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Principais raças de ovinos e

cruzamentos mais utilizados

Profa. DSc Roberta de Moura Assis


RAÇA

 Definição

Grupo de animais de uma mesma espécie que


possuem características comuns definidas e
que têm capacidade de transmitir estas
características aos seus descendentes geração
por geração.

 Raças de ovinos no mundo: mais de 800

 No Brasil: aproximadamente 25
Pergunta:
Qual a melhor raça???

Resposta:
Depende!

Contra-resposta:
Depende do que???
Escolha da raça

1. Região (adaptabilidade)

 Raças adequadas para exploração em solos ricos e


pastagens de alto valor;

 Raças adaptadas às condições de áreas marginais,


impróprias para agricultura ou criação de outros animais (solos
fracos, topografia íngreme, etc);

Possuem comportamentos e mecanismos fisiológicos de


adaptação às condições de escassez de alimentos e condições
climáticas severas.

 Raças que se adaptam às condições intermediárias.


PORTANTO:

Optar por um genótipo compatível ao


ambiente específico.

 Para segurança na escolha → procurar informações


com criadores da região ou de regiões similares e com
manejo também similar.
2. Condições de manejo (Sistema de criação)

 Sistemas intensivos (pastagens de boa qualidade e


confinamento) → raças menos rústicas;

Foram selecionadas para condições ótimas de manejo.

 Sistemas extensivos → raças rústicas.

PORTANTO:

Estudar o sistema que se pretende implantar, para


depois escolher a raça.
 Criadores que optarem por utilizar os 3 sistemas
(intensivo, semi-intensivo e extensivo) com o uso de
cruzamentos – Em sistemas para produção de carne:

 Raças mais rústicas para as categorias criadas a pasto


(ovelhas);

 Raças com alta produtividade para as categorias a


serem criadas em semi-confinamento (borregos,
borregas e carneiros) e em confinamento (cordeiros).
3. Objetivo da criação

 Carne, pele, leite ou lã.

4. Mercado

 Existe mercado na região para escoar a produção?

5. Conhecimento do comportamento e fisiologia da raça

6. Por último: Preferência pessoal

Poder aquisitivo
Tipo do Animal de acordo com a aptidão
RAÇAS DESLANADAS

Maioria:

 poliéstricas anuais
 1o pele, 2o carne
 Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste
 Bastante adaptados
 Menor exigência nutricional

RAÇAS LANADAS

Maioria:

 poliéstricas estacionais
 carne e/ou lã
 Sul (lã), Sudeste e Centro-Oeste (carne)
www.arcoovinos.com.br
DESLANADAS
 Carne e pele

Santa Inês Somalis Brasileira Morada Nova

Rabo Largo Cariri Soinga


LANADAS

 Lã fina

Merino Australiano Ideal


LANADAS
 Dupla aptidão (Lã e carne)

Corriedale

Romney Marsh

Border Leicester
LANADAS
 Carne

Suffolk Hampshire Down

Ile de France Texel


LANADAS
 Carne

Dorper
White Dorper
LANADAS
 Pele

Karakul

Crioula
LANADAS
 Leite

Bergamácia

East Fresian Lacaune


SANTA INÊS

 Origem: Nordeste brasileiro

 Bergamácia x Somalis x Morada Nova

 Várias pelagens

 Macho: 80 a 120 Kg; fêmea: 60 a 90 Kg

 Carne de qualidade e baixo teror de gordura

 Pele de altíssima qualidade

 Rústicos - adaptáveis a qualquer sistema de


criação e pastagem nas mais diversas regiões
do país

 Não apresenta estacionalidade reprodutiva


SANTA INÊS

 Prolíferas e boa habilidade materna

 Excelente capacidade leiteira

 Ausência de chifres

 Cascos escuros (pelagem branca pode ser


claro)

 Pode apresentar lanugem


SOMALIS BRASILEIRA

 Origem: África

 Garupa gorda

 Porte médio e mochos

 Pelagem branca, com cabeça e pescoço pretos

 Permissível a extensão da área escura até a base do pescoço e


a metade da paleta

 Admitindo-se presença de lã em pequena quantidade

 Fêmeas prolíferas

 Rústicos - adaptam-se bem às condições climáticas da região


semi-árida (no Brasil – principalmente CE e RN)
MORADA NOVA

 Origem: Nordeste brasileiro

 Mochos, de pelagem vermelha ou branca

 Pequeno porte (M: 40/60 Kg; F: 30/50 Kg)

 Alta prolificidade

 Rústicas - se adaptam às regiões mais áridas

 Importante função social (alimento às


populações rurais destas regiões)

 Pele de excelente qualidade (1m2 couro – 4 a


5 pares de sapato)
MORADA NOVA

Defeito desclassificatório

Região árida
RABO LARGO

 Origem: Áfria e Ásia

 Pequeno porte (M: 45/50 Kg; F: 30/40 Kg)

 Base da cauda larga (espessa camada de


gordura), terminando em forma de lança (S
caudal)

 Podem ou não apresentar chifres (machos


ou fêmeas)

 Pelagem vermelha, branca e suas


combinações

 Rústicos, bem adaptados as condições do


Nordeste semi-árido
CARIRI

 Origem: Nordeste brasileiro


(encontra-se em maior no na região
semi-árida dos Cariris Paraibanos)

 Mochos em ambos os sexos.

 Porte médio a grande (M: 70/90 Kg;


F: 40/50 Kg)

 Muito prolífera, boa aptidão


materna, com boa produção leiteira

 Animais muito rústicos, adaptando-se


bem ao semi-árido, onde ocorrem
longos períodos de estiagem.

 Mucosas nasais escuras


CARIRI

 Orelhas médias; pavilhão voltado para baixo

 Machos e fêmeas podem apresentar brinco

 Pelagem típica e definida → preta, com o


ventre e a parte interna dos membros e do
pescoço branca ou castanho clara.

 Face externa da cauda deve ser preta e a


ponta pode ser branca

 Cabeça: linha lacrimal branca ou castanho


claro das bordas oculares até as narinas

 Cascos escuros
Nova raça brasileira (Ovina)
Reconhecida pela ARCO em 2011

“SOINGA”
www.ovinossoinga.com.br
 Genética 100% brasileira
 Raça “Tris-Cross” (Bergamácia - 25%, Morada Nova Branca -
25% e Somalis Brasileira – 50%);

 Aptidão: carne (presença de marmoreio) e pele (grande valor


comercial)

 Rústico e precoce

 Adaptado as condições adversas da zona semi-árida da região


Nordeste do Brasil.
 Porte médio, cascos escuros;

 Machos: 70 a 85 kg; Fêmeas: 40 a 60 Kg;

 Pelagem ideal: Cabeça preta com entrada triangular branca na


nuca em direção ao chanfro, corpo totalmente branco sem
infiltrações;

 Pelagem permissível: Cabeça preta com entrada triangular


branca na nuca, corpo branco com pequenas infiltrações pretas.

 Orelhas medianas com inclinação lateral;

 Garupa sem acúmulo de gordura;

 Não possui chifres;


MERINO AUSTRALIANO
 80% lã fina e 20% carne

 Cara livre de lã e mucosas rosadas,


chifres nos machos

 3 a 4 grandes babados típicos, que


caem até o peito

 Pequeno porte; Cascos claros

 Peso do velo: 6 a 15 kg (machos) 4 a 6


kg (fêmeas)

 Lã de grande qualidade e valor


industrial

 Longevidade e rusticidade

 Pouco exigentes nutricionalmente

 Menor fertilidade e prolificidade


comparado com as das raças de corte
IDEAL
 Origem Austrália (Polwarth)

 70% lã e 30% carne

 Lã fina de grande qualidade

 Médio porte; não possui chifres

 Lã até a linha dos olhos, formando


um topete, sem que prejudique a visão.

 Mucosas e cascos claros

 Pode apresentar 1 prega

 Adapta bem a altas temperaturas e


vegetação pobre
CORRIEDALE

 Origem: Nova Zelandia

 Médio porte (M: 65/85 kg; F: 55/65 kg)

 50% carne e 50% lã

 Não possui chifres

 Lã chega próximo aos olhos, não


devendo tampar a visão

 Forma topete característico

 Membros cobertos de lã até os


cascos, que devem ser escuros
ROMNEY MARSH

 Origem inglesa

 60% carne e 40% lã grossa

 Cabeça coberta de lã até a linha


mediana dos olhos, sem prejudicar a visão

 Não possui chifres

 Mucosas e cascos escuros

 Menor quantidade de lã nas patas

 Rústico, suporta campos úmidos

 Cordeiros precoces

 Chegam a pesar 28 a 30 Kg aos 5


meses, a campo
BORDER LEICESTER

 Origem: Escócia

 Grande porte

 Cabeça e membros totalmente


desprovidos de lã

 60% carne e 40% lã grossa


(carpetes, estofamentos e
forrações)

 Mochos em ambos os sexos,


perfil acentuadamente convexo

 Orelhas: concha para frente e


pontas para cima

 Mucosas e cascos escuros


SUFFOLK

 Origem: Inglaterra

 Cabeça e membros pretos e


desprovidos de lã

 Não possui chifres

 Rústica, mas necessita de boa


alimentação.

 Muito precoce (alto GPMD - até


450 g)

 Muito prolífera (até 165%).


SUFFOLK

 Parto fácil (cabeça longa e estreita ao


nascerem)

 Alto rendimento de carcaça (50 a


60%)

 Carcaça magra e de boa qualidade

 Carneiros – alta libido

 Boa habilidade materna

 Cordeiros nascem pretos, e vão


branqueando até os 4 à 5 meses

 Machos atingem e ultrapassam


facilmente os 150 Kg. Fêmeas: 90 Kg
HAMPSHIRE DOWN

 Origem: Inglaterra

 Grande porte; não possui chifres

 Lã cobre a cabeça até um pouco


abaixo dos olhos (cara e lacrimais livre)

 Membros, orelhas e partes da cabeça


que não forem cobertas de lã são pretos

 Precoces – bem alimentados atingem


35 Kg aos 3 ou 4 meses

 RC: 45 a 50% (pesos de 14 a 18 Kg)

 Carcaça de boa qualidade

 Boa fertilidade e prolífera (140%)


ILE DE FRANCE
 Origem: França
 60% carne e 40% lã
 Não possui chifres
 Grande porte (F: 80 Kg; M: 110 a 160 Kg)
 A lã cobre a cabeça até um pouco acima
da linha dos olhos
 Orelhas e cara brancas, livres de lã
 Mucosas e cascos claros
 Carcaça pesada e qualidade
 Precoces: bom GPMD (240 a 290g)
 Muito prolífera (160%)
 Cordeiros em diferentes épocas do ano
Suffolk e Hampshire Down Ile de France
Texel
TEXEL

 Origem: Holanda

 Médio porte (M: 110/120 Kg; F: 80/90 Kg)

 Muito compacto

 Cabeça e membros livre de lã

 Mucosas e cascos escuros

 Não possui chifres

 Rústica, produz bem no sistema extensivo e


semi-intensivo

 Excelente carcaça, com pouca gordura

 Precoces: GPMD pastagem (M: 300g; F: 270g)

 Prolífera (160%); França (190 a 200%)


DORPER

 Origem: África

 Desenvolvida para as regiões


extensivas e áridas da África
 Brasil: 2000

 Robusto e bem musculoso

 Médio porte (M: 55/70kg (até 90Kg);


F: 44/60kg)

 Fácil adaptabilidade

 Lã na parte superior do corpo

 Dorper: cabeça e pescoço pretos

 White Dorper: todo branco


DORPER

 Poliéstrico anual

 Boa habilidade materna

 Não possui chifres

 60 dias  25 kg PV (RC: 51%)

 72 dias  31 kg PV (RC: 51%)

 90 a 120 dias  36 kg PV (RC: 52%)

 Defeito: Manchas pretas longas


White Dorper
DORPER - defeitos
KARAKUL

 Origem: Ásia

 Pele do cordeiro abatido aos 3


primeiros dias de vida  ASTRAKAN

Pele nobre
 Pelagens variadas

 Pode ou não apresentar chifres

 Cauda grossa

 Adulto: pêlos grossos e lã fina


entremeados

 Carne magra e saborosa


CRIOULA

 Origem: Brasil (RS)

 Raça rara que conserva traços dos


ovinos primitivos

 Hoje: MG, MS, AC, GO, SP e MG

 Importância social nas comunidades


onde outros ovinos não sobrevivem

 Principal: lã para artesanato e


tapeçaria industrial

Qualidade industrial superior quanto à


resistência e suavidade

 O velo se abre na linha dorso-


lombrar, caindo lateralmente ao corpo
CRIOULA

 Médio porte

 Cara e extremidades livres de lã

 Pelagem: do branco ao preto

 Pelegos: demanda popular (variedade


natural de cores e comprimento de
mecha)

 Alta resistência a endoparasitas e


problemas podais

 Boa habilidade materna

 Pode ou não possuir chifres (1 ou 2


pares)
BERGAMÁCIA

 Origem: Itália

 Grande porte, brancos e


mochos

 M: 100/120 Kg; F: 70/80 Kg

 Orelhas pendentes, largas e


compridas

 Mucosas despigmentadas e
cascos escuros.

 Úbere bem desenvolvido e


implantado

 Lã de pouca qualidade
BERGAMÁCIA

 Lactações de até 250Kg com 6% de


gordura

 Muito utilizada na Itália para a


fabricação do queijo Gorgonzola

 Ovelhas muito prolíferas

 Ovinos rústicos, porém exigentes


quanto a alimentação
LACAUNE

 Origem: França

 Queijo Roquefort

 Leite (7,5% gordura)

 100 a 200 kg de leite/lactação e 1,5 litros/dia

 Carne de qualidade

 Não possui chifres; mucosas claras

 Boa conformação de úbere

 Pelagem branca

 Lã cobre somente a parte superior e metade


das faces laterais do pescoço e corpo

 Médio a grande porte (F: 70/80Kg; M:


95/100Kg)
EAST FRIESIAN

 Origem: Alemanha.

 1ª importação p/ Brasil: 2007.

 2009: abertura do livro de registro


pela ARCO.

 Predominantemente leiteira, mas


com apreciável produção de carne e lã.

 Machos: 80/90 cm altura; 90 a 120kg.


Fêmeas: 70 a 75 kg.

 Não possui chifres (ambos os sexos).

 Não possui lã na cabeça.

 Mucosas e cascos claros.


 Orelhas horizontais com o pavilhão voltado para frente.
EAST FRIESIAN

 Lã somente até o jarrete;

 Cola (cauda): fina e sem lã desde a


inserção até a extremidade.

 Região de vulva e do anus sem lã.

 Velo: branco ou preto; Fonte: www.farmpoint.com.br

 Produção média por lactação (220 dias – aproxim. 7 meses):


380 a 450 litros (até 520 litros em fêmeas selecionados)

 Leite: 6 a 7% de gordura;

 Carne: 340 a 400 g de GPMD (nascimento ao desmame).

 Alta prolificidade: até 200%.


Potencial produtivo das raças e tipos ovinos
possíveis de utilização em cruzamentos para corte

Fonte: Lôbo (2003)


DEFEITOS GERAIS
(Desclassificatório para qualquer raça)

 Mal formação bucal → prognatismo ou retrognatismo

Retrognata
 Aprumos defeituosos
 Desvio acentuado na coluna vertebral

Lordose

Escoliose
Cifose
 Constutuição débil

 Testículos anormais → criptorquidismo ou monoquirdismo

 Tetos sem orifício

 Bolsa escrotal extremamente pendular

 Teta supranumerária funcional


Recapitulando…

Morada Nova
Border Leicester
Somalis Brasileira
Santa Inês
Bergamácia
Lacaune
Rabo Largo
Dorper
Ile de France
Hampshire Down
Suffolk
Texel
Romney Marsh
Merino Australiano
Corriedale
Karakul
Ideal
White Dorper
Crioula
Somalis Brasileira
Lacaune
Morada Nova
Rabo Largo
Romney Marsh
Santa Inês
Merino Australiano
Soinga
Ideal
Crioula
Corriedale
White Dorper
Dorper
Ile de France

Texel
Hampshire Down
Ile de France
Hampshire Down
Bergamácia
Karakul
Cruzamentos
O que é cruzamento?
Acasalamento entre indivíduos de raças diferentes.

E o que é acasalamento?
Ato de procriação entre indivíduos da mesma raça.

Quais são os objetivos do cruzamento?


 Obter o máximo de vigor híbrido (heterose);
 Obter a complementariedade;
 Melhoramento genético rápido;
 Otmizar o mérito genético aditivo;
 Permitir a formação de novas raças

Com intúito de obter:

Melhoria na eficiência de produção (carne, leite, pele ou lã)


Heterose

Peso ao desmame (kg) em animais da raça Dorper e SRD e seus


mestiços (½ Dorper e ½ SRD)

 Média dos pais: 16,2 Kg (Dorper: 20,4 Kg e SRD: 12,0 Kg)


 Média da progênie: 18,3 Kg
 Heterose: 12,96% ((média da progênie – média dos pais)/média dos
pais x 100)
Escolha das raças a serem utilizadas no cruzamento
 Raças paternas (reprodutores) e raças maternas (matrizes)
 Adaptabilidade na região
 Disponibilidade na compra de animais para reposição
 Preço acessível
 Estacionalidade reprodutiva

 Características desejáveis na raça paterna


 Precocidade;  Boa conversão alimentar;
 Maior rendimento de carcaça;  Alto GPMD;
 Alta libido;  etc.

 Características desejáveis na raça materna


 Boa prolificidade;  Não estacional;
 Alta habilidade materna;  etc.
 Alta produção de leite;
 Rusticidade;
 Exemplos de raças maternas para produção de carne

SRD, Santa Inês, Cariri, Soinga, etc.

 Exemplos de raças paternas para produção de carne

Dorper, Texel, Ile de France, etc


 Cruzamentos mais utilizados na ovinocultura:

1. Simples ou Industrial

2. Triplo ou Three-cross

3. Contínuo ou Absorvente

 A utilização de cada um irá depender:

 Objetivo da criação;

 Genética do rebanho;

 Condições de manejo.
1. Cruzamento industrial

 Quando se quer explorar apenas os animais da 1ª geração

Fonte: Siqueira (2001).

 Crias ½ sangue (F1) destinadas ao abate, independente do sexo.

 O máximo de vigor híbrido é alcançado neste tipo de cruzamento.


Pesos ao nascimento, ao desmame (64 dias) e ao abate (128 dias) e
ganhos de peso diário do nascimento ao desmame, do desmame ao abate
e do nascimento ao abate de cordeiros Texel, Suffolk e cruza Texel x Suffolk
em Kg.
Genótipo
Variável Texel Suffolk Texel x
Suffolk
Peso corporal (kg)
Ao nascimento (PN) 3,33 4,82 5,20
Ao desmame (PD) 21,80 24,42 31,90
Ao abate (PA) 37,73 43,92 48,25
Ganho de peso diário (kg)
PN-PD 0,29 0,32 0,39
PD-PA 0,25 0,28 0,28
PN-PA 0,27 0,30 0,33
Fonte: Adaptado de CARVALHO et al. (2005)
Fonte: Siqueira (2001).
2. Cruzamento triplo

 Visa obter ganhos sobre


a heterose (“choque de
sangue”).

 Cruza-se fêmea SRD


tipo carne adaptada, com
macho puro “tipo leite”.

 Irá aumentar a capacidade leiteira das crias.

 Essas crias com boa produção leiteira serão cruzadas com um


macho puro “tipo carne”.

 A velocidade de ganho de peso fornecida pelo macho, somada à


boa produção de leite da mãe resultam em um cordeiro: mais pesado
ao desmame (mãe teve boa produção de leite) e precoce
(rapidamente vai ao abate).
3. Cruzamento absorvente

 Quando se deseja substituir uma raça ou grupo de animais por


outra.

Fonte: Siqueira (2001)

 Caminho mais curto, simples e barato para melhorar as raças não


especializadas.
3. Cruzamento absorvente

 ARCO → serviço chamado Controle de Gerações (CG).

 O criador associado solicita a visita de um inspetor técnico que irá


tatuar a orelha esquerda das cordeiras ao pé das mães,
produzidas dentro do processo de cruzamento absorvente.

 As filhas são tatuadas na sequência conforme a tatuagem e grau


de sangue das mães, ou seja:

 CG 1 para as cordeiras 1/2 sangue


 CG 2 para as 3/4
 CG 3 para as 7/8
 e CG 4 para as 15/16 de sangue.

 A filha ou filho da CG 4 já é considerado um puro por cruza (31/32


de sangue) e será inspecionado quando adulto para receber um
registro definitivo como PC.
Atualmente:

 Seleção de raças especializadas para corte


Atualmente:

 Adoção de cruzamentos com raças especializadas para


corte

 Cruzamento industrial é o mais utilizado


Atualmente:

 Preferência dos frigoríficos: animais cruzados

Cordeiros cruzados
Santa Inês x Dorper

 Importante: A cabanha que trabalha com cruzamento industrial


deverá ter matrizes e reprodutores puros (reposição)

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