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INTRODUÇÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Obra principal
Obra complementar
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INTRODUÇÃO
Sob ponto de vista geral, o trabalho tem como objectivo: reflectir sobre o debate
que emerge em torno da globalização e suas consequências para as sociedades
actuais. Do ponto de vista específico: I. Apresentar o quadro histórico da globalização;
II. Analisar o fenômeno globalização sob esfera da positividade e negatividade; III.
Definir os limites e dimensões da globalização; IV. Identificar a importância da
globalização para o desenvolvimento das sociedades hodiernas .
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Trata-se de um fenômeno que tem sido alvo de vários debates actualmente devido a sua emergência
no século XX, aliás, é nesta mesma época que o termo “Globalização” é introduzida no dicionário (Cfr.:
Barbosa, p. 20).
Kassotche (1999: 18) afirma que qualquer discursão sobre esse fenômeno deve começar pela
desconstrução do termo. Frisa o autor que na sua origem, o termo aparece como um simples “slogan”
(durante a década de 1980 nas escolas de administração dos Estados Unidos de América) de macro
corporações, sendo mais tarde associado ao carácter financeiro. Essa divergência de concepções, é
segundo o autor o que dificulta o estabelecimento de uma definição rigorosa sobre o fenômeno.
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uma aldeia global e que mesmo sem compreendê-la na sua totalidade as suas
consequências já se fazem sentir em todos nós.
Na mesma ordem de ideias, argumenta Kassotche (1999: 35) que mais do que
políticas e universalização de culturas, a liberação da tecnologia e do mercado são
factores a ter em conta no concernente a globalização, pois a alicerçam permitindo com
que as operações corporativas sejam mais eficientes e sistemáticas na disponibilidade
e partilha de informação – Internet. Todavia, frisa Kassotche (Ibidem) que os opositores
entendem a globalização como o aniquilamento de sistemas governamentais a partir da
incapacidade de administrar a economia interna, não obstante, destrói as culturas
internas em prol da universal, sendo ela muitas vezes oriunda do ocidente, fundando
assim o imperialismo ocidental.
desigualdade no equilíbrio geral dos arranjos institucionais – que produz uma divisão
muito desigual dos benefícios da globalização”. (Ibidem). Assim, fica claro que na
perspectiva dos autores, a globalização, embora esteja munida de malefícios, ela
representa um ganho maioritário para toda a humanidade. Ademais, os autores
descredibilizam as teses contra a globalização, reduzindo-as meramente a problemas
econômicos.
Do ponto que atingimos até aqui, parece que o autor rebate a autenticidade da
globalização, principalmente ao encerrar a sua apologia afirmando que até as marcas
mundialmente famosas, inclusive as grandes cidades do mundo são circunscritas por
periferias e favelas. Daí, resiste a afirmação de que só uma parte da sociedade mundial
se encontra integrada à globalização, parece ainda certeiro concluir que, embora a
globalização tenha-se expandido maravilhosamente pelo mundo, não atingiu toda a
superfície. O que se deve ter em conta em relação a globalização, é segundo Barbosa
a impossibilidade da interligação de todo o mundo, sendo aí o cume da sua limitação,
sem ignorar a deficiência no acesso à informação e a exclusão digital, o que sustenta
mais ainda a tese.
A partir desses dados, é possível perceber que por um lado a globalização tem
acelerado as desigualdades sociais, e por outro lado tem limado a democratização na
distribuição das riquezas. Nessa dimensão, Santos (2002: 25) acaba por afirmar que a
dimensão econômica a partir do FMI e BM, tem instalado na dimensão social a
globalização da pobreza.
CONCLUSÃO
Não queremos com essa abordagem, arrancar o livre arbítrio do caro leitor, mas
alertar que estamos presos no antigo dilema: Todo fenômeno tem suas vantagens e
suas desvantagens e, neste caso, parece que a globalização apresenta mais
vantagens do que desvantagens.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Obra principal
SEN, Amartya e KLIKSBERG, Bernardo. (2010). Trad. Bernardo Ajzemberg e Carlos da
Silva. As pessoas em primeiro lugar: a ética do desenvolvimento e os problemas do
mundo globalizado. São Paulo, Companhia das Letras.
Obra complementar
BARBOSA, Alexandre de F. (2003). O mundo globalizado: política, sociedade e
economia. 2. ed., São Paulo, Contexto.
GIDDENS, Anthony. (2012). Trad. Saul Barata. O mundo na era da globalização. 8. ed.,
Lisboa, Presença.