de ensino no contexto
da sala de aula
Recepção e processamento
da informação em sala de aula
O que o professor ensinou hoje na sala de aula? O que o aluno aprendeu? Entendemos
desde cedo que o professor vai para sala de aula para ensinar e o aluno vai para apren-
der. Certo? É bem provável que você tenha concordado com esta afirmação, não é,
mesmo? Antes de seguir em frente vamos pensar um pouco sobre essa afirmação de
Benjamin Franklin:
Diz-me e eu esqueço;
Ensina-me e eu recordo;
Envolve-me e eu aprendo.
O que essa frase pode nos mostrar sobre nossa prática docente? Inicialmente, sabemos
que a aprendizagem é um processo que envolve duas fases: a recepção da informação
e o processamento da informação.
29
Pirâmide de experiência ou da aprendizagem
30
chamar a atenção é para o aspecto da retenção do
aprendizado: quanto maior o envolvimento com
aquilo que está aprendendo, maior será a capaci-
Você sabia! dade de lembrar após um longo tempo.
Ao envolver os estudantes,
seja para responder um Campbell (1999) apud Gomes (2011) relata que, de
questionamento, seja para acordo com a forma como a informação é recebida,
debater em grupo, resol- os percentuais de memorização, após duas sema-
ver um problema, explicar nas, variam bastante, conforme apresentado na fi-
algum conceito ou para gura.
elaborar um mapa concei-
Nessa mesma linha, um estudo foi realizado para
tual, você estimula o inte-
resse dele incentivando a avaliar os efeitos de ações que tornassem o pro-
participação ativa no pro- cesso de aprendizagem mais ativo ao longo de uma
cesso de aprendizado. aula com duração de 50 minutos. Os resultados fo-
ram medidos aplicando-se testes após a aula.
Quando ela era passiva, a porcentagem de retenção começava a cair após 10 minutos e,
ao final, atingia índices de 20% de retenção. Em contrapartida, quando o professor pro-
movia ações que tornavam a aula mais ativa, a percentagem de retenção era elevada,
finalizando com índices superiores àqueles do seu início (FELDER; BRENT, 1999).
31
É isso que Benjamin Franklin quer dizer naquela afirmação “Diz-me e eu esqueço; en-
sina-me e eu recordo; envolve-me e eu aprendo”.
Pelo que apresentamos até aqui já deu para perceber que, no contexto das metodolo-
gias ativas, o professor pode e deve propor diferentes tipos de atividades, objetivando
o envolvimento do aluno no processo de ensino aprendizagem. Agora, vamos falar um
pouco sobre alguns métodos de ensino que você pode aplicar e que exigem o maior
envolvimento do aluno.
Vamos Refletir!
Procure se lembrar da sua vida escolar. Você consegue se recordar de alguma
situação que foi uma boa experiência de aprendizado? Que elementos dessa
experiência (sala, professor, colegas, atividade, formato da aula, local, mate-
rial didático, metodologia, etc.) contribuíram para o respectivo êxito de seu
aprendizado? Você classificaria como uma boa experiência de aprendizagem?
Por quê?
Mapa conceitual
Mapas Conceituais são representações gráficas semelhantes a diagramas, que indicam
relações entre conceitos ligados por palavras. Começa com um conceito geral e, em se-
guida, é interligado a novos conceitos mais específicos. São utilizados para auxiliar a or-
denação e a sequenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino, de forma a oferecer
estímulos adequados ao aluno (KONRATH, 2007).
A proposta de trabalho com mapas conceituais está baseada na ideia fundamental da
Psicologia Cognitiva de Ausubel et. al (1968), ou seja, aprendizagem significativa. Ela es-
tabelece que a aprendizagem ocorre por assimilação de novos conceitos e proposições
na estrutura cognitiva do aluno. Novas ideias e informações são aprendidas, na medida
em que existem pontos de ancoragem. Aprendizagem implica em modificações na es-
trutura cognitiva, e não apenas em acréscimos (KAWASAKI; FERNANDES, 1996).
32
Exemplo de Mapa conceitual
Fonte: http://ensinoeaprendizagem.pbworks.com/f/1244505733/aprendizagem.jpg
33
Veja algumas dicas:
1. Identifique os conceitos-chave do conteúdo que vai mapear e coloque-os em
uma lista. Limite entre 6 e 10 o número de conceitos.
2. Ordene os conceitos, colocando o(s) mais geral(is), mais inclusivo(s), no topo
do mapa e, gradualmente, vá agregando os demais, até completar o diagrama de
acordo com o princípio da diferenciação progressiva. Algumas vezes é difícil iden-
tificar os conceitos mais gerais, mais inclusivos. Nesse caso, é útil analisar o con-
texto no qual os conceitos estão sendo considerados ou ter uma ideia da situação
em que tais conceitos devem ser ordenados.
3. Se o mapa se refere, por exemplo, a um parágrafo de um texto, o número de
conceitos fica limitado pelo próprio parágrafo; se o mapa incorpora também o seu
conhecimento sobre o assunto, além do contido no texto, conceitos mais especí-
ficos podem ser incluídos no mapa.
4. Conecte os conceitos com linhas e rotule essas linhas com uma ou mais pala-
vras-chave que explicitem a relação entre os conceitos. Os conceitos e as palavras-
chave devem sugerir uma proposição que expresse o significado da relação.
5. Setas podem ser usadas quando se quer dar um sentido a uma relação. No en-
tanto, o uso de muitas setas acaba por transformar o mapa conceitual em um di-
agrama de fluxo.
6. Evite palavras que apenas indiquem relações triviais entre os conceitos. Busque
relações horizontais e cruzadas.
7. Exemplos podem ser agregados ao mapa, embaixo dos conceitos correspon-
dentes. Em geral, os exemplos ficam na parte inferior do mapa.
8. Geralmente, o primeiro intento de mapa tem simetria pobre e alguns conceitos
ou grupos de conceitos acabam mal situados em relação a outros que estão mais
relacionados. Nesse caso, é útil reconstruir o mapa.
9. Talvez neste ponto você já comece a imaginar outras maneiras de fazer o mapa,
de hierarquizar os conceitos. Lembre-se que não há um único modo de traçar um
mapa conceitual. À medida que muda sua compreensão sobre as relações entre
os conceitos, ou à medida que você aprende, seu mapa também muda. Um mapa
conceitual é um instrumento dinâmico, refletindo a compreensão de quem o faz
no momento em que o faz.
10. Não se preocupe com “começo, meio e fim”; o mapa conceitual é estrutural,
não sequencial. O mapa deve refletir a estrutura conceitual hierárquica do que
está mapeado.
11. Compartilhe seu mapa com colegas e examine os mapas deles. Pergunte o
que significam as relações; questione a localização de certos conceitos; a inclusão
de alguns que não lhe parecem importantes; a omissão de outros que você julga
fundamentais. O mapa conceitual é um bom instrumento para compartilhar, tro-
car e “negociar” significados.
34
Estudo de caso
No contexto das metodologias ativas, o professor pode se utilizar do método de estudo
de caso para envolver os alunos na busca de soluções. Uma das principais características
desta metodologia é que sua abordagem é voltada para a formulação de perguntas em
busca de uma solução.
Quando planejar a utilização do estudo de caso, você deve fazer estes questionamentos:
Conforme Abreu e Masetto (1985), o estudo de caso caso pode ser real, fictício ou adap-
tado da realidade. E, segundo Berbel (2011), é recomendado para possibilitar aos alunos
o contato com situações que podem ser encontradas na vida real e profissional, possi-
bilitando que eles as analisem em seus diferentes ângulos, antes de tomar uma decisão.
Uma possibilidade interessante é você propor um estudo de caso antes do estudo teó-
rico. Assim, após o envolvimento na atividade, o aluno estará mais motivado para o es-
tudo daquele conteúdo.
Portfólio
Este método pode potencializar a construção do conhecimento com foco na autonomia
que é dada ao aluno, valorizando a sua independência. Durante a realização de um port-
fólio, você pode estimular o pensamento crítico e a criatividade do seu aluno, além de
motivá-lo a se autoavaliar. O próprio estudante pode avaliar seu desempenho durante
a realização das atividades, aprendendo a ter mais responsabilidade no que diz respeito
a seu processo de aprendizagem, já que a sua autonomia é estimulada.
35
Por meio do portfólio de cada aluno, você pode obter
uma visão ampla de tudo que foi trabalhado naquele pe-
Você sabia! ríodo a partir da perspectiva dele (COTTA et. al, 2001).
O portfólio é uma estraté- Alguns autores afirmam que o portfólio leva o aluno a
gia importante para avali-
refletir sobre o que ele desenvolveu ao longo do pro-
ação do progresso do es-
tudante, já que resulta cesso de ensino aprendizagem, já que, ao fazer as ano-
em uma coleção organi- tações de informações, ele terá a oportunidade de refle-
zada e planejada dos tra- tir acerca do que vivenciou em sala de aula. Além disso,
balhos produzidos de um o fato de construir um portfólio desperta curiosidade e
período, de um semestre, interesse pela pesquisa, focando o aluno como principal
ou seja, de determinado responsável pelo processo de aprender a aprender (SÁ,
período de tempo 2008).
Webquest
A Webquest é uma atividade investigativa, na qual as informações com as quais os alu-
nos interagem provêm da internet. Ela propicia um aprendizado construtivo, por meio
de tarefas e fontes de informação adequadas. O contato com esta metodologia propicia
que o aluno reflita, questione-se e contraste seus conhecimentos com as informações
novas.
Há webquests de curto ou longo prazo: As de curto prazo são indicadas para a aquisição
e integração do conhecimento para a compreensão do aluno em duas ou três aulas; já
as de longo prazo são para quando se deseja adquirir conhecimento mais amplo e mais
refinado, pois leva cerca de uma semana ou um mês para ser realizada.
A webquest propicia que o aluno se aproprie do conhecimento de diferentes níveis de
complexidade, usando recursos da internet, com a qual vai evoluindo, de acordo com o
conhecimento adquirido. Esta metodologia é relativamente simples.
36
Estratégias para envolver alunos e favorecer
aprendizagem
O Centro de Ensino e Aprendizagem da University of Minnesota (EUA) destaca algumas
estratégias que o professor pode utilizar em sala de aula para favorecer a aprendizagem
ativa. São atividades simples que podem ser planejadas, com o objetivo claro de favore-
cer o aprendizado dos alunos e envolvê-los no contexto da aula. São elas:
Tempestade de ideias
Você expõe um assunto oralmente, no quadro negro, em PowerPoint ou ainda entre-
gando o material para os alunos acompanharem as explicações. Depois disso, eles terão
um tempo para falar em grupo sobre o assunto, gerando a tempestade de ideias. Você
incentiva os estudantes a fazerem associações entre o que um fala com o que o outro
disse, formando novas conexões de aprendizagem uns com os outros. Isso funciona bem
para ganhar a atenção dos alunos e prepará-los para o conteúdo que será trabalhado,
além de dar a eles a oportunidade de participação ativa.
37
atenção deles, uma vez que dá pequenas pausas para envolvê-los e mudar um pouco o
foco do professor para o estudante.
Atividades de estudo
A pesquisadora Elvira Souza Lima, em seu artigo Indagações sobre currículo: currículo
e desenvolvimento humano, escrito em 2007, destaca a importância da atividade de
estudo. Segundo ela, uma atividade de estudo bem elaborada possibilita ao educando
“entrar em relação com o conhecimento”, a ação e interação com o conteúdo. A ativi-
dade de estudo mais essencial é a leitura, mas há também outras: observação, registro,
organização, relato e comunicação. Esse tipo de atividade desenvolve comportamentos
relacionados a percepção, reflexão, compreensão e exposição. Extraímos do texto (pá-
ginas 39 a 45) as atividades discutidas pela pesquisadora.
Observação
É realizada pelos sentidos humanos e ampliada pelo Você sabia!
movimento. Basicamente, é o exercício de um dos A observação, como atividade
sentidos ou da integração de dois ou mais, com o ob- de estudo, precisa ser dirigida
jetivo de “perceber” o que existe; o que se passa no e aborda elementos e objetos
contexto; os movimentos dos elementos da natu- distintos, conforme a disci-
reza; os componentes de um fato ou situação; a or- plina. Ela pode ser potenciali-
dem de eventos e a comunicação entre as pessoas. zada, se o aluno souber que
será convidado a expor, pos-
Essa potencialização vai ocorrer, porque haverá a in- teriormente, suas ideias ou
tegração necessária de planejamento das várias eta- fatos observados. Ou que
pas, desde a observação até a apresentação. Ter um será solicitado, de alguma
objetivo para a observação, envolvendo a comunica- forma, a selecionar, organi-
ção com o outro, leva o aluno a mobilizar mais a zar, avaliar ou comunicar suas
atenção. observações.
Registro
Para que os elementos coletados pela observação não se percam, é importante que ela
seja acompanhada pelo registro: um suporte externo para a memória. Ele pode ser feito
com desenhos e escrita, mas câmera fotográfica, gravador e vídeo também podem ser
utilizados. Ele pode ser in loco ou “de memória”. O Registro in loco é quando é feito,
concomitantemente, com a observação, que leva ao desenvolvimento da percepção e
facilita os processos de atenção. Já o registro de memória é realizado após a observa-
ção.
38
A seguir, temos três exemplos de registro que podem ser propostos aos alunos:
Caderno de Ideias: Nele, o aluno realiza anotações de todo tipo, sempre data-
das. Ele pode ser orientado a observar e a registrar o contexto (onde), a ação /
atividade (como), o tempo (quando). Pode incluir ainda o planejamento de ações
e ideias “soltas” que ocorram, além de formular perguntas. O caderno é também
um local de registro de possíveis soluções para os problemas ou desafios coloca-
dos para toda classe.
Caderno de Evocações: Aqui, a criança relata, diariamente, o que foi feito no dia
anterior. É um excelente exercício de evocação da memória. Reforça as conexões
neuronais realizadas e pode servir como base para planejamentos futuros. Serve
de apoio externo para a memória. Uma professora da rede pública de ensino
desenvolveu esta ideia em uma atividade, que ela chamou de Recordando. Em
todo início de aula, as crianças escreviam o que haviam feito no dia anterior. A
professora transformou o caderno também em oportunidade de diálogo ao co-
mentar, pessoalmente, cada entrada que os alunos faziam, “conversando” com
o aluno por meio da escrita.
Dicionário: Geralmente, feito pelo aluno, com folhas de fichário, que dá entrada
às palavras (verbetes) que vão surgindo nas aulas, pesquisando a informação e
escrevendo-a no dicionário. Pode também ilustrá-lo.
O educador deve fazer uso da prática de observação e registro em seu processo de en-
sino e de avaliação. É a partir de uma observação planejada e intencional que ele poderá
ir ajustando sua metodologia de ensino. É a partir dessa observação também que o pro-
fessor irá verificar os níveis de motivação de seus alunos. Identificar quando o aluno
presta atenção e quando se distrai faz parte da avaliação da própria prática pedagógica
do professor.
Organização
Para isso, a pessoa dispõe de inúmeras possibilidades desenvolvidas ao longo da evolu-
ção da espécie. Mapas, diagramas, esquemas, sinopses, redes conceituais, listas, dese-
nhos, representações tridimensionais (maquete, modelagem, escultura, montagem,
etc.) são algumas das possibilidades de organização do que foi observado e registrado.
Esta organização pode servir somente a quem a faz como uma “atividade de pensa-
mento externalizada”. Ou pode, também, visar a uma comunicação ao outro. É interes-
sante desenvolver ambas as formas, pois elas mobilizam aspectos distintos do pensa-
mento e funções diferenciadas no cérebro. Todas essas atividades de organização for-
mam redes neuronais de suporte ao pensamento e de estruturas na memória.
Fazer mapas, por exemplo, já foi uma atividade comum no ensino fundamental décadas
atrás. Aos poucos, porém, foi sendo substituída pelos desenhos com moldes de plástico,
pelo modelo mimeografado ou xerocopiado e, mais recentemente, pelas imagens tira-
das da internet. Dessa forma, modificou-se o significado de se fazer mapas do ponto de
vista das formações mentais no pensamento do aluno.
39
O que a realização de um mapa mobiliza?
A imaginação: pela evocação das imagens da memória e a reorganização neces-
sária para “montar” as relações espaciais.
O exercício da memória: pela evocação de coisas percebidas e guardadas pela
memória de longa duração. Por meio da atividade de desenho ou maquete, há
reforço das conexões neuronais e desenvolvimento do pensamento espacial.
Desenvolvimento da percepção visual: por meio da observação e registro simul-
tâneo, modelos perceptivos são formados e ampliados. Com isso, o desenvolvi-
mento humano vai ajudar muito a aprendizagem de conceitos científicos em ou-
tras áreas do conhecimento.
Proporção: o trabalho com mapas permite desenvolver, no aluno, o conceito de
proporção, o que se faz com escala. “Pensar” em escala é bastante importante nos
cálculos mentais, em vários tipos de profissão e também para resolver problemas
da vida cotidiana.
Relato
É uma atividade que se apoia na organização das informações ou dados, porém, vai
além, ao exigir uma narrativa com consistência interna, coerência e sequência lógica.
Pode assumir várias formas, com ou sem o uso de imagens em suportes variados (papel,
lousa, computador, Datashow, painéis).
Habituar o aluno a fazer relatos escritos é de grande funcionalidade para o desenvolvi-
mento humano, pois a escrita provoca a formação de redes neuronais estáveis, o que
contribui muito para o armazenamento de informações na memória de longa duração e
para a formação de conceitos.
Comunicação
A comunicação é oral, escrita, imagética (com imagens paradas ou em movimento) e
com construções tridimensionais. Pode ter como suporte cartaz, livro, folheto, propa-
ganda, website, etc., ou ser feita por meio de animação, filme, vídeo, sequência de fotos,
Datashow. Temos inúmeras formas de comunicar ao outro, de comunicar ideias ou in-
formações.
Vamos Refletir!
Você já parou para pensar se o que é ensinado na escola e o que prescrito nos
currículos prepara os alunos para concretizarem os seus projetos na vida
adulta?
40
Ivor Goodson (2007), pesquisador sobre as histórias de vida como processos de apren-
dizagem, diz que:
Chamamos a sua atenção para o fato de que a formação crítica e social dos alunos deve
estar atrelada aos conteúdos específicos que são ensinados. Muitas vezes, o currículo
vai precisar ser remodelado e reconstruído durante o processo de aprendizagem, já que
não é rígido conforme se define nos livros e manuais convencionais.
Nesse contexto sobre aprendizagem para a vida e currículo, Ivor Goodson traz, em seu
artigo Currículo, narrativa e futuro social, as ideias de Zygmunt Bauman, Margaret
Mead e Gregory Bateson, nas quais encaram a aprendizagem a partir de três eixos:
• a aprendizagem primária, relacionada ao conteúdo do currículo formal;
• a aprendizagem secundária, do próprio processo de aprender a aprender; e
• aprendizagem terciária, na qual foca-se o processo de aprender a “quebrar a re-
gularidade, reorganizar as experiências fragmentadas, até então consideradas pa-
drões não-familiares” (BAUMAN, 2001, p. 125).
É para essa terceira aprendizagem que está voltada a nossa atenção, o que segundo
Goodson (2007, p.241), diz respeito:
Sabemos que a mudança no currículo não é tão fácil, nem rápida. O professor deve en-
frentar esses desafios e propor mudanças significativas a esse modelo de ensino enges-
sado. Ainda para Goodson (2007, p. 242):
41
que abordem a aprendizagem integral do indivíduo (inteligência, sensibilidade, respon-
sabilidade pessoal e também espiritualidade), valorizando todas as potencialidades de
cada um enquanto sujeito em sociedade. Desse modo, as metodologias ativas entram
como uma possibilidade profícua para o ensino, de forma que a aprendizagem tenha
como princípio essa formação para a vida.
Quer deixar suas aulas mais interessantes e envolver os alunos? Confira os Nove
passos para deixar a inovação acontecer dentro da sua sala de aula no site Por-
vir: http://porvir.org/9-passos-para-deixar-inovacao-acontecer/20131217/
Confira também cinco dicas para deixar a aula tão legal quanto um game, em:
http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/02/21/confira-cinco-dicas-para-dei-
xar-a-aula-tao-legal-quanto-um-game.html
Que tal assistir a um vídeo muito interessante sobre como inserir novas tecnolo-
gias no ensino e motivar ainda mais os alunos nas suas aulas? Acesse o link:
https://www.youtube.com/watch?v=Q6UodxsfcCU
42
Bibliografia consultada
ABREU, M.; MASETTO, M. O professor em sala de aula: prática e princípios teóricos.
São Paulo, 1985.
DALE, E. Audiovisual methods in teaching. Third Edition. Holt, Rinehart and Winston,
Inc. 1969.
FELDER, R. M.; BRENT, R. Problemas em sala de aula? Ensino efetivo: uma oficina.
Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 134 p. 1999.
43
LIMA, E. S. Indagações sobre currículo: currículo e desenvolvimento humano. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag1.pdf. Acesso em: 8
dez. 2013.
SÁ, I. P. Avaliação por portfólio ou “nem só de provas vive a escola”. Disponível em:
http://magiadamatematica.com/uerj/licenciatura/05-portfolio1.pdf. Acesso em:
8 dez. 2012.
44