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17/05/20

Vê, o tempo que decorre,


E recorre
Ainda que minguante

“É cedo para ver-me,
Dou-me a conhecer,
Em ciclos e marés.

Ouve minha voz.
Meu canto tem ondas,
Elas também vibram em ti.

(Escuta-me também em ti)

Talvez não me olhes diretamente:
A luz, alva, desvanece
Às noites que seguem.

Ergues os olhos e
Não me vês por um instante.
Vês mais reluzentes as estrelas
Na noite funda...

Como nova,
Pareces buscar-me.
Tens saudades de mim.

‘Quero que as estrelas te reflitam’
Sabes apreciar as estrelas
Cativa-me.

Quando, ao primeiro anel
Reluzente
Fita-me,
Vê-me enfim!

Meio funda, meio ascendente

Rasa... Crescente
À preencher-me de mim, cheia...
Não como astro,

Humana.

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