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NEUTRO
NADA BÁSICO
A PA R TA M E N TO S C H E I O S D E B O S S A ,
C O M O O DA AT R I Z M A R I A N A S A N TO S ,
P R O VA M Q U E DÁ PA R A M O D E R A R
N A S C O R E S E C AU S A R I M PA C TO
R E V E S T I M E N T O S E M A LTA
CONHEÇA AS SUPERFÍCIES DE EFEITO
QUE CHEGA M PARA VESTIR PISOS,
PAREDES E ATÉ MÓVEIS
FOTO: RODRIGO RAMIREZ
28 INSPIRAÇÃO
ESTILO
Cantos de leitura inspirados em grandes escritores
36 CURADORIA
As escolhas da arquiteta Paula Neder
38 ESCADAS
Projetos com soluções inteligentes para esse
elemento construtivo
44 ARTE NA PAREDE
14 Artistas levam seus traços para grandes proporções
50 REVESTIMENTOS
Os lançamentos da Revestir que amamos
58 LIFE BY LUFE
SUPERBACANA
12 ISTO É QUENTE
16 ISTO É QUENTE LÁ FORA
18 QUANTO CUSTA
Uma seleção de criados-mudos estilosos
20 PALETA
22 TALENTO
O design contemporâneo do Estúdio Ninho
24 FEITO À MÃO
A palha de ouricuri típica da caatinga
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NOSSA CAPA › A atriz Mariana Santos em seu apartamento em São Paulo,
SP. Coordenação de Fabiano Spadari. Fotografia de Marco Antonio
DELEITE
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62 PERFUME INDUSTRIAL
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NINHO
Exercite
e Julio Cortázar. A reportagem visual Novos olhares (pág. 50)
apresenta os revestimentos mais bacanas que garimpamos na
Revestir. Fiquei empolgada com os modelos que reproduzem o
tescanhoela@edglobo.com.br
@thaislauton
MUNDODOENXOVAL.COM.BR
DIRETOR GERAL Frederic Zoghaib Kachar
DIRETOR DE AUDIÊNCIA Luciano Touguinha de Castro
DIRETORA DE MERCADO ANUNCIANTE Virginia Any
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
DIRETOR DE TECNOLOGIA: Rodrigo Gosling
ESTRATÉGIA DIGITAL
DESENVOLVEDORES: Everton Ribeiro, Fabio Marciano, Leandro Paixão, Marcelo Amendola, Murilo Amendola, Thiago Previero e William Antunes;
MERCADO ANUNCIANTE
SEGMENTOS — FINANCEIRO, IMOBILIÁRIO, TI, COMÉRCIO E VAREJO
DIRETOR DE NEGÓCIOS MULTIPLATAFORMA: Emiliano Morad Hansenn; GERENTE DE NEGÓCIOS MULTIPLATAFORMA: Ciro Horta Hashimoto;
EXECUTIVOS MULTIPLATAFORMA: Christian Lopes Hamburg, Cristiane de Barros Paggi Succi, Milton Luiz Abrantes e Selma Maria de Pina.
ESCRITÓRIOS REGIONAIS
GERENTE MULTIPLATAFORMA: Larissa Ortiz; EXECUTIVA DE NEGÓCIOS MULTIPLATAFORMA: Babila Garcia Chagas Arantes
OPEC OFF LINE: Carlos Roberto de Sá, Douglas Costa, Eduardo Ramos
OPEC ONLINE: Rodrigo Santana Oliveira, Danilo Panzarini, Higor Daniel Chabes, Rodrigo Pecoschi
Para se corresponder com a Redação: Endereçar cartas à Casa e Jardim Caixa Postal 66011, CEP 05315-999 – São Paulo, SP. Fax: 11 3767-7936 – e-mail: casaejardim@edglobo.com.br.
As cartas devem ser encaminhadas com assinatura, endereço e telefone do remetente. CASA E JARDIM reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação.
CASA E JARDIM é uma publicação mensal da EDITORA GLOBO S.A. – Av. 9 de Julho, 5.229, São Paulo, SP, CEP 01407-907
Distribuidor exclusivo para todo o Brasil: Dinap – Distribuidora Nacional de Publicações.
Impressão: Plural Indústria Gráfica Ltda. Av. Marcos Penteado de Ulhoa Rodrigues, 700 - Tamboré - Santana de Parnaíba, São Paulo, SP - CEP 06543-001.
O Bureau Veritas Certification, com base nos processos e procedimentos descritos no seu Relatório de Verificação, adotando um nível de
confiança razoável, declara que o Inventário de Gases de Efeito Estufa - Ano 2012, da Editora Globo S.A., é preciso, confiável e livre de erro
ou distorção e é uma representação equitativa dos dados e informações de GEE sobre o período de referência, para o escopo definido; foi
elaborado em conformidade com a NBR ISO 14064-1:2007 e Especificações do Programa Brasileiro GHG Protocol.
Superbacana MÓVEIS, OBJETOS E PESSOAS QUE TORNAM SUA VIDA MELHOR
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ISTO É QUENTE
LÁ FORA
A mesa Ankara é
uma das peças da
designer francesa
Constance Guisset
SUPERBACANA
IS TO É QUENTE
DESIGN › ARTE › EXPOSIÇÕES › LIVROS › LANÇAMENTOS › ARQUITETURA
por Thaís Lauton e Teresa Raquel Bastos
Gravura em papel
algodão e bordado
de linha, 40 x 60 cm.
Daniela Karam, R$ 440.
danielakaram.com.br
Pendente Bloom, de
MDF, 24 x 17 cm, parceria
com o designer Aaron
Porterfield. Na Cortesia,
por R$ 339. cortesia.online
Cadeira Om Pompom,
de pínus, taboa e lã,
47 x 90 x 45 cm.
Fotos Divulgação
P O DER NO L Á PIS
A arquiteta Patricia Anastassiadis criou 38 itens
em quatro estilos diferentes para a coleção 2017
da Artefacto. Destaque para o sofá Fold, de
metal e camurça natural, 2,20 x 0,86 x 0,60 m,
por R$ 26.714. artefacto.com.br
NA
L Ã VIA JANTE AGENDA
As peças de lã de ovelha feltrada da designer A feira de arte e design
Inês Schertel viajam além-mar para a SP-Arte (sp-arte.com)
exposição Slow Design, que acontece de acontece de 6 a 9 de
13 de abril a 29 de maio no Espaço Espelho abril, na Bienal, em
d’Água, em Belém, Portugal. Uma delas é o SP. Pelo segundo ano,
balaio Casacol, 60 x 15 cm, que custa a mostra conta com
As medidas seguem o padrão L x A x P (largura x altura x profundidade)
Cabinet, de madeiras
amazônicas e vidro,
1,33 x 2,20 x 0,42 m,
de Nat Wilms e Andrea
Zambelli. A peça tem
fotos históricas do
cultivo de café no
estado de São Paulo.
firmacasa.com.br
2017
PARCERIA DE PESO
O arquiteto Eric Carlson, do TO Q U E I TA L I A N O
escritório Carbondale, foi Eleita uma das dez melhores designers
convidado para projetar três novas da nova geração pela revista AD,
lojas para a grife Dolce & Gabbana. a italiana Alessandra Baldereschi assina
Maquetes, croquis e vídeos dessa a linha Bamboo para a marca brasileira
parceria estarão na exposição Dolce A Lot Of (alotofbrasil.com.br),
& Gabbana Evolution, como parte que exibe suas peças no Salão
dos eventos FuoriSalone. Desde Internacional do Móvel desde 2013.
2011, o escritório conta com uma Desenvolvida em fios de arame e
filial em São Paulo, comandada pela tubo, a coleção é composta por sofá,
arquiteta Juliana Cintra do Prado. poltrona e cadeira de balanço.
DE OLHO NO FUTURO
O Centro Universitário Belas Artes de São Paulo foi convidado pela segunda
Fotos Divulgação
vez consecutiva para participar do Salão Satélite. O evento, que chega a sua
20ª edição, já apresentou mais de 10 mil jovens designers. O banco Pará, por
Sofia Venetucci, é uma das oito peças que irão representar a instituição.
Pendentes
Ankara, de aço
e pintura epóxi
Mesa
Ankara,
de aço e
pintura
epóxi
Espelho Francis,
de alumínio e pintura Escrivaninha
epóxi granulada Flamingo, de metal
e tampo de carvalho
folheado
CRIADOS-
MUDOS 1
No ambiente mais íntimo da casa, ele deixa
de ser um simples apoio e ganha importância
no décor. Encontre a peça que traduz seu estilo
Produção B R U N A P E R E I R A Fotos C A R L O S C U B I
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Preços pesquisados em março e sujeitos a variação Contatos na página 128
As medidas seguem o padrão L x A x P (largura x altura x profundidade)
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5 › De ferro com tampo de mármore, 45,50 x 56 x 36 cm. Loja Teo, R$ 8 mil 6 › De freijó e metal, 40 x 67 x 37 cm, de
Fernando Jaeger. FJ Pronto pra Levar!, R$ 711 7 › De compensado revestido de folha de nogueira, tubo de cobre e couro,
50 x 45 x 40 cm, do Estúdio Prole. Boobam, R$ 1.600 8 › De cumaru maciço, 45 x 50 x 60 cm, de Brunno Meireles.
Meireles Pavan, R$ 3 mil 9 › De carvalho e laca, 70 x 52 x 40 cm. Natasha Schlobach, R$ 3.650 10 › De jequitibá maciço
e compensado naval, 0,40 x 1,55 x 0,40 m. OQ da Casa, R$ 1.400. Fundo de Formica L148 Salmon, da Única Laminados
S U P E R B A C A N A › PA L E TA › por Bruna Pereira
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Vintage sutil
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CRÔMIO,
COR DE TENDÊNCIAS 2017 DA SUVINIL.
RITMO LENTO
NA CALMARIA DO LITORAL NORDESTINO, ARTESÃS SE
REÚNEM NA CALÇADA PARA TRAMAR A PALHA DE OURICURI
Texto T E R E S A R A Q U E L B A S T O S Fotos P R O J E T O S E R T Õ E S
No pacato povoado de Alagamar, na cida- passem o bastão às meninas das gerações se-
de litorânea de Pirambu, em Sergipe, as áreas guintes. “Peguei rápido como fazia. Não tive
alagadas são cercadas por dunas salpicadas dificuldades, cresci vendo minha família tran-
de palmeiras. Uma delas é a ouricuri, típica da çando a palha”, conta. Das mãos infantis saiu
caatinga e importante para a economia local. o primeiro produto, um chapéu leve que pro-
É dela que são retiradas as palhas que, quan- tege os trabalhadores do sol.
do tramadas, viram cestarias, sousplats, man- De lá para cá, fez oficinas com o Sebrae de
dalas, jogos americanos, chapéus e bolsas. Sergipe para diversificar as peças e melhorar
Maria Doralice dos Santos Hora é uma das o acabamento. “Mas as ideias de cores, es-
artesãs mais conhecidas por essa arte. Ficou tampas e trançados saem da minha cabeça”,
famosa como Dora do Alagamar, uma deno- diz. O ofício bem-feito rendeu reconheci-
minação de origem concedida pelos turistas mento e homenagens do governo sergipano.
que a procuram para comprar o artesanato Aposentada, aos 64 anos, ela mesma vai a
característico da região. Ela aprendeu a téc- um lote perto de casa buscar a matéria-pri-
nica aos 5 anos com a mãe e a avó. É comum ma. Depois, reúne as amigas na calçada de
que as mulheres tomem a frente do artesana- casa para tecer as peças. Nesse ritmo de in-
Contato na página 128
to para contribuir no orçamento doméstico e terior, ela faz 15 peças por mês. CJ
Que
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bam
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deessççça
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Alinhado às novas tendências tecnológicas e ao desejo dos
consumidores, sistema sem fio controla todas as cortinas
da casa pelo smartphone, tablet ou controle remoto
I NA PALMA
nternet das Coisas. Você já ouviu falar? Trata-
se de uma inovação tecnológica que tem
DA MÃO:
conectado itens do nosso dia a dia, como
eletrodomésticos, tênis, e, porque não, cortinas, à
APP POWER-
rede mundial de computadores. VIEW®
De olho no desejo dos brasileiros por uma Disponível na
casa mais conectada, a Hunter Douglas trouxe App Store e na
para o mercado a Motorização PowerView®, uma Google Play, o
tecnologia que permite o acionamento de todas as aplicativo permite
cortinas da casa utilizando celular, tablet ou um a configuração
exclusivo controle remoto com design inovador. de cada ambiente
Detalhe: disponível em sete cores, ele integra- de forma
se com estilo à decoração da sua casa e combina independente
com a personalidade do ambiente. ou conjunta.
Com ele é possível operar todas as cortinas Nele, você
e persianas motorizadas com um único toque, também pode
programar diferentes cenas para qualquer horário armazenar a sua
e ativá-las de qualquer lugar. coleção de cenas
Por exemplo, de segunda a sexta, a dica é dispensar personalizadas.
o despertador e acordar com a primeira luz da manhã.
Para isso, utilize o sistema de georreferenciamento e
Estes e outros produtos HunterDouglas® estão disponíveis em São Pau-
programe uma cena para o horário do nascer do sol.
lo, na loja Arthur Decor – Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1040, telefone
No fim de semana, a configuração será diferente e as
(11) 3087-5834. Para mais informações, acesse: www.arthurdecor.com
cortinas só vão subir mais tarde, garantindo que você
usufrua de mais algumas horas de sono. WWW.HUNTERDOUGLAS.COM.BR
PRODUZIDO POR
Estilo
APOSTAS E SOLUÇÕES PRÁTICAS PARA VOCÊ AMAR AINDA MAIS SUA CASA
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ARTE NA PAREDE
Obra do artista Eduardo
Kobra mistura imagens
figurativas e traços abstratos
ESTILO › INSPIRAÇÃO
CANTOS
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INTIMI S TA S
Bastam a poltrona confortável, a mesa de apoio e a
iluminação certa para mergulhar em uma leitura.
Aproveitamos o Dia Mundial do Livro, 23 de abril,
para propor decorações pautadas no estilo de
quatro grandes nomes da literatura
Texto M A R I A B E AT R I Z G O N Ç A LV E S Produção M E L A N Y KU P E R M A N
(colaboraram Gisele Santos, Miriam Souza e Rodrigo Racy) Fotos G U T O S E I X A S
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ALLEN GINSBERG
Jovens escritores reunidos em quartos apertados na Nova York da
década de 1950. Esse era o cenário que envolvia a chamada geração
“beat”. Festas e leituras de poesia regadas a música folk e jazz
são o pano de fundo para um canto inspirado no maior ícone do
movimento, o poeta Allen Ginsberg. Poucos objetos (seguindo a filosofia
antimaterialista que os influenciava) e uma paleta restrita ao preto,
branco e cinza ajudam a compor o clima de introspecção.
1 › Tinta Sopro de Neve (ref. 10BB83/014) da Coral, R$ 74,30 o galão de 3,6 L 2 › Bule Linha e Ponto, de ágata. Amoreira, R$ 175 3 › Xícara de ágata.
Poeira, R$ 48 4 › Mesa lateral Plain Clay Side Table, de resina, de Maarten Baas. Poeira, R$ 5.985 5 › Cadeira de balanço, de couro e jacarandá, do
Liceu de Artes e Ofícios. Galeria Kesley Caliguere, R$ 8 mil 6 › Luminária de piso RK.04140GPB.200, de alumínio com pintura eletrostática,
de Ricardo Heder. Reka, R$ 960 7 › Vaso Movimento Oval, de porcelana, de Daniela Barros. Galeria Nacional, R$ 207 8 › Estante Bauhaus
Favela, de madeira reaproveitada, de Renato Larini. Estar Móveis, R$ 800 9 › Caixa Dray, de osso. Marché Art de Vie, R$ 456 10 › Caixa Athos,
de osso, Marché Art de Vie, R$ 558 11 › Rodapé autocolante Liso, de EVA, Gemolduras, R$ 23,50 o metro linear, pintado com tinta Lápis Preto
(ref. 81YR 06/003), da Coral, R$ 90,80 o galão de 3,6 L 12 › Piso Preto Nanquim, de bambu. Neobambu, R$ 467 o m² 13 › Almofada de lã. Macadâmia
Home, R$ 195 14 › Tinta Cinza Concreto (ref. 93GY24/024), da Coral, R$ 83 o galão de 3,6 L 15 › Escultura Asas, de resina, de Marcelo Fernandes.
Marché Art de Vie, R$ 495. Todas as plantas desta reportagem são da Mil Plantas, e os livros, da Livraria Cultura
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CASAEJARDIM 30 ABRIL 2017
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VIRGINIA WOOLF
Foi em uma casa na região de Londres, na Inglaterra, que a romancista
Virginia Woolf escreveu parte de sua obra. Com vista para um lindo jardim,
o imóvel foi por anos morada e lugar de trabalho de um grupo de influentes
escritores e artistas, que formou o Bloomsbury Group. As fotos antigas do
lugar revelam o mix de estampas, objetos ousados e um tom de vermelho
desbotado combinado ao amarelo imperial. O canto de leitura traz poltrona
confortável, flores colhidas no jardim e uma convidativa xícara de chá.
1 › Papel de parede Hudson. Orlean, R$ 1.001 o rolo de 10 x 0,53 m 2 › Tecido Flor Nigéria Índigo, de algodão. Entreposto, R$ 168 o metro linear 3 › Arandela
de cristal, da Maison Jansen. NN Antiques, R$ 4.800 o par 4 › Luminária Isabelle, de porcelana e voile plissado, de Isabelle Tuchband. Simone Figueiredo Luz,
R$ 7 mil 5 › Cabideiro Flor de Liz, de ferro. Secrets de Famille, R$ 1.094 6 › Mantas de tricô, de lã. Macadâmia Home, R$ 480 cada uma 7 › Mesas Ninho, de
cerejeira francesa. Oficina Inglesa, R$ 5.400 o conjunto 8 › Caixa de madeira rádica vitoriana com gravuras infantis. NN Antiques, R$ 1.200 9 › Vaso azul de cristal
e flores de bronze. Juliana Benfatti, R$ 2.240 10 › Jogo de chá Tcheca, de porcelana. Country House Antiques, R$ 1.800 o conjunto com 12 peças 11 › Vaso amarelo
de cerâmica. Juliana Benfatti, R$ 3.250 12 › Óculos Traction. Óptica Sella, R$ 1.890 13 › Poltrona Berger, de cedro e suede. Maria Jovem, a partir de R$ 1.980
14 › Busto Artedeco Goldcheider, de cerâmica, de Rudolf Knörlein. NN Antiques, R$ 4.900 15 › Rodapé autocolante Terra, de EVA. Gemolduras, R$ 15,80 o
metro linear, pintado com tinta Cnário Belga (ref. 22Y 38/423), da Coral, R$ 117,30 o galão de 3,6 L 16 › Escada Inglesa, de jequitibá. Oficina Inglesa, R$ 1.890
17 › Gatos de porcelana japonesa kutani. Country House Antiques, R$ 7 mil cada um 18 › Tapete Aubusson China, de lã. Botteh Handmade Rugs, R$ 3.280 o m²
19 › Tinta Creme de Mamão (ref. 60YR55/271), da Coral, R$ 109,20 o galão de 3,6 L 20 › Prato Bagunça, de porcelana, de Rochelle Costi. Hybrida, R$ 1.800
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J U L I O C O R TÁ Z A R
O talento para combinar o novo e o velho, para misturar o rústico ao
sutil, para incorporar elementos vindos do campo com o toque urbano e
industrial das cidades são marcas do design de interiores tipicamente
argentino. Elementos como o mapa pendurado na parede e uma série de
peças de garimpo remetem às diversas viagens feitas pelo transgressor
Julio Cortázar, que deram origem a muitos de seus contos.
1 › Papel de parede vinílico Exposed Warehouse. Orlean, R$ 1.044 o rolo com 10 x 0,53 m 2 › Tinta Cinza Concreto (ref. 93GY24/024), da Coral, R$ 83 o
galão de 3,6 L 3 › Caixas Ninho M e G, de couro. Luhome, R$ 910 e R$ 1.220, respectivamente 4 › Globo terrestre Antigo, de plástico. Maria Jovem, R$ 350
5 › Pele de carneiro. Star Home, R$ 165 6 › Manta de tricô, de lã. Macadâmia Home, R$ 480 7 › Estante, acervo de Caroline Harari 8 › Adorno de parede
Flutuante, de algodão e tela de cobre, de Juliana Neves Maia. Galeria Nacional, R$ 350 9 › Garrafa Bolle, de vidro soprado, de Tapio Wirkkala para Venini. Poeira,
R$ 10.920 10 › Taça de madeira maciça. Dpot Objeto, R$ 704 11 › Banco de ferro. Amoreira, R$ 600 12 › Luminária de mesa, feita a partir de um manômetro e
foco de luz industrial, de Paulo Ribeiro Pereira. Forja, R$ 1.200 13 › Poltrona Barba Bebê, de lona de caminhão envelhecida, de Marcelo Fonseca. Maria Jovem,
R$ 2.800 14 › Peça de cerâmica usada em redes de alta-tensão e hidrelétricas, da Lapp USA. Artemobilia, R$ 5 mil 15 › Rodapé autocolante Liso, de EVA.
Gemolduras, R$ 23,50 o metro linear, pintado com a tinta Cinza Concreto (ref. 93GY24/024), da Coral, R$ 83 o galão de 3,6 L 16 › Piso Color Urban, de bambu.
Neobambu, R$ 467 o m² 17 › Tinta Vaso de Bronze (ref. 48YY73/573), da Coral, R$ 102,90 o galão de 3,6 L 18 › Ventilador de ferro, da Walita. MariaJovem, R$ 650
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JORGE AMADO
Uma brisa entra pela janela e traz junto o cheiro do mar. O canto de leitura
pautado nas narrativas do escritor brasileiro Jorge Amado evoca a paisagem
de Ilhéus, na Bahia. A poltrona de palha e a simplicidade dos revestimentos
seduzem por serem descomplicadas. Na companhia de um bom livro, o espaço
é uma tela em branco para imaginar histórias envolventes.
Preços pesquisados em março e sujeitos a variação Contatos na página 128
As medidas seguem o padrão L x A x P (largura x altura x profundidade)
1 › Tecido Penca de Banana, de algodão, de Attilio Baschera e Gregorio Kramer. Donatelli, R$ 240 o metro linear 2 › Tinta Folha da Selva
(ref. 70GY 13/324), da Coral, R$ 133,80 o galão de 3,6 L 3 › Luminária pendente Paleae Brasilis, de palha e cobre, de Brunno Jahara. Poeira, R$ 4.900
4 › Ganchos Pregador, de madeira compensada e ímã. Amoreira, R$ 180 o conjunto 5 › Mochila de couro, de Laura Pereira. Galeria Nacional, R$ 745
6 › Colares de miçanga. Depósito Kariri, R$ 336 (laranja), R$ 48 (azul) e R$ 300 (amarelo) 7 › Azulejo de cerâmica pintado à mão, de Kennedy Bahia.
Artemobilia, R$ 150 8 › Pratos de cerâmica. Caroline Harari, R$ 200 (quadrado), R$ 100 (irregular) e R$ 200 (maior) 9 › Jarra de vidro, da Seguso. Dpot
Objeto, R$ 422 10 › Mesa Quariquara, de madeira quariquara e ipê, de Paulo Alves. Paulo Alves, a partir de R$ 4.750 11 › Tecido para almofada Amazônia, de
algodão, linho e viscose. Donatelli, R$ 240 o metro linear 12 › Poltrona de balanço Mbrace Rocking com pés de teca, corpo de fibra sintética e estrutura de
alumínio, de Sebastian Herkner para Dedon. Collectania, R$ 22.741 13 › Rodapé autocolante Lisa, de EVA. Gemolduras, R$ 23,50 o metro linear, pintado com a
tinta Navegantes (ref. 10BB 11/350), da Coral, R$ 117,50 o galão de 3,6 L 14 › Vassoura de piaçava, de Monica Carvalho. Dpot Objeto, R$ 58 15 › Cesto Bogoió,
de palha de carnaúba trançada, feito pela Associação de Mulheres de Várzea Queimada, design de Marcelo Rosenbaum. Dpot Objeto, R$ 1.380 16 › Copo de
cerâmica, de Nicole Toldi. Hybrida, R$ 90 17 › Esteira de carnaúba. Depósito Kariri, R$ 45 18 › Bowl de cerâmica. Caroline Harari, R$ 200
PA L E TA 2
Luxo Moderno
Coral
Bronze Lenda
Coral
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Torre de Areia
Coral
Sambacine/Editora Globo
Beleza de Menina
Coral 4
Neder
UNIR LEVEZA E Suvenir
Coral
PERSONALIDADE É
UMA DAS MARCAS
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DA ARQUITETA QUE
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PROPÕE UMA MISTURA
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COM TOQUE CARIOCA
1 › Luminária de mesa Less T, de cobre, 5,60 x 35 x 8 cm. Lumini, R$ 841,13 2 › Passadeira Kilim Cleo, de lã e algodão,
3,20 x 0,85 m. Phenicia Concept, R$ 3.065 3 › Almofada Tressê Maxi Catavento, de couro e camurça, 50 x 25 cm.
Elisa Atheniense, R$ 558 4 › Revestimentos Decor Liberty Rouge, de cerâmica, 20 x 20 cm, da Florim. Tanto
Revestimentos, R$ 11,53 cada peça 5 › Cadeira francesa de faia acetinada, 63 x 81 x 54 cm. Arnaldo Danemberg
Antiquário, R$ 6.800 6 › Revestimento Ambre, de cerâmica, 20 x 20 cm, da Florim. Tanto Revestimentos,
R$ 214,41 o m² 7 › Parquet Trapézio, de peroba mica, 7 x 14 cm. Parquet Nobre, R$ 318 o m² instalado
8 › Mesas de centro Cella, 99 x 30 x 58 cm, 56 x 42 x 51 cm e 67,50 x 36 x 58,50 cm, de amendoeira maciça e
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As medidas seguem o padrão L x A x P (largura x altura x profundidade)
Preços pesquisados em março e sujeitos a variação
Fotos Sambacine/Editora Globo e Divulgação
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couro natural envelhecido, do estudiobola. LZ Studio, R$ 10.655 o conjunto 9 › Obra Eixo Deslocado, tinta spray em azulejo sobre madeira, 1,30 x
Contatos na página 128
4 x 1,30 cm, edição única. Coletivo MUDA, R$ 20 mil 10 › Revestimento Roche Blanc, de cerâmica, 80 x 80 cm, da Florim. Tanto Revestimentos,
R$ 351,55 o m² 11 › Poltrona Mama Nepal, de metal, couro e fibra acrílica, 92 x 61 x 78 cm, de Paola Navone para a Baxter 12 › Centro de mesa
Continuo, de cristal, 28 x 19,50 cm, de Jacqueline Terpins. Gabinete Duilio Sartori, R$ 1.540 13 e 14 › Revestimentos da linha Vodevil, de cerâmica,
20 x 20 cm, da Colormix. Tanto Revestimentos, R$ 14,19 cada peça 15 › Papel de parede Marchetaria Geométrica. La Estampa, R$ 699 o rolo com
3 x 1,35 m 16 › Escultura de concreto e bronze com banho de ouro, 45 x 10 cm, de Suka Braga. Gabinete Duilio Sartori, R$ 3.860 17 › Almofada Tricot,
50 x 50 cm, travesseiro Tricot, 70 x 50 cm, e duvet de cambraia de linho, tamanho solteiro. Trama Casa, R$ 340, R$ 400 e R$ 1.480, respectivamente
NA CADÊNCIA
D O PA S S O
Apesar de ser um elemento construtivo funcional, a escada pode ganhar
papel decorativo, como revelam os oito projetos a seguir
Texto S T É P H A N I E D U R A N T E e M A R I A N A L O U R E N Ç O
Nelson Kon/Divulgação
Edu Castello/Editora Globo
C A M I N HO DA S PE DR A S DE S A FI A N D O A FÍSIC A
Feita de pedras São Tomé, esta escada de 1,90 m de Para não poluir o visual do living, que tem salas e
largura que leva ao hall de entrada da casa foi a solução cozinha integradas, as sócias do escritório Casa 14
perfeita para driblar os mais de 5 m de desnível do criaram uma escada com visual leve e escultórico.
terreno. Projetada pelo escritório de arquitetura As chapas de ferro dobradas – com 28,50 cm de
Reinach Mendonça, ela conta com balizadores para pisada e 82 cm de largura – parecem estar somente
iluminar o caminho. Durante o dia, a luz natural passa apoiadas. No entanto, elas foram chumbadas no chão e
pela cobertura de vidro com ripas de cumaru. O na parede. Os patamares são independentes e contam
projeto luminotécnico é da Foco Luz & Desenho. com um guarda-corpo central, também de ferro.
S A Í DA DI V E RT I DA À E S QU E R DA
Sonho de qualquer criança, esta escada foi projetada pelo arquiteto Carlos
Verna para uma casa de campo em Gonçalves, no sul de Minas Gerais. Feita de
concreto e revestida de peroba, a estrutura tem 90 cm de largura na parte dos
degraus e 60 cm no escorregador. Ela foi desenhada a partir de uma referência
apresentada pelos moradores, que viram um modelo parecido em um hotel
que se hospedaram. Hoje, ela é um dos pontos mais disputados da casa.
PA R E D E S D E IM PAC TO
Uma boa composição de quadros é capaz de transformar a alma da casa.
Edu Castello/Editora Globo
S OBE , DE S CE E M A IS E NC A I X E I R R E GU L A R
Os arquitetos Paula Zemel e Eduardo Chalabi, do A antiga escada deste apartamento atrapalhava a
escritório Zemel + Chalabi, queriam uma escada configuração dos ambientes. Para melhorar o layout,
leve e transparente, que mostrasse a amplitude o arquiteto André Becker resolveu criar uma nova, feita de
do apartamento logo na entrada. A intenção foi metal com pintura epóxi. Chumbada na parede, ela tem
atingida com este modelo de Limestone Bateig Blue, 1,10 m de largura e apresenta um guarda-corpo de perfil
composto por degraus vazados de 1,20 m de largura. tubular. A partir da dimensão dos degraus, André criou
Repare que um deles é diferente dos demais: o de um painel com relevos que dá sensação de movimento.
mármore Nero Marquina se transforma em uma Os dois elementos se integram, criando uma composição
bancada que ocupa toda a extensão da parede. única que serve de pano de fundo para a sala de jantar.
R E C ORT E
E SPE CI A L
Moldada e construída junto
com a parede, esta escada
de concreto armado ganhou
um revestimento superior
de madeira, fixado sobre
os degraus. Na parede, a
tinta acrílica Stucco, da
Ibratin, simula o visual do
aço corten. Projetada
pelo arquiteto Mario
Aloisio, do escritório Traço
Arquitetura, a estrutura de
1,10 m de largura ganhou
guarda-corpo de vidro para
evidenciar o desenho.
APLICADA
Os quadros, pôsteres e lambe-lambes abrem espaço
para mais um tipo de criação. São obras em grandes
dimensões criadas por artistas com traços próprios,
recurso perfeito para quem busca algo mais autoral
Texto J U LYA N A O L I V E I R A Fotos E D U C A S T E L L O
C A R O L M U R AYA M A
Carol cresceu vendo os familiares, envolvidos com
trabalhos manuais, elaborarem grandes obras. O encanto
por cores e formas a levou para a moda, com a qual
atuou como estilista até receber um convite inusitado:
estampar a área social de um hostel. A artista topou o
desafio e, de quebra, descobriu uma nova profissão – para
sorte dos amigos que emprestavam suas paredes para
que ela pudesse amadurecer seu estilo. Hoje, os desenhos
em preto e branco, feitos com canetas, tintas e pincéis,
são inspirados nos clientes. Prova de que, para um belo
Divulgação
Construções ícones
da cidade de São
Paulo, como o Masp,
estampam a parede
da sala da enfermeira
Marcela Vulcano
Fotos Divulgação
GIULIANO MARTINUZZO
Tudo o que envolve a natureza inspira Giuliano.
O artista plástico mistura as referências
naturais ao caos urbano para criar suas
formas monocromáticas e orgânicas. Em seus
desenhos cheios de linhas, ele busca usar a
criatividade para trazer uma visão não óbvia
da vida. Foi assim desde a primeira parede que
pintou, quando se apaixonou pelo sentimento
libertador de estampar uma grande tela e
imprimir ali a pluralidade de percepções.
Defensor do poder do abstrato, Giuliano explica
sua arte como indefinível e sempre mutável.
A designer
de interiores
Simone Casalecchi CUSCO REBEL
apostou em um
grafite cheio de Desenhar sempre foi a brincadeira favorita
cores e ondas, de Cusco. Mas foi aos 15 anos que a atividade
que traz sensação atingiu uma dimensão ainda maior em sua
de mar. Tapete e
mesa lateral da FJ
vida. Após ganhar o primeiro skate, o artista
Pronto pra Levar! descobriu o lifestyle e a arte de rua cheia de
cores e curvas do esporte. Passou, então, a
ilustrar camisetas, rampas e equipamentos. Daí
para chegar às grandes telas, como fachadas
e paredes, bastou dar tempo ao tempo. Cusco
Contatos na página 128
MULHERES BARBADAS
Dois publicitários e um amor em comum: o traço. Henrique Lima
e Julio Zukerman se conheceram na agência em que trabalhavam.
Quando surgia um tempinho livre, eles desenhavam. Logo veio a ideia
de disponibilizar as obras on-line. Nascia então o Mulheres Barbadas.
Atento aos detalhes, Julio é capaz de passar horas e horas desenhando
os pelos de um animal. A dedicação move Henrique, que é definido
pelo sócio como o cara que faz as ideias evoluírem. A amizade entre
o dois garante que o trabalho com canetões, tinta acrílica, pincéis
e nanquim seja tão divertido quanto deve ser. E não existe bloqueio
Divulgação
NOVOS
OLHARES
Revestimentos, metais e louças se renovam nesta
temporada, após a 15ª edição da Expo Revestir.
2
Elegemos uma seleção em diferentes estilos
L
3
Texto C A R O L S C O L F O R O Fotos I A R A V E N A N Z I Produção B R U N A P E R E I R A
10
7
8
9
1 › Chuveiro 3D, de poliamida e fibra com
acabamento Platinum, 34 x 24 x 21 cm.
Produto-conceito da Deca 2 › Revestimento
Universia, de cerâmica, 32 x 59 cm. Roca,
R$ 155,47 o m² 3 › Porcelanato extrafino,
1,20 x 0,30 m, da linha Le Corbusier.
Portobello, R$ 899,90 o m² 4 › Porcelanato
Matelassê Black, 1,06 x 0,53 m. Biancogres,
R$ 69,90 o m² 5 › Porcelanato Boston
Origami, com impressão Full HD,
45 x 90 cm. ViaRosa, R$ 82,22 o m²
6 › Revestimento Malla Sweet Gold, de aço
escovado, 30,50 x 29,50 cm, da coleção
Urban Street. Roca, R$ 172,15 a unidade
7 › Porcelanato Concreto Supremo,
1,04 x 0,52 m. Porto Ferreira, R$ 79,90 o m²
8 › Cobogó Finestre, de concreto Covertec,
50 x 50 cm. Palazzo, R$ 800 o m²
9 › Revestimento de parede Frame, de
cerâmica, 30 x 90,20 cm. Incepa,
R$ 93,41 a unidade
ESTILO › REVESTIMENTOS
7
Preços pesquisados em março e sujeitos a variação
8
Contatos na página 128
ESTILO › LIFE BY LUFE
G U S T AV O E A R L E T E
Sabe aquelas casas que estão completamente integradas à cidade, à cultura local
e às histórias de vida do lugar? Pois foi exatamente essa sensação que vivenciei
ao visitar o arquiteto Gustavo Dias e sua esposa, Arlete, em Tiradentes, MG.
Cada janela e porta com grandes dimensões, cada madeira utilizada ou árvore
plantada vem com a alegria de quem constrói aos poucos e com sabedoria.
De frente para a mais bela atração turística da região, a Serra de São José,
cercada de natureza por todos os lados, a construção ressalta a leveza de quem
sabiamente trocou a grande cidade pela vida tranquila do interior.
Por L U F E G O M E S
lifebylufe.com é um projeto fotográfico de Lufe Gomes, que retrata a casa como uma exteriorização do ser que a habita. youtube.com/lifebylufe
REALIZAÇÃO:
Ninho
CASAS E HISTÓRIAS INSPIRADORAS PARA CONSTRUIR UM VERDADEIRO LAR
88
PELO MUNDO
A busca pela qualidade
de vida inspirou a
designer de interiores
Hanne Poli a se
mudar para a Itália
NINHO › DECORAÇÃO
LIVING O lounge, à
frente, tem divã da Futon
Company, com almofadas
da Codex Home, mesa
de centro recortada
da Prototype e tapete
de seda da By Kamy.
Porcelanato da Decortiles.
O armário espelhado foi
executado pela marcenaria
Lindhomov, como o
extenso móvel azul-
turquesa, à esq.. Sobre a
parede de tijolinhos de
barro, fotografia de João
Castilho, na Zipper Galeria.
As cortinas de linho foram
feitas pela Lana Decor, e a
iluminação é da Vertz
INDUSTRIAL COM DRAMA
No bairro paulistano de Higienópolis, o apê da atriz Mariana Santos,
com 180 m2, tem aspecto de fábrica, estratégicas peças azuis-turquesa
e iluminação cênica. Projeto do escritório Round Square
Texto R O B E R TO A B OL A F I O J U NI OR Fotos D E NILSON M AC HADO/M C A E STÚ DIO/D IV ULGAÇ ÃO Retrato MARCO ANTONI O/EDI TORA G LOBO
C
om base neutra, mas nada conven-
cional, o apartamento da atriz ca-
rioca Mariana Santos, de 40 anos,
teve um retrofit e a ambientação
projetados pelos arquitetos do
escritório Round Square a partir
de poucas palavras-chave: estilo industrial e azul-
turquesa. Fabio Mingoti e Ricardo Cipolla soltaram
a criatividade no apê de 180 m², com três quartos,
que estava bem desgastado, em um edifício dos anos
1960, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. “Fi-
cou com ar de loft nova-iorquino, e a gente ama Nova
York”, lembra a moradora. Ela vive ali com o marido,
o produtor teatral Rodrigo Velloni, e o enteado.
Integrados, os ambientes do setor social somam
cerca de 90 m². Por toda parte, o teto recebeu ci-
mento polimérico para ficar com aspecto de laje
de concreto. A tubulação do ar-condicionado e
uma eletrocalha multifuncional, ambas aparentes,
atravessam o living, juntando-se aos holofotes e
pendentes da iluminação, que criam ar dramático.
“Gosto deles porque a gente pode ter diferentes cli-
mas de luz”, lembra Mariana.
“Os materiais apresentam efeito high-low, ad-
vindo, por exemplo, da união entre os tijolinhos de
barro empregados em parte das paredes e o Corian
usado na bancada da cozinha, que se desdobra na
mesa de jantar”, comenta Fabio. Detalhe: há a opção
de a cozinha ficar aberta ou não, com o acionamento
de uma porta de enrolar. E como restou pouco es-
paço de armazenamento, foi criado, no lounge, um
SALA DE TV Sobre armário revestido de espelhos.
a parede de tijolinhos,
O tal lounge surgiu a partir de um remanejo na
a foto de Guilherme
Licurgo destaca-se planta. “Demoliu-se o volume da área de serviço no
ao lado da mesa da fundo do apê, com quarto e banheiro para empre-
Prototype. Junto
gada, além da lavanderia (transferida para o lado
ao painel ripado de
nogueira-americana, oposto), e o espaço foi integrado ao living”, conta
onde fica a TV, há um Ricardo. Hoje, ali, chamam atenção o divã turque-
móvel com espelho sado, com futons, e um móvel baixo na mesma cor.
bronze desenhado
pelos arquitetos
Também há diversos móveis de conceito industrial,
que pontuam desde a área social até os dormitórios.
“Além do nosso quarto, onde a cama é incrível,
uma das coisas de que mais gosto é o sofá da sala de
TV”, conta Mariana Santos. Ela refere-se ao amplo
e confortável estofado com chaises, assinado pelos
arquitetos, assim como o painel ripado de nogueira-
americana onde a tela é fixada. CJ
LAVABO O espaço
transformou-se em uma caixa
de nogueira-americana, onde
destaca-se a bancada com pia
esculpida, de pedra Vulcano Black da
Villa della Pietra. O vaso e a torneira
são da Deca, e o néon da 3D Neon
QUARTO DO JOVEM
Da Lindhomov, como a marcenaria
restante, a cama dispensa cabeceira.
Acima dela, há uma obra de Zezão,
na Zipper Galeria. A mesa lateral,
à esq., veio da Marché Art de Vie.
Almofadas da Codex Home e
persiana da Amorim
V I VA O
NEUTRO
A inspiração escandinava
e industrial tornou
os ambientes do apê
paulistano de 65 m2
sóbrios e atuais. Nada
de muita cor ou excessos:
a neutralidade impera.
Projeto do escritório
Casa 100 Arquitetura
Texto R O B E R T O A B O L A F I O J U N I O R
Produção N U R I A U L I A N A / D I V U L G A Ç Ã O
Fotos G U I M O R E L L I / D I V U L G A Ç Ã O
“N
ão gosto de casa cheia de móveis e muito colorida”, afir-
ma a médica paulistana Caroline Itamoto, de 34 anos.
“Sou meio minimalista.” Proprietária de um aparta-
mento de 65 m², com extenso terraço, localizado na Vila
Mariana, em São Paulo, ela muniu-se de referências co-
lhidas em revistas para tratar da reforma e da decoração
do imóvel com os arquitetos do escritório Casa 100 Arquitetura. Havia vá-
rias escandinavas, mas também de estilo industrial. “Procuramos criar um
projeto leve”, diz o arquiteto José Guilherme Carceles, sócio de Diogo Luz.
Em nome da uniformidade de materiais, o piso de todo o apê é de por-
celanato que imita madeira clara. “Preferi piso frio porque é mais fácil de
limpar”, explica a dona. Optou-se também por carvalho americano para
compor grande parte da marcenaria. Já o teto exibe a laje de concreto
aparente, com tubulações elétricas à vista, e as paredes são brancas.
Quem entra no apartamento dá na cozinha, marcada por uma bancada
de Neolith, espécie de pedra industrializada, na cor cinza, que serve de
canto de refeições. “Ela acopla um painel de madeira onde foi instalada a
TV, voltada para a sala de estar”, explica José Guilherme. Acima da banca-
da, há prateleiras com estruturas de cobre presas ao teto.
“O projeto original era derrubar todas as paredes, deixando os ambien-
tes comunicarem-se entre si, mas preferi resguardar a área íntima”, conta
Caroline. Na sala de estar, há uma divisória de carvalho americano, com
porta que leva ao closet. O espaço também ganhou, na outra extremidade,
um grande painel de vidro pontilhado, criando efeito de certa transparên-
cia. “Os armários são fechados para manter um visual arrumado, já que
ali também é a passagem para o lavabo”, lembra o arquiteto. O pequeno
banheiro, em uma das mudanças na planta, cedeu a janela para o da suíte,
com paredes revestidas de cerâmica branca, que ficou com o boxe maior.
“O dormitório, atrás dos armários, tem o mesmo visual do resto do
apê”, aponta Caroline. Um painel de madeira fica na parede atrás da cama,
e acima há prateleiras estruturadas em cobre, como as da cozinha. O pro-
jeto luminotécnico, desenvolvido pelo escritório, utiliza uma eletrocalha
no teto do quarto – mesmo recurso empregado no closet. “Ficou tudo com
a minha cara e, com o passar do tempo, vai ficar ainda mais”, garante a
proprietária, há apenas cinco meses no imóvel. CJ
M A IS V I DA
Uma arquitetura que trouxe emoções novas, uma decoração que
adiciona ousadias em cores e móveis de design. Este apartamento
assinado pelo PKB Arquitetura sai do comum, com valiosas ideias
Texto C A R O L S C O L F O R O Fotos D E N I L S O N M A C H A D O /M C A E S T Ú D I O / D I V U L G A Ç Ã O Retrato S A M B A C I N E
G
abriel corre, às gargalhadas, em círculos ro se revelava outro presente, e em três meses o lar estava
da cozinha para a sala, e atrás vem Sushi, pronto. Com a integração do living, o arquiteto criou um vo-
um serelepe cúmplice canino de bagun- lume revestido de laca preta que camufla uma porta, a adega
ças. É assim que começam e terminam e um louceiro acima da mesa. Personalidade não falta. Tons
os dias neste apartamento em Icaraí, sóbrios recebem pitadas de ousadia em objetos ou móveis de
Niterói, no Rio de Janeiro: cheios de vida. mestres do design, marca forte do trabalho de Pedro. “Assim
A arquitetura injetou emoção e cenas divertidas ao que era o projeto se torna mais duradouro, e bastam poucas adições
um lugar compartimentado e sem luz antes da reforma. para se transformar sempre.”
Quando encontrou o imóvel de 165 m², o arquiteto Pedro Das viagens ele traz na bagagem paletas de cores e ideias
Kastrup Buzanovsky, do escritório PKB Arquitetura, estava novas, como a de colocar ladrilho hidráulico na parede da
em busca de mais espaço para a família que cresce – ele, a sala, misturado ao painel de freijó. “A sensação é de estar em
esposa, a advogada Maria Fernanda, e o primogênito Gabriel um lugar tranquilo, mas conectado à cidade pelo design.”
estão à espera de outro menino, que deve nascer em agosto – A luminosidade é um ponto alto, conta Maria Fernanda.
e teve uma curiosa surpresa na escritura. “Descobrimos que “É muito gostoso entrar em um ambiente cheio de luz. Os
era da avó de uma amiga. Estava original, como comprado em materiais claros e as grandes janelas proporcionam isso. Amo
1970 por ela”, ri o bem-humorado Pedro. sentar nesse sofá e ver que em cada canto tem algo que fomos
Começou bem. A vista parcial para o mar e o Rio de Janei- adquirindo. É como relembrar a história da nossa família.” CJ
QUARTO DE CASAL
A parede traz a
mesma mistura e
linguagem que a sala,
com fotografias de
Catherine McDonald,
à venda na Coisas do
Zé, de onde são a roupa
de cama e as mesas
laterais. Sobre uma
delas, luminária Jielde,
trazida da França
SUÍTE A parede revestida de azulejos Sixties da Decortiles
tem à frente armários de freijó e bancada de supernanoglass.
Sobre ela, vasos de Heloisa Galvão, na Coisas do Zé
APENAS O
ESSENCIAL
A qualidade de vida dos italianos inspirou a designer
de interiores norueguesa Hanne Poli a mudar de vida
Texto e produção F R A N C E S C A D AV O L I Tradução A N D R E A V I D A L
Edição M A R I A B E AT R I Z G O N Ç A LV E S Fotos FA B R I Z I O C I C C O N I / L I V I N G I N S I D E
O
lhar a paisagem de todos os ângulos. blocos. No eixo de entrada, voltado para a fachada frontal,
Essa era a prioridade no projeto des- estão o hall social e o de serviço, a cozinha, a lavanderia e as
ta casa em condomínio na cidade de despensas. “Dá para chegar direto na área de lazer, separada
Franca, interior de São Paulo. Por isso, do hall social por porta pivotante de alumínio composto”, diz
a construção plana de 516 m² ocupa a Filipi. Nas laterais do módulo de concreto, os arquitetos co-
parte alta do terreno de 2 mil m², com- locaram portas de correr de aço corten, que, para deixar os
posto por dois lotes, ligeiramente em declive para a esquerda. vãos totalmente abertos, se recolhem dentro de paredes, com
Antes de erguê-la, foi necessário preencher a área inclinada efeito sanduíche, compostas internamente por painel de ges-
com terra, criando o desnível de 90 cm na divisa dos lotes. Isso so. Na fachada voltada para a floresta, há uma porta com aber-
possibilitou a instalação da piscina com raia oficial e borda infi- tura tipo camarão de muxarabi de cedro, igual às dos quartos.
nita e, ainda, o deque e a cozinha gourmet, que parecem flutuar Para proteger as portas de madeira, a laje da cobertura avan-
no jardim. No lote baixo foi plantada uma floresta para a qual ça em balanço 2,80 m na fachada do volume dos quartos, voltada
se abrem todos os ambientes da casa. “Essa conexão do inte- para o nascer do sol, ao leste. “O largo beiral transforma-se em
rior com o exterior foi o principal pedido do casal de morado- extensa varanda com acesso à piscina”, explica Filipi. No lado
res, com dois filhos”, conta o arquiteto Filipi Oliveira, um dos oposto, fica o corredor dos quartos, que é separado por painéis
autores do projeto e um dos sócios do escritório mf+arquitetos. de vidro do recuo ao muro do vizinho. Nessa área foi criado um
O estilo de vida naturalista da família, que gosta de es- jardim que se estende na lateral do living, protegido por brise de
tar cercada pelo verde, também influenciou na volumetria madeira e por vidro. “Para ter ventilação cruzada nas salas, basta
da construção destacada por diferentes materiais naturais. abrir os painéis de vidro nas duas fachadas”, diz o arquiteto. Ou-
A madeira define o bloco dos quartos; e o concreto aparen- tro desejo dos moradores foi o acesso à cobertura. “Instalamos
te, a área de lazer. Fechado por painéis deslizantes de vidro, a escada no hall de entrada. Lá em cima colocamos deque para a
o living, com as salas de estar e de jantar, fica entre esses dois prática de ioga com outras vistas do condomínio.” CJ
EX PR ES S AM A
Esquadrias 2 Irmãos dos dois
lados, as salas ficam totalmente
integradas aos espaços externos.
Ao fundo, o muro do jardim
é de pedra madeira da Pedras
INF LUÊNCIA DO
Mundial. Mesa de centro e
poltrona da Casa de Cora.
MODE RNISMO
Sofá da Micasa. Mesa e cadeiras
de Jader Almeida para Sollos.
BRA SIL EIRO ; NÃO
APENA S DETERMINAM
Pendentes da Iluminadas
O ACABAMENT O
INTEGRAÇÃO O painel
de madeira ripada reveste a
parede e define o módulo das
quatro suítes com o corredor COMO TA MBÉM O
envidraçado para o jardim no
recuo lateral. O beiral e o brise
de madeira protegem as salas,
US O DOS ESPAÇOS .”
que também são fechadas FILIPI
por painéis deslizantes de
vidro. Assoalho de cumaru
da Indusparquet, da Marcello
Revestimentos. Em cima do rack
desenhado pelos arquitetos, tela
da artista Deise Pucci
NINHO › ARQUITETURA
ÁREA DE LAZER A piscina com borda infinita é revestida dentro e fora de pedra hijau da
Palimanan, na Ponto Bello Acabamentos. Todos os quartos têm portas tipo camarão de madeira que
se abrem para a extensa varanda criada pelo largo beiral, formado por laje em balanço de 2,80 m
FACHADA LATERAL O deque de madeira e o bloco de concreto parecem flutuar no jardim devido
à laje do piso em balanço, que evidencia o desnível de 90 cm entre os dois lotes no terreno
1
2
8 9 10 11
4 7 12
3 5 6 6 5 5 6
13
14
5 5 5 5
18
15 16 17
Contatos na página 128
Deleite
O PRAZER DE FICAR EM CASA, RECEBER OS AMIGOS E CUIDAR DA NATUREZA
116
JARDINAGEM
Desvendamos o mundo das
PANC, Plantas Alimentícias
Não Convencionais
D E L E I T E › PA I S A G I S M O
IMPULSO VERDE
A paisagista Catê Poli fez valer a máxima do “menos é mais”
e idealizou um projeto usando poucas espécies de meia-sombra
Texto S T É P H A N I E D U R A N T E Fotos E D U C A S T E L L O
faz com que a área não receba muito sol, e vasos meia-lua presos a uma tela metálica,
QUINTAL O jardim vertical
era preciso deixar espaço para que os três ele cria um belo pano de fundo para quem se estende por quase todo o
filhos pequenos do casal pudessem brincar está na sala de estar. A piscina, projetada muro. Ao lado, porcelanato
da linha Concretíssyma,
à vontade. A solução foi investir em espécies pela arquiteta Monica Drucker, que também
da Portobello, e
de meia-sombra – como ciclantos, asplênios assina o projeto da casa, completa o visual e, espreguiçadeiras da Tidelli
e guaimbês – e concentrá-las nos limites do graças às suas pastilhas verdes, parece se ca-
terreno, deixando a circulação livre. muflar na paisagem.
Como a grama não vingava por causa da Dois pinheiros já existentes serviram de
Contatos na página 128
sombra, Catê ampliou o desenho do deque base para a construção de uma casinha de
usando madeira plástica, um material re- madeira, executada pelo proprietário como
ciclado que imita a aparência e a textura da presente para seus filhos. Com direito a es-
madeira natural, mas que dispensa manu- corregador, ela faz a alegria da criançada. CJ
O FUTURO PERTENCE ÀS
V
Texto S T É P H A N I E D U R A N T E Fotos E V E LY N M Ü L L E R
ocê já ouviu falar de feijão-bor- Ralston, que utiliza mais de 350 variedades em seu res-
boleta, erva-jabuti ou beldroega? taurante premiado com uma estrela Michelin, o Tuju.
Consideradas “daninhas” em “Sabendo que determinada planta é comestível, você não
diversas regiões do país, essas a verá mais como mato. A verdade é que tudo foi PANC
espécies fazem parte de uma se- um dia. A alface, por exemplo, era conhecida como planta
leção ainda pouco difundida, mas medicinal. Só depois de muitos anos que passaram a utili-
com um enorme potencial nutritivo: as PANC. O ter- zá-la na salada, como espécie comestível”, afirma Valdely.
mo criado pelo biólogo Valdely Kinupp diz respeito às Outro ponto a favor é que, por serem locais, elas são
plantas comestíveis que surgem de forma espontânea mais resistentes, dispensando assim o uso de agrotó-
em quintais, terrenos baldios e canteiros, mas que não xicos. “Mas a poluição é muito prejudicial, então não
são consumidas por falta de costume ou de conheci- consuma plantas que estão em canteiros de ruas muito
mento. “Estima-se que existam 10 mil espécies com po- movimentadas. Nesses casos, corte um ramo com flor e
tencial alimentício no país, mas, ao analisarmos nosso deixe na água até que ela solte sementes. Daí é só plantar
cardápio, praticamente tudo o que comemos é exótico. em um vaso ou no quintal”, ensina a herborista Sabrina
Tomate, alface e pimentão são muito explorados, mas Jeha, que comanda com a irmã, Silvia, o viveiro Sabor de
nenhum deles é daqui. Ao valorizar espécies nativas, nós Fazenda. O espaço oferece cursos sobre o tema. “Apren-
podemos causar uma revolução gastronômica”, conta der a reconhecer e saber como consumir é fundamental.
Valdely, coautor do livro Plantas Alimentícias Não Con- Na dúvida, não coma”, explica ela. “Da próxima vez que
vencionais (PANC) no Brasil (Editora Plantarum, 2014). você for à feira, compre ou encomende uma PANC. Com
Mesmo que ainda pareçam estranhas para grande isso, você aumenta a renda do agricultor familiar e ainda
parte da população, as PANC já caíram nas graças de amplia seu repertório alimentar. É um convite para no-
chefs consagrados, como Alex Atala, Helena Rizzo e Ivan vas sensações”, completa Sabrina. CJ
ORA-PRO-NÓBIS
Pereskia aculeata
Muito comum nos
quintais mineiros, a
espécie é rica em
proteína vegetal
(25%). Suas folhas,
flores e frutos podem
ser consumidos crus
ou cozidos
PEIXINHO
Stachys byzantina
Quando empanadas e
fritas, suas folhas ficam
crocantes e lembram o
gosto de peixe, por isso
ganhou esse nome popular
DENTE-DE-LEÃO
Taraxacum officinale
De fácil propagação, AMOR-PERFEITO
surge em solos agrícolas Viola x wittrockiana
e terrenos baldios. Muito comum em
Quando jovens, suas canteiros pelo Brasil
folhas podem ser todo, é possível comer
consumidas cruas, cozidas, tanto as folhas quanto as
salteadas ou empanadas. flores desta espécie. Ela
É uma ótima fonte de pode ser utilizada – crua
cálcio e vitamina C ou cozida – em saladas,
sopas, bebidas e geleias
MAJOR-GOMES
Talinum paniculatum
Nativa em quase todo
o território brasileiro, é
considerada planta “daninha”.
ERVA-JABUTI
Suas folhas são consumidas
Peperomia pellucida
cruas ou cozidas, e as
Surge espontaneamente em
sementes podem ser usadas
áreas úmidas de meia-sombra,
em pães ou para empanar.
como pomares e estufas. Pode
Apresenta alto teor de
ser consumida crua, cozida ou
cálcio e potássio
como chá. É uma boa fonte de
ferro e indicada para o controle
de colesterol e hipertensão
BELDROEGA
Portulaca oleracea “A IDEIA NÃO É SU B STITU IR OU DEIXAR DE
Considerada planta
“daninha” em hortas, C O MER A S HORTALIÇA S CON VE NCI ONAIS , MA S
pomares e jardins, é
rica em ômega 3 e tem
SI M VALORIZA R O QU E É LOCAL E AMPLIAR
alto poder antioxidante. A VA RIEDA DE DO NOS S O CARDÁPIO.”
Pode ser consumida
crua ou cozida VALDELY KINUPP
CAPUCHINHA
Tropaeolum majus
Esta espécie
é totalmente
comestível: suas
flores, folhas,
sementes e
ramos podem
ser consumidos
crus ou cozidos e
apresentam sabor
Fotos realizadas no viveiro Sabor de Fazenda Contato na página 128
similar à rúcula e ao
agrião. Além disso,
tem potencial
antioxidante e anti-
inflamatório
AZEDINHA
Rumex acetosa
Como o nome indica, tem
sabor bem característico.
Pode ser consumida crua, em
saladas ou sucos; ou refogada,
em molhos e omeletes
CHARME
EUROPEU
Maria Fernanda Paes de Barros,
idealizadora da Yankatu, desenhou
o banco Mercato, 2 x 1,80 x
0,46 m, inspirado nas feiras livres
da Itália. De sucupira-amarela,
possui um varal para recordações
e uma luminária. Na Acierno, por
R$ 4.600. acierno.com.br
RECORTE
E COSTURA
A coleção Shark, da Codex D E S I G N EM CO N CRET O
Home, foi toda pensada para a O Estúdio Plume é formado pelas amigas e arquitetas
área externa. Feitas de neoprene, Camilla Botoni e Luciana Yokota. As sócias projetam
as almofadas Tresse, 50 x 50 cm, e produzem manualmente peças de concreto como os
estão disponíveis nas cores preta, hangers ICO AR, 7,50 x 6 x 7,50 cm, e DODI AR, 10 x 6 x
cinza, turquesa e bege por R$ 925 10 cm. À venda por R$ 75 cada um. @estudioplume
cada uma. codexhome.com.br
DOIS EM UM O L H E PA R A
As medidas seguem o padrão L x A x P (largura x altura x profundidade).
Espironema
DELICADA E ORNAMENTAL,
ESTA SUCULENTA
É ÓTIMA PARA O CULTIVO
COMO BORDADURA
OU FORRAÇÃO
“E L A E N CANTA POR DIFERE: Ótima para lugares quentes, ela não tolera frio
SUA S FO L H A S RÚSTICA S intenso ou geadas. A espécie é ideal para o uso como
forração ou bordadura, podendo ser plantada em vasos,
E FLO R E S MIÚDA S , QU E canteiros e jardineiras. Bastante resistente, ela pede pouca
SURG E M DIVE R S A S VEZES manutenção e não exige podas. Mas tome cuidado ao
manuseá-la: sua seiva pode causar alergias.
AO AN O. E O MELHOR:
EXIGE: Deve ser cultivada sob sol pleno. Aprecia solo
É FÁC IL DE C ULTIVA R.” ligeiramente úmido, mas nunca encharcado.
D R I C A D I O G O , PA I S A G I S T A
Ponto
Damasco Jacquards
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Veludos (importado) Chenilles
Vila Madalena: Rua Delfina, 277 : Tel.: (11) 3814-9958 Cortinas, Capas e Estofados
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Estacionamento nas duas lojas. meramente ilustrativas. facebook: Adonatelli.com.br
DELEITE › NO JARDIM DE ANANDA APPLE
A P R E S E N T A
E
u confesso: desde menina, adorava juntar coisas e
guardar de recordação. Figurinha de passar que vinha
no chiclete, vidro de perfume vazio, etiqueta de pa-
cote. Guardava os bilhetes que os colegas passavam
por debaixo da mesa. Nas páginas do diário escrito à mão, re-
lia cartinhas de namorados. Minha mãe tirava onda: “Você só
fica com o menino até garantir uma carta para o seu museu...”.
Quase um exagero dela! Mais tarde, foram os ingressos de
shows históricos , de Paul McCartney e Sting para cima!
Talvez fosse a vocação documental de jornalista. Ou uma ne-
cessidade tátil de segurar a história nas mãos. Mas com o tempo
tudo isso começou a ocupar espaço demais. Também entendi
que, para as minhas filhas internéticas, aquilo nunca seria som-
bra do que foi para mim. Por isso, nos últimos anos, tento man-
ter só o que faz sentido no momento que estou vivendo. Quero
acumular cada vez menos e ficar só com o que importa.
Ao escrever sobre esta nova etapa, percebo que tenho
feito o mesmo com minhas plantas. Doei as que precisam
de mais espaço para serem felizes. Quero que a rara cabelu-
dinha brasileira que plantei frutifique no quintal do meu ami-
go em vez de permanecer meia boca por aqui por falta de sol
suficiente. Troquei o festival de espécies com necessidades
diferentes por grupos de plantas semelhantes e duradouras.
A manutenção fica mais simples. E estanca o compra-compra
permanente. Isso eu reservo para as plantas baratinhas, co-
loridas e portáteis, como kalanchoes e crisântemos, ótimos
curingas para todos os cantinhos. E, mesmo estas, com uma
boa poda, sabem rebrotar com seus novos donos.
IMPORTA
ja-flores. Se cresce muito, divido. Se fica feio, passo máqui-
na zero e rebrota. Das bromélias surgem as filhas laterais que
criam volume ou são redistribuídas. E o ciclo recomeça. As or-
quídeas voltam a florescer todos os anos, cada vez com mais
Retrato Lufe Gomes/Editora Globo Ilustração Patrícia Sodré/Editora Globo
hastes. São plantas com história. Sei quem deu, onde comprei,
como eram antes de se adaptar. Delas tiro mudas que espa-
lho nas árvores da calçada para que mais gente veja como são
lindas. Volta e meia corto uma haste em flor para alguém que
precisa de um carinho. Ou tiro da varanda um vaso em flora-
ção para iluminar o melhor lugar da sala. É o meu bosque pe-
rene e generoso. Talvez ele seja meu protesto secreto contra
o descartável. Ou meu respeito com o que sabe se reinventar.
É O
M A IOR
GRU DE!
Prática e versátil, a washi
tape é a melhor amiga de
quem ama um capricho
ENFEITES DIY Estrelas de palitos com pontas coloridas podem virar móbile
ou penduricalhos para animar aquele canto esquecido. Fitas adesivas da Veio na
Mala e minigaveteiro da Ideia Única
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E N T R E V I S TA
MINIMALISMO
DESCOL ADO
A holandesa Inge van Cleef
não tem tempo a perder. Mãe
de Jace, de apenas 2 anos, a
blogueira dedica o pouco espaço
livre de sua agenda a uma paixão
recém-descoberta: a decoração.
Em sua página, ela escreve sobre
objetos de design que encontra
e compartilha as mudanças que
faz em sua casa. A inspiração
vem do minimalismo e das
#OLHOMÁG I CO C J
Profissionais entregam seu olhar para
o Instagram de Casa e Jardim
COZINHA DE NOVEL A
LU Z , A Ç Ã O !
Graças à reforma
orquestada pelo
escritório Beta
DIA 6 DIA 13 Arquitetura, o
DOOB ARQUITETURA JULLIANA CAMARGO apartamento de
@doob.arquitetura @jullianacamargo
90 m² da atriz Paloma
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
Bernardi, no Rio
de Janeiro, perdeu
algumas paredes
e ganhou muita
iluminação natural em
toda a área social. Na
DIA 20 DIA 2 7
STUDIO GPPA MARÍLIA VEIGA cozinha, os armários
@studiogppa @mariliaveigainteriores coloridos dão um ar
jovem ao projeto.
ONDE ESTAMOS
D E L E I T E › S E N T I D O S D O H A B I TA R
H
á muito temos problematizado a questão do
excesso como uma característica da socieda-
de contemporânea. Excesso de possibilida-
des de produtos tão prosaicos quanto xampus,
sabonetes e sucos; excesso de cursos a escolher para
ingressar na universidade (a última informação que tive
apontava mais de 450 cursos de graduação possíveis);
excesso de trabalho burocrático decorrente dos aperfei-
çoados mecanismos de controle... Diante do excesso, um
caminho factível e bastante humano é a estagnação em de-
corrência da fadiga, mas também podemos tentar escolher o
que é melhor ou mais razoável, impondo assim a necessidade
da elaboração de critérios próprios ou da busca de curado-
rias: uma pessoa ou instituição em que confiamos, que faz as
escolhas, e nós aderimos pelo endosso que possuem.
O tema também nos faz lembrar da concorrência pela
atenção. Produtores de conteúdos de todo tipo concor-
rem pela nossa atenção nas ruas, em nossas casas, em
todas as mídias e em pontos de contatos presenciais e di-
gitais construídos especialmente com o objetivo de nos
“atingir”. Tirando o belicismo de lado, poderíamos falar
em “chamar nossa atenção”, “nos tocar”, “nos sensibilizar”.
Mas, diante do excesso, as chances de que sejamos “toca-
dos” de fato são muito reduzidas.
Algo nos chama a atenção apenas, e tão somente se, ao
penetrar nossos sentidos, reconhecemos seu valor. Reco-
nhecimento pela sensibilidade (visão, olfato, paladar, tato,
audição e suas misturas) ou pela cognição (compreensão,
raciocínio, entendimento). E se esse valor for positivo, rele-
vante e fizer sentido para nós, aí sim, seremos tocados.
Apenas nessas condições é que teremos a possibilidade
SIGNIFICA
portamentos. Só guardamos o que é importante para nós e
descartamos o que não nos serve por pragmatismo ou mes-
Retrato Jennifer Koo/Divulgação Ilustração Fabio Issao/Editora Globo
132
PERFUMISTAS
Eles têm o faro apurado
e desenvolvem produtos
aromáticos para a casa
G U I A S Ã O PA U L O › P E R F U M I S TA S
SENTIDO AGUÇADO
Pense na casa como um grande laboratório de cheiros. Além dos casuais,
que remetem aos diferentes momentos do dia, há aqueles que falam sobre
a personalidade do morador. Nesse quesito entram eles, pessoas que
resolveram estudar as essências e trazer novas propostas para velhos
conhecidos nossos: velas, aromatizadores de ambiente e incensos
Texto S T É P H A N I E D U R A N T E com J U L I A G I A N E S I
J
Produção C R I S G U I M A R Ã E S Fotos A L E X A N D R E D I S A R O
á que a vida nas grandes cidades tem em perfumes e criador do site 1nariz.com.br.
exigido mais energia no dia a dia, a Os óleos essenciais podem ser grandes aliados
procura por um espaço aconchegan- nesse sentido, especialmente se usados puros em
te tem se tornado cada vez mais ne- aromatizadores. “A lavanda é ótima para quar-
cessária. Isso acaba se refletindo na tos, por exemplo, por provocar relaxamento. Já
decoração, e um dos elementos que a laranja doce é uma boa opção para estimular o
mais ajudam nesse sentido são as fragrâncias. apetite e a interação entre as pessoas. Borrife-a
Para a arquiteta Samia Sarayedine Testa, a 15 minutos antes das refeições”, explica a aro-
casa deve despertar sensações e emoções nos matóloga Mayra Castro. Outro aroma bastante
moradores e nos visitantes. “Quando você entra procurado é o do alecrim, que ajuda na concen-
em um ambiente com um aroma característico, tração. Para momentos de introspecção, opte
consegue identificar a energia e a personalidade pelo olíbano, o incenso clássico da Igreja Católi-
do morador”, explica. ca, cuja fragrância é ligada à espiritualidade.
Outro papel importante da fragrância é o de Na maioria das vezes, não há restrição de
reforçar alguns rituais da nossa rotina, como se horário para usufruir dos cheiros, mas seu uso
preparar para dormir ou relaxar depois de um constante, por muitas horas, não é indicado, pois
dia de trabalho. “Escolher uma fragrância é mais o olfato acaba se acostumando. “É importante
uma etapa para ajudar a entrar no clima. Incons- que haja um intervalo para sentir um pouco de
cientemente nós buscamos cerimônias e uma ar puro”, afirma Mayra. A seguir, você confere
certa repetição, mais ou menos no mesmo com- quatro marcas que investem na fabricação de
passo, para criar nossos próprios ritmos e hábi- produtos feitos à mão, com ingredientes natu-
tos em casa”, comenta Dênis Pagani, especialista rais em belas embalagens. CJ
PAV I O D E V E L A
Tudo começou como um hobby da hoteleira Priscilla von Haehling. Depois de receber elogios
dos amigos, ela resolveu investir no negócio e criou a Pavio de Vela há cerca de seis meses.
Junto com o marido, Fernando Ramondini, ela produz velas na cozinha de casa, prezando pelo
trabalho manual e pelo conceito de hand-pouring (derramar à mão, em tradução livre), em
que a cera líquida é derramada nos potes, um a um. Sempre remetendo aos cheiros presentes
na natureza, todos os aromas são desenvolvidos exclusivamente para a marca. Além disso, a
sustentabilidade é um valor importante para o casal, que utiliza cera de soja e essência de óleo
natural em seus produtos. A vela Bamboo, 7,50 x 6 cm, custa R$ 39,80. paviodevela.com.br
N UA N C E S D E R O S A
Foto e texto J U L I A R O D R I G U E S
Em 2013, fiz uma viagem de carro com a minha avó por Portugal para conhecer nossas origens.
Um dos lugares mais lindos que conhecemos foi Sintra, uma vila escondida no meio de colinas
a menos de uma hora de Lisboa. Essa janelinha cor-de-rosa foi uma das dezenas de fachadas
multicoloridas em tom pastel que fotografei por nossos passeios pelo seu centro histórico,
e evidentemente que é minha favorita pela ilustre presença do morador felino. A paleta de
cores e a combinação de texturas foram um presente para os meus olhos, e não pensei duas
vezes antes de sacar a câmera e roubar um pedacinho da cena para mim.”
Julia Rodrigues (juliarodrigues.me) é fotógrafa. Há 6 anos trocou o Rio de Janeiro por São Paulo. Colabora para revistas com retratos, ensaios de moda e gastronomia.
0 6cm
C K 53X 1
A
A S S E BL
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D E : M AT
PA R E
biancogres.com /biancogres