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TEXTO 3 P O R F O R Ç A DA L E I , É P R E C I S O L E R .
LEI N. 4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965.
Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização e o exercício de direitos SAIBA MAIS!
políticos, precipuamente os de votar e ser votado. Esta Lei é o 5º Código Eleitoral brasileiro, sancionada
Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido em seu nome, por mandatários escolhidos, por Castello Branco e que ainda vigora, apesar de
direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos políticos nacionais, ressalvada a inúmeras alterações. Pelo princípio majoritário, quem
eleição indireta nos casos previstos na Constituição e leis específicas. obtiver mais votos é eleito. Pela representação propor-
Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo eletivo, respeitadas as condições cional, os votos computados são os de cada partido ou
constitucionais e legais de elegibilidade e incompatibilidade. coligação e, apenas em uma segunda etapa, os de
Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se alistarem na forma da lei. cada candidato. Assim, as vagas são distribuídas em
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores: proporção aos votos obtidos pelos partidos ou pelas
I - os analfabetos; [...] coligações e preenchidas pelos candidatos mais vota-
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos. [...] dos até o limite das vagas obtidas. Será que, com esse
Art. 83. Na eleição direta para o Senado Federal, para Prefeito e Vice-Prefeito, adotar-se-á o princípio majoritário. sistema proporcional, conseguimos atingir um avanço
Art. 84. A eleição para a Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais democrático nas eleições do Poder Legislativo?
obedecerá ao princípio da representação proporcional na forma desta lei.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4737.htm [Adaptado].
TEXTO 4 U M A I M A G E M V A L E M A I S Q U E M I L P A LA V R A S . S E R Á ?
30 ANOS
LEITURA 1 E S T E T E X T O V A I M U DA R A S U A V I DA !
Não há nenhuma dificuldade em demonstrar que a forma ideal de governo é
aquela em que todo o cidadão não apenas tem uma voz no exercício do poder Posterior a Mill, o sociólogo Thomas
supremo, mas também é chamado, pelo menos ocasionalmente, a tomar parte Marshall (1893-1981), ao discutir o
John Stuart Mill (1806-1873) ativa no governo pelo exercício de alguma função pública, local ou geral. conceito de cidadania, define que ser
foi um filósofo e economista No entanto, o governo representativo não é admissível nos casos em que cidadão é ter efetivado os “direitos
britânico. Nesta obra, “O não preencher três condições: 1) que o povo esteja disposto a aceitá-lo; 2) que o civis, sociais e políticos” do indivíduo.
governo representativo”, Mill povo tenha a vontade e a capacidade de fazer o necessário para sua preserva- Ao referir-se sobre os direitos
faz uma análise da realidade ção; e 3) que este povo tenha a vontade e a capacidade de cumprir os deveres e políticos, Marshall deixa
inglesa e destaca a forma exercer as funções que lhe impõe este governo. subentendida a democracia
representativa como o melhor As instituições representativas, para sua permanência, dependem necessa- representativa como sendo a
sistema governamental dedi- riamente da presteza do povo em lutar por elas quando estiverem ameaçadas. participação do povo por meio do
cado às sociedades adianta- Caso contrário, certamente serão derrubadas. exercício eleitoral, de votar e de ser
das, mas teme pela ignorância Ademais, quando o povo carece tanto de vontade quanto de capacidade pa- votado. Pela democracia
e pela submissão do governo ra desempenhar o papel que lhe cabe em uma constituição representativa; participativa, estendem-se esses
aos interesses especiais ou quando ninguém, ou apenas uma pequena fração, sente o grau de interesse direitos à criação e à filiação a
particulares. Pode-se, portanto, pelos assuntos gerais do Estado necessário à formação de uma opinião pública, partidos políticos e à participação em
inferir os avanços de uma os eleitores só se servirão de seu direito de sufrágio para atender a seus interes- movimentos sociais.
democracia representativa, ses privados. Um dos maiores perigos da democracia, portanto, consiste nos
mas também os desafios a interesses sinistros dos detentores do poder; é o perigo do governo que visa o
serem vencidos. benefício imediato da classe dominante em perpétuo detrimento da massa.
John Stuart Mill. O governo representativo. Brasília, Ed. UnB, 1981. [Adaptado].
Lima Barreto. O novo manifesto. In: Crônicas escolhidas de Lima Barreto. São Paulo, Ática, 1995, p. 89-91. [Adaptado].