexiga, o que pode ocasionar muita dor menstrual.
Outras causas da dor podem ser infecções pélvicas ou endometriose.

O equilíbrio emocional e a atividade física permanente, assim como uma


alimentação saudável, são pontos importantes para ajudar a curar essas
doenças.

A cólica menstrual é um sinal de que você não está totalmente conectada


com seu ciclo e não está respeitando seus ritmos internos. É o seu corpo
pedindo atenção e cuidado. As matrizes emocionais da dor pélvica são muitas,
por isso, a importância de você se observar e perceber a sua matriz pessoal.

Na medicina chinesa, a cólica menstrual representa seu estado emocional


masculino (yang), acontece quando a mulher está com essa energia mais
acentuada, se preocupando exageradamente com contas a pagar, está muito
controladora, possessiva e autoritária.

O útero possui energia feminina (yin) que é mais sensível, introspectiva,


artística, doce e criativa. Assim, a mulher que está adentrando um período
mais yin, com a energia yang muito forte, acaba sofrendo cólicas por não estar
conectada com seu corpo. Ela não flui com as suas águas internas, e uma
forma do útero chamar sua atenção é através da dor.

Muitas vezes, a culpa e o medo podem fazer com que rejeitemos nossa
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condição de ser mulher. A não aceitação da condição yin (feminina) em nós


pode não só acarretar em cólicas, como outros distúrbios.

Na metafísica da saúde, as dores estão relacionadas à dificuldade de


lidar com as mudanças. A cólica está ligada ao apego, a permanecer
apegada a uma situação e não realizar as transições necessárias.

Vimos que a menstruação é um momento de limpeza física e psíquica, é um


momento de deixar o velho ir para a chegada do novo. No entanto, para
algumas mulheres, isso pode não ser tão fácil assim. Avalie o nível de apego
que evitou a renovação em algum setor da vida. É importante trabalhar o
desprendimento e reforçar o propósito de adaptar-se às diversas situações da
vida.

Recomendações Alimentares

Evitar sal, açúcar e os produtos refinados (farinha branca e pão branco).


Consumir alimentos ricos em potássio durante toda a menstruação (melão,
laranja e vegetais verdes).
Consumir alimentos ricos em magnésio (cereais integrais, aveia, espinafre,
gérmen de trigo entre outros). Esse mineral possui múltiplas propriedades
imprescindíveis para o correto funcionamento da nossa saúde e melhora a
cólica menstrual, entre outros benefícios
Mastigar gengibre: dilata os vasos sanguíneos e ajuda a relaxar os
músculos uterinos.
Consumir alimentos ricos em Vitamina A, que ajudam a diminuir a tensão
(alface, espinafre, cenoura, alho, cebola, pêssego e etc.).
Consumir alimentos ricos em cálcio (sementes de sésamo, algas, aveia,
dente de leão, avelãs e etc.).

Compressa de Sal Grosso para Cólica

O sal tonifica e limpa o organismo, possibilitando uma maior eliminação de


toxinas, tanto no nível físico quanto no nível sutil. O calor liberado pelo sal
quente ajuda a diminuir a cólica. Como qualidade energética, dissolve, elimina,
purifica e tonifica o corpo físico, mental e sutil. O acréscimo de ervas
aromáticas ao sal pode potencializar o efeito dessa compressa. Você pode
usar a erva que melhor atenda a sua necessidade naquele momento.

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Aplicação:

Leve ao fogo uma xícara de sal grosso por 5 minutos ou até começar a
amarelar. Você pode acrescentar a erva ao sal se preferir aquecer junto.
Tome cuidado, pois o sal fica bem quente e pode provocar queimaduras se
entrar em contato direto com a pele.
Agora coloque o sal com as ervas em uma toalha ou fralda de algodão,
dobre em quatro e aplique no local da dor.
O sal conserva o calor por uns 40 minutos, quando esfriar, é só aquecer
novamente e reaplicar.
Após o uso, descarte.

Sugestão de Ervas

Alecrim: aumenta a circulação para os órgãos reprodutivos, além de ser


antisséptico e purificante.
Artemísia: estimula a menstruação.
Camomila: calmante para os tecidos vaginais.
Rosa Branca: delicada e adstringente para os tecidos dos órgãos genitais.
É também relaxante.
Calêndula: Tagetes erecta é utilizada para induzir a transpiração e a
limpeza dos tecidos vaginais.

Chás

Camomila: infusão de uma colher de sobremesa por xícara. Beber três


xícaras por dia.
Mil folhas: infusão de uma colher de sobremesa por xícara. Beber duas
xícaras por dia. Começar a beber o chá uma semana antes de menstruar e
tomar durante toda a menstruação.
Anis estrelado: infusão de meia colher de sobremesa por xícara. Beber
duas taças por dia.
Orégano: infusão de uma colher de sobremesa por xícara. Beber duas
taças por dia.
Calêndula: infusão de uma colher de sobremesa por xícara. Beber duas
xícaras por dia. Começar a tomar dez dias antes da menstruação.
Artemísia: infusão de uma colher de sobremesa por xícara. Beber duas
xícaras por dia.

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A cólica menstrual indica que o útero está frio internamente. Isso se dá


por andar muito descalça em chão frio e não aquecer a região do ventre
adequadamente. Antigamente, as mulheres usavam um lenço em torno da
cintura para deixar o ventre sempre aquecido. Por isso, quando fazemos uma
compressa quente, normalmente, a dor some.

Para acessar as raizes dessas dores, você pode refletir sobre as


memórias que estão agindo internamente respondendo as perguntas a seguir.
É importante escrever para acessar o inscosciente, você pode utilizar um
papel ou o workbook desse livro.

1. Que mensagens sobre menstruação e ciclo menstrual você aprendeu com


sua família ou de forma geral? Descreva.
2. Você fez alguma celebração da sua menarca (primeira menstruação)?
Você se lembra como foi a experiência de menstruar pela primeira vez?
3. No período em que está menstruada, você se permite descansar?
Como isso acontece?
4. Qual a sua verdade sobre o seu ciclo menstrual?

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Capítulo 7

Períodos Irregulares ou ausência - Amenorreia


"As mulheres saudáveis têm uma determinação feroz e extrema coragem." 
Clarissa Pínkola Estés

A amenorreia pode ser desencadeada por vários motivos e não é simples


encontrar a sua causa. Descartando gravidez ou lactância, os fatores que
contribuem para que ela ocorra são muitos, como estresse, alimentação
desequilibrada, excesso de exercícios físicos, alteração hormonal, abandono
de algum contraceptivo hormonal, menopausa e diversas enfermidades que
necessitam de um acompanhamento médico, caso a ausência de menstruação
se prolongue por muito tempo.

O estresse e a alimentação deficiente são causas importantes que devem


ser consideradas. É fundamental que, antes de tomar alguma planta medicinal
que ajude a restaurar o seu ciclo, você entenda o que provoca essa
desregulação para curá-la na raiz.

Ela pode ser consequência de mudanças drásticas na sua vida. Ao se


deparar com essas mudanças, pode ser que você não esteja reagindo de
acordo com as exigências da situação, que não esteja se colocando de
maneira determinada diante desses acontecimentos e que esteja negando os
fatos ocorridos, se isolando em seu mundo interior. Ao agir assim, você
demonstra toda a sua infantilidade, regredindo nos comportamentos, e seu
organismo responde à essa postura suspendendo os ciclos menstruais. Esse
desequilíbrio está ligado metafisicamente à não aceitação da perda de
controle sobre alguma situação importante e aos fatos conturbados que tiram
a harmonia da convivência, causando profundos abalos emocionais e muita
tensão. Estar sob pressão provoca interrupção da menstruação. O rompimento
com pessoas importantes também pode contribuir para esse estado.

Para melhorar esse quadro, assuma a sua maturidade diante dos


acontecimentos ao seu redor, sem se inferiorizar ou se fragilizar com os
desafios que a vida lhe traz.
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Recomendações Alimentares

Aumentar o consumo de ferro, principalmente de alimentos de origem


animal (carnes, peixes, ovos, mariscos e etc). Você pode, também,
consumir sementes, frutas e verduras.
Consumir alimentos ricos em vitamina A e C para ajudar na absorção do
ferro derivado de vegetais (algas, espinafre, uva passas, acelga, laranjas e
etc)

Chás

Folhas de amora: infusão de uma colher de sobremesa por xícara. Beber


duas xícaras por dia, desde a ausência da menstruação até descer.
Lavanda: infusão de uma colher de sobremesa por xícara. Beber três
xícaras por dia.
Algodoeiro: infusão de uma colher de sobremesa por xícara. Beber duas
xícaras por dia. Tomar apenas durante 6 dias.
Salvia: infusão de uma colher de sobremesa por xícara. Beber três xícaras
por dia.

Para acessar as raizes dessas dores você pode refletir sobre as memórias
que estão agindo internamente respondendo as perguntas a seguir. É
importante escrever para acessar o inscosciente, você pode utilizar um papel
ou o workbook desse livro.

1. Alguém te disse que, como mulher, você não tem nada a oferecer?
2. Existe algum medo de se tornar mulher?
3. Como você expressa a sua criatividade?

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Capítulo 8

Períodos Abundantes ou Menorragia


"A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade." 
Clarice Linspector

O período é considerado excessivo quando dura mais de sete dias ou


quando, durante todo o ciclo, o sangramento é muito abundante com aparição
de coágulos demasiadamente grandes, o que pode ser um aviso de um
desequilíbrio mais profundo que ainda não foi detectado. Existem algumas
mulheres que usam DIU de cobre, o que acaba aumentando o seu fluxo. Os
períodos abundantes podem indicar também a aparição de infecções pélvicas,
miomas uterinos, cistos nos ovários ou problemas na glândula da tireoide. Se
não for tratado a tempo, esse sangramento excessivo pode provocar anemia,
devido à grande perda de sangue.

Lembrando que se a sua menstruação sempre foi mais abundante, e você


não possui nenhuma dessas desarmonias no físico, não há motivo para
preocupação. Mas se você menstrua normalmente e, de repente, seu ciclo
muda e fica mais abundante, é preciso procurar um médico.

Sangue é o fluxo da vida e representa a alegria, gera felicidade. Se você


vive contrariada e não sente alegria pelas coisas que faz, poderá ter o fluxo da
menstruação alterado. Na metafísica da saúde, a menorragia simboliza a
saída ou perda da alegria. Pessoas que se anulam para contornar
determinadas situações e deixam de fazer o que gostam, só porque de alguma
forma lhes foram impostos outros valores, estão deixando a alegria da vida se
desvanecer.

Seja uma pessoa radiante e tente exprimir suas emoções, para aquelas
pessoas que, literalmente, sufocam seu jeito verdadeiro de ser. Sorria! Mas
sorria mesmo, para tudo e para todos. Procure amigos e pessoas que irão
gostar de você como você é.

A menorragia pode também representar “lágrimas” reprimidas, ligadas,


muitas vezes, a uma sensação de falta de apoio e amor. No entanto, mesmo
quando algum tipo de apoio lhes é oferecido, essas mulheres têm dificuldade
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em receber, colocando-se em último lugar na lista de prioridades, em termos


de receber cuidados.

Recomendações Alimentares

Consumir alimentos ricos em Vitamina C (uvas, cerejas, laranjas);


Comer dois punhados de sementes frescas de alfafa todos os dias durante
todo o ciclo, possui efeito anti hemorrágico, além de vitaminas A, C,E e K).

Chás

Folhas de amora: infusão de uma colher de sobremesa para uma xícara.


Beber três xícaras por dia.
Tanchagem: infusão de uma colher de sobremesa para uma xícara. Beber
duas xícaras por dia. Misturar com algumas folhas de figueira.
Gerânio: infusão de uma colher de sobremesa para uma xícara. Beber duas
xícaras por dia durante a menstruação.
Urtiga: infusão de uma colher de sobremesa para uma xícara. Beber duas
xícaras por dia.

Para acessar as raizes dessas dores você pode refletir sobre as memórias
que estão agindo internamente respondendo as perguntas a seguir. É
importante escrever para acessar o inscosciente, você pode utilizar um papel
ou o workbook desse livro.

1. Em que esfera e em que nível você pode estar deixando a sua energia
escapar? O quanto vc tem se doado para alguma situação ou alguma
relação em excesso ou mais do que necessário?
2. Você tem feito muito esforço para conseguir ou manter alguma coisa
na sua vida?
3. Você sente prazer pela vida e alegria de viver?

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Capítulo 9

Síndrome Pré-Menstrual
"Um dos aspectos do feminino é ser um receptáculo; é dar passagem e transmutar
diferentes frequências de energia" Sri Prem Baba 

A TPM, que eu gosto de chamar de Tempo Para Mim, é o período que


antecede a menstruação da mulher. É muito comum sentirmos vários
desconfortos nesse período, devido à mudança hormonal que ocorre em
nosso organismo. Nessa fase, se o óvulo não foi fecundado por um
espermatozoide, a superfície do endométrio já não é mais necessária e se
prepara para ser eliminada. A diminuição dos níveis de estrogênio nesse
período nos deixa mais emotivas, choronas e à beira de um ataque de nervos.

Além das mudanças hormonais que acontecem nessa etapa, é importante


para a mulher compreender que a TPM não é uma fase ruim. Ela pode ser
desconfortável, mas é fundamental para o nosso autoconhecimento. A TPM é
uma forma de a mulher mostrar seu lado inconsciente. Durante a TPM, temos
o costume de dizer que não estamos sendo nós mesmas, mas, na realidade, é
exatamente o contrário. Algum dos nossos “Eus” verdadeiros estão se
manifestando. Nesse momento nossa consciência é reprimida, e nosso
inconsciente é liberado.

Os hormônios alterados causam diversas reações desagradáveis no


organismo feminino, e muitos dos sintomas são sentidos todos juntos! Dor de
cabeça, irritabilidade, nervosismo, dor nos seios, cólicas, desânimo,
depressão, inchaço, insônia, sonolência exagerada, ansiedade, vontade
desesperadora de comer doces, etc. Esses são alguns dos sintomas que
perturbam a maioria das mulheres, dias antes da menstruação, e podem até
ocasionar desentendimentos graves em alguns relacionamentos amorosos,
familiares, no ambiente de trabalho, entre outros.

Uma importante dica para ter em mente nessa época é que o nosso
inimigo não está do lado de fora, mas dentro de nós. Digo isso, porque temos
a forte tendência de atacar as pessoas que querem nos ajudar. A TPM não é
nossa inimiga, mas sim, nossa aliada.
         Ginecologia Natural                                                                                                                                                                                                          Síndrome Pré-Menstrual

Essa síndrome está se tornando mais frequente à medida que as


exigências da vida moderna transformam a maneira pela qual uma mulher se
vê. Muitas procuram ser a “Mulher-Maravilha”, dividindo sua existência entre
o trabalho e a família. As mulheres tornaram-se cada vez mais independentes
e autossuficientes, mas agora têm dificuldade em pedir ajuda, ainda se
colocam no fim da lista de prioridades quando se trata de receber cuidados.

Essa é a fase da Deusa Feiticeira, momento de nos recolhermos do


mundo externo e olharmos para dentro com um olhar clínico. Nosso corpo
está nos proporcionando, nesse momento, uma oportunidade de trazer para
consciência vários medos, traumas e facetas do nosso feminino que estão em
desequilíbrio, mas não para nos punir e sim, para nos curarmos. Os sintomas
da TPM se manifestam porque não aceitamos nossas sombras, estamos
rejeitando uma parte de nós mesmas.

Preste atenção naquilo que a incomoda nesse período do ciclo e reflita:


talvez nesse momento você se dê o direito de assumir para si mesma, e para
os outros, as coisas que lhe deixam insatisfeita e que você se força a
aguentar ao longo do mês.

Ocorrendo a mudança de comportamento, os nossos hormônios agirão a


nosso favor. É gratificante saber que o mal-estar nesse período é reflexo de
situações mal resolvidas no coração, que aparecem em forma de sintomas,
como agressividade, choro, e desabafos em abundância.

O desafio, para você mulher que está lendo este texto, é passar a
observar a sua TPM com cautela. Pare e reflita no que realmente está te
deixando estressada naquele momento, o que a está deixando triste ou
irritada, entre outras coisas. Reflita sinceramente sobre isso e a resposta
chegará. O desejo da cura é que moverá esse processo.

A TPM não é uma doença, é um pedido de ajuda da nossa mulher


interior, que está nos convocando a voltar para o nosso ritmo natural e
acolhedor.
Algumas Sugestões para os dias que Antecedem a
sua Menstruação

Priorize-se: Avise a todos que você não terá a mesma disponibilidade para
atender as demandas durante este período.
45
         Ginecologia Natural                                                                                                                                                                                                          Síndrome Pré-Menstrual

Peça ajuda ao invés de dizer que está ótima e que consegue fazer
sozinha.
Não assuma novos projetos até finalizar sua menstruação
Crie passatempos prazerosos, faça aquilo que lhe der mais prazer e um
pouco menos de obrigação.
Reserve um tempo para ficar sozinha, para que você possa refletir a
respeito da vida e decidir o que está funcionando e o que não está.
Recomendações Alimentares

Diminuir o consumo de sal, açúcar e farinhas refinadas.


Eliminar da dieta carne vermelha, frituras e lacticínios, para desintoxicar o
organismo.
Consumir alimentos ricos em Vitamina A ( cenoura, salmão, folhas de dente
de leão, folhas de mostarda, folhas de beterraba e etc).
Consumir alimentos que contenham minerais como cálcio, magnésio, ferro,
zinco, potássio e etc.
Fazer uma depuração, tomando suco de cenoura por pelo menos uma
semana antes da menstruação. Deixa o sangue mais fluido, evita cólicas e
limpa o organismo.

Chás

Erva doce: infusão de uma colher de sobremesa por xícara. Beber duas
xícaras por dia.
Dente de leão: infusão de uma colher de sobremesa por xícara. Beber duas
xícaras por dia.
Camomila: infusão de uma colher de sobremesa por xícara. Beber três
xícaras por dia.

Para acessar as raizes dessas dores, você pode refletir sobre as


memórias que estão agindo internamente respondendo as perguntas a seguir.
É importante escrever para acessar o incosciente, você pode utilizar um papel
ou o workbook desse livro.

1. Você está respeitando o seu ciclo interno? Como isso te ajuda?


2. Você se tem como prioridade durante esse período em que está mais
sensível? Por que?
3. Durante este período você reserva um tempo para ficar sozinha e refletir
a respeito da vida? O que você ganha com isso?
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Capítulo 10

Auto Exame Mamário


"Existe mais na vida do que apenas aumentar a sua velocidade" Gandhi

Os nossos seios são um lugar de nutrição, símbolo da feminilidade em


várias culturas, seja quando evocam a mulher como fonte de vida e alimento,
seja quando a evocam como fonte de prazer, afeto e aconchego. O seio
feminino projeta, no imaginário coletivo, sentimentos de força, confiança,
liberdade e vitória. Historiadores contam que as mães, esposas e amantes
gaulesas costumavam ir aos campos de batalha exibir os seios nus a seus
guerreiros, a fim de lhes transmitir força e confiança na luta contra o invasor
romano. Temos também a crença da vitória da liberdade, no gesto político das
primeiras feministas do século XX queimando sutiãs em praça pública.

Tantos mitos, histórias e simbologias em torno dos seios femininos


acabaram acarretando, para nós mulheres, um peso psicológico grande.
Alguns mitos resultam de pura ficção produzida pelo imaginário coletivo;
outros, são construídos a partir de fatos reais aos quais vai se vai juntando,
com o tempo, a fantasia. Fato é que são um testemunho cultural daquilo que
os seios representam na vida psíquica e social da mulher, acarretando, de
medos da velhice e sua não-conformidade com os estereótipos em moda a
culpas, passando pelas doenças que podem acometê-los, entre elas, o
câncer.

Em várias culturas, se não em quase todas, existe uma lenda milenar que
conta, em diferentes versões, que o mundo teria nascido de uma gota de leite
derramado do seio de uma deusa. Existem diversas crenças e lendas em que
poderes sobrenaturais são atribuídos ao seio feminino, por exemplo, a de que
o leite materno possui poderes mágicos e curativos não só para crianças, mas
para adultos também.

Os nossos seios são parte importante de nós e da nossa feminilidade,


mas ela não termina por aí. É por isso que não a perdemos quando nos
acontece de perdê-los para o câncer.
Ginecologia Natural                                                                                                                                                                                                                        Auto-Exame Mamário

O autoexame das mamas, além de facilitar a percepção de qualquer


alteração, fortalece a sua conexão com a mulher interna. Tocar o próprio
corpo aumenta a intimidade com a Deusa interior e proporciona um
autoconhecimento profundo. Quanto mais você se tocar, mais conectada
estará. Seu corpo é um templo sagrado que deve ser desvendado
primeiramente por você mesma, e a melhor forma de fazê-lo é se tocando,
sexualmente, de forma sagrada ou curiosa. Cada vez que se tocar com uma
intenção diferente, você terá uma percepção e uma sensação diferentes,
aumentando a consciência de si mesma.

O autoexame da mama deve ser feito uma vez por mês, todos os meses,
3 a 5 dias após o aparecimento da menstruação ou em uma data fixa nas
mulheres que já não têm menstruação.

Passo a Passo para fazer o Auto Exame de Mama

Para realizar corretamente o autoexame da mama, é importante fazer a


avaliação em frente ao espelho, em pé e deitada, seguindo os seguintes
passos:

Observação em frente ao espelho

Para se fazer a observação em frente ao espelho, deve-se ficar retirar


toda a roupa e observar seguindo o seguinte esquema:

1. Primeiro, observar com os braços caídos;


2. Depois, levantar os braços e observar as mamas;
3. Por fim, é aconselhado colocar as mãos apoiadas na bacia, fazendo
pressão para observar se existe alguma alteração na superfície da mama.

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Durante a observação, é importante avaliar o tamanho, forma e cor das


mamas, assim como inchaços, abaixamentos, saliências ou rugosidades.
Caso existam alterações que não estavam presentes no exame anterior ou
existam diferenças entre as mamas, é recomendado consultar o ginecologista.

Palpação em pé

A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e


as mãos ensaboadas. Para isso deve-se:

1. Levantar o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça.


2. Palpar cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita.
3. Repetir estes passos para a mama do lado direito.

A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados, em


movimentos circulares, em toda a mama e de cima para baixo. Depois da
palpação da mama, deve-se pressionar os mamilos suavemente para observar
se existe a saída de qualquer líquido.

Palpação deitada
Para se fazer a palpação deitada deve-se:

1. Deitar e colocar o braço esquerdo na nuca, como mostra a imagem 4;


2. Colocar uma almofada ou toalha debaixo do ombro esquerdo para ser mais
confortável;
3. Palpar a mama esquerda com a mão direita, como mostra a imagem 5.

Estes passos devem ser repetidos na mama direita para terminar a


avaliação das duas mamas. Caso seja possível sentir alterações que não
estavam presentes no exame anterior, é recomendado consultar o
ginecologista para fazer exames diagnóstico e identificar o problema.1
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Capítulo 11

Sintomas Benignos da Mama


"A causa de todo o sofrimento humano está no desejo e no apego" Buda

Dores nos Seios

A sensibilidade nos seios pode se dar por vários motivos. Eles são a
morada da nutrição da mulher, nutrição tanto do outro quanto de si mesma,
e estão diretamente ligados aos sentimentos que nutrimos.

As dores nos seios não significam, necessariamente, algo grave. É


comum durante o período pré-menstrual, ou a ovulação, os seios ficarem
mais sensíveis devido à alteração hormonal. Além disso, o uso de
anticoncepcionais e a terapia de substituição hormonal podem ter fortes
influências sobre esse problema. É comum também, durante a gravidez e a
lactação, que a mulher sinta seus seios doloridos e sensíveis.

As mulheres possessivas são propícias a ter problemas nos seios - que


simbolizam doação e fluxo livre da vida. Comportamentos controladores, de
tentar dominar o parceiro e impor suas opiniões são padrões-chave para
esse desequilíbrio, podendo aparecer, principalmente, se a pessoa
dominada começar a reagir ao comportamento da mulher.

Quanto mais você trabalhar o desapego e o amor incondicional, mais


essas dores irão se amenizar. Nada nessa vida nos pertence,
principalmente em se tratando de outra pessoa. Dê uma olhada na sua vida
e tente descobrir os padrões que estão por trás desse apego, se é uma
carência, baixa autoestima, vitimismo. Olhe com sinceridade, não precisa
contar para ninguém, apenas seja verdadeira consigo mesma e procure
melhorar suas ações depois dessa análise. O interessante do
autoconhecimento é que você não precisa sair gritando para o mundo os
seus defeitos, reconhecê-los para si já é o primeiro passo fundamental
dessa jornada.
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Para Amenizar a Dor

Usar sutiã folgado ou nenhum;


Realize massagens circulares sobre os seios, a fim de melhorar a circulação
e aliviar a dor;
Consuma alimentos ricos em vitamina A (ovos, cenoura, damasco, repolho)
e E (cereais integrais, óleos de sementes e azeite de oliva virgem), pois eles
reduzem o desconforto;
Reduza o consumo de sal e estimulantes (café, chocolate e Coca-Cola);
Realize um autoexame de mama todos os meses; dessa maneira, você
passa a conhecer melhor os seus seios e saber se as mudanças que foram
observadas são normais ou precisam ser consultadas por um especialista.

Receitas

Despeje 1 colher de chá de hamamélis em ½ xícara de água quente. Coe


o líquido e, com a ajuda de um algodão, aplique suavemente sobre as
mamas. Repita o processo várias vezes por dia, até que a dor desapareça.
Lave com água quente um par de folhas de couve e aplique diretamente,
como cataplasma, sobre os seios. Então, cubra com um pano e deixe por
meia hora. Repita esse remédio várias vezes, até que a dor desapareça.
Tome, previamente durante a segunda quinzena do ciclo menstrual, 1
cápsula (de 2 a 4 gramas) de óleo de prímula por dia.

Nódulos e Cistos
Nódulos são caroços ou protuberâncias que podem surgir nas mamas.
Apesar do choque que a mulher leva ao identificar, pelo toque, a presença de
uma massa sólida, a maior parte dos tumores mamários são benignos. Mesmo
assim, a avaliação clínica é indispensável.

A mama da mulher atravessa três etapas:

1ª Etapa: desenvolvimento até os 18 a 20 anos.


2ª Etapa: atividade hormonal cíclica regular até aos 40 anos.
3ª Etapa: fase de involução, dos 40 anos em diante.

Em cada uma destas etapas pode aparecer alguma patologia benigna.


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Emocionalmente, o surgimento de nódulos mamários, de qualquer


natureza, representa os bloqueios da mulher na manifestação da ternura. A
mulher ferida emocionalmente se retrai, embutindo seus sentimentos. Esse
comportamento a impede de resolver aquilo que a afligiu nos relacionamentos
afetivos, gerando bloqueios que refletem nas futuras relações.

Esse tipo de bloqueio pode gerar duas formas de comportamento.

O primeiro é o da mulher fria e muitas vezes rude, que costuma adotar


uma aparente frieza e certa indiferença ao lidar com as questões pertinentes
ao seu sentimento, um mecanismo de defesa para evitar mais decepções com
as pessoas. Ela passa a ser vista como alguém severo, mas, na verdade,
trata-se de uma mulher ferida na sua afetividade, que se esconde atrás de
uma máscara para evitar envolvimentos e se machucar emocionalmente. Sua
atitude racional é um mecanismo de defesa para distanciar os outros, para não
se integrar afetivamente e sofrer novos abalos.
2

Procurar integrar a ternura e a sensibilidade


feminina é um passo importante para o
tratamento dos nódulos mamários. 
A energia do feminino, a vulnerabilidade e a amorosidade, você nasceu
com essas virtudes dentro de você. É um desperdício deixar que, por algumas
situações que a vida oferece, elas sejam apagadas, renegadas e até
rejeitadas. Assim, você fica incompleta, não exerce o seu potencial todo.

O outro, no entanto, é a dependência, insegurança e até possessividade


com relação ao parceiro. Nesse caso, a mulher projeta na presente relação,
toda a sua expectativa de obter a felicidade afetiva para suprir as carências
dos antigos relacionamentos. Passa a viver em função do relacionamento,
abandonando outras áreas da vida, como o trabalho e a família, dedicando-se
exclusivamente ao parceiro, como se, somente ao lado dele, pudesse ser feliz
e realizada na vida. A dedicação é tão exagerada que a torna uma mulher
ingênua em relação a ele. Ela não enxerga alguns fatores altamente nocivos à
relação, devido ao desejo ardente de ficar ao seu lado. Sujeita-se a várias
situações desagradáveis oriundas do comportamento do parceiro, mas não faz
nada para evitar que ele proceda daquela maneira, só para não correr o risco
de perdê-lo e sofrer tudo novamente.

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Entender o equilíbrio entre o dar e o receber é fundamental nesse caso.


Se você se encaixa nesse comportamento, precisa urgentemente trabalhar a
autoestima e a confiança em si mesma.
3 Não é se doando ardentemente, e
nem prendendo o outro perto de você, que as suas necessidades serão
supridas. Se há uma necessidade de aprovação do outro, para trabalhá-la,
comece você mesma a aprovar suas ações, seus projetos e seu jeito de ser.

Um bom exercício para isso é, todos os dias pela manhã ou antes de


dormir, se olhe no espelho, mas olhe de verdade. Olhe nos seus olhos e fique
olhando por alguns minutos. Observe você mesma, sua expressão, o formato
dos olhos, da boca, do nariz e veja os detalhes, mas sem julgamentos.
Quando estiver finalizando, diga três vezes um adjetivo positivo sobre você
mesma.

O acompanhamento médico e o autoexame de mama são importantes


para avaliar o tamanho e a desenvoltura do nódulo.

Cistos

Os cistos são pequenas saliências cheias de líquido que se formam quando


as glândulas mamárias ficam bloqueadas. Alguns são tão pequenos que não é
possível vê-los nem senti-los, mas a maioria é descoberta quando você sente
um nódulo, que pode ser suave ou firme, sobressalente ou dentro do seu seio.
Normalmente, os cistos aumentam de tamanho e podem doer um pouco. Alguns
dias antes da menstruação, durante a síndrome pré-menstrual (TPM), é possível
identificá-los mais facilmente. Depois que termina o seu período, os cistos
voltam ao seu tamanho normal e já não são tão sensíveis.

É normal que você se assuste ao sentir um nódulo estranho em um de seus


seios. Mas, em geral, não é motivo para se preocupar, já que os cistos
costumam ser benignos, e muitos são desfeitos sozinhos ao longo do tempo.
Inclusive, você pode ficar tranquila se começar a sentir muitos cistos ao mesmo
tempo; esse é o chamado seio fibrocístico, uma condição bastante comum e
normal.

Assim como os nódulos, os cistos nos seios estão ligados aos sentimentos
de possessividade. A mulher aqui não solta o controle e não solta suas

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emoções, guardando-as internamente, o que gera saliências líquidas que


guardam suas emoções em um lugar aparentemente seguro.

Receitas

Massagear os seios com óleo de rícino ou colocar um pano limpo


embebido em óleo de mamona sobre a área afetada da mama por meia
hora.
Molhe um pano limpo no chá de gengibre quente e coloque-o sobre o peito
durante meia hora. Faça isso pelo menos três vezes ao dia, quando
houver dor e desconforto.
Beber chá de gengibre também é útil para reduzir o tamanho dos cistos.
Inclua alimentos que contenham vitamina E em sua dieta.

Mastite
A mastite é a inflamação da glândula mamária, que ocorre devido à
obstrução de alguns condutos do seio. Essa inflamação pode ser causada
por uma infecção na mama, gerada por vírus, bactérias ou fungos. Os
sintomas que devem nos deixar em alerta são: vermelhidão, dor e,
principalmente, febre.

Essa doença é bem mais comum em mulheres que estão amamentando


e costuma se manifestar quando a secreção de leite não flui da maneira
adequada. Os transtornos que a mulher tem que enfrentar com a chegada do
seu filho geram um sentimento de arrependimento ou desconforto, paralelo
ao amor por ele, que existe e também é muito forte. Na verdade, trata-se de
um conflito entre o amor pelo filho e as turbulências do seu nascimento.

Outros fatores metafísicos são desencadeadores dessa condição física;


um deles é a projeção dos conflitos com sua própria mãe, o outro é a
dificuldade de interação com o filho. Durante o período de amamentação,
também pode ocorrer a projeção dos sentimentos de revolta que a mulher
alimenta em relação à sua própria mãe. O fato de estar vivendo a
experiência materna favorece a manifestação da indignação pelas situações
vivenciadas com sua mãe, que ainda não estão emocionalmente resolvidas.
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Esse é o momento oportuno para a mulher que alimenta mágoas da própria


mãe perdoar e se libertar desse sentimento nocivo ao seu próprio ser.

Quando a causa consiste no conflito entre a mãe e o filho é difícil conceber


tal situação entre os dois, pois ainda não houve episódios entre eles que
justifiquem ou demonstrem existir tal conflito. Mas lembre-se que ali moram
duas almas que trazem informações energéticas muito além da vida atual. Com
o crescimento da criança, esses conflitos podem se tornar mais evidentes.

Nesse caso, convém aproveitar o instinto materno, que gera um intenso


vínculo com o filho, para transpor as divergências entre os seres que se
encontram juntos para viver lado a lado durante um grande período da vida de
cada um.

A mastite também pode ocorrer fora do período da amamentação, por


diversas causas. Não se trata de uma condição física restrita ao aleitamento.
Refere-se a um estado de inconformismo da mulher, e até irritação, por ter se
dedicado intensamente a alguém ou a uma causa e visto seus objetivos
fracassados. Após constatar que não adiantou nada ter feito tanto, que foi tudo
em vão, a mulher poderá ficar profundamente chateada com o desfecho da
relação ou da situação, somatizando, no corpo, a mastite.

Nada na vida é em vão, tudo traz um aprendizado e uma experiência. Caso


os resultados esperados não tenham sido alcançados, lembre-se do quanto
você ganhou interiormente.

Receitas

As folhas da couve são um dos melhores anti-inflamatórios naturais que


existem e ainda podem aliviar as dores que a mastite causa. Para
experimentar esse remédio, você só precisa colocar algumas folhas cruas
de couve sobre a zona dolorida durante alguns minutos.
Preparar uma infusão de tomilho, umedecer nela uma compressa ou gaze
e colocar sobre os seios durante 20 minutos.

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Colocar sobre os seios uma compressa umedecida em infusão de alecrim


é também um excelente remédio caseiro para reduzir as dores provocadas
pela mastite. O alecrim contém substâncias anti-inflamatórias, o que ajuda
a diminuir o inchaço da região.
O óleo de rícino é muito empregado para fazer massagens anti-
inflamatórias e aliviar certas doenças musculares. É um remédio natural
eficaz para a mastite. Você pode complementar as massagens dos seios
com umas gotinhas desse óleo.
Consumir alguns dentes de alho por dia é um grande remédio caseiro para
o tratamento de infecções, como pode ser, também, a mastite bacteriana.
Ferva, durante 5 minutos, 1 colher de sopa de calêndula e outra de erva-
doce picada em uma xícara de água. Cubra e deixe esfriar. Umedeça uma
bola de algodão com essa infusão e aplique no mamilo afetado várias
vezes ao dia.
Lave, pique e esmague uma cenoura até conseguir uma pasta
homogênea. Coloque, como emplastro, no mamilo afetado.
Realize pinceladas sobre os seios com o bálsamo da copaíba.

Para acessar as raizes dessas dores, você pode refletir sobre as


memórias que estão agindo internamente respondendo as perguntas a seguir.
É importante escrever para acessar o inscosciente, você pode utilizar um
papel ou o workbook desse livro.

1. Você diz mais “sim” do que “não” quando lhe pedem algo? Por que?
2. Você vive o seu propósito de vida? Em que momento você se
desconecta dele?
3. Você satisfaz suas necessidades emocionais? Tem consciência de quais
são essas necessidades e como atende-las?

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Capítulo 12

Menopausa
"Às vezes, a mulher tropeça na própria introversão e quer simplesmente que as
coisas existam só porque ela deseja." Clarissa Pínkola Estés 

O período fértil da mulher se estende, mais ou menos, dos 10 aos 55 anos,


podendo haver uma variação de mulher para mulher. Na medicina tradicional
chinesa, o período após a idade fértil é denominado “segunda primavera”
porque representa uma renovação da energia e das oportunidades da vida.

O fim do período fértil é um processo lento que pode começar vários anos
antes que cesse definitivamente o ciclo menstrual. Na nossa cultura, como
tudo aquilo que envolve a sexualidade da mulher, a menopausa é um tema
tabu. Por isso que, lamentavelmente, muitas mulheres a vivem em silêncio e
asiladas como se estivessem passando por uma enfermidade contagiosa da
qual deveriam se envergonhar. Todas nós, sem exceção, chegaremos a esse
momento, e o que sabemos dele é que ele acarreta sintomas desagradáveis e
o nosso ciclo desaparece, mas trata-se de algo muito mais complexo e
poderoso.

Em muitas culturas, o fim da fertilidade é uma etapa venerada, pois no


momento em que as mulheres se voltam ao seu próprio centro e
espiritualidade, recebem a missão de guardiãs da sabedoria e da sua
transmissão às mais jovens. As mulheres anciãs frequentemente são as
conselheiras das tribos e aldeias. Com sua vasta experiência, são convidadas
a serem médiuns entre a sabedoria terrena e espiritual.

Como a adolescência, a segunda primavera é um processo de mudanças


que traz consigo modificações físicas e emocionais intensas. Elas se
manifestam de formas distintas, dependendo de como estamos transitando
em nossa vida e como está a nossa sexualidade.

Os estereótipos femininos e a sobrevalorização da juventude em


detrimento da velhice são papéis fundamentais na percepção que teremos que
ter para atravessar essa fase. A ignorância e os mitos são muitos em relação
Ginecologia Natural                                                                                                                                                                                                                                         Menopausa

às mudanças sexuais que acontecem nessa fase. Muitos são depreciativos e a


sociedade se encarrega bem de nos assustar e criar realidades aterrorizantes
a respeito do que nos acontecerá. Nossa mente, ancorada nesses temores,
tende a buscar rapidamente uma medicação para aliviar os sintomas que, na
verdade, não passam de uma resposta natural decorrente do declínio
hormonal.

É um momento de valorizar a nossa mulher interna em seus variados


ciclos, mas, sobretudo, em sua maturidade, reconhecendo sua trajetória e
potencial espiritual. Nesse período, a mulher deve viver toda a sua sabedoria
interior e se deliciar com tudo que, até então, não pôde realizar. Trata-se
também da realização pessoal, da exploração e busca de novos prazeres e
expressões.

Anos antes do cessar definitivo da menstruação, aos poucos a mulher vai


percebendo a baixa hormonal. Isso pode ocorrer de forma gradual, o que pode
causar confusão e desestruturar a mulher. Durante esse período, a
menstruação é totalmente irregular. Somente depois de um ano sem
menstruar, em alguns casos dois, é que se considera que a mulher adentrou a
menopausa. O período que vem depois é chamado de pós-menopausa e, só
então, a mulher poderá se despreocupar com o seu controle de natalidade. É
muito comum a mulher engravidar de surpresa durante essa transição.

Cada mulher viverá a sua transição de maneira única. Tudo vai depender
de como ela se preparou para esse momento e de como se encontra a sua
saúde emocional e física.

É normal, durante a baixa hormonal, sentir certos incômodos. Só quando


estes se tornam um problema grave é que é necessário recorrer a medicação.
Os sintomas vão de a irregularidade menstrual, calorões, insônia, instabilidade
emocional, infecções vaginais e urinárias, sequidão na vagina e tensão nos
seios, a problemas ósseos e circulatórios.

Dicas para Transição

Reuna-se com mulheres que estão nessa mesma fase. Organize círculos
sagrados, por exemplo, para uma atividade artística e para pôr em prática a
energia criativa.

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Procure literaturas amorosas que abordem esse tema e trabalhe com o


arquétipo da mulher sábia.
Abra-se a novas experiências.
Converse sobre esse momento. Ele não é o fim e sim, o começo de algo
novo.
Liberte-se da categoria de enfermidade e, com ela, deixe a medicação
hormonal. Conecte-se com a energia das ervas energéticas e físicas que
podem ajudar no equilíbrio de seus hormônios.
Desfrute da sua sexualidade. A masturbação e os orgasmos são a melhor
solução para a secura vaginal.
Mantenha-se ativa, isso será vital para conservar um equilíbrio entre corpo,
mente e espírito.

Dicas Alimentares

Consumir soja orgânica. Pode ser leite, tofu, etc.


Consumir alimentos ricos em vitaminas A, E, B e F, assim como os minerais
cálcio, magnésio e fósforo.
Inclua maca peruana na sua dieta. Ela é um regulador natural que constitui
um tratamento efetivo da baixa hormonal. (Não é recomendado para
mulheres que estejam em tratamento com anticoncepcionais hormonais ou
em terapia de reposição hormonal).
Contas de prímula - seu óleo em cápsulas contém ácidos graxos essenciais
que ajudam no problema de retenção de líquidos e sequidão da vagina.

A terapia de reposição hormonal, que a medicina convencional indica,


gera um alívio do desconforto a curto ou longo prazo, mas esconde várias
contraindicações que vão desde a possibilidade de agravar um câncer
preexistente até a de provocar hemorragias, trombose, aumento de peso,
náuseas e dores de cabeça, entre outros. O triste é que quando o corpo
assimila a medicação, é difícil abandoná-la, já que os sintomas voltam mais
intensamente.

Como existe a possibilidade de um aumento do risco de enfermidades


cardiovasculares nas mulheres em fase de pós-menopausa, foi promovida a
terapia da reposição hormonal como medida de proteção e prevenção. O que
realmente se melhora com essa terapia são os calorões, devido à baixa de
estrogênio, mas existem métodos naturais que podem resolver este problema.
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Essa terapia é recomendada para as mulheres, sem um estudo prévio do


seu caso. Cada mulher é única e precisa de um tratamento específico. Em
caso de problemas nos rins, fígado, coração, diabetes ou histórico familiar de
câncer, essa terapia é contraindicada. A mulher que adentra essa fase deve
estar atenta ao seu corpo, para perceber as suas mudanças internas e
procurar, de forma natural, se adaptar a essa nova etapa. É o corpo
passando por uma transição e isso se estende a vários setores da vida.
Muitas vezes a mulher fica tão focada nos desconfortos, que não desfruta o
prazer de estar se tornando uma mulher sábia, não usufrui dessa sabedoria
com ela mesma.

Dicas para os Calorões

Adicionar na alimentação, três vezes por semana: ervilhas, sementes de


girassol e pepino.
Salsaparrilha: infusão de uma colher de sobremesa da erva para uma
xícara. Beber uma xícara por dia.
Salvia: infusão de uma colher de sobremesa da erva para uma xícara.
Beber uma xícara todas as noites antes de dormir.

Receitinha para Osteoporose

1. Quebrar um ovo e separar a casca.


2. Colocar a casca do ovo para ferver por quatro minutos em um recipiente
com água.
3. Retirar a casca e triturá-la no liquidificador.
4. Em um recipiente separado, misturar a casca do ovo batida com o suco de
um limão e mexer.
5. Deixar repousar por 12 horas ou mais para que o limão extraia o cálcio da
casca do ovo.
6. Beber o suco do limão.

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Toda transformação repentina pode levar-nos a estados nervosos de


ansiedade. Para acompanhar estas mudanças, você pode tomar a infusão de
Melissa: uma colher de sobremesa da erva para uma xícara. Beber duas
xícaras por dia.

Para compreender melhor o processo da menopausa, em você pode


responder algumas dessas perguntas em um papel ou pode utilizar o
Workbook:

1. Você assume as preocupações da sua família e do mundo? Por que?


2. Você busca constantemente por algum tipo de aprovação? Seja de
pessoas, ideologias, religião...
3. Em que situações você age ou reage a partir do medo e não do amor?

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Capítulo 13

Curandeira de Si
"Auto percepção e silencio interno criam uma nova realidade." Carolina Lana 

O Sagrado Feminino mora dentro de cada uma das mulheres, é o que nos
conecta umas as outras, que faz com sejamos uma rede de energia feminina a
pulsar diariamente no universo.

A consciência que cada uma têm sobre este Sagrado é que se


torna diferente para cada mulher. Quanto maior a sua consciência sobre o seu
Sagrado mais conectada com outras mulheres e com a Deusa você estará,
maior será o seu poder de cura, seu poder pessoal e a sua percepção sobre si
mesma.Sendo uma nova compreensão não só de você mesma, mas
influenciará todas as outras, pois estamos unidas por esta energia.

Você traz um mistério pessoal e único, o qual ferramentas como


Ginecologia Natural podem te ajudar a desvendar, mas o movimento e o
prazer de desvendar este universo misterioso é apenas seu. O seu útero
guarda as suas memórias mais pessoais, segredos que são desconhecidos
até para você mesma. Expandir a consciência sobre o seu Sagrado é estar em
conexão com você mesma e com o seu corpo, mente e espirito.

A Ginecologia Natural traz de volta o conhecimento das nossas


ancestrais, não só o conhecimento das ervas, mas como ouvir seu corpo e
estar em conexão com o seu útero. Eram mulheres que se reuniam quando
estavam menstruadas para honrar o sangue sagrado, que plantavam suas
luas e passavam seu conhecimento adiante quando era chegada a hora. Ali
não existia disputa, éramos todas Deusas.

O conceito de sororidade que é a união e aliança entre as mulheres,


baseado na empatia e companheirismo é um reflexo do que as mulheres
viviam há séculos atrás, unidas em tribos, uma por todas e todas por uma.
Ginecologia Natural                                                                                                                                                                                                                               Curandeiras de Si

A chegada do patriarcado acabou trazendo junto a rivalidade e a disputa que


são conceitos do masculino, mas que se estenderam para as mulheres no
decorrer dos anos. Para retomarmos a essência da sororidade precisamos ter
empatia por nós mesmas e pelos nossos processos emocionais.

A Ginecologia Natural é uma ferramenta poderosíssima que auxilia a


mulher a perceber seu corpo das mais diversas maneiras. Através da
percepção e da consciência do próprio corpo a mulher retoma seu poder
pessoal, sua criatividade e o seu prazer. É conhecendo a si mesma que a
mudança acontece.

Mapeando seu ciclo, limpando o útero de memórias que já fizeram o seu


movimento de cura e que agora podem ser desapegadas, pois já cumpriram
seu propósito, entendendo a tensão pré menstrual, fazendo auto exames das
mamas e vaginal entre outros procedimentos que fortalecem a conexão da
mulher consigo mesma e assim se libertar pouco a pouco das crenças
limitantes.

O legal é que cada experiência é única. A percepção da vaporização do


útero por exemplo, será exclusiva para cada mulher que fizer e para cada vez
que ela fizer. Podem ter alguns pontos em comum, mas o que foi limpo é
essencial de cada uma. Esse é o bonito do Sagrado Feminino e da
Ginecologia Natural, a singularidade e ao mesmo tempo a coletividade.

Por isso a importância do silencio interno e da auto percepção quando se


faz algo com o objetivo de cura, você deve perceber as singularidades no seu
tratamento, aquilo que é só seu, pois esta é a chave para sua cura.

Dê tempo para você mesma, faça com cuidado, atenção e


paciência. Sinta o tempo que o seu corpo precisa para se curar
confie na sua intuição.

O tempo de cura pode variar de ferida para ferida, o tempo é o fator


menos importante, a profundidade e a consciência que se abre a cada passo
que você der é que vão fazer a diferença. Se conhecer, se cuidar, se respeitar,
se tratar e se curar esta é a verdadeira Ginecologia Natural.

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Notas

1 - Fonte: https://www.tuasaude.com/como-fazer-o-autoexame-da-mama
2 - VALCAPELLI; GASPARETTO, Luiz Antonio. Metafísica da Saúde 2.
3. ed. vida e consciência, 2001.
3 - VALCAPELLI; GASPARETTO, Luiz Antonio. Metafísica da Saúde 2.
3. ed. vida e consciência, 2001.

Bibliografia

VALCAPELLI; GASPARETTO, Luiz Antonio. Metafísica da Saúde 2.


3. ed. vida e consciência, 2001.
GRAY,Miranda. Lua Vermelha. 1. ed. pensamento, 2017.
NISSIM, Rina. Mamamélis. ed. rosa dos tempos.
BRENNAN, Barbara Ann. Luz Emergente. ed. pensamento
MARTIN, Pabla Pérez San. Manual Introdutório da Ginecologia Natural

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