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Basílio Cássimo Sabite

Belita Samuel Assane

Tema: Trabalho em grupo de Língua Portuguesa

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2020
Basílio Cássimo Sabite
Belita Samuel Assane

Tema: Trabalho em grupo de Língua Portuguesa

Trabalho Investigatório de Língua Portuguesa a ser entregue no


Departamento de Educação e Psicologia, curso de Ensino Básico
para fins avaliativos.
Docente: dra. Lucinda Manhiça.

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2020
1. O texto é um conto, porque nele há duas funções: a lúdica e a didáctica. A lição moral
que dele podemos tirar, é de que “os Homens não se devem medir a palma da mão”. O
Delegado ficou surpreso ao saber que afinal de contas o Sueco não era pessoa qualquer,
mas sim genro de um dos generais do exército.
2. i. O narrador, quanto ao seu estatuto na narrativa é homodiegético, pois reconta a história
na primeira pessoa (cf. “contaram-me que…”) como uma personagem secundária; e
quanto a ciência ele é um narrador de conhecimento interno, porque não conhecendo
profundamente a história que reconta, mostra que conhece-a ao nível das personagens.
ii. Caracterização das personagens quanto ao relevo:
 Personagem protagonista (o Delegado e a mulher do Sueco);
 Personagens secundárias (o Sueco, os filhos do Sueco, o general queixoso o
escrivão);
 Personagens aludidas (o coronel, o major e o general pai da mulher do Sueco).

Caracterização de personagens quanto ao tipo:

 Personagens planas (Sueco);


 Personagens redondas (general queixoso, o delegado, a mulher do Sueco;
 Personagens modeladas (o escrivão, os filhos).
iii. Classificação do tempo: Tempo cronológico (um dia).
iv. Classificação do espaço: espaço geográfico (na rua do bairro, na delegacia, no país –
Brasil).
v. Classificação das acções:
 Acção principal: Intimação do sueco para comparecer na delegacia;
 Acção Secundaria: Jogo de futebol das crianças.
3. A sequência das acções usadas nesta narrativa é a de encadeamento, pois verifica-se uma
sucessão de acontecimentos de forma encadeada.

Chamada ou intimação Ameaça do


Jogo de crianças Jogo de crianças
do sueco na delegacia delegado ao sueco
com bola de meia com bola de
meia
Posição humilde do Reacção da mulher do
delegado face a reacção da sueco face às ameaças
mulher de sueco do delegado
4. Modelo actancial das personagens do texto
1º Actante 2º Actante 3º Actante

Agente da acção Paciente da acção Aquele em beneficio do qual se realiza a da acção

Destinador: O Delegado Objecto: Sueco e filhos Destinatário: O general

Adjuvantes Sujeito Oponentes


(o escrivão) (a mulher, o major, o coronel e o general – pai)

5. Distinção entre conto, novela, lenda e fábula


Nº Categoria Conto Novela Lenda Fábula
Reduzido nº de Reduzido nº de Animais
1 Personagem personagens
Muitas personagens
personagens antropomorfizados
Unidade de acção sem Acção com várias
2 Acção intrigas secundárias. intrigas secundárias
Unidade de acção Unidade de acção
Esquema temporal
Esquema temporal
3 Tempo reduzido (cronológico
dilatado
Reduzido Reduzido (cronológico)
ou psicológico)
4 Espaço Reduzido Diversificado Unitário Unitário (simplificado)
5 Narração Predominante Predominante Predominante Predominante
6 Descrição Quase total ausência Quase ausente Quase ausente Quase ausente
7 Linguagem Formal ou informal --------------------- ---------------- -------------------------

Importa salientar que todos textos (conto, lenda, novela e fabula) para além da função
lúdica, também têm a função didáctica, pois deixam alguma lição moral.
6.

Nº Categoria Lenda Fábula


Tipemba: conta a história de Catija. É narrador
heterodiegético, conta na 3ª pessoa. No texto “A
Gruta de Cantaia” o narrador que conta como Heterodiegético, conta a historia na 3ª
1 Narrador Tipemba conta a história de Catija é
homodiegético, porque conta a historia na 1ª pessoa.
pessoa, mas como uma personagem secundária (ef.
“Tipemba….acocorou-se e contou-nos”.
Protagonista: Cantaia;
Secundárias: Catija Moiaruvale (marido de
Cataia), Nhacuaua, Kokuanas, Tari e Milako; As personagens são animais personificados
2 Personagem Aludidas: A família de Cantaia, rei dos (cavalo, burro, tropeiros e papagaio).
nhunguês (Matambo Mukulo), dois leões, o
povo de Matambo.
3 Acção Acção central da lenda anda à volta de Tem unidade de acção (curedo): cavalo e
Cantaia que na ausência do marido
engravidou e nasceu Catija, numa gruta. burro discutem devido a ma divisão da carga
Submetida à prova Cantaia morre e sua filha que levam.
Catija engravida de Tari e nasce Milako que
continua a viver na gruta.
A lenda destina-se a explicar a razão de ser
das cheias e grandeza do rio Zambeze.
Cronológico (reduzido): “no tempo de
4 Tempo Matambo Mukulo”; “ havia muitas luas”; O tempo é reduzido e cronológico.
“noites”
5 Físico: junto da fogueira; na gruta; no É simplificado, sem variação de ambiente. “
Espaço
lago. Caminho do interior para cidade”.
Sequência da narrativa: Encadeamento:
Tipemba, a volta da fogueira conta a história Encadeamento: Situação inicial (cavalo e
de Cantaia; Cantaia engravida e foge para burro caminham juntos); quebra da situação
Sequência da
6 narrativa
gruta; nasce Catija; Cantaia é submetida à
inicial; conflito; desenvolvimento; clímax e
prova e morre; Catija engravida de Tari e
nasce Milako; Catija morre sem se saber conclusão.
como fica Milako.

Anexo os textos
O Cavalo e o Burro

Cavalo e burro seguiam juntos para cidade. O Cavalo, contente da vida, folgando com uma carga
de quatro arrobas apenas, e o burro – coitado! Gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o
burro parou e disse:

___ Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso
irmanamente, seis arrobas para cada um.

O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.

___ Ingénuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso bem continuar com as
quatro? Tenho cara de tolo?

O burro gemeu:

___ Egoísta! Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga das quatro arrobas
mais a minha. O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porem, o burro
tropeça, vem ao chão e rebenta.

Chegam os tropeiros, maldizem da sorte e sem demora arrumam as oito arrobas do burro sobre
as quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem
piedade.

___ Bem feito! – exclamou um papagaio. Quem o mandou ser mais burro que o pobre burro e
não compreender que o verdadeiro egoísmo era alivia-lo da carga em excesso? Tome! Gema
dobrado agora….

LOBATO, Monteiro. Fábulas, São Paulo: Brasiliense, 1994.

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