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TÉCNICAS ESPECIAIS EM CONSTRUÇÃO CIVIL

EGC004 e ENL804

PONTES:

• Ponte é uma construção que permite interligar pontos não acessíveis, separados por rios, vales ou
outros obstáculos naturais ou artificiais.

• As pontes são construídas para permitir a passagem de pessoas, automoveis, comboios,


canalizações ou condutos de água ou óleo, sobre um obstáculo a transpor.

• Quando é construída sobre um curso de água, o seu tabuleiro é frequentemente situado a uma
altura calculada de forma a possibilitar a passagem de embarcações com segurança sob a sua
estrutura (gabarito). Quando construída sobre um meio seco, sua denominação comum é viaduto.

• As primeiras pontes provavelmente surgiram de forma natural, pela queda de troncos sobre os
rios; processo que foi imitado pelo homem, surgindo as pontes feitas de troncos ou pranchas e
eventualmente de pedras, usando suportes muito simples e traves mestras.

• Com o surgimento da idade do bronze e a predominância da vida sedentária, tornou-se mais


importante a construção de estruturas duradouras. Das pontes em arco há vestígios desde cerca de
4.000 a.C. na Mesopotâmia e no Egito, e mais tarde, na Pérsia e Grécia (cerca de 500 a.C.).

• A mais antiga estrutura chegada aos nossos dias é uma ponte de pedra, em arco, situada no Rio
Meles, na região de Esmirna, na Turquia, datada do século IX a.C.

• Os arcos foram usados pela primeira vez no Império Romano, para a construção de pontes e
aquedutos, alguns dos quais, ainda hoje se mantêm de pé.

• No século III a.C. os romanos começam a se dedicar à construção de pontes em arco, atingindo
elevado nível de desenvolvimento nas técnicas de construção e projeto, dificilmente superado nos
mil anos seguintes.

• As pontes podem ser classificadas por diversos critérios:

• quanto á finalidade:

• rodoviárias
• ferroviárias
• metroviárias
• para pedestres (passarelas)
• para suporte de dutos (água, esgoto, óleo, gás, etc......)
• para suporte de pista de aeroporto (ex: Ilha da Madeira)
• para suporte de vias navegáveis (ponte canal)
• permanentes, semi-permanentes ou provisórias

• quanto ao material de construção:

• madeira
• pedra
• concreto armado ou protendido
• metálica (geralmente aço ou alumínio)
• mistas (combinação de vários materiais)

• quanto ao tipo estrutural:

• em laje
• em vigas retas (de alma cheia)
• em vigas-caixão (células simples ou múltiplas)
• em treliça
• em quadros rígidos
• em arcos ou abóbadas
• pênseis ou suspensas
• estaiadas
• extradorso
• pode ainda ser com encontros ou com balanços

• tipos especiais:

• flutuantes
• com estrado móvel
• levadiças
• giratórias
• basculantes

• posição do tabuleiro:

• tabuleiro superior
• tabuleiro intermediário
• tabuleiro inferior

• processo de execução:

• concreto moldado no local


• elementos pré-moldados
• balanços sucessivos ou deslocamentos progressivos

• quanto ao traçado:

• retas
• curvas
• em nível
• com inclinação (aclive/declive)

• As pontes se dividem basicamente em:

• Infraestrutura: blocos, sapatas, estacas, tubulões.

• Mesoestrutura: pilares, vigas travessas, aparelhos de apoio, encontros.

• Superestrutura: lajes de tabuleiro e inferiores, vigas longarinas, vigas transversinas, laje de


aproximação, juntas de dilatação.
• O projeto de uma ponte inicia-se, pelo conhecimento de sua finalidade, da qual decorrem os
elementos geométricos definidores do estrado, como, por exemplo, a seção transversal e o
carregamento a partir do qual será realizado o dimensionamento da estrutura. Além dessas
informações, a execução do projeto de uma ponte exige, ainda, levantamentos topográficos,
hidrológicos e geotécnicos.

• Uma ponte suspensa é aquela em que cabos (cordas ou correntes) são pendurados sobre o rio (ou
qualquer outro obstáculo) e a plataforma fica suspensa nesses cabos.

• A ponte estaiada não precisa de duas torres e quatro ancoradouros como a ponte suspensa. Em vez
disso, os cabos vão da plataforma a uma única torre, em que são presos.

• A torre em uma ponte estaiada, assim como a de uma ponte suspensa, é responsável por absorver
e lidar com as forças de compressão. Em ambos os tipos, os cabos ficam sob tração.

BALANÇO SUCESSIVO

Histórico:

• Balanço sucessivo é um método construtivo desenvolvido inicialmente no Brasil, pelo engº Emílio
Baumgart, na construção da Ponte sobre o Rio do Peixe (SC) em 1930, em concreto armado, com
vão recorde mundial de 68,00 m e um comprimento total de 145,50 m.

• Em 1983, infelizmente, essa ponte histórica foi destruída por uma enchente.

• Após esse período a Alemanha desenvolveu fortemente esse método construtivo, utilizando o
concreto protendido, notadamente para a reconstrução do país ao final da II Guerra Mundial.

• Método construtivo
• Montagem das treliças
• Formas
• Armação
• Concretagem
• Protensão
• Movimentação do conjunto
• Método construtivo no qual se executa o tabuleiro de uma ponte (superestrutura) em segmentos
denominados aduelas. Essas aduelas são ancoradas em seus pares opostos ou no contra balanço,
através do uso da protensão.

• Os balanços podem ocorrer em geometrias equilibradas (simétricas) ou em geometrias


desequilibradas (assimétricas).

• Geometria simétrica: avanço simultâneo das aduelas em lados opostos de um mesmo pilar, o que
permite manter o auto-equilíbrio da superestrutura. A ancoragem (através da protensão) ocorre
entre as aduelas ré e vante, em relação ao pilar.

• Geometria assimétrica: avanço das aduelas apenas para um dos lado do pilar de apoio. A
ancoragem (através da protensão) ocorre entre a nova aduela e o contra balanço.

• Esse método construtivo elimina a grande dificuldade de utilização de cimbramento da


superestrutura. Tornando-se às vezes a solução técnica mais viável para vencer alguns obstáculos
(leito de rio, via pública, grandes vales, etc...), quando não a única.

• Exige um controle rigoroso de todas as etapas construtivas, seguido de um criterioso e constante


acompanhamento topográfico.

• Vãos variando de 60,00 m < l < 160,00 m, chegando excepcionalmente a 220,00m.

• As aduelas podem ser moldadas in loco ou pré-moldadas (coladas ou com juntas de concretagem).

• Aplicável a pontes e viadutos rodo, metro ou ferroviários; passarelas, aquedutos ou oleodutos.

• Montagem das treliças:

• É necessário um dimensionamento preliminar para definir a quantidade de linhas de treliças que


suportarão as aduelas, bem como as posições de furação nas lajes superiores, que serão os pontos
estratégicos de fixação das mesmas.

Obs.: verificar interferência com os cabos de protensão.!!!

• Formas, Armação e Concretagem:

• Estudos e planejamento preliminares de execução, devem ser criteriosamente detalhados para


definir a logística de acesso de materiais e as condições de trabalho. Um plano minucioso de
concretagem deverá ser elaborado para não comprometer o equilíbrio da estrutura.

• Contra flecha:

• As conta-flechas deverão ser previstas de forma a compensar as variações do greide da


superestrutura antes e após as etapas de concretagem, levando em conta o peso da treliça,
armadura e forma.

OBS.: é preferível uma cota superior ao greide por facilidade de correção nas etapas construtivas
posteriores e no fechamento do vão.

• Protensão:

• Realizada para unir uma nova aduela à estrutura anterior do tabuleiro e atender a capacidade de
suporte da superestrutura. As cargas de protensão são aplicadas após o concreto atingir a
resistência especificada em projeto (resistência e idade mínimas).
• Movimentação do conjunto:

• Realizada após cada etapa de protensão.

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