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Aula 01
PLANEJAMENTO e GESTÃO ESTRATÉGICA
2 Filosofias do
Planejamento
Para Russell L. Ackoff, o planejamento possui três tipos de filosofias dominantes, embora
1. CONCEITO DE PLANEJAMENTO possa haver a mistura deles.
3 Princípios do
Planejamento
IV. Planejamento permanente
Devido à turbulência do ambiente, o planejamento deve ser constantemente
refeito e revisto de modo a se adaptar a esse ambiente mutável.
O planejamento deve respeitar alguns princípios dentro de uma organização e esses princípios
podem ser gerais e específicos.
PRINCÍPOS GERAIS
I. Princípio da contribuição aos objetivos
O planejamento deve sempre visar aos objetivos máximos da organização;
Os objetivos estabelecidos devem ser hierarquizados, interligados e ser
alcançados em sua totalidade.
PRINCÍPOS ESPECÍFICOS
4 Vantagens e Limitações do
I. Planejamento participativo
O principal benefício do planejamento não é o plano, mas o todo o processo
desenvolvido pela organização; Planejamento
Deve ser desenvolvido com todas as áreas da organização.
De acordo com alguns autores, podemos ter:
II. Planejamento coordenado
Todos os aspectos da organização devem estar inter-relacionados e não podem Chiavenato Sobral e Peci
atuar de forma independente uns dos outros. Aumento do foco Especifica um rumo
Aumento da flexibilidade Maximização da eficiência
III. Planejamento integrado Melhora na coordenação Definição dos parâmetros de controle
Todos os escalões da organização devem estar integrados, buscando coesão; Melhora no controle Fonte de motivação e comprometimento
Objetivos “de cima para baixo” são encontradas em organizações voltadas para o Administração do tempo Autoconhecimento organizacional
mercado, nas quais os objetivos dela são mais importantes do que os de seus Reduz o impacto ambiental
membros;
V. Execução e avaliação
Para Daft, temos benefícios e limitações do planejamento, objetivos e planos: Para Daft, o processo de planejamento se compões das seguintes etapas:
I. Desenvolvimento do plano
Benefícios II. Tradução do plano
Fonte de motivação e comprometimento III. Operações do plano
Alocação de recursos IV. Execução do plano
Guia de ação V. Monitoramento e aprendizado
Definição de um padrão de desempenho
Há alguns autores que mantém a mesma linha de pensamento das etapas do planejamento
Limitações relacionada a esses acima.
Podem criar uma falsa sensação de certeza
Podem causar rigidez em um ambiente turbulento
Podem entrar em um caminho de intuição e criatividade
6 Tipos de
Planejamento
2. É o planejamento focado no médio prazo e que enfatiza as atividades correntes das várias 2. O planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, principalmente
unidades ou departamentos da organização. O administrador utiliza o planejamento através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação
tático para delinear o que as várias partes da organização, como departamentos ou estabelecidas. Portanto, nesta situação tem-se, basicamente, os planos de ação ou planos
divisões, devem fazer para que a organização alcance sucesso no decorrer do período de operacionais.
um ano de seu exercício.
Os planos táticos geralmente são desenvolvidos para as áreas de produção, marketing, Apesar de serem heterogêneos e diversificados, os planos operacionais podem ser
pessoal, finanças e contabilidade. classificados em:
Realizado no nível intermediário, sua principal finalidade é a utilização eficiente dos recursos ▪ Procedimentos
disponíveis para a consecução dos objetivos previamente fixados no planejamento estratégico. planos operacionais relacionados com os métodos;
É o elo entre o planejamento estratégico e o operacional. sequencia de passos ou etapas que devem ser rigorosamente seguidos para a execução
de um plano;
Os planos táticos, geralmente, envolvem: são subplanos de planos maiores;
planos de produção são guias para ação e são mais específicos que as políticas;
Planos financeiros são geralmente transformados em rotinas e expressos na forma de fluxogramas.
Planos de marketing
Planos de recursos humanos ▪ Regulamentos
planos operacionais relacionados com o comportamento das pessoas;
POLÍTICAS especificam como as pessoas devem se comportar em determinadas situações;
São planos táticos que refletem objetivos e orientam as pessoas em direção a eles em situações
diferem-se das políticas devido ao fato de serem bastante específicas;
que requeiram certos julgamentos;
As políticas servem para que pessoas façam escolhas semelhantes em situações similares;
Exemplos: regulamentos internos quanto ao comportamento de seus funcionários,
Definem fronteiras para as decisões das pessoas;
regulamento de segurança que proíbe o fumo em locais de periculosidade, etc.
Cada uma dessas políticas, geralmente, é desdobrada em políticas mais detalhadas.
Funcionam como:
▪ Orçamentos (budgets)
guias gerais de ação;
orientações gerais para tomada de decisões, porém limitam o grau de liberdade para esses planos operacionais relacionados com dinheiro dentro de um determinado período
atos; de tempo;
ROTINAS
8 Planejamento
Procedimentos padronizados e formalizados.
FLUXOGRAMAS Estratégico
Gráficos que representam o fluxo ou a sequência de procedimentos ou rotinas
Podem ser: O planejamento estratégico é o grande responsável por estabelecer a direção a ser seguida
a. Fluxograma Vertical – retrata a sequência de uma rotina por meio de linhas e também pela organização, ou seja, é ele que define como a organização aplicará as estratégias para
pode ser chamado de gráfico de análise do processo; atingir os seus objetivos. É o planejamento estratégico que possibilidade um maior grau de
b. Fluxograma de Blocos – baseia-se em uma sequência de blocos, cada um com um interação com o ambiente. Trata-se do planejamento mais abrangente da organização.
significado próprio, encadeados entre si;
c. Lista de Verificação – constitui uma listagem de itens que devem ser obrigatoriamente Chiavenato enumera as seguintes características do planejamento estratégico:
considerados em uma determinada rotina de trabalho. Recebe o nome de check-list. ▪ É orientado para o futuro;
▪ É compreensivo;
▪ É um processo de construção de consenso;
▪ OBJETIVO ESTRATÉGICO
É o resultado final que a organização pretende alcançar;
É o estado futuro desejado;
São os fins que a organização pretender alcançar, e para os quais direcionará todos os seus
A Gestão Estratégica envolve uma visão mais ampla e sistêmica da organização e compreende esforços e recursos;
a soma de todas as funções organizacionais a nível estratégico. É orientado para o longo prazo.
Há ainda uma diferença de que a Gestão Estratégica é mais descentralizada que o Obs.: Deve levar em conta a missão e a visão da organização.
Planejamento Estratégico, que se centraliza muito na cúpula da organização.
8.2. MISSÃO × VISÃO × VALORES × NEGÓCIOS ▪ OBJETIVOS FUNCIONAIS
Objetivos “parciais” (objetivos intermediários);
É no planejamento estratégico que se define a missão, a visão, os valores e o negócio. Relacionam-se às áreas funcionais da organização (área financeira, recursos humanos, etc.);
Tratam-se daqueles resultados que devem ser atingidos para que os objetivos estratégicos da
▪ MISSÃO organização sejam alcançados.
É a “razão de ser” e representa a identidade da organização;
Motivo pela qual a organização foi criada; ▪ DESAFIOS
Deve indicar claramente o porquê de organização existir; É uma ação que exige um esforço extra, possui prazo estabelecido e é quantificável;
É atemporal (permanente); Traduz-se em uma modificação da situação atual, e contribui para que sejam alcançados os
Indica quais os benefícios a organização traz à sociedade e os impactos que ela causa nela; resultados definidos pelos objetivos.
Observação: ▪ METAS
O Cebraspe considerou em uma questão recentemente que a missão abrange os valores da São “etapas” que devem ser realizadas para o alcance dos objetivos;
organização. Em outras palavras, pode-se dizer que os objetivos são desmembrados em diversas metas, as
quais devem ser realizadas para o alcance dos objetivos e dos desafios;
▪ VISÃO São voltadas para o curto prazo;
É a “visão de futuro” da organização; Devem ser quantificáveis e devem refletir a realidade da organização;
É como a organização “se vê” no futuro (no longo prazo); Por serem uma “segmentação” (uma “partição”) dos objetivos, permitem avaliar o grau de
Indica os objetivos “finais” da organização, ou seja, aqueles “sonhos” que se pretende realização dos objetivos;
transformar em realidade; Pode-se dizer que a meta é um “objetivo quantificado”;
Exprime o que a organização “deseja ser” no futuro; Envolvem percentuais a serem atingidos e prazos.
Deve traduzir o consenso dos membros da organização sobre o futuro que se deseja;
Deve ser bastante clara e coerente com a missão da organização; Metas e objetivos devem ser:
É temporal (não é permanente) e pode mudar; específicos
Deve responder à seguinte pergunta: “o que eu quero ser?” mensuráveis
atingíveis
▪ VALORES
relevantes
Conjunto dos princípios básicos e das crenças que norteiam o comportamento da organização;
São a base para a tomada de decisão; temporais
Indicam como os membros da organização devem se comportar.
▪ ESTRATÉGIA
É o caminho ou a ação mais adequada a ser tomada para alcançar os objetivos, os desafios e as VI. Implementação dos planos e avaliação de resultados
metas estabelecidas;
A estratégia deve estar alinhada à missão e à visão da organização. DJALMA DE OLIVEIRA
I. Diagnóstico Estratégico
▪ DIRETRIZES a. Identificação da visão
Tratam-se do conjunto interativo e estruturado dos objetivos, estratégias e políticas da b. Identificação dos valores
empresa. c. Análise interna
d. Análise externa
▪ PROJETOS e. Análise dos concorrentes
São os trabalhos a serem realizados com responsabilidades de execução;
Os prazos para execução são preestabelecidos. II. Missão da Empresa
a. Estabelecimento da missão
▪ STAKEHOLDERS b. Estabelecimento dos propósitos atuais e potenciais
São as “partes” interessadas de uma organização; c. Estruturação de debates e cenários
Tratam-se de grupos ou pessoas que possuem algum interesse nos processos ou resultados d. Estabelecimento da postura estratégica
gerados pela organização ou que são afetadas por ela. e. Estabelecimento das macroestratégias e macropolíticas
9 Etapas do Planejamento
Estratégico
▪ ANÁLISE EXTERNA
Etapa onde, externas à organização, são analisados
As oportunidades – mudanças e tendências ambientais que têm impactos positivos na
Não há consenso entre as etapas do planejamento estratégico, mas os dois maiores autores as organização;
descrevem da seguinte maneira: As ameaças – mudanças e tendências ambientais que têm impactos negativos na
organização;
CHIAVENATO Essas variáveis não são controláveis pela organização, porém são monitoráveis.
I. Definição de objetivos
II. Diagnóstico atual em relação aos objetivos Outro aspecto a se considerar é o ambiente da empresa em duas partes:
III. Desenvolvimento de premissas quanto às condições futuras
IV. Análise das alternativas de ação Ambiente Direto – conjunto de fatores dos quais a organização tem não só de identificar,
V. Escolha de um curso de ação entre as várias alternativas mas de avaliar e medir de forma adequada os impactos provocados por eles;
Ambiente Indireto – conjunto de fatores dos quais a organização consegue identificar, mas
não tem condições de avaliar e medir de forma adequada esses impactos.
▪ INSTRUMENTOS PRESCRITIVOS
Buscam definir o que deve ser feito pela organização para que sejam alcançados os propósitos
estabelecidos na missão.
Deve-se levar em consideração a postura estratégica, as macropolíticas, os valores, bem como
as ações macroestratégicas previamente definidas.
▪ INSTRUMENTOS QUANTITATIVOS
Buscam definir quais são os recursos necessários para alcançar os objetivos.
Relacionam-se ao planejamento orçamentário, e às projeções econômico financeiras
necessárias à execução dos projetos, programas, planos de ação e atividades previstas.
1 Planejamento
Baseado em Cenários
[ Referências ]
Estratégia – PDFs 01/02