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FACULDADE MARTHA FALCÃO / WYDEN

CURSO DE PSICOLOGIA

JANE MARY BACURY DE LUCENA

ADOLESCENTES EM CONFLITOS COM A LEI E A RESSOCIALIZAÇÃO NA


MULTIDISCIPLINALIDADE: Uma revisão bibliográfica

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de


Psicologia da Faculdade Martha Falcão como requisito
obrigatório para conclusão do curso.

Orientador: Gutemberg Jailson Rocha de Carvalho.

MANAUS/AM
2019
2

ADOLESCENTES EM CONFLITOS COM A LEI E A RESSOCIALIZAÇÃO NA


MULTIDISCIPLINALIDADE: Uma revisão bibliográfica

Jane Mary Bacury de Lucena1


Gutemberg Jailson Rocha de Carvalho2

Faculdade Martha Falcão

Grupo Wyden Educacional

RESUMO

Uma apreciação histórica permite observar que as expectativas quanto ao tratamento das crianças e
adolescentes, considerados inadequados às normas vigentes, variam ao longo dos séculos. Os contextos
sociopolíticos produzem normas diferenciadas, coerentes com as preocupações que estão em vigor,
principalmente daqueles no poder, mas que, quase invariavelmente, apontam para a intolerância quanto
aos "desviados", tendo como consequência sua segregação. Este estudo tem como objetivo analisar os
conflitos existentes entre a lei e o adolescente, do ponto de vista da ressocialização na
multidisciplinaridade. Para isso será realizada uma revisão bibliográfica utilizando como principais bases
de dados científicos, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google Acadêmico e o site de periódicos
CAPES. Com a desigualdade social e a falta de investimentos em políticas públicas, principalmente na
educação, amplia-se a vulnerabilidade da infância e da adolescência, tornando comum o envolvimento
destes em situações de conflito com a lei. A vivência em um ambiente mais afetivo é importante ao
desenvolvimento da personalidade do adolescente, a despeito de qual seja a sua condição, mesmo aquela
em que se dá a privação de liberdade. Contudo, faz-se necessário assegurar a participação do estado,
família e comunidade, considerando-se a necessidade de recursos, apoio técnico e fortalecimento da rede
de atendimento à infância e adolescência de forma integrada.

Palavras chave: Medidas socioeducativas, Ressocialização; adolescência.

1
Graduanda em Psicologia do Grupo Wyden Educacional na Faculdade Martha Falcão. Contato: (92) 98471-7458.
E- mail: janebacury@bol.com.br.
2
Professor Orientador Msc. Gutemberg Jailson Rocha de Carvalho, Psicólogo CRP 20/1134. E-mail:
gutemberg.carvalho@fmf.edu.br.
3

ABSTRACT

A historical appraisal allows us to observe that expectations regarding the treatment of children and
adolescents, considered inadequate to the current norms, vary over the centuries. Sociopolitical contexts
produce differentiated norms, consistent with the concerns that are in place, especially those in power, but
which almost invariably point to intolerance of the "deviant," resulting in their segregation. This study aims
to analyze the conflicts between the law and the adolescent, from the point of view of resocialization in
multidisciplinality. For this, a bibliographic review will be carried out using as main scientific databases,
Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google Scholar and the CAPES journal website. With social
inequality and the lack of investments in public policies, especially in education, the vulnerability of
childhood and adolescence increases, making their involvement in situations of conflict with the law
common. Living in a more affective environment is important to the development of the adolescent's
personality, regardless of his or her condition, even when deprivation of liberty occurs. However, it is
necessary to ensure the participation of the state, family and community, considering the need for resources,
technical support and strengthening of the care network for children and adolescents in an integrated
manner

Keywords: Socio-educational measures, resocialization; adolescence.

1. INTRODUÇÃO

Na sociedade brasileira atual não é incomum vermos crianças e adolescentes envolvidos em


situações como tráfico de drogas, homicídios, entre outras questões criminais. Mediante esse
contexto, compreendemos que a educação formal não é capaz de atender a essas demandas
específicas da sociedade contemporânea, o que limita o seu poder de barrar o crescimento do
número de crianças e adolescentes em conflito com a lei. Esse trabalho tem como objetivo trazer
uma reflexão sobre as medidas aplicadas e a contribuição das mesmas na ressocialização de
adolescentes envolvidos em atos infracionais, a partir de uma compreensão histórica sobre a
responsabilidade penal dos menores de idade (ÁVILA, 2017).

Uma apreciação histórica permite observar que as expectativas quanto ao tratamento das crianças
e adolescentes, considerados inadequados às normas vigentes, variam ao longo dos séculos. Os
contextos sociopolíticos produzem normas diferenciadas, coerentes com as preocupações que estão
em vigor, principalmente daqueles no poder, mas que, quase invariavelmente, apontam para a
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intolerância quanto aos "desviados", tendo como consequência sua segregação. Observaremos que
apesar das transformações ocorridas no Brasil ao longo dos últimos dois séculos, e com elas as
práticas públicas disciplinares em direção à criança e ao adolescente, alguns métodos persistem
ainda hoje sob nova roupagem, sob novos estratagemas (MARINHO e GALINKIN, 2017).

Cury (2005) destaca que na Constituição Federal de 1988 ficou estabelecida a condição de
inimputável do menor, vez que a ele não pode ser aplicada penas, exigindo a criação de lei
específica a fim de regularizar tal situação. “A lei específica criada foi a Lei n° 8.069/90, Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê vários direitos conferidos ao menor, dentre eles
prevê a apuração de atos infracionais, seu procedimento, as medidas aplicadas na semiliberdade”
(CURY, 2005).

Este estudo tem como objetivo analisar os conflitos existentes entre a lei e o adolescente, do ponto
de vista da ressocialização na multidisciplinaridade. Para isso será realizada uma revisão
bibliográfica utilizando como principais bases de dados científicos, Scientific Electronic Library
Online (Scielo), Google Acadêmico e o site de periódicos CAPES.

2. PERÍODO DA ADOLESCÊNCIA

Dentro das ciências humanas, a produção científica voltada para o desenvolvimento das etapas da
vida humana é vasta. Neste sentido, para atingir o objetivo a que se propõe este trabalho, dentre as
fases da vida humana, reservaremos um espaço para a discussão sobre a adolescência. Para tanto,
recorreremos a estudiosos da área da psicologia que se debruçam sobre a temática adolescência.
Assim, no rastreamento bibliográfico empreendido foram identificadas várias linhas investigativas
sobre a adolescência, como as perspectivas psicanalista e comportamental, e a dialética histórico-
cultural (COSTA, 2015).

Todavia, discorreremos acerca de duas delas: uma voltada para a análise psicanalista, numa visão
por muitos denominada internalista; e outra análise com base no materialismo dialético que
considera a adolescência como uma construção cultural da sociedade ocidental. A ênfase dada a
estas duas vertentes se justificam pelo fato de que, no campo acadêmico, são consideradas
historicamente antagônicas. Entretanto, a pesquisa bibliográfica realizada mostrou que em
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determinados momentos elas se aproximam, bem como há momentos em que elas se distanciam
consideravelmente. Assim, foi realizado um esforço de entendimento para evidenciar que, apesar
da escolha pela interpretação com base na dialética histórico-cultural, a visão psicanalista da
adolescência também traz contribuições significativas para o entendimento da categoria
adolescência (COSTA, 2015).

Com relação à visão psicanalista da adolescência, observamos que os autores concebem esta etapa
da vida como momento de instabilidade em face do desprendimento da infância. Neste caso, a
adolescência é encarada como processo de transição para a vida adulta e, como processo, não pode
ser “atropelado” ou menosprezado e requer atenção especial (LOBO, 2006).

Nesta visão específica, a questão biológica possui um peso significativo na adolescência. Segundo
Knobell, a adolescência, dentre outras etapas da vida humana, evidencia-se pelas mudanças
biológicas da idade e a continuidade da construção do aparelho psíquico que começa a se
estabelecer desde o nascimento. Ou seja, o substrato da personalidade inicia-se no nascimento em
um processo contínuo até a vida adulta. Nesta perspectiva, tem-se que a adolescência é um
momento para a maturação da personalidade (LOBO, 2006).

A formação da identidade do adolescente perpassa pela construção de um autoconceito que vai se


desenvolvendo à medida que o sujeito vai mudando e vai se integrando com as concepções expostas
por pessoas, grupos e instituições e assimilando todos os valores que constituem o meio social.
Com isso, recai-se na tendência grupal, que é inerente ao ser humano e que na adolescência traz
consequências que podem ser positivas ou negativas. Segundo Ana Freud, a tendência grupal na
adolescência evidencia a oposição às figuras parentais; a necessidade de alcance do um mundo
externo ao seu ambiente familiar; e necessidade do alcance da individualização (COSTA, 2015).

Conforme apontam inúmeras análises históricas e sociológicas, a emergência da adolescência –


seja como acontecimento no interior dos saberes, inclusive científico, seja como acontecimento
que perturba o cotidiano das relações intersubjetivas entre pais e filhos, entre parentes e pessoas
conhecidas – resulta de complexos processos de mudança social. Em parte tem a ver com mudanças
que incidiram na estrutura e organização da família enquanto instituição civil, motivadas sobretudo
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pelas novas formas de inserção de seus membros – pai, mãe e filhos – no mundo do trabalho urbano
industrial (PERROT, 1996 apud COSTA, 2015).

2.1 O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

O Brasil foi o primeiro país da América Latina a adequar a legislação aos princípios da Convenção
das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, promulgada em 1990. O Estatuto da Criança e do
Adolescente – ECA é instrumento jurídico social de plena legitimidade histórica, configurando-se
como uma ferramenta de cidadania, pois viabiliza a todo cidadão acionar os meios de defesa de
direito da criança (de 0 a 12 anos incompletos) e do adolescente (de 12 a 18 anos incompletos)
(SILVA, 2009).

A construção desse marco legal, resultado de um processo histórico, marcado por grandes lutas dos
movimentos sociais pela infância, dos setores progressistas da sociedade civil, dos operadores das
instâncias governamentais e das pressões internacionais, acarreta mudanças políticas, culturais e
jurídicas à temática criança e adolescente, estabelecendo novos paradigmas na esfera de
atendimento à população infanto-juvenil e reconhecendo sua situação peculiar de sujeitos em
desenvolvimento (ÁVILA, 2017).

Rompe-se assim com a lógica da gestão centralizada no Poder Judiciário, de caráter filantrópico e
assistencial, onde criança e adolescente de família em situação de pobreza eram entendidos como
objeto de proteção assistencial, unido à ideia da repressão e da tutela. Com o ECA, instaura-se uma
doutrina de Proteção Integral, reconhecendo a situação específica de sujeitos em desenvolvimento,
que carece de atenção e cuidado de diversos atores sociais, por serem sujeitos de personalidade e
merecedores de dignidade (SILVA, 2009).

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 227, relata que a família, a sociedade e o Estado,
são corresponsáveis na efetivação dos direitos fundamentais da criança e do adolescente: É dever
da família, da sociedade e do poder público assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-
los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
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opressão. (BRASIL, 1988 apud ÁVILA, 2017).

O artigo 4 do ECA atribui à família, como a primeira instituição social, a responsabilidade para a
“efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação ao respeito e à
liberdade”. Entretanto, o Estatuto corresponsabiliza a comunidade, a sociedade em geral e o Poder
Público na efetivação desses direitos citados (ÁVILA, 2017).

2.2 Políticas Públicas voltadas à atenção da criança e do Adolescente em conflito com a Lei.

Considera-se uma política pública como a tradução dos propósitos de um governo em programas,
planos, pesquisas e ações que produzirão resultados ou mudanças desejadas no mundo real. Para
tanto, a efetividade de uma política pública requer a participação e sistematização de diversas
unidades em totalidades organizadas, a fim de garantir a interlocução entre elas (SOUZA, 2003).

Políticas públicas voltadas ao adolescente em conflito com a lei têm sido amplamente destacadas
ao longo da história brasileira, principalmente após o processo de redemocratização do país, que
culminou na promulgação da Constituição Federal de 1988 e o posterior Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA). Abrange-se, a partir daí, um vasto sistema de garantias dos direitos do
adolescente, incluindo o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE4,
responsável pela normatização conceitual e jurídica necessária à execução das medidas
socioeducativas (BRASIL, 2013). Esses avanços no reordenamento jurídico possibilitam a
descentralização do atendimento, priorizando a municipalização das ações e a interlocução entre
as diversas políticas socioassistenciais e educacionais voltadas à ressocialização do adolescente
que cumpre medida socioeducativa privativa e/ou restritiva de liberdade.

Percebe-se que os estudos brasileiros possibilitam caracterizar o perfil dos adolescentes em conflito
com a lei, contribuindo no planejamento do atendimento socioeducativo. Entretanto, no campo das
políticas públicas para adolescentes, carecem estudos que contemplem o território no qual tais
adolescentes estão inseridos, considerando as cidades pequenas e médias. A partir de tal
perspectiva, cada município, articulado às políticas da União e do respectivo Estado, passa a ter
autonomia na gestão da rede de serviços destinada à atenção ao adolescente que necessita cumprir
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sua medida socioeducativa. O artigo 5º da Lei Federal nº 12.594/2012, que institui o SINASE,
refere que cabe aos municípios formular, instituir, coordenar e manter o Sistema Municipal de
Atendimento Socioeducativo, além de elaborar o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo,
mantendo programas de atendimento relacionados à execução de medidas socioeducativas em meio
aberto (BRASIL, 2012).

No campo da socioeducação, as políticas públicas voltadas ao adolescente em conflito com a lei


como um cidadão de direitos estão amparadas desde a Constituição Federal de 1988. O artigo 227
da referida Constituição expõe que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança
e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito “à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar
e comunitária” (BRASIL, 2013), colocando-os a salvo de negligências, discriminações,
explorações, violências, crueldades e opressões.

Anterior à promulgação da Constituição, contudo, as políticas públicas voltadas ao adolescente


autor de ato infracional eram aplicadas a partir da Doutrina da Situação Irregular, sob uma ideologia
autoritária e paternalista. Instituições responsáveis pelo atendimento ao adolescente, como o
Serviço de Assistência ao Menor (SAM) e a posterior Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor
(FUNABEM), articuladas às Fundações Estaduais de Bem-Estar do Menor (FEBEM) eram
pautadas em uma prática higienista e repressora (SARAIVA, 2002).

3. MÉTODO

Para o desenvolvimento deste estudo, foi realizada uma busca eletrônica nas bases de dados Lilacs,
Scielo, Pepsic, foram utilizados os seguintes descritores: Adolescente, ECA e Conflito com a Lei.
Foram consideradas, para efeito deste estudo, as publicações produzidas em artigos, nos últimos
20 anos. Julgou-se esse intervalo visto a necessidade de se estudar a evolução histórica deste
cenário no Brasil. As publicações selecionadas apresentaram no resumo os três descritores
referidos, totalizando 20 artigos.
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
A tabela a seguir demonstra a síntese de informações dos estudos selecionados em artigos.
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Nº Perspectiva
Título Autor Ano Resultados
Part. Teórica
Os resultados mostraram que as
práticas restaurativas realizadas
nesta instituição foram apenas os
círculos de compromisso. O tema
da Justiça Restaurativa (JR), por
ser novo e por não ter sido
originalmente um modelo criado
Psicologia e Práticas
Ferrão I.A. no cenário brasileiro, ainda é
Restaurativas na Psicologia na
Santos S.S. 2016 40 difícil de avaliar possíveis
Socioeducação: Relato de socioeducação
Dias A.C. resultados e impactos. As
Experiência
experiências apresentadas
sugerem que há possibilidade da
JR ser uma experiência exitosa
para o Sistema Socioeducativo.
Indica-se a necessidade de
realização de mais pesquisas com
relação a essa temática.

O histórico alinhamento da escola


com a cultura das classes
abastadas, correlato à sua típica
repulsa pelos estratos populares,
revelou-se a espinha dorsal do
fenômeno, uma vez que a maioria
dos adolescentes em questão
A escola e o adolescente em
advém dessa classe social, sendo
conflito com a lei: Cunha E.O. Adolescente em
2016 - alvo privilegiado dos
desvelando as tramas de uma Dazzani M.V. conflito com a lei
preconceitos, estigmas e
difícil relação
estereótipos tipicamente
atribuídos aos jovens de baixa
renda. Para a atenuação desse
quadro, a requalificação das
práticas escolares para um efetivo
acolhimento do adolescente
mostra-se imprescindível.

A partir do Mapeamento Nacional


de Medidas Socioeducativas em
Meio Aberto e do Índice de
Homicídios na Adolescência,
relaciona o perfil dos adolescentes
brasileiros integrantes do sistema
socioeducativo em meio aberto
Face da morte: a lei em Jimenez L. A lei em conflito com aquele dos adolescentes
2015 -
conflito com o adolescente Frasseto L.A. com o adolescente vítimas de homicídio: são do sexo
masculino, pobres, de baixa
escolaridade, vivendo nas regiões
metropolitanas dos grandes
centros urbanos, embora nos
últimos anos tenha se observado
um processo de interiorização das
mortes violentas.
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Nossa estratégia será pela


apresentação de duas cenas de
intervenção junto a adolescentes
em conflito com a lei, uma delas
em um processo de Justiça
Restaurativa. Vamos tirar
Da rivalidade à
consequências desta análise no
responsabilidade: reflexões Rosa D.B.
2014 2 Justiça restaurativa que se refere à possibilidade de
sobre a justiça restaurativa a Cerruti M.
condições da horizontalidade nas
partir da psicanálise
relações, particularmente nas
intervenções junto a adolescentes
em conflito com a lei, tendo em
vista a responsabilidade como uma
construção que se opera no
encontro com o outro.

Revela-se a mobilização de
representantes dos governos, do
judiciário, do ministério público e
das polícias, para atender
demandas sociais de contenção
Adolescente "infrator":
dos "infratores", suas ações e
Pensares e fazeres no Rio Cavalcante C.P. Psicologia
2016 - proposições e suas opiniões sobre
Grande do Norte dos Campos H.R. histórico cultural
o tema. Em geral, as concepções
governos militares ao ECA
sintonizavam com as iniciativas
institucionais, marcadas pela
repressão e discriminação,
inclusive na nomenclatura usada
para designar o adolescente.

Conclui-se que a proteção integral


preconizada pelo ECA não atinge
Bruno B.S. todos, como é o caso dos
Medida socioeducativa de
Galeano G.B. adolescentes em conflito com a lei
internação: estratégia 2015 17 Socioeducação
Santos S.N. que estão internados, tendo seus
punitiva ou protetiva?
Silva J.L. direitos violados em prol da
manutenção da segurança da
população.

Este trabalho analisou as formas


de implementação do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA) e
do Sistema Nacional de
Atendimento Socioeducativo
(SINASE) em dois centros
socioeducativos de Minas Gerais e
a maneira como esses centros
Entre monstros e vítimas: a lidam com a presença de duas
Socialização em
coerção e a socialização no Menicucci C.G. lógicas coexistentes na política
2011 - sistema
Sistema Socioeducativo de Carneiro C.L. voltada ao adolescente em
socioeducativo
Minas Gerais privação de liberdade: a coerção e
a socialização. A pesquisa
demonstrou que a implementação
e a articulação das lógicas variam
nas unidades, principalmente em
função da estrutura física, do perfil
dos internos e da visão dos
implementadores sobre as
normativas.
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O programa tem recebido boa


avaliação dos participantes e de
suas respectivas famílias, além de
ter apresentado um índice de
reincidência significativamente
reduzido. Apresentamos os
resultados mais relevantes
Conhecendo um programa
organizados em categorias: o
de liberdade assistida pela Passamani M.E. Ressocialização
2009 6 trabalho em equipe, os aspectos
percepção de seus Rosa E.M. juvenil
negativos e positivos do programa,
operadores
os conceitos de adolescente e de
adolescente em conflito com a lei,
a proposta pedagógica e as
concepções de emancipação, de
ressocialização e de protagonismo
juvenil que norteiam as atividades
desenvolvidas no programa.

A proposta da Justiça Restaurativa


é apresentada como uma
possibilidade de avanço naquilo
que preconiza o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA),
por instituir práticas
Violência e socioeducação: socioeducativas democráticas
uma interpelação ética a Violência e articuladas à rede de atendimento
Capitão L. 2008 -
partir de contribuições da socioeducação das políticas públicas da infância e
Justiça Restaurativa juventude, oportunizando assim
co-responsabilidades nas
intervenções institucionais, na
perspectiva de um Sistema de
Garantia de Direitos para
adolescentes privados de
liberdade.

Os dados, levantados por meio dos


prontuários de 669 adolescentes
internos no Educandário São
Francisco (PR) e de 356 adultos da
Casa de Custódia de Curitiba,
indicaram uma correlação positiva
(r = 0,071; p = 0,05) entre
gravidade dos delitos e idade. A
A redução da maioridade Cunha P.I. idade é um fator que varia
Redução da
penal: questões teóricas e Robelato R. 2006 669 positivamente em relação à
maioridade penal
empíricas Alves M.P. gravidade do delito, ou seja,
quanto maior a idade, mais grave o
delito. Essa informação apoia a
política estabelecida pelo Estatuto
da Criança e do Adolescente, que
salienta que o adolescente é um ser
em desenvolvimento e que, nesse
sentido, deve ser submetido às
medidas socioeducativas.
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Os significados expressos pelos


participantes revelaram que a
vinculação ao mundo do crime
atende a necessidades de
segurança econômica,
fortalecimento da identidade
Significados do mundo do Coscioni V. pessoal, reconhecimento social,
Visão do
crime para adolescentes em Farias G.B. senso de pertencimento e proteção
2019 25 adolescente sobre
medida socioeducativa de Rosa E.M. física, consistindo em um processo
o mundo do crime
internação, Brasil de resiliência oculta. A
compreensão das perspectivas dos
adolescentes sobre o mundo do
crime pode informar práticas de
atendimento capazes de atender
necessidades materiais e
simbólicas e prevenir riscos.
A análise buscou inserir os
participantes da pesquisa em um
contexto macrossocietário, no que
diz respeito à reestruturação
produtiva e às novas
Sociabilidade dos configurações do mundo do
Adolescentes em
adolescentes em conflito Silveira M.S. trabalho, possibilitando
2019 - conflito com a lei
com a lei de Uberlândia Previtali F. compreender que os adolescentes
em Uberlândia
(MG) em 2017 aqui pesquisados e seu grupo
social têm suas sociabilidades
configuradas pelo
sociometabolismo do capital, de
modo a contribuir na reprodução e
manutenção dessa estrutura.
Os resultados indicaram duas
trajetórias escolares: Trajetória I -
Da boa à má experiência escolar e
Trajetória II - Uma experiência
Percurso e experiência Experiência escolar preponderantemente
escolar de adolescentes em Franco M.G. escolar em negativa, embora pontuada por
2019 12
conflito com a lei: Bazon M.R. adolescentes em vivências positivas. As trajetórias
trajetórias possíveis conflito escolares encontradas
assemelharam-se às descritas por
Bazon, Silva e Ferrari, porém
acrescentam/detalham
informações.
Os resultados mostram que 60%
dos adolescentes pesquisados
possuem idade entre 15 e 16 anos,
com média de 16,3 anos (DP =
0,74). No que se refere ao ato
infracional foi observado um
número significativo de assalto
Representações Sociais (44%), juntamente com tentativa
Andrade S.F. Teoria das
sobre as Drogas: um Estudo de homicídio e latrocínio (48%). A
Alves R.S. 2018 25 representações
com Adolescentes em droga foi representada
Bassani M.H. sociais
Conflito com a Lei negativamente, como sendo
responsável por trazer
consequências relacionadas a
problemas de saúde e a conflitos
familiares. O crack foi citado
como a droga mais destruidora e
vinculada aos atos delitivos para
manutenção do vício.
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Como limitações do estudo,


podemos apontar para a falta de
maiores informações sobre a
Política Nacional de Perminio H.B. implementação da política e os
Atenção Integral a Saúde de Silva J.R. resultados alcançados, permitindo
Implementação da
Adolescentes Privados de Serra A.L. 2018 - a identificação e a correlação entre
política nacional
Liberdade: uma análise de Oliveira B.G. as estratégias utilizadas, os
sua implementação Morais C.M. modelos de governança e a
atenção integral à saúde de
adolescentes privados de
liberdade.
Portanto, não é a revisão do
Estatuto da Criança e do
Adolescente ou a redução da idade
penal que vai diminuir a violência,
mas a mudança das relações
sociais e das condições de vida da
população.
Clamar pela redução também
"Nenhum passo atrás":
significa dar continuidade a ações,
algumas reflexões em torno Redução da
Oliveira B.S. 2018 - historicamente falidas, que
da redução da maioridade maioridade penal
combatem somente as
penal
consequências, e não as causas,
uma vez que o sistema prisional
tem demonstrado, desde sua
origem, o fracasso e a falência de
sua função de reduzir o índice de
criminalidade e, portanto, de
educar o preso para a convivência
coletiva.
Os resultados apontaram
dificuldades e possibilidades: a
insuficiência de estratégias
pedagógicas que atendam às
Adolescentes em especificidades destes alunos;
Atendimento precária interlocução entre atores
Socioeducativo e Seabra R.C. do atendimento socioeducativo e a
2017 5 Socioeducação
Escolarização: Desafios Oliveira M.C. escola; motivação para o efetivo
Apontados por Orientadores acompanhamento pedagógico dos
Educacionais adolescentes nas escolas;
compreensão de que o ambiente
escolar deve possibilitar o
desenvolvimento integral dos
estudantes.
Concluímos que essa produção
nacional pode ser reunida em três
grandes categorias: (a) prático-
experiencial, que apresenta relatos
analíticos da prática na aplicação
das medidas socioeducativas,
privilegiando a experiência
Violência Juvenil e Moreira J.O.
Medidas concreta; (b) político-
Medidas Socioeducativas: Guerra A.M. 2017 -
socioeducativas institucional, que discute
Revisão de Literatura Drawin C.R.
criticamente a dimensão política
da lógica socioeducativa, detendo-
se na análise estrutural de sua
legislação e de suas instituições;
(c) sociocultural, que analisa os
determinantes sociais e psíquicos
do fenômeno da violência juvenil.
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Após análise dos resultados,


constatou-se uma maior ênfase aos
trabalhos sobre a saúde mental da
população estudada em
contraponto a uma escassez quase
total de estudos sobre a saúde
Análise bibliográfica da física. Também se pode observar
produção em saúde sobre Medidas na literatura especializada que a
Neto N.T.
adolescentes cumprindo socioeducativas de precária assistência e a promoção
Constantino P. 2017 -
medidas socioeducativas de privação de da saúde do adolescente privado
Assis S.G.
privação de liberdade liberdade de liberdade constituem desafios
complexos e multifatoriais, seja
pela dificuldade de articulação da
rede de saúde no atendimento ao
adolescente institucionalizado,
seja pela persistência da lógica
punitiva nos estabelecimentos
destinados à socioeducação.
Os resultados revelaram que, “a
priori”, não há uma orientação
assistencial definida, havendo a
necessidade da análise do caso
concreto, especialmente em
Medidas judiciais atinentes relação a duas condições
Soares R.H. Medidas judiciais
à atenção em saúde mental essenciais para a determinação do
Oliveira M.A. 2016 - e saúde mental dos
de adolescentes em conflito paradigma assistencial no campo
Leite K.C. adolescentes
com a lei da saúde mental adotado nas
decisões judiciais: avaliação da
esfera territorial dos pacientes e o
conhecimento do específico
serviço de saúde mental indicado
para o tratamento.

De acordo com alguns autores estudados existem limitações nessa área de estudo, eles apontam a
falta de maiores informações sobre a implementação da política e os resultados alcançados,
permitindo a identificação e a correlação entre as estratégias utilizadas, os modelos de governança
e a atenção integral à saúde de adolescentes privados de liberdade.

Outros autores relacionam o perfil dos adolescentes brasileiros integrantes do sistema


socioeducativo em meio aberto com aquele dos adolescentes vítimas de homicídio: são do sexo
masculino, pobres, de baixa escolaridade, vivendo nas regiões metropolitanas dos grandes centros
urbanos, embora nos últimos anos tenha se observado um processo de interiorização das mortes
violentas. Estas pesquisas revelaram que a vinculação ao mundo do crime atende às necessidades
de segurança econômica, fortalecimento da identidade pessoal, reconhecimento social, senso de
pertencimento e proteção física, consistindo em um processo de resiliência oculta.

Com relação ao poder público, revela-se a mobilização de representantes dos governos, do


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judiciário, do ministério público e das polícias, para atender demandas sociais de contenção dos
"infratores", suas ações e proposições e suas opiniões sobre o tema. Em geral, as concepções
sintonizavam com as iniciativas institucionais, marcadas pela repressão e discriminação, inclusive
na nomenclatura usada para designar o adolescente.

No entanto, para uma parte dos autores a proteção integral preconizada pelo ECA não atinge todos,
como é o caso dos adolescentes em conflito com a lei que estão internados, tendo seus direitos
violados em prol da manutenção da segurança da população.

5. CONSIDERAÇOES FINAIS

Diversas áreas incluindo a psicologia, já apontaram a importância de que sejam cultivados vínculos
de apego para que crianças e adolescentes possam crescer e se desenvolver de forma saudável,
atingindo a autonomia necessária à vida em sociedade e a integralidade da formação de sua
personalidade. Não obstante, viu-se que a ausência ou insuficiência desses referenciais afetivos
gera na pessoa ansiedade, insegurança e mesmo agressividade, que são sentimentos potencialmente
capazes de gerar comportamentos antissociais, sobretudo durante a adolescência, fase naturalmente
marcada pela rebeldia.

Com a desigualdade social e a falta de investimentos em políticas públicas, principalmente na


educação, amplia-se a vulnerabilidade da infância e da adolescência, tornando comum o
envolvimento destes em situações de conflito com a lei. Por mais que a medida socioeducativa
apareça como um importante elemento de promoção da responsabilidade jurídica, sua simples
execução não tem se mostrado suficiente para que o adolescente rompa com as práticas
infracionais. É preciso apoio estatal, são necessários subsídios, é indispensável capacitar
constantemente os profissionais responsáveis pela aplicação de MSE aos adolescentes em conflito
com a lei, permitindo que as normas saiam do papel e se concretizem em práticas bem-sucedidas e
capazes de promover a ressocialização.

Porém muitos investimentos ainda devem ser feitos, especialmente em recursos humanos e em
formação continuada voltada principalmente para os trabalhadores do sistema. Com uma equipe
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de atuação mais preparada para essas questões o objetivo de ressocialização desses jovens
infratores tende a ser mais efetivo. São milhares de crianças, adolescentes, jovens que perdem boa
parte de suas vidas ou até mesmo a própria vida ao se envolverem em situações de conflito com a
lei, podendo ter sua privação de liberdade em um momento de desenvolvimento físico e intelectual,
deixando de viver e conhecer aquilo que seria indispensável à sua idade.

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de 1986, 7.998, de 11 de janeiro de 1990, 5.537, de 21 de novembro de 1968, 8.315, de 23 de
dezembro de 1991, 8.706, de 14 de setembro de 1993, os Decretos-Leis nos 4.048, de 22 de
janeiro de 1942, 8.621, de 10 de janeiro de 1946, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
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