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3. mista: pode ser feita a sucessão por meio do testamento e da lei, uma parte de cada.
O termo “De cujus” é o autor da herança, dono do patrimônio que será transferido.
O que será estudado na primeira unidade. Do art. 1784 a 1856, e estudar doutrina também.
I- Regras gerais da sucessão, ao qual será aplicada tanto na sucessão legitima, como
na testamentária.
II- Sucessão legitima.
Prova subjetiva. Será a avaliação mais difícil. Estude na sequência.
Na segunda unidade será estudado: só a sucessão testamentária, tudo está no código civil.
Que será do art. 1857 a 1990, prova objetiva. Figura de questões de concurso.
Na terceira unidade será estudado: a parte processual, inventário e partilha, como que aplica
as regras na prática. Do artigo 1991 a 2027, do código civil, e algumas regras do código de
processo civil. Avaliação: estudo de caso.
Quais os autores que indicam: Maria Berenice Dias; Pablo Stolze; Carlos Roberto;
Christiano Chaves. Na primeira unidade é importante estudar por dois autores, na segunda
unidade nem tanto.
Tem duas observações que precisam ser feitas, para estudar sucessões, precisa de regras do
direito de família, como saber quem são os: Descendentes; Ascendentes
Cônjuge; Colaterais.
O direito das sucessões com o tempo, sofreu algumas mudanças, pois antigamente, não se
tinha uma preocupação em transferir o patrimônio para seus descendentes, mas só existia
uma preocupação em transferir a questão religioso, e que o primeiro filho homem, que seria
o responsável pela sucessão, já na atualidade, a preocupação é a transferência patrimonial,
para garantir algo para seus familiares, de forma dar uma tranquilidade financeira. A
revolução russa, traz essa necessidade de os particulares se responsabilizar pela sucessão,
visto que o estado ficaria muito sobrecarregado para fazer esse tipo de coisa. E mesmo
assim, tem que se pagar tributos.
Existe uma construção histórica, e vem fundamentada no artigo 5º, XXX, da constituição
federal:
Art 5, cf, XXX - é garantido o direito de herança;
É importante diferenciar herança de meação:
Herança: é o conjunto de princípios jurídicos que disciplinam a transmissão do patrimônio,
de uma pessoa que morreu, a seus sucessores legais. É a parcela do patrimônio de alguém,
transferida a certas pessoas elencadas na lei como titulares desse direito - os sucessores.
Meação: termo de direito das famílias, para saber qual a parte que cabia ao de cujus, Ex:
José Casado com maria, em união estável, José morre, neste caso cuida-se de separar o
patrimônio de cada um deles para depois fazer a sucessão. Pode se fazer um inventario dos
dois juntos, mas neste caso é exceção. Pois o patrimônio de um pode ser maior do que do
outro, sendo assim, faz-se o inventario separado; outro exemplo, um pode ter mais filhos do
que o outro. Então, para trabalhar a sucessão dos de cujus, precisa se responder à pergunta:
qual o patrimônio dele, e assim, primeiro se aplica o direito das famílias.
Meação é o termo que designa a metade ideal do patrimônio comum do casal, a que
faz jus cada um dos cônjuges. No regime da comunhão universal de bens, todos os
bens se comunicam, tanto os adquiridos anteriormente como os posteriormente ao
casamento, salvo cláusulas restritivas.
Ex: José e maria tinha um patrimônio de 100 reais juntos, comunhão universal de bens,
como dividir a herança? R: maria tem 50% de meação, a morte de José não alterou nada,
pois ela já tinha esse direito, com a morte de José o foco é nos 50% de José, e se aplica o
direito das sucessões, e se caso maria tivesse 3 filhos? E José quisesse fazer um testamento?
Neste caso, ele só poderia fazer seu testamento de 50% da sua parte.
Precisa conhecer direito de família, para saber qual a herança de quem está se tratando. No
caso da pessoa que morreu, qual o patrimônio? E sendo assim, só poderá suceder a parte da
pessoa que morreu.
Ordem de votação hereditária: art. 1829 cc:
1.Descendentes;
2.Ascendentes;
3.Cônjuge/companheiros;
4. Colaterais (facultativos.
Ordem hierárquica, vai pela ordem, Ex: só sé chama os ascendentes, se não houver
descendentes. Sendo a regra, pode-se mudar a ordem, mas será discutido mais pra frente,
mas a ordem/regra é essa.
Ex: José e maria, união universal, José morreu, primeiro separa cada parte, não tem filhos,
sendo assim, se não tiver descendentes e ascendentes, maria vai ficar 50% de sua meação,
mais os 50% de seu marido por ser a sua sucessora.
Outra diferença que tem que ser feita é:
Herança: herdeiro, como sucessor, sendo aquela parte do patrimônio que é transferido para
o herdeiro, uma parte ideal. Primeiro sabe-se quantos herdeiros se tem, para saber quando
cada filho vai receber, se tem três filhos, sendo assim será 1/3 para cada um, sendo isso, a
parte ideal.
Legado: legatário, é um bem individualizado, ou alguns bens individualizados. Só existe na
sucessão testamentária.
Ex: José tem três filhos, e faleceu “ab intestato” ou seja, faleceu sem testamento. Os três
filhos são herdeiros ou legatários? herdeiros. Mas caso, José tivesse feito um testamento e
colocasse que queria que o patrimônio fosse dividido por 4, com o acréscimo de 3 filhos e
um afilhado, o afilhado também é herdeiro. Sendo os três filhos, herdeiros legítimos, e o
afilhado herdeiro testamentário.
Outro exemplo, José deixa uma Ferrari para o afilhado em seu testamento, sendo assim, o
afilhado é legatário, ou seja, quando individualiza é legatário, só assumi a responsabilidade
passiva do bem que recebeu.
A partir do momento em que recebe parte ideal, é herdeiro
Quando houver um bem específico para fulano, é legatário
Sucede a título universal o herdeiro, pois a ele é deferida uma fração (quota-parte) ou toda a
herança; por outro lado, sucede a título singular o legatário, pois a ele é deferido bem ou
direito determinado.
Prelegado: é o mesmo tempo herdeiro e legatário. Ex: deixa em testamento, um carro para
um filho, neste caso, é herdeiro e legatário.
*Prelegado: posso figurar na linha sucessória como herdeiro e legatário.
HERDEIROS LEGITIMOS PARA SE DIFERENCIAR DOS TESTAMENTÁRIOS:
Art. 1829. CC
A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se
casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da
separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no
regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens
particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
HERDEIROS NECESSÁRIOS:
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o
cônjuge.
TEM UM ENTEDIMENTO DO STF QUE CONSIDERA COMPANHEIROS COMO
CÔNJUGE TAMBÉM.
Os colaterais, são herdeiros facultativos.
Os herdeiros necessários têm uma cota mínima, não podem ser afastados, enquanto que os
herdeiros facultativos recebe se o de cujus quiser e deixar em testamento.
Só se pode fazer o testamento de 25% do patrimônio, quando se tem herdeiros necessários, caso
tenha um cônjuge, baseado que seu patrimônio só será correspondente a 50%, e os outros 50%
do outro cônjuge. Já no caso de não ser casado e não ter herdeiros necessários, só se tem um
irmão, 100% para o irmão.
50%>Parte-disponível-(legítima)
50%>indisponível
CIVIL VI, Aula 02, I unidade. 12/02.
Herdeiros legítimos: descendente; ascendente; cônjuge; colaterais (art. 1829 cc). São
considerados legítimos pois integram a própria lei, diferente dos herdeiros testamentários, que
são inseridos por meio de testamento.
O código civil de 2002, estabeleceu a diferença de cônjuge e companheiro, inclusive existia um
artigo 1790 que falava só sobre um deles, entretanto, o stf reconhece o companheiro como um
cônjuge, principalmente, no art 1895 cc. Sendo que o art. 1790 foi revogado.
A ordem do art. 1829 é hierárquica, mas existe exceção quanto ao cônjuge, pois pode concorrer
com os descendentes e ascendentes, podendo sair da posição para concorrer.
Legatários: sendo aquele que recebe um bem ou bens determinados;
Prelegatario: quando um herdeiro recebe um legado, sendo acumulado a função.
Herdeiros necessários: pode se afastar os necessários por necessidade ou indignação, sendo
que é necessário provar alguns requisitos, dentro das formalidades da lei. 50% disponível// 50%
indisponível, na opção da causa mortis.
Herdeiros colaterais: se não se tem herdeiros necessários, tem se a liberdade/faculdade de
dispor de 100% do patrimônio, na opção da causa mortis.
Quando se está vivo, se tem uma expectativa, com a morte vem o direito.
Teoria da vontade presumida: não precisa colocar o que se tem na lei no testamento, pois já
se entende que tem que seguir a lei. Mas se quiser pode.
Toda e qualquer divisão que se faz precisa obedecer a lei, para partilhar inter vivos, ou causa
mortis.
Pode se renunciar a herança, através de ato formal, registrar em cartório, e tem que ser depois de
receber a herança. Art 427: não pode ser objeto de herança quanto vivo.
Abertura da sucessão
Assim que acontece o evento: morte, abre-se a sucessão, que não deve ser confudida com
abertura de inventário. Os bens nuncam ficam sem dono, sendo assim, quando a pessoa morte
transfere automaticamente para seus supostos sucessores.
Abertura de sucessão, está no artigo 1.784 cc.
Aberta a sucessão, a herança se transmite desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
Princípio de Saisine
É o princípio pelo qual se estabelece que a posse dos bens do "de cujus" se transmite aos
herdeiros, imediatamente, na data de sua morte. Esse princípio foi consagrado em nosso
ordenamento jurídico pelo art. 1.784, do Código Civil.
Da transmissão imediata e automática do domínio e posse da herança aos herdeiros legítimos e
testamentários, no instante da abertura da sucessão.
- Agarrar
- Assegurar
Ex: Antônio é pai de 3 filhos, morreu, abre-se a sucessão, automaticamente, transfere os bens de
Antônio, em 1/3 para cada filho, tendo em vista que Antônio não tem mais herdeiros, e logo
após, é necessário fazer o inventario e o espolio.
Tem responsabilidade perante as dívidas também, que será paga com o limite do que for
herdado.
Ex: um casal, João e maria, não tem descendentes e nem ascendentes, João morre 1 segundo
antes de maria, no caso, maria terá 100%, e mesmo morrendo depois. Se não tiver como
determinar quem morreu (comoriência). Existe uma presunção de morte simultânea, art. 8 do cc,
neste caso, cada um transfere seus bens para os colaterais.
Abertura da sucessão: MORTE
- Atestado do médico (morte biológica)
- Certidão de óbito (ponto de vista jurídico)
Espólio: Conjunto de bens deixados pelo morto
IV- Sucessão legitima: (ab intestato), ou seja, sem testamento, ou o testamento que se
fez foi considerado invalido. Pode se invalidar o testamento em sua totalidade, ou
em apenas uma parte.
Sucessão universal: Quando acontece a transferência a título universal, o pai morreu deixou
um filho, tudo que o pai deixar é transferido ao filho. Só acontece na sucessão causa mortis.
Sucessão singular: é inter vivos ou causa mortis.
Partilha intervivos:
Ou seja, morte. Com a morte abre-se a sucessão. Neste momento se avalia quem tem capacidade
sucessória.
Em que momento se avalia a capacidade sucessória? R: no momento da abertura da sucessão.
Ordem 1829:
1. Descendente
2. Ascendente
3. Cônjuge/companheiro
4. Colaterais
5. Município/ DF/ União.
Exceções
Na sucessão legítima:
- Município
- Distrito Federal
- União
se não tiver herdeiros, a Herança será vacante, sendo quando a herança é devolvida à fazenda
pública por se ter verificado não haver herdeiros que se habilitassem no período da jacência.
Nondon conceptus: ainda não foi concebido. Traz uma exceção da regra do artigo 1798.
Só acontece na sucessão testamentária. Ex: isabela não está grávida, mas o seu pai quer deixar
bens para um possível filho que ela possa ter, sendo assim, coloca esse filho no testamento. O
prazo para ter esse filho é de 2 anos. Caso o filho não sejam concebidos os bens retornam para a
ordem de sucessão (descendentes, ascendentes etc).
“Prazo de espera”
Outra figura é o nascituro: filho já concebido. Ex: José quando morreu, tinha um filho já
nascido e um já concebido, como faz a partilha? Aplica-se metade e metade, mas ao concebido é
recebido a herança sobre condição resolutiva, no caso ele tem que nascer e respirar para
suceder. Tem que nascer com vida, para confirmar o recebimento da herança.
Se é um natimorto, nasceu sem vida, não respirou, a herança será para apenas o filho vivo.
Mesmo se nascer, respirar e morrer, terá duas sucessões, tanto o do pai, como o dele.
A aceitação ou adição da herança (aditio) é o ato jurídico pelo qual o herdeiro manifesta, de
forma expressa, tácita ou presumida, a sua intenção de receber a herança que lhe é transmitida
A transferência dos bens é automática. 1804:
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; incumbe-lhe,
porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos
bens herdados.
Art. 1.805. A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração escrita; quando
tácita, há de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro.
§ 1oNão exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os
meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória.
§ 2oNão importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos demais
co-herdeiros.
O artigo 1805 diz sobre a aceitação tácita ou expressa, que são:
Expressa: A aceitação expressa é aquela que se opera por meio de uma explícita declaração do
sucessor, reduzida a escrito (público ou particular) ou a termo nos autos.
Tácita: A aceitação tácita é aquela que decorre da atitude do próprio herdeiro, que, embora não
tenha declarado expressamente aceitar, comporta-se nesse sentido (art. 1.805, 2ª parte),
habilitando-se, por exemplo, no procedimento de inventário ou de arrolamento.
Pratica ato incompatível com a posição de herdeiro
e a presumida está no art. 1807 cc:
Art. 1.807. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte
dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para, nele,
se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita.
Presumida: A aceitação presumida é aquela que resulta de uma situação fática de omissão.
Note-se que, no caso, se o herdeiro, instado a se manifestar, quedar-se silente ao fim do prazo,
significará que aceitou.
Direito de liberar
- 20 dias Abertura da Sucessão: para que o juiz o notifique
- 30 dias: prazo máximo para se manifestar
A aceitação, em qualquer das suas modalidades, quando manifestada, retroage à data da abertura
da sucessão, uma vez que confirma a transmissibilidade abstrata operada por força do Princípio
da Saisine.
Indivisível e Incondicional
Não se pode aceitar só parte dela, é tudo ou nada. E também não pode se colocar uma condição
para aceitá-la, ex: só aceito se a herança for maior que 20 mil, não se pode colocar condições
para o aceite.
Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo.
§ 1o O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los, renunciando a herança; ou,
aceitando-a, repudiá-los.
§ 2o O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão hereditário, sob títulos
sucessórios diversos, pode livremente deliberar quanto aos quinhões que aceita e aos que
renuncia.
Herdeiro legatário
Prelagatário/prelegado
herdeiro e legatário ao mesmo tempo: pode aceitar um e renunciar o outro e vice-versa.
Quinhão: parte
Irrevogável: uma vez aceita, não se pode renunciar. Sendo assim, no sentido de não se admitir a
revogação do ato de aceitar.
Renúncia da herança:
1) necessita de capacidade civil;
2) formal – 1806, por escritura pública ou termo judicial, não existe renúncia tácita;
3) divergência para pessoa casada que precisa da outorga do cônjuge;
4) a renúncia é indivisível (art. 1808), incondicional (art 1808) e irrevogável (art. 1812).
A renúncia pode ser anulada, se comprovada uma agressão, manipulação, entre outros. Mas por
vontade não pode.
A doutrina argumenta sobre duas espécies de renúncia, sendo:
*RENÚNCIA TRANSLATIVA: uma falsa renúncia. Ex : o pai morre, e o filho diz que
renúncia em favor de um terceiro. A pessoa aceita a herança e faz uma doação intervivas a
terceiro, paga imposto.
1. Capacidade civil
2. A pessoa casada depende de outorga para renunciar à herança?
2 correntes:
- Não! Exceto no regime de comunhão universal
- Sim! Exceto no regime de separação absoluta
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do
outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
3. Forma prescrita
Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo
judicial.
4. Renúncia
- Incondicional
- Indivisível
5. Aceitação
Irrevogável > Não posso aceitar e depois renunciar
6. Objeto lícito
Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles,
com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.
§ 1o A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do
fato.
§ 2o Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será
devolvido aos demais herdeiros.
SUCESSÃO LEGÍTIMA:
Formas de suceder, não se confundi com espécies de suceder. Existem duas formas de suceder:
REGRAS IMPORTANTES:
a) existindo herdeiros de uma classe não se chamam os herdeiros da classe subsequente, sendo assim, exemplo, se
existir descendentes não se chama os ascendentes;
b) dentro da mesma classe o de grau mais próximo exclui o de grau mais remoto, salvo o direito de representação.
Ex: filho de 2 grau, exclui o neto de 3 grau e o bisneto de 3 grau.
Art. 1.835. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros descendentes, por cabeça ou por estirpe,
conforme se achem ou não no mesmo grau.
Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge
sobrevivente.
§ 1o Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas.
§ 2o Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo
a outra aos da linha materna.
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação
concedido aos filhos de irmãos.
EFEITOS DA RENÚNCIA:
ex: autor da herança falece e deixa três filhos, sendo que um dos filhos renúncia. Quem recebe a herança são os
outros dois. Art. 1811 cc.
Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém, ele for o único legítimo da sua
classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito
próprio, e por cabeça.
Autor da herança, com 3 filhos, cada filho tem outros filhos, um filho pré morreu, um outro renunciou a herança, e
outro foi julgado indigno, como dividi a herança? Representação ao filho da pré morte 3/3, o filho indigno não
recebe, mas seu filho recebe 1/3, e o que renunciou não recebe.
Não tem direito de representação para quem é renunciante, mas se não tiver mais ninguém vai para o próximo.
Art. 1851.: Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os
direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse.
Art. 1856.: O renunciante à herança de uma pessoa poderá representá-la na sucessão de outra.
Ex: renuncio a herança do meu pai, mas aceito a representação minha na herança do meu avô. Sobre os impostos,
quem recebe? Causa mortis: estado intervivos: município.
1. Cessão da herança: possibilidade do herdeiro ceder sua parte da herança mesmo antes da partilha.
O código civil de 2002 veio para fundamentar uma situação que já acontecia, quando as pessoas vendia sua parte da
herança por vários motivos.
Só pode acontecer:
Depois da abertura da sucessão ou antes da partilhar.
O 426 cc diz que só pode dizer sobre herança depois da morte da pessoa, pois antes da morte só existe uma
expectativa de direito.
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de
cessão por escritura pública.
§ 1oOs direitos, conferidos ao herdeiro em conseqüência de substituição ou de direito de acrescer, presumem-se não
abrangidos pela cessão feita anteriormente.
§ 2oÉ ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança considerado
singularmente.
§ 3oIneficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por qualquer herdeiro, de bem componente
do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade.
Só pode vender parte ideal, 1793, §2. só se vende a parte ideal, a parte que se tem na herança.
O negócio realizado é aleatório, que vem de sorte, negócio no escuro, compra sem saber o que é exatamente, pois só
saberá o que representa depois da partilha. Podendo ser maior ou menor do que se espera.
Não inclui o direito de acrescer: o autor da herança falece , e deixa 3 filhos, um deles morre, a parte dos outros dois
aumentam, e se o outro renuncia, esta parte que aumenta não inclui na cessão de herança. Exceto, se for a cessão
citada no testamento etc art. 1793, §1.
Direito de preferência:
O cessionário é parte legitima para acionar o inventário, tendo em vista, que tem direito a sua cota parte. Legatário
nunca pode ceder.
Art. 1.794. O co-herdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a pessoa estranha à sucessão, se outro co-herdeiro
a quiser, tanto por tanto.
Art. 1.795. O co-herdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão, poderá, depositado o preço, haver para si a
quota cedida a estranho, se o requerer até cento e oitenta dias após a transmissão.
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de
cessão por escritura pública.
2. Petição de herança é uma ação declaratória cumulada com reivindicatória, que serve para o herdeiro locatário ir a
juízo para pedir que declare sua condição de herdeiro, uma vez reconhecido seu direito, atribuir a parte que lhe cabe.
Ex: sou um herdeiro, filho adotado, o pai morreu e os filhos legítimos faz os inventários só para eles, mas eu posso
propor a ação de petição de herança, para que seja declarado o direito de herança. Se o inventário estiver já
tramitando, propõe contra o espólio, se já estiver terminado contra os filhos que dividiram sozinho.
A legislação não especifica o prazo, mas o art. 205 do cc, diz que a prescrição será de 10 anos quando a lei não
anotar prazo anterior.
Art. 205.A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Se propuser uma ação de investigação de paternidade ( não é prescritivo) cumulada com petição de herança
(prescritivo), sendo assim, 15 anos depois se entrar com esta ação será considerado prescrito a petição de herança, só
prosseguindo com a investigação de paternidade.
Sempre vai haver uma relação entre a pessoa que morreu e a pessoa que vai receber a herança. Então pode acontecer
que a pessoa que vai receber a herança atente contra essa relação, sendo o caso da indignidade e deserdação, sendo
quando as pessoas fazem atos para desmerecer a herança, quando por exemplo, no caso de parricídio, que é o caso de
matar os pais para ficar com a herança.
Indignidade
Para afastar alguém da herança é preciso uma ação, uma defesa, e neste caso, não necessariamente penal, mas sim
civil.
Para propor a ação civil é necessário: Existência do fato e autoria (art. 935, cc), ações penais e civis, são distintas.
Civil: penalidade pecuniária, afastamento da herança. São procedimentos distintos. Quando o juiz civil recebe um
caso de indignidade, ele primeiro bloquea os bens e espera a decisão do juiz penal para saber sobre a questão da
autoria.
Art. 935.A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do
fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
Trata-se, pois, de um instituto de amplo alcance, cuja natureza é essencialmente punitiva, na medida em que visa a
afastar da relação sucessória aquele que haja cometido ato grave, socialmente reprovável, em detrimento da
integridade física, psicológica ou moral, ou, até mesmo, contra a própria vida do autor da herança.
Trata-se, pois, de um instituto penal — pois comina uma sanção ou pena — de caráter civil, e que traduz uma
consequência lógico normativa pela prática de um “ato ilícito”, instituto previsto no art. 186 do Código Civil de
2002, dado o seu caráter antijurídico e desvalioso.
ROL TAXATIVO, só posso condenar a pessoa se estiver no rol. Exemplo: não se pode condenar se for por
homicídio culposo. Tem divergência doutrinaria sobre o suicídio, para alguns cabe para outros não.
Note-se que poderão incorrer nas situações acima tanto o herdeiro (sucessor universal que recebe toda a herança ou
uma fração dela) como o legatário (sucessor singular que recebe bem ou direito determinado, componente da
herança).
Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por
sentença.
Parágrafo único. O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, contados da
abertura da sucessão.
Ex da prova: fulano de tal matou o pai, foi condenado apenas no crime penal, e assim exclui da sucessão tá certo?
Não, é necessário a sentença na ação civil o condenando para excluir da herança.
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto
fosse antes da abertura da sucessão.
Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus
sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens.
Os bens que foram negados ao excluído não poderão favorecê-lo (nem na condição de representante legal dos
beneficiários), nem a ele retornar (por nova relação sucessória), por expressa disposição de lei.
Para que haja o afastamento é necessária uma sentença com trânsito em julgado
- Tem efeito ex tunc
Terceiros de boa-fé: ex nunc. Ex: prevalece o negócio, por exemplo, Suzane Von Richthofen faz uma cessão de
herança antes de matar os pais, e a pessoa que adquiri essa herança não sabia o que ela planejava fazer.
- O indigno não pode administrar, como também não pode suceder. Ex: no caso de Suzane Von Richthofen, se ela
tem um filho, ela não pode administrar a herança do filho quanto aos avós, assim como, caso o filho morra não
poderá suceder a herança do filho.
Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por
sentença.
§ 1oO direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, contados da abertura da
sucessão. (Redação dada pela Lei nº 13.532, de 2017)
§ 2oNa hipótese do inciso I do art. 1.814, o Ministério Público tem legitimidade para demandar a exclusão do
herdeiro ou legatário. (Incluído pela Lei nº 13.532, de 2017)
REABILITAÇÃO DO INDIGNO
Pode ser expressa ou tácita, só não pode reabilitar no caso de homicídio consumado, mas por exemplo, no caso de
homicídio tentado, o pai pode perdoar o filho, através do testamento ou de uma escritura pública.
Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será admitido a suceder, se o
ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em outro ato autêntico.
Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em testamento do ofendido, quando o
testador, ao testar, já conhecia a causa da indignidade, pode suceder no limite da disposição testamentária.
DESERDAÇÃO
Neste caso, precisa de um testamento válido. E a causa tem que está prevista em lei (fundamentada em lei). O autor
da herança que manifesta o direito de deserdar o herdeiro.
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos descendentes por seus
ascendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;
IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos ascendentes pelos descendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da filha
ou o da neta;
IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade
Resumo e diferenças:
Indignidade
- Art. 1814, CC
- Atinge herdeiros e legatários
- Sucessão legítima
- MP e/ou interessados
- 4 anos da abertura da sucessão (1815,§1).
Deserdação
- Art. 1814, 1962, 1963
- Somente herdeiros necessários
- Sucessão Testamentária
- Autor da herança
- 4 anos da abertura do testamento, parágrafo único, 1965.
Correção da atividade:
Alexandre, morto pelo próprio irmão Waldir, em 20.07.2016, não deixou testamento, tendo deixado apenas
como parentes os colaterais seguintes:
c) nove sobrinhos: Marlon e Anne, filhos de Alfredo; Anastácia, Péricles e Sandoval, filhos de Melissa;
Ricardo e Marisa, filhos de Cintia; Mara, filha de Waldir e Maurício, filho de Messias.
Sabendo – se que Alexandre deixou bens, que Melissa falecera em 14.08.2010 e que Alfredo renunciou a
herança, pergunta-se:
Irmãos:
Alfredo: filhos: Marlon e Ane.
Melissa: filhos: Andressa, Pericles e Samara.
Cíntia: filhos: ricardo e Mariza.
Valdir: filhos: mara.
Messias: filhos: messias.
Vem os colaterais, os de grau mais próximo exclui os de grau mais remoto. Sendo assim, exclui os tios, não afasta os
sobrinhos pelo direito de representação existente, então vejamos;
Melissa, é um caso de pré morte, pois morreu antes de Alexandre, sendo assim, os filhos de Melissa recebe por
representação; (boa parte da doutrina diz que chama até os netos;)
Valdir, também tem direito a herança mesmo que tenha matado o irmão, só não terá direito, caso exista uma
sentença civil condenatória.
HERANÇA JACENTE: 738, 743 do cpc 1819 e 1823 CC. Quando morre alguém que não deixa os parentes da
ordem preferencial (descendentes> ascendentes> cônjuge/companheiro> colaterais>), terá que entregar a herança ao
Município, DF ou união, mas temos alguns requisitos: a jacente é a fase de procura de herdeiros, se não encontrar
ninguém deságua na vacância que é a entrega do bem.
Ex: faleceu alguém sem deixar herdeiros, o juiz ex ofício, vai determinar que alguém do cartário vá até a residência
do morto para descobrir quais os bens e nomear um curador para os bens, assina o termo de compromisso. O juiz
pode vender o bem e pagar credores; editais são publicados, isso tudo ainda na fase jacente.
Se aparecer herdeiro, se habilita e começa o inventário.
Se com1 ano depois da publicação do edital, ninguém aparecer, e quem aparecer não for legítimo, o Juiz vai declarar
a vacância, onde o magistrado vai entregar os bens ao município, DF e União, mas ainda depois herdeiros têm o
prazo para protocolar a ação de petição, sendo o prazo depois da abertura da sucessão de 5 anos, para ascendentes,
descendentes e cônjuge/companheiro (1822cc). Já no Paragrafo único traz um prazo diferente para colaterais, de até
a declaração de vacância.
A doutrina e a jurisprudência de forma unânime, diz que deveria ser até a declaração da vacância. Porque se não,
seria injusto, os colaterais ter mais prazo do que os descendentes, ascendentes e cônjuge. Então, se aplica o 1822 tem
essa desvantagem aos descendentes, ascendentes e cônjuge/companheiro, então, a doutrina diz que o prazo seria de 5
anos depois de declarado a vacância.
Se todos os herdeiros renunciarem, já pula para a vacante, não precisa da jacente (1823 cc)
Art. 738. Nos casos em que a lei considere jacente a herança, o juiz em cuja
comarca tiver domicílio o falecido procederá imediatamente à arrecadação dos
respectivos bens.
Art. 741. Ultimada a arrecadação, o juiz mandará expedir edital, que será
publicado na rede mundial de computadores, no sítio do tribunal a que estiver
vinculado o juízo e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça,
onde permanecerá por 3 (três) meses, ou, não havendo sítio, no órgão oficial e
na imprensa da comarca, por 3 (três) vezes com intervalos de 1 (um) mês, para
que os sucessores do falecido venham a habilitar-se no prazo de 6 (seis) meses
contado da primeira publicação.
§ 1ºVerificada a existência de sucessor ou de testamenteiro em lugar certo, far-
se-á a sua citação, sem prejuízo do edital.
§ 2 Quando o falecido for estrangeiro, será também comunicado o fato à
autoridade consular.
§ 3º Julgada a habilitação do herdeiro, reconhecida a qualidade do
testamenteiro ou provada a identidade do cônjuge ou companheiro, a
arrecadação converter-se-á em inventário.
§ 4º Os credores da herança poderão habilitar-se como nos inventários ou
propor a ação de cobrança.
Art. 743. Passado 1 (um) ano da primeira publicação do edital e não havendo
herdeiro habilitado nem habilitação pendente, será a herança declarada
vacante.
§ 1ºPendendo habilitação, a vacância será declarada pela mesma sentença que a
julgar improcedente, aguardando-se, no caso de serem diversas as habilitações,
o julgamento da última.
§ 2ºTransitada em julgado a sentença que declarou a vacância, o cônjuge, o
companheiro, os herdeiros e os credores só poderão reclamar o seu direito por
ação direta.
Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo
notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão
sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor
devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância.
Sucessão irregular ou anômala: uma sucessão que pode não obedecer a ordem preferencial.
Existem alguns casos:
1. Quando aplicar o direito estrangeiro para a sucessão, 5º XXX da CF; art. 10, §1 LINDB, ex: estrangeiro que tem
bens aqui no Brasil, a regra seria que os bens do Brasil seriam aplicados com as regras brasileiras, mas pode se
aplicar a lei estrangeira, caso tenha filhos brasileiros ou cônjuge brasileiros, se utilizando as regras que forem
mais favoráveis, se tiver um filho estrangeiro, continua seguindo as regras brasileiras.
A pessoa morre geralmente, deixa saldo em banco, férias do pis, não precisa fazer inventário
O alvará substitui o inventário: se não tiver bens, apenas valores em contas, divide os patrimônios entre os
sucessores, que são seus dependentes. Entregar para os dependentes por ser um valor menor lei 6859/80 – lei
especial que trata da figura do alvará.
Existe outro alvará que o juiz concede para uma pessoa específica para retirar um valor, sendo assim, autoriza o
levantamento do valor, não sendo uma ação, apenas uma autorização.
2. DPVAT: seguro obrigatório para pagamento de indenização por acidente do trânsito paga para
cônjuge/companheiro.
Essa parte em vermelha foi algo que achei que ele não explicou mais achei interessante.
Por outro lado, haverá, SIM, direito de concorrer com o descendente, se o regime de bens adotado foi de:
a) participação final nos aquestos;
b) separação convencional;
ou c) comunhão parcial, se o autor da herança deixou bens particulares
A norma legal proíbe que o cônjuge sobrevivente, que fora casado sob o regime de comunhão parcial de bens,
concorra com os descendentes na herança, caso o falecido NÃO haja deixado bens particulares.
Trata-se da regra do “duplo não”: se “NÃO” deixou bens particulares, concorrência “NÃO” haverá. Em outras
palavras, sem prejuízo do seu direito próprio de meação, a(o) viúva(o) terá direito concorrencial, em face dos
descendentes, quanto aos bens particulares deixados pelo falecido, quando o regime adotado houver sido o da
comunhão parcial de bens.
Compreensão da expressão “bens particulares” para efeito de concorrência do cônjuge sobrevivente com o
descendente
Reputam-se “particulares” os bens integrantes do patrimônio exclusivo de cada cônjuge, tais como: os bens que cada
cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-
rogados em seu lugar; os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-
rogação dos bens particulares; as obrigações anteriores ao casamento; as obrigações provenientes de atos ilícitos,
salvo reversão em proveito do casal; os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; os proventos do
trabalho pessoal de cada cônjuge; as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes; e, ainda, todos
os bens cuja aquisição tiver por título causa anterior ao casamento (arts. 1.659 e 1.661 do CC).
Art. 1.834. Os descendentes da mesma classe têm os mesmos direitos à sucessão de seus ascendentes.
Direito de representação
Nem sempre concorrem com o cônjuge
Não há limite para sucessão
Herdeiros necessários
ASCENDENTES:
Não há direito de representação.
Como dividir a herança: o de cujus não tem descendentes, só tem 3 avós, sendo que pai e a mãe morreu, neste caso,
divide ½ entre as linhas paternas e maternas, art. 1836, §2 cc.
Assim, por exemplo, se Joaquim falece, não deixando descendentes, a sua herança, segundo as regras da sucessão
legítima, deverá ser deferida aos seus ascendentes vivos, preferindo-se o pai vivo ao avô (haja vista que o parente
mais próximo, como dito, exclui o mais remoto).
COLATERAIS: Até o 4º grau, os irmãos unilaterais (filhos de mesmo pai e mãe) 1/2 e os irmãos bilaterais ou
germanos (filhos de meu pai, e filho da minha mãe)
1. ex: tenho 10 irmãos bilaterais, 11 comigo e 5 unilaterais, ai caso eu morra, e só tenho irmãos: 15 irmãos, os
bilaterais recebem 10$ e unilaterais 5$. Os filhos dos irmãos receberia o mesmo valor que o pai receberia, sendo os
bilaterais 10$ e unilaterais 5$. Os bilaterais sempre recebem o dobro.
Os sobrinhos excluem os tios, não pode ocorrer concorrência entre os demais, mesmo que os tios e sobrinhos sejam
de 3 grau.
A sucessão do cônjuge é a mais difícil, sabemos que está na 3º posição de ordem preferencial, mas sabemos que ele
pode concorrer com os descendentes e ascendentes em alguns casos. Art. 1830 cc.
CÔNJUGE (pode deixar de ser cônjuge com o divórcio, mas e ai recebe a herança mesmo assim?)
Se estiver separado de fato, tem duas situações, se tiver a menos de 2 anos (era considerado cônjuge e sucede), se for
mais de 2 anos (teria que investigar para saber de quem foi a culpa, se a culpa foi do de cujus, sucede, se não se foi
do cônjuge vivo, não sucede, mas hoje isso não é mais utilizado, não se utiliza nem o critério do tempo e nem da
culpa, hoje se utiliza o critério da contribuição), hoje em dia, no caso de casal separado faticamente mas casado em
papel, utiliza o critério jurisprudencial e doutrinário, só vai suceder se tiver contribuindo com os bens, até quando
contribuiu, independe o tempo.
Ex: um casal de união universal de bens, começaram com um pedido de divórcio litigioso por 12 anos, 8 anos do
período do divórcio, o homem juntou 50 hectares a um terreno do casal, neste caso, a mulher tem direito, positivista:
o bem divide entre os dois, o advogado recorreu por essa questão do esforço para adquirir o bem, sendo assim, o
tribunal entendeu que o que vale hoje não é o regime, é a contribuição, então proveu o recurso.
O cônjuge tem direito real de habitação, o cônjuge sobrevivente terá direito real á habitação sobre a casa onde eles
moravam se ela for a única herdeira. Mesmo se o cônjuge vivo tenha filhos, ela tem direito de permanecer lá até a
morte, ai só depois os filhos poderá dividir a casa.
O cônjuge sobrevivente permanece em terceiro lugar na ordem de vocação hereditária, mas passa a concorrer em
igualdade de condições com os descendentes do falecido, salvo quando já tenha direito à meação em face do regime
de bens do casamento.
Na falta de descendentes, concorre com os ascendentes. Como herdeiro necessário, tem direito à legítima, como os
descendentes e ascendentes do autor da herança.
Haverá a mencionada concorrência se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança deixou bens particulares,
ou seja, se já possuía bens ao casar, ou lhe sobrevieram bens, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e
os sub-rogados em seu lugar.
Se o casamento tiver sido celebrado no regime da comunhão parcial, deixando o falecido, bens particulares, receberá
o cônjuge a sua meação nos bens comuns adquiridos na constância do casamento e concorrerá com os descendentes
apenas na partilha dos bens particulares. Se estes não existirem, receberá somente a sua meação nos aquestos.
Só concorre com os bens particulares? Vai concorrer com os aquestos ou vai concorrer sobre tudo?
Ex: José tem um relógio de ouro no valor de 10 mil, depois de casado com maria eles adquiriram dois imóveis, no
mesmo valor cada um 100 mil, e deixaram dois filhos, primeiro a meação, com a morte de José extinguiu o
casamento, por conta da meação, regime parcial de bens, concorre entre os filhos e maria, uma casa já é direito dela
por conta da meação, mas e o relógio e a outra casa?
Para uma parte da doutrina, só ocorre a concorrência com os bens particulares, neste caso, só sobre o relógio. Para
outra parte da doutrina, concorre sobre tudo, pois diz sobre os bens particulares, mas omite sobre os bens que não
seriam particulares. Terceira parte da doutrina: na questão da contribuição, só concorre aos bens que ajudou a
constituir. Stj, começou a entender que concorre só em relação aos aquestos.
Hipótese 1: se forem 10 filhos comuns, reserva ¼ para o cônjuge, e o restante divide para os descendentes;
Hipótese 2: José morreu e deixou 10 filhos, filhos exclusivos só do autor da herança, divide em 11 partes iguais,
entre o cônjuge e os 10 filhos.
Hipótese 3: 5 filhos comuns, 5 filhos exclusivos e cônjuge; a doutrina apresenta três conclusões: 1. divide tudo em
partes iguais (o que predomina); 2. ¼ para cônjuge e divide o restante; 3. subdivide a herança em duas partes, uma
parte reserva ¼ e divide o restante aos comuns e na outra parte divide iguais.
Por outro lado, haverá, SIM, direito de concorrer com o descendente, se o regime de bens adotado foi de:
a) participação final nos aquestos;
b) separação convencional;
ou c) comunhão parcial, se o autor da herança deixou bens particulares
A norma legal proíbe que o cônjuge sobrevivente, que fora casado sob o regime de comunhão parcial de bens,
concorra com os descendentes na herança, caso o falecido NÃO haja deixado bens particulares.
Trata-se da regra do “duplo não”: se “NÃO” deixou bens particulares, concorrência “NÃO” haverá. Em outras
palavras, sem prejuízo do seu direito próprio de meação, a(o) viúva(o) terá direito concorrencial, em face dos
descendentes, quanto aos bens particulares deixados pelo falecido, quando o regime adotado houver sido o da
comunhão parcial de bens.
Compreensão da expressão “bens particulares” para efeito de concorrência do cônjuge sobrevivente com o
descendente
Reputam-se “particulares” os bens integrantes do patrimônio exclusivo de cada cônjuge, tais como: os bens que cada
cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-
rogados em seu lugar; os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-
rogação dos bens particulares; as obrigações anteriores ao casamento; as obrigações provenientes de atos ilícitos,
salvo reversão em proveito do casal; os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; os proventos do
trabalho pessoal de cada cônjuge; as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes; e, ainda, todos
os bens cuja aquisição tiver por título causa anterior ao casamento (arts. 1.659 e 1.661 do CC).
antes no art. 1790 cc existia uma deparação de cônjuge e companheiro, entretanto, foi revogado e modificado, e o stf
equiparou o companheiro ao cônjuge.
Para esta concorrência dos cônjuges com descendentes vai depender do regime de bens (art. 1829, I).
José tinha um carro e depois se casou com maria, juntos tiveram filhos e deixaram 100 imoveis, o regime de bens é
comunhão parcial de bens: neste caso primeiro se faz a meação, sendo 50 de maria e 50 de José; depois vamos
dividir a herança, como tem bens particulares vai haver concorrência entre os filhos e maria.