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Um jornal pau-pra-toda-obra


março 2003 

A máquina

entrevista
da cultura
 

 
  






 

Um caco inédito de
Oswald de Andrade
Gianni Ratto
 

Iná Camargo Costa


  
 
 


Alexandre Matte
  
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Nossos endereços
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Este encontro inédito aconteceu num domingo à tarde, num apartamento de


  Santa Cecília. Estavam presentes o secretário da Cultura do Município de
São Paulo, Celso Frateschi, a Secretária da Cultura do Estado, Cláudia
Costin e o Secretário de Artes Cênicas do Governo Federal, Sérgio
Mamberti. A intenção mais ampla era discutir pontos de vistas para uma
nova política cultural. Como entrevistadores participaram Hugo Possolo,
Márcio Boaro, Míriam Rinaldi, Ney Piacentini, Reinaldo Maia, Roberto Lage,
Sérgio de Carvalho, Sérgio Siviero. A seguir, publicamos a edição de um
debate que se estendeu por mais de três horas.

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 •  principalmente

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MAMBERTI –  ˜ ˜ 
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 …„    ­ inclusão.
O SARRAFO – A Secretaria Nacio-
nal de Artes Cênicas parece ser uma si- Celso Frateschi
mulação do que era a Funarte. Existe uma
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Teatro inédito de
Oswald de Andrade
Esta cena teatral de
Oswald de Andrade
foi recolhida no
arquivo Alexandre
Eulálio, da Unicamp.
Salvo engano, nunca
FRAGMENTO C1 – Sim, o da letra.
foi publicada, sequer GARCIA S. – Pois é. Pois é… aquel desgraçado do Tafá não me apareceu ainda. Vou telefonar.
citada. Difícil Espere um pouco, vou telefonar. (Pausa. Barulho de disco telefônico). Eló! Eló! É do escri-
precisar sua data. S. – Oh, Garcia! Oh Garcia! (Pausa.) Oh tório do Tafá? É? Pois bem: o Tafá está aí?… Como?… Está em Santos?… Fazendo o
Seu assunto, o Garcia! (Pausa.) Este homem!…Garcia! quê?… Se tratando?… De quê?… De resfriado?… Or’essa é muito boa. Então isso é
mesmo de O rei da G. – Pronto. (De longe.) hora de apanhar resfriados? E eu que faço? Estou com o freguês aqui perto de mim
vela (de 1933), é a S. continua chamando - Garcia! Oh Garcia! esperando um negócio que ele me prometeu e esse desgraçado me arranja um jeito de
agiotagem. Depois da Será possível! pegar um resfriado logo agora? Mas que coisa! Qu é que vou fazer? Mas meu Deus! Onde
crise de 1929 e da G.– Pronto seu Sirva. Que coisa. Já vou! (Vai se aproximando. Garcia se aproxima.) é que esse homem está com a cabeça! E…me diga uma coisa: quando é que ele vol-
dissipação da fortuna Pronto, seu Sirva. Que é que há? Que coisa! Não precisa chamar desse jeito! (Resmun- ta?… Amanhã?… Mas que coisa! Só amanhã de tarde?… que foi… Ele podia morrer?…
familiar, o escritor gando.) Que coisa, até parece que a gente é surdo. Ora iessa é muito boa. Bem sei eu que el poderia morrer…. Não, quem poderia morrer
passou muitos dos
S. pega uma lâmpada que está sobre a escrivaninha. Em outro tom - Oh Garcia. sou eu… Isto é, Ele não poderia morrer porque está a cidade cheia de gente pra ele roubar
G. calmo – Que é? e eu não tenho ninguém para roubar… isso mesmo eu bem poderia morrer… Até
seus dias “tocando
S. – Pega essa lâmpida e vá ver se ela está morta ou ainda vive, a desgraçada. logo…Não, telefonarei amanhã. (Barulho de quem desliga o telefone.)
flauta”, gíria da G. – Home essa agora! Isso não é serviço meu, isso é lá com Aristide, pergunte C1. – Que foi?
época para o ato de para ele, home essa agora! S. – Esse desgraçado, cachorro de uma figa. Vai me apanhar um resfriado bem
pedir dinheiro a um S. – Vá, homem, vá! (Exaltando-se.) Ninguém me ajuda! Eu é que tenho que ver agora! Esses homens que têm dinheiro deviam morrer todos. Eles podem fazer isso.
agiota e pagar outro. tudo neste escritório. Ninguém me ajuda! Vá Homem de Deus anda lá com isso! Mas Quando têm uma porcaria de um resfriado, metem-se logo para Santos. Eu é que fico
Conhecia o que coisa! Por Deus do Céu. Qualquer dia eu ainda faço uma besteira! aqui me rebentando todo para servir os senhores. Veja só que calamitosidade.
psiquismo dos G. – Mas que coisa! Isso não é serviço meu, isso é com o zelador, eu não entendo C1. – O senhor está muito nervoso hoje, Seu Silva.
endividados e dos disso. (Pega a lâmpada e sai resmungando.) Que coisa, puxa vida. Português unha de S. – Mas se não é para estar nervoso… Agora é que são elas. (Pausa.) Oh! Garcia!
usurários, e via no fome esse desgraçado. Quando é pra dá trabalho pra gente ele bem que sabe, mas Garcia! Não encontrou o dicumento?
juro a alma do quando é prá entrá com uma gaitinha pro futebó, não espirra nem um níquel. G. – Ainda não.
mundo capitalista. O S. – Oh Garcia! Tu não vens nunca com essa lâmpida! S. – Ah! Mas que coisa horrível… Quando o diabo mete-se no meio dos negócios
fragmento parece um G. de longe – Já vai, puxa vida, estou esperando o Aristides! Já disse que eu não da gente, nem Cristo nos salva. Perdi um dicumento de uma importância enorme e não
entendo dessas coisas! encontro o desgraçado papelzinho. O que é que vou fazer? Ai meu Deus!…Tenho a
rascunho cômico a
S. – Êta mineiro mole esse diabo! Não me ajuda em nada. Tenho eu que fazer tudo impressão que alguém me entra pela minha secretaria a dentro à noite quando não
ser trabalhado
nesse maldito escritório. (Pausa.) Não sei porque é que estou metido aqui dentro desta estou eu aqui e vem mexer nas minhas coisas…Isso é coisa que se faça? Perder um
depois. Não tem a sala. Maldita a hora que inventei essa porcaria! Oh Garcia! Tu não vens mais? dicumento de tão grande importância? E se pelo menos pudesse eu tirar uma segunda
precisão verbal do G. se aproximando – Pronto, Sirva. Pronto tou aqui. Eu já disse que não entendo via mas não posso, Não posso, não posso! Ah! Sim… o seu negócio. Ouviu eu telefo-
poeta, mas vibra de desse negócio de lâmpada. Precisei falar com o Aristides. nar para o homem? Pois é, pois é esse desgraçado está em Santos. Veja só…. Mas
patetismo realista. A S. – Tu não entendes de lâmpidas, pois é, não entendes de lâmpidas. Tu só enten- isso não tem importância. Vamos fazer o negócio do mesmo jeito. O senhor faz a letra
julgar pela tinta azul, des de dinheiro, não é? e eu vou endossar. Isso tudo já está tudo desgraçado mesmo agora não adianta querer
o original é uma G. – Pois é Sirva. Eu entendo de dinheiro mas não tenho um níquel. Você não fazer mais nada. Mas… O senhor precisa do dinheiro já? Pois é muito fácil. O senhor
cópia datilografada, entende e tem. Não é isso? assina um cheque sem fundo mesmo. Não tem importância nenhuma porque depois o
sem começo ou fim, S. – Pois é, Garcia. Só entendes de dinheiro. (Pausa.) E por falar em dinheiro: cade senhor deposita o dinheiro no Banco. É claro que o senho não vai fazer o cheque para
grafada em quatro aquel documento que estava cá em cima da minha mesa? hoje nem para amanhã [e sim] para daqui a oito ou dez dias. Como? O senhor não está
páginas, papéis G. – Eu sei lá de documento, não foi o senhor que guardou? acostumado [a fazer] essas coisas? Ora, meu caro amigo! Eu já assinei tudo o que
S. – Pois foi, homem de Deus pois foi eu quem guardei o ducumento. Mas o que eu podia ser assinado na minha vida e aqui estou eu. Firme como nunca. É verdade que
diferentes. Nos
quero saber é onde é que está esse desgraçado de ducumento. Pois não vês que o raio não tenho um níquel mas estou firme. Se bem que qualquer dia eu vá por água abaixo,
versos , esboços a
do homem já marcou para vir aqui acertar as últimas clausas da escritur, e eu não acho talvez até com o senhor mesmo, tanto que já estou tratando de vender a minha chácara
lápis de figura o dicumento! Ai, minha Santa Maria! Ainda qualquer dia vendo tudo que tenho e largo ou passar ela para o nome de outro de[s]graçado qualquer porque do jeito que isso
feminina: pernas essa porcaria toda por aí. Não é possível continuar nesta vida! (Pausa.) Ainda hoje de tudo vai, eu rodo qualquer desses dias…Mas se o senhor quiser, o dinheiro está arran-
numa folha, cabeça tarde, atirou-se pela janela do quarto andar daquela prédio da Sul América, uma moça. jado. Se o senhor tiver medo de assinar um cheque sem fundo, espere até que est[e]
noutra, tronco com Garanto que foi por muito menos do que eu passo. (Pausa). desgraçado cure o resfriado e volte de Santos… É claro que pode. Claríssimo!… Então
seios nus na terceira. (Gritando.) Garcia! Oh Garcia! Onde foi que eu meti essa maldito dicumento! faça assim… Como é que o senhor disse?… Quanto de juros? Ora! Antão o senhor
O agiota da cena é G. – Ah essa é boa. Eu é que vou sabe onde é que está o diabo do documento? ainda não sabe o sistema de Taufá? É por acaso a primeira vez que o senhor faz essas
um português de S. – Me ajuda, Garcia, me ajuda porque o homem vem aí pra ir ao tabelião e como transações?… Pois é claro que é assim… É claro que o senhor vai pagar os juros.
piada, dado a é que eu vou fazer? Antão sou eu que vou pagá-los (Rindo). Ora essa é muito boa. Não faltava mais nada.
sentimentalismos, o G. – Ah. Isso é que eu não sei. Eu aqui me sacrificando pelo senhor, porque o senhor sabe que eu adiei uma viagem
Silva. Seu bordão é S. – Ah! Valha-me Deus. Que vida esta que eu levo. Também…Eu vou é dar um que devia fazer hoja para o Rio de Janeiro por causa deste negócio e ainda estou aqui?…
jeito de vender tudo o que tenho e não trabalhar mais. Oh! Garcia me ajuda homem! Por sua causa e por causa deste maldito dicumento que perdi e não encontro. Oh
clamar pelo
G. – Mas que coisa, eu é que tenho de saber onde é que está o documento desse Garcia! Garcia! Você ainda não encontrou o dicumento? Mas que cois[a]! Antão o se-
empregado, Garcia.
camarada! nhor pensa que eu é que tenho que pagar os juros para o senhor? Pois nem para meu
Dos erros de C1 entrando – Comendador… filho eu não faria isso. Antendeu? Nem para o meu filho se o tivesse. Aliás eu nem sei
linguagem, mantive S. – Dr. Fortunato, como vai o Senhor? bem porque é que trabalho tanto! Não tenho nem para quem deixar o pouco dinheiro
todos que me C1 – Que olhar mais esquisito! Está olhando por baixo? que tenho, e o senhor sabe que o meu coração já não anda lá muito bom e que o
pareceram S. – É que um dos olhares é por baixo dos áculos e o outro é por cima. médico me disse que eu não devia me exaltar…mas como não me exaltar. O senhor
intencionais. Gosto C1 – E o de baixo, o que quer dizer? não acha que isso até é um absurdo? Como é que eu não hei de me exaltar se tudo me
de me referir à cena S. – Nada Doutor Fortunato. Nada… Vamos ao que serve. acontece nesta vida?…Se fui sempre um homem feliz? Ora tem graça, isso. Desde a
pelo nome do C1. – Pois é, seu Garcia. Como é que vai o meu negócio? minha infância eu trabalho e se ganhei o pouco que tenho foi a custa de esforço próprio
empregado: S. – O da letra? porque nunca tive ninguém.
Fragmento Garcia.
   
   
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O SARRAFO Número 1 ◆ Março 2003

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