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LUIZA ERUNDINA DE SOUSA, Prefeita do Município de São Paulo, usando das atribuições
que Ihe são conferidas por lei. Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 28 de
dezembro de 1990, decretou e eu promulgo a seguinte lei:
Art. 1° - Fica instituído, no âmbito do Município de São Paulo, incentivo fiscal para a realização
de projetos culturais, a ser concedido a pessoa física ou jurídica domiciliada no Município.
1° - O incentivo fiscal referido no "caput " deste artigo corresponderá ao recebimento, por parte
do empreendedor de qualquer projeto cultural no Município, seja através de doação, patrocínio
ou investimento, de certificados expedidos pelo Poder Público, correspondentes ao valor do
incentivo autorizado pelo Executivo.
2° - Os portadores dos certificados poderão utilizá-los para pagamento dos impostos sobre
serviços de qualquer natureza - ISS e sobre a propriedade predial e territorial urbana – IPTU,
até o limite de 20% (vinte por cento) do valor devido a cada incidência dos tributos.
3° - Para o pagamento referido no parágrafo anterior, o valor de face dos certificados sofrerá
desconto de 30% (trinta por cento).
4° - A Câmara Municipal de São Paulo fixará anualmente, o valor que deverá ser usado como
incentivo cultural, que não poderá ser inferior a 2% (dois por cento) nem superior a 5% (cinco
por cento) da receita proveniente do ISS e do IPTU.
5° - Para o exercício de 1991, fica estipulada a quantia equivalente a 5% (cinco por cento) da
receita proveniente do ISS e do IPTU, excluindo-se o valor destinado ao FUNTRAN.
Art. 3° - Fica autorizada a criação, junto à Secretaria Municipal de Cultura, de uma Comissão,
independente e autônoma, formada maioritariamente por representantes do setor cultural a
serem enumerados pelo Decreto regulamentador da presente lei e por técnicos da
administração municipal que ficará incumbida da averiguação e da avaliação dos projetos
culturais apresentados.
2° - Aos membros da Comissão, que deverão ter um mandato de 1 (um) ano, podendo ser
reconduzidos, não será permitida a apresentação de projetos durante o período de mandato,
prevalecendo esta vedação até 2 (dois) anos após o término do mesmo.
5° - O Executivo deverá fixar o limite máximo de incentivo a ser concedido por projeto,
individualmente.
6° - Uma parcela dos recursos a serem destinados ao incentivo deverá ser destinada para a
aquisição de ingressos.
Art. 4° - Para a obtenção do incentivo referido no artigo Art. 1°, deverá o empreendedor
apresentar à Comissão cópia do projeto cultural, explicando os objetivos e recursos financeiros
e humanos envolvidos, para fins de fixação do valor do incentivo e fiscalização posterior.
Art. 6° - Os certificados referidos no artigo 1° terão prazo de validade, para sua utilização, de 2
(dois) anos, a contar de sua expedição, corrigidos mensalmente pelos mesmos índices
aplicáveis na correção do imposto.
Art. 7° - Além das sanções penais cabíveis, será multado em 10 (dez) vezes o valor incentivado
o empreendedor que não comprovar a correta aplicação desta lei, por dolo, desvio do objetivo
e/ou dos recursos.
Art. 8° - As entidades de classe representativas dos diversos segmentos da cultura poderão ter
acesso, em todos os níveis, a toda documentação referentes aos projetos culturais
beneficiados por esta lei.
Art. 9° - As obras resultantes dos projetos culturais beneficiados por esta lei, serão
apresentadas, prioritariamente, no âmbito territorial do Município, devendo constar a divulgação
do apoio institucional da Prefeitura do Município de São Paulo.
Art. 10° - Fica autorizada a criação, junto à Secretaria Municipal de Cultura, do Fundo Especial
de Promoção das Atividades Culturais – FEPAC.
Art. 11° - Constituirão receitas do FEPAC, além das provenientes de dotações orçamentárias e
de incentivos fiscais, os preços de cessão dos Corpos Estáveis, teatros e espaços culturais
municipais, suas rendas de bilheteria, quando não revertidas a título de cachês, a direitos
autorais e à venda de livros ou outras publicações e trabalhos gráficos editados ou co-editados
pela Secretaria Municipal de Cultura, aos patrocínios recebidos à participação na produção de
filmes e vídeos, à arrecadação de preços públicos originados na prestação de serviços pela
Secretaria e de multas aplicadas em conseqüência de danos praticados a bens artísticos e
culturais e a bens imóveis de valor histórico, quando não seja receita do CONPRESP, o
rendimento proveniente da aplicação de seus recursos disponíveis, além de outras rendas
eventuais.
Art. 12° - Caberá ao Executivo a regulamentação da presente lei no prazo de 90 (noventa) dias
a contar de sua vigência.
Art. 13° - Esta lei entrará em vigor na data sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são
conferidas por lei,
DECRETA:
Art. 1º - O incentivo fiscal para a realização de projetos culturais, a ser concedido a pessoa
física ou jurídica domiciliada no Município de São Paulo, é disciplinado pela Lei nº 10.923, de
30 de dezembro de 1990, e pelo presente decreto.
Art. 2º - Para os efeitos deste decreto, entende-se por:
I - empreendedor: a pessoa física ou jurídica, domiciliada no Município de São Paulo,
diretamente responsável pela realização do projeto cultural incentivado;
II - contribuinte incentivador: o contribuinte do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza -
ISS, ou do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, no Município de São Paulo, que tenha
transferido recursos para a realização de projeto cultural incentivado, através de doação,
patrocínio ou investimento;
III - doação: a transferência de recursos aos empreendedores, para a realização de projetos
culturais, sem quaisquer finalidades promocionais, publicitárias ou de retorno financeiro;
IV - patrocínio: a transferência de recursos aos empreendedores, para a realização de projetos
culturais, com finalidades exclusivamente promocionais, publicitárias, ou de retorno
institucional;
V - investimento: a transferência de recursos aos empreendedores, para a realização de
projetos culturais, com vistas à participação nos seus resultados financeiros.
Art. 3º - O incentivo fiscal referido no artigo 1º deste decreto será comprovado por certificado
expedido pela Secretaria Municipal de Cultura e entregue ao contribuinte incentivador, do qual
constarão os seguintes dados:
I - identificação do projeto e de seu empreendedor;
II - valor do incentivo autorizado;
III - data de sua expedição e prazo de validade;
IV - nome, número do CNPJ ou do CPF do contribuinte incentivador;
V - valor dos recursos transferidos;
VI - número do CCM (Cadastro de Contribuinte Municipal);
VII - número do contribuinte do IPTU.
§ 1º - O certificado a que se refere o "caput" deste artigo é intransferível e será expedido
mediante a apresentação, pelo empreendedor, do comprovante de depósito, em conta corrente
vinculada ao projeto cultural apresentado, do valor dos recursos transferidos pelo incentivador,
realizado na forma e segundo os critérios a serem definidos pelas Secretarias Municipais de
Finanças e Desenvolvimento Econômico e de Cultura, por meio de portaria intersecretarial.
§ 2º - O valor do incentivo autorizado poderá ser transferido ao empreendedor parceladamente,
por um mesmo incentivador, ou fracionadamente, por diferentes incentivadores.
§ 3º - Todos os certificados de incentivo serão objeto de registro, para fins de controle pela
Comissão de Averiguação e Avaliação de Projetos Culturais - CAAPC, de que trata o artigo 12
do presente decreto.
Art. 4º - O empreendedor indicará o incentivador ou, na hipótese de fracionamento, apresentará
a relação circunstanciada dos contribuintes incentivadores, no prazo de 90 (noventa) dias
contados da aprovação do projeto pela Comissão.
§ 1º - O prazo estabelecido no "caput" poderá ser prorrogado a critério da Comissão de que
trata o artigo 12, que decidirá após ouvida sua Secretaria Executiva, prevista no artigo 16 deste
decreto.
§ 2º - O fato de o empreendedor não obter a totalidade do valor do incentivo no prazo
estipulado no "caput" deste artigo não o exonerará de realizar o projeto aprovado pela
Comissão.
Art. 5º - O contribuinte incentivador, observado o prazo de validade do benefício, poderá utilizar
70% (setenta por cento) do valor de seu certificado para pagamento de até 20% (vinte por
cento) do IPTU oudo ISS por ele devidos, a cada recolhimento, desde que os débitos não
estejam inscritos na Dívida Ativa.
Parágrafo único - No caso de estar vencido o imposto, o valor do certificado será aproveitado
apenas para o pagamento do seu montante corrigido, dele excluídos a multa e os juros de
mora.
Art. 6º - O valor facial dos certificados será expresso em reais.
Art. 7º - O total dos incentivos autorizados pela Secretaria Municipal de Cultura, anualmente,
não poderá exceder o valor aprovado pela Câmara Municipal.
Art. 8º - Poderão ser incentivados, atendidos os interesses da política cultural do Município,
projetos culturais abrangidos nas seguintes áreas:
I - artes cênicas (teatro, circo e danças);
II - artes visuais (fotografia, artes plásticas, "design" e artes gráficas);
III - cinema e vídeo;
IV - literatura e bibliotecas;
V - música;
VI - crítica e formação cultural (arte-educação, história e crítica da arte, pesquisa na área
artística e formação artística em geral);
VII - patrimônio histórico e cultural (centros culturais, museus, folclore, artesanato, acervos e
patrimônio histórico).
Art. 9º - Somente serão objeto de incentivo os projetos culturais que visem à exibição,
utilização e circulação pública dos bens culturais deles resultantes, sendo vedada a concessão
de incentivo a obras, produtos, eventos ou outros decorrentes, destinados ou circunscritos a
circuitos privados ou a coleções particulares.
Art. 10 - Os incentivos da Lei nº 10.923, de 30 de dezembro de 1990, aplicam-se também a
projetos culturais da Administração Pública Direta ou Indireta, obedecido, na sua apreciação, o
procedimento previsto neste decreto.
Art. 11 - As obras resultantes de projetos culturais beneficiados pela Lei nº 10.923, de 30 de
dezembro de 1990, deverão ser apresentadas, no âmbito territorial do Município, devendo
constar, em todo seu circuito de apresentações, a divulgação do apoio institucional da
Prefeitura do Município de São Paulo, segundo a normativa de divulgação a ser fornecida pela
Secretaria Municipal de Cultura.
Art. 12 - Fica criada a Comissão de Averiguação e Avaliação de Projetos Culturais - CAAPC,
integrada por representantes do setor cultural e por técnicos da Administração Municipal, que
deverá averiguar, avaliar e analisar os projetos a ela apresentados, na forma de seu regimento
interno, previsto no artigo 15 deste decreto.
Art. 13 - A Comissão será composta por 13 (treze) membros de comprovada idoneidade e de
reconhecida notoriedade na área cultural, assim escolhidos pelo titular da Secretaria Municipal
de Cultura: 7 (sete) entre os indicados, em cada uma das áreas, pelas entidades do setor
cultural a que se refere o artigo 14 deste decreto e 6 (seis) de livre escolha do titular da
Secretaria Municipal de Cultura.
Parágrafo único - A Comissão será presidida por um coordenador, nomeado pelo titular da
Secretaria Municipal de Cultura, ao qual se subordinará a Secretaria Executiva da Comissão.
Art. 14 - As entidades e instituições que poderão participar do processo seletivo dos projetos
culturais, escolhidas por sua representatividade, pluralidade e atuação no processo cultural,
serão definidas em portaria da Secretaria Municipal de Cultura, devendo as interessadas
cadastrar-se na Secretaria Municipal de Cultura, no prazo de 10 (dez) dias úteis, contados a
partir da data da publicação deste decreto.
§ 1º - Somente poderão cadastrar-se entidades, sindicatos, instituições ou associações civis
sem fins lucrativos, de objetivos e atuação prioritariamente culturais, representantes dos
trabalhadores e dos produtores culturais.
§ 2º - É condição para o cadastramento, que a entidade, sindicato, instituição ou associação
civil, tenha sede no Município de São Paulo, ou nele mantenha seção, quando se tratar de
entidade de âmbito estadual, regional ou nacional.
§ 3º - O requerimento para o cadastramento previsto no "caput" deste artigo será formulado por
escrito e instruído com cópia do estatuto da requerente, devidamente registrado, daata da
eleição de sua diretoria ou de documento equivalente, e de uma relação circunstanciada das
atividades, de molde a comprovar sua efetiva atuação.
§ 4º - A Secretaria Municipal de Cultura fará publicar, no Diário Oficial do Município e em 3
(três) jornais de grande circulação, convocação às entidades interessadas em cadastrar-se no
processo seletivo da Comissão.
§ 5º - A Secretaria Municipal de Cultura fará publicar no Diário Oficial do Município a relação
das inscrições deferidas, assinalando, na mesma oportunidade, prazo de 15 (quinze) dias às
interessadas para indicação de 2 (dois) nomes, por parte de cada uma delas, para a
composição da Comissão de Averiguação e Avaliação de Projetos Culturais (CAAPC).
§ 6º - Vencido o prazo estabelecido no parágrafo anterior, a Secretaria Municipal de Cultura
fará publicar, no prazo de 3 (três) dias úteis, no Diário Oficial do Município, o nome dos 7 (sete)
escolhidos entre as indicações das entidades, dos 6 (seis) escolhidos livremente pelo titular da
Secretaria Municipal de Cultural e do coordenador.
§ 7º - Cada entidade, sindicato, instituição ou associação civil poderá inscrever-se em apenas
uma das seguintes áreas culturais:
I - artes cênicas (teatro, circo e danças);
II - artes visuais (fotografia, artes plásticas, "design" e artes gráficas);
III - cinema e vídeo;
IV - literatura e bibliotecas;
V - música;
VI - crítica e formação cultural (arte-educação, história e crítica da arte, pesquisa na área
artística e formação artística em geral);
VII - patrimônio histórico e cultural (centros culturais, museus, folclore, artesanato, acervos e
patrimônio histórico).
Art. 15 - A Comissão terá seu funcionamento disciplinado por regimento interno próprio, a ser
elaborado no prazo de 15 (quinze) dias após a posse de seus membros.
§ 1º - Do regimento interno da Comissão deverão constar, entre outras normas, o cronograma
de reuniões, a forma de convocação, as normas para recebimento, análise e avaliação dos
projetos culturais a serem previstas nos editais e em outros procedimentos necessários ao seu
funcionamento, observado o disposto neste decreto.
§ 2º - Os membros da Comissão terão mandato de 1 (um) ano, podendo ser reconduzidos.
§ 3º - Não será permitido aos membros da Comissão, como pessoas físicas ou jurídicas,
durante o período do mandato e até 1 (um) ano depois de seu término, apresentar projetos
para incentivos, por si ou por interposta pessoa.
§ 4º - A proibição prevista no parágrafo anterior aplica-se unicamente aos membros da
Comissão, não se estendendo às entidades ou instituições públicas ou privadas que os
indicaram ou designaram.
§ 5º - Perderá o mandato o membro da Comissão que se omitir injustificadamente na
apresentação de parecer com relação a 3 (três) projetos que lhe tenham sido distribuídos.
§ 6º - Na hipótese do parágrafo anterior, em se tratando de servidor municipal, além da perda
do mandato, será ele substituído e responsabilizado, se for o caso.
Art. 16 - A Comissão terá uma Secretaria Executiva, organizada pela Secretaria Municipal de
Cultura, com o apoio operacional fornecido pela Secretaria do Governo Municipal, e as
seguintes atribuições:
I - analisar os projetos nos aspectos orçamentário e documental;
II - manter banco de dados dos projetos e cadastro de entidades e instituições culturais,
empreendedores e incentivadores;
III - acompanhar e controlar a execução dos projetos e a prestação de contas;
IV - fiscalizar o atendimento das condições necessárias ao cumprimento da legislação que rege
a matéria.
Parágrafo único - Para a execução dessas atribuições a Secretaria Executiva será integrada,
ainda, por 3 (três) contadores da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico (1 do
Departamento do Tesouro e 2 do Gabinete do Secretário) e por 1 (um) procurador, designado
pelo titular da Secretaria dos Negócios Jurídicos, para análise dos projetos que suscitem
dúvidas sobre sua legalidade.
Art. 17 - Caberá à Secretaria Executiva a elaboração de parecerestécnicos ou a realização de
consultorias orçamentárias, inclusive propondo a contratação de auditoria externa,
justificadamente.
Art. 18 - A Secretaria Municipal de Cultura, em consonância com a Comissão, fará publicar, no
mês de fevereiro de cada ano e com validade até o final do exercício financeiro
correspondente, edital convocatório para os empreendedores apresentarem seus projetos.
Parágrafo único - Os projetos apresentados durante o prazo referido no "caput" deste artigo
serão julgados pela Comissão em reuniões periodicamente realizadas, atendida a ordem
cronológica de entrada.
Art. 19 - A Comissão fará publicar no Diário Oficial do Município relação completa, sob forma
de extrato, de todos os projetos inscritos.
Art. 20 - Atendido o disposto neste decreto, a Comissão se reunirá para averiguar e avaliar os
projetos culturais apresentados, analisando em especial a pertinência cultural e sua relação
custo/benefício.
Art. 21 - Cabe à Comissão, feita a análise dos projetos, determinar os prazos em que o
empreendedor deverá efetuar a prestação de contas à Administração, atendidos os termos do
edital e do regimento interno.
§ 1º - A data determinada pela Comissão não poderá exceder a 60 (sessenta) dias, contados a
partir do encerramento do projeto, ou das respectivas etapas, nos casos de prestação de
contas parciais.
§ 2º - A Comissão ficará impedida de aprovar novo projeto de um mesmo empreendedor, cuja
prestação de contas de projeto anterior não tenha sido aprovada.
§ 3º - O saldo do incentivo deferido e não utilizado, dentro do prazo previsto no projeto
aprovado do empreendedor, reverterá, após prestação de contas, para o Fundo Especial de
Promoção de Atividades Culturais e seu Banco de Projetos.
Art. 22 - Os projetos culturais poderão ser incentivados parcialmente, mediante prévia consulta
à Comissão e ao empreendedor com sua necessária aquiescência, obedecidos os prazos de
que trata o artigo 4º deste decreto.
Parágrafo único - Para cada incentivo parcial, deverá ser analisado um Termo de Aditamento,
contemplando as alterações, quando houver, no Termo de Responsabilidade inicial, mantendo-
se a data de prestação de contas fixada no Termo Inicial.
Art. 23 - Analisado o orçamento apresentado pelo empreendedor, não será qualificado o projeto
cujo orçamento seja inferior ao montante solicitado, inviabilize evidentemente a realização do
projeto ou comprometa a sua integridade.
Art. 24 - Concluído o trabalho da Comissão, esta encaminhará à Secretaria Municipal de
Cultura as suas decisões, nos prazos estabelecidos, para a devida publicação, respeitados os
critérios jurídicos e de pertinência cultural.
Art. 25 - A Secretaria Municipal de Cultura poderá encaminhar à Secretaria dos Negócios
Jurídicos, de ofício ou por solicitação da Comissão, os projetos de cuja análise resultem
dúvidas quanto à legalidade.
Art. 26 - Competirá à Comissão, conjuntamente com a Secretaria Municipal de Cultura e a
Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico, a fiscalização do exato cumprimento
das obrigações assumidas pelo empreendedor, cujo projeto for beneficiado, nos termos da Lei
nº 10.923, de 30 de dezembro de 1990.
Art. 27 - Ao empreendedor que não aplicar corretamente o valor incentivado, agindo com dolo
ou acarretando desvio do objetivo ou dos recursos, será aplicada multa de até 10 (dez) vezes o
referido valor, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
Parágrafo único - Não configurado o dolo descrito no "caput" deste artigo, será aplicada multa
de até 2 (duas) vezes o valor incentivado.
Art. 28 - Caberá ao titular da Secretaria Municipal de Cultura aplicar as penalidades cabíveis,
bem como comunicar o fato ao titular da Secretaria dos Negócios Jurídicos, para a adoção das
providências pertinentes, inclusive no âmbito penal.
Art. 29 - A Comissão, a Administração Pública e o contribuinte incentivador não responderão
solidariamente por quaisquer violações de dispositivos legais, ou descumprimento das normas
fixadas nos editais, de qualquer natureza, cometidas pelo empreendedor, na realização de um
projeto cultural incentivado, salvo dolo comprovado.
Art. 30 - Se for apurado, no processo correspondente, que o contribuinte incentivador
concorreu para que o empreendedor fraudasse a regular aplicação dos recursos, aquele
responderá juntamente com este, sujeitando-se às mesmas penalidades.
Art. 31 - As entidades de classe devidamente cadastradas e representativas dos diversos
segmentos da cultura poderão ter acesso, em todos os níveis, à documentação referente aos
projetos culturais beneficiados pelo incentivo.
§ 1º - O acesso deverá ser requerido à Comissão, mediante justificativa dos interesses e
qualificação dos representantes da entidade.
§ 2º - O exame da documentação far-se-á em horário e data designados, no recinto da
Comissão, após notificação do empreendedor, que poderá também estar presente, se assim o
desejar.
Art. 32 - O valor das importâncias transferidas pelo contribuinte incentivador deverá ser
totalmente aplicado no projetoque se vincular ao certificado de incentivo utilizado.
Parágrafo único - Comprovar-se-á a aplicação das importâncias transferidas pelo incentivador
ao projeto, mediante a apresentação, pelo empreendedor, das notas fiscais ou documentos
hábeis a corroborar as despesas realizadas, que deverão corresponder ainda às rubricas do
orçamento, aprovado pela Comissão.
Art. 33 - As Secretarias Municipais de Finanças e Desenvolvimento Econômico e de Cultura
estabelecerão, por meio de portaria, o fluxo dos procedimentos para obtenção do incentivo e
sua utilização no pagamento de impostos.
Art. 34 - Concluídos os trabalhos e aprovados os projetos culturais, a Comissão os
encaminhará à Secretaria Municipal de Cultura, nos prazos estabelecidos, para homologação
do titular daquela Pasta.
Art. 35 - O recurso, objeto de projeto cultural incentivado, não poderá ser repassado à pessoa
ou instituição vinculada ao agente.
§ 1º - Consideram-se vinculadas ao incentivador:
a) a pessoa jurídica da qual seja titular administrador, gerente acionista ou sócio, na data da
operação, ou nos doze meses anteriores;
b) o cônjuge, os parentes até terceiro grau, inclusive os afins e os dependentes ou dos titulares,
administradores, acionistas ou sócios de pessoas jurídicas vinculadas, nos termos da alínea
anterior;
c) outra pessoa jurídica da qual o doador seja sócio.
§ 2º - Não se consideram vinculadas as instituições culturais sem fins lucrativos, criadas pelo
incentivador, desde que devidamente constituídas na forma da legislação em vigor.
Art. 36 - Os recursos provenientes de incentivos deverão ser depositados e movimentados em
conta bancária específica, em nome do empreendedor e a respectiva prestação de contas
deverá observar as normas a serem definidas em portaria, bem como a legislação em vigor.
Parágrafo único - Não serão consideradas, para fim de comprovação do incentivo, as
contribuições em relação às quais não se observe a determinação do "caput" deste artigo.
Art. 37 - Os recursos dos incentivos poderão ser objeto de convênio a ser firmado entre a
Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico e uma instituição bancária, para sua
movimentação.
Art. 38 - Para evitar paralelismo e duplicidade no apoio aos projetos culturais incentivados, o
empreendedor deverá informar se o projeto está recebendo apoio financeiro de outras esferas
de Governo, devendo, para esses casos, elaborar um demonstrativo dos recursos recebidos
das diversas fontes.
§ 1º - Não se considera duplicidade ou paralelismo a agregação de recursos nos diferentes
níveis de Governo para cobertura financeira do projeto, desde que o somatório das
importâncias captadas nas várias esferas não ultrapasse o seu valor total.
MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhes são
conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 23 de dezembro de 2001,
decretou e eu promulgo a seguinte lei:
Art. 1º - Fica instituído o "Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São
Paulo", vinculado à Secretaria Municipal de Cultura, com o objetivo de apoiar a manutenção e
criação de projetos de trabalho continuado de pesquisa e produção teatral visando o
desenvolvimento do teatro e o melhor acesso da população ao mesmo.
Art. 2º - O "Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo" terá
anualmente item próprio no orçamento da Secretaria Municipal de Cultura com valor nunca
inferior a R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais).
§ 1º - Desse valor, a Secretaria Municipal de Cultura poderá utilizar até R$ 100.000,00 (cem mil
reais) para pagamento dos membros da Comissão Julgadora, assessorias técnicas, serviços e
despesas decorrentes da execução do Programa.
§ 2º - Os valores de que trata este artigo serão corrigidos anualmente pelo IPCA-IBGE, ou pelo
índice que vier a substituí-lo.
Art. 3º - Sem prejuízo do disposto no artigo 2º, o "Programa Municipal de Fomento ao Teatro
para a Cidade de São Paulo" poderá vincular-se e receber recursos provenientes de Fundos
Municipais existentes ou a serem criados.
Art. 4º - Para a realização do Programa serão selecionados no máximo 30 (trinta) projetos por
ano de pessoas jurídicas, aqui denominadas proponentes, com sede no Município de São
Paulo, respeitado o valor total de recursos estabelecido no orçamento.
§ 4º - Um mesmo proponente não poderá inscrever mais de 1 (um) projeto no mesmo período
de inscrição, com exceção do disposto no parágrafo 5º deste artigo.
§ 5º - Cooperativas e associações com sede no Município de São Paulo, que congreguem e
representem juridicamente núcleos artísticos sem personalidade jurídica própria, podem
inscrever 1 (um) projeto em nome de cada um destes núcleos.
Art. 5º - Para efeitos desta lei, entende-se como Núcleo Artístico apenas os artistas e/ou
técnicos que se responsabilizem pela fundamentação e execução do projeto, constituindo uma
base organizativa com caráter de continuidade.
I - Dados Cadastrais:
a) data e local;
b) nome, tempo de duração e custo total do projeto;
c) nome da organização, número do CNPJ e do CCM, endereço e telefone;
d) nome do responsável pela pessoa jurídica, número de seu RG e CPF, seu endereço e
telefone;
e) nome, endereço e telefone de um contato ou representante do projeto, quando couber.
IV - Plano de Trabalho explicitando seu desenvolvimento e duração, que não poderá ser
superior a 2 (dois) anos.
VII - Núcleo artístico responsável pelo trabalho com o currículo de seus componentes.
VIII - Ficha Técnica do projeto relacionando as funções a serem exercidas e o nome de artistas
e técnicos já confirmados até a data da inscrição.
I - A primeira e a segunda parcelas agruparão 80% (oitenta por cento) do total do orçamento,
sendo que, cada parcela corresponderá a 40% (quarenta por cento) do orçamento.
II - A terceira parcela corresponderá a 20% (vinte por cento) do restante do orçamento total do
projeto.
§ 3º - Uma das vias da documentação entregue à Secretaria Municipal de Cultura deverá ser
acompanhada dos seguintes documentos:
I - Cópia do CNPJ, CCM, certidão negativa de ISS, Contrato Social ou Estatuto Social
atualizados, CPF e RG do responsável.
III - Declaração de igual teor do núcleo artístico responsável pelo plano de trabalho.
Art. 8º - A Secretaria Municipal de Cultura não poderá impor formulários, modelos, tabelas ou
semelhantes para a apresentação dos projetos, exceto as declarações dos itens II, III e IV do
parágrafo 3º, artigo 7º, cujos termos serão definidos através de Portaria do Secretário Municipal
de Cultura até 30 (trinta) dias após a promulgação desta lei.
Art. 9º - O julgamento dos projetos, a seleção daqueles que irão compor o "Programa Municipal
de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo" e os valores que cada um receberá serão
decididos por uma Comissão Julgadora no prazo máximo de 30 (trinta) dias após sua primeira
reunião, determinada pelo artigo 12.
Art. 10 - A Comissão Julgadora será composta por 7 (sete) membros, todos com notório saber
em teatro, conforme segue:
I - 4 (quatro) membros nomeados pelo Secretário Municipal de Cultura, que indicará, dentre
eles, o presidente da Comissão Julgadora.
§ 6º - O Secretário Municipal de Cultura terá até 3 (três) dias úteis, após o prazo fixado no
parágrafo 6º do artigo 11 desta lei, para publicar no Diário Oficial do Município a constituição da
Comissão Julgadora.
Art. 11 - Os 3 (três) membros de que trata o item II do artigo 10 serão escolhidos através de
votação. 3
§ 2º - Cada proponente votará em até 3 (três) nomes das listas mencionadas no parágrafo 1º
deste artigo.
§ 6º - Encerrado o prazo de inscrição dos projetos, cada proponente terá 2 (dois) dias úteis
para entregar seu voto, por escrito, à Secretaria Municipal de Cultura.
Art. 12 - A Comissão Julgadora fará sua primeira reunião em até 5 (cinco) dias úteis após a
publicação de sua nomeação.
§ 1º - O Secretário Municipal de Cultura definirá o local, data e horário da mesma.
§ 2º - Nesta reunião, cada membro receberá da Secretaria Municipal de Cultura uma via dos
projetos inscritos e uma cópia desta lei.
Art. 14 - A Comissão Julgadora terá como critérios para a seleção dos projetos:
IV - O interesse cultural.
§ 2º - Não poderão ser aprovados pela comissão mais de 20 (vinte) projetos referentes às
inscrições de janeiro.
§ 3º - Não poderá ser aplicado para os projetos inscritos em janeiro mais de 2/3 (dois terços)
dos recursos públicos previstos no orçamento anual do Programa.
§ 4º - A Comissão decidirá sobre o valor do apoio financeiro para cada um dos projetos que
selecionar, mas esta importância não poderá ser inferior a 50% (cinqüenta por cento) do
orçamento apresentado pelo proponente.
§ 5º - A Comissão poderá não utilizar todo o orçamento do Programa se julgar que os projetos
apresentados não têm méritos ou não atendem aos objetivos desta lei.
§ 6º - A seleção de um mesmo proponente poderá ser renovada a cada nova inscrição sempre
que a Comissão julgar o projeto meritório e uma vez ouvida a Secretaria Municipal de Cultura
quanto ao andamento do projeto anterior.
Art. 15 - A Comissão Julgadora tomará suas decisões por maioria simples de votos. Parágrafo
único - O Presidente só tem direito ao voto de desempate.
Art. 16 - Para a seleção de projetos, a Comissão Julgadora decidirá sobre casos não previstos
nesta lei.
Art. 17 - A Comissão Julgadora é soberana e não caberá recursos contra suas decisões.
Art. 18 - Até 5 (cinco) dias após o julgamento a Secretaria Municipal de Cultura deverá notificar
os vencedores, que terão o prazo de 5 (cinco) dias, contados após o recebimento da
notificação, para se manifestar, por escrito, se aceitam ou desistem da participação no
Programa.
§ 4º - A seu critério, a Comissão poderá não selecionar novos projetos em substituição aos
desistentes, ainda que isso signifique a não utilização do total dos recursos disponíveis para o
Programa.
Parágrafo único - Os atos mencionados no "caput" deste artigo serão realizados em até 2 (dois)
dias úteis após as respectivas decisões da Comissão Julgadora.
Art. 20 - Até 20 (vinte) dias após cada publicação prevista no artigo 19, a Secretaria Municipal
de Cultura providenciará a contratação de cada projeto selecionado.
III - A terceira e última parcela corresponde a 20% (vinte por cento) do orçamento aprovado
pela Comissão Julgadora e será efetuada ao término do plano de trabalho.
§ 5º - O pagamento das parcelas de um novo contrato só poderá ser feito após a conclusão do
projeto anterior.
Art. 21 - O contratado terá que comprovar a realização das atividades através de relatórios à
Secretaria Municipal de Cultura ao final de cada um dos 3 (três) períodos de seu plano de
trabalho.
Art. 24 - O contratado deverá fazer constar em todo seu material de divulgação referente ao
projeto aprovado os seguintes dizeres: "Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a
Cidade de São Paulo".
Art. 26 - As despesas decorrentes da implantação desta lei correrão por conta das dotações
orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
Art. 27 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em
contrário.
DO VALOR DO INCENTIVO
10. O valor dos incentivos fiscais dos projetos aprovados pela CAAPC será expresso em
moeda corrente nacional.
11. Não serão aceitos projetos de valor inferior a R$ 15.000,00 ou de valor superior a R$
1.000.000,00, por exercício fiscal
DA APRESENTAÇÃO
12. O requerimento de inscrição acompanhado do projeto deverá ser entregue na
Secretaria Executiva da CAAPC, à Avenida São João, 473 - 10° andar - Centro, de
segunda a sexta, das 10:00 às 16:00 horas, ou enviado pelo Correio, CEP 01036-000,
até 30 de setembro de 2003.
12.1. Considerar-se-á como data limite para recebimento dos projetos encaminhados
pelo Correio, aqueles postados até 30 de setembro de 2003.
13. O requerimento de inscrição, o projeto, textos e informes que o acompanhem,
deverão ser apresentados em 3 (três) vias com idêntica legibilidade e conteúdo,
numerados seqüencialmente, sendo duas encadernados ou em pasta com dois furos e
uma terceira via, preferencialmente em forma de disquete no formato 1,44mb; as vias
encadernadas deverão ser acompanhadas das cópias dos documentos necessários a
inscrição do projeto.
14. Não serão aceitos requerimentos e projetos preenchidos em manuscrito.
15. O requerimento de inscrição deverá ser apresentado conforme modelo previsto no
anexo I deste Edital, firmado pelo Empreendedor ou seu representante legal.
DO PROJETO
16. O projeto deve ser apresentado conforme modelo previsto no anexo II deste edital,
contendo os seguintes elementos:
16.1. sinopse do projeto
16.2. justificativa do projeto
16.3. formato e suporte
16.4. orçamento e montagem financeira do projeto
16.5. plano de produção
16.6- duração prevista
16.7.indicação de equipe técnica e artística
16.8. “curriculum” dos Empreendedores, produtores, realizadores, da equipe técnica e
dos principais envolvidos.
16.9. amostra do texto
16.10. roteiro ou argumento
16.11. plano de distribuição e comercialização do produto cultural
17. As informações referidas nos itens 16.8 a 16.10 devem ser juntadas ao final do
anexo II.
17.1. É facultado juntar ao final do anexo II textos contendo dados adicionais sobre o
projeto, profissionais envolvidos, ou qualquer outra informação e documento que
propicie a melhor avaliação do projeto e seu objetivo.
17.2. A CAAPC poderá solicitar qualquer esclarecimento ou documento que entenda
necessário para melhor análise do projeto, inclusive contratos, cartas de anuência dos
envolvidos, etc.
18. Os projetos desenvolver-se-ão em duas modalidades:
a- Modalidade I: fase única.
b- Modalidade II: duas ou mais fases, caracterizando projetos que apresentam
resultados parciais, produtos intermediários necessários a consecução do projeto
total, ou devem apresentar prestação de contas parciais.
18.1. O enquadramento nas modalidades acima, bem como as fases a serem cumpridas
e os correspondentes elementos que serão apresentados ao final de cada uma das
fases, poderá ser proposto pelo Empreendedor ou determinado pela CAAPC.
19. A proposta de distribuição dos produtos culturais realizados, citada no item 16.11,
deve visar facilitar o acesso aos mesmos pela sociedade em geral.
19.1. O plano de distribuição de projeto cujo produto cultural for da espécie livros,
periódicos, “compact disk”, “DVD”, fitas magnéticas de som e vídeo, deverá prever,
necessariamente, proposta de fornecimento gratuito de no mínimo um exemplar para
todas as Bibliotecas Públicas Municipais, inclusive do Departamento de Patrimônio
Histórico de SMC e Centro Cultural São Paulo, Casas de Cultura do Município e
Escolas Públicas de Iniciação Artística do Município de São Paulo, devendo ainda
atender às bibliotecas especializadas das Universidades Públicas da Cidade de São
Paulo e Museu de Imagem e Som – MIS.
19.2. A CAAPC informará o número de equipamentos que devem receber os produtos e
locais de entrega.( anexo III)
19.3. A proposta de distribuição do produto final da área de cinema vídeo ou que não
atender as disposições do inciso 19.1, em razão de sua especificidade,será analisada
pela CAAPC.
19.4. O projeto ou produto cultural que realizar-se em local fechado, de acesso restrito a
público pagante, deverá prever a realização de ensaios abertos, apresentações a preços
populares, apresentado comparativo de preço entre o preço final com e sem incentivo.,
distribuição de ingressos as escolas de educação artística e casas de cultura do
município de São Paulo ou alguma outra forma de acesso a população de baixa renda.
20. A proposta de comercialização, citada no item 16.11, deve visar colocar o produto
cultural ao alcance dos interessados, a preços populares, apresentando comparativo
entre o preço final do produto com e sem incentivo.
21. A CAAPC poderá indicar instituições e profissionais que deverão receber a doação
do(s) produto(s) resultante(s) do projeto, além dos já mencionados e o número de
produto para cada instituição, bem como propor outra forma de distribuição.
22. O projeto cultural que tiver previsão de receita, deve apresentar plano de
recolhimento de parte da mesma ao Fundo Especial de Promoção de Atividades
Culturais – FEPAC, conforme suas características.
22.1. O valor será recolhido através de guia emitida pela CAAPC, no valor indicado pelo
Empreendedor, através de declaração conjunta com Contador ou auditor do projeto,
sobre a receita auferida no período da realização do projeto, e de que o mesmo está de
acordo com o proposto.
23. Projetos que prevejam a realização de concursos, deverão conter o regulamento
ou edital que regerá o certame e a relação dos jurados, acompanhado dos curriculum
resumidos.
23.1. Os projetos acima obedecerão às seguintes condições:
a- Circunscrever-se às áreas abrangidas na cláusula 9 deste.
b- Não ser restrito quanto à participação dos interessados.
c- Prever a divulgação do edital ou regulamento em diário de grande circulação no
município de São Paulo, com antecedência mínima de 45 dias da data de encerramento
das inscrições.
23.2. Os concorrentes admitidos no certame poderão ser indicados pela Comissão
julgadora ou de seleção.
23.3. O orçamento de concurso poderá prever despesas a título de premiação dos
vencedores, inclusive em dinheiro ou bens.
24. Poderão ser aprovados projetos que prevejam à aquisição, construção, reforma ou
ampliação de imóveis ou acréscimo de patrimônio, quando o beneficiário do mesmo for
órgão público ou entidade sem fins lucrativos. Na última hipótese, deve estar previsto
nos seus estatuto que seu patrimônio terá destinação a entidade com a mesma
característica ou pública, em caso de dissolução.
25. Poderão ser aprovados projetos de restauração e conservação de bens tombados
pelo poder público ou que tenham relevante interesse cultural, ainda que pertencente a
particulares.
25.1. A relevância cultural do bem imóvel que não for tombado deve ser objeto de
análise e parecer do Departamento de Patrimônio Histórico - DPH da SMC.
26. Os projetos previstos nos itens 24 e 25 deverão ser acompanhados dos projetos
arquitetônicos e complementares, aprovados pelos órgãos competentes.
27. Projeto que vise o restauro de bem tombado ou em processo de tombamento deverá
apresentar, obrigatoriamente, aprovação do projeto completo de restauro, arquitetura e
complementares, junto ao DPH, CONPRESP,CONDEPHAAT ou IPHAN, conforme o
caso.
28. Os projetos mencionados nos itens 24 e 25 poderão prever a elaboração e despesas
com a consecução de projetos arquitetônicos, restauro e complementares, sendo
enquadrados neste caso, obrigatoriamente, na modalidade II, sendo:
a- Fase I: elaboração dos projetos completos e aprovação junto aos órgãos
responsáveis.
b- Fase II: execução das obras.
29. Poderão ser aprovados projetos que visem a aquisição de equipamentos ou de
materiais permanentes se o beneficiário da aquisição for órgão público ou entidade
pública ou privada. Na última hipótese, deve estar previsto nos seus estatuto que seu
patrimônio terá destinação a entidade com a mesma característica ou pública, em caso
de dissolução.
30. Não se enquadrando o beneficiário no tipo de entidade prevista no item acima,
poderá ser proposto a aquisição de equipamentos ou materiais permanentes para a
realização do projeto desde que o Empreendedor se comprometa a entregar, ao final do
projeto, o equipamento ou material adquirido (ou similar, desde que aprovado pela
CAAPC/SMC), a título de doação, a órgão público da administração direta ou indireta do
município de São Paulo.
30.1. A comprovação da entrega se dará através de protocolo de recebimento pela
administração.
31.Projetos que incluam a realização de plano de mídia, pesquisas para a elaboração de
roteiros, redação de livros e atividades de pré-produção, somente serão aceitos se
fizerem parte de projeto mais amplo, destinado à criação ou materialização de produtos
culturais que serão colocados à disposição do público.
32. Os projetos serão obrigatoriamente acompanhados por Contador habilitado junto ao
Conselho Regional de Contabilidade - CRC, que firmará como responsável contábil a
prestação de contas.
32.1. As despesas com Contador poderão ser incluídas no orçamento do projeto.
33. Os projetos que pretenderem incentivos fiscais municipais superiores a R$
100.000,00, deverão ter sua execução acompanhada de auditores externos
independentes, pessoas físicas ou jurídicas, preferencialmente registrados junto à
Comissão de Valores Mobiliários - CVM; quando os auditores contratados não tiverem
registro na CVM, será exigida a comprovação do seu registro no Conselho Regional de
Contabilidade - CRC, de sua área de atuação e de estarem no uso e gozo das suas
prerrogativas profissionais.
33.1. Os custos da auditoria independente externa deverá ser incluído, obrigatoriamente,
no orçamento do projeto e não poderá ultrapassar a 3% do valor do incentivo
efetivamente captado.
33.2. A contratação da auditoria precederá o início dos gastos com recursos públicos e
encerrar-se após a aprovação final da prestação de contas.
33.3. O contrato de auditoria deve ser apresentado até o momento da aprovação do
projeto.
33.4. A auditoria consistirá, especialmente, na verificação da regularidade dos registros
contábeis, na análise da pertinência dos documentos, na autenticidade dos atos e fatos e
correlação entre uns e outros, com base no projeto aprovado pela CAAPC/SMC.
33.4.1- Observado o disposto acima, cabe a auditoria, além das análises técnico-
contábeis que lhe são peculiares, também:
a- verificar a regularidade da captação de recursos, assim como a liquidação e
pagamento das despesas
b- reconhecer a compatibilidade entre a execução do programa de trabalho e do
orçamento, de sorte a possibilitar a avaliação pela CAAPC da execução do projeto
como aprovado.
c- declarar que foram cumpridas as obrigações contratuais e legais incidentes sobre o
projeto, inclusive de natureza tributária, fiscal e previdenciária.
d- reconhecer a probidade dos responsáveis pela guarda e aplicação de recursos
incentivados.
e- atestar a eficiência e o grau de qualidade dos controles contábeis, financeiros e
orçamentários.
f- prestar assessoramento aos auditados, visando à maior eficiência dos controles.
33.5. a auditoria realizar-se-á em face da proposta orçamentária do projeto aprovado,
devendo concluir por relatórios circunstanciados dos exames procedidos, que serão
encaminhados a CAAPC.
33.6- O Empreendedor proporcionará aos auditores ampla ação, não se recusando a
exibir ou prestar informação sobre qualquer papel ou documento, livro, registro contábil,
que se relacionem, direta ou indiretamente ao projeto cultural auditado.
33.6.1- No caso do Empreendedor dificultar ou impedir, sem justa causa, a ação da
auditoria, este fato deverá ser comunicado a CAAPC/SMC, para adoção de providências
preventivas, entre as quais a suspensão temporária da emissão de certificados de
Incentivador, paralisação de análise de outros projetos que tenham a participação direta
ou indireta do mesmo Empreendedor, responsável, proponente ou executor.
33.7. Caracteriza-se a independência da auditoria quando o auditor ou sociedade de
auditoria, neste caso, seus sócios ou responsáveis técnicos, não se enquadrarem nas
hipóteses abaixo:
a- tenham parentesco até terceiro grau, inclusive afins e dependentes, com o
Empreendedor e/ou responsável pela execução do projeto.
b- tenham vinculo empregatício, participação societária ou acionária com o
Empreendedor e ou responsável pelo projeto.
c- tenham qualquer ligação profissional ou pessoal com os Incentivadores do projeto.
33.8. A independência da auditoria, até prova em contrário, se comprova mediante mera
declaração do auditor.
DO ORÇAMENTO
34. O orçamento do projeto deverá ser detalhado em itens, com valores expressos em
moeda nacional, ficando a critério da CAAPC solicitar::
a- detalhamento de algum item.
b- justificação da necessidade ou valor de algum item.
c- abertura da composição do custo de algum item.
d- exclusão e ou redução de algum item do orçamento.
35. As despesas administrativas (coordenação administrativa, pessoal, xerox, transporte,
contador, advogado, material de consumo, etc.) devem ser detalhadas e agrupadas em
um mesmo grupo de despesa do orçamento e sua somatória não ultrapassará a 10% do
valor efetivamente captado.
36- As despesas de elaboração, agenciamento e captação de recursos devem ser
detalhadas e agrupadas em um mesmo grupo de despesa do orçamento e sua somatória
não ultrapassará a 5% do valor efetivamente captado.
37. As despesas previstas com divulgação dos projetos incentivados( radiofônicas,
televisiva, impressa, bem como as despesas com a criação de campanha, produção de
peças publicitarias, convites para lançamentos, “outdoor”, cartazes, folhetos, “banners”
coquetel, etc) serão detalhadas e reunidas em um mesmo grupo de despesas e sua
aprovação dependerá da adequação ao conteúdo do projeto cultural. A somatória destas
despesas limitar-se-á, no máximo, a 18% do total do valor efetivamente incentivado do
projeto.
Parágrafo único - as despesas com a contratação de assessoria de imprensa para o
projeto, são consideradas despesas de execução, estando excluídas deste item.
38. Os projetos culturais que impliquem na contratação de terceiros para sua execução,
deverão assegurar o recolhimento dos direitos autorais e conexos, bem como as
contribuições sociais e tributos previstos em lei. Nos casos omissos, a responsabilidade
ficará por conta e risco do Empreendedor.
39. As despesas de impostos e encargos sociais constantes do orçamento, deverão ser
detalhadas e reunidas em um mesmo grupo de despesas.
DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES RELATIVOS AO EMPREENDEDOR E AO
PROJETO QUE DEVEM ACOMPANHAR O FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO
40. PESSOA FÍSICA: Cópias da Cédula de Identidade – RG; cópia do Cadastro de
Pessoa Física – CPF; cópia do comprovante de inscrição no Cadastro de Contribuintes
Mobiliários do Município de São Paulo – CCM; comprovante de domicílio na cidade de
São Paulo; currículo do Empreendedor; curriculum do responsável pela
realização/execução do projeto.
a- são comprovantes de domicílio: cópia, em nome do Empreendedor, de conta de luz,
conta de telefone, correspondência bancária, contrato de aluguel de imóvel residencial,
etc.
b- será aceito protocolo de inscrição no CCM.
c- se o formulário de inscrição for firmado por procurador do Empreendedor ou de seu
representante legal, deverá ser apresentado procuração com poderes específicos
para representá-los frente a PMSP e cópia dos documentos do procurador.
41. PESSOA JURÍDICA: Cópia do instrumento constitutivo da empresa ou instituição e
alterações, devidamente registrado, cópia da ata da eleição da diretoria em exercício
registrada, quando houver, cópia do comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica – CNPJ, cópia do comprovante de inscrição no Cadastro de
Contribuintes Mobiliários do Município de São Paulo - CCM, currículo da instituição, da
empresa ou de seus sócios principais; curriculum do responsável pela
realização/execução do projeto; cópia do documento de identidade do representante
legal da empresa que firmou o formulário de inscrição.
a- será aceito protocolo de inscrição no CCM.
b- se o formulário de inscrição for firmado por procurador do Empreendedor ou de seu
representante legal, deverá ser apresentado procuração com poderes específicos
para representá-los frente a PMSP e cópia dos documentos do procurador.
DAS ETAPAS DE JULGAMENTO E APROVAÇÃO
42. A aprovação dos projetos pela CAAPC será realizado em duas etapas:
a- PRÉ-QUALIFICAÇÃO
b- APROVAÇÃO ou QUALIFICAÇÃO
DA PRÉ QUALIFICAÇÃO
43. A pré qualificação dos projetos atenderá os seguintes critérios:
a- Clareza, exatidão e integridade de cada uma das informações constantes do projeto
apresentado mediante o formulário- guia ( anexo II).
b- Pertinência cultural do projeto;
c- Benefícios de sua produção; abrangência de seu interesse; efeito multiplicador da
produção; participação da coletividade; atendimento de áreas culturais com menores
possibilidades de desenvolvimento com recursos próprios; acesso das populações
de baixa renda.
d- Exequibilidade e adequação orçamentária aos valores praticados correntemente e
compatibilidade com os fins objetivados.
e- Exequibilidade dos prazos propostos no seu cronograma.
44. O resultado da análise da pré qualificação do projeto será publicado no DOM.
45. A SMC emitirá Certificado Declaratório da pré-qualificação, que poderá ser retirado
pelo Empreendedor na Secretaria Executiva da CAAPC, das 10 às 16 horas.
46. A CAAPC devolverá ao Empreendedor as cópias do projeto que não for pré-
qualificado, a seu pedido, em até 30 (trinta) dias da publicação do resultado, conforme
previsto no item 42, mediante recibo pelo próprio Empreendedor ou pessoa autorizada.
Após este prazo, o projeto não reclamado será inutilizado.
46.1- Uma das do projeto, preferencialmente em disquete, ficará em poder da CAAPC.
DA APROVAÇÃO/QUALIFICAÇÃO
47. A aprovação do projeto pré-qualificado ocorrerá mediante a apresentação pelo
Empreendedor, no prazo de 365 dias, contados da publicação no DOM da pré-
qualificação, dos seguintes documentos e informações:
a- rol de Contribuintes Incentivadores.
b- comprovante que o Incentivador é Contribuinte de ISS e ou IPTU no município
( cópia do cartão do CCM ou carnê do IPTU em nome do Empreendedor).
c- Contrato ou termo de compromisso firmado entre o Empreendedor e o Incentivador
onde conte. expressamente, a intenção do Incentivador de patrocinar o projeto
aprovado pela CAAPC. Deste documento deverá constar: o nome do projeto
aprovado; a qualificação do Empreendedor e do Incentivador; a que título é feito o
incentivo; o valor do incentivo a ser repassado; a programação de desembolso com
os valores e datas de repasses previstos; os impostos a serem utilizados para a
dedução; no caso do incentivo ser a título de patrocínio ou investimento, deve
constar a contrapartida pretendida ( parte do produto, publicidade institucional,
participação nos lucros, etc).
d- Cópia do CNPJ ou CPF do Incentivador.
e- Certidão Negativa de Débito junto ao INSS do Empreendedor e do Incentivador
f- Certidão de regularidade do Empreendedor frente aos seguintes encargos
tributários: ISS e IPTU.
g- Quando o projeto implicar cessão de direitos autorais, contrato ou autorização de
quem os detenha para utilizá-los.
h- Declaração/anuência/contrato dos artistas e outros profissionais citados no projeto
de que participarão do mesmo.
i- Previsto no projeto exposição de obras de arte, documentos ou afins, deverão ser
apresentados a anuência dos detentores da obra ou do acervo a ser exposto.
j- Previsto no projeto registros e a difusão do produto cultural através de meios que
impliquem no pagamento de direitos tais como gravação fonográfica ou em vídeo,
transmissão pelo rádio ou televisão e demais, deverão ser apresentados
documentos que comprovem a concordância dos implicados com tais registros e sua
difusão.
k- Previsto no projeto o uso de áreas ou edifícios específicos (teatro, estádio,
construções, logradouros públicos ou não, etc), anuência dos responsáveis pelos
locais que serão utilizados, em papel timbrado.
l- Previsto no projeto a distribuição, comercial ou não, de produto cultural como livros,
catálogos, CDs, fitas magnéticas ou múltiplos de obras de arte para entidade
específica e previamente determinada, deverá ser apresentada manifestação de
concordância dessa em recebê-lo, em papel timbrado.
m- Prevista a distribuição exclusiva ou privilegiada do produto cultural por instituição
determinada, deverá ser apresentada manifestação de concordância dessa em fazê-
lo, em papel timbrado.
n- Previsto no projeto a realização de concurso, deverá ser apresentado a carta de
anuência dos jurados.
o- Carta de anuência do Contador.
p- Contrato de auditoria nos projetos de valor superior a R$ 100.000,00.
q- Cronograma de realização do projeto informando a data do início e fim do
projeto( dia, mês e ano).
r- Reapresentação do orçamento, se for o caso.
s- Comprovação de que possui outros recursos, caso o incentivo obtido não
corresponda a totalidade do orçamento aprovado.
48. A CAAPC poderá exigir o reconhecimento de firma nos documentos apresentados.
49. O prazo de apresentação de Incentivadores poderá ser prorrogado, conforme
legislação vigente.
50. É facultado ao Empreendedor apresentar na fase de pré-qualificação os documentos
mencionados na cláusula 47.
51. Os projetos serão aprovados/qualificados na ordem cronológica de apresentação da
documentação para aprovação, até o limite dos recursos orçamentários fixados em lei.
51.1. Esgotados os recursos fixados em lei para o incentivo, admitir-se-á a apresentação
da documentação necessária a aprovação/qualificação para oportuna aprovação e
chamamento, em caso de eventuais inadimplementos ou não efetivação de projetos
aprovados.
51.2. A aprovação/qualificação dor projetos serão publicados no DOM - Diário Oficial do
Município, devendo o Empreendedor assinar Termo de Responsabilidade na Secretaria
Executiva da CAAPC em até 15 (quinze) dias após essa publicação.
51.3. A CAAPC analisará com prioridade os projetos que forem apresentados para pré-
qualificação com a carta de intenção de incentivo.
51.4. A SMC poderá divulgar o incentivo aos projetos, inclusive na agenda cultural da
cidade.
DA APROVAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
52- A CAAPC aprovará a prestação de contas do projeto sob dois aspectos:
a- realização do produto cultural.
b- correta aplicação dos recursos obtidos com o incentivo.
53. A prestação de contas deve ser apresentada, obrigatoriamente, dentro de sessenta
dias do término do projeto.
53.1. Projetos realizados na modalidade II, deverão apresentar prestação de contas
parciais até sessenta dias após o encerramento de cada fase, se for o caso.
54. A prestação de contas deverá ser acompanhada de relatório técnico de execução
firmado pelo responsável pela execução do projeto, destacando:
a- a quantidade do produto, sua destinação, localidade do evento e público atingido.
b- custos do projeto
c- recursos incentivados obtidos em outras esferas públicas ( federais, estaduais e
municipais).
d- recursos próprios.
e- outras fontes de recursos.
f- receita de bilheteria ( borderô).
g- receita de venda de “souvenirs”.
h- receita de venda do produto originário do projeto.
i- outras receitas.
55. Previsto no projeto a apresentação de artistas ou companhias internacionais,
deverá ser apresentado, na fase de prestação de contas, cópia do contrato firmado no
exterior em língua estrangeira, acompanhada de tradução realizada por tradutor
juramentado e do contrato firmado no Brasil aprovado pelo Ministério do Trabalho.
56. A prestação de contas será acompanhada do produto, subprodutos do projeto e de
material que comprove a realização do mesmo (exemplares do produto, materiais tipo
cartazes, “folder”, convite, cópia de matéria publicada ou exibida, fotos, filmes, etc).
57. A prestação de contas deve ser acompanhada de, no mínimo, dois exemplares de
cada produto e subproduto do projeto, quando estes forem livros, revistas, publicações,
Cd, cdrom, fita de vídeo, DVD, etc.
58. A prestação de contas deve ser acompanhada do comprovante de distribuição do
produto cultural e subprodutos, conforme aprovado pela CAAPC.
59. O produto cultural poderá ser considerado:
a- realizado integralmente.
b- realizado parcialmente.
c- não realizado.
60. Será considerado realizado o produto cultural que corresponda integralmente ao
proposto, inclusive quanto a seus subprodutos.
61. Será considerado realizado parcialmente o produto cultural que, embora não
corresponda a íntegra do projeto aprovado, não sofreu alteração em sua essência.
61.1. Serão também considerado parcialmente realizado o projeto:
a- cujo produto ou subprodutos apresentados não corresponderem integralmente ao
aprovado quanto ao objetivo, quantidade, qualidade, etc.
b- se não atenderem o disposto no item 8 deste edital.
62. Será considerado não realizado o projeto do qual no for apresentada a prestação de
contas, após o Empreendedores ser notificado a fazê-lo pela CAAPC, ou apresentando-
a, o produto não corresponder ao aprovado pela CAAPC ou não restar comprovada a
destinação dos recursos, conforme orçamento aprovado.
63- Na hipótese da cláusula 61 e 62, o Empreendedor se obriga a recolher ao FEPAC os
valores constantes do orçamento referentes ao que não foi realizado conforme previsto,
devidamente atualizados.
64- Independente do cumprimento do disposto na cláusula 63, a CAAPC, quando for o
caso, encaminhará o projeto ao Secretário de Cultura para conhecimento e adoção das
providências cabíveis, inclusive aplicação de penalidades.
65- Poderá ser aplicada ao Empreendedor, em razão de infrações ao projeto,
penalidades variáveis de advertência até multa de 10 vezes o valor obtido como
incentivo.
65.1- Na hipótese do item 54.2 a penalidade será de multa correspondente a 10% do
valor do incentivo captado.
65.2- O histórico do Empreendedor em projetos anteriores será considerado quando do
arbitramento da penalidade.
66- Aplicada penalidade pecuniária, o recolhimento ao FEPAC deve ser realizado pelo
Empreendedor em até 05(cinco) dias da notificação.
67 – Considerado não realizado o projeto ou produto cultural, o Empreendedor se obriga
a recolher ao FEPAC a totalidade dos recursos obtidos como incentivo, devidamente
atualizado, e eventual ganho com a aplicação dos mesmos, em até 05(cinco) dias da
notificação, sem prejuízo da aplicação das demais sanções previstas na legislação
vigente.
68- A guia de recolhimento ao FEPAC será retirada na CAAPC.
69- A aprovação do projeto cultural sob o ponto de vista contábil se dará após a análise
da documentação que comprove a aplicação dos recursos de acordo com o orçamento
aprovado.
70-Não comprovada a aplicação dos recursos financeiros conforme orçamento aprovado,
o Empreendedor se obriga a recolher ao FEPAC os valores glosados, devidamente
atualizados, no prazo de 05(cinco) dias da notificação, independente das demais
sanções previstas na legislação vigente.
71- Não apresentada a prestação de contas contábil no prazo previsto no termo de
responsabilidade, no ato da entrega deverá ser comprovado o recolhimento ao FEPAC
da multa prevista no mesmo termo, independente de notificação prévia.
72.Será rejeitada a prestação de contas do ponto de vista contábil do Empreendedor
que, independente da comprovação da realização do projeto e/ou produto cultural, não
apresente a documentação contábil do projeto conforme previsto em lei e vice versa.
73. A aprovação da prestação de contas será publicada no Diário Oficial do Município.
a- A prestação de contas de projeto considerado parcialmente realizado, que tiver
valores glosados, bem como àquele que houver sido aplicada multa pecuniária, só será
aprovada após a apresentação a CAAPC da comprovação de recolhimento ao FEPAC
dos mesmos.
74. O Empreendedor deve manter sob guarda e a disposição da PMSP os documentos
originais da prestação de contas por 05 anos, contados da publicação no DOM de
aprovação da mesma.
75. Recolhendo o Empreendedor aos FEPAC a totalidade dos recursos recebidos como
incentivo, devidamente corrigidos, assim como o resultado dos recursos obtidos com a
aplicação dos mesmos, será publicado despacho considerando prejudicado o projeto e o
processo será arquivado, sem aplicação de penalidades.
DISPOSIÇÕES GERAIS
76. A distribuição de exemplares, ingressos ou reproduções do produto cultural
incentivado pela Municipalidade ao(s) Contribuintes Incentivador(es) do projeto não
poderá exceder a 10% dos mesmos.
77. Não será concedido incentivo para ressarcimento de despesas do projeto que
tenham ocorrido antes da data da assinatura do Termo de Responsabilidade junto a
SMC, independente da data de vencimento da fatura, ou que tenham sido realizadas
após o encerramento do projeto cultural.
78. A critério da CAAPC, serão atendidas as solicitações de concessão de incentivo de
montante inferior ao custo total do projeto, desde que, embora parciais, tais verbas sejam
suficientes para realizar o projeto como um todo, consideradas as disponibilidades de
recursos do Empreendedor.
79. Qualquer alteração no projeto aprovado deve ser objeto de apreciação e autorização
prévia da CAAPC e somente poderá se efetivar após a mesma.
80. Todos os documentos em língua estrangeira serão acompanhados de tradução em
português, realizada por tradutor juramentado.
81. O projeto aprovado que, em razão de fato imprevisto e imprevisível, não puder ser
realizado de acordo com os prazos estabelecidos no cronograma ou com os valores
aprovados quando de sua pré-qualificação, poderão ser objeto de pedido de aditamento
por parte do Empreendedor à CAAPC, que deliberará sobre a solicitação.
82. O Empreendedor que, por motivos justificados e alheios à sua vontade, não puder
dar continuidade ao projeto incentivado, poderá, a juízo da CAAPC e com anuência do
Incentivador, ter transferido seu projeto para outro Empreendedor, que o sucederá nos
seus direitos e obrigações.
83. O Empreendedor deve comunicar imediatamente a CAAPC quando o Contribuinte
Incentivador deixar de repassar os recursos no valor e forma proposta, especialmente se
este fato comprometer de algum forma a realização do projeto aprovado.
83.1. Esta comunicação deve ser acompanhada, preferencialmente, de manifestação do
Incentivador de que não pretende mais incentivar o projeto como se comprometeu.
83.2. Se o Empreendedor ainda não houver utilizado o recurso, deve recolhê-lo
integralmente ao FEPAC.
83.3. Se o Empreendedor já houver utilizado parte dos recursos recebidos no projeto,
deverá propor a CAAPC uma forma de apresentar algum produto advindo destes
recursos.
83.4. Na hipótese prevista no “caput”, é facultado ao Empreendedor apresentar novo
Incentivador.
84. Das decisões da CAAPC quanto a pré-qualificação cabe pedido de reconsideração a
mesma, em até 05 dias da publicação do resultado no DOM.
85. O Empreendedor que não comprovar a correta aplicação dos incentivos autorizados
por dolo, desvio do objetivo ou dos recursos, será multado de acordo com o que
estabelece o artigo 7º da Lei 10.923/90, sem prejuízo das demais sanções penais, civis e
administrativas cabíveis.
86. O Empreendedor deverá encaminhar a CAAPC o cronograma de atividades do
projeto ( data, local, horário, preço), até o décimo quinto dia do mês anterior a sua
realização, para controle, fiscalização e divulgação.
87. O Empreendedor deve manter atualizado seu cadastro junto a CAAPC até a
publicação da aprovação da prestação de contas do projeto.
88. A qualquer tempo a CAAPC poderá exigir do Empreendedor a apresentação de
relatórios e documentos referentes ao projeto, bem como prestação de contas parcial
dos recursos recebidos.
DISPOSIÇÕES FINAIS
89. As disposições deste Edital estão reguladas pela Lei Municipal nº 10.923, de 30 de
dezembro de 1990, Lei Municipal n° 13.278 de 07 de janeiro de 2002 e Lei Federal
8.666, de 22 de junho de 1993 no que for aplicável, Decreto Municipal nº e portarias
pertinentes.
90 As despesas decorrentes do presente Edital onerarão as dotações
28.25.13.392.0227.6861.3390.36.00.00 e 28.25.13.392.0227.6861.33.90.39.00.00.
91. Integram este edital o modelo de pedido de inscrição(anexo I), o formulário- guia de
apresentação do projeto ( ANEXO II), instruções quanto ao detalhamento do orçamento
e a respeito do cronograma e observações úteis (ANEXO III) .
DECRETO 44.247, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2003
Altera o artigo 3º do Decreto n.º 41.940, de 23 de abril de 2002, que regulamenta a Lei n.º
10.923, de 30 de dezembro de 1990.
MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são
conferidas por lei, DECRETA:
Art. 1º. O artigo 3º do Decreto n° 41.940, de 23 de abril de 2002, passa a vigorar com a
seguinte redação:
((ARTIGO))"Art. 3º. O incentivo fiscal previsto no artigo 1º deste decreto será comprovado
mediante expedição de certificado pela Secretaria Municipal de Cultura, a favor do contribuinte
incentivador, no qual constará:
I - identificação do projeto incentivado e de seu empreendedor;
II - valor do incentivo autorizado;
III - data de sua expedição e prazo de validade;
IV - nome, número do CNPJ ou do CPF do contribuinte incentivador;
V - valor dos recursos transferidos;
VI - número do CCM (Cadastro de Contribuintes Mobiliários);
VII - número do contribuinte do IPTU.
§ 1º. O certificado a que se refere o "caput" deste artigo é intransferível e será expedido
mediante a comprovação, pelo incentivador, da transferência de recursos para o projeto
cultural, na forma a seguir exposta:
I - recursos financeiros: apresentação de recibo de depósito em conta bancária vinculada ao
projeto;
II - cessão de bens: apresentação de comprovante de doação.
§ 2º. Não poderá ser autorizado incentivo superior ao valor do projeto aprovado, devendo, na
hipótese de incentivo em bens, ser considerado o valor constante do orçamento aprovado pela
Comissão de Averiguação e Avaliação de Projetos Culturais - CAAPC, de que trata o artigo 13
deste decreto.
§ 3º. O valor facial do certificado a que se refere o "caput" deste artigo corresponderá a 70%
(setenta por cento) do incentivo aprovado pela Secretaria Municipal de Cultura.
§ 4º. O valor do incentivo autorizado poderá ser transferido ao empreendedor parceladamente,
por um mesmo incentivador, ou fracionadamente, por diferentes incentivadores.
§ 5º. O empreendedor poderá apresentar uma lista de contribuintes incentivadores que cubram,
total ou parcialmente, o orçamento do projeto. No caso de cobertura parcial, o empreendedor
deverá informar a CAAPC das outras fontes de recursos disponíveis ou das modificações feitas
no orçamento apresentado. Caso essas modificações alterem o projeto cultural aprovado, este
deverá ser novamente analisado pela CAAPC, que poderá ou não aprová-las.
§ 6º. Em todos os casos previstos nos parágrafos 1º a 5º deste artigo, o empreendedor estará
obrigado à realização do projeto aprovado pela CAAPC.
§ 7º. Todos os certificados de incentivo serão objeto de registro, para fins de controle, pela
CAAPC."(NR)
Art. 2º. As despesas decorrentes da execução deste decreto correrão por conta das dotações
orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
Art. 3º. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
Confere nova regulamentação à Lei nº 10.923, de 30 de dezembro de 1990, que dispõe sobre
incentivo fiscal para a realização de projetos culturais no âmbito do Município de São Paulo.
JOSÉ SERRA, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são
conferidas por lei,
D E C R E T A:
Art.1º. O incentivo fiscal para a realização de projetos culturais, a ser concedido à pessoa física
ou jurídica domiciliada no Município de São Paulo, instituído pela Lei nº 10.923, de 30 de
dezembro de 1990, passa a ser disciplinado pelas disposições previstas neste decreto.
d) o acesso às fontes de cultura e o pleno exercício dos direitos culturais pelo cidadão;
f) a proteção das expressões diversificadas, responsáveis pelo mais amplo pluralismo cultural;
l) a produção inovadora;
Art. 4º. Fica instituído Grupo de Trabalho – GT, vinculado à Secretaria Municipal de Cultura, ao
qual caberá analisar a observância às condições previstas no inciso I do artigo 2º deste
decreto, incumbindo-lhe, ainda:
I - sugerir ao Secretário Municipal de Cultura a edição de normas complementares necessárias
ao cumprimento das disposições constantes deste decreto;
§ 1º. O Grupo de Trabalho ora criado será composto pelo Secretário-Adjunto da Secretaria
Municipal de Cultura, pelo Coordenador do Sistema de Bibliotecas e pelos Diretores de
Departamentos da referida Pasta, sob a coordenação do primeiro.
§ 2º. O Secretário Municipal de Cultura poderá convidar até 3 (três) representantes do setor
cultural para participarem do Grupo de Trabalho ora criado, pelo prazo de 1 (um) ano.
Art. 5º. Fica mantida, junto ao Gabinete da Secretaria Municipal de Cultura, a Comissão de
Averiguação e Avaliação de Projetos Culturais – CAAPC, autônoma e independente, criada
pelo Decreto nº 41.256, de 17 de outubro de 2001, com fundamento no artigo 3º da Lei nº
10.923, de 1990, à qual compete analisar os aspectos orçamentários e sua adequação ao
projeto proposto.
III - propor o valor a ser concedido ao projeto, com vistas à sua realização, a título de incentivo,
considerando o valor máximo definido pelo GT;
Art. 7º. A CAAPC será composta por representantes do setor cultural e da Administração
Municipal.
§ 1º. Os representantes do setor cultural poderão ser indicados por entidades, instituições,
sindicatos e associações civis, sem fins lucrativos e com objetivos e atividades
predominantemente culturais, que se cadastrarem na Secretaria Municipal de Cultura, com
sede ou seção no Município de São Paulo, existência e atuação efetiva e devidamente
comprovadas, pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos, e cuja diretoria tenha sido eleita em
processo do qual participaram, no mínimo, 20 (vinte) associados.
§ 3º. As instituições poderão indicar até 2 (dois) representantes para atuar em uma única área.
Art. 8º. A CAAPC será constituída por pessoas de comprovada idoneidade e reconhecida
experiência na área cultural, nomeadas pelo Secretário Municipal de Cultura, sendo, no
mínimo, 6 (seis) titulares integrantes dos quadros técnicos da Administração Municipal e, no
máximo, 7 (sete) titulares e 14 (quatorze) suplentes escolhidos dentre os indicados pelas
entidades culturais cadastradas.
§ 1º. O Secretário Municipal de Cultura escolherá, no mínimo, 1 (um) membro titular e 2 (dois)
suplentes como representantes do setor cultural para cada área, dentre as indicações feitas
pelas entidades credenciadas.
§ 2º. O primeiro suplente participará das reuniões da CAAPC somente quando ausente o
respectivo titular, e o segundo apenas quando ausente o primeiro.
§ 3º. Na hipótese de não haver indicação de representante para uma das áreas culturais, o
Secretário Municipal de Cultura o indicará livremente.
§ 5º. A coordenação da CAAPC ficará a cargo de servidor municipal, indicado pelo Secretário
Municipal de Cultura, sem direito a voto.
§ 6º. Os membros da CAAPC escolhidos a partir da data da publicação deste decreto poderão
exercer, ininterruptamente, apenas dois mandatos.
Art. 9º. O funcionamento da CAAPC será disciplinado no regimento interno a ser elaborado pelo
próprio colegiado, do qual constarão, obrigatoriamente:
II - as normas para recebimento, análise, avaliação e averiguação dos orçamentos dos projetos
culturais;
III - o modelo de aprovação das atas de reuniões, contendo, necessariamente, o registro dos
votos de seus membros.
Art. 10. Não é permitido ao membro da CAAPC, titular ou suplente, quer como pessoa física
quer como representante de pessoa jurídica, apresentar, durante o período do mandato e até 2
(dois) anos depois de seu término, projetos para incentivos, por si ou por interposta pessoa.
§ 1º. A proibição prevista no “caput” deste artigo aplica-se unicamente ao membro da CAAPC,
não se estendendo às entidades ou instituições que o indicaram.
§ 2º. Durante seu mandato, o membro da CAAPC não poderá prestar serviços relacionados a
projetos, excetuados aqueles propostos pelas entidades ou instituições que o indicaram,
hipótese em que não poderá ele ser remunerado com os valores obtidos por intermédio da lei
de incentivo de que trata este decreto.
§ 3º. O membro da CAAPC ficará impedido de analisar e votar os projetos apresentados pelas
entidades ou instituições que o indicaram como representante.
§ 4º. Será substituído pelo suplente o membro da CAAPC que solicitar afastamento definitivo
ou se omitir, injustificadamente, em apresentar parecer com relação a 3 (três) projetos que lhe
tenham sido distribuídos ou, ainda, deixar de comparecer, injustificadamente, a 3 (três)
reuniões consecutivas ou 5 (cinco) interpoladas.
Art. 11. A CAAPC contará com uma Secretaria Executiva, constituída pela Secretaria Municipal
de Cultura e dirigida pelo coordenador da referida comissão, com as seguintes atribuições:
I - atender e orientar o público sobre a lei de incentivo fiscal e como solicitar seus benefícios;
II - orientar os empreendedores sobre como apresentar projetos e prestar as respectivas
contas;
III - receber, protocolar e verificar a regularidade do projeto cultural, quanto aos aspectos
formais e documentais exigidos;
VIII - manter banco de dados dos projetos, entidades e instituições culturais, empreendedores e
incentivadores, com acesso ao público;
Parágrafo único. Para a execução das atribuições pertinentes, referidas no “caput” deste
artigo, a Secretaria Executiva será integrada por servidores municipais, bem como por 3 (três)
Contadores e 1 (um) Procurador, designados, respectivamente, pelos titulares das Secretarias
Municipais de Finanças e dos Negócios Jurídicos.
Art. 12. A Secretaria Municipal de Cultura publicará, no Diário Oficial da Cidade, edital de
inscrição de projetos culturais objetivando a concessão de incentivo fiscal municipal, prevendo,
dentre outros requisitos:
III - o valor máximo do incentivo a ser concedido aos projetos, de acordo com cada área ou
segmento cultural;
VII - a forma pela qual deve ser divulgado o apoio institucional da Prefeitura do Município de
São Paulo ao projeto, em todo o seu circuito de apresentações;
b) planilha de orçamento;
Art. 13. A Secretaria Executiva fará publicar no Diário Oficial da Cidade a relação completa,
sob forma de extrato, de todos os projetos protocolados, após encerradas as inscrições.
Art. 15. O incentivo poderá ser parcial, não sendo obrigatório corresponder à totalidade do
valor do projeto.
§ 1º. O montante máximo de incentivo para cada projeto será definido pelo GT, podendo a
CAAPC propor montante inferior.
I - a disponibilidade orçamentária;
Art. 16. Poderão ser aprovados incentivos a projetos pré-qualificados cujo empreendedor
apresente, em até 365 (trezentos e sessenta e cinco dias) dias contados da publicação da
declaração de pré-qualificação, rol de incentivadores e os seguintes documentos e
informações:
f) o cronograma de repasses;
III - cópia do cartão de contribuinte mobiliário do incentivador ou carnê do IPTU de que conste
ser ele o proprietário do imóvel;
§ 1º. O prazo previsto no “caput” deste artigo será contado a partir do dia seguinte ao da
publicação, sendo que o dia do vencimento será prorrogado até o primeiro dia útil se recair em
feriado ou dia sem expediente normal na Prefeitura do Município de São Paulo.
§ 2º. Na hipótese de proposta de repasse de valores em serviços ou bens, seu valor máximo
será considerado como aquele constante do orçamento aprovado pela CAAPC para esse item.
§ 3º. O empreendedor poderá apresentar um rol de contribuintes incentivadores que cubram, total
ou parcialmente, o valor do incentivo autorizado.
§ 6º. Se o incentivo apresentado for menor que o custo total do projeto, o empreendedor
deverá informar outras fontes disponíveis que lhe permitirão realizá-lo, ou as adaptações
necessárias para adequá-lo aos valores obtidos; a comprovação da existência de outros
recursos poderá ser feita mediante declaração do empreendedor de que os possui, sob as
penas da lei.
§ 7º. As alterações do conteúdo do projeto poderão ser autorizadas pela Secretaria Municipal
de Cultura, desde que requeridas antes da aprovação do primeiro incentivo.
§ 8º. Na hipótese dos valores serem repassados em parcelas, o cronograma deverá prever que
a última delas seja efetivada até, no máximo, 30 (trinta) dias antes da data do término do
projeto.
VII - não estar o empreendedor inadimplente com a prestação de contas de projeto de sua
responsabilidade;
VIII - manifestação favorável da CAAPC se o valor apresentado for inferior ao valor do projeto ou
for apresentada proposta de repasse parcelado.
III - o cônjuge e os parentes até o terceiro grau, inclusive os afins, do empreendedor do projeto;
§ 1º. A Secretaria Executiva fará publicar no Diário Oficial da Cidade a autorização para que o
incentivador inicie os repasses de valores ao projeto.
§ 2º. Para cada incentivo parcial autorizado, será firmado um aditamento ao termo de
responsabilidade inicial, contemplando as alterações.
II - que o empreendedor estará obrigado a prestar contas dos valores recebidos por intermédio
da lei de incentivo fiscal municipal, na forma prevista em portaria;
III - que o empreendedor manterá em seu nome conta bancária exclusiva, destinada a receber
os valores em pecúnia repassados pelo incentivador;
Art. 21. Os certificados de incentivo serão emitidos na data prevista no cronograma para
repasse dos valores, com validade de 2 (dois) anos, contados da data de sua emissão e
conterão:
§ 2º. Todos os certificados de incentivo serão objeto de registro, para fins de controle, pela
Secretaria Executiva da CAAPC.
§ 3º. A entrega do certificado de incentivo será feita pela Secretaria Executiva, condicionada à
comprovação do repasse dos valores pelo incentivador ao empreendedor, devendo também
atestar o repasse no corpo do certificado de incentivo.
§ 4º. Se os valores forem repassados em parcelas, cada uma delas fará jus à emissão de um
certificado de incentivo, emitido na data prevista para o repasse.
Art. 22. Comprova-se o repasse de valores ao projeto por intermédio dos seguintes
documentos:
I - incentivo em pecúnia: recibo do depósito bancário feito pelo incentivador, na conta corrente
indicada pelo empreendedor, do valor autorizado pela SMC;
II - incentivo em bens ou serviços: apresentação de documento contábil comprovando a
entrega do bem ou a prestação de serviços ao projeto pelo contribuinte incentivador,
devidamente quitado pelo empreendedor.
§ 2º. Os valores aprovados para incentivar projetos da Administração Pública Municipal serão
recolhidos ao Fundo Especial de Promoção de Atividades Culturais - FEPAC, mediante guia de
arrecadação.
§ 3º. Os bens e serviços prestados ao projeto a título de incentivo, para efeitos contábeis, serão
considerados como doações e comprovados mediante documento contábil regular, vedada a
comprovação por recibo simples.
§ 4º. A Secretaria Executiva da CAAPC deverá ser informada, com antecedência mínima de 15
(quinze) dias, da necessidade do incentivador alterar o cronograma de repasse, para adoção
das providências administrativas e contábeis cabíveis.
§ 5º. Fica impedido de incentivar projetos, pelo prazo de 2 (dois) anos, o incentivador que deixar
de repassar os valores nos termos em que se comprometer, acarretando a não realização do
projeto cultural como aprovado pela SMC.
Art. 23. O incentivador, observado o prazo de validade do benefício, poderá utilizar 70%
(setenta por cento) do valor de face do certificado de incentivo para pagamento de até 20%
(vinte por cento) do IPTU e do ISS por ele devidos, a cada recolhimento.
§ 1º. O certificado de incentivo poderá ser utilizado para pagamento do ISS devido pelo
incentivador ou de IPTU de imóvel de sua propriedade; na hipótese do incentivador ser pessoa
jurídica, o certificado de incentivo poderá ser utilizado para pagamento de sua matriz ou filial,
desde que possuam o mesmo CNPJ.
§ 2º. O certificado de incentivo pode ser utilizado para pagamento do montante principal de
imposto vencido, devidamente corrigido, dele excluídos a multa e os juros de mora e desde que os
débitos não estejam inscritos na Dívida Ativa.
§ 4º. Na hipótese de utilização para pagamento do IPTU, o imóvel deverá ser de propriedade
do incentivador e, havendo mais de um proprietário, o certificado de incentivo será utilizado
para abater apenas o imposto correspondente à cota do imóvel que pertence ao contribuinte
incentivador.
Art. 24. A prestação de contas do projeto deve ser apresentada em até 60 (sessenta) dias
contados de seu término.
Art. 25. A Secretaria Municipal de Cultura editará portaria, estabelecendo normas para a
apresentação e a aprovação da prestação de contas, inclusive sob o aspecto da realização do
produto cultural.
§ 1º. Até a expedição da portaria mencionada no “caput” deste artigo, ficam mantidos os
procedimentos previstos na Portaria SF/SMC nº 01/2001.
§ 3º. Após a manifestação sobre a realização do projeto cultural, será ele encaminhado à
contadoria da Secretaria Executiva da CAAPC para análise contábil.
§ 5º. A documentação contábil deve comprovar o recolhimento do ISS referente aos serviços
prestados ao projeto, nos termos da lei.
§ 6º. Os valores transferidos pelo contribuinte incentivador deverão ser totalmente aplicados no
projeto para o qual foi aprovado o incentivo.
§ 7º. Os rendimentos obtidos da aplicação dos valores no mercado financeiro, sem autorização
prévia da SMC, deverão ser recolhidos ao FEPAC.
§ 8º. Os valores recebidos e não utilizados dentro do prazo de realização do projeto aprovado,
bem como eventuais rendimentos financeiros não aplicados ao projeto, deverão ser recolhidos
ao FEPAC.
Art. 26. O empreendedor que não comprovar a realização do projeto cultural, conforme
aprovado pela SMC, fica obrigado a recolher ao FEPAC a totalidade dos valores recebidos e
eventuais ganhos financeiros resultantes da sua aplicação, atualizados monetariamente a partir
da data do recebimento dos recursos até a data do efetivo depósito.
Parágrafo único. Comprovado o recolhimento ao FEPAC, o projeto será considerado
prejudicado, não ficando sujeito o empreendedor a qualquer penalidade.
Art. 27. O empreendedor que não comprovar a correta aplicação, no projeto, dos valores
recebidos nos termos da Lei nº 10.923, de 1990, deverá recolhê-los ao FEPAC, acrescidos de
eventuais rendimentos financeiros, devidamente atualizados a partir da data do recebimento dos
recursos até a data do efetivo depósito.
Art. 28. Os valores de despesas glosadas ou do saldo do incentivo recebido e não aplicado no
projeto deverão ser recolhidos ao FEPAC, devidamente atualizados a partir da data da
notificação do empreendedor até a data do efetivo depósito.
Art. 29. Os recolhimentos ao FEPAC previstos nos artigos 25 a 28 deste decreto deverão ser
efetuados em até 15 (quinze) dias contados da notificação do fato ao empreendedor, sob pena
de rejeição da prestação de contas do projeto.
Art. 30. Rejeitada a prestação de contas em razão da existência de dolo, desvio dos objetivos e
dos recursos, o empreendedor estará sujeito à multa de 10 (dez) vezes o valor recebido,
conforme disposto no artigo 7º da Lei nº 10.923, de 1990.
Art. 31. O empreendedor fica impedido de ter projetos aprovados caso se omita em prestar
contas ou quando verificados vícios na sua prestação, até o saneamento das irregularidades.
VII - expedir portaria que regulamente a forma do empreendedor prestar contas dos valores
recebidos;
VIII - expedir as autorizações previstas nos artigos 12, inciso X, 16 e 20, inciso VI;
Art. 33. Até 31 de dezembro de 2005, fica mantida a atual Comissão de Averiguação e
Avaliação de Projetos Culturais - CAAPC, integrada
por representantes do setor cultural e por técnicos da Administração Municipal, constituída nos
termos da Portaria nº 24/2005 - SMC.
Parágrafo único. Até a edição da portaria mencionada no “caput” deste artigo, ficam mantidos
os procedimentos previstos na Portaria SF/SMC nº 01/01 para uso dos certificados de
incentivo.
Art. 35. É vedado paralelismo ou duplicidade no apoio aos mesmos itens dos projetos culturais
incentivados, devendo o empreendedor informar se o projeto está recebendo apoio financeiro
incentivado do Poder Público, inclusive de outras esferas, sendo que, nesses casos, deverá
elaborar um demonstrativo dos valores recebidos das diversas fontes.
Art. 36. Os projetos pré-qualificados anteriormente à expedição deste decreto serão revistos
pela Secretaria Municipal de Cultura, para adequação às novas disposições.
Art. 37. No presente exercício, as despesas decorrentes da execução deste decreto correrão
por conta das dotações orçamentárias 28.25.13.392.0227.6861.3390.3900.00 e
28.25.13.392.0227.6861.3390.3600.00 - Realização de Projetos Culturais com Incentivos
Fiscais.
Parágrafo único. Nos exercícios subseqüentes, serão consignadas dotações específicas nos
orçamentos anuais.
Art. 38. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogados os Decretos nº
41.940, de 23 de abril de 2002, nº 42.818, de 31 de janeiro de 2003, e nº 44.247, de 12 de
dezembro de 2003.
1.1 - Antes da aprovação do projeto cultural, deverá ser apresentada certidão de regularidade
com a Seguridade Social de cada um dos contribuintes incentivadores relacionados pelo
empreendedor;"
2.2 - Caso o empreendedor não esteja cadastrado como contribuinte neste Município, deverá
apresentar declaração, sob as penas da lei, do não cadastramento e de que nada deve à
Fazenda do Município de São Paulo;"
4.1 - A estimativa de que trata o item 4 será feita tomando-se como referencial a variação do
índice que estiver sendo utilizado, na ocasião, para atualização do valor dos tributos
municipais.
d) efetuar os cálculos aritméticos para apurar o valor tributário, a ser quitado com o incentivo, e
determinar o valor atualizado deste;
9.1 - O carnê do IPTU deverá estar em nome do contribuinte incentivador ou, ao menos, este
deverá apresentar documentos que demonstrem ser o imóvel de sua propriedade.
9.2 - Em se tratando do ISS, o contribuinte deverá demonstrar que o(s) CCM(s) é (são) a ele
vinculado(s).
10 - O pagamento de até 20% do IPTU poderá ser feito em uma única vez, eis que a incidência
desse tributo é anual, e o do ISS, conforme for a sua incidência (anual, mensal ou eventual),
devendo, em qualquer hipótese, o contribuinte incentivador complementar o pagamento dos
valores vencidos ou que se vencem naquela data de forma a poder receber a quitação total das
parcelas do carnê abrangidos pelos 20% incentivados ou do DARM/DAMSP do ISS.
14.1 - Todas as pessoas físicas ou jurídicas que receberem os incentivos culturais previstos na
lei 10.923/90, estão obrigadas a prestar contas junto à CAAPC.
14.2.1 - Providenciar a abertura de conta bancária específica para o projeto cultural , destinada
à movimentação dos recursos recebidos do incentivador;
14.2.2 - Utilizar os recursos recebidos bem como as eventuais rentabilidade auferidas com a
aplicação no mercado financeiro, exclusivamente no projeto cultural aprovado pela CAAPC;
14.2.5 - Prestar contas à CAAPC nas condições definidas no Termo de Responsabilidade, bem
como nas condições estabelecidas nesta portaria.
15.1 - O processo mencionado no item 1 desta Portaria, deverá ser instruído, obrigatoriamente,
com os seguintes documentos:
15.1.5 - Cópia do projeto cultural e orçamento detalhado (itens e subitens de despesas), nos
termos do edital;
15.1.9 - Cópias da certidão de inexistência de débito para com o Sistema de Seguridade Social
e das certidões de regularidade de situação quanto aos encargos tributários federais, estaduais
e municipais, do empreendedor e do contribuinte incentivador.. ITEM REVOGADO
15.1.11 - Cópia dos documentos de aprovação, nos órgãos públicos competentes, das obras
referente a projetos culturais de reforma, restauração e construção;
15.1.13 - Cópia da publicação no DOM, da aprovação do projeto cultural com seu respectivo
valor;
15.1.17 - Cópia da Carta de Repasse e dos Recibos de Depósitos efetuados pelo incentivador,
na conta específica do projeto cultural;
15.1.23 - Cópia dos extratos bancários, referente à conta corrente específica do projeto cultural
incentivado e seus rendimentos de aplicações financeiras, que comprovem a movimentação de
recursos, desde o período do recebimento do numerário até o último gasto, com saldo zerado;
16.5 - Todo documento deverá ser colocado em folha de papel tamanho ofício, respeitando-se
as possíveis anotações no verso. Cada folha de papel poderá conter mais de um documento
desde que não sejam superpostos. Os documentos deverão ser classificados e agrupados de
acordo com os itens discriminados no orçamento detalhado e colocados em ordem cronológica,
relacionados e totalizados, encartados em pasta ou capa, para evitar extravios.
16.6 - A prestação de contas, em desacordo com o disposto nesta portaria, não será recebida
pela CAAPC.
16.7 - A prestação de contas parcial, não será aceita pela CAAPC, salvo no caso de projeto
cultural na modalidade II.
16.8 - O Empreendedor que não prestar contas dos recursos recebidos, inclusive das
respectivas rentabilidade das aplicações financeiras, não estará apto para pré-qualificação ou
aprovação de novos projetos culturais.
17.1 - A prestação de contas a ser apresentada dentro do prazo estipulado no subitem 16.1,
além dos documentos mencionados no item 15 desta portaria, deverá conter os seguintes
documentos:
17.1.1 - Demonstrativo Resumido da Aplicação dos Recursos, conforme modelo "ANEXO II",
devidamente preenchido e assinado pelo empreendedor;
17.1.3 - Relação Analítica das Despesas, devidamente assinada pelo empreendedor, conforme
modelo "ANEXO IV";
17.1.8 - Cópia do cartão de isenção e/ou guias de recolhimento dos impostos obrigatórios por
lei quando se tratar de pessoa jurídica ou for o caso de pagamento de prestação de serviços a
pessoas físicas sujeitas à tributação na fonte;
18 - ((NG))DISPOSIÇÕES GERAIS((CL))
18.1 - Todos os comprovantes de despesa, relacionados com o projeto cultural, deverão ser
emitidos em nome do empreendedor responsável por sua realização e do projeto constando
número de inscrição deste.
18.2 - Não serão aceitas as notas fiscais ou documentos emitidos com data anterior à
assinatura do Termo de Responsabilidade, independentemente da data do vencimento da
Fatura, ou com data posterior ao encerramento do projeto cultural.
18.3 - As Notas Fiscais de Serviços deverão estar quitadas através de recibo, comprovante de
pagamento ou no próprio corpo da nota, com carimbo e assinatura.
18.6 - Os documentos pertinentes à prestação de contas não devem conter rasuras, erros,
emendas e preenchimentos incorretos e/ou incompletos.
18.7.3 - Com as diárias dos beneficiários que residam no município onde se realiza a atividade;
18.7.4 - Com bebidas alcoólicas, exceto quando orçadas para fins de projetos culturais na área
de vernissage, cinema/vídeo e artes cênicas;
18.7.5 - Pessoais, tais como: cigarros, creme dental, vestuários, etc., sendo, entretanto,
consideradas quando orçadas para fins de projetos culturais como cenário ou similar na área
de cinema, vídeo/artes cênicas;
18.7.6 - Com refeição e outras despesas de convidados pessoais, não previstos em orçamento
detalhado;
18.9 - As despesas com táxi, motorista particular, transporte de pessoas e pedágio, deverão
ser comprovadas por recibo/nota fiscal emitidos por órgão responsável, devendo o
empreendedor mediante declaração justificar a sua utilização no projeto cultural, informando
também, o nome do usuário, o itinerário e a data da realização do serviço.
18.10.1 - Se foram adquiridas pelo próprio empreendedor para utilização por terceiros, a
comprovação será feita através do recibo de sua aquisição juntamente com o canhoto da
passagem utilizada;
18.10.2 - Se adquiridas, diretamente, por terceiros, a comprovação será feita através de recibo
do reembolso realizado ao nomeado no bilhete, juntamente com a cópia da passagem utilizada.
18.11 - Despesas com hospedagem e refeições serão comprovadas através de Notas Fiscais
de hotéis e/ ou restaurantes (inclusive quanto a lanches), devidamente discriminado.
18.11.1 - Desde que conste na Nota Fiscal, a CAAPC considerará as despesas denominadas
"serviços" até o limite máximo de 10% do total da despesa.
18.13 - A aquisição de material permanente usado deverá ser comprovada por documento
fiscal hábil, com discriminação do material, nome e endereço legíveis do vendedor e do
empreendedor;
18.16 - As despesas, não comprovadas na forma desta portaria, ou que não constem do
orçamento detalhado apresentado com o projeto cultural e aprovado pela CAAPC, correrão por
conta exclusiva do empreendedor (Casos excepcionais devidamente justificados, deverão obter
prévia autorização formal da CAAPC).
18.20 - É vedado modificar, sem prévia autorização formal da CAAPC, qualquer discriminação
constante do Termo de Responsabilidade.
18.21 - No caso do recolhimento ser efetuado após o período determinado para prestação de
contas mencionado no item 2.1, o valor será corrigido, desde o primeiro dia após esgotado o
prazo até a data do efetivo ressarcimento.
18.22 - Os valores a serem ressarcidos aos cofres públicos deverão ser atualizados,
monetariamente, de acordo com as normas estabelecidas pela Municipalidade.
I - advertência;
II - após advertência, a juízo da administração, multa de até duas vezes o valor do incentivo
recebido;
III - multa de 10 (dez) vezes o valor incentivado, pela não comprovação da correta aplicação do
incentivo, por dolo ou, por desvio do objeto e/ou recursos;
IV - impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a dois anos.
V - inabilitação pelo prazo de 02 (dois) anos para recebimento de novos recursos, quando a
prestação de contas não for aprovada.19 - As dúvidas e os casos omissos serão resolvidos
pelo Secretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico em conjunto com o Secretário
Municipal de Cultura.20 - Esta portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas
as disposições em contrário , em especial as Portarias Intersecretariais SF/SMC nºs 01/91 e
02/98.
ANEXO I
SMC/CAAPC/Nº_________
PROCESSO Nº_________
CLÁUSULA 2ª
CLÁUSULA 3ª
Prestação de Contas:___/___/____.
No caso de ser assegurado o incentivo para fase(s) que se realize(m) no exercício seguinte, o
incentivo para essa(s) fase(s) vindoura(s) somente, será autorizado após a Prestação de
Contas da fase anterior.
CLÁUSULA 4ª
Esta MENÇÃO OBRIGATÓRIA, deverá ser feita em IGUAL PROPORÇÃO dos demais
patrocinadores.
CLÁUSULA 5ª
O cumprimento das obrigações assumidas pelo Empreendedor será fiscalizada pela CAAPC,
em conjunto com a SMC e a Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico no que
couber, nos termos do artigo 30 do Decreto nº 29.684/91 e demais legislação aplicada e ainda,
pela competência, pelo Tribunal de Contas do Município de São Paulo.
CLÁUSULA 6ª
CLÁUSULA 7ª
PROCESSO Nº ____________________________.
CLÁUSULA 8ª
Fica eleito o Foro desta Capital, para todo e qualquer procedimento judicial oriundo desta
avença, por uma de suas Varas especializadas, renunciando qualquer outro, por mais
privilegiado que seja.
São Paulo,______de__________________de_______
EMPREENDEDOR(ES)
Coordenador - CAAPC
Prestação
de Contas recebida
em _______/______/________
recebedor__________________________
ANEXO II
A. RECURSOS
RECEBIDOS
(+)RENDIMENTOS
AUFERIDOS
SOMA
B. DESPESA
C. SALDO (A-B)
D. RECOLHIMENTO A FAVOR
DO FEPAC, ATRAVÉS DE
G.A. Nº _______
AUTENTICADA EM
___/_____/________
A transcrição é cópia fiel dos respectivos comprovantes, cujos originais apresentamos à C.A.A.P.C./P.M.S.P, para conferência e verificação.
Assinatura do Empreendedor
ANEXO III
ANEXO IV
TOTAL
Declaramos que as despesas acima relacionadas foram efetuadas para a realização do projeto cultural incentivado, obedecida a
legislação em vigor.
A transcrição acima é cópia fiel dos respectivos comprovantes, cujos originais apresentamos à C.A.A.P.C./P.M.S.P., para conferência
e validação.
São Paulo, _____/_____/______
Assinatura do Empreendedor
ANEXO V
TOTAL
Declaramos que o valor total dos rendimentos acima, foram utilizados nos mesmos fins a que se destinavam os recursos recebidos
para a realização do projeto cultural.
Assinatura do Empreendedor
ANEXO VI
ANEXO VII