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PÁGINA 302
1. A comparação “nau da Índia com rodas” salienta, por um lado, a grandeza do carro e, por
outro, aproxima, desde logo, o cenário de um ambiente épico, sugerindo a relevância das
ações relacionadas com o carro.
2. “já que não podemos falar-lhes das vidas, por tantas serem, ao menos deixemos os nomes
escritos, é essa a nossa obrigação, só para isso escrevemos, torná-los imortais”.
3. Com a enumeração alfabeticamente ordenada dos nomes dos operários, o narrador procura
tornar o mais abrangente possível a referência aos trabalhadores que construíram o convento
de Mafra ao serviço de D. João V e às custas da sua coragem e do seu esforço.
4. Segundo o narrador, os heróis da sua história, com diversas deficiências físicas “defeituosos,
um marreco, um maneta, um zarolho” são diferentes dos que habitualmente protagonizam
histórica e literariamente grandes feitos – “belos e formosos, os esbeltos e escorreitos, os
inteiros e completos”. Contudo, a sua sujeição à verdade obriga-o a dar conta dos verdadeiros
heróis da construção do convento.