Você está na página 1de 80

PASTORAL DOS ACÓLITOS E COROINHAS

Organizadores:
Padre Elton Marcelo Aristides
Padre Lucas Antônio Mazzochini

Servindo no altar
e na vida 1
Servindo no altar e na vida

2ª Edição
-
2017
Sumário
Apresentação.........................................................05

1 Liturgia................................................................07
1.1 O que é Liturgia..............................................................07
1.2 Algumas atitudes que são necessárias ao coroinha.......10
1.3 As principais funções do coroinha..................................11

2 Ano litúrgico........................................................12
2.1 Os dias litúrgicos.............................................................13
2.2 O Domingo......................................................................13
2.3 As solenidades, festas e memórias.................................13
2.4 O ciclo anual...................................................................14
2.4.1 O Tríduo Pascal.........................................................14
2.4.2 Tempo Pascal............................................................14
2.4.3 O tempo da Quaresma..............................................15
2

2.4.4 Natal..........................................................................15
2.4.5 Advento.....................................................................16
2.4.6 Comum......................................................................16
2.4.7 Calendário do Ano Litúrgico.....................................17

3 Santa Missa..........................................................18
Servindo no altar e na vida

3.1 A presença de Cristo.......................................................18


3.2 O corpo e a alma da Missa..............................................18
3.3 As partes da Missa..........................................................19
3.3.1 Ritos Iniciais (Deus nos reúne)................................19
3.3.2 Liturgia da Palavra (Deus nos fala).........................21
3.3.3 Liturgia Eucarística (Deus nos alimenta)...............23
3.3.4 Ritos finais (Deus nos envia)...................................27

4 O significado dos gestos.......................................28


4.1 Sentados.........................................................................28
4.2 De pé..............................................................................28
4.3 De joelhos......................................................................29
4.4 Genuflexão.....................................................................29
4.5 Inclinação.......................................................................29
4.6 Procissão........................................................................29
4.7 Mãos levantadas............................................................30
4.8 Mãos juntas....................................................................30
4.9 Prostração......................................................................30
4.10 Silêncio.........................................................................30

5 Ministério do acólito e coroinha na Missa............31


5.1 Paramentação.................................................................31
5.2 Procissão de entrada......................................................31
5.3 Sugestão para a organização da procissão de entrada...32
5.4 Preparação das oferendas..............................................34
5.5 Prece Eucarística............................................................35
5.6 Comunhão......................................................................36
5.7 Purificação......................................................................36
5.8 Procissão de saída..........................................................36

6 Objetos e símbolos...............................................37
6.1 Objetos e alfaias..............................................................37
6.2 Outros objetos................................................................42
6.3 Vestes.............................................................................44
6.4 Insígnias episcopais ......................................................45
6.5 Cores litúrgicas..............................................................46
6.6 Símbolos.........................................................................47
6.7 Livros litúrgicos..............................................................47

7 Orientações.........................................................50
7.1 Orientações ao acólito e coroinha..................................50
7.2 Observações importantes...............................................51

8 Orações e ensinamentos......................................53

9 Vida de São Tarcísio e Beato Coroinha Adílio......63


9.1 São Tarcísio....................................................................63
9.2 Beato Coroinha Adílio Daronch....................................65
10 Vocação..............................................................67
10.1 A vocação na Bíblia.......................................................67
10.2 A vocação cristã............................................................69
10.3 Vocação específica........................................................69
10.3.1 Vocação leiga..........................................................69
10.3.1.1 Matrimônio.....................................................70
10.3.1.2 Leigos solteiros...............................................70
10.3.2 Vocação à Vida Consagrada: religiosos e religiosas........71
10.3.3 Vocação Sacerdotal ou Presbiteral.........................72

11 Rito de Admissão (Investidura)..........................73

Bibliografia............................................................77

Anexo A: Lectio divina: Leitura Orante da Bíblia...............78


Apresentação
Este livro, “Servindo no Altar e na Vida”, foi elaborado
pelo Serviço de Animação Vocacional da Diocese de Caxias
do Sul, com o objetivo de ajudar na formação da Pastoral dos
Acólitos e Coroinhas. Tem presente a necessidade de ajudar
a despertar nas crianças, adolescentes e jovens a beleza da
vocação colocada a serviço do Evangelho, na vida sacerdotal e
na vida consagrada.

O serviço da Pastoral Vocacional do Regional Sul 3


achou por bem incentivar, nas comunidades, a formação de
acólitos e coroinhas, como projeto de promoção vocacional.

5
O Papa Francisco, em seu discurso na “Peregrinação
Internacional de Acólitos” (4-8-2015), afirmou: “É significativo
ver que a proximidade e familiaridade com Jesus Eucaristia
no serviço do altar torna-se também uma oportunidade
para se abrir aos outros, caminhar juntos, escolher metas de Servindo no altar e na vida
compromisso e encontrar as forças para as alcançar. É fonte
de verdadeira alegria reconhecer-se pequeno e fraco, mas
sabendo que, com a ajuda de Jesus, podemos ser revestidos de
força e realizar uma grande viagem na vida com Ele”. Quando
nos colocamos nas mãos do Senhor com confiança, toda a
nossa existência se transforma.

No serviço de acólito e coroinha, tem-se a oportunidade


de estar próximo do altar, de servir com generosidade a Jesus
presente na Eucaristia, de alimentar a vida de fé com a Palavra
e o Corpo do Senhor.
É importante e oportuno lembrar a vocês coroinhas:
Toda vez que se aproximam do altar, têm o privilégio de
auxiliar o grande gesto de amor de Deus, que continua a querer
se doar a cada um de nós, a estar perto, a ajudar, a dar forças
para viver bem. Como disse o Papa Bento XVI: “Ajudando
os sacerdotes no serviço do altar a trazer Jesus mais perto,
para que as pessoas possam sentir e perceber ainda mais: Ele
está aqui; vocês colaboram a fim de que Ele possa estar mais
presente no mundo, na vida de cada dia, na Igreja e em cada
lugar” (Bento XVI aos coroinhas, Intervenção na audiência
geral da quarta-feira, 4 de agosto de 2010).

Estimados coroinhas e acólitos, neste Ano Nacional


Mariano, invoquemos a intercessão da Padroeira do Brasil,
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, dos seus padroeiros
São Tarcísio e do Beato Adílio, para que despertem e fortaleçam
no coração de vocês o desejo de servir e testemunhar Jesus,
com profundo amor e grande veneração pela Eucaristia, Pão
da vida, que nos sustenta e nos fortalece em nosso caminho
6

para a vida eterna. E que Maria ajude àqueles de vocês que


seu Filho Jesus chamar a consagrar-se a Ele na vida sacerdotal
e/ou consagrada a dar uma resposta pronta, generosa e
perseverante.
Servindo no altar e na vida

Erechim, 23 de abril de 2017


2º Domingo da Páscoa e da Divina Misericórdia.

Dom José Gislon, OFMCap


Bispo Diocesano de Erexim e referencial para a Pastoral
Vocacional no Regional Sul 3 da CNBB.
1
Liturgia
1 .1 O que é Liturgia?

De uma maneira simples podemos dizer que a Liturgia


é toda a ação que o homem faz em comunidade para louvar
e adorar a Deus. São muitas as liturgias nas mais diferentes
religiões. A Liturgia católica nasceu da liturgia judaica do
Antigo Testamento. Lá dizia respeito às orações e rituais

7
presididos pelos sacerdotes do Templo de Jerusalém como
representantes do povo diante de Deus e representantes de
Deus no meio do povo.
Várias vezes na Bíblia vemos referencias aos sacrifícios
que os sacerdotes ofereciam a Deus no Templo pedindo o
perdão dos pecados do povo de Israel (Ex 29,38-45). No Servindo no altar e na vida
Novo Testamento Jesus é o grande sacerdote de Deus Pai
que ofereceu a si mesmo em sacrifício pelo perdão dos
pecados de toda a humanidade. Na celebração da Última ceia
Jesus instituiu a Eucaristia e deu a missão aos Apóstolos de
manterem viva a sua memória através da celebração da Missa
(Lc 22,7-20).
Após a Ressurreição de Jesus, os primeiros cristãos
começaram a se reunir no primeiro dia da semana, o
Domingo, para manter viva a memória de Jesus e celebrar a
sua Ressurreição.
Diz o Livro dos Atos dos Apóstolos (At 2,42-47) que os
cristãos se reuniam, partiam o pão, elevavam orações a Deus
e recordavam o que tinham vivido com Jesus. Aos poucos se
foi formando, organizando uma maneira de se celebrar esse
encontro semanal. Daí foi nascendo a Liturgia cristã-católica.
A celebração era presidida, ou melhor, coordenada por
um dos Apóstolos, depois por seus sucessores os bispos, lia-
se trechos do Antigo Testamento, trechos das Cartas de São
Paulo e dos outros apóstolos, logo apareceram os primeiros
Evangelhos que eram proclamados com muita devoção.
Os grandes bispos e padres dos primeiros séculos de
nossa Igreja foram elaborando, escrevendo, as orações que
iriam ser utilizadas nas celebrações, as orientações e a forma
de se organizar as celebrações. Ao longo dos séculos a Igreja
foi adaptando e mudando algumas coisas até chegarmos a
estrutura que temos hoje em nossas celebrações, de uma
maneira especial a da Santa Missa.
Você já pensou que as orações que rezamos na Missa
tem uma tradição de séculos? Que há dois milênios os cristãos
celebram a missa que você participa no final de semana?
Então, recordando Liturgia é o conjunto de orações,
8

gestos, leituras, partilhas de uma celebração, elaborados pela


Igreja ao longo dos séculos e que nós normalmente rezamos
em comunidade com o objetivo de louvarmos e adorarmos
a Deus, de suplicarmos as suas bênçãos e de agradecermos
pelas graças que nos concede.
Servindo no altar e na vida

Na Assembleia (reunião de pessoas) Litúrgica cada um


dos participantes é chamado a realizar uma função definida.
Faz somente e tudo aquilo que lhe corresponde, e o faz bem.
Algumas pessoas exercem serviços específicos, com
funções próprias e recebem nomes de acordo ao que realizam.
Nós, os chamados “Ministros”, que significa aquele que cumpre
uma função e tem um dever, aquele que serve. Assim, temos
na liturgia, os ministros ordenados: o bispo, o padre, o diácono
e os ministros não ordenados, como: os leitores, os cantores,
o salmista, os que acolhem, etc. entre eles, encontramos os
acólitos, que é um ministério instituído para o serviço do altar.

Todos estes, exercem seus ministérios porque o próprio
Jesus, através da Igreja os chamou a prestar esse serviço na
liturgia. É o Espírito Santo quem os anima a trabalhar.
O ministério do coroinha está relacionado com o
ministério do ACÓLITO que, segundo a Instrução Geral do
Missal Romano (que é um grande capítulo que está no início
do Missal e explica o sentido do que se faz nas celebrações),
“é instituído para servir ao altar e auxiliar o sacerdote e o
diácono. Compete-lhe principalmente preparar o altar e os
vasos sagrados, bem como distribuir aos fieis a Eucaristia, da
qual é ministro extraordinário”.
A palavra acólito é a tradução em português da palavra
grega akoluthein, que significa seguir, acompanhar. Na
verdade encontramos poucos acólitos instituídos em nossas
comunidades. O mais comum é que este ministério, o recebam
os seminaristas durante seu período de formação para o
sacerdócio.
No entanto, a Instrução Geral do Missal Romano, diz
que na ausência de acólitos instituídos, outras pessoas podem

9
ser delegadas a fim de suprirem suas funções:

Não havendo acólito instituído, podem ser delegados


ministros leigos para o serviço do altar e ajudar ao
sacerdote e ao diácono, que levem a cruz, as velas,
o turíbulo, o pão, o vinho e a água; podem ainda ser Servindo no altar e na vida
ministros extraordinários para a distribuição da sagrada
Comunhão.

Desta forma os ministros extraordinários da Comunhão,


tão comuns em nossas comunidades, que levam a Comunhão
aos enfermos e ajudam a distribuí-la nas celebrações, o fazem
suprindo a falta de acólitos instituídos, por uma delegação do
bispo diocesano.
Os acólitos (não instituídos) que encontramos em
nossas paróquias exercem a função de auxílio e ajuda nas
celebrações, na ausência de um acólito instituído, podendo
fazer tudo aquilo que a ele compete, com exceção da distribuição
da comunhão e da purificação dos vasos sagrados.
Estes, também são chamados de coroinhas, que na
origem seriam aqueles que faziam parte do coro e respondiam
aos diálogos na Missa. De forma geral, são meninos e meninas,
crianças ou jovens, devidamente preparados que ajudam o
padre e o diácono no serviço do altar.

1.2 Algumas atitudes que são necessárias ao coroinha:

- Espírito de disponibilidade: estar pronto para ajudar.

- Espírito sensível: estar atento às necessidades.

- Espírito de equipe: ninguém constrói nada sozinho, muito


menos a Igreja e o Reino de Deus. Portanto, no grupo de
coroinhas não deve haver competição, mas entre ajuda,
companheirismo e amizade.
10

- Espírito de fé: a missa é o momento mais forte da vida da


comunidade. É ali que todos celebram o Mistério Pascal, a
morte e ressurreição de Jesus Cristo, e nele suas vidas, suas
lutas pela justiça e a fraternidade. Por isso, o coroinha não
está no altar como se estivesse fazendo um teatro. Ele está ali
para ajudar a comunidade a rezar. Assim, deve participar da
Servindo no altar e na vida

celebração com atenção e espírito de oração, mesmo que ele


ainda não entenda muito bem o que está acontecendo no altar.
A Celebração da Missa é o grande mistério da presença de
Jesus através da Eucaristia nas nossas vidas. Os coroinhas que
tem a oportunidade de ficar perto do mistério que acontece
no altar da Missa, devem ser animados a se comportarem e
a crescerem tendo um verdadeiro amor pelo grande mistério
que os nossos olhos humanos não conseguem enxergar, mas
que os olhos da nossa fé, da nossa alma conseguem contemplar
e se encantar.
1.3 As principais funções do coroinha:

a. Na procissão de entrada e na procissão para o evangelho


levam a cruz, as velas, o turíbulo e o incenso (veremos no
capítulo 6, o que são e o que significam estes objetos litúrgicos).

b. Na preparação das oferendas, ajudam o diácono ou o padre


a preparar o altar, trazendo o pão, o vinho, a água, a naveta e
o incenso e, se necessário for, o turíbulo.

c. Servem o lavabo (bacia e jarra) para as mãos do que preside.

d. Ajudam na apresentação dos dons (oferendas), quando há


procissão.

e. Colocam ao alcance do presidente todo o necessário para


as diversas celebrações (água benta, livros litúrgicos, etc).
Ajudam a transportar para a credência os vários objetos do
altar depois da comunhão.

11
f. Acompanham ao que preside as celebrações sacramentais
onde sejam necessários, como o batismo, confirmação,
matrimônio, etc.

g. No momento da consagração tocam a campainha ou


Servindo no altar e na vida
incensam o Santíssimo onde for de costume (observar a
utilização conforme as orientações da diocese local).

h. Estão ao serviço do acólito (que pode ser um coroinha mais


experiente) ou do cerimoniário, que devem coordená-los.
2
Ano Litúrgico
No decorrer do ano, a Santa Igreja comemora em dias
determinados a obra de salvação de Cristo. Cada semana,
no dia chamado Domingo (dia do Senhor), ela recorda a
Ressurreição do Senhor, que celebra também, uma vez por ano,
com a Paixão, solenidade da Páscoa. Durante o ano litúrgico
desenvolve-se todo o mistério de Cristo e comemoram-se os
dias dos Santos.
12

O Altar é por excelência o lugar onde se renova o mistério


da presença de Cristo no tempo. Sua entrada no mundo é
preparada durante séculos: o Advento, realizando-se no Natal
e manifestando-se na Epifania e no Batismo do Senhor. Segue-
se um período de vivência dos mistérios celebrados no ciclo do
Servindo no altar e na vida

Natal (Tempo Comum) e entramos no período de quarenta


dias – a Quaresma – vividos em penitência e oração como
preparação ao maior evento da história da salvação: a Páscoa.
Os Cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e
o de Pentecostes são celebrados com alegria e exultação como
se fosse um só dia de festa, como um único longo Domingo.
Além do Ciclo do Natal e do Ciclo da Páscoa, sobram
trinta e três ou trinta e quatro semanas no ciclo anual em
que não se celebra nenhum aspecto particular do mistério
de Cristo; antes se comemora, na sua plenitude, esse mesmo
mistério de Cristo, de modo especial aos Domingos. Este
mesmo período é chamado Tempo Comum. Assim cada dia
do ano está enquadrado no plano divino, é um instante da
eternidade que deixa um sinal (o dia) no Tempo, o que permite
dizer-se que cada Domingo (dies Domini = Dia do Senhor) é
uma Páscoa Semanal.
No ano litúrgico, as festas dos santos proclamam as
maravilhas de Cristo nos seus servos e oferecem aos fiéis
oportunos exemplos a serem imitados, sobressaindo as
festas da Virgem Mãe de Deus, e a seguir, as dos Apóstolos
e Evangelistas, dos Mártires, Pastores, Doutores, Virgens,
Santos e Santas.

2.1 - Os dias litúrgicos

Todos os dias são santificados pelas celebrações


litúrgicas do povo de Deus, principalmente pelo Sacrifício
Eucarístico e pelo Ofício Divino.
O dia litúrgico se estende de meia-noite à meia-noite.
A celebração do Domingo e das solenidades, porém, começam

13
com as vésperas do dia anterior.

2.2 - O Domingo

No primeiro dia de cada semana, que é chamado Dia


do Senhor, ou Domingo, a Igreja, por tradição apostólica que
tem origem no próprio dia da Ressurreição de Cristo, celebra
Servindo no altar e na vida
o mistério pascal. Por isso, o Domingo deve ser tido como o
principal dia de festa. Por causa de sua especial importância,
o Domingo só cede sua celebração às solenidades e festas do
Senhor.

2.3 – As solenidades, festas e memórias

Durante o ano, a Igreja, celebrando o mistério de


Cristo, venera também com particular amor a Santa Virgem
Maria, Mãe de Deus, e propõe à piedade dos fiéis as memórias
dos santos Mártires e outros Santos.
As celebrações, que se distinguem segundo sua
importância, são denominadas: solenidade, festa e memória.
As solenidades são constituídas pelos dias mais importantes,
cuja celebração começa no dia anterior com as Primeiras
Vésperas.
Algumas solenidades são também enriquecidas com
uma Missa própria para a Vigília, que deve ser usada na
Véspera quando houver Missa vespertina. A celebração das
duas maiores solenidades, Páscoa e Natal, prolonga-se por
oito dias seguidos.

2.4 - O Ciclo anual

Através do ciclo anual a Igreja comemora todo o


Mistério de Cristo, da Encarnação ao dia de Pentecostes e à
vinda do Senhor.

2.4.1 – O Tríduo Pascal


14

O Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição


do Senhor é o momento máximo de todo o ano litúrgico. O
Tríduo Pascal começa com a Missa vespertina na Ceia do
Senhor, possui o seu centro na Vigília Pascal e termina com as
Vésperas do Domingo da Ressurreição. O Tríduo é uma única
Servindo no altar e na vida

celebração com momentos diferentes.


A Vigília Pascal, na noite santa em que o Senhor
ressuscitou, seja considerada a “mãe de todas as vigílias”, na
qual a Igreja espera a Ressurreição de Cristo, e a celebra nos
sacramentos. Portanto, toda a celebração desta sagrada vigília
deve realizar-se à noite, de tal modo que comece depois do
anoitecer ou termine antes do amanhecer do Domingo.

2.4.2 – Tempo Pascal

Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição


e o Domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria
e exultação, como se fossem um só dia de festa, ou melhor,
“como um grande Domingo”.
É principalmente nesses dias que se canta o Aleluia.
O Domingo de Pentecostes termina este tempo sagrado de
cinquenta dias.
Os oito primeiros dias do Tempo pascal formam
a oitava da Páscoa e são celebrados como solenidade. No
quadragésimo dia depois da Páscoa celebra-se a Ascensão do
Senhor.

2.4.3 – O Tempo da Quaresma

O tempo da Quaresma prepara a celebração da Páscoa,


que vai de Quarta-feira de Cinzas até a Missa na Ceia do
Senhor. Do início da Quaresma até a Vigília pascal não se diz
o Aleluia.
Na Quarta-feira de abertura da Quaresma, que é por
toda a parte dia de jejum, faz-se a imposição das cinzas. Os

15
Domingos deste Tempo são 1º,2º,3º,4º e 5º Domingos da
Quaresma. O 6º Domingo, com o qual se inicia a Semana
Santa, é chamado “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”.
A Semana Santa recorda a Paixão de Cristo, desde sua
entrada messiânica em Jerusalém. Pela manhã da Quinta-feira
da Semana Santa, o Bispo, presidindo a Missa concelebrada
com seu presbitério (padres), benze os santos óleos e consagra
Servindo no altar e na vida
o óleo do Crisma.

2.4.4 – Natal

O Tempo do Natal vai das Primeiras Vésperas do Natal


do Senhor ao Domingo depois da Epifania ou ao Domingo
depois do dia 6 de janeiro, inclusive. O Domingo que ocorre
entre os dias 2 e 6 de Janeiro é o 2º Domingo depois do Natal.
A Epifania do Senhor é celebrada no dia 6 de janeiro, a
não ser que seja transferida para o Domingo entre os dias 2 e 8
de janeiro. No Domingo depois do dia 6 de janeiro celebra-se
a festa do Batismo do Senhor.

2.4.5 – Advento

O Tempo do Advento possui dupla característica.


sendo um Tempo de preparação para as solenidades do Natal,
em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus
entre os homens; é também um Tempo em que, por meio
desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da
segunda vinda do Cristo no fim dos Tempos. Por este duplo
motivo, o Tempo do Advento se apresenta como um Tempo de
piedosa e alegre expectativa.
Inicia-se após o último Domingo do Tempo comum.
(Solenidade de Cristo Rei) e termina no dia 24 de dezembro
(vésperas do Natal do Senhor). São chamados 1º,2º,3º e 4º
Domingos do Advento. Os dias de semana dos dias 17 a 24
de dezembro inclusive visam de modo direto a preparação do
Natal do Senhor.
16

2.4.6 – Comum

Além dos Tempos que têm característica própria,


restam no ciclo anual trinta e três ou trinta e quatro semanas
nas quais não se celebra nenhum aspecto especial do Mistério
Servindo no altar e na vida

do Cristo; comemora-se nelas o próprio mistério de Cristo em


sua plenitude, principalmente aos Domingos. Este período é
chamado de Tempo Comum.
O Tempo Comum começa na Segunda-feira que segue
ao Domingo depois do dia 6 de janeiro e se estende até a
Quaresma, inclusive; recomeça na segunda-feira depois
do Domingo de Pentecostes e termina antes das primeiras
Vésperas do 1º Domingo do Advento.
2.4.7 Calendário do Ano Litúrgico:

17
Servindo no altar e na vida
3
Santa Missa
Missa deriva de missão. Eucaristia é Ação de Graças.
Ação de Graças de Jesus ao Pai, ao entregar Sua vida na
Cruz. Lembra a Santa Ceia, o último jantar de Jesus com
seus 12 discípulos, quando Ele anunciou Sua morte, deixou o
mandamento do amor e instituiu a Eucaristia, em memória da
Sua Paixão, Morte e Ressurreição. Recorda o calvário, quando
Jesus deu Seu corpo e derramou Seu sangue pelo amor à
humanidade. A Missa é ceia e sacrifício. Recorda a Última
18

Ceia e o calvário. “Isso é meu corpo! Isso é meu sangue! Fazei


isso em Memória mim” (Lc 22,19), diz Jesus.

3.1 - A presença de Cristo

A Missa é neste mundo o perfeito encontro com Deus.


Servindo no altar e na vida

Duplo encontro: através de Sua Palavra, ouvida e explicada, e


através da Comunhão Eucarística. Antes de começar a Missa,
faça uma breve preparação, rezando um pouco.

3.2 - O corpo e alma da Missa

Os atos exteriores (gestos, palavras, sinais, objetos) são


como o “corpo” da Missa, enquanto a fé e o amor são a “alma”
desse corpo. Se alguém comunga sem crer na presença real
de Jesus, recebe sim o Corpo do Senhor, mas não participa da
Salvação contida no Sacramento.

3.3 - As Partes da Missa

3.3.1 – Ritos Iniciais (Deus nos reúne) - De pé

Canto de Entrada – Há um pequeno comentário para


introduzir a comunidade no tema da liturgia da missa.
O canto inicial serve para dar boas-vindas a todos os que
aceitam o convite e Deus que quer nos reunir no Seu amor e
nos convoca para a celebração.

Sinal da Cruz
Padre: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém!

Saudação – A saudação inicial do padre é retirada do texto


2 Coríntios 13,13. É a saudação do apóstolo São Paulo para a
comunidade. Com ela se deseja que a graça de Jesus, o amor
de Deus-Pai e a comunhão realizada pelo Espírito Santo

19
estejam com todos da comunidade.

Padre: A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai


e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
Todos: Bendito Seja Deus que nos reuniu no amor de
Cristo.
Servindo no altar e na vida
Ato Penitencial – O ato penitencial significa que
reconhecemos nossa pequenez de criaturas e pedimos ao
Senhor que nos torne dignos e merecedores de estarmos na
Sua presença.

Padre: Irmãos e irmãs, reconheçamos as nossas culpas


para celebrar dignamente os santos mistérios. (Momento de
silêncio)

Padre: Confessemos os nossos pecados:


Todos: Confesso a Deus Todo-Poderoso e a vós, irmãos
e irmãs, que pequei muitas vezes por pensamentos
e palavras, atos e omissões, (batendo no peito) por
minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à
Virgem Maria, aos Anjos e Santos, e a vós, irmãos e
irmãs, que rogueis por mim a Deus, Nosso Senhor.

Padre: Deus Todo-Poderoso tenha compaixão de nós, perdoe


os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
Todos: Amém!

Padre: Senhor, tende piedade de nós.


Todos: Senhor, tende piedade de nós.
Padre: Cristo, tende piedade de nós.
Todos: Cristo, tende piedade de nós.
Padre: Senhor, tende piedade de nós.
Todos: Senhor, tende piedade de nós.

Glória – Glória é Brilho. Reconhecemos o brilho de Deus que


20

ilumina nossa vida. É um hino que louva Cristo, o Cordeiro


de Deus que tira o pecado do mundo. Inicia louvando o Pai,
exalta o Filho. Suplica Seu amor e reconhece Sua divindade
no Espírito Santo.

Padre: Glória a Deus nas alturas,


Servindo no altar e na vida

Todos: e paz na terra aos homens por Ele amados.


Senhor Deus, Rei dos Céus, Deus Pai Todo-Poderoso,
nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos, nós Vos
adoramos, nós Vos glorificamos, nós Vos damos
graças, por Vossa imensa glória. Senhor Jesus
Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de
Deus, Filho de Deus Pai: Vós que tirais o pecado do
mundo, tende piedade de nós; Vós que tirais o pecado
do mundo, acolhei a nossa súplica; Vós que estais à
direita do Pai, tende piedade de nós. Só Vós sois o
Santo; só Vós, o Senhor; só Vós, o Altíssimo, Jesus
Cristo; com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai.
Amém!

Oração do dia – A Oração do dia ou da coleta é uma


oração de entrega dos pedidos da comunidade a Deus. Após
o convite do Oremos, faz-se uma pausa para oração pessoal.
Em seguida, o padre proclama a oração recolhendo (a coleta)
todas as intenções da assembleia.

Padre: Oremos (pausa...)


Todos: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém!

3.3.2 – Liturgia da Palavra (Deus nos fala)

Primeira leitura (sentados) – Geralmente são textos do


Antigo Testamento que recordam a história da salvação.

21
Leitor: Leitura do...
Leitor: Palavra do Senhor.
Todos: Graças a Deus!

Salmos: São orações bíblicas que cantam o amor de Deus.

Salmista: Canta ou proclama o refrão.


Servindo no altar e na vida
Todos: Repetem o refrão

Segunda Leitura (somente nos domingos e festas):

Textos do Novo Testamento, geralmente são Cartas.

Leitor: Leitura do...


Leitor: Palavra do Senhor.
Todos: Graças a Deus!
Aclamação (de pé) – Aleluia = Louvem a Deus (não se canta
Aleluia na quaresma.)

Cantor: Aleluia...
Todos: Aleluia...

Evangelho – Os três sinais são pedidos de bençãos para


melhor compreendermos a mensagem (testa), anunciarmos
a Palavra (boca) e amarmos a Palavra (peito/coração).

Padre: O Senhor esteja convosco.


Todos: Ele está no meio de nós.
Padre: Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo...
Todos: Glória a vós, Senhor. (Traçar três cruzes: uma
na testa, outra na boca e outra no peito.)
(No fim da leitura:)
Padre: Palavra da Salvação.
Todos: Glória a vós, Senhor.
22

Homilia (sentados)– A homilia é a explicação atualizada das


leituras proclamadas para que as pessoas possam colocar em
prática a mensagem da palavra de Deus na vida.

Creio (de pé) – A oração do Credo resume a fé católica. É


Servindo no altar e na vida

o resumo de tudo o que acreditamos. Reza-se somente nos


domingos e em dias de festa.

Todos: Creio em Deus-Pai, Todo-Poderoso, criador


do céu e da terra e em Jesus Cristo seu único filho,
Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do
Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, Padeceu sob
Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado,
desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro
dia, subiu aos céus, está sentado à direita de Deus-Pai
Todo- Poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e
os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja
Católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos
pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna.
Amém!

Oração dos fiéis – São pedidos que a comunidade faz a


Deus por suas necessidades. O Senhor Jesus nos ensinou a
pedir a Deus-Pai pelas necessidades mais importantes da
vida humana: são pedidos pela Igreja, pelas comunidades
cristãs, pelos governos, pelas pessoas falecidas e pelas
diversas necessidades.

Padre: Oremos, irmãos e irmãs, ...:


Após cada prece, responde-se com a frase proposta.
Padre: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na
unidade do Espirito Santo.
Todos: Amém!

3.3.3 – Liturgia Eucarística (Deus nos alimenta)

23
Apresentação das ofertas (sentados) – Nesse momento
todos se sentam. Geralmente, a comunidade canta durante
esse rito, algumas vezes, porém, reza-se. Leva-se ao altar
pão, vinho e água.
O ser humano oferece seus dons, os frutos do seu
trabalho (pão, vinho e água) para Deus receber o Corpo e
Servindo no altar e na vida
Sangue de Jesus. No cálice coloca-se vinho e uma gota de
água, que simboliza a nossa humanidade mergulhada no
mistério da Salvação de Deus.

Padre: Bendito sejais, senhor, Deus do Universo, pelo pão


que recebemos da Vossa bondade, fruto da terra e do trabalho
do homem: que hoje Vos apresentamos e que para nós se
vai tornar Pão da vida. 
Todos: Bendito seja Deus para
sempre.
Padre: Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho
que recebemos da Vossa bondade, fruto da videira e do
trabalho do homem: que hoje Vos apresentamos e que para
nós se vai tornar Vinho da Salvação.
Todos: Bendito Seja Deus para sempre.

(de pé) Padre: Orai, Irmãos, para que este sacrifício seja
aceito por Deus Pai Todo-Poderoso.
Todos: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício,
para glória do Seu Nome, para nosso bem e de toda a
Santa Igreja.
Padre: ... na unidade do Espírito Santo. Todos: Amém!

Prefácio – O prefácio é uma oração rezada antes da


consagração. Ela começa com um diálogo entre o padre e a
assembleia: em seguida, exalta o Pai e se conclui cantando o
hino do Santo.

Padre: O Senhor esteja convosco.


Todos: Ele está no meio de nós.
24

Padre: Corações ao alto.


Todos: O nosso coração está em Deus.
Padre: Demos graças ao Senhor nosso Deus.
Todos: É nosso dever, é nossa salvação.

Santo – O Santo é um canto que se fundamenta no Apocalipse:


Servindo no altar e na vida

Santo, Santo, Santo, Senhor Deus Todo-Poderoso, aquele


que era, que é, e que vem. (Ap. 4,8). É o canto que proclama
a santidade de Deus, fonte de nossa Santidade. (Hosana =
Salve-nos.)

Todos: (cantando ou rezando) Santo, Santo, Santo,


Senhor Deus do universo. O céu e a terra proclamam
a Vossa glória. Hosana nas alturas. Bendito o que
vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas.

Oração Eucarística – A oração eucarística é um diálogo


de Jesus com Seu Pai. É ação de graças que Jesus rende ao
Pai pela salvação da humanidade. Pela invocação do Espírito
Santo, Deus transforma o pão e o vinho em Corpo e Sangue
de Jesus Cristo. Não é uma ação humana, é graça de Deus e
mistério de fé.

Padre: Na verdade, ó Pai, vós sois santo e fonte de toda


santidade. Santificai, pois, estas oferendas, derramando sobre
elas o Vosso Espírito, a fim de que se tornem para nós o Corpo
e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso.

Consagração do Pão e do Vinho (ajoelhados) – O padre


repete as mesmas palavras que Jesus disse na última ceia.
O Senhor Jesus ordena que se atualize seu mistério até o fim
dos tempos. Deve-se olhar para a consagração no altar.

Padre: Estando para ser entregue e abraçando livremente a


paixão...
Padre: Do mesmo modo, ao fim da ceia, Ele tomou o cálice

25
com em suas mãos, deu graças, novamente, e deu aos seus
discípulos dizendo:...
Padre: Eis o mistério da fé.
Todos: Anunciamos, Senhor a Vossa Morte e
proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor
Jesus!
Servindo no altar e na vida
Segue a oração eucarística, quando o padre faz intercessões
pela Igreja (papa, bispos, padres e todos os leigos), pelas
necessidades das pessoas e pelas pessoas falecidas.

Padre: Celebrando, pois, a memória da morte e ressurreição


do vosso Filho, nós vos oferecemos, ó Pai, o pão da vida e o
cálice da salvação; e vos agradecemos...

Doxologia – A Oração Eucarística termina com a chamada


doxologia, que é uma oração de glorificação a Deus-Pai,
através de Jesus, no Espírito Santo. Todo Universo se eleva
a Deus em Cristo.

Padre: Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai


Todo-Poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e
toda glória, agora e para sempre.
Todos: Amém! (Amém significa eu creio, eu concordo,
assim seja!)

Pai-Nosso – Jesus ensina seus discípulos a rezarem


(conforme os textos de Mt. 6,9/Lc. 11,2) a oração do Pai
Nosso. A oração do Pai Nosso não termina com o Amém.
Segue a oração pedindo que nos livre do mal.

Padre: Rezemos confiantes, a oração que o Senhor nos


ensinou:
Todos: Pai-Nosso...

Padre: Livra-nos de todos os males... Aguardamos a vinda de


26

Cristo Salvador.
Todos: Vosso é o Reino, o poder e a glória para
sempre!

Rito da paz – A oração da paz é rezada apenas pelo


sacerdote, pois se trata de uma oração presidencial. O abraço
Servindo no altar e na vida

da paz é expressão do amor fraterno que existe nos cristãos


que têm Deus como Pai.

Padre: Senhor Jesus Cristo, que disseste aos vossos


apóstolos...
Todos: Amém!
Padre: A paz do Senhor esteja sempre convosco.
Todos: O amor de Cristo no uniu.

Pode ser dado o abraço da paz.

Fração do Pão – A oração que pede que Jesus nos purifique


para recebermos a Sagrada Comunhão. Retirado de Jo. 1,29,
quando João Batista testemunha que Jesus é o Cordeiro de
Deus, Aquele que tira o pecado do mundo. Cordeiro: refere se
ao simbolismo do cordeiro do Antigo Testamento, quando os
israelitas faziam a ceia pascal e sacrificavam um cordeiro.

Todos: Cordeiro de Deus que tirais os pecados do


mundo, tende piedade de nós! Cordeiro de Deus que
tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós!
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-
nos a paz!

Comunhão – Diante do padre ou ministro, abrir a mão


esquerda e colocar a mão direita por baixo daquela. Receber
a Hóstia na mão esquerda e dizer Amém! Colocar na boca
com a mão direita.

Depois de receber a Eucaristia, volta-se para os bancos da

27
igreja e se permanece sentado. É a postura mais aconselhada,
pois agora Deus está presente em nós.

Oração depois da comunhão:


Padre: Oremos...
Todos: Amém!
Servindo no altar e na vida
3.3.4 – Ritos Finais (Deus nos envia)

Benção Final:
Padre: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.
Padre: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e
Espírito Santo.
Todos: Amém!
Padre: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
Todos: Graças a Deus!
4
O Significado dos gestos
Rezamos com o corpo também, dizendo palavras e
fazendo gestos. A Missa é o louvor visível do povo de Deus.
Vejamos o significado dos gestos.

4.1 – Sentados

É uma posição que favorece a catequese, boa para ouvir


28

as leituras, a homilia e meditar. É a atitude de quem fica à


vontade e ouve com satisfação, sem pressa de sair.

4.2 - De pé

É uma posição de quem ouve com atenção e respeito.


Servindo no altar e na vida

Indica prontidão e disposição para obedecer. Foi, desde o


início da Igreja, a posição do “orante”. A Bíblia diz: “Quando
vos puserdes em pé para orar, se tendes alguma coisa contra
alguém, perdoai-lhe, para que também o vosso Pai que está
nos céus vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11,25). Falando
dos bem-aventurados, João vê uma multidão, de vestes
brancas, “de pé, diante do Cordeiro”, que é Jesus (Ap 7,9).
Na Missa ficamos de pé nos ritos iniciais, na aclamação ao
evangelho e durante a sua proclamação, no creio, durante a
oração eucarística e na benção final.
4.3 - De joelhos

De início, o cristão ajoelhava-se somente nas orações


particulares. Depois toda a comunidade passou a ajoelhar-se
em tempo de penitência. Essa posição deve ser feita diante do
Santíssimo Sacramento e durante a consagração do pão e do
vinho.
Significa adoração a Deus. São Paulo diz: “Ao nome de
Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra”
(Fl 2, 10).

4.4 – Genuflexão

É um gesto de adoração a Jesus na Eucaristia. Fazemos


quando entramos na capela do Santíssimo e dela saímos, ou
numa igreja se ali existe o sacrário com as Hóstias Consagradas.
Também fazemos genuflexão diante do crucifixo na Sexta-
feira Santa, em sinal de adoração. (Não é adoração à cruz, mas

29
ao mistério que nela está).
O ato de genufletir é quando apoiamos o nosso joelho
direito no chão.

4.5 – Inclinação

Inclinar-se diante de alguém é sinal de grande respeito. É


Servindo no altar e na vida
sinal também de veneração, diante do Santíssimo Sacramento
e de respeito diante do Altar. Os fiéis podem inclinar a cabeça
para receber a benção solene, logo após o convite do diácono
ou do padre.

4.6 – Procissão

Na Missa podemos fazer diversas procissões, como:


na entrada do presidente, no evangelho, no ofertório, na
comunhão. As nossas procissões simbolizam a peregrinação do
povo de Deus para a casa do Pai. Somos uma Igreja peregrina.
4.7 - Mãos levantadas

É atitude dos “orantes”. Significa súplica e entrega a


Deus. É o gesto aconselhado por Paulo a Timóteo: “Quero,
pois, que os homens orem em qualquer lugar, levantando ao
céu as mãos puras, sem ira e sem contendas” (1 Tm 2,8).

4.8 - Mãos juntas

Significam recolhimento interior, busca de Deus, fé,


súplica, confiança e entrega da vida. É atitude de profunda
piedade. Esta é a posição que devemos estar durante as
celebrações.

4.9 – Prostração

Neste gesto, o padre deita diante do altar. Assim fez


Jesus no Horto das Oliveiras (Mc 14,35). Hoje essa atitude
30

é própria de quem se consagra a Deus, como na ordenação


sacerdotal, e na Sexta Feira da Paixão. Significa morrer para
o mundo e nascer para Deus com uma vida nova e uma nova
missão.

4.10 – Silêncio
Servindo no altar e na vida

O silêncio tem seu valor na oração. Ajuda o


aprofundamento nos mistérios da fé. “O Senhor fala no
silêncio do coração”. É oportuno fazer silêncio depois das
leituras, da homilia e da comunhão, para interiorizar o que o
Senhor disse. Uma Missa que não tivesse nenhum momento
de silêncio seria como “chuva forte e rápida que não penetra
na terra”.
5
Ministério do Acólito e do Coroinha na Missa
5.1 Paramentação

O acólito e o coroinha deve chegar um tempo antes da


Missa e em Missas mais solenes deve chegar ainda mais cedo.
Ao entrar na Igreja deve seguir alguns passos:

1. Cumprimentar a Jesus fazendo o sinal da cruz, fazendo a


genuflexão olhando para o sacrário e ou para o Altar e fazer

31
uma breve oração.

2. Consultar o Diretório Litúrgico (livro que contem as


orientações litúrgicas para cada dia), para ver a cor litúrgica e
demais ações litúrgicas próprias para aquela Missa, conforme
o que foi combinado na Equipe de Liturgia; Servindo no altar e na vida
3. Aguardar o início da missa em silêncio, sem fazer bagunça,
pois as pessoas estão rezando na igreja. Em alguns lugares os
coroinhas podem também acolher as pessoas na porta antes
da Missa.

5.2 Procissão de entrada

A procissão de entrada é feita da porta da igreja e à


frente leva-se a Cruz Processional. Caminha-se com calma, à
frente do presidente e dos ministros. Não ter em mãos livros e
folhetos. Os livros já devem estar na cadeira.
Procurar caminhar concentrados, pois é uma ação
litúrgica muito importante. Caminhar com alegria: “Que
alegria quando me disseram: Vamos para a casa do Senhor!”
(Sl 122,1).
Ao chegar ao presbitério, faz-se a genuflexão, antes ou
junto com o presidente. Se o sacrário não estiver no centro do
presbitério, faz-se apenas uma inclinação profunda ao altar
e se dirige à cadeira própria. Quando um coroinha estiver
carregando algum símbolo, por exemplo, a cruz ou velas, ele
não faz genuflexão, apenas a inclinação com a cabeça. As velas
são colocadas no local onde ficarão durante a celebração.

5.3 Sugestão para a organização da Procissão de


entrada:

a) Numa Missa Solene:


32
Servindo no altar e na vida
b) Numa Missa Dominical I:

33
c) Numa Missa Dominical II

Servindo no altar e na vida


Quando o bispo presidir a celebração, sugere-se a seguinte
ordem:

A Procissão de Entrada:
- Dois acólitos, um portando o turíbulo (Turiferário) e outro
portando a naveta (Naveteiro);
- Um acólito portando a Cruz Processional (Cruciferário);
- Dois acólitos portando velas (Ceroferários)
- Leitores;
- Ministros da Comunhão;
- Acólito portando o Evangeliário (Librífero), [Se houver
Diácono, é ele quem leva];
- Padres
- Presidente da Celebração (Padre ou Bispo)
- Acólitos do Báculo (Bacurífero) e da Mitra (Mitrífero) e o
Cerimoniário (Acólito, Diácono ou Padre)

5.4 Preparação das oferendas


34

Após a prece dos fieis inicia a Liturgia Eucarística. Os


coroinhas dirigem-se até a credência. Os coroinhas sempre
devem ajudar em número par: dois, quatro, seis, e sempre
que forem se locomover devem ir em duplas um ao lado do
outro com as mãos postas e solenemente, sempre juntos. Se
Servindo no altar e na vida

passarem em frente ao altar, fazem uma inclinação profunda.


Jamais correr ou pular degraus. Se for realizada uma procissão
das oferendas, ficam ao lado do presidente para levar ao altar
as oferendas, caso seja necessário. Quem recebe as oferendas
é o que preside. Este passa as oferendas para os coroinhas.
Se as oferendas já estiverem na credência, leva-se
primeiramente o corporal, a pala e a patena com a partícula
grande. Em seguida, vai o(s) cibório(s) com as partículas.
Depois vai o cálice com o sanguíneo e leva-se a água e o
vinho. (No caso de utilizar o turíbulo, a purificação das mãos
acontece depois da incensação das oferendas).
Em segundo
lugar, vai o
cibório com
as partículas.
Depois leva-
se a água e o
vinho.
Se forem os
coroinhas
a colocarem o vinho e a água no cálice, lembrem-se que a
quantidade de água é bem pequena. Por fim, leva-se a jarra com
água e uma toalha para que o padre possa fazer a purificação
das mãos (no caso de utilizar o turíbulo a purificação das mãos
acontece depois da incensação das oferendas). Fazer todos
esses movimentos e deslocamentos com calma e discrição.
Após a preparação das oferendas, volta-se para as cadeiras
próprias dos coroinhas.

35
Ordem para preparar o cálice antes da missa:
Fotos: Elton Aristides

Servindo no altar e na vida

5.5 Prece Eucarística

Durante a prece eucarística, os coroinhas devem ficar


nos seus lugares nas cadeiras ou, se isto não prejudicar a
visibilidade da assembleia, podem ficar ao lado do altar,
ou na frente, conforme o costume. É o momento central da
celebração, por isso é preciso estar muito atento. Quando
inicia a narração da instituição da eucaristia os coroinhas,
com todo o povo se ajoelham, mas continuam sempre olhando
para o altar. Se for usada a sineta, esta será tocada somente
no momento da apresentação do Pão e do Vinho consagrados,
dando de preferência 3 toques.
Se for utilizado o incenso deve-se incensar o
Santíssimo a cada apresentação com 3 ductos (três vezes
de dois movimentos em direção ao Santíssimo). Quando o
padre proclamar: “Eis o mistério da fé!” todos se levantam. A
resposta, “anunciamos...” deve ser dada de pé.

5.6 Comunhão

Após o padre comungar, os coroinhas que já fizeram


a primeira Comunhão aproximam-se do altar para receber a
comunhão ou então vão para frente do altar e a recebem no
mesmo local da assembleia. Depois de receber a Comunhão,
voltam para os seus lugares e permanecem em espírito de
oração e recolhimento ou cantando o canto de Comunhão.
36

5.7 Purificação

Quando todos comungaram os coroinhas podem ajudar


o padre e os ministros a fazerem a purificação do cibório e do
cálice, que é feita no altar ou na credência. Se for oportuno
Servindo no altar e na vida

alcançam a água para a purificação do cálice. Após, retornam


para os seus lugares.

5.8 Procissão de saída

Após a bênção final, o padre e os coroinhas saem


em procissão da mesma forma como entraram. Fazem a
genuflexão ou a inclinação profunda e saem pelo corredor
central ou lateral, conforme a disposição da igreja. Somente
o padre e o diácono beijam o altar. Ao chegar na sacristia,
diante do crucifixo, o padre diz: “Bendigamos ao Senhor!” e os
coroinhas respondem: “Demos graças a Deus!”.
6
Objetos e símbolos
6.1 - Objetos e Alfaias

Altar - (Mesa do Pão) - Mesa


onde se realiza a Ceia Eucarística;
O Altar é o próprio Cordeiro
Crucificado. O Altar, em torno
do qual a Igreja está reunida
na celebração da Eucaristia,

37
representa os dois aspectos de um mesmo mistério: o Altar de
Sacrifício e a Mesa do Senhor. O Altar cristão é o símbolo do
próprio Cristo, presente no meio da assembléia de seus fiéis, ao
mesmo tempo como vítima oferecida por nossa reconciliação
e como alimento celeste que se dá a nós.
Servindo no altar e na vida

Ambão (Mesa da Palavra) - Estante onde


o padre ou diácono e os leitores proclamam a
Palavra de Deus.
Cátedra - É o lugar onde senta o Bispo. A cátedra
é o símbolo da autoridade do Bispo. Ela está
presente somente nas catedrais.

Sédia - Cadeira do presidente da celebração

Cibório ou Âmbula - É uma espécie de cálice


38

maior e com tampa onde se colocam as partículas


pequenas para serem consagradas. Após a
comunhão é depositada no sacrário, caso ainda
hajam Hóstias Consagradas dentro dela.

Aspersório - Objeto para aspergir água


Servindo no altar e na vida

benta sobre o que vai ser abençoado.


Caldeira - Pequeno recipiente para receber
água benta, usada juntamente com o
aspersório.

Cálice - É a taça onde se coloca o vinho que vai


ser consagrado.
Sineta ou Carrilhão - Pequeno sino utilizado
na Santa Missa durante a consagração e
durante a Benção do Santíssimo. Serve para
anunciar a presença do Senhor que passa ou
se faz presente em nosso meio. (observar a
utilização conforme as orientações da diocese local).

Círio Pascal - Uma grande vela que recebe o fogo


novo no Sábado de Aleluia. Nele são assinalados o
sinal da cruz, o alfa e o ômega, os números do ano em
questão e colocados cinco grãos de incenso, símbolo
das chagas divino-humanas de Jesus.

Corporal - Pano quadrangular de linho com

39
uma cruz no centro; sobre ele é colocado
o cálice, a patena, e os cibórios para a
consagração.

Galhetas - São os recipientes onde se


Servindo no altar e na vida
coloca a água e o vinho.

Genuflexório - Local próprio para orações diante


do Santíssimo Sacramento, ou atendimento de
confissões.
Hóstia - Pão ázimo (de farinha, água e sem
fermento) que o sacerdote consagra durante
a Missa. Quando não está consagrada é
chamada de partícula.

Lavabo - Acompanhado do manustérgio, o


lavabo (bacia e jarra) é utilizado no rito de
purificação das mãos do padre, na preparação
das oferendas.

Manustérgio - Pequena toalha usada


para enxugar os dedos do celebrante.
40

Naveta - Objeto utilizado para se colocar


o incenso, antes de queimá-lo no turíbulo.
Servindo no altar e na vida

Ostensório - Objeto utilizado para expor o


Santíssimo e dar a Benção Eucarística ou para
levá-lo em procissão.

Pala - Como uma tampa branca de linho, de


forma quadrangular. Serve para ser colocada
sobre o cálice e a patena, para que não caia
nenhuma impureza (poeira, mosquitos etc.)
na Eucaristia.
Pia Batismal - Como o próprio nome diz, é o local
destinado às celebrações de batizados.

Sacrário ou Tabernáculo - Local onde são


guardadas as Hóstias, que não foram distribuídas,
durante a Missa.

Sanguíneo - Pequeno linho mais


estreito que um guardanapo, reservado

41
exclusivamente para a purificação do
cálice e da patena após a comunhão.

Teca - Recipiente utilizado para guardar e


transportar a Eucaristia. É utilizada para se
Servindo no altar e na vida
levar a comunhão para os doentes.

Turíbulo - Vaso de metal usado para queimar o


incenso.
6.2 – Outros Objetos

Castiçal - É a base para vela.

Credência - É uma mesa de apoio colocada


discretamente ao lado (de preferência do
lado direito) do Altar. Nela se colocam as
galhetas, cálice, patena e tudo o que for
necessário para a celebração.
42

Crucifixo - Fica sobre o altar ou acima dele e


lembra que a Ceia do Senhor é inseparável do seu
Sacrifício Redentor.
Servindo no altar e na vida

Cruz processional - Usada à frente nas procissões e


permanece em lugar nobre no santuário ou presbitério.

Flores - Simples, poucas e discretas, são apenas


um sinal de reverência e embelezamento. Não
devem tirar o foco do mistério celebrado. Não
se devem ser colocadas sobre o altar.
Imagens - São obras de arte que lembram os
santos e santas, que são exemplo de pessoas que
testemunharam Cristo. Diante das imagens, apenas
veneramos, não adoramos.

Incenso - Resina de aroma suave extraída de


diferentes árvores. É queimado no turíbulo
em determinadas celebrações: missas solenes,
adorações ao Santíssimo Sacramento. Simboliza
o desejo de que nossa oração suba aos céus como
sobe a fumaça.

Lâmpada - A lâmpada da Capela do Santíssimo


é a lâmpada acesa junto ao sacrário e significa a

43
presença do sagrado e divino. Corresponde de
certo modo à vigilância cristã.

Patena - Um tipo de pratinho redondo,


dourado ou prateado, que acompanha o
cálice, onde é colocada a partícula (pão)
grande para a consagração.
Servindo no altar e na vida

Presbitério - É o espaço onde


ocorre a função litúrgica. É o
local onde ficam o presidente
(padre ou bispo) e seus auxiliares
(acólitos e coroinhas. Sobre isto,
sejam observadas as orientações
litúrgicas da diocese).
6.3 – Vestes

Alva ou túnica - Veste branca e longa usada


pelo padre ou bispo.

Batina e Sobrepeliz - A sobrepeliz é uma


veste branca, comprida até a altura dos joelhos
utilizada sobre a batina preta pelos seminaristas
e sacerdotes. É utilizada também pelos acólitos
(observar a utilização conforme as orientações
44

da diocese local).
Servindo no altar e na vida

Casula - Veste Sacerdotal usada sobre a


alva ou túnica, cobrindo todas as outras
vestimentas com a cor litúrgica do dia.
Utilizada nas festas, solenidades e Domingos.

Cíngulo - Cinto ou cordão que é amarrado


na cintura sobre a túnica.
Estola Diaconal - O diácono a coloca sobre
o ombro esquerdo e sua cor varia com o
tempo litúrgico.

Estola Sacerdotal - Bispos e sacerdotes


levam-na pendurada ao pescoço, de maneira
paralela sobre a alva ou túnica. Sua cor varia
com o tempo litúrgico e é indispensável na
Santa Missa.

Véu Umeral - É o pano com o qual se


cobre os ombros do sacerdote enquanto
concede a Benção Eucarística ou procissão

45
com o Santíssimo Sacramento.

Capa pluvial - Usada em algumas


celebrações litúrgicas, como: matrimônio,
bênçãos e procissões. Sua cor varia de acordo
Servindo no altar e na vida
com o tempo litúrgico.

6.4 - Insígnias Episcopais (elementos próprios da


vestimenta do bispo)

Báculo - Longo bastão curvado na extremidade,


trazendo ou não, um símbolo. Representa seu serviço
como pastor do povo de Deus.
Mitra – É utilizado pelo Bispo e recorda a sua
autoridade de servir como pastor.

Solidéu - Barretinho vermelho com que os


bispos cobrem a cabeça; assim chamado por
ser retirado somente diante do Santíssimo
Sacramento.

6.5 - Cores litúrgicas

Branco, amarelo ou ouro - cor pascal, dos batizados,


usadas na Páscoa, Natal, Festas do Senhor, da Mãe de Deus,
Missas Votivas pela Eucaristia e dos Santos, exceto os Mártires.
46

Rosa - É usada, facultativamente, no 3º Domingo do Advento


e no quarto Domingo da Quaresma, indicando expectativa
alegre, podendo ser trocada pelo roxo.

Roxo - Para penitência e mortificação. É a cor do Advento, da


Servindo no altar e na vida

Quaresma e das Missas dos Fiéis defuntos.

Verde - Como a natureza que sempre reverdeja, simboliza a


esperança. É usada nos Domingos e dias do Tempo Comum.

Vermelho - Está ligado ao fogo e ao sangue, à força e à realeza.


Usada no Domingo de Ramos, Sexta-feira Santa, Pentecostes,
Apóstolos, Mártires, nas Missas Votivas pelo Espírito Santo e
quando se celebra o sacramento da Confirmação.
6.6 – Símbolos

IHS - Iniciais das palavras latinas Iesus Hominum Salvator,


que significam: Jesus Salvador dos homens. Empregam-se
sempre em paramentos litúrgicos, em portas de sacrário e nas
hóstias.

ALFA E ÔMEGA (α e Ω) - Primeira e última letra do alfabeto


grego. No Cristianismo, aplicam-se a Cristo, princípio e fim de
todas as coisas.

INRI - São as iniciais das palavras latinas Iesus Nazarenus


Rex Iudaerum, que querem dizer: Jesus Nazareno Rei dos
Judeus.

XP - Estas letras, do alfabeto grego, correspondem,


em português a C e R. Unidas, formam as iniciais da
palavra CRISTÓS (Cristo).

47
6.7 - Livros litúrgicos

Servindo no altar e na vida


Missal - É o livro que contém todo o ritual
da Missa.

Evangeliário - É o livro que contém o texto


do Evangelho para as celebrações dominicais
e para as grandes solenidades. Permanece
sobre o Altar até a hora em que é levado para
o Ambão.
Lecionário - Livros que contém as leituras
bíblicas para a Missa.

Lecionário Semanal - É o livro com


as leituras selecionadas para os dias da
semana. Para cada dia temos a primeira
leitura, o salmo, a aclamação ao Evangelho
e o Evangelho.

Lecionário Dominical - Ele consta de


três partes, que correspondem a um ciclo de
leituras de três anos. Isto quer dizer que a
cada três anos voltam as mesmas leituras.
• O ano A percorre o Evangelho de São
Mateus.
• O ano B percorre o Evangelho de São
Marcos
48

• O ano C percorre o Evangelho de São Lucas.

Lecionário Santoral - É o lecionário que


contém as leituras próprias para os dias
dedicados aos santos (festas, memórias
e solenidades). Neste lecionário também
Servindo no altar e na vida

se encontram as leituras próprias para as


Missas votivas (Eucaristia, Espírito Santo
etc.), do Tempo Comum (Nossa Senhora,
Mártires etc.) e para diversas circunstâncias.

Diretório Litúrgico - O Diretório litúrgico é um livro, por


onde podemos nos guiar para saber, o que é celebrado na
Liturgia, a cada dia do ano.
Rituais: São os livros que contém os textos para a celebração
dos Sacramentos (com exceção da Eucaristia) e dos
sacramentais, como bênçãos, dedicações de igrejas e altar, etc.

49
Servindo no altar e na vida
7
ORIENTAÇÕES
7.1 - Orientações ao Acólito e Coroinha

O acólito e o coroinha exercem um trabalho muito


importante numa comunidade, principalmente durante as
celebrações. Ele não é um “enfeite” na celebração, mas realiza
uma função, um serviço. Por se colocar em local de destaque,
está sempre sujeito à atenção de todos. Por isso, procure fazer
tudo cuidadosamente, lembrando que você poderá servir
50

de “espelho” para toda as pessoas e principalmente, para as


crianças. Quando você participa com bastante entusiasmo,
com certeza estará motivando a comunidade a fazê-lo também.
O acólito e coroinha “ajudam o padre nas Missas”, mas
se não estiverem bastante preparados, poderão “atrapalhá-lo”.
Basicamente, um acólito e um coroinha devem estar atentos
Servindo no altar e na vida

para os seguintes fatores:


a) É de fundamental importância tanto a boa preparação
para o serviço do altar e o conhecimento dos principais objetos
a serem utilizados durante a celebração, como principalmente
uma boa preparação espiritual, antes da celebração. A oração
ajuda muito a nos prepararmos para o serviço do Senhor.
b) O acólito e coroinha deverão observar se todo o
material necessário para a celebração está providenciado, de
acordo com os costumes da comunidade e principalmente
com as necessidades da celebração.
c) O acólito e coroinha deverão acompanhar de mãos
postas o padre em direção ao presbitério para o início da
celebração e com postura de muito respeito, ser um sinal que
ajude as pessoas à rezar, não distraindo.
d) Cada acólito e coroinha deve estar preparado e
bastante consciente das funções que lhe forem atribuídas
para a celebração. Quando houver dois ou mais acólitos e
coroinhas, é fundamental que se combine as atividades, para
que não atrapalhem a celebração.

7.2 - Observações importantes

Fique bastante atento quanto aos objetos que o rodeiam:


vasos, estantes, pedestais, velas, arranjos, cabos de microfone
e outros, para evitar acidentes que, certamente, poderão até
desviar a atenção de todas as pessoas.
Quando tiver qualquer dúvida com relação às suas
funções, principalmente por ocasião de celebrações especiais,
procure conversar, antes, com o cerimoniário, o assessor ou o
padre para que, durante a celebração, você não tenha qualquer

51
dúvida sobre o que fazer e como fazer.
Faça sempre apenas a sua função, pois é extremamente
importante que você a desempenhe bem.
Durante a celebração, evite distrair-se e qualquer
tipo de conversa com o seu colega. Fale apenas o necessário
e também nunca se dirija ao padre ou à outra pessoa sem
necessidade.
Servindo no altar e na vida
Nunca acene para as pessoas da assembleia. Concentre-
se e fique sempre atento. Mantenha uma postura discreta:
quando sentado, não cruzar as pernas; quando de pé, não
cruzar os braços. A postura do acólito e coroinha, ao estar de
pé, deve ser sempre de mãos postas.
Obs: É muito importante que os coroinhas se reúnam
com o seu assessor para a formação, para rezar juntos, para
momentos de retiro e também momentos de convivência
(esportes e passeio).
Os coroinhas que vão se tornando adultos podem
assumir a função de acólitos, assessor dos coroinhas, ou
outras funções na comunidade ou paróquia: grupo de jovens,
liturgia, pastorais, etc.
Muito importante que o novo coroinha participe dos
encontros de formação antes de começar a ajudar no altar.
Lembramos que é importante que haja um
representante dos coroinhas e acólitos nas reuniões das
equipes de liturgia da comunidade ou paróquia.
52
Servindo no altar e na vida
8
Orações e Ensinamentos
SINAL DA CRUZ
Em nome do Pai, do Filho † e do Espírito Santo. Amém.

CREIO
Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único Filho Nosso Senhor, que foi
concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem
Maria , padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e

53
sepultado, desceu a mansão dos mortos, ressucitou ao terceiro
dia, subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-
poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e mortos. Creio
no Espírito Santo. Na Santa Igreja Católica, na comunhão dos
santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na
vida eterna. Amém. Servindo no altar e na vida
GLÓRIA AO PAI
Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo. Como era no
princípio agora e sempre. Amém.

PAI NOSSO
Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o Vosso Nome,
venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim
na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem
nos têm ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mais
livrai-nos do mal. Amém.
AVE MARIA
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois
Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre,
Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores,
agora e na hora de nossa morte. Amém.

VINDE, ESPÍRITO SANTO


Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e
acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o Vosso Espírito
e tudo será criado e renovareis a face da terra Oremos: Ó
Deus, que instruístes o corações dos vossos fiéis com a luz
do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as
coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre de Sua
consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

SALVE RAINHA
Salve Rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança
nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva. A
54

vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.


Eia, pois, Advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos
a nós volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus,
bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce e
sempre Virgem Maria.
V. Rogai por nós, Santa mãe de Deus
Servindo no altar e na vida

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

CONSAGRAÇÃO À NOSSA SENHORA


Ó minha Senhora, ó minha Mãe! Eu me ofereço todo a vós, e
em prova de minha devoção para Convosco, eu Vos consagro
neste dia (nesta noite), meus olhos, meus ouvidos, minha boca,
meu coração e, inteiramente todo o meu ser. E como assim
sou vosso(a) ó incomparável mãe, guardai-me, defendei-me
como filho(a) e propriedade vossa. Amém.
ORAÇÃO AO ANJO DA GUARDA
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me
confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e
ilumina. Amém.

ORAÇÃO DA MANHÃ
Senhor, no silêncio deste dia que amanhece, venho pedir-Te
a paz, a sabedoria e a força. Quero olhar hoje o mundo com
os olhos cheios de amor; quero ser paciente, compreensivo,
manso e prudente. Quero ver os meus irmãos além das
aparências, como Tu mesmo os vês, assim, não ver senão o
bem em cada um. Fecha meus ouvidos à toda calúnia. Guarda
minha língua de toda maldade. Que só de bênçãos se encha
meu espírito. Que eu seja tão bondoso e alegre, que todos
aqueles que se aproximarem de mim sintam a Tua presença.
Reveste-me da Tua beleza, Senhor, e que no decorrer deste
dia, eu Te revele a todos. Amém.

55
ORAÇÃO DA NOITE
Senhor, no entardecer deste dia, quando todas as coisas se
recolhem, eu venho falar Contigo no silêncio do meu coração.
Venho te agradecer o dia que passou. Venho te ofertar tudo
o que eu fiz. Não tenho muito para te dar, Senhor, mas tudo
o que eu tenho eu te dou. As minhas horas de trabalho. O
meu divertimento e os meus aborrecimentos. A minha alegria
Servindo no altar e na vida
e as minhas raivas, os meus irmãos e todos os homens que
hoje cruzaram na minha vida. Tudo isso eu te dou, Senhor.
E também eu te agradeço por tudo isso que recebi de ti,
porque Tu és a fonte de todas as coisas, o mistério profundo e
silencioso de tudo o que aconteceu, hoje. Nesta noite, Senhor,
guarda o mundo do mal, guarda os homens daquilo que não
é bom, espalha a tua paz e então descansaremos. Tu, Senhor,
que foste luz deste dia, continua sendo o silêncio desta noite.
Amém.
ORAÇÃO DO ANGELUS (Reza-se de manhã, ao meio-dia
e ao anoitecer)

V. O anjo do Senhor anunciou a Maria.


R. E ela concebeu do Espírito Santo. Ave Maria.
V. Eis aqui a serva do Senhor
R. Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra. Ave Maria.
V. E o Verbo Se fez carne.
R. E habitou entre nós. Ave Maria.
V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos: Derramai, Senhor, em nossas almas a Vossa graça,
para que nós, que conhecemos pela anunciação do anjo, a
Encarnação de Jesus Cristo, Vosso Filho, cheguemos por Sua
Paixão e morte na cruz, à glória da ressurreição. Pelo mesmo
Jesus Cristo Senhor Nosso. Amém.

RAINHA DO CÉU (Reza-se no Tempo Pascal)


56

V. Rainha do Céu, alegrai-vos, aleluia


R. Porque quem merecestes trazer em vosso seio, aleluia.
V. Ressuscitou como disse, aleluia.
R. Rogai por nós a Deus, aleluia.
V. Exultai e alegrai-Vos, ó Virgem Maria, aleluia.
Servindo no altar e na vida

R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia.


Oremos: Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a
Ressurreição do Vosso Filho Jesus Cristo, Senhor Nosso, fazei
por intercessão da sua Mãe Santíssima, que sejamos admitidos
nas alegrias da vida eterna. Pelo mesmo Jesus Cristo Nosso
Senhor. Amém.

ORAÇÃO DO ACÓLITO
Senhor Jesus Cristo sempre vivo e presente conosco, tornai-
me digno de Vos servir no Altar da Eucaristia, onde se renova
o sacrifício da Cruz e Vos ofereceis por toda a humanidade.
Concedei-me, por Vosso imenso amor, a graça de ser como
São Tarcísio que está agora no céu por causa da fidelidade
a Vós e pela proteção constante à Santa Eucaristia. Dai-me,
Senhor, atenção, respeito por Vós, e assim como Tarcísio,
zelo pelas coisas sagradas. Livrai-me da maldade e de tudo o
que pode me separar de Vós, do próximo e da salvação eterna
porque me chamaste ao vosso serviço. Vós quereis ser, para
cada um, o amigo e o sustento no caminho da vida; concedei-
me também uma fé humilde e forte, alegre e generosa, pronta
para Vos testemunhar e servir, permiti que Vos procure e
Vos encontre, e, pelo sacramento do Vosso Corpo e Sangue,
permaneça unido a Vós para sempre. Amém.

O SANTO ROSÁRIO

57
Servindo no altar e na vida
MISTÉRIOS GOZOSOS (SEGUNDAS E SÁBADOS)
1º Mistério: A Anunciação do Anjo a Maria (Lc 1,26-28).
2º Mistério: Visita de Maria a sua prima Santa Isabel (Lc 1,39-
56).
3º Mistério: O Nascimento de Jesus em Belém (Lc 2,1-20).
4º Mistério: A Apresentação de Jesus no Templo (Lc 2,22-30).
5º Mistério: O Encontro de Jesus no Templo, ensinando os
doutores da Lei (Lc 2,41-50).

MISTÉRIOS LUMINOSOS (QUINTAS-FEIRAS)


1º Mistério: O batismo no Jordão (Mt 3,13-17).
2º Mistério: O milagre das bodas de Caná (Jo 2,1-11).
3º Mistério: O anúncio do reino de Deus com o convite à
conversão (Mc 1,15).
4º Mistério: A transfiguração de Jesus (Lc 9,28-35).
5º Mistério: Instituição da Eucaristia (Lc 22,17-20).

MISTÉRIOS DOLOROSOS (TERÇAS E SEXTAS-


58

FEIRAS)
1º Mistério: Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras (Mt 26,36-
44).
2º Mistério: A Flagelação de Jesus (Jo 19,1).
3º Mistério: A Coroação de espinhos (Mc 15, 16-20).
4º Mistério: Jesus carrega a cruz ao calvário (Jo 19,14-22).
Servindo no altar e na vida

5º Mistério: A Crucificação e morte de Jesus (Jo 19,25-37).

MISTÉRIOS GLORIOSOS (QUARTAS-FEIRAS, E


DOMINGOS)
1º Mistério: A Ressurreição de Jesus (Mt 28,1-7).
2º Mistério: A ascensão de Jesus Cristo ao Céu (Lc 24,44-53).
3º Mistério: Vinda do Espírito Santo (At 2,1-11).
4º Mistério: Assunção de Nossa Senhora ao Céu (Sl 15,7-11).
5º Mistério: Coroação de Maria (Ap 12,1).
ORAÇÃO VOCACIONAL
Jesus, Mestre divino,
que chamastes os Apóstolos para Vos seguir
continuai a passar pelos nossos caminhos,
pelas nossas famílias,
pelas nossas escolas
e continuai a repetir o convite
a muitos dos nossos jovens.
Dai coragem às pessoas convidadas.
Dai força para que Vos sejam fiéis
como apóstolos leigos,
como sacerdotes,
como religiosos e religiosas,
para o bem do Povo de Deus e de toda a humanidade.
Amém.
(Papa Paulo VI)

ATO DE CONTRIÇÃO

59
Meus Deus eu me arrependo de todo coração de Vos ter
ofendido, porque sois tão bom e amável. Prometo, com a vossa
graça, nunca mais pecar. Meu Deus, misericórdia!

PARA A HORA DA REFEIÇÃO


Abençoai, Senhor, o alimento que hoje temos para comer.
Agradeço por tudo isso e peço ainda que nunca falte a comida
Servindo no altar e na vida
em nossa mesa e na mesa de todos os nossos irmãos.

NOS ESTUDOS
Meu Senhor, Vós que sois Mestre, ajudai-me nos meus estudos
para que eu possa sempre entender e aprender cada vez mais.
Dai-me segurança e tranquilidade para que mais tarde eu
possa ser bem sucedido, para poder também ajudar o meu
próximo.
MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS (Ex 20, 1-17 e Dt
5, 6-21)

1º) Amar a Deus sobre todas as coisas.


2º) Não tomar seu Santo Nome em vão.
3º) Guardar Domingos e festas.
4º) Honrar pai e mãe.
5º) Não matar.
6º) Não pecar contra a castidade.
7º) Não furtar/roubar.
8º) Não levantar falso testemunho.
9º) Não desejar a mulher do próximo.
10º) Não cobiçar as coisas alheias.

MANDAMENTOS DA IGREJA

1º) Participar da Missa inteira nos Domingos e festas de


guarda.
60

2º) Confessar-se ao menos uma vez a cada ano.


3º) Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição.
4º) Jejuar e abster-se de carne quando manda a Santa Madre
Igreja.
5º) Colaborar com o dízimo, segundo o costume
Servindo no altar e na vida

SACRAMENTOS
1º) Batismo (Jo 3,3-7)
2º) Crisma ou Confirmação (At 8, 14-17)
3º) Eucaristia (Mt 26, 26-28; Lc 22, 17-20)
4º) Reconciliação (Jo 20, 22-23)
5º) Unção dos enfermos (Tg 5, 14-15)
6º) Ordem (Lc 22,19; Jo 21-23)
7º) Matrimônio (Mt 19, 3-9)
PECADOS CAPITAIS
1º) Soberba
2º) Avareza
3º) Luxúria
4º) Ira
5º) Gula
6º) Inveja
7º) Preguiça

OBRAS DE MISERICÓRDIA
CORPORAIS (Mt 25, 31-46):
1º) Dar de comer a quem tem fome
2º) Dar de beber a quem tem sede
3º) Vestir os nus
4º) Acolher aos peregrinos
5º) Visitar os doentes
6º) Visitar os presos
7º) Enterrar os mortos

61
ESPIRITUAIS:
1º) Dar bom conselho (Pr 11, 14; 15,22)
2º) Ensinar os ignorantes (Heb 5,2)
3º) Corrigir os que erram (Pr 8, 38)
4º) Consolar os aflitos (Pr 25,20; 31,20)
5º) Perdoar as injúrias (Mt 6,15)
Servindo no altar e na vida
6º) Sofrer com paciência as fraquezas do próximo (Heb 10,36)
7º) Rezar a Deus pelos vivos e defuntos (2 Mac 12, 43-46)

DONS DO ESPÍRITO SANTO:


1) Sabedoria
2) Entendimento
3) Conselho
4) Fortaleza
5) Ciência
6) Piedade
7) Temor de Deus
BEM-AVENTURANÇAS:
Felizes os pobres de espírito, porque deles é o Reino do Céu;
Felizes os mansos, porque eles possuirão a terra;
Felizes os que choram, porque eles serão consolados;
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão
fartos;
Felizes os que usam de misericórdia porque eles alcançarão
misericórdia;
Felizes os limpos de coração, porque eles verão a Deus Nosso
Senhor;
Felizes os pacíficos, porque eles serão chamados filhos de
Deus;
Felizes os que padecem perseguição por amor da justiça,
porque deles é o Reino do céu. (Mt. 5, 3-10)

VIRTUDES TEOLOGAIS:
Fé, esperança e caridade.
62

VIRTUDES CARDEAIS:
Prudência
Justiça
Temperança
Fortaleza
Servindo no altar e na vida
9
Vida de São Tarcísio e Beato Coroinha Adílio
9.1 – São Tarcísio

Tarcísio foi um mártir da Igreja dos primeiros séculos,


vítima da perseguição do imperador Valeriano, em Roma.
A Igreja de Roma contava, então, com 50 sacerdotes, sete
diáconos e mais ou menos 50 mil fiéis no centro da cidade
imperial. Ele era um dos integrantes dessa comunidade cristã
romana, quase toda dizimada pela maldade sangrenta daquele

63
imperador.
Tarcísio era acólito do papa Sisto II, ou seja, era
coroinha na igreja, servindo ao altar nos serviços secundários,
acompanhando o santo papa na celebração eucarística.
Durante o período das perseguições, os cristãos eram
presos, processados e condenados a morrer pelo martírio. Servindo no altar e na vida
Nas prisões, eles desejavam receber o conforto final da
Eucaristia, mas era impossível para um sacerdote entrar.
Numa das tentativas, dois diáconos, Felicíssimo e Agapito,
foram identificados como cristãos e brutalmente sacrificados.
O papa Xisto II queria levar o Pão sagrado a mais um grupo de
mártires que esperavam a execução, mas não sabia como.
Foi quando Tarcísio pediu ao santo papa que o deixasse
tentar, pois não entregaria as hóstias a nenhum pagão. Ele
tinha 12 anos de idade. Comovido, o papa Xisto II abençoou-o
e deu-lhe uma caixinha de prata com as Hóstias. Mas Tarcísio
não conseguiu chegar à cadeia. No caminho, foi identificado e,
como se recusou a dizer e entregar o que portava, foi abatido e
apedrejado até morrer. Depois de morto, foi revistado e nada
acharam do sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido
por um soldado, simpatizante dos cristãos, que o levou às
catacumbas, onde foi sepultado.
Essas informações são as únicas existentes sobre o
pequeno coroinha Tarcísio. Foi o papa Dâmaso quem mandou
colocar na sua sepultura uma inscrição com a data de sua
morte: 15 de agosto de 257.
Tarcísio foi, primeiramente, sepultado junto com o
papa Stefano nas catacumbas de Calisto, em Roma. No ano
767, o papa Paulo I determinou que seu corpo fosse transferido
para o Vaticano, para a basílica de São Silvestre, e colocado ao
lado dos outros mártires. Em 1596 seu corpo foi transferido e
colocado definitivamente embaixo do altar principal daquela
mesma basílica.
A basílica de São Silvestre é a mais solene do Vaticano.
Nela, todos os papas iniciam e terminam seus pontificados.
Sem dúvida, o lugar mais apropriado para o comovente
64

protetor da Eucaristia: o mártir e acólito Tarcísio. Ele foi


declarado Padroeiro dos Coroinhas e Acólitos, que servem ao
altar e ajudam na celebração Eucarística.

ORAÇÃO A SÃO TARCÍSIO


Servindo no altar e na vida

Ó glorioso São Tarcísio, que agora


no céu estais gozando o prêmio do
vosso amor verdadeiro a Deus, de
fidelidade e proteção constante à
Santa Eucaristia. Abençoais nossas
famílias e os devotos, que buscam em
Ti o Amor e a Coragem de lutar por
Jesus Cristo. Quero, imitando a sua
bravura, levar em meu coração a Santa Eucaristia, seguindo a
Jesus Cristo, amando e respeitando o serviço de Vossa Igreja,
o Mistério de nossa fé. Livrai-me da maldade e de tudo o que
pode me separar de Deus, do próximo e da salvação eterna.
9.2 - Beato Coroinha Adílio Daronch

A família de Adílio Daronch veio da


Itália na leva dos imigrantes italianos que
ingressaram no Brasil a partir de 1875. Eram
seus avós Sebastiano Daronch e Francesca
Schena, que aqui chegaram em 1890. Pedro,
o pai de Adílio, também era italiano, nascido
em Agordo, terra natal de Albino Luciani,
que viria a ser o papa João Paulo I em 05
de janeiro de 1883, contando, portanto
com 07 anos quando veio para o Brasil. A
família Daronch partiu do porto de Gênova,
possivelmente embarcados no navio Savoie,
tendo chegado ao Rio de Janeiro em 01 de
dezembro de 1890. No Rio Grande do Sul,
a família adquiriu o lote no atual município de Nova Palma,
onde se dedicaram ao cultivo da terra e à criação de animais

65
domésticos. Pedro, aos dezoito anos, deixou a casa paterna
como aprendiz de sapateiro e seleiro, casando-se com a
senhorita Judite Segabinazzi, a 15 de janeiro de 1905.
O casal foi morar em Dona Francisca, no município de
Cachoeira do Sul. Adílio nasceu ali, em 25 de outubro de 1908.
Foi o terceiro filho do casal Pedro e Judite. Foi batizado em 1º
de novembro desse ano pelo padre Germano Schrör.
Servindo no altar e na vida
Em 1912, a família de Pedro Daronch transferiu-se
para o município de Passo Fundo, onde Pedro atuou como
fotógrafo. Passados alguns anos, transferiu-se novamente e
agora para Nonoai, continuando como fotógrafo e mantendo
uma loja e uma pequena farmácia
Desde cedo Adílio manifestava gosto pelas coisas
da igreja e gostava de servir o padre como coroinha. Feita a
primeira comunhão, começou a auxiliar no serviço do altar.
Por sua vez, o Padre Manuel era, com frequência, hóspede da
família Daronch e lá muitas vezes fazias suas refeições.
Adílio era um menino alegre, embora de temperamento
um tanto reservado, gostava de futebol e desde pequeno se
manifestava pela sua liderança, orientando os colegas na
condução das diversões, porém não descuidava do serviço
de acólito. Levava muito a sério sua missão. Com o passar do
tempo, acompanhava o Padre Manuel pelo interior.
O pai do jovem Adílio faleceu em 05 de maio de 1923,
traiçoeiramente assassinado no município de Marcelino
Ramos, em disputas entre maragatos e chimangos.
Como não podia deixar de ser, a viúva de Pedro e seus
filhos, após o triste acontecimento, tiveram o apoio decisivo do
pastor e amigo Padre Manuel, que os confortou e acompanhou
nessa triste etapa de suas vidas.
Após a morte do chefe da família Daronch, as
dificuldades cresceram e o grupo familiar se dispersou, cada
qual seguindo seu caminho, em diversas direções e Dona
Judite mudou-se para o município de Dona Francisca, onde
veio a falecer, a 23 de março de 1932.
Nesta época, o Rio Grande do Sul vivia momentos
66

difícieis. O Estado acabava de passar pela revolução entre


chimangos e maragatos.
Padre Manuel e o coroinha Adílio Daronch dirigiram-
se a cavalo para o Alto Uruguai até a Colônia Militar, no Alto
Uruguai, onde a 20 de maio, Adílio ainda ajudou na Páscoa de
militares.
Servindo no altar e na vida

A caminho de Três Passos, o coroinha Adílio e o padre


Manuel foram surpreendidos por anticlericais e inimigos da
religião. Foram levados para o mato, amarrados em árvores e
fuzilados. Era o dia 21 de maio de 1924.
10
Vocação
A palavra vocação deriva de uma palavra latina que
significa “chamado”. Dividindo ao meio a palavra vocação
temos: Voca + Ação. Portanto, é um chamado para uma
ação. Vocação é, então, o convite de Deus que chama uma
pessoa para uma missão, para uma tarefa ou um serviço na
comunidade cristã.
Deus não manda um e-mail, não telefona, não posta
mensagens no Facebook, mas usa-se de pessoas, de fatos e de

67
inspirações para chamar. Quem é chamado deve saber escutar
e responder dizendo SIM ou NÃO ao convite que Deus faz.
Somos livres e Deus respeita nossa liberdade.

10.1 – A Vocação na Bíblia


Servindo no altar e na vida
A Palavra de Deus ilumina a vida, abre caminhos, mostra
soluções, questiona valores, incomoda e aponta esperanças.
Na Palavra de Deus percebemos que em toda a vocação há
sempre uma escolha divina. Em diversas passagens do Antigo
Testamento e do Novo Testamento esta escolha se manifesta
de diferentes maneiras.
- Convite direto de Deus;
- Através de um anjo;
- Através de outra pessoa inspirada por Deus;
- Através da comunidade;
- Através de Jesus Cristo.
Todas as vocações bíblicas têm por objetivo a missão. A
vocação de Moisés (Ex. 3,4-10), a de Isaías no Templo (Is. 6) e
o dialogo do Senhor com Jeremias (Jr. 1,4-10) colocam frente
a frente Deus no seu mistério, e o homem na sua resistência
e aceitação. O chamado é pessoal e produz uma reviravolta
na vida da pessoa chamada. Muitas vezes, Deus pronuncia
o próprio nome de quem chama (Gn. 15,1; Am. 7,8). E Deus
espera que seu chamado tenha uma resposta. Pelo chamado,
Jesus reune os Doze e os convida a seguí-Lo. “Se alguém quiser
vir após mim...” (Mt. 16,24).

Exemplo de pessoas chamadas por Deus à uma


missão:

ABRAÃO – Chamado a ser pai de um grande povo


(Gn. 12,1-9);
MOISÉS – Chamado para libertar o povo. Tem medo
e busca várias desculpas, mas acaba aceitando (Ex. 3,10);
68

SAMUEL – Jovem que não percebe o chamado,


precisa de ajuda de outro para percebê-lo: “Fala, Senhor, teu
servo escuta!” (1Sm. 3,1-18);
ISABEL – Acreditou no chamado, concebeu e tornou-
se capaz de reconhecer a presença de Deus em Maria (Lc.
1,2325. 45-45);
Servindo no altar e na vida

MARIA – Acostumada a meditar nos fatos (Lc. 2,1951)


percebe e acolhe a Palavra trazida pelo Anjo (Lc. 1,26);
JOSÉ – Chamado a ser esposo de Maria. Rompe com
as normas da época e não manda Maria embora (Mt. 1,18-20);
JESUS – O Filho de Deus aprofunda sua vocação
convivendo com o povo pobre durante 30 anos em Nazaré.
Assim responde à vontade do Pai que O chama à realizar a
missão de Messias, de acordo com a profecia de servo do
Senhor (Lc. 4,18-19 e Is. 61,1-2);
APÓSTOLOS – Foram chamados para estar com
Jesus, anunciar a Palavra e combater o poder do mal (Mc.
3,13-19).
10.2 – A Vocação Cristã

Na Igreja, corpo mistico de Cristo, “há diversidade


de carismas, mas um só é o Senhor” (Lc. 12,4-6). Deus nos
chama, primeiramente, à vida: é a vocação humana. Nós
somos irrepetíveis. Somos únicos. Seres criados à imagem e
semelhança de Deus.
Cada um de nós é chamado a assumir, no mais íntimo do
nosso ser, a fé cristã pelo Batismo. Todo batizado é missionário,
chamado a dar testemunho do Evangelho. Toda vocação é um
chamado especial para viver em comunhão com a Trindade.
O Pai cria, ama e chama desde toda eternidade. O Filho, que
seguimos, ensina a construir o Reino, cumprindo fielmente
a vontade de Deus. O Espírito Santo é a luz que ilumina o
caminho e impulsiona os vocacionados a continuarem a
missão do Filho, enviado pelo Pai.

10.3 – Vocação Específica

69
É a maneira como cada pessoa realiza sua vocação
fundamental. Deus confia a cada um uma tarefa específica,
própria, conforme os dons de cada pessoa. As vocações
específicas são:

10.3.1 – Vocação Leiga


Servindo no altar e na vida
Leigos são todos os cristãos, que como batizados têm
a missão de anunciar Jesus Cristo: caminho, verdade e vida.
São pessoas não consagradas que trabalham na construção do
Reino de Deus. Exercem trabalhos diversos na comunidade,
conforme os dons que Deus lhes deu. Esses serviços são:
catequese, animação da liturgia, pastoral familiar, demais
pastorais, grupos e movimentos e comunidades de vida. O
leigo representa a Igreja no coração do mundo, atuado assim
nos mais diversos ambientes (escola, trabalho, família), com
o testemunho de sua vida, sua palavra oportuna, sua ação
concreta. Por outro lado, ele é o homem do mundo no coração
da Igreja.

Dentro da vocação leiga temos também dois estados de


vida:

10.3.1.1 – Matrimônio

Estado de vida dos casados.
Assim como Deus chama cada
pessoa à vida, também chama
cada casal ao amor. É esta a
vocação dos que escolhem viver
o amor por meio da constituição
de família. Quanto mais o casal
vive na intimidade com Deus, tanto mais sólida será sua
felicidade e de seus filhos.
Os leigos casados têm na família seu primeiro espaço
70

de engajamento na sociedade. Na Igreja os leigos casados têm


a oportunidade de participar de várias pastorais, grupos e
movimentos.
O casal que se realiza em sua vocação torna sua família
uma pequena Igreja doméstica, de onde surgirão todas as
vocações.
Servindo no altar e na vida

10.3.1.2 – Leigos Solteiros

São leigos que não se sentem chamados ao casamento,


nem à vida sacerdotal ou consagrada. São solteiros por uma
causa, por um ideal de vida. Existem muitas pessoas neste
estado de vida que se dedicam à sociedade e à Igreja.
10.3.2 – Vocação à Vida Consagrada: religiosos e
religiosas

Através desta vocação, mulheres e homens são


chamados a testemunhar Cristo e os valores do Reino, vivendo
uma consagração total através dos votos de pobreza, castidade
e obediência. Tem como missão: viver a total disponibilidade
a Deus, à Igreja e aos irmãos, a partilha dos dons, a vida
comunitária e o carisma especifico de cada congregação
religiosa.
Encontramos na Igreja a presença de muitas
congregações religiosas masculinas e femininas. São grupos
de irmãos e irmãs e padres que formam famílias religiosas,
partilhando a vida e a missão a serviço da Igreja e da construção
do Reino de Deus. Cada congregação está ligada à pessoa
de um fundador ou de uma fundadora que tem a missão de
ser mediador, a fim de que o dom (carisma) suscitado pelo
Espírito Santo possa tornar-se visível na Igreja através de

71
diversas atividades que as famílias religiosas realizam junto
ao povo.
Temos, pois, congregações religiosas dedicadas aos
doentes, aos migrantes, à educação, aos menores abandonados,
à juventude, às missões, aos meios de comunicação, à pastoral
paroquial, às vocações... Cada congregação, fiel ao carisma do
fundador e aberta aos sinais dos tempos, revela algum aspecto
Servindo no altar e na vida
do rosto de Jesus Cristo, de sua presença e amor no meio do
povo.
Há congregações inteiramente dedicadas à
contemplação (são os monges e as monjas): Na solidão e no
silêncio, mediante a escuta da Palavra de Deus, a realização
do culto divino, a ascese pessoal, a oração, a mortificação e
a comunhão do amor fraterno, orientam toda sua vida e
atividade para a contemplação de Deus. Oferecem assim à
comunidade eclesial um testemunho singular do amor da
Igreja pelo Senhor, e contribuem, para o crescimento do povo
de Deus. (João Paulo II, Vida Consagrada, n. 8).
Como num jardim, onde a diversidade das flores tornam
mais colorido o ambiente, assim são na Igreja os diversos
carismas prestando um serviço diversificado e dinâmico ao
povo de Deus.

10.3.3 – Vocação Sacerdotal ou Presbiteral

O padre, sacerdote, é alguém tirado do meio do povo


e consagrado por Deus para o serviço deste mesmo povo nas
coisas que se referem a Deus para o serviço. Ele é o grande
Mediador entre Deus e o povo. Seu papel é dar continuidade à
missão de Jesus Cristo. Além de celebrar a Missa e ministrar
os sacramentos (como o Batismo, a Confissão), cabe a ele fazer
crescer o amor nas comunidades, nas famílias, no coração
das pessoas. Existem 2 tipos de padres: os religiosos, que
além de exercerem o ministério paroquial, assumem também
o carisma de sua congregação; e os diocesanos, que não
pertencem a nenhuma congregação religiosa, mas pertencem
72

a uma diocese e colaboram com o bispo diocesano.


Servindo no altar e na vida
11
Rito de Admissão (Investidura)
RITO DE ADMISSÃO

Logo após a homilia inicia-se o rito de admissão dos coroinhas


e acólitos com a chamada dos candidatos feito pelo assessor
responsável.

Os candidatos se aproximam do presbitério e ficam diante


do padre.

73
Assessor: Reverendíssimo Padre N. Após vários encontros
de preparação e formação, queremos apresentar os candidatos
habilitados a prestarem o seu serviço na liturgia, como Acólitos
e Coroinhas.
Servindo no altar e na vida
Padre: Podes dizer-me se eles estão preparados para
exercerem a missão de Acólito e Coroinha nesta comunidade?

Assessor: Sim. Após o período de preparação, posso


afirmar que eles estão preparados a desempenhar os serviços
de Acólito e Coroinha, pois demonstraram consciência e
maturidade, dedicação e zelo pela Eucaristia e demais serviços
da comunidade.

O padre dirigindo-se aos Coroinhas interroga-os:

Padre: Caros filhos e filhas, o que vocês pedem à Igreja?


Candidatos: Quero ingressar no grupo de Acólitos e
Coroinhas para desempenhar com dedicação e amor os
serviços do altar e demais atividades desta comunidade.

Os pais se dirigem próximo ao presbitério para a benção das


túnicas

BENÇÃO DAS TÚNICAS

(Sobre o uso das vestes dos coroinhas, sejam seguidas as


orientações da diocese local)

Padre: O nosso auxilio vem do Senhor


Todos: Que fez o céu e a terra
Padre: O senhor esteja convosco!
Todos: Ele está no meio de nós

Padre: Oremos: Ó Deus de bondade, que ornais a Vossa


74

Igreja de ministérios e carismas e a guiais com amor e


misericórdia, dignai-vos abençoar + estas vestes litúrgicas
que serão usadas por estes Vossos filhos e filhas que desejam
servir fielmente o Vosso altar. Dignificando a oração do Vosso
povo, e permanecendo constantemente na Vossa presença,
possam eles ser confortados pelas virtudes dos sacramentos e
Servindo no altar e na vida

caminhar sem tropeço rumo ao banquete celeste, à festa que


jamais se acaba. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.

Todos: Amém.

Em seguida, o padre asperge com água benta.

(Após a benção os pais vestem a túnica em seus filhos e


retornam para o banco.)

Padre: Façais agora a oração de compromisso.


ORAÇÃO DE COMPROMISSO

Os candidatos estendem a mão direita em direção da cruz.

Candidatos: Senhor Jesus Cristo, sei que está presente


no Santíssimo Sacramento do Altar e agora, diante de Ti,
queremos firmar nosso compromisso de te servir com amor,
obediência e fidelidade, no altar e na vida. Isso tudo esperamos
com a vossa graça e proteção e com o auxilio e intercessão da
Virgem Maria.

Padre: Eu os acolho em nome da Paróquia... Que me foi


confiada e os abençoo, pela intercessão de São Tarcísio e do
Beato Adílio Daronch, em nome do Pai do Filho e do Espírito
Santo.

ORAÇÃO DE RENOVAÇÃO DO COMPROMISSO

75
Acólitos e Coroinhas: Candidatos: Senhor Jesus Cristo, sei
que está presente no Santíssimo Sacramento do Altar e agora,
diante de Ti, queremos firmar nosso compromisso de te servir
com amor, obediência e fidelidade, no altar e na vida. Isso
tudo esperamos com a vossa graça e proteção e com o auxilio
e intercessão da Virgem Maria.
Servindo no altar e na vida
Padre: Eu os acolho em nome da Paróquia... Que me foi
confiada e os abençoo, pela intercessão de São Tarcísio e do
Beato Adílio Daronch, em nome do Pai do Filho e do Espírito
Santo.

JURAMENTO (De pé):

Todos: Senhor Jesus, quero ser fiel no cumprimento de todos


os meus deveres, servindo no altar e na vida. Que a exemplo
do coroinha beato Adílio e São Tarcísio, possa ser sinal da
presença de Deus na comunidade. Amém.
Após o juramento, prossegue a celebração com o Creio e
os novos coroinhas e acólitos permanecem no presbitério
exercendo o seu ministério.
76
Servindo no altar e na vida
Bibliografia
ARQUIDIOCESE DE PORTO ALEGRE, Centro de Pastoral da.
COROINHA: chamado a servir no altar e na vida. Porto Alegre,
2011.

BÍBLIA DE JERUSALÉM. 7. ed. São Paulo: Paulus, 1995.

BUYST, Ione. EQUIPE DE LITURGIA. Petrópolis: Vozes, 1999.


14ª edição.

CAMINHADA Vocacional. LIVRO VOCACIONAL PARA


ACÓLITOS. São Paulo: Ave Maria, 1999. 2ª edição.

CECHINATO, Luiz. A MISSA, PARTE POR PARTE. 30. ed.


Petrópolis: Vozes, 1999.

77
CNBB. CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. São Paulo: Loyola,
1999.

CONSTITUIÇÃO SACROSANCTUM CONCILIUM. In Documentos


do Concílio Vaticano II: constituições, decretos, declarações.
Petrópolis: Vozes, 1966. Servindo no altar e na vida
CONGREGAÇÃO para o Culto Divino. MISSAL ROMANO. 12. ed.
São Paulo: Paulus, 1997.

PASTORAL DOS COROINHAS, Diocese de Santa Cruz do Sul.


GUIA DIOCESANO PARA ASSESSORES DE COROINHAS. 2. ed.
Santa Cruz, 2014.

PRIMEIRO CATECISMO DA DOUTRINA CRISTÃ. Petrópolis:


Vozes, 2000.

SOUZA, Sérgio Jeremias de. PEQUENO MANUAL DO ACÓLITO.


8. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
Anexo A: Lectio Divina - Leitura Orante da Bíblia

Como surgiu a leitura orante da Bíblia?

No século XII, o monge Guido II estava trabalhando


no mosteiro com uma escada na mão. Enquanto pedia a Deus
que lhe sugerisse um instrumento que lhe ajudasse a subir até
Ele. Sobre isso, ele mesmo escreveu: ocupado em um trabalho
manual, comecei a pensar na atividade espiritual do homem,
então se apresentaram improvisadamente à minha reflexão
quatro degraus espirituais, ou seja:

1) A leitura
2) A meditação
3) A oração
4) A contemplação

Antes da leitura:
78

1. Crie ambiente favorável para o grupo de sua comunidade:


vela,
ícone ou cruz, água benta.
2. Acolha a todos com alegria.
3. Em seguida, após todos estarem dispostos a iniciar, faça
Servindo no altar e na vida

silêncio
exterior e interior.
4. Invoque o Espírito Santo - acenda a vela.
5. Pode-se usar água para o sinal da cruz.
1º DEGRAU - LEITURA (LECTIO)
O que o texto diz?

1. Leia lentamente o texto, ao menos duas vezes.

2. Ainda não é hora de tentar tirar uma mensagem


para sua vida. (Apenas tente compreender o que o
texto poderia significar na época em que foi escrito).

3. Tente reconstruir o texto:

a) Quem são as pessoas que aparecem e qual é a situação de


vida de cada uma?
b) De acordo com o texto qual o papel de cada uma e quais
seriam seus sentimentos?
c) Aparece algum conflito?
d) Como é resolvido?
e) Qual o rosto de Deus no texto?

79
2º DEGRAU - MEDITAÇÃO (MEDITATIO)
O que o texto me diz?

1. Destaque os versículos que foram mais fortes


para você (sem tentar interpretar).
Servindo no altar e na vida
2. Atualize o texto comparando a situação da época
com a situação atual e procure perceber o que tudo
isso tem a ver com a sua/nossa vida de cristão.

3. É muito proveitoso, neste momento, fazer relação


entre o texto lido e outras passagens bíblicas que venham à
lembrança.
3º DEGRAU - ORAÇÃO (ORATIO)
O que o texto me faz dizer a Deus?

Tudo o que foi lido e meditado é transformado em


uma conversa orante e agradável com Deus.
A oração é o instante no qual você é convidado a falar
com Deus através do louvor, do agradecimento,
do pedido, da súplica, do oferecimento, do perdão
dirigido a Ele: “Senhor, eu te peço...; Obrigado
Senhor...; Eu te louvo e agradeço meu Deus...”
Dialogar diretamente com Deus: Tenha um trato
de amizade com Aquele que nos ama (S. Teresa). Precisa de
silêncio. Pode-se até colocar um fundo musical.

4º DEGRAU - CONTEMPLAÇÃO (CONTEMPLATIO)


80

Contemplar é ver a vida com os olhos da fé, e


perceber o que as análises sozinhas não conseguem.
É sentir, quase intuitivamente, a presença da
Santíssima Trindade ao nosso lado. Esse passo está
muito ligado ao anterior, às vezes, não percebemos
Servindo no altar e na vida

quando termina um e começa o outro.


Volte para a sua realidade (o seu dia-a-dia) e veja
sua vida com o olhar iluminado pelo Espírito Santo. Não se
trata de pensar “o que fazer” , mas como seguir Jesus a partir
desse texto? É a primazia do ser sobre o fazer.
A ação será consequência do coração de discípulo missionário
de Jesus.

Você também pode gostar