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De:
ANDERSON MICHEL PRATA ALIMO
BEIRA
MARÇO, 2020
DECLARAÇÃO
O presente trabalho foi realizado pelo autor da Universidade Católica de Moçambique, em 2020.
Este trabalho é da sua autoria, excepto para as citações que aqui foram referenciadas. O trabalho
nunca foi e nem será submetido a nenhuma outra universidade ou instituição de ensino.
Nenhuma parte deste trabalho deverá ser reduzida ou acrescentada sem não com a prévia
permissão do autor ou da Universidade Católica de Moçambique.
Nome do autor:
....................................................................................
Nome do Supervisor:
................................................................................
I
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais Sidonio Alimo e
Catarina Prata pelo seu incansável suporte.
II
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradecer a Deus todo-poderoso que me deu a vida e saúde. Agradecer a
Universidade Católica de Moçambique em particular a Faculdade de Economia e Gestão e ao
meu supervisor Dr. Augusto Jorge Portraite, pelo esforço, vontade e dedicação na resolução de
problemas. O meu profundo agradecimento a minha família, particularmente aos meus pais,
irmãos que sempre deram o seu apoio incondicional para o procedimento da pesquisa. Muito
obrigado por tudo!
Agradecer também a todos os amigos em particular e colegas da mesma classe pelo vosso apoio.
III
SUMÁRIO EXECUTIVO
O presente trabalho faz uma analise do Contributo da Contabilidade na execução da Auditoria
Fiscal nas empresas, um estudo de caso Shakran Motors, Lda com sede na Cidade da Beira-
Maquinino. A escolha deste tema esta ligado com o interesse de compreender a importância da
informação contabilista para o apoio da auditoria fiscal. Para tal, procurou-se identificar e
analisar a influencia da informação contabilista para os auditores fiscais perante as empresas.
IV
ABSTRACT
The present work makes an analysis of the Contribution of Accounting in the execution of the
Fiscal Audit in the companies, a case study Shakran Motors, Lda with headquarters in the City of
Beira-Maquinino. The choice of this topic is linked to the interest of understanding the
importance of accounting information to support tax auditing. To this end, we sought to identify
and analyze the influence of accounting information for tax auditors before companies.
To reach the conclusion, due to the research characteristic, the qualitative research methodology
of an exploratory nature was used, in which it takes the form of a case study, in which
bibliographic research, interviews and documentary research were used for data collection. The
researcher achieved both his general and specific objectives, as well as considered to have
answered the research questions. Therefore, the research was able to verify that the tax auditors,
can start the execution of their work from any choice that they consider convenient, be it the
financial statements, the results obtained by the professionals or the balance sheets. The
researched company Shakran Motors, Lda recommends to improve the accounting / financial
statements, in order to increase the level of use of accounting information and thus made better
decisions in a rational way.
V
ÍNDICE
DECLARAÇÃO..........................................................................................................................................I
DEDICATÓRIA.........................................................................................................................................II
AGRADECIMENTOS..............................................................................................................................III
SUMÁRIO EXECUTIVO.........................................................................................................................IV
ABSTRACT...............................................................................................................................................V
LISTA DE TABELAS............................................................................................................................VIII
LISTA DE ABREVIATURAS..................................................................................................................IX
GLOSSARIO..............................................................................................................................................X
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO..................................................................................................................1
1.1. Introdução....................................................................................................................................1
1.2. Justificativa..................................................................................................................................2
1.3. Definição do Problema................................................................................................................2
1.4. Objectivos do Estudo...................................................................................................................3
1.4.1. Objectivo Geral....................................................................................................................3
1.4.2. Objectivos Específicos.........................................................................................................3
1.5. Perguntas de Pesquisa..................................................................................................................3
1.6. Delimitações do Estudo...............................................................................................................3
1.7. Limitações do Estudo..................................................................................................................4
1.8. Organização do Trabalho..................................................................................................................4
CAPÍTULO 2: REVISÃO DA LITERATURA...........................................................................................6
2.1. Introdução....................................................................................................................................6
2.2. Revisão da Literatura Teórica......................................................................................................6
2.2.1. Conceito de Contabilidade...................................................................................................6
2.2.2. Importância do contributo da contabilidade.........................................................................8
2.3. Revisão da Literatura Empírica..................................................................................................15
2.4. Revisão da Literatura Focalizada...............................................................................................19
2.4.1. Importância do Contributo da Contabilidade para Moçambique........................................19
2.4.2. Como a contabilidade fiscal funciona na prática...................................................................20
VI
2.4.3. A importância da auditoria fiscal na rotina empresarial.....................................................21
CAPÍTULO 3: METODOLOGIA DE PESQUISA...................................................................................23
3.1. Introdução..................................................................................................................................23
3.2. Desenho de Pesquisa..................................................................................................................23
3.3. Definição da População.............................................................................................................24
3.4. Processo de Amostragem...........................................................................................................25
3.5. Colecta de Dados.......................................................................................................................25
3.5.1. Colecta de Dados Primários...............................................................................................25
3.5.2. Colecta de Dados Secundários...........................................................................................26
3.6. Analise de Dados.......................................................................................................................26
CAPÍTULO 4: ANÁLISE E INTERPRETAÇAO DOS DADOS.............................................................27
4.1. Introdução.......................................................................................................................................27
4.2. Perfil dos Entrevistados na População de Estudo............................................................................27
5. CAPITULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES DA PESQUISA..........................................34
5.1. Introdução.......................................................................................................................................34
5.2. Conclusões.....................................................................................................................................34
5.3. Recomendações..............................................................................................................................35
5.3.1. Ao contributo da Contabilidade para Auditoria Fiscal.............................................................35
5.3.2. Aos Futuros Pesquisadores......................................................................................................36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.......................................................................................................37
ANEXOS...................................................................................................................................................39
VII
LISTA DE TABELAS
VIII
LISTA DE ABREVIATURAS
IVA – Imposto sobre Valor o Acrescentado;
PGC-NIRF – Plano Geral de Contabilidade com base nas Normas Internacionais de Relato
Financeiro.
IX
GLOSSARIO
Contributo- É aquilo com que se contribui, ou melhor pode-se dizer que é participação,
cooperação ou auxilio de algo.
Contabilidade- É uma ciência aplicada, de natureza econômica, que tem como objecto de estudo
o patrimônio das entidades, seus fenômenos e variações, tanto no aspecto quantitativo quanto
qualitativo, registrando os factos e actos de natureza econômico-financeira que o afetam e
estudando suas consequências na dinâmica financeira.
Activo – "é um conjunto dos valores activos, abrange o que se possui e o que se tem a receber"
Costa & Alves [CITATION Cos08 \p 127 \n \t \l 2070 ].
Balanço- Sua função básica é evidenciar o conjunto patrimonial de uma entidade, classificando-
o em bens e direitos, evidenciados no activos, e em obrigações e valor patrimonial dos donos,
acionistas, evidenciando no passado.
Extra Contabilísticos- Refere-se a informações que devem ser analisados, que não sejam
contabilísticos da empresa, que não sejam possíveis de mensurar em valores monetários, mais
que são importantes para qualquer decisão por parte da empresa.
Gestão- É uma actividade dinâmica que envolve funções como o planejamento, a coordenação, a
monitorização e o controlo de recursos.
X
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
Esta secção tem como objectivo fornecer informações sobre a estrutura, o conteúdo a relevância
do tema, o problema, a sua finalidade, a delimitação e as limitações da pesquisa. Neste contexto,
o estudo tem o seu marco neste capítulo, onde para além de uma breve introdução, analisam-se
as causas que contribuíram para a realização e os objectivos traçados para o mesmo.
1.1. Introdução
Em um mundo de negócios que está sempre em constantes mudanças estratégicas e financeiras,
as empresas apresentam-se mais restritas e desafiadoras, pelo que estas exercem pressão em
analisar as suas situações financeiras e consequentemente criar necessidade de aprimoramento.
Neste quadro, a área da contabilidade torna-se fundamentalmente importante para que as
empresas alcancem as suas metas planeadas.
Olhando a vertente a cima sobre a contabilidade pode se dizer que a contabilidade é fundamental
para todas as empresas sejam elas pequenas, medias e grandes assim sendo as empresas, terão
um melhor desempenho para o seu desenvolvimento dai que ela contribui na execução da
auditoria fiscal em todos os sentidos digo: auditoria na arrecadação do imposto (IVA, IRPC,
IRPS, INSS, IS etc).
1
contabilidade na execução da auditoria fiscal nas empresas. Qual é o contributo da contabilidade
na execução da auditoria fiscal?
Para atender a questão problema, a pesquisa objectiva efectuar em estudo de caso a Empresa
Shakran Motors, Lda com sede na Cidade da Beira (2016-2018). O estudo se justifica em virtude
da empresa Moçambicana situada na cidade da Beira no sector de vendas de mercadorias
compreender uma significante movimentação econômica, bem como pela geração de renda e
empregos.
1.2. Justificativa
Para o governo – Tema actual é relevante, pois garante a promoção da eficiência,
equidade e estabilidade macroeconômica atrás da arrecadação de impostos.
Para a Sociedade – Justiça social e equidade. Constitui também um dos meios de
valorizar a profissão do contabilística assim como as informações geradas pela
contabilidade a fim de alcançar os objectivos trasados pela organização, fiscais e
financeiros, com intuito de obter vantagem competitiva ou expansão de negócios e por
um lado afecta os profissionais de contabilidade, auditoria, gestão e consequentemente os
seus utilizadores.
Para os acadêmicos – vai servir de referencias literários para os estudos futuro, trabalho
caracterizar-se de grande valia para o meio acadêmico por não ser abordado, nas
publicações pesquisadas, trabalho que contem argumentos que esta pretende.
No aspecto Pessoal – Também aqui o interesse individual foi tomado em conta, como tal
considerou-se vantajoso associar uma necessidade profissional do pesquisador pela
experiência acumulada como estudante de contabilidade e a trajetória acadêmica no curso
de contabilidade e auditoria, e a grande dificuldade de dar grande relevância a
informações contabilísticas para o auxilio dos auditores fiscais.
Trata-se de um estudo de caracter qualitativo, em que foi realizado na cidade da Beira na sede da
Empresa Shakran Motors, Lda nos períodos de 2016 a 2018. Selecionou-se a empresa Shakran
Motors, Lda por fazer parte ja a muito tempo no mercado de negocio a mais de 25 Anos de
existência.
A escolha deste período tem haver com o resultado positivo que a empresa teve nas suas vendas
de mercadorias e viaturas com base nas informações financeiras. O grupo alvo são os
funcionários ligados à área Administrativa, em particular os Gestores e Contabilistas.
3
1.7. Limitações do Estudo
Para além dos limites climáticos, temporais e financeiros que sempre atravessaram os estudos de
investigação e compilação dos dados desta magnitude estes serviram de grande limitação para a
concretização dos objectivos preconizados na investigação, estas contribuíram negativamente
aos recursos aplicados.
A cultura de liberdade de informação conjugada com conceitos poucos claros no nosso mercado
sobre os princípios de confidencialidade e sigilo profissional da parte dos entrevistado,
consistiram como alguns dos elementos de limitação do Estudo.
4
neste capítulo em que o autor expõe uma ideia ou opinião a respeito de uma determinada
situação que lhe apoquenta sobre a matéria em estudo.
5
CAPÍTULO 2: REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Introdução
De modo a compreender a questão relacionada ao tema em estudo e construir uma base de
teorias sólidas e sustentável nos diversos pontos desse capítulo, assim como das conclusões,
apresenta-se a revisão da literatura, onde é feita a menção do contributo da contabilidade na
execução da auditoria fiscal, tal como, é feita a caracterização separada de cada método a se
explorar nas empresas da cidade da Beira.
Por tradição e necessidade, a contabilidade aplica-se aos factos passado do sistema económico
que constituem o objeto; A Contabilidade tem vindo a modificar-se e tem acompanhando o
progresso social e em especial o desenvolvimento económico e Tecnológico (Costa, 2013). Para
Almeida (2008) referem-se Tradicionalmente duas grandes divisões da contabilidade a saber:
6
Para João batista de São Pires e Segunda “Escola Italiana” (2010, p. 61) “contabilidade é a
ciência que estuda e pratica as funções de orientação e controles relativos de factos e
administração econômica”;
Segundo Tessanova (2006, p.08) “ Diz que a contabilidade é a doutrina de controle econômico
de determinação de redito de qualquer espécie de empresas”;
A contabilidade segundo Lopes Amarin: (1998, p. 48) “É a disciplina que tem por objetivo o
conhecimento do patrimônio de qualquer empresa no seu tríplice aspecto – quantitativo,
qualitativo e valorativo – em qualquer momento da sua existência e por fim a analise da situação
da respectiva empresa para nacional orientação da sua administração”.
Dentro da mesma filosofia patrimonialista para o Armandinho Rocha (2000, p. 03) definiu a
contabilidade como a ciência do equilíbrio patrimonial preocupando – se com todo os
conhecimentos que podem o influenciar, que os identifica, seleciona, analisa, processa, tem uma
avalição e comunicação de dados anotados a tomada de decisões.
Contabilidade é uma disciplina que estuda os processos seguidos nas unidades econômicas para
revelação da gestão (Zappa, 2006, p. 78).
7
a) Conhecimento da situação patrimonial da empresa;
b) Determinação da posição de devedores e credores da empresa perante aos terceiros
(Estado, Bancos, Credores, Clientes, Fornecedores, etc);
c) Apuramentos dos resultados nas diversas actualidades das mercadorias compradas ou dos
produtos fabricados e dos proveitos obtidos e na venda do produto ou prestação de
serviços;
Nesta mesma vertente, Ching, Marques & Prado (2010), aborda que a contabilidade Geral ou
Financeira é, por conseguinte, insuficiente para dar resposta as necessidades de informação
para a Gestão. Na verdade, trata-se de uma contabilidade do passado, cujas informações tem
falta de actualidade e estão submetidas a normais rígidas. Por outro lado, atende a normativos
jurídicos e fiscais que dão origem a diferenças entre os números que figuram na
contabilidade e os que feveriam ser considerados na ótica econômica, das informações
bastantes globais e nao tem conta as diversas grandezas fiscais que constituem elementos
fundamentais para explicar o resultado.
Para Atkinson et al., (1997 citado em Ching, Marques & Prado, 2010):
A natureza das informações da contabilidade financeira é objectiva, confiável e precisa. O tempo das
informações é relativo ao passado, e seu escopo é agregado, reportando á organização como um
todo (Ching, Marque, & Prado, 2010).
Pela necessidade de mais informações surge assim, a necessidade de outro tipo de contabilidade,
virada não para o exterior das empresas mais para o seu interior, esta contabilidade Interna
também se designa por contabilidade analítica ou contabilidade de Gestão (Caiado, 2012).
8
constantemente de informações a respeito do montante dos recursos envolvidos e utilizados, da
situação da dívida contraída para financiá-los e dos resultados económicos obtidos com a
utilização desses recursos (Ching, Marques & Prado, 2010).
Olhando na vertente do contributo podemos dizer que vem do latim que significa aquilo que se
pode contribuir, contribuição, participação, auxilio, ou melhor, cooperação em suma o contributo
vem destes significados.
Dizer que pelo simples facto de não manterem em ordem a contabilidade as empresas podem ser
condenadas por leis comercias, civis e penais.
Seja por não levar a sério documentação relativa à transação operacional, fazer negócios fora do
objeto social, misturar ou confundir bens particulares do sócio e da empresa, cometer desvios, ou
ate mesmo, efectuar contratação de um profissional despreparado.
A Contabilidade é a alma da empresa, nela ficam registrados todos os actos e factos. Se os actos
do administrador são corretos: documentação adequada, transações negociais dentro do objeto da
empresa, o reflexo é imediato: porque a Contabilidade é transparente, Caso contrário pode ser
utilizada para incriminar a empresa, com reflexos nos sócios, administradores e contabilistas que
foram relapsos e desleixados.
Dizer que no Brasil, principalmente nas médias e pequenas empresas, há o vício dos
administradores não se preocuparem com a Contabilidade: “a Contabilidade é que se vire”. Essa
atitude custa caro: crime fiscal, indisponibilidade dos bens dos sócios e administradores, pesadas
multas, tributos, ingerência, concordata, falência, etc.
9
Todas organizações utilizam diversos recursos, como pessoas, materiais, equipamentos e área
física, ente outros. Alguns destes recursos podem ser emprestados, comprados a vista ou a prazo.
Para se poder trabalhar de maneira efectiva, as pessoas em uma organização precisam
constantemente de informações a respeito do montante dos recursos envolvidos e utilizados, da
situação da divida contraída para financia-los e dos resultados econômicos obtidos com
utilização desses recursos (Ching, Marques & Prado, 2010).
Horngren et al., (2002 citado em ching, Marques & Prado, 2010) defendem a contabilidade
como:
Os gerentes necessitam saber quando a empresa esta lucrando, quanto de estoque a loja possui e
como anda a situação financeira (Ching, Marques & Prado, 2010).
Para Atkinson et al., (1997 citado em Ching, Marques, & Prado, 2010):
A contabilidade financeira trata de reportar e comunicar informações económicas
sobre uma organização aos constituintes externos: acionistas, credores,
reguladores e autoridades fiscais. Suas informações comunicam as consequências
das decisões e melhorias de processos feitas pelos gerentes e funcionários. O
processo de produzir demostrativos financeiros sofre restrições quanto a seus
formatos e exigências dos auditores independentes, interferências dos órgãos
reguladores e autoridades fiscais (p.5).
10
2.2.2.1. Contabilidade como Instrumento o Gerencial
Nos últimos anos passou a haver tendência para se fazer menção a contabilidade de Gestão.
Assim, em Fevereiro de 1989, o então existente Financial and Management Accounting
Committee (FMAC) da International Federation of Accountants (IFAC) abordou o conceito de
Contabilidade de Gestão onde refere que a contabilidade de gestão pode ser definida como o
processo de identificação, mensuração, acumulação, analise, preparação, interpretação, e
comunicação de informações (quer financeira quer operacional) utilizada pelo órgão de gestão
para planear, avaliar e controlar internamente uma organização e para assegurar o uso e a
responsabilidade pelos seus recursos (Almeida, 2008).
Nesta mesma vertente, Ching, Marques, & Prado (2010), aborda que a Contabilidade Geral ou
Financeira é, por conseguinte, insuficiente para dar resposta as necessidades de informação para a
Gestão. Na verdade, trata-se de uma Contabilidade do passado, cujas informações têm falta de
actualidade e estão submetidas a normas Rígidas. Por outro lado, atende a normativos jurídicos e
fiscais que dão origem a diferenças entre os números que figuram na contabilidade e os que deveriam
ser considerados na ótica económica, das informações bastantes globais e não tem em conta as
diversas grandezas físicas que constituem elementos fundamentais para explicar o resultado.
O desenvolvimento tecnológico do mundo moderno vem tornando cada vez mais difícil à
consecução de vários objectivos por meio de iniciativas individuais.
11
A necessidade de se atingirem os objectivos sócias com maior eficácia implicou no
aperfeiçoamento de métodos e processos administrativos, criando – se as especializações.
12
Prestação de Contas com Responsabilidade (accountability): os agentes da governança
devem prestar contas a quem os elegeu e respondem integralmente por todos os actos que
praticarem durante os seus mandatos;
Responsabilidade Corporativa: os conselheiros e executivos devem zelar pela visão de
logo prazo e sustentabilidade da organização, devem também incorporar assuntos de
ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações.
À medida que as operações da empresa se expandem, também se expande o uso dos dados
contabilísticos.
Entretanto, não são apenas os administradores que se valem das informações produzidas pela
contabilidade. Essas informações também são uteis a terceiros, tais como os sócios ou acionistas
sem ingerência nos negócios, fornecedores, instituições financeiras, entidades governamentais,
clientes etc., que, por qualquer motivo – participação dos lucros, concessão de créditos,
tributação, planos setoriais e outros -, necessitam conhecer a situação da empresa.
Segundo Robert N. Anthony, quase todas as empresas possuem um sistema contábil, portanto,
um meio de controlar, resumir, analisar e relatar, em termos monetários, informações acerca dos
13
seus negócios. As pessoas responsáveis pelas operações de uma empresa – os administradores –
precisam das informações produzidas pela contabilidade para auxilia – las no processo decisório
e como instrumento pelo qual irão comunicar a terceiros o estado patrimonial e suas mutações,
em decorrência da gestão de negócios.
Sabendo que a contabilidade também advém com alguns princípios contábeis que estes são
premissas básicas acerca de fenômenos econômicos – financeiras estudados pela contabilidade,
apos a comprovação dos fatos observados e analisados na realidade econômica.
As condições básicas para que um principio contábil se torne ‘aceito’ são sua praticabilidade e
sua utilidade. Por tanto, para que um principio seja incorporada á doutrina contábil, é preciso que
ele seja considerados praticável pelo consenso profissional e, ao mesmo tempo, seja útil sua
aplicação.
A partir do comando ditado pela lei N° 11.638/07, as normas contábeis brasileiras deveram ser
elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos
principais mercados de valores mobiliários (5° do art177 da lei), cuja principal características é
‘’ a prevalência da essência sobre a forma ‘’.
14
e) IBRACON- Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;
f) FIPECAFI- Fundação Instituto de Pesquisas contábeis, Atuariais e Financeiras.
Além dos membros do CPC, serão sempre convidados a participar de suas reuniões
representantes os seguintes Órgãos:
Os elementos que esta literatura fornece para a presente pesquisa, constitui de facto uma
componente de extrema importância, pois o pesquisador tem a possibilidade de colher
experiências relativas as metodologias utilizadas por outros pesquisadores bem como acatar as
recomendações deixadas para as futuras pesquisas em torno desta matéria.
Principio da Entidade;
15
Principio da Continuidade;
Principio da Oportunidade;
Principio do Registro pelo Valor Original;
Principio da Competência;
Principio da Prudência.
Princípio da Entidade
Princípio da Continuidade
Princípio da Oportunidade
O princípio do registro pelo valor original ordena que os componentes do patrimônio tenham seu
registro inicial pelos valores ocorridos na data das transações incorridas com o mundo externo da
entidade.
Princípio da Competência
O princípio da competência diz que as despesas e as receitas devem ser incluídas na apuração do
resultado do período em que efetivamente ocorrerem independente de recebimento ou
16
pagamento. Observa-se que o princípio da competência não está relacionado a recebimentos ou
pagamentos, mas ao reconhecimento das receitas geradas e das despesas incorridas no período.
Princípio da Prudência
17
d) Legislação Tributária.
Sabendo que Brasil é um país que possui um dos sistemas de arrecadação de tributos mais
complexos do mundo. Em razão dessa realidade, é natural que os contribuintes estejam sujeitos a
um risco maior de incidência de multas por causa do incorreto recolhimento de valores e até
mesmo na interpretação de obrigações.
Isso tudo está relacionado principalmente às demonstrações contábeis, que são o material
utilizado pelo Fisco para a realização de conferências e da cobrança dos tributos.
Para atender a todas as demandas e obrigações legais instituídas pela legislação, é necessário que
as empresas contem com uma estrutura técnica focada em contabilidade para a auditoria fiscal, a
fim de garantir o atendimento às exigências impostas pelo Fisco.
A auditoria fiscal é uma área que demanda muito tempo e dedicação, além de um conhecimento
aprofundado sobre as leis e normativas em vigor. Se a empresa não focar em um bom
profissional com conhecimento na área, ela ficará sujeita a erros que podem incluir cálculos
incorretos de tributos, atrasos na entrega de declarações fiscais, entre outros.
Segundo o conselho federal de contabilidade estudado em Brasil (CFC n°. 750/93), possui uma
ligeira ligação com o estudo desta licenciatura, pois ambas tem a reconhecer a importância da
18
informação contabilística para a execução dos auditores fiscais porque sem os princípios
adotados pela contabilidade ficaria tese de como sustentar os seus pareceres.
19
Por não possuírem uma contabilidade organizada, os empresários não sabem a real situação da
sua empresa como também os demais utilizadores da informação financeira não têm nenhum
conhecimento acerca da realidade da entidade. Muitas vezes quando precisam de um
financiamento em uma instituição financeira torna-se difícil para que sejam financiados. Essa
dificuldade existe, pois, as instituições financeiras duvidam da capacidade do empresário
reembolsar o valor devido à falta da informação que dê credibilidade ao seu negócio.
É ainda necessário fazê-los entender que uma empresa com contabilidade organizada tem uma
das melhores técnicas de gestão, pois a partir da contabilidade os empresários e todos os
envolvidos no negócio vão saber acerca do património que a empresa possui bem como o que
falta ter e o que está a mais para o andamento do seu negócio com sucesso.
O estudo de Gouveia (2001), tem relação no concerte as conclusões tiradas no estudo, ao
afirmarem a importância que a contabilidade detém tanto como para o trabalho dos auditores
fiscais assim também para o crescimento da organização.
2.4.2. Como a contabilidade fiscal funciona na prática
A contabilidade fiscal engloba todas as práticas técnicas vinculadas ao recolhimento de tributos.
Os profissionais que atuam na área precisam deter conhecimento a respeito da Legislação
Tributária Federal, da Legislação Tributária Estadual, da Legislação Contábil, das Regras do
Imposto Sobre Serviços (ISS), da Lei de Falência e das demais normas legais vinculadas ao
assunto.
Dessa forma, a prática da contabilidade fiscal inclui toda a assessoria relacionada ao pagamento
de impostos dentro de uma organização empresária, incluindo filiais, caso elas existam. O
trabalho vai desde a sua apuração de tributos até o correto recolhimento e apresentação de
relatórios ao Fisco e aos gestores do negócio.
20
Além disso, é por meio dessa área de conhecimento que a corporação tem condições de reduzir
gastos com tributos recolhidos desnecessariamente e até mesmo estudar a possibilidade de
solicitar modificações no regime tributário, visando à redução das obrigações fiscais.
O contador é o profissional mais indicado para atuar no setor de tributos, tendo em vista
que ele possui todo o conhecimento técnico necessário para embasar o planejamento, o
gerenciamento e a fiscalização das contas da empresa. Além disso, ele atua para orientar o
administrador no negócio, evitando que ocorram problemas como sonegação fiscal.
Isso não impede, naturalmente, que o empreendimento conte com o apoio de uma equipe
multidisciplinar, formada por economistas e advogados. Entretanto, vale destacar que o
contabilista é peça-chave, dado o seu conhecimento técnico e a sua posição estratégica na prática
negocial.
21
Como mencionado anteriormente, a contabilidade é hoje uma das áreas técnicas que mais oferece
apoio estratégico para a gestão do negócio. Essa função metodológica e tática deve ser ponto de
apoio para os gestores, que podem encontrar no conhecimento desses profissionais soluções
baseadas em informações reais obtidas por meio do próprio negócio.
O contabilista oferece dados concretos sobre a empresa e os seus resultados. Essas informações
trazem um amplo leque de possibilidades para a melhoria das estratégias mercadológicas e do
desempenho geral do negócio.
22
CAPÍTULO 3: METODOLOGIA DE PESQUISA
3.1. Introdução
Segundo Marconi & Lakatos [CITATION Mar03 \n \t \l 2070 ], "a metodologia é um conjunto de
actividades sistemáticas e racionais que com maior segurança e economia permite alcançar os
objectivos preconizados, traçando assim o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando
as decisões do cientista" (p. 56).
Mediante este cenário, foi apresentado neste capítulo as metodologias usadas para efectuar à
pesquisa. A pesquisa teve de abordar o método qualitativo, pelo que a primeira parte desta
apresentava o desenho da pesquisa e fez menção de todos os passos usados para alcançar os
objectivos traçados nos subcapítulos anteriores, apresentou-se ainda a luz do capítulo acima
referido a população em estudo, o processo de amostragem, tamanho de amostra, método de
colecta de dados, e por fim último a duração do inquérito.
O caracter da pesquisa qualitativa usada neste estudo é essencialmente exploratório. Esse perfil
de pesquisa foi escolhido devido a flexibilidade, criatividade e informalidade que ele permite ao
pesquisador que busca um maior conhecimento sobre o tema (AAKER, KUMAR, & DAY,
1995).
23
Dentro do contexto qualitativo foi utilizado o estudo de caso, em que realizou-se um estudo
profundo de maneira a permitir seu amplo e detalhado conhecimento seguindo a ideia de Gil
(2014), o estudo de caso é caraterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou poucos
objectos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado.
Para a colecta de dados foi feita mediante as técnicas de pesquisa bibliográfica, entrevistas e
pesquisa documental, de modo a permitir o estudo da empresa em análise.
Na Segunda fase procedeu-se a interação com os Gestores e contabilistas da Empresa Shakran
Motors, Lda e para este caso procurou-se também determinar as diferentes estratégias e modelos
de atuação, para o efeito, utilizou-se a técnica de pesquisa entrevista e pesquisa documental.
Segundo o autor Gil (2014), este entende que:
"questionário para entrevista é técnica de investigação composta por um conjunto de questões que
são submetidas as pessoas como propósito de obter informações sobre conhecimento, crenças,
sentimentos, valores, expectativas, aspirações, temores, comportamento, presente ou passado etc"
(p. 121).
A pesquisa teve como alvo os funcionários da Empresa Shakran Motors, Lda no total de 18 entre
as diversas áreas de operações, administrativos, auxiliares de limpeza e Direcao. Onde o grupo
alvo cingiu-se aos funcionários ligados a área administrativas da Shakran Motors, Lda, em
particular dois (2) contabilistas um (1) Director e um (1) gerente, totalizando assim quatro (4)
funcionários. Todos eles são funcionários da mesma empresa. Quanto ao número da amostra,
Minayo (2001) afirma que o critério de representatividade da amostra na pesquisa qualitativa não
é numérico como na pesquisa quantitativa. A quantidade de pessoas entrevistadas deve, no
entanto, permitir que haja a reincidência de informações ou saturação de dos dados, situação
ocorrida quando nenhuma informação nova é acrescentada com a continuidade do processo de
pesquisa.
24
3.4. Processo de Amostragem
Segundo Reis, Melo, Andrade, & Calapez [CITATION Rei08 \n \t \l 2070 ] "A amostragem é um
dos instrumentos que possibilita o conhecimento científico da realidade, onde outros processos
ou métodos alternativos, por razões diversas, não se mostram adequados ou até mesmo
possíveis" (p. 17).
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3.5.2. Colecta de Dados Secundários
Os dados secundários desta pesquisa consistiram na base de diversas lentrevistas para o suporte
da interpretação dos dados primários colectados durante a pesquisa e serviram de fonte para a
emissão de um determinado parecer e recomendações a respeito da pesquisa.
As variáveis que se propõem aqui são qualitativas, sendo que para a interpretação dos dados
procurou-se sincronizar-se os dados da pesquisa bibliográfica, entrevistas e pesquisa documental.
As entrevistas aos contabilistas e Gestores foram registadas em gravações através de celular
Samsung Galaxy S8 e posteriormente procedemos a sua transcrição, a partir das sucessivas
leituras realizadas e da constante audição do material colectado emergiram as categorias para
melhor compreensão. Devido algumas características das questões colocadas na entrevista
recorreu-se a digitalização dos dados no Software Microsoft Word e Software Microsoft Excell
de modo a organizar e lançar as respostas que foram obtidas através das questões da Entrevista.
Assim esta análise serviu de base para fundamentar as conclusões e recomendações da pesquisa.
26
CAPÍTULO 4: ANÁLISE E INTERPRETAÇAO DOS DADOS
4.1. Introdução
O presente capítulo destina-se a análise e interpretação dos dados recolhidos no âmbito da
pesquisa, através de entrevistas e observação, a qual foi possível validar os objectivos
apresentados nos subcapítulos anteriores.
A análise e interpretação dos dados obtidos por intermédio de entrevistas e observações foram
feitas de forma linear, sendo depois apresentado comentários, de forma tabelar, seguido de
citação de autores que abordam sobre o assunto, e por fim último a conjugação de todos
conteúdos do tema em análise de modo que se pudesse imitir uma opinião materialmente
relevante para melhor compreensão, com vista a materialização dos objectivos e
consequentemente propor solução ao enigma em questão.
A empresa Shakran Motors, Lda é uma empresa que presta serviços e comércios de viaturas com
sede na Cidade da Beira – Maquinino, com mais de 25 Anos existente no mercado. A população
desta pesquisa é composta por 18 funcionários da empresa Shakran Motors, sobre o qual o grupo
alvo cingiu-se aos funcionários ligados a área administrativa, em particular os Gestores e
contabilista compondo assim quatro (4) funcionários, tendo os entrevistados apresentando-se
com as seguintes características conforme apresentado na tabele a baixo.
27
Optou-se por codificar o nome verdadeiro dos entrevistados devido a questões de éticas e
confidencialidade. Em suma foram entrevistados quatro (4) Homens, com uma idade
compreendida entre os seus 32 a 49 anos, com nível de escolaridade: 3 Técnicos e um (1)
licenciado. Pessoal altamente qualificado e com vasta experiência.
Onde na Shakran Motors, Lda foram recolhidos dados secundários da pesquisa em estudo,
através das entrevistas e observação. Para tal as entrevistas foram efetuadas para os Diretores,
Gerentes e contabilistas ao passo que as observações foram feitas mediante parecer dos
responsáveis sobre o acompanhamento de um determinado contributo da contabilidade para a
execução fiscal. Os dados secundários foram obtidos, mediante relatórios financeiros formais e
não formais existes dentro da organização.
Inicialmente, cabe registar os motivos do contributo de contabilidade tem sido uma feramente
básica para poder se analisar e determinar ate qual ponto a empresa pode ser ajudada a se
alavancar com o auxilio da contabilidade.
Segundo Lemes, Rigo, & Cherobin [CITATION Lem00 \n \t \l 2070 ] , "para certos tipos de
projectos, uma análise relativamente detalhada pode ser justificada; para outros, procedimentos
mais simples devem ser usados" (p. 287).
Em relação a analise das entrevistas, quando questionado aos entrevistado qual é o contributo
que a contabilidade, os contabilistas e gestores responderam o seguinte:
28
leva, a saber, a situação das organizações, dos seus resultados e do planejamento e controlo das
mesmas”
O entrevistado 2 disse “Vendo que a contabilidade é responsável pela gestão tributaria coleta e
analise de dados financeiros, legalização e outras questões burocráticas, que são fundamentais
para a “Saúde” de qualquer empreendimento”
Por outro lado o entrevistado 3 disse “Normalmente a contabilidade perante as empresas esta
mais ligada com a contabilidade gerencial mais de uma forma informal, pois o relatório de
gestão procura relacionar as contas de um determinado período com a atividade que a empresa
desenvolveu nesse mesmo período”
Mediante as respostas colhidos na recolha dos dados primários constatou-se que três (3) deles
apenas apresentaram argumentos contundentes que são gerados no contributo da contabilidade
para a empresa.
E que as empresas necessitam da contabilidade pelo seu auxilio que trás para o mundo
empresarial ou para o mercado de empreendimento sejam elas pequenas, medias e grandes
empresas, para um melhor funcionamento delas.
Sá (2002, pg. 46) define a contabilidade como “ a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais,
preocupando-se com realidades, evidencias e comportamentos dos mesmos, em relação a
eficácia funcional das células sócias”, segundo o entendimento do mesmo autor “ tal definição,
estabelece os limitesm objeto e natureza do estudo da ciência contábil”.
29
Cientificamente o estudo contábil na visão de Sá (2002, pg. 46) “visa conhecer as relações que
existem entre os fenômenos patrimoniais observados e busca conhecer como tais relações se
estabelecem”, sendo a informação um elemento acessório, onde a essencial é estudar
cientificamente as relações que afetam o patrimônio da entidade.
Apos a resposta inicial dos entrevistados sobre o contributo da contabilidade, foi solicitado que
respondessem sobre a ligação da contabilidade com a fiscalidade. Tendo os entrevistados
manifestando-se conforme apresentado na tabela a baixo.
Entrevistado Resposta
Primeiro A contabilidade e os procedimentos fiscais é de dependência.
Segundo Os auditores fiscais dependem muito da contabilidade para poder averiguar se os
princípios estão sendo seguidos.
Terceiro Modelo de “dependência total”: neste caso para se calcular o lucro
tributável é considerado apenas o rendimento que é gerado no balanço;
Modelo de “total autonomia”: neste caso o apuramento do lucro tributável é
regulado de forma exaustiva pelos preceitos fiscais;
Modelo de “dependência parcial”: assume-se que o resultado contabilístico
é o ponto de partida para determinar o lucro tributável, estando sujeito a
ajustamentos extra contabilísticos.
Quarto Uma das relações importantes é que as regras contabilísticas são substituídas pelas
regras fiscais.
Fonte: Autor (2020) com base na entrevista
A analise das respostas das entrevistas indica que existem diversas utilidades para a relação entre
a contabilidade, os entrevistados 1 e 3 responderam que a relação contabilista entre os
procedimentos fiscais é de dependência entre eles.
Pode-se ainda acrescentar que Lamb, et al (1998; citados por James, 2002, p. 19) desenvolveram
um método de avaliar a extensão da relação entre a contabilidade e a fiscalidade, sugerindo
quatro tipos de conexão:
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Caso I – Desconexão: Regras diferentes tanto para a contabilidade como para a
fiscalidade;
Caso II – Identificação: As regras fiscais e as contabilísticas são as mesmas;
Caso III – Contabilidade guia: As normas contabilísticas são seguidas tanto para fins
contabilísticos como para os fiscais;
Caso IV – Fiscalidade guia: As normas fiscais orientam ambas as áreas;
Algumas doutrinas desta área defende que a existência de uma relação aproximada entre a
contabilidade e a fiscalidade prejudica a qualidade das demonstrações financeiras, tornando-as de
difícil interpretação. Todavia, ao longo dos anos têm ocorrido alterações que têm vindo a
modificar a classificação dada a alguns países e têm tornado as demonstrações financeiras não
totalmente dependentes da fiscalidade.
Este facto tornou a aplicação das IFRS na Europa num processo difícil, devido, por um lado, à
vontade de uniformizar uma diversidade complexa que é o ordenamento fiscal e a sua
convivência com os princípios contabilísticos e, por outro, devido à diversidade de sistemas
existentes na Europa. Assim, tentou-se aplicar um sistema integrado (IFRS e CCCTB) no
ambiente económico variado que existe na Europa, tentando-se selecionar os regulamentos, com
base no impacto da relação da contabilidade e a fiscalidade. (Cuzdrioriean e Matiş, 2012, p. 5).
31
Mediante as constatações colhidas por diversas fontes, quer por intermédio de entrevistas, analise
documental e observações o autor constatou que a contabilidade para auditoria fiscal tem sido de
extrema importância com base nos pareces na tabela a baixo:
Entrevistado Pareceres
Primeiro Vendo que a contabilidade é vista como sendo a fonte de informações digo
todas as informações começando por demonstrações contabilísticas,
patrimoniais, resultados financeiros ou contabilísticos.
Segundo Argumentou o mesmo ponto de vista com o primeiro, mais amentando dizendo
que os auditores fiscais já tem o conhecimento prévio de contabilidade dai que
eles precisam das informações contabilísticas para analise da execução do seu
trabalho com base nas informações.
Terceiro A importância da contabilidade é que em qualquer momento tem as informações
contabilísticas.
Quarto A contabilidade é importante porque da o primeiro parecer dos resultados fiscais
digo o apuramento dos impostos, dai que os auditores só vêm confirmar a
exatidão dos resultados apurados pelos profissionais contabilísticos.
Fonte: Autor (2020) com base nas entrevistas
Podemos assim observar que alguns entrevistados chegaram ate a explicar como que a
contabilidade é importante para os auditores fiscais no nosso quotidiano vendo que através da
contabilidade a empresa sabe o valor de seus activos, passivos, receitas, custos e despesas, a
rentabilidade e lucratividade do negocio, produtividade de mão-de-obra e através disso, pode
realizar um bom planejamento tributário, ainda é responsável pelo departamento fiscal e
contabilístico. Estas questões fizeram reflexão sobre a importância da informação contabilística,
ficou claro que no pensamento de todos faltou conteúdo teórico, ou seja, seu raciocínio seguiu
sua própria logica, claramente baseada na experiência individual em alguns casos. Cabe destacar
que as respostas dos entrevistados é bastante semelhante ao que foi entendida a partir da revisão
da literatura, a contabilidade fornece de modo sistemático informações a todo um conjunto de
destinatários com formação e expectativas diferenciadas a ser entendida por cada um mais fim ao
cabo é exatamente a mesma informação.
32
Sabendo que a contabilidade além de fornecer informações uteis para a decisão deve também
auxiliar os gestores da empresa como sendo um consultor de gestão, aconselhando e fornecendo
todo o tipo de informações uteis para o processo de se tomar decisões também junto com o
parecer dos auditores fiscais (externos). Notando que a informação contabilista possibilita e
permite melhorar o desempenho da empresa.
Segundo Marion (2005, p. 26) o objetivo da contabilidade pode ser resumido no fornecimento de
informações econômicas para vários usuários como: investidores, fornecedores, bancos, governo,
sindicatos e funcionários.
33
5. CAPITULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES DA PESQUISA
5.1. Introdução
Finalizado o estudo, o presente capítulo pretende trazer as considerações referentes as
informações pesquisadas ao logo do trabalho, as advertência e os aspectos que o pesquisador
achou relevante e de extrema importância para todos os possíveis interessados nas informações
em estudo. Portanto, é indispensável esta sessão, pelo que, são compostas as conclusões e
recomendações.
5.2. Conclusões
A informação contabilista é importante para a execução da auditoria fiscal para as empresas, e da
correta utilização deste tipo de informação depende o sucesso ou insucesso de qualquer tipo de
organização. Reconhecendo a utilidade deste tipo de informações no contributo para a auditoria
fiscal, teve como proposito analisar o contributo da contabilidade para a execução da auditoria
fiscal, estudo de caso Shakran Motors, Lda nos períodos de 2016 a 2018, com sede na Cidade da
Beira-Maquinino. Nos capítulos anteriores efetuou-se no primeiro capitulo a introdução do
estudo, no segundo capitulo demostrou-se a revisão da literatura, no terceiro capitulo formulou-
se a metodologia, no quarto capitulo apresentou-se a discussão dos resultados da investigação
desenvolvida.
Pela analise dos dados foi possível concluir que a empresa utiliza o balanço e a demonstração de
resultados como a teoria recomendada para validar as suas decisões operacionais utilizando estes
instrumentos.
34
tomar as suas decisões de forma racional com base nas informações contabilísticas e
extracontabilisticas para obter a eficiência operacional
Ao fim deste trabalho, conclui-se que as premissas nas quais esta pesquisa foi orientada na
Empresa shakran motors, lda converge com os resultados encontrados nos estudos feito em
diversos lugares, pois demostrou através de investigação, a importância que a informação
contabilística detém na execução da auditoria fiscal e também no processo de tomada de
decisão.
5.3. Recomendações
Durante a pesquisa realizada ao contributo da contabilidade para a execução da auditoria fiscal
nas empresas, contatou-se que alguns procedimentos adoptados não estão em conformidade com
os preceitos descritos na literatura consultada, conforme se descreve nas recomendações a baixo.
Para as empresas sempre existe um elemento na organização que tomada à decisão final sobre
uma determinada situação, com isto, este pode ser entendido como sendo o responsável da
organização, salientar que o termo administrador é utilizado com sendo título conveniente,
podendo ser aplicado a todo e qualquer executivo que tome decisões financeiras. A demais
recomenda-se que:
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5.3.2. Aos Futuros Pesquisadores
Para futuras pesquisas relacionadas com esta área de conhecimento cientifico, recomenda-se que
aos pesquisadores a buscar analisar a importância do profissional da contabilidade em relação as
novas tecnologias de Gestão, de forma a auxiliar os gestores e os demais usuários da
contabilidade. Como investigações futuras sugere-se a elaboração de um estudo similar dirigido
aos contabilistas e gestores, a outras empresas do mesmo sector de actividade, pois permitiria
uma posterior comparação com os resultados obtidos nesta investigação. Também se deve dar
prioridade a um estudo comparativo entre o grau de utilização da informação contabilística no
auxilio para os auditores fiscais de diferentes tipos de empresas e entre empresas de diferentes
setores de atividade. Por fim, seria importante analisar o grau de importância do contributo da
informação contabilística consoante os anos de experiência profissional dos Contabilistas
Certificados. É também importante estudar sobre os fatores que limitam a utilização da
informação contabilística para o beneficio das entidades.
36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Almeida, M. C. (2010). Um Curso Moderno e Completo. São Paulo: 7 Ed Atlas.
Almeida, M. C. (2008). Curso Básico de Contabilidade (5ª ed.). São Paulo: Atlas S.A.
Barreto, A. V., & Honorato, C. d. (1998). Manual de sobrevivência na selva acadêmica. Rio de
Janeiro: Objeto Direto.
Caiado, A. C. (2012). Contabilidade Analítica e de Gestão (7ª ed.). Lisboa: Áreas Editoras.
Ching, H. Y., Marques, F., & Prado, L. (2010). Contabilidade & Finanças: Para Não
Especialistas (3ª ed.). São Paulo: Pearson Education do Brasil Ltda.
Costa, C., & Alves, G. (2008). Contabilidade Financeira (6ª ed.). Lisboa: Rei dos Livros.
Cuzdriorean, Dan Dacian & Matiş, Dumitru (2012), “The relationship between accounting and
taxation insight the European Union: the influence of the international accounting regulation.”
Annales Universitatis Apulensis Series Oeconomica, 14(1), 28-43.
37
Hiromi, h. (2005). Imposto de renda das Empresas - Interpretação e Pratica. 30 Ed ir
publicações.
Lemes, A. B., Rigo, C. M., & Cherobin, A. P. (2000). Administração Financeira – Princípios,
Fundamentos e Práticas Brasileiras (2ª ed.). São Paulo: Campus.
Marconi, M. d., & Lakatos, E. M. (1996). Técnicas de Pesquisa (3 ed.). São Paulo: Editora Atlas
S.A.
Marconi, M. d., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos da Metodologia Científica. São Paulo.
Reis, E., Melo, P., Andrade, R., & Calapez, T. (2008). Estatística Aplicada (7ª ed.). Lisboa:
Silabo, Lda.
Sá, A, Lopes de. (2002). Teoria da contabilidade. (3 ªed.) São Paulo: Atlas.
www.contabeis.com.br
38
ANEXOS
39
APENDICE A – Guião de Entrevista aplicado a Media Empresa.
Guião de Entrevista
O presente Guião de Entrevista foi elaborado pelo autor Anderson Alimo, com o intuito de ser
utilizado como fonte para a obtenção de dados primários com vista a elaboração da sua
monografia do grau de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria, sobre o Contributo da
Contabilidade na Execução da Auditoria Fiscal nas Empresas- Estudo de caso Shakran Motors,
Lda, a ser apresentada pela Universidade Católica de Moçambique na Faculdade de Economia e
Gestão.
Sendo assim, muito importante a sua colaboração para este estudo, pelo que solicita muita
serenidade nas possíveis respostas.
DADOS PESSOAS
Data: _____/___________/_____
Parte I
1 – SEXO
( ) Masculino ( ) Feminino
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2 – GOSTA DO TRABALHO QUE FAZ?
( ) SIM ( ) NÃO
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Parte II
DADOS DA EMPRESA
Data: _____/___________/_____
( ) SIM ( ) NÃO
( ) SIM ( ) NÃO
Resposta:______________________________________________________
______________________________________________________
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5 – CONHECE ALGUM TIPO DE MOTIVO USADO PARA ELABORAÇÃO DAS
DEMOSTRAÇÕES FINANCIRAS?
( ) SIM ( ) NÃO
( ) SIM ( ) NÃO
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Resposta:_____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
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