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Realizado por: Tatiana Cruz nº19 12º5/1

Caracterização da personagem ‘’Povo anónimo’’

O povo que surge em Memorial do Convento assume-se como


um herói atípico, descrito como deficiente, rude, feio e, às
vezes, violento. (pág. 244). Os milhares de operários que
humildemente sofrem e se esforçam por sobreviver durante a
construção do monumento são assim resgatados nesta nova
interpretação da História. Por isso, MAFRA ganha uma nova
conotação que denuncia a tirania dos poderosos sobre os
oprimidos, também os eleva ao simbolismo de uma verdadeira
força construtora e criadora «do mundo e das verdades que o
sustentam»: «…mortos, assados, fundidos, roubados,
arrastados…». (pág. 297)

PÁGINA 302 

1. A comparação “nau da Índia com rodas” salienta, por um lado, a grandeza do carro e, por
outro, aproxima, desde logo, o cenário de um ambiente épico, sugerindo a relevância das
ações relacionadas com o carro.

2. “já que não podemos falar-lhes das vidas, por tantas serem, ao menos deixemos os nomes
escritos, é essa a nossa obrigação, só para isso escrevemos, torná-los imortais”.

3. Com a enumeração alfabeticamente ordenada dos nomes dos operários, o narrador procura
tornar o mais abrangente possível a referência aos trabalhadores que construíram o convento
de Mafra ao serviço de D. João V e às custas da sua coragem e do seu esforço.

4. Segundo o narrador, os heróis da sua história, com diversas deficiências físicas “defeituosos,
um marreco, um maneta, um zarolho” são diferentes dos que habitualmente protagonizam
histórica e literariamente grandes feitos – “belos e formosos, os esbeltos e escorreitos, os
inteiros e completos”. Contudo, a sua sujeição à verdade obriga-o a dar conta dos verdadeiros
heróis da construção do convento.

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