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MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO PROCESSO LEGISLATIVO

Este primeiro módulo tem por objetivo oferecer os elementos introdutórios ao


curso. Veremos aqui os principais conceitos e etapas que compõem o processo
legislativo, bem como informações sobre posse e eleição da Mesa, fases das
sessões e tudo o que se refere a votação.

Objetivos do Módulo

Ao final deste módulo, você deverá estar apto a:

 conceituar as diversas nomenclaturas do processo legislativo;

 identificar as principais etapas que compõem o processo legislativo.

"SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, INICIAMOS NOSSOS TRABALHOS."

(palavras proferidas pelo Presidente ao declarar aberta a Sessão)

Nesta Unidade 1, vamos estudar o significado de legislatura e de sessão legislativa.

O que é uma Legislatura?

LEGISLATURA é um período de 4 anos (art. 44 - CF), correspondente ao tempo de


duração do mandato de um deputado. Um deputado é eleito para uma legislatura,
ou seja, o mandato do deputado dura 4 anos. Um senador é eleito para duas
legislaturas, isto é, o mandato do senador dura 8 anos. A Câmara dos Deputados se
renova a cada 4 anos, integralmente. O Senado se renova a cada 4 anos, só que
não integralmente, mas alternadamente em 2/3 e 1/3 de sua composição.

Observação: Além de designar o tempo de duração dos trabalhos legislativos


coincidentes com um mandato, o termo legislatura é usado para designar o "corpo
de parlamentares" em atividade numa Casa Legislativa. Exemplo: A atual
Legislatura tem se preocupado muito com o tema segurança pública.

Ano da eleição Data da posse Renovação Eleitos


1998 fevereiro de 1999 1/3 27 senadores
2002 fevereiro de 2003 2/3 54 senadores
2006 fevereiro de 2007 1/3 foram eleitos 27 novos senadores
Estamos na 53ª Legislatura, que vai de 1º de fevereiro de 2007 até 31 de janeiro de 2011. A 54ª
Legislatura irá de 1º de fevereiro de 2011 até 31 de janeiro de 2015.

O Decreto Legislativo nº 79, de 1979, dispõe sobre a designação do número de


ordem das legislaturas, tomando por base a que teve início em 1826, com vistas a
se manter a continuidade histórica do Parlamento brasileiro.

Pausa para reflexão:


Falando em tempo, que tal um tempinho para refletir? 1/3, 2/3, por que a renovação do Senado não
acontece de uma só vez?

E o que é uma SESSÃO LEGISLATIVA?

A sessão legislativa pode ser ordinária ou extraordinária. A sessão legislativa


ordinária corresponde a um ano de trabalhos legislativos.

Assim, a sessão legislativa ordinária começa no dia 02 de fevereiro de cada ano


e vai até o dia 22 de dezembro, com intervalo entre o dia 18 de julho e 31 de julho.
Esses são os dois períodos da sessão legislativa: de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a
22/12. Nos intervalos entre esses períodos acontecem os recessos parlamentares.
Entretanto, a sessão legislativa não será interrompida no mês de julho até que o
Congresso aprove o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO (art. 57, §
2º-CF e art. 35, § 2º, II, do ADCT).

As sessões marcadas para as datas acima citadas serão automaticamente


transferidas para o primeiro dia útil subsequente, caso esses dias recaiam em
sábados, domingos ou feriados (art. 57, § 1º-CF).

O Congresso Nacional pode ser convocado a trabalhar extraordinariamente nos


períodos destinados ao recesso parlamentar. Esse período é chamado de sessão
legislativa extraordinária.

Sessões Primeir Intervalo Segund Intervalo


Legislativas o entre o período entre as
período as Sessões Sessões
Ordinária 02/02 18/07 a 01/08 a 23/12 a
a 17/07 31/07 - 22/12 01/02 -
Recesso Recesso
parlamentar, parlamenta
após r
aprovação do
PL de
diretrizes
orçamentária
s
Extraordinári 18/07 a Convocação 23/12 a Convocaçã
a 31/07 nos períodos 01/02 o nos
destinados períodos
ao recesso destinados
parlamentar ao recesso
parlamenta
r
Quadro-resumo

Quem pode convocar o Congresso? (art. 57, § 6º-CF)

Pode convocar o Congresso: Quando?

Presidente do Senado Em caso de decretação de estado de defesa


ou de intervenção federal, de pedido de
autorização para decretação de estado de
sítio e para tomar o compromisso e dar posse
ao Presidente e ao Vice-Presidente da
República
Presidente da República Em caso de urgência ou interesse público
relevante
Os Presidentes da Câmara dos Em caso de urgência ou interesse público
Deputados e do Senado Federal relevante
A maioria dos membros da Também em caso de urgência ou interesse
Câmara e do Senado público relevante

Na convocação extraordinária, o Congresso passa por uma sessão legislativa extraordinária,


sem prazo definido constitucionalmente para funcionar, ou seja, sua duração é definida no
ato convocatório ou na Mensagem do Presidente da República. Durante a sessão legislativa
extraordinária, o Congresso somente delibera sobre as matérias para as quais foi convocado
e sobre as medidas provisórias em tramitação (art. 57, §§ 7º e 8º-CF).

Pausa para reflexão:


Então se uma legislatura é um período de quatro anos, podemos com certeza dizer que cada legislatura
tem quatro sessões legislativas ordinárias, mas nunca podemos afirmar quantas sessões legislativas
extraordinárias haverá numa legislatura. Certo? É isso mesmo.

A partir da EC nº 50, de 2006, para que o Congresso Nacional seja convocado em caso de
vigência de interesse público relevante, por iniciativa tanto do Presidente da República como
dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da
maioria dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, é necessário que haja
aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional (art.57, § 6º,
II).

Na Unidade 1 vimos os conceitos de legislatura e sessão legislativa


ordinária e extraordinária. Na presente Unidade 2 vamos estudar a
sessão plenária.
Sessão legislativa ordinária corresponde a um ano dos trabalhos
legislativos do Congresso Nacional.

Sessão legislativa extraordinária é aquela que se realiza, por


convocação, nos períodos de recesso do Poder Legislativo.

Sessão plenária é cada unidade de trabalho, a cada dia. Às vezes, no mesmo dia,
podemos ter mais de uma sessão do Senado. Ou, então, uma sessão plenária do
Senado e outra, conjunta do Congresso Nacional. Então, sessão plenária é cada

As sessões plenárias do Senado As sessões plenárias conjuntas do


podem ser: Congresso podem ser:
1. deliberativas (ordinárias ou 1. conjuntas
extraordinárias)
2. não deliberativas 2. conjuntas solenes
3. especiais

Em uma sessão legislativa, seja ordinária (um ano de trabalhos), seja extraordinária, podem
acontecer várias sessões plenárias deliberativas (ordinárias ou extraordinárias), não
deliberativas e especiais. Podem acontecer também sessões conjuntas do Congresso.

Quadro Resumo

Sessão Legislativa
Ordinária Extraordinária
de 02/02 a 17/07 e de 01/08 quando o CN for convocado
a 22/12
Sessão Plenária
Deliberativa (ordinária ou Conjunta
extraordinária)
Não deliberativa Solene (ou conjunta solene)
Especial

Veremos nesta Unidade 3 como um Senador toma posse e se


investe no mandato. Em seguida, veremos os três usos do conceito
de reunião e como acontece a eleição da Mesa do Senado.
Você sabia que a posse é um ato público?

A POSSE é um ato público, durante o qual o Senador se investe no mandato. Ela


acontece perante o Senado, em reunião preparatória, durante uma sessão
deliberativa ordinária ou extraordinária ou durante uma sessão não deliberativa. Se
o Congresso estiver em recesso, a posse acontecerá no gabinete do Presidente do
Senado, em solenidade pública. Em todos os casos, o fato será publicado no Diário
do Senado Federal (DSF) (art. 4º-RISF).

O que é necessário para um Senador tomar posse?

Para tomar posse, em qualquer caso, o Senador precisa apresentar à


Mesa o original do diploma expedido pela Justiça Eleitoral, que será
publicado no Diário do Senado Federal. A apresentação do diploma
poderá ser feita pelo próprio diplomado, por ofício ao 1º-Secretário,
por intermédio do seu Partido ou de qualquer Senador. Devem ser
apresentadas cópias da última declaração do Imposto de Renda, sua
e do cônjuge, e preenchido formulário contendo informações
requeridas pelo Código de Ética e Decoro Parlamentar (Resolução nº
20, de 1993). O Senador deve comunicar à Mesa seu nome
parlamentar e a filiação partidária (art. 7º-RISF).

Se a posse ocorrer numa sessão do Senado, o Presidente designará


comissão de três Senadores para introduzir o diplomado no plenário e
conduzi-lo à Mesa, onde, perante todos de pé, prestará o
compromisso.

O compromisso é o seguinte:

"Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do País,


desempenhar fiel e lealmente o mandato de Senador que o povo me conferiu
e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil."

Se houver mais de um Senador a tomar posse na mesma ocasião, um


fará o pronunciamento e os outros, conforme forem sendo chamados,
dirão:

"Assim o prometo".
Continuando...

O Senador deve tomar posse dentro de 90 dias, contados da


instalação da sessão legislativa, ou, se ele for eleito durante a sessão
legislativa, contados da sua diplomação, podendo ter o prazo
prorrogado por motivo justificado, a seu requerimento, por mais 30
dias.

Se o Senador não tomar posse no prazo de 90 dias, nem pedir a


prorrogação, considera-se que ele renunciou ao mandato, sendo
chamado, então, seu primeiro suplente, que também é convocado
sempre que o titular se licenciar por um prazo superior a 120 dias
para tratar de interesse particular, ou por motivo de doença. Nesses
casos, o suplente terá 30 dias improrrogáveis para prestar o
compromisso.

Para tratar de interesse particular, o titular


só pode tirar licença por mais de 120 dias,
desde que não seja na mesma sessão
legislativa.

O suplente também assume nos casos de


vaga por falecimento, renúncia ou perda de
mandato do titular. Ou, ainda, nos casos de
afastamento do titular para ocupar cargo de
Ministro de Estado, Governador de Território,
Secretário de Estado, do DF, de Território,
de Prefeitura de Capital ou, então, de Chefe
de Missão Diplomática Temporária.

Nos casos de vaga ou de afastamento para assumir esses outros


cargos, o suplente tem o prazo de 60 dias para assumir o exercício do
mandato, prazo esse que poderá ser prorrogado por motivo
justificado, a requerimento dele próprio, por mais 30 dias.
Se dentro desse prazo o suplente não tomar posse nem requerer sua
prorrogação, também é considerado que tenha renunciado ao
mandato e se convocará o segundo suplente, que, em qualquer
hipótese, terá 30 dias para prestar o compromisso.

O suplente convocado pela primeira vez presta o compromisso na


forma já acima mencionada. Se ele voltar a exercer o mandato na
mesma legislatura, o Presidente da Casa apenas comunica ao
Plenário o fato, não necessitando prestar novo compromisso.
Entretanto, se for reeleito suplente para um novo mandato, terá que
prestar o compromisso novamente.

Quando acontece uma vaga de Senador? 

 Por falecimento;
 por renúncia;
 por perda de mandato.

Considera-se haver renunciado o Senador, titular ou suplente, que,


convocado, não prestar compromisso na data estabelecida pelo
Regimento.

Deve renunciar a um dos cargos o Senador que for eleito para mais de um cargo ou
mandato público eletivo, conforme preceitua a Constituição. Ele vai ter que
renunciar a um deles. Exemplo: é frequente a eleição de Senadores para Governos
estaduais. Para ser empossado Governador, o Senador deverá renunciar a seu
mandato no Senado Federal.

Observações importantes:

1. um senador pode tomar posse durante o recesso parlamentar;


2. posse sempre é um ato público;
3. o diploma do senador expedido pelo Tribunal Eleitoral é documento
imprescindível para que ele tome posse.

Pausa para reflexão:


E um Senador pode perder o seu mandato?

Perde o mandato o Senador que infringir qualquer das proibições


constantes no art. 54 da Constituição, quais sejam:

1. Desde a diplomação:

 firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito


público, autarquia, empresa pública, sociedade e economia
mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
 aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado,
inclusive os de que seja demissível ad nutum, nas entidades
acima descritas;

2. Desde a posse:

 ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de


favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito
público, ou exercer função remunerada nessas empresas;
 ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum em
empresas públicas, autarquias, sociedades de economia mista,
empresa concessionária de serviço público;
 patrocinar causa em que seja interessada qualquer uma dessas
empresas acima mencionadas.

Perde também o mandato o senador que:

 tiver procedimento incompatível com o decoro parlamentar ou deixar de comparecer à


terça parte das sessões ordinárias do Senado em cada sessão legislativa, salvo se
estiver em licença ou em missão autorizada;
 perder ou tiver suspensos os direitos políticos ou quando o decretar a Justiça Eleitoral;
 sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível.

Em casos de falecimento, renúncia e perda de mandato, fala-se em vacância.

Um outro conceito bastante importante a ser tratado é o de


REUNIÃO. Veja abaixo:

a) Todas as vezes em que


uma sessão plenária não
puder ser realizada, por falta
de quorum para seu início
(1/20 da composição do
Senado) ou por motivo de
força maior assim definido
pela Presidência, o que
acontece é uma reunião.

Nesse caso, o Presidente


declara que não pode ser
realizada a sessão, determina
a publicação do expediente que há sobre a mesa, independentemente
de sua leitura, e a Secretaria de Ata prepara uma ata dessa reunião.
b) As comissões não realizam sessões; seus encontros chamam-se
reuniões. Isso tanto para as comissões no Senado ou no Congresso,
permanentes ou temporárias.

c) Antes do início da primeira e da terceira sessão legislativa ordinária


da legislatura, o Senado reúne-se em reuniões preparatórias.

Esses são os três usos do conceito de REUNIÃO.

Vamos estudar, agora, para que servem as REUNIÕES


PREPARATÓRIAS.

Na primeira sessão legislativa ordinária da legislatura, são realizadas


três reuniões preparatórias:

 a primeira, a partir do dia 1º de fevereiro, para dar posse aos


novos Senadores;
 a segunda, para eleger o Presidente da Mesa;
 a terceira, para eleger os demais Membros da Mesa, ou seja,
dois Vice-Presidentes, quatro Secretários e quatro Suplentes de
Secretário.

Na terceira sessão legislativa ordinária da legislatura são realizadas


duas reuniões preparatórias: a primeira, no 1º dia de fevereiro, para
eleger o Presidente; e a segunda, os demais Membros da Mesa.

As reuniões preparatórias são iniciadas com o quorum de 1/6 de


Senadores, e dirigidas pelos Membros da Mesa anterior (excluídos, na
reunião do início da legislatura, aqueles que tiverem concluído seu
mandato no dia 31/01, ainda que reeleitos). Na Câmara dos
Deputados, como ela se renova em sua totalidade, assume a direção
dos trabalhos o último Presidente, se tiver sido reeleito Deputado, e,
na sua falta, o mais idoso dentre os de maior número de legislaturas.

Como acontece a ELEIÇÃO DA MESA DO SENADO?

Os Membros da Mesa são eleitos para um mandato de dois anos, em


escrutínio secreto e por maioria simples de votos (a maioria de
votos, estando presente a maioria absoluta dos Senadores),
assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das
representações partidárias e dos blocos parlamentares com atuação
no Senado.

A eleição para preenchimento do cargo de Presidente do Senado é


feita em uma reunião preparatória. As demais, na outra reunião, na
seguinte ordem: uma votação para os dois Vice-Presidentes, uma
outra votação para os quatro Secretários, e ainda uma terceira
votação para os quatro Suplentes de Secretário. Entretanto, as
eleições dos Vice-Presidentes e dos Secretários podem ser realizadas
em um único escrutínio, desde que seja aprovado requerimento
nesse sentido, subscrito por 1/3 de Senadores ou líder que
represente esse número.

As eleições dos Vice-Presidentes, Secretários e Suplentes de


Secretário são feitas com cédulas uninominais, ou seja, que
contenham, cada uma, o nome do candidato e o cargo ao qual ele
concorre, cédula que o Senador coloca em uma sobrecarta. A eleição
do Presidente não é necessariamente realizada por esse sistema.

Para a apuração dos votos, o Presidente fará a separação das cédulas


referentes ao mesmo cargo, lendo-as em seguida, uma a uma, e
passando-as ao Segundo-Secretário, que anotará o resultado.

O painel eletrônico de votação no plenário, por preservar o sigilo da


eleição, vem sendo utilizado nos casos em que haja candidato único
disputando a vaga.

Ainda se faz necessário explicar a diferença entre Mesa e


Comissão Diretora do Senado.

A eleição é para a Mesa. É ela que dirige os trabalhos do Senado por


dois anos. A Comissão Diretora é composta pelos mesmos Membros
da Mesa. Ela dirige as atividades administrativas da Casa.

A Constituição de 1988, em seu art. 57, § 5º, instituiu a Mesa do


Congresso Nacional, que é presidida pelo Presidente do Senado e tem
seus demais cargos preenchidos, por alternância, entre Membros da
Mesa da Câmara e do Senado. Assim, o Primeiro Vice-Presidente da
Mesa do Congresso é o Primeiro Vice-Presidente da Mesa da Câmara:
o Segundo Vice-Presidente da Mesa do Congresso é o Segundo Vice-
Presidente da Mesa do Senado. E assim por diante. Não há suplente
na Mesa do Congresso Nacional.

Quadro Resumo
Posse Reunião Eleição da Mesa
não realização da
do Senador titular do mandato Presidente (1)
sessão
de 1º Suplente trabalho das comissões Vice-Presidente (2)
de 2 º Suplente preparatória Secretários (4)
Suplentes de
Secretário(4)

Iniciamos aqui a Unidade 4.

Já descrevemos, sucintamente, os tipos de sessão no Senado e no Congresso.


Vamos, agora, detalhá-los.

No Senado, elas podem ser:

1. deliberativas (ordinárias ou extraordinárias);


2. não deliberativas;
3. especiais.

No Congresso:

1. conjuntas;
2. solenes (ou conjuntas solenes).

Que tal revermos o quadro-resumo da aula 2?

Sessão Legislativa

Ordinária Extraordinária
de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 22/12 quando o CN for convocado

Sessão Plenária

Senado Federal Congresso Nacional


· Deliberativa (ordinária ou extraordinária) · Conjunta
· Não deliberativa · Solene (ou conjunta solene)
· Especial
Qual é a diferença entre sessão deliberativa e não deliberativa?

A diferença é que a primeira (sessão deliberativa) possui Ordem do Dia, momento


da sessão em que há deliberação sobre matérias legislativas, e a segunda (não
deliberativa) não possui este momento, sendo destinada a pronunciamentos de
Senadores, comunicações, leitura de expediente e outros assuntos de interesse
político e parlamentar.

As sessões deliberativas ordinárias e as não deliberativas são realizadas de


2ª a 5ª feira, às 14h. Na 6ª feira, a sessão inicia-se às 9h. Se houver Ordem do
Dia, será uma sessão deliberativa ordinária. Caso contrário, uma sessão não
deliberativa. As sessões deliberativas extraordinárias não têm horário
preestabelecido no Regimento. Esse horário é definido pelo Presidente, no
momento de sua convocação, que o fará ouvidas as lideranças partidárias, quando
as circunstâncias o recomendarem, ou sempre que haja necessidade de deliberação
urgente.

Além do horário, as sessões deliberativas ordinárias e extraordinárias se


diferenciam pela determinação de sua Ordem do Dia. Para as primeiras, as
matérias que farão parte das deliberações são definidas com 3 sessões
deliberativas ordinárias (art. 170, § 2º, III-RISF) de antecedência. Já para as
extraordinárias, como o próprio nome diz, não há previsão. Sua Ordem do Dia e
seu horário de realização são definidos pelo Presidente no momento da convocação.

Tanto as sessões deliberativas quanto as não deliberativas precisam da presença


em plenário de, no mínimo,
1/20 dos Senadores para serem iniciadas ou para terem continuação.

As sessões especiais são destinadas a homenagens ou


comemorações. O Senado pode interromper uma sessão ou realizar
uma sessão especial, a juízo do Presidente ou por deliberação do
Plenário, mediante requerimento assinado por pelo menos seis
Senadores e aprovado por maioria simples de votos. Nela podem ser
admitidos convidados à mesa e no plenário, sem necessidade de
quorum para ser realizada. A convocação pode ser feita em sessão ou
mediante publicação no Diário do Senado Federal. O uso da palavra é
restrito aos oradores designados pelo Presidente. O Senado ainda
pode prestar homenagem sem que esta dure uma sessão inteira. Ela
pode ser realizada na primeira parte da sessão, Período do
Expediente. Para isso, também é necessário requerimento assinado
por no mínimo seis Senadores e aprovado pelo Plenário. Os
Senadores que quiserem fazer uso da palavra, neste caso, podem se
inscrever.

As sessões deliberativas, ordinárias ou extraordinárias, do Senado, possuem


três FASES:

 Período do Expediente;
 Ordem do Dia; e
 após a Ordem do Dia
As não-deliberativas, como não têm Ordem do Dia, só possuem Período do
Expediente.

Pausa para reflexão:


Quanto às sessões especiais, podem ser subdivididas? Não, elas destinam-se apenas à homenagem
estabelecida.
E no Congresso, como ocorrem as sessões?

No Congresso, as sessões são conjuntas, quer de trabalho, quer de homenagem.


As que não tiverem data previamente estabelecida serão convocadas pelo
Presidente do Senado ou seu substituto, com prévia audiência da Mesa da Câmara.
As sessões pré-datadas são as de posse do Presidente e do Vice-Presidente da
República (1º de janeiro) (arts. 60 a 67 - RCCN) e a destinada a abrir os trabalhos
da sessão legislativa ordinária (02 de fevereiro ou primeiro dia útil subsequente)
(arts. 57 a 59 - RCCN).

As sessões conjuntas são realizadas no plenário da Câmara dos Deputados, salvo


escolha de outro lugar previamente anunciado. Em geral, nesta hipótese, a opção
recai sobre o plenário do Senado Federal.

Nas sessões de trabalho legislativo, havendo Ordem do Dia, os avulsos (publicação)


das matérias devem estar disponíveis aos parlamentares com 24 horas de
antecedência. As sessões de trabalho também são divididas em FASES. Por
analogia ao Regimento do Senado, compreendem:

 Período do Expediente;
 Ordem do Dia; e
 após a Ordem do Dia.

O Congresso Nacional realiza sessão solene para:

 Inaugurar sessão legislativa (ordinária ou extraordinária);


 Dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República;
 Promulgar emendas constitucionais;
 Homenagear Chefes de Estado estrangeiro;
 Comemorar datas nacionais.

Todas as sessões, do Senado ou do Congresso, têm duração de quatro horas e


meia, podendo ser prorrogadas por proposta do Presidente ou a requerimento de
qualquer Senador, no Senado, ou de qualquer Congressista, no Congresso, tantas
vezes quantas necessárias. A prorrogação será sempre por prazo fixo, que não
poderá ser restringido, salvo por falta de matéria ou de número para o
prosseguimento da sessão.
As fases das sessões são:

 Período do Expediente;
 Ordem do Dia; e
 após a Ordem do Dia.

Agora você irá compreender melhor o que acontece em cada uma das
FASES DAS SESSÕES.

PERÍODO DO EXPEDIENTE

Nas sessões deliberativas ordinárias esse período dura 120 minutos, contados a
partir do real início da sessão. É destinado à leitura do expediente pelo Primeiro-
Secretário, na íntegra ou em resumo, e aos oradores inscritos, que têm até 10
minutos para fazer seu pronunciamento, sendo permitidos apartes.

O período do Expediente poderá ser prorrogado pelo Presidente, uma única vez,
para que o orador conclua seu pronunciamento caso não tenha esgotado o tempo
de que disponha, após o que a Ordem do Dia terá início impreterivelmente. Caso
haja matéria a ser deliberada que esteja tramitando no rito de urgência
urgentíssima (art. 336, I - RISF), não serão permitidos oradores no período do
Expediente. Este tempo também pode ser destinado a homenagens.

Nas sessões deliberativas extraordinárias, esse período dura 30 minutos e só


haverá oradores caso não haja número para as deliberações da Ordem do Dia. No
Congresso, o Expediente dura trinta minutos e é destinado à leitura do expediente
pelo Primeiro-Secretário e aos oradores inscritos, que poderão usar da palavra pelo
prazo máximo de cinco minutos.

Ainda no Período do Expediente podem acontecer votações de requerimentos que


não sejam objeto de deliberação na Ordem do Dia.

ORDEM DO DIA

No Senado

Encerrado a Período do Expediente, tem início a Ordem do Dia, cuja designação é de


competência do Presidente da Casa. As matérias são incluídas na Ordem do Dia segundo sua
antiguidade e importância, observada a seguinte sequência:

 medida provisória (art.62-CF) a partir do 46º dia de vigência; matéria com urgência
constitucional (art. 64 CF) com prazo já esgotado; matéria em regime de urgência
urgentíssima (calamidade pública e perigo de segurança nacional); matéria com
prazo determinado, segundo o art. 172, II do RISF; matéria em regime de urgência,
nos termos do art. 336, II do RISF; matéria em regime de urgência, nos termos do
art. 336, III do RISF;
 matéria em tramitação normal.

Além desse critério, há precedência de:


 matérias em votação sobre as em discussão; matérias da Câmara dos Deputados
sobre as do Senado; redações finais sobre matérias em deliberação do mérito;
matérias em turno suplementar, em turno único, em segundo turno e em primeiro
turno, nesta ordem; projetos de lei sobre projetos de decreto legislativo, sobre
projetos de resolução, sobre pareceres, sobre requerimentos, nesta ordem;
 matérias da pauta anterior que não foram deliberadas sobre outras dos
grupos a que pertencem.

Os projetos de código serão incluídos com exclusividade na Ordem do Dia. Os pareceres


sobre escolha de autoridade serão colocados ao final da Ordem do Dia.

Apesar de o Regimento dispor sobre a sequência das matérias, essa ordem pode ser alterada
por requerimento assinado por qualquer Senador, solicitando inversão da pauta, apresentado
e votado antes de se iniciar a Ordem do Dia. Depois desta iniciada, a sequência ainda pode
ser alterada por requerimento de preferência de um item sobre outro, assinado por qualquer
Senador e aprovado pelo Plenário.

São lidos no Período do Expediente e votados após a Ordem do Dia da mesma sessão:

 os requerimentos de urgência, nos termos do art. 336, II;


 os requerimentos que solicitam sessão especial;
 os requerimentos que solicitam que o tempo destinado aos oradores do Período do
Expediente de uma determinada sessão seja para prestar alguma homenagem.

No Congresso

Terminada a leitura do expediente e o horário destinado aos oradores do


Expediente, tem início a Ordem do Dia, cuja designação também é da competência
do Presidente do Senado (na condição de Presidente da Mesa do Congresso). Na
sua organização, as proposições em votação têm precedência sobre aquelas em
discussão. Projetos de lei têm preferência sobre os projetos de decreto legislativo,
os projetos de resolução e os requerimentos. Também nas sessões conjuntas, a
ordem da Ordem do Dia pode ser alterada por requerimento de inversão da pauta
ou de preferência. A diferença é que os requerimentos devem ser apresentados por
líder partidário.

Tanto no Senado quanto nas sessões conjuntas, estando uma matéria em fase de
votação e não havendo quorum para as deliberações, passar-se-á à matéria que
estiver em discussão. Esgotada a matéria em discussão e persistindo a falta de
quorum, a Presidência pode suspender a sessão por prazo não superior a 30
minutos (no Congresso) ou a uma hora (no Senado) ou conceder a palavra a algum
parlamentar. Sobrevindo número para as deliberações, voltar-se-á às matérias,
interrompendo-se o orador que se encontra na tribuna.

Nenhum Senador no Senado ou parlamentar no Congresso presente à sessão


poderá deixar de votar, salvo quando se tratar de assunto em que tenha interesse
pessoal (nesse caso, o Senador ou parlamentar deve declarar tal fato, sendo
contudo sua presença computada para efeito de quorum) ou quando seu partido
estiver em obstrução declarada pelo líder.
APÓS A ORDEM DO DIA

No Senado e no Congresso

Esgotada a Ordem do Dia, o tempo que restar para o término da sessão será
destinado, preferencialmente, ao uso da palavra pelas lideranças e, havendo
tempo, pelos oradores inscritos que, no Senado, neste momento, dispõem de até
vinte minutos para seu pronunciamento.

Algumas votações são realizadas nesta fase da sessão no Senado. Alguns exemplos:

 requerimentos de urgência nos termos do art. 336, II, do RISF;


 redações finais de matérias em rito normal de tramitação que foram deliberadas na Ordem do Dia, caso
haja requerimento de dispensa de sua publicação.

Uma sessão só não se realiza, no Senado, por falta de quorum, por deliberação do
Plenário, quando seu período de duração coincidir, mesmo que parcialmente, com o
de sessão conjunta do Congresso, ou por motivo de força maior, assim definido
pela Presidência da Casa.

No Congresso, ela não se realiza por falta de quorum ou por cancelamento por
parte da Presidência do Senado.

O Senado, nos sessenta dias que antecedem as eleições gerais, funciona de acordo
com o Regimento Comum, ou seja, suas sessões se realizam por convocação, como
as conjuntas do Congresso. Nesses dias, também o Período do Expediente ou a
Ordem do Dia podem ser dispensados, desde que ouvidas as lideranças.

TIPOS DE SESSÃO E MODALIDADES DE VOTAÇÃO

Veremos aqui que as sessões, tanto do Senado como as conjuntas do Congresso,


podem ser públicas ou secretas. As votações também podem ser públicas - o
Regimento usa a palavra "ostensivas" - ou secretas.

Quem pode assistir a uma sessão no Senado ou no Congresso?

A maior parte das sessões é pública, ou seja, qualquer pessoa desarmada,


ocupando em silêncio o lugar que lhe é reservado, pode assistir tanto a uma sessão
do Senado como do Congresso, na Tribuna de Honra ou nas galerias. À imprensa é
reservada uma bancada própria.

Quem pode entrar no Plenário do Senado?

No plenário do Senado são admitidos, além dos Senadores, os suplentes de


Senador, os ex-Senadores e suplentes que tenham exercido o mandato, Ministros
de Estado, nos casos previstos no Regimento - ou seja, quando convocados ou
quando solicitarem sua vinda para expor algum assunto de interesse de sua Pasta.
Também são admitidos no plenário funcionários da Casa, quando em pleno
exercício de suas funções. Nas sessões especiais são admitidos convidados,
podendo estes, inclusive, a convite do presidente, compor a Mesa.

Pausa para reflexão:


Se a maior parte das sessões é pública, quer dizer que podemos divulgá-las?

A divulgação das sessões por reportagem fotográfica no recinto, por irradiação sonora ou por filmagem e
transmissão em televisão, dependem de autorização do Presidente do Senado.

Das sessões será elaborada ata circunstanciada, que constará do Diário do Senado Federal, tanto
durante as sessões legislativas ordinárias como nas extraordinárias. Nos períodos de recesso, haverá
publicação sempre que houver matéria que assim justifique.

Quando o Senado funcionará secretamente?

Obrigatoriamente, sempre que tiver que deliberar sobre:

 acordos de paz;
 declaração de guerra;
 suspensão de imunidade de Senador durante estado de sítio;
 escolha de Chefe de Missão Diplomática - os Embaixadores; e
 também para deliberar sobre requerimento que solicite sessão secreta do
Senado.

Neste último caso, chegando à Mesa um requerimento solicitando sessão secreta, o


Presidente informa ao Plenário sobre a sua existência sem, no entanto, comunicar
quem é seu autor nem o motivo pelo qual está sendo solicitada a sessão secreta.
Para deliberar sobre esse requerimento, o Senado já funcionará em sessão secreta.
O Presidente solicita a retirada dos funcionários e de todos que estejam assistindo
àquela sessão, podendo determinar a presença dos funcionários que julgar
necessários.

Pausa para leitura:


Leia no Diário do Senado como uma sessão transforma-se em secreta.

Já em sessão secreta, o Presidente informa ao Plenário o nome do requerente e o


assunto a ser apreciado em sessão secreta. Os Senadores votam por maioria
simples, em votação simbólica, se desejam que aquele assunto seja apreciado em
sessão secreta. Aprovado o requerimento, será marcada essa sessão para o mesmo
dia ou o dia seguinte, caso a data da sessão já não venha pré-estabelecida no
requerimento.
Antes de a sessão voltar a ser pública, o Plenário decide, por meio de debate e
votação, por maioria simples, se deseja que seja divulgado o nome do requerente e
o assunto tratado.

Caso o requerimento seja rejeitado, a matéria a que ele se refere será objeto de
debates em sessão pública.

As atas das sessões secretas são redigidas pelo Segundo-Secretário, assinadas pelo
Presidente e pelos Primeiro e Segundo-Secretários, colocadas em sobrecarta
(envelope) lacrada, que é rubricada pelos Secretários. Antes de a sessão voltar a
ser pública, a ata é votada com qualquer número.

Em sessão secreta, além dos Senadores e dos funcionários determinados, o


Presidente ou um líder podem propor ao Plenário - e este vota a proposta - que
outras pessoas assistam àquela sessão.
E as sessões no CONGRESSO? São públicas ou secretas?

As sessões são públicas, como regra, podendo também ser secretas, se assim
deliberar o Plenário, mediante proposta da Presidência ou de líder, prefixando-lhe a
data.

O procedimento é o mesmo que para o Senado. O Presidente anuncia a existência


do requerimento, mas sem dizer seu autor nem sua finalidade, a qual só será
divulgada quando o Congresso já estiver trabalhando em sessão secreta.

Como se dá o registro
das sessões?

Também as sessões do
Congresso são
registradas em ata. As
atas das sessões
públicas são
circunstanciadas; as das
sessões secretas são
redigidas pelo Segundo-
Secretário. A ata será
submetida ao Plenário -
que deliberará com
qualquer número, antes
de a sessão voltar a ser
pública, -, assinada pelos Membros da Mesa, e encerrada em "sim", "não" e
"abstenção".

E no caso de o painel eletrônico não estar funcionando?

Faz-se chamada pela lista de comparecimento dos Senadores.

Como se dá a transformação de uma votação simbólica em votação


nominal?

Nas votações simbólicas, se algum Senador não concordar ou se tiver dúvida a


respeito do resultado, pode pedir, com o apoiamento de outros três Senadores,
verificação da votação. E a votação, que havia sido feita simbolicamente, passa
agora a ser realizada pelo painel eletrônico, nominalmente, para justamente
verificar se o resultado anteriormente anunciado corresponde à realidade.

Uma outra forma de uma matéria que deveria ser votada simbolicamente ser
votada nominalmente é através de requerimento pedindo sua votação nominal.
Este deve ser apresentado e votado antes de se passar à votação da matéria em si.
Se aprovado, ela não será submetida à votação simbólica, mas será realizada
diretamente por processo nominal.

Assim, os processos simbólico e nominal (no painel ou por chamada) de votação


são utilizados para votações ostensivas, ou seja, para as votações públicas.

Já nas votações secretas só se pode utilizar o sistema nominal, quer no painel, quer
por esferas, ou em cédulas, nas eleições. A diferença é que, nas votações públicas,
aparecem, no painel eletrônico, o nome do votante, seu voto e o resultado total da
votação. Nas votações secretas, aparecem tão-somente o nome do votante e o
resultado total. Não aparece a qualidade do voto.

A norma geral é que as sessões sejam públicas e as votações também. Mas numa sessão
pública pode haver votação pública ou votação secreta. E numa sessão secreta pode
haver votação secreta ou votação ostensiva (pública). Depende da matéria que está
sendo deliberada.
Resumindo:

SESSÕES

São públicas, como regra, podendo também São secretas, obrigatoriamente, sempre que tiver
ser secretas, se assim deliberar o Plenário que deliberar sobre:
(mediante proposta da Presidência ou de líder,  acordos de paz;
prefixando-lhe a data).
 declaração de guerra;
 suspensão de imunidade de Senador durante
estado de sítio;
 escolha de Chefe de Missão Diplomática - os
Embaixadores
 e também para deliberar sobre requerimento
que solicite sessão secreta do Senado.

VOTAÇÕES

I- Ostensivas (públicas) II - Secreta


a) Simbólica a) Eletrônica
b) Nominal b) Por meio de cédula
c) Por meio de esfera
Referência:
RISF - arts. 182 a 186; 190 a 198; 201 a 208; 289 a 298; 383 a 385.
QUORUM DE INICIATIVA E QUORUM DE VOTAÇÃO

Iniciativa é o poder de propor a edição de uma regra jurídica nova. Tal poder pode
ser exercido individual ou coletivamente.

Quem pode iniciar uma proposta de regra jurídica nova?

Qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou


do Congresso Nacional, o Presidente da República, o Supremo Tribunal Federal, os
Tribunais Superiores, o Procurador-Geral da República e os cidadãos.

Vamos verificar alguns exemplos de iniciativa?

Iniciativa Individual
Presidente da República Proposta de emenda à Constituição, projeto de lei.
Projeto de lei, projeto de decreto legislativo, projeto
de resolução, emendas diversas a outras matérias
Senador ou Deputado
(salvo a proposta de emenda à Constituição),
requerimento.
Procurador-Geral da República, Projeto de lei de matéria atinente à sua competência
STF, Tribunais Superiores privativa.

Iniciativa Coletiva
Senadores ou Deputados Proposta de emenda à Constituição, emendas à
proposta de emenda à Constituição; na mesma
sessão legislativa, projeto de lei ordinária rejeitado.
Senadores Projeto de resolução referente à competência
tributária dos Estados e do Distrito Federal.
Comissão Projeto de resolução referente às matérias
estabelecidas no art. 52 VI, VII, VIII, IX da
Constituição; projeto de resolução relativo à
competência tributária dos Estados e do Distrito
Federal; projeto de lei, projeto de decreto legislativo,
projeto de resolução suspendendo a execução no
todo ou em parte de lei declarada inconstitucional
pelo Supremo Tribunal Federal.
Mesa Provocação à Casa, propondo a perda de mandato
de parlamentar.
Partido político (representado no Provocação à Casa, propondo a perda do mandato
Congresso) de parlamentar.
Proposta de emenda à Constituição (mais da metade
Assembléias Legislativas delas, manifestando-se cada uma pela maioria
relativa de seus membros).
Cidadãos Projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do
eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco
Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de
cada um deles.
QUORUM DE VOTAÇÃO

Veremos aqui, segundo a Constituição, que as deliberações de cada uma das Casas do Congresso e de
suas comissões são tomadas por maioria de votos presente a maioria absoluta dos membros, salvo se
dispuser em contrário. E o Regimento do Senado ou o Regimento Comum também especificam:

Deliberações Quorum de votação

Sentença condenatória de Presidente e Vice- 2/3 de Senadores (54 votos)


Presidente da República, de Ministros de Estado e do
Supremo Tribunal Federal, Procurador-Geral da
República e Advogado-Geral da República, todos em
casos de crimes de responsabilidade
Fixação de alíquotas máximas nas operações 2/3 dos votos (54 votos)
internas, para resolver conflito específico que
envolva interesse de Estados e do Distrito Federal
Suspensão de imunidade de Senadores, durante o 2/3 (54 votos)
estado de sítio
Proposta de emenda à Constituição 3/5 em cada uma das Casas
para aprovação (49 votos no
Senado; 308 na Câmara dos
Deputados)
Projeto de decreto legislativo referente a renovação 2/5 de votos (33 Senadores)
ou não renovação de concessão ou permissão para para rejeitar o projeto
serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens
Projeto de lei complementar maioria absoluta de votos
(41 votos)
Exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da maioria absoluta de votos
República (41 votos)
Perda de mandato de Senador nos casos de maioria absoluta de votos
infringência do art. 54 da Constituição ou cujo (41 votos)
procedimento não seja compatível com o decoro
parlamentar ou que sofrer condenação criminal em
sentença transitada em julgado
Aprovação de ato do Presidente da República que maioria absoluta dos votos
decretar estado de defesa ou autorização para o (41 votos)
Presidente decretar estado de sítio
Estabelecimento de alíquotas aplicáveis às maioria absoluta (41 votos)
operações e prestações interestaduais e de
exportação
Estabelecimento de alíquotas mínimas nas maioria absoluta dos votos
operações internas (41 votos)
Autorização de operações de créditos que excedam maioria absoluta (41 votos)
o montante das despesas de capital, mediante
créditos suplementares ou especiais específicos
Aprovação do nome indicado para Ministro do maioria absoluta de votos
Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de (41 votos)
Justiça, do Tribunal Superior do Trabalho, para
Procurador-Geral da República e para membro do
Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional
do Ministério Público
Veto presidencial (em sessão conjunta do para ser rejeitado (41 no
Congresso) exige maioria absoluta de votos "'não" Senado; 257 na Câmara dos
em cada uma das Casas para ser derrubado, ou Deputados)
seja, para ser rejeitado
Perda de mandato de Deputado ou Senador, por maioria absoluta (41 no
voto secreto da maioria absoluta da Casa a que Senado; 257 na Câmara dos
pertencer o parlamentar Deputados)

Observação: Os projetos de decreto legislativo sobre direitos humanos que forem


aprovados em cada uma das Casas do Congresso Nacional com 3/5 de votos (49 no
Senado, 308 na Câmara dos Deputados) em 2 turnos, serão equivalentes a emenda
constitucional.

A publicidade da matéria, o parecer e o quorum, tanto de iniciativa como de votação da


matéria
a ser deliberada, tanto no Senado quanto no Congresso, são três formalidades essenciais
que sequer regime de urgência urgentíssima pode dispensar.

Referência:
CF - arts. 47, 51, 52, 2º e 4º; 53, §§ 7º e 8º; 55, § 2º e 3º; 60, § 2º; 61; 66, § 4º; 67; 69; 77; 101;103-B; 128, § 1º, 2º e
4º;130-A; 136, § 4º; 137; 155, § 2º, IV e V, "a" e "b"; 167, III; 223.
RISF - arts. 212; 243; 288; 393; 394.

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