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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

ISCISA

CURSO DE LICENCIATURA EM TECNOLOGIA BIOMÉDICA


LABORATORIAL

Protocolo de Monografia de Investigação


Versão Final

Avaliação de níveis de ferro, ferritina, transferrina e capacidade plasmática total


de ligação do ferro em pacientes politransfudidos com idade igual ou superior a
18 anos nas enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital Central de
Maputo – Marco a Abril 2020

Estudante

Zainadine Tamimo Sumela Agy

Supervisor

Folário Draiva Tefo

Código

TFCTBLZA 15/19

Maputo, Março de 2020


“Avaliação de níveis de ferro, ferritina, transferrina e capacidade plasmática total de 2019
ligação do ferro em pacientes politransfudidos com idade igual ou superior a 18 anos
nas enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital Central de Maputo – Marco
a Abril 2020”

Lista de abreviaturas, acrónimos e siglas


ADN – Ácido desoxirribonucleico

BSHCM – Banco de Sangue do Hospital Central de Maputo

CGV – Concentrado de Glóbulos Vermelhos

CHF - Concentração Hepática de Ferro

CIBS- Comité Institucional de Bioética para Saúde

Fe2+ - Ferro ferroso

Fe3+- Ferro férrico

Hb – Hemoglobina

HCM – Hospital Central de Maputo

HFE - Proteína da Hemocromatose

ISCISA - Instituto Superior de Ciências de Saúde

NTBI - Ferro Não Ligado à Transferrina

PFC – Plasma Fresco Congelado

RPM -Rotações por minuto

SNS – Sistema Nacional de Saúde

RI – Resistência a Insulina

TIBC - Capacidade Plasmática Total de Ligação do Ferro

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Índice

1 Introdução.................................................................................................................................5

2 Revisão da literatura.................................................................................................................7

2.1 Conceitos...........................................................................................................................7

2.2 Metabolismo de ferro........................................................................................................7

2.3 Mecanismos de absorção do ferro.....................................................................................7

2.4 Sobrecarga de ferro transfusional.....................................................................................8

2.5 Determinação de sobrecarga de ferro..............................................................................10

3 Enunciando o problema e questão de partida.........................................................................11

4 Hipótese..................................................................................................................................13

5 Justificativa.............................................................................................................................14

6 Objectivos...............................................................................................................................15

6.1 Objectivo geral................................................................................................................15

6.2 Objectivos específicos.....................................................................................................15

7 Material e métodos.................................................................................................................16

7.1 Descrição do Local de estudo.........................................................................................16

7.2 Tipo de estudo e método de abordagem..........................................................................16

7.3 Horizonte temporal do estudo.........................................................................................16

7.4 População, amostra.........................................................................................................16

7.5 Técnicas de amostragem.................................................................................................17

7.6 Critérios de inclusão e exclusão......................................................................................17

7.7 Variáveis de estudo.........................................................................................................17

7.8 Técnicas e instrumentos de recolha de dados.................................................................17

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7.9 Materiais e equipamentos................................................................................................18

7.9.1 Materiais..................................................................................................................18

7.9.2 Equipamentos..........................................................................................................18

7.10 Procedimentos.................................................................................................................18

7.11 Obtenção e preparação de amostra..................................................................................18

7.12 Testagem laboratorial......................................................................................................19

7.13 Métodos de análise e processamento de dados...............................................................19

7.14 Formas de Interrupção ou Suspensão da pesquisa..........................................................20

7.15 Modelo de escrita científica............................................................................................20

7.16 Forma de disseminação dos resultados do estudo...........................................................20

7.17 Considerações éticas.......................................................................................................21

7.18 Cronograma.....................................................................................................................22

7.19 Orçamento.......................................................................................................................23

Referências bibliográficas.............................................................................................................24

APÊNDICES.................................................................................................................................27

ANEXOS.......................................................................................................................................28

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1 Introdução
O ferro é um mineral vital para a homeostase celular e está presente principalmente no complexo
porfirínico e nas proteínas do seu armazenamento, ferritina e hemossiderina. Sendo que o ferro faz
parte da hemoglobina, da mioglobina e de algumas enzimas, onde participa em vários processos
vitais como os mecanismos oxidativos celulares e o transporte de oxigénio no organismo (Grotto,
2010; Motta, 2009; Sakai & Monterio, 2018).

A concentração do ferro no organismo de um adulto saudável é de aproximadamente 2-5g. E essa


concentração é regulada por alterações na absorção intestinal, cujo 5-10% do ferro da dieta é
absorvido no duodeno (Motta, 2009).

O ferro no organismo apresenta-se sob duas formas: ferro ferroso (Fe 2+) encontrado na hemoglobina,
ferro férrico (Fe3+) está armazenada na ferritina e hemossiderina. O fe 3+ também pode estar
combinado a transferrina, proteína responsável por transporte de ferro no sangue. Quando a
concentração de fe3+ ultrapassa 5g está-se perante sobrecarga de ferro que pode complicar a saúde
(Bringhenti, 2011; Motta, 2009).

A sobrecarga de ferro é uma condição clínica em que há aumento nos níveis de ferro no organismo
devido a vários factores entre eles as transfusões de sangue repetitivas causadas por anemias, doenças
hematológicas e doenças hepáticas ou uso indevido de ferro pelo organismo e é mais frequente em
pacientes com talassemia, anemia falciforme, anemia aplásica refratária, síndromes mielodisplásicas,
aplasia pura de série eritróide e leucemias agudas (Hoffbrand, 2013; Motta, 2009 & Ward, 2010).

Algumas evidências apontam para um menor impacto da sobrecarga de ferro sobre os tecidos nos
pacientes com anemia falciforme em relação aos pacientes com talassemias e raramente, os doentes
de leucemias agudas podem, em virtude das transfusões repetitivas podem apresentar sobrecarga de
ferro (Sheth, 2014).

As síndromes mielodisplásicas constituem um grupo heterogéneo de doenças clonais adquiridas da


medula óssea, caracterizadas por hematopoiese ineficaz e inadequada. Suas complicações são
quadros de anemia crónica refractária para os quais onde as transfusões representam a única opção
terapêutica (Patnaik & Tefferi, 2018).

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O desenvolvimento desta pesquisa pode despertar a classe médica na tomada de medidas após
politransfusão sobre questões relacionadas com sobrecarga de ferro induzidas pelas transfusões
sanguíneas, dai a realização do presente estudo com objectivo de avaliar as alterações de níveis de
ferro, ferritina, transferrina e capacidade plasmática total de ligação do ferro em pacientes
politransfundidos nas enfermarias de Oncologia e Hematologia.

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2 Revisão da literatura
2.1 Conceitos
O ferro é um mineral vital para a homeostase celular, pois é essencial para o transporte de oxigénio,
para a síntese de ADN e metabolismo energético. É um cofactor importante para enzimas da cadeia
respiratória mitocondrial e na fixação do nitrogénio (Grotto, 2010; Motta, 2009).
O ferro é útil quando estiver ligado as proteínas criando capacidade de oxidar substratos. Quando
estiver livre representa um risco muito grande para a vida, pois, passa a agir contra o organismo
produzindo radicais livres. Duas proteínas são importantes para regular os níveis de ferro: a ferritina
e transferrina (Prá, 2008).

A ferritina é a principal proteína de armazenamento ferro dentro da célula, mantendo-o em uma


forma solúvel e não-tóxica. Cada molécula de ferritina é provavelmente composta de um escudo
esférico de proteína com 24 subunidades, divididas em duas subunidades (H e L) em diferentes
proporções sendo a maior concentração encontra-se no citoplasma e mitocondria (Motta, 2009).

Transferrina é uma glicoproteína que transporta ferro pelo plasma. A ferritina é sintetizada e
secretada pelo fígado é responsável por doar o ferro para as células através da interacção da
transferrina com capacidade total de ligação de ferro TIBC (Grotto, 2010; Motta, 2009).

2.2 Metabolismo de ferro


O ferro utilizado pelo organismo é proveniente da dieta e da reciclagem de hemácias senescentes. O
ferro da dieta é encontrado sob forma orgânica ou heme, que é proveniente principalmente em
vísceras de animais, tais como fígado, coração e rins, enquanto que a forma inorgânica ou não-heme
é obtido em vegetais (Grotto, 2010).

O ferro é libertado na circulação via enterócitos, hapatócitos e macrógafos. Os enterócitos são


responsáveis por absorver 1-2mg de ferro proveniente da dieta enquanto os macrófagos reciclam 20-
25mg de ferro das hemácias destruídas (Bringhenti, 2011).

2.3 Mecanismos de absorção do ferro


A absorção do ferro inorgânico se dá pelas mitocôndrias das células da mucosa intestinal as quais
utilizam parte desse elemento para si e o restante pode atravessar o citoplasma, entrando na

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circulação sanguínea onde será transportado pela transferrina. O ferro orgânico é absorvido pelas
células da mucosa intestinal onde se separa do heme pela acção da enzima hemeoxigenase e depois
segue a mesma via do ferro inorgânico (Grotto, 2010; Motta, 2009).

O Fe3+ é reduzido a Fe2+ pela enzima redutase férrica no interior no lúmen intestinal do enterócito
permitindo a sua saída para o plasma, atravessando a barreira de células epiteliais onde é transportado
para os depósitos de ferro (ferritina e Hemossiderina), assim como para os eritroblastos da medula
óssea para síntese da hemoglobina (Costa et al., 2013).

O Fe2+ absorvido pelos enterócitos no duodeno proximal e libertado pela membrana basolateral para
corrente sanguínea via ferroportinas e é oxidado em uma membrana de cobre e a enzima hefastina
ferroxidase para se ligar a transferrina onde é transportado pela corrente sanguínea para as células ou
órgão alvo (Grotto, 2010; Motta, 2009).

A ligação do ferro à transferrina possibilita o aumento da sua solubilidade e atenua sua reactividade
garantindo o transporte seguro e libertação para as células, entretanto, em situações de excesso de
ferro, quando a capacidade de ligação da transferrina está saturada, o ferro não ligado a transferrina
(NTBI) aparece no plasma sanguíneo (Grotto, 2010).

Uma das proteína reguladora da absorção intestinal do ferro no organismo é a proteína da


hemocromatose (HFE) que interage com o receptor da transferrina para detectar o seu grau de
saturação, sinalizando para o enterócito se há maior ou menor necessidade de absorção do ferro
intestinal enquanto o ferro proveniente da degradação de hemácias senescentes é transportado no
plasma pela transferrina até os locais onde será reutilizado (Costa et al., 2013; Grotto, 2010)

2.4 Sobrecarga de ferro transfusional


A regulação de ferro no organismo pode ser comprometida por várias anomalias e levar a deficiência
ou sobrecarga de ferro. A sobrecarga de ferro do ferro pode ser causada por vários mecanismos
resultados da tentativa de correcção de anemia como toma de medicamentos ou produtos contendo
ferro ou transfusões sanguínea (Garbowski et al., 2015).

As transfusões de sangue compensam a anemia aguda, previnem algumas deformidades ósseas,


facilitam o crescimento normal e os níveis de actividade. Pacientes com anemias hemolíticas como β-
talassemias, anemias falciforme e leucemias, precisam de transfusões sanguíneas regulares facto que

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pode levar a sobrecarga de ferro caso essas transfusões não seja acompanhada com terapia de
estratificação de ferro (Shah, Sayani, Trompeter, Drasar, & Piga, 2019).

Paciente com anemia hemolítica e transfusões sucessivas, a investigação de sobrecarga de ferro é


indispensável. Os exames de rotina que fazem parte desta avaliação incluem: ferro sérico, ferritina
sérica, transferrina e concentração hepática de ferro (CHF) (Murray, Gelder, Pringle, Johnson, &
Doherty, 2016).

Em caso de paciente que se apresentem com alteração nos padrões normais destes exames, a
estratificação destes pacientes de acordo com o grau de sobrecarga de ferro por forma a definir
melhor a conduta clínica deve ser feita (Murray et al., 2016).

Até finais da década de 90 a desferroxamina era o único agente quelante de ferro aprovado e
disponível para tratamento de sobrecarga de ferro. Actualmente existem mais opções de quelantes
como é o caso da Deferiprona (1,2-dimetil-3hidroxil-4-piridona) oral de 500 mg com dose
recomendada de 25mg/kg e Deferasirox (Murray et al., 2016; Valent et al., 2018).

De acordo com Kroot, et al, (2011) o organismo não possui um mecanismo específico para excretar o
excesso de ferro, transfusões contínuas realizadas por um longo período levam ao desenvolvimento
de sobrecarga de ferro nos macrófagos e hepatócitos, e esses não são mais capazes de reter e reservar
o ferro excedente.

O ferro entra na circulação em quantidades que excedem a capacidade de transporte da transferrina e


com isso, aparece na circulação o NTBI que é o principal mecanismo de toxicidade no organismo
(Kroot, Tjalsma, Fleming, & Swinkels, 2011).

Em um esquema típico de transfusão sanguínea, pacientes com anemias hemolítica acumulam ferro a
uma taxa de 0,3 a 0,6 mg/kg de peso corporal por dia. O excesso de ferro no organismo humano é
tóxico em níveis acima de 12 a 24g de ferro total. Esse excesso acumula-se no coração, fígado e
sistema endócrino responsável pelas hormonas reprodutoras (Cappellini, Cohen, Porter, Taher, &
Viprakasit, 2014; Yardumian et al., 2016).

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2.5 Determinação de sobrecarga de ferro


Para avaliar os distúrbios do metabolismo de ferro são necessários determinar os seguintes testes
ferro sérico ligado à transferrina sérica, (TIBC) e da ferritina (Motta, 2009).

A dosagem de ferro sérico é utilizada no diagnóstico e tratamento de doenças como anemia


ferropénica, hemocromatose (uma doença associada ao depósito generalizado, nos tecidos, de dois
pigmentos que contêm ferro, hemossiderina e hemofuscina, e que se caracteriza pela pigmentação da
pele) e doença renal crónica (Antunes, 2016; Resende, Viana, & Vidigal, 2009).

A dosagem da ferritina sérica é o teste diagnóstico mais usado na prática clínica para avaliação de
sobrecarga de ferro é um método quantitativo, reprodutível, sensível e de fácil execução. Quando os
valores ferritina estiverem reduzidos pode indicar diminuição ou ausência de ferro nos locais de
depósito enquanto o seu aumento indica depósito de ferro no organismo (Rocha, Dantas, Carvalho,
& Moreira, 2011).

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3 Enunciando o problema e questão de partida


As transfusões do sangue são, normalmente, um meio eficaz de corrigir temporariamente a
deficiência de hemácias, plaquetas ou de factores de coagulação e pode representar a única maneira
de salvar uma vida ou de melhorar rapidamente uma anemia grave (Anvisa, 2007), porém o excesso
de transfusões podem levar a sobrecarga de ferro por depósito progressivo do ferro livre (Wood,
2010).

O excesso de ferro pode levar à cardiomiopatia, o risco de fibrose hepática, cirrose hepática,
carcinoma hepatocelular e distúrbios endócrinos tais como hipogonadismo, crescimento retardado,
puberdade atrasada, infertilidade, diabetes, hipotireoidismo e hipoparatireoidismo (Cappellini et al.,
2014; Yardumian et al., 2016).

A sobrecarga de ferro devido as transfusões de sangue repetidas ou regulares, ocorre em pacientes


com hemoglobinopatias (betalassemias), membranopatias (síndrome falciforme, esferocitoese
hereditária) dos eritrócitos, doenças hematológicas e doenças hepáticas. Estas situações, causam
destruição precoce dos eritrócitos, culminando assim com aumento do depósito de ferro nos
hepatócitos, na musculatura periférica e no sangue [ CITATION Laz07 \l 2070 ].

Durante o período da quimioterapia os pacientes da Oncologia e Hematologia necessitam de fazer


uma ou mais unidades de sangue para transfusão, pois os quimioterápicos destroem as células
saudáveis e malignas. E cada unidade de sangue transfundida contem aproximadamente 200-250mg
de ferro sendo que cada transfusão o indivíduo chega a absorver 8-16mg de ferro por dia e, um
indivíduo que não se submete à terapia transfusional absorve em média diária 1-2mg de ferro (Costa
et al., 2013).

Dada a raridade destas condições patológicas na literatura, foi encontrada pouca informação em
relação a frequência da sobrecarga de ferro a nível mundial. O estudo feito em 2003 no Reino Unido,
onde a população com β-talassemia foi estimada em 3% (Mcleod et al., 2009).

O estudo feito no Brasil, um país com população de aproximadamente 200 milhões de habitantes
onde eram estimados cerca de 490 indivíduos com β-talassemia, a frequência de sobrecarga de ferro
na população geral estimou-se em 0.02% (Silva & Santos, 2009).

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Olhando para as consequências da sobrecarga do ferro podem acarretar custos para as famílias assim
como o sistema de saúde, não foram encontrados artigos com dados globais oficiais que indiquem a
magnitude do problema a nível mundial, em África e em Moçambique. Este é um dos motivos que
suscita interesse para o estudo do presente problema como forma de trazer informação sobre a
magnitude da sobrecarga de ferro ao nível local.

Tendo em conta que os efeitos e as complicações resultantes do excesso do ferro livre no organismo
que pode ser induzida por transfusões, nos leva a seguinte questão:

Quais são os níveis de ferro, ferritina, transferrinae TIBC em pacientes politransfudidos nas
enfermarias de Oncologia e Hematologia do HCM de Janeiro a Fevereiro de 2020?

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4 Hipótese
H0: A sobrecarga de ferro em pacientes politransfundidos é superior ou igual a 5%

H1: A sobrecarga de ferro em pacientes politransfundidos é inferior a 5%

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5 Justificativa
Em vários casos vividos profissionalmente e nos estágios escolares, apenas foram vistos pedidos de
controlo de Hemoglobina (Hb) e raros ou quase poucos pedidos de controlo da cinética do ferro
(ferro sérico, ferritina, transferrina e TIBC) em pacientes após transfusão.

As transfusões sanguíneas podem levar a uma condição tida como hemossideremia e


consequentemente acúmulo de ferro nos tecidos corporais, o que pode levar a complicações futuras
como o aumento do risco de desenvolver diabetes, cardiopatias, danos no ADN, pigmentação
melânica da pele e desta forma, interferir negativamente na qualidade de vida dos pacientes com
condições ou patologias que requerem transfusões periódicas, entretanto, a presente investigação
contribuirá com conhecimentos científicos de modo a melhorar o seguimento clinico de pacientes
politransfundidos e ainda espera-se possa servir de fonte para novas pesquisas e consultas
académicas.

E sabendo que, a correcção tardia da sobrecarga de ferro, além de constituir um desafio para a
equipe médica, cria encargos financeiros para o paciente, a família e o Sistema Nacional de Saúde
(SNS) como um todo nas despesas do tratamento dessas complicações geralmente difíceis de tratar.

O conhecimento precoce dos níveis de sobrecarga de ferro após politransfusão, facilitaria o


seguimento clínico dos pacientes assim como a elaboração de fluxogramas de seguimento clínico, de
forma a facilitar a identificação de tendências de sobrecarga de ferro em pacientes alvos e evitar
gestão tardia das complicações.

Esta pesquisa ao trazer informações importantes para os clínicos através do envio do relatório final
do estudo nas enfermarias em estudo, de modo a fazer mapeamento precoce da sobrecarga de ferro
bem como no seguimento dos pacientes de forma a evitar precocemente as complicações. Espera-se
com presente estudo contribuir com evidências científicas para tomada de decisão na gestão clínica
dos casos de forma a oferecer melhor qualidade de vida aos pacientes politransfundidos, através do
controlo seriado regular da cinética de ferro (ferro, ferritina, transferrina e TIBC) em pacientes alvos
de complicações e que estejam em seguimento nos serviços de Hematologia e Oncologia e ainda
poderá servir de fonte de consulta para posteriores pesquisas académicas.

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6 Objectivos
6.1 Objectivo geral
 Avaliar os níveis de ferro, ferritina, transferrina e capacidade plasmática total de ligação do
ferro em pacientes, politransfudidos com idade igual ou superior a 18 anos nas enfermarias de
Oncologia e Hematologia do HCM de Janeiro a Fevereiro 2020

6.2 Objectivos específicos


 Determinar os níveis de ferro, ferritina, transferrina e TIBC em pacientes politransfudidos
antes e após cada transfusão
 Comparar os resultados obtidos de ferro, ferritina, transferrina e TIBC antes e após cada
transfusão
 Comparar resultados obtidos de ferro, ferritina, transferrina e TIBC de acordo com o número
de transfusões sanguíneas realizadas

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7 Material e métodos
7.1 Descrição do Local de estudo
O estudo será realizado nas enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital Central de Maputo
(HCM).

O HCM localiza-se na Cidade de Maputo, Distrito Municipal Ka Mpfumo, Bairro Central, com uma
extensão territorial que ocupa uma área de 163800 m2, e é uma Unidade Sanitária de referência
nacional, de nível 4, oferece atendimento de mais de 20 especialidades médicas e cirúrgicas e conta
com 1500 camas (CMCM, 2013).

No Laboratório de bioquímica realizam-se os testes de perfil hepático, perfil renal, perfil cardíaco,
perfil glicémico, perfil anémico, marcadores tumorais, hormonais e de doenças infecciosas. As
amostras serão processadas no Laboratório de Bioquímica do HCM.

7.2 Tipo de estudo e método de abordagem


Será realizado um estudo transversal comparativo de abordagem quantitativa com objectivo de
avaliar os níveis de ferro, ferritina, transferrina e TIBC em pacientes em politransfusões de forma a
estabelecer a ocorrência ou não de sobrecarga de ferro a fim de produzir conhecimentos práticos
dirigidos a solução de problemas de saúde envolvendo essa população.

7.3 Horizonte temporal do estudo


A recolha de será realizado nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2020, período em que o estudante
estará de férias e poderá participar activamente no processo de recolha de dados no local de estudo.

7.4 População, amostra


A população deste estudo será constituída por pacientes que durante o período de estudo serão
submetidas as transfusões nas enfermarias de Oncologia e Hematologia do HCM.

Segundo informações fornecidas do Banco de Sangue do Hospital Central de Maputo (BSHCM)


atendeu nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2019 cerca de 3963 pedidos de Concentrado de
Glóbulos Vermelho (CGV), sendo que 445 pedidos são das Enfermarias de Oncologia e
Hematologia, o estudo será constituído por 76 participantes calculados pela fórmula abaixo.

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Fórmula 1. Fórmula para o cálculo do tamanho de amostra.

Z 2 . p (1−p ) . N
n=
d 2 ( N−1 ) + Z 2 . p(1− p)

1.962 .0.5 ( 1−0.5 ) .445


n=
0.052 ( 445−1 ) +1.962 .0.5 (1−0.5)

n=75.90≃ 76

Onde: Z= 1. 96; d= Risco ou Erro de 5%; p (proporção ou probabilidade de ocorrência) = 0.5; N


(População Total) = 445; n (amostra) = 76

7.5 Técnicas de amostragem


No presente estudo será utilizada a amostra não probabilística por conveniência, isto é, pacientes com
transfusões repetidas durante o período que estiverem internados nas enfermarias de Hematologia e
Oncologia do HCM, a selecção dos participantes será feita de acordo com a disponibilidade dos
mesmos no período de recolha de dados.

7.6 Critérios de inclusão e exclusão


No presente estudo, serão incluídas todos pacientes com idade igual ou superior a 18 anos que forem
submetidos a mais de uma transfusão de sangue. Serão excluídos no estudo todos pacientes que
estiver a fazer a suplementação de ferro (sulfato ferroso) pacientes em uso de agentes quelantes
(desferroxamina, deferiprona e deferasirox) e pacientes que estiverem inconscientes.

7.7 Variáveis de estudo


São variáveis de estudo: o sexo, idade, níveis de ferro, ferritina, transferrina, TIBC e número de
transfusões

7.8 Técnicas e instrumentos de recolha de dados

Será usado a técnica de observação participativa e vai se usar ficha de recolha de dados (Apêndice).
A ficha será preenchida pelo observador (investigador principal) nas enfermarias para dados
demográficos (sexo e idade) e atribuição do código do participante e no laboratório para os valores
fornecidos pelos analisadores automáticos.

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ligação do ferro em pacientes politransfudidos com idade igual ou superior a 18 anos
nas enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital Central de Maputo – Marco
a Abril 2020”

7.9 Materiais e equipamentos


7.9.1 Materiais
Tubos secos, luvas, seringa, suporte de tubo e colman.

7.9.2 Equipamentos
Centrífuga e analisadores automáticos (BACKMAN COULTER AU680)

7.10 Procedimentos

Os pacientes serão abordados dentro das enfermarias onde se encontram internados . Os pacientes que
aceitarem participar no estudo, serão explicados os objectivos, os procedimentos do estudo e a
voluntariedade da participação. Se a ideia de participar se mantiver, os mesmos serão convidados a
assinar o termo de consentimento (Anexo 1) e será feito o acompanhamento dos doentes a partir da
primeira transfusão, onde será colhida amostra de sangue no tubo seco antes e depois de cada
transfusão para posteriormente serem processadas nos analisadores automáticos BACKMAN
COULTER AU680.

Primeiramente será determinada os valores de ferro, ferritina, transferrina e TIBC, antes da


transfusão a fim de verificar o estado inicial do participante e garantir que no final da pesquisa o
paciente que tiver sobrecarga de ferro seja influenciado pelas transfusões dado que existem outros
factores que podem levar a sobrecarga de ferro, como o uso prolongado de medicamento, alguns
alimentos, uso de drogas, doenças hepáticas, entre outras.

Após determinar os níveis de ferro, ferritina, transferrina e TIBC antes de cada transfusão, vai se
determinar os mesmos níveis após a transfusão a fim de verificar o quanto o participante ganhou pela
transfusão e quanto vai absorver no intervalo das transfusões.

7.11 Obtenção e preparação de amostra

Serão colhidas 3-4ml de sangue no tubo seco e levada imediatamente ao laboratório enquanto ocorre
o processo de coagulação e de seguida será centrifugada a 3500rpm durante 10min e o soro serão
depositados nas respectivas cuvetes e programadas para a corrida no equipamento BACKMAN
COULTER AU680.

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“Avaliação de níveis de ferro, ferritina, transferrina e capacidade plasmática total de 2019
ligação do ferro em pacientes politransfudidos com idade igual ou superior a 18 anos
nas enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital Central de Maputo – Marco
a Abril 2020”

7.12 Testagem laboratorial


Na determinação de níveis de ferro, ferritina e transferrina será realizado no equipamento
BACKMAN COULTER AU680

Na determinação de ferro in vitro usa-se o método cromogéneo usando TPTZ [2,4,6-Tri- (2-piridil)
-5-triazina] num meio ácido, onde o ferro ligado à transferrina dissolve-se em iões de ferro livre e
apotransferrina. O ácido clorídrico e o ascorbato de sódio convertem os iões de ferro no estado
ferroso e estes reagem depois com o TPTZ para formar um complexo de cor azul que pode ser
medido bicromaticamente a 600/800nm.

Na determinação de ferritina, in vitro ocorre com diminuição da intensidade da luz transmitida


(aumento na absorvância) através das partículas suspensas na solução resultantes dos complexos
formados durante a reacção antigénio-anticorpo está na base deste ensaio. O reagente de antiferritina
é uma suspensão de partículas de látex de poliestireno, de tamanho uniforme, revestidas com um
anticorpo de antiferritina de coelho policlonal. Quando o soro com ferritina é misturado com o
reagente de antiferritina, ocorre uma mistura de aglutinação o qual é medido espetrofotometricamente
nos analisadores de bioquímica da BECKMAN COULTER.

Na determinação de transferrina in vitro ocorre quando uma amostra de soro é misturada com tampão
R1 e solução anti-soro R2, a transferrina humana reage especificamente com anticorpos transferrina
anti-humanos para produzir agregados insolúveis, onde esses agregados são proporcionais á
concentração de transferrina na amostra.

Na determinação de capacidade de ligação de ferro não, o ferro ferroso (Fe 2+) a pH alcalino,
adicionado ao soro, liga-se especificamente à transferrina nos locais de ligação do ferro não saturado.
O ferro ferroso não ligado remanescente reage com o Nitroso-PSAP [2-Nitroso-5- (N-propil-
Nsulfopropilamino) fenol] para formar um intenso complexo verde. A diferença entre a alteração
resultante na absorvância medida e a absorvância da quantidade total adicionada ao soro é
equivalente à quantidade ligada à transferrina.

7.13 Métodos de análise e processamento de dados

Os dados serão armazenados na base de dados usando o pacote SPSS Statistics 20. E o processamento
será na mesma base e este, envolverá o cálculo de média, desvio padrão, e frequência e serão

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ligação do ferro em pacientes politransfudidos com idade igual ou superior a 18 anos
nas enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital Central de Maputo – Marco
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representados na forma de tabelas ou gráficos de dados obtidos. Para comparar as diferentes variáveis
obtidas como número de transfusão, os níveis de ferro, ferritina, transferrina e TIBC será feita usando
o teste ANOVA onde será considerado um nível de significância menor que 0.05 (p <0.05). Se a
sobrecarga de ferro for maior a 5%, valida-se a hipótese nula e se for menor a 5% rejeita-se a
hipótese nula.

7.14 Formas de Interrupção ou Suspensão da pesquisa

A pesquisa poderá ser interrompida ou suspensa por motivo de força maior que impossibilite o
estudante de continuar com a pesquisa como no caso de doença ou avaria dos equipamentos.

7.15 Modelo de escrita científica

Para a elaboração do presente protocolo e do relatório final, usar-se-á o modelo de escrita científica
APA, 6ª edição e obedecendo o modelo preconizado pelo Instituto Superior de Ciência de Saúde
ISCISA para elaboração de um protocolo de pesquisa.

7.16 Forma de disseminação dos resultados do estudo

Os resultados serão apresentados no ISCISA no âmbito do trabalho de culminação de curso de


Licenciatura em Tecnologia Biomédica Laboratorial e no HCM, local onde o estudo será realizado.
Serão também divulgados nas instituições ligadas a área de saúde, incluindo os laboratórios da rede
nacional de diagnóstico em forma de relatório final do curso ou artigo científico publicado em
revistas científicas indexadas. Os resultados poderão também ser apresentados em jornadas
científicas e divulgados em conferências nacionais ou internacionais.

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ligação do ferro em pacientes politransfudidos com idade igual ou superior a 18 anos
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7.17 Considerações éticas

Este protocolo de pesquisa, tem carta de cobertura passada pelo Hospital Central de Maputo, local
onde será realizado o estudo. O protocolo de pesquisa será submetido ao Comité Institucional de
Bioética do Instituto Superior de Ciências de Saúde (CIBS–ISCISA) para sua apreciação e só depois
da aprovação será feita a recolha de dados no HCM.

As informações obtidas sobre os sujeitos da pesquisa serão apenas usadas para os fins da pesquisa
onde cada participante será identificado por um código atribuído pelo pesquisador e não pelo
laboratório de modo a garantir a preservação da confidencialidade e serão arquivadas de modo que
apenas o investigador terá acesso para salvaguardar a protecção dos dados pessoais dos pacientes. Os
dados recolhidos serão utilizados unicamente para fins mencionados neste presente trabalho.

A pesquisa não terá nenhum benefício directo aos participantes neste estudo, entretanto os resultados
da pesquisa irão servir para esclarecimento de algumas questões relacionadas com sobrecarga de
ferro induzidas pelas transfusões sanguíneas, por outro lado, com a realização dessa pesquisa poderá
mudar as política de transfusões permitindo a testagem laboratorial do perfil anémico (ferro, ferritina,
transferrina e TIBC) tanto para o doente assim como para o dador, de modo a transfundir sangue de
acordo com tipo de anemia, reduzindo a susceptibilidade de sobrecarga de ferro.

O processo de obtenção da amostra é invasivo, o participante será informado durante a etapa de


recrutamento que haverá uma invasão na derme da pele que causará uma pequena dor ao puncionar.

Todos os pacientes que aceitarem participar no estudo serão informados sobre os objectivos, os
procedimentos e a voluntariedade da participação. A participação neste estudo é legitimada pela
assinatura do termo de consentimento onde será de forma voluntária e estará livre de desistir a
qualquer momento sem afectar o procedimento clinico subsequente.

Todos pacientes seleccionados terão mesma probabilidade de fazer parte do estudo, o critério de
recolha de amostras, analise e interpretação de dados será a mesma para todos.

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7.18 Cronograma

Tabela 1: cronograma das actividades

201 2020
Actividade/etapa 9 Responsável
Jan- Jun- Fer Mar- Mai Jun
Mai Out -Mar Abr
Revisão da literatura Estudante
Elaboração do protocolo Estudante
Submissão de protocolo para Estudante
revisão ética
Aprovação do protocolo CIBS
Recolha de dados Estudante
Análise e processamento de Estudante
dados

Elaboração da monografia de Estudante


investigação
Submissão da monografia de Estudante
investigação
Defesa da monografia de Estudante
investigação

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7.19 Orçamento
Tabela 2: proposta de orçamento

Custo Unitário Custo Total


Item Designação Quant.
(Mt) (Mt)
Esferográficas 4 15,00 60,00
Material de Bloco de Notas 2 40,00 80,00
escritório Resmas A4 1 300,00 300,00
Impressão e encardenação 3 300,00 900,00
Luvas 3x50 430,00 1.290,00
Seringas de 5ml 2x250 700,00 1.400,00
Máscaras N95 2x10 100,00 200,00
Material do Tubos secos 1x300 700,00 2.100,00
laboratório Reagente para ferro 600testes 5.947,00
Reagente para ferritina 600testes 7.536,00
Reagente para transferrina 600testes 6.917,00
Reagente para TIBC 600testes 5.722.00
Despesas Logísticas 3.500,00
Contingência 5.580,00
Total 41.532,00

A cotação referente aos materiais de escritório foi feita na reprografia da faculdade de medicina da
Universidade Eduardo Mondlane, enquanto de reagentes e tubos seco foi feita na HOSPITEC, Rua
Lagos Amaramba 1625/3 Bairro Malanga, cidade de Maputo e as luvas, seringas e máscaras na
FARMAC, Avenida Eduardo Mondlane.

As despesas relativas a realização do trabalho estão apresentadas na tabela 2. Os recursos financeiros


referentes a compra de materiais de escritório, materiais de laboratório e despesas pessoais serão
suportados pelo estudante contando com apoio familiar.

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“Avaliação de níveis de ferro, ferritina, transferrina e capacidade plasmática total de 2019
ligação do ferro em pacientes politransfudidos com idade igual ou superior a 18 anos
nas enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital Central de Maputo – Marco
a Abril 2020”

Deferasirox for the treatment of iron overload associated with regular blood transfusions
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Zainadine Tamimo Sumela Agy versão Final Página 25


“Avaliação de níveis de ferro, ferritina, transferrina e capacidade plasmática total de 2019
ligação do ferro em pacientes politransfudidos com idade igual ou superior a 18 anos
nas enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital Central de Maputo – Marco
a Abril 2020”

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Yardumian, A., Telfer, P., Shah, F., Ryan, K., Darlison, M. W., Miller, E., & Constantinou, G.
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Zainadine Tamimo Sumela Agy versão Final Página 26


APÊNDICES
Instrumento de recolha de dados (Guião de observação e entrevista)

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE SAÚDE CURSO DE LICENCIATURA EM


TECNOLOGIA BIOMÉDICA LABORATORIAL

O presente guião de recolha de dados destina-se aos pacientes transfundidos que de forma
voluntária aceitarão participar no estudo.

Dat Nº Sexo Idad Analit I transfusão II transfusão III transfusão


a e o
M F Antes Depoi Antes Depoi Antes Depois
s s
Fe
FER
TRF
TIBC
Fe
FER
TRF
TIBC
Fe
FER
TRF
TIBC
Fe
FER
TRF
TIBC
*Fe - Ferro FER - ferritina TRF-transferrina TIBC - Capacidade Plasmática Total de Ligação
do Ferro
Nota: A ficha será preenchida com os valores de ferro, ferritina, transferrina e TIBC obtidos
antes e um dia após cada transfusão.

O estudante
_______________________________
(Zainadine Tamimo Sumela Agy)

Zainadine Tamimo Sumela Agy versão Final Página 28


ANEXOS
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE SAÚDE


CURSO DE LICENCIATURA EM TECNOLOGIA BIOMÉDICA LABORATORIAL

Prezado participante
No âmbito de aquisição de grau de Licenciatura em Tecnologia Biomédica Laboratorial,
encontro-me a desenvolver um estudo “Avaliação de níveis de ferro, ferritina, transferrina e
capacidade plasmática total de ligação do ferro em pacientes politransfudidos com idade igual ou
superior a 18 anos nas enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital Central de Maputo –
Marco a Abril 2020”.
Investigador principal Zainadine Tamimo Sumela Agy, estudante do 4º ano do curso de
Licenciatura em Tecnologia Biomédica e Laboratorial.
Propósito do estudo: A pesquisa tem como propósito Avaliar de níveis de ferro, ferritina,
transferrina e TIBC em pacientes politransfudidos nas enfermarias de Oncologia e Hematologia
do Hospital Central de Maputo – Janeiro a Fevereiro 2020 com vista a facultar a elaboração de
trabalho final do curso.
A sua participação consistirá em permitir que 3ml de sangue seja colhido antes e depois de cada
da transfusão e seja usado para esse estudo
Riscos: O estudo não apresenta riscos significativos, dada a quantidade de sangue a ser usada. E
todas cautelas serão tomadas em caso de ocorrência. Será garantido o sigilo e os resultados do
estudo não serão usados para outros fins diferentes do proposto.
Benefícios: A pesquisa não dará benefícios directos nem monetários aos participantes,
entretanto, os resultados da pesquisa irão servir para esclarecimento de algumas questões
relacionadas com sobrecarga de ferro induzidas pelas transfusões sanguíneas.
Privacidade: Toda informação obtida nesta investigação será de carácter confidencial. Os
resultados poderão ser apresentados em jornadas científicas e publicados em revistas científicas
sem a identificação dos participantes.
Voluntariedade: A participação nesse estudo é voluntária e os participantes gozam de liberdade
para interromper a participação em qualquer fase da pesquisa ou no momento em que julguem
necessário sem que a sua relação com o hospital esteja em causa.
Em caso de dúvida ou desistência no estudo serão fornecidos os seguintes contactos:
Contactos: Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA), Avenida Tomás Ndunda, 977,
R/C, Telefone: 21-496083.
Celular (Pessoal) +258847493953 ou +258827185697 ou pelo correio electrónico
zainadineagy4@gmail.com
DECLARAÇÃO DE CONSENTIMENTO

______________________________________, compreendi a explicação que me foi fornecida


acerca do estudo que se pretende realizar, com o tema “Avaliação de níveis de ferro, ferritina,
transferrina e capacidade plasmática total de ligação do ferro em pacientes politransfudidos com
idade igual ou superior a 18 anos nas enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital
Central de Maputo – Marco a Abril 2020”. Foi me dada a oportunidade de fazer perguntas que
julguei necessárias, e de todas obtive respostas satisfatórias. Tomei conhecimento de que a
informação que me foi prestada vai de acordo com objectivos e procedimentos concernentes ao
estudo. Foi me afirmado que tenho o direito de desistir de participar no estudo a qualquer
momento, sem que isso possa ter qualquer efeito sancionatório. Por isso, consinto participar no
estudo que me foi proposto.

Maputo aos 23 de Março 2020

O participante O estudante
_____________________________ _______________________________
(Zainadine Tamimo Sumela Agy)
COMPROMISSO DO INVESTIGADOR EM MANTER OS PRINCÍPIOS DE BIOÉTICA

Zainadine Tamimo Sumela Agy, estudante do 4º ano do curso de Licenciatura em Tecnologia


Biomedica Laboratorial do Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA), com proposta do
protocolo com título “Avaliação de níveis de ferro, ferritina, transferrina e capacidade plasmática
total de ligação do ferro em pacientes politransfudidos com idade igual ou superior a 18 anos nas
enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital Central de Maputo – Marco a Abril 2020”,
compromete.se a cumprir os princípios de bioética e de boas práticas científicas durante a
realização deste estudo. Declaro que foi informado sobre as normas e procedimentos de CIBS-
ISCISA e aceita-os, e que recebi em formato físico a lista de documentos obrigatórios para a
submissão do protocolo.

Maputo, aos 23 de Março 2020


O estudante
___________________________________
(Zainadine Tamimo Sumela Agy)
CARTA DE SOLICITAÇÃO DE REVISÃO BIOÉTICA AO CIBS-ISCISA

Zainadine Tamimo Sumela Agy, estudante do 4º ano do curso de Licenciatura em Tecnologia


Biomédica Laboratorial do Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA), com proposta do
protocolo com título “Avaliação de níveis de ferro, ferritina, transferrina e capacidade plasmática
total de ligação do ferro em pacientes politransfudidos com idade igual ou superior a 18 anos nas
enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital Central de Maputo – Marco a Abril 2020”,
sob supervisão de Dr. Folário Draiva Tefo, Licenciado Tecnologia Biomédica Laboratorial
solicita ao CIBS-ISCISA a revisão do mesmo.

Maputo, aos 23 de Março 2020

O estudante O supervisor

________________________________ ____________________________
(Zainadine Tamimo Sumela Agy) (Folário Draiva Tefo)
DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DO ESTUDANTE NO CUMPRIMENTO DOS
PRINCÍPIOS DE BIOÉTICA

Zainadine Tamimo Sumela Agy, estudante do 4º ano do curso de Licenciatura em Tecnologia


Biomedica Laboratorial do Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA), com proposta do
protocolo com título “Avaliação de níveis de ferro, ferritina, transferrina e capacidade plasmática
total de ligação do ferro em pacientes politransfudidos com idade igual ou superior a 18 anos nas
enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital Central de Maputo – Marco a Abril 2020”,
compromete-se com os princípios de bioética e de boas práticas científicas durante a realização
deste estudo.

Maputo, aos 23de Março 2020

O estudante

_____________________________________
(Zainadine Tamimo Sumela Agy)
  DECLARAÇÃO DE ACEITAÇÃO DAS NORMAS E PROCEDIMENTOS DO
CIBS-ISCISA

Zainadine Tamimo Sumela Agy, estudante do 4º ano do curso de Licenciatura em Tecnologia


Biomédica Laboratorial do Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA), com proposta do
protocolo com título “Avaliação de níveis de ferro, ferritina, transferrina e capacidade plasmática
total de ligação do ferro em pacientes politransfudidos com idade igual ou superior a 18 anos nas
enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital Central de Maputo – Marco a Abril 2020”,
declara que foi informado(a) sobre as normas e procedimentos do CIBS-ISCISA e que aceita os
mesmos. Declara ainda que recebeu em formato físico a lista de documentos necessários para a
submissão do protocolo.

Maputo, aos 23 de Março 2020

O estudante

_____________________________________
(Zainadine Tamimo Sumela Agy)
CARTA DE AUTORIZAÇÃO DO SUPERVISOR
PARA A SUBMISSÃO DO PROTOCOLO

Folário Draiva Tefo Licenciado em Tecnologia Biomédica Laboratorial, supervisor do


Zainadine Tamimo Sumela Agy, estudante do 4º ano do curso de Licenciatura em Tecnologia
Biomédica Laboratorial do Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA), com proposta do
protocolo com título “Avaliação de níveis de ferro, ferritina, transferrina e capacidade plasmática
total de ligação do ferro em pacientes politransfudidos com idade igual ou superior a 18 anos nas
enfermarias de Oncologia e Hematologia do Hospital Central de Maputo – Marco a Abril 2020”,
autoriza a submissão do mesmo ao CIBS-ISCISA.

Maputo, aos 23 de Março 2020

O estudante O supervisor

___________________________________ ______________________________
(Zainadine Tamimo Sumela Agy) (Folário Draiva Tefo)

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