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do Trabalho
Material Teórico
Ergonomia na vida
Revisão Textual:
Profa. Dra. Rosemary Toffoli
Ergonomia
• Introdução á unidade
• Ergonomia na vida
• Ergonomia do ensino
• Ergonomia no hospital
• Ergonomia na agricultura
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Contextualização
Caros, o objetivo de termos estudado todos os outros assuntos das unidades anteriores foi
permitir que fossemos capazes de reunir uma quantidade de informação tal que nos permitisse
conceber o trabalho ergonomicamente, aplicando a ergonomia de concepção conforme, visto
na Unidade I deste material.
A aplicação da ergonomia adequada ao trabalho e ao posto de trabalho.
Na unidade passada, definimos o projeto completo do posto de trabalho com uma visão
ergonômica e estudamos a aplicação industrial da ergonomia.
Nesta unidade, abordaremos a aplicação da ergonomia fora da indústria tais como: hospitais,
agricultura, sistemas de ensino etc. É a aplicação da ergonomia no quotidiano de todas as
pessoas, dentro e fora da indústria.
E, para concluir, afirmamos e defendemos que a ergonomia, além de todas as características
que apresentamos até o momento, deve ser aplicada como Vetor de Eficiência para as
organizações (indústria ou serviços). Isso é responsabilidade social. Isso é responsabilidade
socioambiental. É moderno, competitivo e humano. Humano como cada um de nós!
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Unidade: Ergonomia na vida
1. Introdução á Unidade
Nesta unidade será abordada a aplicação da ergonomia fora da indústria, na vida quotidiana
das pessoas através da ergonomia doméstica: carga de trabalho doméstico, acidentes etc. Será
também abordada a Ergonomia no ensino, nos transportes, em escritórios em espaços públicos
em serviços médicos hospitalares e na agricultura.
2. Ergonomia na Vida
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entrenimento em seu tempo livre.Foi nesse contexto que o trabalho na prestação de serviços
nasceu, tomou forma e ganhou o mundo e criou a tendência de liberar o trabalhador daquelas
tarefas que exigem esforços fatigantes de natureza simples e repetitiva, uma oposição à Escola
da Administração Científica de Taylor. A partir daí houve uma redistribuição social da força de
trabalho.
Segundo Iida (2005), a ergonomia, desde a sua origem, vinculou-se ao estudo de atividades
militares e de produção industrial, onde os objetivos e critérios são estabelecidos com relativa
precisão. Com sua recente expansão para o setor de serviços, houve a incorporação de um
novo contingente de profissionais interessados na ergonomia, pois o conceito de ergonomia
extrapolou as áreas de fisiologia, psicologia e engenharia porque incorporou o conhecimento
de várias outras áreas tais como informática ciências sociais, arquitetura e urbanismo, desenho
industrial, administração, biologia, ecologia, legislação e assim por diante. Hoje, estende-
se ainda o conceito de ergonomia para, além de homens trabalhadores, mulheres, crianças
e portadores de deficiência. Os critérios ergonômicos aplicados hoje vão além de questões
ligadas aeficiência, segurança e produtividade, passou-se a considerar critérios mais subjetivos
e interesses mais difusos tais como conforto, qualidade de vida, bem estar social, satisfação dos
clientes etc.
Segundo Iida (2005), o homem moderno passa cerca de 25% do seu tempo no ambiente
de trabalho. O resto desse tempo é gasto no ambiente doméstico, meios de transporte e locais
públicos.
A aplicação da ergonomia em casa, em lugares públicos, meios de transporte, hospitais
e agricultura devem ser feita de maneira diferente da indústria, pois é necessário definir o
tipo de usuário de serviços bem como os critérios de desempenho. Segundo Iida (2005), a
população de usuários tende a ser mais ampla e diversificada e, os objetivos mais difusos. Assim
sendo, os critérios a serem aplicados tenderão a ser mais amplos, incorporando-se valores e
comportamentos sociais de pessoas e de grupos.
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Unidade: Ergonomia na vida
4. Ergonomia do Ensino
Nos países desenvolvidos as crianças passam cerca de 20% da sua vida nas escolas. Em
países mais pobres a “jornada de ensino” é menor, mas nem por isso menos importante posto
que os orçamentos nos países mais pobres sejam menor e bom uso desse dinheiro mesmo que
em menor quantidade que nos países desenvolvidos deve ser muito bem empregado.
As escolas brasileiras usam o método de aulas verbais expositivas. Esse método tem suas
limitações em termos de aprendizado em virtude da monotonia e da fadiga causada aos
alunos. O método de aula verbal expositiva limita o aluno à carteira. A carteira estudantil pode
ser considerada o “posto de trabalho do estudante” e proporciona uma situação estática da
musculatura dificultando a circulação.
O mobiliário escolar, para todas as idades, deve ser pensado ergonomicamente utilizando os
conceitos de antropometria e mobilidade. A postura em que o estudante é submetido em “seu
posto de trabalho” deve ser considerada a fim de prevenir lesões.
As instituições de ensino também devem preocupar-se com o ambiente ao quais seus clientes
são submetidos: iluminação, ruído, temperatura, ventilação, cores e monotonia.
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Segundo Iida (2005) “os acidentes em transporte resultam da interação do motorista com o
veículo, a estrada e o fluxo de tráfego. Naturalmente, as estradas congestionadas de caminhões,
carros, cheias de buracos e obstáculos e o veículo em más condições de manutenção favorecem
o acidente. Estatísticas da polícia rodoviária atribuem cerca de 80% dos acidentes em estradas a
causas humanas, ou seja, imperícia do motorista”. A duração do trabalho o horário de trabalho
e a idade dos motoristas podem ser um elemento que favoreça os acidentes nas estradas”.
O transporte urbano enfrenta outros tipos de problemas. Em virtude do crescimento
desordenado das grandes cidades (regiões onde a oferta de emprego é maior) os trabalhadores
com renda menor acabam indo morar na periferia dos grandes centros. Por definição, a periferia
é uma região longe dos grandes centros e, provavelmente, longe do trabalho. Por isso, muitas
pessoas gastam de três a quatro horas só de transporte entre ida e vinda do trabalho além de
contar com ônibus, trens e metrô, sempre, cheios, muito lotados de gente.
Os ônibus ainda são o meio de transporte mais utilizado em virtude do preço do investimento
de trens e metrôs. O maior problema dos ônibus é a altura que deve ser vencida para entrar e sair
do ônibus (degraus muito altos) além da questão de acessibilidade aos portadores de deficiência.
O número de veículos “adaptados” é baixo. A dimensão dos assentos e dos corredores também
deve ser pensada no sentido da ergonomia de concepção.
7. Ergonomia no Hospital
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Unidade: Ergonomia na vida
8. Ergonomia na Agricultura
A agricultura é um setor crítico nas sociedades. No passado a agricultura tinha uma importância
de destaque, pois era a responsável pela alimentação dos seres. Todavia, a agricultura perder
gradativamente sua importância principalmente no sentido da oferta de emprego.
Segundo Falzon (2009), a agricultura como “fonte matérias primas transformadas muitas
vezes antes de chegar ao prato do cliente os valores de seus vínculos com a natureza e com
a terra desvaneceram. Provedora de trabalhadores na fase da industrialização, ela aumentou
consideravelmente sua produtividade do trabalho, mecanizou-se e tornou-se um mercado
importante para as empresas de insumos agrícolas (sementes, adubos, produtos fitossanitários,
material agrícola)”.
A agricultura volta á cena na sociedade sob o apelo de alimentos saudáveis. Alimentos sem
agrotóxico que são chamados de orgânicos. Como a produtividade é menor dos alimentos
cultivados sem agrotóxicos, obviamente, o preço é maior. O que pode causar estranheza em
um primeiro momento em virtude do paradoxo preço x produto, nesse caso dos alimentos sem
agrotóxicos, o alto preço não é um limitador do consumo, muito pelo contrário, o preço alto é
um atrativo, pois sugere ao comprador um produto mais saudável.
É necessário descrever, analisar e compreender o trabalho agrícola para que possa aplicar
adequadamente a ergonomia.
Devem-se conhecer os processos onde a ergonomia deve ser aplicada não só em função
de segurança mais também da carga de trabalho. Se possível deve-se reduzir o transporte de
carga manual pesada e usar, se for o caso, equipamentos de proteção individual adequados
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à atividade laboral que está sendo realizada. A postura de trabalho é um importante fator de
observação e estudo.
A concepção do trabalho e todas as suas vertentes são importantes mais também é de suma
importância que as pessoas ligadas a esse tipo de trabalho considerem também as consequências
de anos de trabalho inadequado e considerar, sobretudo, que as atividades agrícolas são
realizadas ao ar livre e em grandes extensões de terra por um grande longo período de tempo
(ciclo de cultivo de determinada cultura) além de ferramentas, utensílios e dispositivos ligados
à atividade laboral.
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Unidade: Ergonomia na vida
Material Complementar
Explore
IIDA, ITIRO. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo, Edgard Blucher, 2009.
FALZON, PIERRE. Ergonomia. São Paulo, Edgard Blucher, 2010.
GUERIN, F.; LAVILLE, A. Compreender o trabalho para transformá-lo. A prática
da ergonomia. São Paulo, Edgard Blucher, 2010.
MORAES, A. Ergonomia: conceitos e aplicações. Rio de Janeiro, 2AB, 2012.
GOMES FILHO, J. Ergonomia do objeto: sistema técnico de leitura ergonômica.
São Paulo: Escrituras, 2010.
Pense
Depois de ler o material e informar-se
sobre o assunto, vamos pôr em prática
esses conhecimentos nas atividades!
Bom trabalho!
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Referências
IIDA, ITIRO. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo, Edgard Blucher, 2009.
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Unidade: Ergonomia na vida
Anotações
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