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Uma nova ordem económica
mundial
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Agito – Formação & Serviços, L.da
Marta Bessa
2016
Técnico/a de Multimédia
Domínio de formação: Direito
UFCD: Uma nova ordem económica mundial
Índice
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Técnico/a de Multimédia
Domínio de formação: Direito
UFCD: Uma nova ordem económica mundial
Enquadramento
Área:
- Direito
Formadora:
Marta Bessa
Publico alvo:
- Jovens com idade inferior a 25 anos e com o 9º ano de escolaridade completo
Pré-requisitos:
Não aplicável
Duração da UFCD:
- 25 Horas
Regime de frequência:
- Horário laboral
- Formação presencial
Objetivos gerais:
Pretende-se aperfeiçoar os desempenhos individuais proporcionando conhecimentos (saberes),
melhorar a eficácia no desempenho das suas funções, promover as competências dos formandos e
consequentemente motivá-los.
No final da formação, os formandos devem ter uma consciência analítica e crítica, com base
em acontecimentos e/ou problemas do Mundo atual existentes na sociedade.
Objetivos específicos:
Competências a adquirir:
Pretende-se que cada formando/a, após esta formação esteja apto/a a:
- Conhecer, globalmente, as interdependências que no mundo contemporâneo conferem caráter
mundial às relações económicas;
- Identificar grandes assimetrias ao nível do mundo, das regiões e dos países;
- Identificar as causas económicas e políticas subjacentes à situação internacional no final do século
e do milénio;
- Reconhecer os efeitos económicos e sociais da globalização;
- Identificar os princípios sociais, de cidadania, de subsidiariedade e de coesão defendidos pela
Comunidade Europeia.
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» A internacionalização do capital
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pois até então eram importadores dos produtos industrializados que consumiam. Dessa maneira,
diminuindo os custos, com a mão-de-obra mais barata, com menos encargos sociais, incentivos
fiscais etc., e, assim, conseguiram manter, ou até aumentar os lucros.
Nos anos 80, a maior parte da riqueza mundial pertencia às grandes corporações
internacionais.
Com os avanços tecnológicos, particularmente nos transportes e comunicações, permitiu-se que as
grandes empresas adotassem um novo procedimento - a estratégia global de fabricação - que
consiste em decompor o processo produtivo e dispersar suas etapas à escala mundial, com o
objetivo de ter menores custos operacionais.
A produção deixa de ser local para ser mundial, o que também ocorre com o consumo, uma
vez que os mesmos produtos são oferecidos à venda nos mais diversos recantos do planeta. Os
fluxos económicos intensificam-se sobretudo promovidos pelas grandes empresas, agora chamadas
de transnacionais. A divisão internacional do trabalho fica subvertida, pois torna-se difícil identificar o
lugar em que determinado artigo industrial foi produzido.
Após a derrocada do socialismo, a internacionalização do capitalismo atinge praticamente
todo o planeta e intensifica-se a tal ponto que merece uma denominação especial - globalização -,
marcada basicamente pela mundialização da produção, da circulação e do consumo, vale dizer, de
todo o ciclo de reprodução do capital. Nessas condições, a eliminação de barreiras entre as nações
torna-se uma necessidade, a fim de que o capital possa fluir sem obstáculos. Daí o enfraquecimento
do Estado, que perde poder face às grandes empresas.
O "motor" da globalização é a competitividade. Visando à obtenção de produtos competitivos
no mercado, as grandes empresas financiam ou promovem a pesquisa, que resulta num acelerado
avanço tecnológico. Esse avanço implica informatização de atividades e automatização da indústria,
incluindo até a robotização das fábricas. Em consequência, o desemprego torna-se o maior
problema da atual fase do capitalismo.
Embora a globalização seja mais intensa na economia, ela também ocorre na informação,
na cultura, na ciência, na política e no espaço. Não se pode pensar, contudo, que a globalização
tende a homogeneizar o espaço mundial. Ao contrário, ela é seletiva. Assim, enquanto muitos
lugares e grupos de pessoas se globalizam, outros, ficam excluídos do processo. Por esse motivo, a
globalização tende a tornar o espaço mundial cada vez mais heterogêneo. Além disso, ela tem
provocado uma imensa concentração de riqueza, aumentando as diferenças entre países e, no
interior de cada um deles, entre classes e segmentos sociais.
- ALDEIA GLOBAL - Essa expressão reflete a existência de uma comunidade mundial integrada
pela grande possibilidade de comunicação e informação. Com os diferentes sistemas de
comunicação, uma pessoa pode acompanhar os acontecimentos de qualquer parte do mundo no
exato momento em que ocorrem. Uma só imagem é transmitida para o mundo todo… O avanço
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Estes três tipos de regiões fez com que se despertasse para os problemas de ordem
regional.
Existem igualmente causas indiretas para compreender porque a análise espacial e regional
começou-se a desenvolver como consequência indireta de toda a actividade de planeamento que se
desenvolveu no Pós II guerra mundial.
Assim, à medida que foram surgindo problemas que tinham a sua expressão numa forma espacial
acentuada, foi preciso equacionar soluções de origem económica para os resolver.
» AS ASSIMETRIAS REGIONAIS
- as mais desenvolvidas são os centros que demonstram uma maior concentração populacional, de
quadros técnicos, com maior nível de formação e educação, uma concentração industrial, das
instituições financeiras e entidades governamentais;
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--- Em resumo, dados recentes indicam uma estabilização da tendência anterior para uma
divergência crescente entre regiões e, no caso de alguns Estados-membros e regiões, para uma
leve tendência de convergência para a média comunitária. As disparidades absolutas são de tal
ordem que, mesmo nos casos em que os progressos são percetíveis e partindo do princípio que
haverá uma continuação das recentes linhas de evolução positivas, a convergência dos Estados-
membros mais fracos e das regiões menos prósperas para uma média comunitária será um
processo a muito longo prazo.
Quanto às tendências de emprego de região para região, verifica-se desde 1984 que o
emprego no conjunto da comunidade tem aumentado e o crescimento de cerca de 1,15% ao ano
entre aquela data e 1990 teve como consequência um aumento líquido de quase 9,5 milhões de
postos de trabalho. Este facto compensou largamente a perda líquida de cerca de 3,5 milhões de
postos de trabalho, que se verificou após a recessão do início dos anos 80.
A tendência favorável do emprego ao nível da Comunidade, sobretudo durante a segunda
metade dos anos 80, tendeu a ser largamente partilhada. Assim, todos os Estados-membros
registaram um crescimento do emprego positivo entre 1985 e 1990, embora as taxas de crescimento
variem consideravelmente. No cômputo da década, só na Irlanda a recuperação em matéria de
emprego foi insuficiente para compensar as perdas sofridas nos princípios dos anos 80.
Durante estes últimos anos têm sido particularmente encorajador o crescimento sólido do
emprego em certas zonas menos desenvolvidas do Sul da Comunidade, como é o caso de Portugal.
No Norte, o crescimento do emprego, durante o mesmo período, foi relativamente forte no Reino
Unido, onde as regiões tradicionalmente industriais haviam sido gravemente afetadas pela perda de
empregos no início dos anos 80.
Em termos sectoriais, os anos 80 podem ser descritos em termos de uma deslocação
contínua do emprego da indústria para os serviços.
Quanto às disparidades na taxa de desemprego nos vários estados-membros, pode
considerar-se a suspensão de uma tendência anterior. Assim, os relatórios periódicos anteriores
realçaram a tendência ascendente geral e as disparidades regionais cada vez maiores no que toca
ao desemprego na comunidade nos anos 70 e na primeira metade dos anos 80. Durante este
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As causas das disparidades regionais estão ligadas à localização geográfica das regiões,
mas essencialmente com problemas estruturais económicos que enfrentam algumas regiões.
As regiões periféricas são dotadas de fracos recursos naturais, fracos recursos humanos, técnicos e
científicos, deficientes infraestruturas e estão localizadas distantes dos centros produtivos e dos
centros de consumo. Os motivos económicos que explicam as disparidades regionais centram-se
nas diferentes estruturas produtivas e de procura. Nos diferentes níveis de industrialização e de
especialização, o distinto progresso tecnológico que motiva a produtividade e competitividade leva à
distinção entre as regiões.
O agravamento dos desequilíbrios regionais pode também ser encarado como um resultado
da localização da indústria no litoral em detrimento do interior e da migração de pessoas do interior
para o litoral, em países como Portugal, dado aí existirem melhores condições climáticas e
infraestruturas.
- Redes de transportes;
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- Redes de energia;
- Ligações de telecomunicações e
O alargamento e melhoria das redes energéticas, bem como a melhoria do acesso, nas
regiões mais fracas, são essenciais para o incentivo de atividades produtivas. O fornecimento de
eletricidade ou gás natural de alta qualidade permite que as empresas de todos os setores da
economia regional otimizem a sua escolha de equipamento. A diversificação energética ajuda a
melhorar a competitividade.
Assim, as causas da diferente competitividade entre regiões e consequentemente as
disparidades regionais depende não só, entre outros fatores da dotação inicial de recursos naturais e
infraestruturas materiais, mas cada vez mais dos recursos humanos.
Sistemas educativos e de formação eficazes podem, por esse motivo, ter importância no reforço das
vantagens relativas.
A adaptação dos sistemas educativos e de formação às profundas alterações estruturais é
uma prioridade para reduzir as disparidades regionais.
Muitas das causas das disparidades no desenvolvimento económico podem ser atribuídas a
disparidades na produtividade e competitividade. Embora não sejam os únicos fatores, a
investigação e o desenvolvimento tecnológico e, especificamente, a capacidade de inovar e
valorizar, especialmente em produtos e processos, são componentes vitais da competitividade
regional. Isto pode levar, em contrapartida, a um aumento da produção regional através de um
aumento do comércio inter-regional e internacional. Produtos e processos novos ou aperfeiçoados,
custos inferiores, maior flexibilidade de produção, maior qualidade e resposta mais rápida do
mercado, são tudo formas em que a investigação e o desenvolvimento tecnológico podem conferir
uma vantagem relativa a determinadas regiões.
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Esta afirmação mostra o duplo problema que muitas regiões menos evoluídas se deparam:
rendimentos mais baixos e taxas de crescimento da produtividade inadequadas à diminuição das
disparidades regionais.
Os rendimentos mais baixos, só por si, não dariam origem a preocupações se uma taxa de
crescimento mais alta existisse de forma a reduzir as disparidades regionais. Do mesmo modo,
taxas de crescimento mais baixas que a média não seriam consideradas indesejáveis se a região
tivesse rendimentos per capita mais altos que a média.
No que respeita às disparidades inter-regionais dos níveis de rendimento, dois fatores
determinantes deverão ser distinguidos:
A importância do primeiro fator é realçada pelo facto de o verdadeiro problema não ser a
agricultura como tal, ou a ausência de indústrias, mas sim a pobreza, o atraso ou uma agricultura
pobre e uma atividade transformadora pobre.
O segundo fator é salientado na análise das disparidades regionais e pode significar que
uma elevada percentagem nas variações dos rendimentos per capita podem ser explicados pelas
diferenças na distribuição da população ativa por atividades.
As regiões com problemas de desenvolvimento podem ser caracterizadas de uma forma
geral pela atuação de dois fatores.
-Por outro podem ser geralmente encontradas, em regiões atrasadas, indústrias estagnadas
ou ciclicamente instáveis com um potencial de desenvolvimento baixo.
De acordo com este raciocínio as disparidades nos níveis de rendimento não podiam
persistir se as regiões de baixo rendimento tivessem taxas de crescimento da produtividade
superiores à média.
No que respeita ao desemprego como causa de disparidades regionais, e que se encontram
extremamente ligadas as questões da desigualdade, as migrações, mesmo o nível baixo da
produção agrícola para não citar outros aspetos sociais e até políticos.
Outras causas que determinam as disparidades regionais são os diferentes níveis de
inflação e défices da balança de pagamentos, verificados nos diversos países.
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Parte-se do princípio de que o espaço é uma superfície mais ou menos neutra, caraterizável
por um determinado coeficiente de fricção. Parte-se do pressuposto de que os agentes têm um
comportamento de maximização do seu próprio interesse e fazendo jogar o mercado através de
outra hipótese - a perfeita mobilidade dos fatores, cada subespaço (região) vai tender a especializar-
se naquelas produções em que tenha algumas vantagens comparativas - não importa que as
especializações sejam diferentes. Basta mostrar que as forças de ajustamento acabam por implicar
uma igualização dos níveis de produção marginal. Isto é, vai-se chegar a uma divisão espacial do
trabalho que tem como fim a procura da eficiência máxima global. Este grau ótimo (máxima
eficiência) é obtido espontaneamente e permite, em dinâmica, um desenvolvimento mais rápido.
Esta perspetiva tem guiado as opções políticas e económicas dos países menos desenvolvidos que
queiram atingir os níveis de bem-estar das regiões mais ricas, as soluções práticas passam por duas
coisas:
- transferência tecnológica das regiões ricas para as pobres dada a perfeita mobilidade de fatores e
- adoção dos esquemas de produção e organização que caracterizam os países mais ricos (procura
de eficiência máxima).
Este modelo de importação pura de tecnologia veio a sofrer uma grande contestação
recentemente, mesmo pelos resultados que revelou: constata-se frequentemente que nas regiões e
países dependentes em relação às economias dominantes que pretendiam um desenvolvimento
através da importação de tecnologia, esta não resultava numa contribuição para o aumento do bem-
estar das populações, mas aumentava os desequilíbrios externos.
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» Processo convergente
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região pobre irão para a região rica (o que baixará os salários da região rica) e o capital acumulado
na região rica vai tender a aplicar-se na região mais pobre (já que. esta remunera melhor o fator
capital).
De acordo com esta corrente as assimetrias regionais apenas existem no curto prazo, e são
temporárias e ultrapassáveis. As forças de mercado garantem a convergência regional no longo
prazo com a eliminação das disparidades regionais. A convergência regional será o resultado da
concorrência livre e da perfeita mobilidade dos fatores de produção. A livre circulação do capital e
trabalho garante a equiparação das suas remunerações - taxas de juro e salários, entre regiões e
assim a eliminação das assimetrias regionais.
A longo prazo, irá haver uma transferência dos recursos produtivos dos centros para a
periferia até que as remunerações se equiparem, garantindo assim uma tendência para a
convergência regional.
Contudo, esta corrente sofre de algumas limitações, visto existirem outros fatores que determinam a
mobilidade dos fatores de produção - capital e trabalho, e não só as respetivas remunerações.
Fatores entre outros, como a distância, os custos de transporte, o nível de infraestruturas, fatores
pessoais e familiares, as deficiências da procura, que podem obstar à mobilidade perfeita dos
fatores de produção. Esta teoria não explica contudo, quais são as forças da procura que provocam
o retorno dos fatores de produção dos centros para a periferia.
Os factos empíricos demonstram convergência apenas entre regiões ou países mais
desenvolvidos, e mesmo assim verifica-se que a convergência é lenta e pouco significativa. As
forças de convergência demonstram ser fracas e incapazes de eliminarem as assimetrias regionais
entre regiões ou países menos e mais desenvolvidos.
» Processo divergente
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O espaço não é apenas uma superfície neutra, uma vez que nele se materializam as relações de
produção. Não se pode esperar que se dê um processo de crescimento económico, só por se ter
exercido uma política de crescimento, isto é, não atendendo a que o espaço não é todo igual. A
descontinuidade do espaço é uma consequência das relações económicas que nele se materializam
e que podem levar a um crescimento económico.
Portanto não é possível mudar as disparidades regionais sem mudar as relações
económicas existentes (não é o espaço que precisa ser mudado, são as relações económicas).
A Teoria Keynesiana, confiante nas forças da procura, considera que os pressupostos
neoclássicos de livre concorrência e plena mobilidade dos fatores de produção são pouco realistas.
Não há mobilidade perfeita dos fatores capital e trabalho ou há pouca mobilidade, o que não permite
a equiparação das remunerações, condição necessária dos neoclássicos para um desenvolvimento
regional equilibrado.
Desta forma os desequilíbrios regionais permanecem e não são temporários, por isso a tendência,
segundo esta corrente é a divergência regional e não a convergência económica entre as regiões.
As diferenças nas técnicas de produção, as diferenças nas economias de escala e nos níveis de
produtividade e os obstáculos no funcionamento dos mercados que obstam à concorrência perfeita,
são alguns dos fatores cruciais que justificam a divergência regional.
De acordo com estes autores o processo de desenvolvimento favorece certas regiões
através de um processo cumulativo explicado por Kaldor. Segundo este autor regiões com uma
estrutura prévia na indústria, no comércio e nas infraestruturas atraem novas atividades e ainda
regiões com ganhos de produtividade superiores e vantagens comparativas num determinado tipo
de especialização, mantêm as suas características no longo prazo e torna-se difícil para outras
regiões competirem nas mesmas atividades económicas. Desta forma regiões mais desenvolvidas
continuam a crescer mais enquanto as regiões deprimidas continuam em declínio. O crescimento
regional cria assim polos de desenvolvimento que possibilita o crescimento de algumas regiões em
detrimento de outras através da transferência de recursos produtivos das zonas menos
desenvolvidas para as mais prósperas, originando assim assimetrias regionais, sendo deste modo
os problemas regionais a causa e o efeito de um crescimento regional desequilibrado.
Coube a Kaldor no entanto, apresentar uma versão mais desenvolvida da teoria chamando a
atenção para o facto de o aumento dos recursos ser fundamentalmente autogerido, e determinado
pela taxa em que o progresso técnico estiver incorporado nos bens capitais, a qual por sua vez é
essencialmente determinada pela taxa de crescimento do produto. Dependendo o crescimento do
produto a longo prazo da taxa de crescimento da procura autónoma, sendo num contexto regional o
principal fator da procura autónoma a procura de exportações, o que induz novo investimento na
região.
Por sua vez o comportamento das exportações e da produção de uma região depende de
dois fatores:
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a) para que haja progresso económico numa região é necessário que nela se realizem
investimentos, por sua vez os investimentos só podem ser feitos à custa de poupanças (a menos
que se consiga capital do exterior). Para se conseguir um nível razoável de poupança é preciso que
o nível de rendimento seja alto, pois quando uma região é muito pobre o rendimento mal chega para
satisfazer as necessidades essenciais do consumo. Desta forma uma região pobre terá enormes
dificuldades em conseguir um crescimento rápido, a menos que consiga auxílio do exterior, pois o
nível de rendimento não permitirá a formação de poupança necessária para grandes investimentos;
c) o tamanho do mercado é, como sabemos, uma condição importante para que certos
empreendimentos possam funcionar com custos razoáveis. O baixo nível de rendimento dos
territórios pouco desenvolvidos implica que o respetivo mercado tenha fracas dimensões. Assim,
muitas produções que poderiam contribuir para erguer o nível de bem-estar económico não são a
princípio possíveis, e a melhoria desse bem-estar torna-se mais difícil;
d) as regiões menos evoluídas oferecem poucas facilidades à instalação de novas indústrias, por
serem muito pobres em economias externas.
Estes Fundos foram submetidos em 1988, a uma reforma destinada a torná-los mais
operacionais e a dotá-los de meios financeiros acrescidos. Esta reforma e o aumento da dotação
dos fundos visavam uma maior eficácia na aplicação das medidas, com vista ao mercado interno de
1993, previsto pelo Ato Único, e ao reforço da coesão económica e social da Comunidade Europeia,
ou seja, à diminuição das disparidades entre as regiões e os grupos sociais desenvolvidos e aqueles
que são desfavorecidos. O Conselho Europeu, no fim de 1992, e uma revisão da regulamentação,
efetuada em 1993, precisaram e reforçaram, com vista à realização da União Económica e
Monetária, as ações desenvolvidas por estes instrumentos comunitários de desenvolvimento
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- desenvolvimento das zonas rurais e, desde início de 1995, a concentração das intervenções a
favor das regiões nórdicas nos novos Estados-Membros (Finlândia e Suécia).
Concluindo…
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- acordo quanto aos critérios ou aos indicadores que qualificam a região como adequada para a
atribuição de ajudas;
- escolha dos instrumentos e a obtenção de recursos financeiros para levar a efeito essa política
regional.
Não deve contudo, ignorar-se que os princípios básicos da Comunidade são à partida
dificilmente conciliáveis com os objetivos da política regional, princípios esses que passam por:
- Comércio livre
- Livre concorrência
Se, por um lado, vivemos hoje num mundo mais pequeno, onde é mais fácil e rápido viajar,
comunicar e aceder ao conhecimento, por outro lado, não temos todos o mesmo acesso a estas
vantagens e incorremos numa dualidade crescente e perigosa entre Norte/Sul, Centro/Periferia,
Incluídos/Excluídos, numa lógica de dominação económica, social, política e cultural por parte dos
mais fortes e mais desenvolvidos. O desenvolvimento mais assimétrico entre países é uma das
características mais visíveis da globalização.
Desenvolvimento do Capitalismo
A integração de economias regionais obtém-se pela aproximação das políticas económicas
e da pertinente legislação dos países que fazem parte de uma aliança.
Vejamos cada etapa do processo:
» Segunda etapa: união aduaneira – além da zona de livre comércio, essa etapa
envolve a negociação de tarifas alfandegárias comuns para o comércio realizado com outros
países.
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NOTA:
Na nova ordem mundial, a bipolaridade representada por Estados Unidos e União Soviética
foram substituídas pela multipolaridade. Os polos de poder econômico são União Europeia, Nafta e
Apec; os de importância secundária, Mercosul e Asean.
Apesar de a economia globalizada ser definida como multipolar, os principais dados referentes ao
desempenho económico internacional demonstram que existem três grandes polos que lideram a
economia do mundo: o bloco americano, o asiático e o europeu, que controlam mais de 80% dos
investimentos mundiais.
O bloco americano, liderado pelos Estados Unidos, realiza grande parte de seus negócios na
América Latina, sua tradicional área de influência: o bloco asiático, liderado pelo Japão, faz mais de
50% de seus investimentos no leste e no sudeste da Ásia: e a União europeia concentra dois terços
de sua atuação económica nos países do leste europeu.
Pode-se observar, portanto, que a economia globalizada é, na verdade, tripolar. A influência
econômica está nas mãos dos países que representam as sete maiores economias do mundo:
Estados unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Canadá. Por sua vez, no interior
desses países são principalmente as grandes empresas transnacionais que têm condições de liderar
o mercado internacional
Etapas históricas:
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“Para promover a paz mundial e o bem-estar geral, as nações interessadas, e a política externa dos
Estados Unidos, econômica, financeira e outras, farão os esforços necessários à manutenção no
estrangeiro de condições nas quais instituições livres podem sobreviver e com consistência a
manutenção da força e estabilidade dos Estados Unidos.”
Em 1949, foi criado a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), uma aliança
político-militar dos países ocidentais, composta inicialmente pelos Estados Unidos e os países da
Europa ocidental, opondo Ocidente à União Soviética.
Em 1955, a União Soviética cria o Pacto de Varsóvia, que unia as forças do bloco
comunista, principalmente dos países da Europa oriental (Albânia, Bulgária, Checoslováquia,
Alemanha Oriental, Polônia, etc.).
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O fim da Guerra Fria deu-se diante da queda do Muro de Berlim em 1989, e com o fim oficial
da própria União Soviética, em 1991, pondo fim ao bloco socialista.
Com o fim do bloco socialista, instaurou-se uma nova ordem mundial com a completa
hegemonia da ordem capitalista. Esta passou a uma nova etapa económica e produtiva liderada por
grandes conglomerados empresariais, possuidores de enormes volumes de capitais.
Passou-se à globalização do mercado, com a irradiação dos negócios mundiais,
estimulando a formação de blocos económicos, associações de livre mercado que derrubaram
antigas barreiras protecionistas, principalmente a partir da década de 1990.
À frente dessas organizações está a NAFTA (North American Free Trade Agreement –
Acordo Norte-americano de Livre Comércio), sob a liderança dos Estados Unidos e envolvendo o
Canadá e o México, a UE (União Europeia), tendo a economia alemã a mais forte, o bloco do
Pacífico, a APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation, traduzido, Cooperação Econômica da Ásia e
do Pacífico), sob comando do Japão e o Mercosul (Mercado Comum do Sul), formado em 1991 por
Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Logotipo do NAFTA
União Europeia
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Logotipo do Mercosul.
NOTA:
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A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por
acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas
Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética
Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas
económicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi-se enfraquecendo. Era o fim
de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria
sendo implantado nos países socialistas.
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Os interesses das nações em si são assim preteridos, e o desemprego e o fim da livre iniciativa no
campo económico atingem patamares assustadores.
O cidadão contemporâneo cada vez mais é pressionado pelo mercado e tem vindo a perder,
no mundo atual, os seus direitos à educação, saúde, emprego, saneamento básico, enfim, serviços
públicos de qualidade, para poder desfrutar dos mesmos só quando os pode pagar devidamente.
» Na teoria das relações internacionais, o termo "Nova Ordem Mundial" (NOM) tem sido
utilizado para se referir a um novo período no pensamento político e no equilíbrio mundial de poder,
além de uma maior centralização deste poder. Apesar das diversas interpretações deste termo, ele é
principalmente associado com o conceito de governança global.
A Europa dos cidadãos engloba vários aspetos e tem vindo a ser construída de forma
progressiva. Atualmente consagrada nos tratados, a cidadania europeia complementa a cidadania
nacional, sem a substituir. A Carta dos Direitos Fundamentais, que com a entrada em vigor do
Tratado de Lisboa se tornou juridicamente vinculativa, reúne, num mesmo texto, todos os direitos
das pessoas em torno alguns princípios orientadores: dignidade humana, liberdades fundamentais,
igualdade entre as pessoas, solidariedade, cidadania e justiça.
Princípios sociais:
- Cidadania
»Definição:
Nos termos do disposto no artigo 9.º do TUE e no artigo 20.º do TFUE, é cidadão da União
qualquer pessoa que tenha a nacionalidade de um Estado-Membro, sendo esta última definida com
base na legislação nacional desse Estado-Membro. A cidadania da União acresce à cidadania
nacional, mas não a substitui, e comporta um conjunto de direitos e deveres que vêm associar-se
aos que decorrem da qualidade de cidadão de um Estado-Membro.
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— O direito de eleger e ser eleito nas eleições para o Parlamento Europeu e nas eleições municipais
do Estado-Membro de residência, nas mesmas condições que os nacionais desse Estado;
— O direito de, nos territórios de países terceiros (não membros da União Europeia) em que o
Estado-Membro de que são nacionais não se encontre representado, beneficiar da proteção das
autoridades diplomáticas e consulares de outro Estado-Membro, nas condições aplicáveis aos
nacionais desse Estado;
— O direito de se dirigir por escrito a qualquer das instituições ou órgãos da União numa das línguas
dos Estados-Membros e de obter uma resposta redigida na mesma língua;
- Subsidiariedade
» Definição:
• a ação contém aspetos transnacionais que não podem ser solucionados pelos países da EU
(internamente)?
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Segundo o princípio da atribuição a UE apenas dispõe das competências que lhe são atribuídas
nos Tratados Europeus não tendo discricionariedade total.
A subsidiariedade e a proporcionalidade são princípios corolários do princípio da atribuição.
Determinam em que medida a UE pode exercer as competências que lhe são conferidas pelos
Tratados. Em virtude do princípio da proporcionalidade, os meios aplicados pela UE não podem
exceder o necessário para concretizar os objetivos fixados nos Tratados.
• essa ação fizer parte das competências atribuídas à UE pelos Tratados (princípio da
atribuição);
• no âmbito das competências partilhadas com os países da UE, o nível da UE for o mais
pertinente para alcançar os objetivos fixados nos Tratados (princípio da subsidiariedade);
• têm um direito de oposição aquando da elaboração dos projetos legislativos. Podem, assim,
devolver uma proposta legislativa à Comissão se considerarem que o princípio da
subsidiariedade não foi observado;
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- Coesão
- económica
- social
- territorial
A fim de garantir uma utilização eficiente dos fundos estruturais, devem ser respeitados os
seguintes princípios:
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ANEXO
Guerra Fria
História da Guerra Fria, corrida armamentista, definição, OTAN e Pacto de Varsóvia, guerras,
corrida espacial, Plano Marshall, Queda do Muro de Berlim, "Cortina de Ferro",
características, conflitos, causas e consequências
A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a
União Soviética vão disputar a hegemonia política, económica e militar no mundo.
A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo
ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até
mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um
conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra.
Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coreia e no
Vietnã.
Paz Armada
Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada.
As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos
em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas
potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo.
Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares
dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949)
era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na
Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente
os países socialistas.
Alguns países membros da OTAN: Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental,
França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.
Alguns países membros do Pacto de Varsóvia: URSS, Cuba, China, Coreia do Norte, Romênia,
Alemanha Oriental, Albânia, Checoslováquia e Polônia.
Corrida Espacial
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EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais.
Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma
certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar ao mundo qual era o sistema mais
avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo
a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo conseguiu acompanhar pela televisão
a chegada do homem à lua, com a missão espacial norte-americana.
Caça às Bruxas
Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam,
prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair
destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e
espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos
integrantes da CIA, os funcionários do KGB faziam os serviços secretos soviéticos.
A divisão da Alemanha
Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os
países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo
zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital
em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi
dividida entre as quatro forças que venceram a guerra: URSS, EUA, França e Inglaterra. Em 1961 foi
levantado o Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes: uma capitalista e outra socialista.
"Cortina de Ferro"
Em 1946, Winston Churchill (primeiro ministro britânico) fez um famoso discurso nos
Estados Unidos, usando a expressão "Cortina de Ferro" para se referir à influência da União
Soviética sobre os países socialistas do leste europeu. Churchill defendia a ideia de que, após a
Segunda Guerra Mundial, a URSS tinha-se tornado a grande inimiga dos valores ocidentais
(democracia e liberdade, principalmente).
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» Envolvimentos Indiretos
Guerra da Coreia: Entre os anos de 1951 e 1953 a Coreia foi palco de um conflito armado
de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coreia sofre pressões para
adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coreia resiste e, com o apoio
militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953,
com a divisão da Coreia no paralelo 38. A Coreia do Norte ficou sob influência soviética e com um
sistema socialista, enquanto a Coreia do Sul manteve o sistema capitalista.
Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos
EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram
dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais
do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram
derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã
passou a ser socialista.
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Bibliografia
- Ferreira, Eduardo de Sousa; Integração Económica, 1983, Edições 70.
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