Você está na página 1de 18

Instituto Superior Politécnico De Tete

Divisão de Engenharia

Curso: Engenharia de Minas

2° Ano – Curso Diurno, Turma-B

Io Semestre, 2º Grupo, Período: Laboral

Metalurgia

Eficiência de peneiramento

Discentes:

Benjamim José Domingos

Feroza José

Lopes Macuácua

Olivia Ricardo

Ranito Maela

Docente:

MSc. Jamal Talucuece

Tete, Abril de 2020

1
Índice
1. Introdução............................................................................................................................3
1.1. Objectivos........................................................................................................................3
1.1.1. Geral:........................................................................................................................3
1.1.2. Específicos:..............................................................................................................3
2. Eficiência de peneiramento..................................................................................................4
2.1. Dimensionamento dos Equipamentos...........................................................................4
2.2. Factores que influenciam a eficiência do peneiramento................................................5
2.3. Quanto ao número de peneiras:....................................................................................7
2.4. Quanto as fracções........................................................................................................8
3. Escalas granulometricas.......................................................................................................8
4. Tipos de equipamentos.......................................................................................................10
4.1. Classificação de acordo com o movimento.................................................................10
5. Conclusão...........................................................................................................................17
6. Bibliografia........................................................................................................................18

2
1. Introdução

O presente trabalho, visa essencialmente incutir ao estudante as novas matérias sobre a


eficiência de peneiramento, discutir o assunto para ter mais noção sobre o mesmo.
Eficiência de peneiramento é definida como a relação entre a quantidade de partículas
mais finas que a abertura da tela de peneiramento e que passam por ela e a quantidade
delas presentes na alimentação

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral:
 Falar sobre eficiência de peneiramento.
1.1.2. Específicos:
 Saber o que é a eficiência de peneiramento;
 Saber quais são os equipamentos;
 Saber as escala granulometricas;
 Resolver exercícios.

3
2. Eficiência de peneiramento

A eficiência de peneiramento é empregada para expressar a avaliação do desempenho


da operação de peneiramento, em relação a separação granulometrica ideal desejada, ou
seja, a eficiência de peneiramento é definida como a relação entre o quantidade de
partículas mais finas que a abertura da tela de peneiramento e que passam por ela e a
quantidade delas presentes na alimentação.

O peneiramento tem o objectivo de Separar o material alimentado na peneira em finos e


grossos.

Para o cálculo da eficiência aplica-se a seguinte equação:

P
E= ∗100
aA

Onde:

E – eficiência

P – passante (t/h)

A – alimentação (t/h)

a – percentagem de material menor que a malha na alimentação.

Industrialmente, a eficiência de peneiramento, deve situar-se acima de 90%, podendo


atingir 96%.

2.1. Dimensionamento dos Equipamentos

As peneiras são peças vitais e críticas em qualquer usina de beneficiamento. Assim


sendo, todo cuidado deve ser tomado na selecção de peneiras para que sejam de
tamanho e tipo adequado.

Um equipamento de peneiramento é definido inicialmente pelas suas dimensões e pelo


tipo de abertura (quadrada, rectangular, circular, elíptica ou alongada). É preciso
ressaltar que existe uma relação entre o tamanho máximo de partícula que pode passar
numa determinada abertura e as dimensões do fragmento passante.

4
Para uma grelha, onde se tem apenas o afastamento livre entre as barras, este determina
o tamanho máximo da menor dimensão da partícula que atravessa as barras paralelas.
Para aberturas quadradas ou rectangulares é definida a largura máxima. O fato de ser
quadrada ou rectangular tem pouca influência, visto que a malha rectangular é colocada
apenas para compensar a perda de área real de passagem pela inclinação dos
equipamentos de peneiramento, embora também algumas vezes seja para atender à
forma lamelar do material.

Dimensionar os equipamentos significa calcular as dimensões das suas superfícies em


função da capacidade requerida, ou seja, da quantidade de material com características e
condições determinadas que deve passar pelo equipamento por um tempo determinado
(hora). No caso das peneiras, duas condições independentes devem ser atendidas; área
da tela e espessura do leito.
Um dos métodos aceitos para seleccionar a peneira a ser utilizada é baseado na
quantidade de material que passa através da malha 0,0929 m2 de uma peneira com
abertura específica, e que será aqui apresentado. Destaca-se porém, que este é apenas
um dentre os muitos métodos existentes e que cada um deles pode levar a resultados
diferentes.

Área Total

S
A=
Cd F M

Onde:
S = quantidade de material passante na alimentação que atravessa a peneira por hora
(t/h);

C = capacidade básica de peneiramento (t/h x 0,0929m2);

peso especifico aparente do material alim entado


d=
1602

F M - Factores modificadores

2.2. Factores que influenciam a eficiência do peneiramento


 Relação entre o diâmetro da partícula e a abertura da tela – as partículas
com diâmetros superiores a uma vez e meia a abertura da tela não influenciam

5
no resultado do peneiramento, bem como aquelas inferiores a metade da abertura
da tela. As partículas compreendidas entre esta faixa (NEARSIZE) são que
constituem a classe crítica de peneiramento e influem fortemente na eficiência e
na capacidade das peneiras;
 Condições operacionais – dimensionamento da peneira, tipo de movimentação
da peneira; inclinação, amplitude, frequência, aceleração, tipo de tela, forma de
alimentação, peneirameto a seco ou via húmida, características mineralógicas do
produto alimentado.

A operação de peneiramento pode ser efetuada com o material em dois estados


distintos:

A seco: material que contém no máximo 5% de humidade;

A húmido: material que contem humidade superior a 5% ou processo onde a água é


adicionada para elevar o rendimento.

Exemplificando um dos factores que afectam a eficiência de peneiramento, vamos


compreender a importância de avaliar a percentagem de área aberta das telas.

Existe uma relação definida entre a área aberta, a rapidez do peneiramento e a vida útil
da tela. Numa tela metálica, um fio de diâmetro maior aumentara a vida útil da tela. Ela
também ira reduzir a área aberta e proporcionar um peneiramento mais lento. Numa
planta focada na rapidez e qualidade do peneiramento, isso pode ser uma económica
falsa.

Um fio de menor diâmetro dará maior área aberta, maior tonelagem, mas, naturalmente,
menor vida útil da tela.

6
Fig 1: fonte: site: https://agregadosonline.com.br. 21/04/2020

2.3. Quanto ao número de peneiras:

Uma Peneira: Separa apenas duas


fracções que são ditas não classificadas,
porque só uma das medidas extremas de
cada fracção é conhecida (a da maior
partícula da fracção fina e a menor da
fracção grossa).

7
Várias Peneiras: Com mais peneiras
será possível obter fracções
classificadas, cada uma das quais
satisfazendo as especificações de
tamanho máximo e mínimo das
partículas.

2.4. Quanto as fracções

Quando as fracções são classificadas a operação passa a se chamar Classificação


Granulométrica.

Granulometria – termo usado para caracterizar o tamanho de um material (partículas).

Classificação granulométrica – classificação das partículas de acordo com seus


diâmetros (tamanho).

Análise granulométrica – sequência de procedimentos de ensaio normatizados que


visam determinar a distribuição granulométrica de determinada amostra.

3. Escalas granulometricas

A determinação das faixas de tamanho das partículas é feita por meio de uma série de
aberturas de peneiras que mantém entre si uma relação constante.
A primeira escala granulométrica foi proposta por Rittinger, Alemanha, e obedeceu à
seguinte equação:

a n=a o r n

Onde:

a n - Abertura de ordem n;

a o- Abertura de referência (a o=1 mm).

r – Razão de escala (r =√2=1.414)

8
Posteriormente, a U.S. Tyler Company alterou a escala de Rittinger, tomando como
abertura de referência (a o) 74 μm. Esta escala tornou-se de uso geral em todo o mundo.

A escala ISO (International Standard Opening) adotou como abertura de referência (a o)


1 mm, que corresponde a 18 malhas (mesh), e como razão de escala (r) √ 2=1.414

9
Escalas granulometricas:

4. Tipos de equipamentos

Os equipamentos utilizados no peneiramento podem ser divididos em três tipos:

 Grelhas - constituídas por barras metálicas dispostas paralelamente, mantendo


um espaçamento regular entre si;
 Crivos - formados por chapas metálicas planas ou curvas, perfuradas por um
sistema de furos de várias formas e dimensão determinada;
 Telas - constituídas por fios metálicos trançados geralmente em duas direcções
ortogonais, de forma a deixarem entre si "malhas" ou "aberturas" de dimensões
determinadas, podendo estas serem quadradas ou rectangulares.
4.1. Classificação de acordo com o movimento

Esses equipamentos podem ser classificados de acordo com o seu movimento, em duas
categorias:

10
a) Fixas – a única força actuante é a força de gravidade e por esses equipamentos
possuem superfície inclinada. Como exemplo temos grelhas fixas e peneiras
DSM.

Grelhas fixas – estas consistem de um conjunto de barras paralelas espaçadas por um


valor pré-determinado, e inclinadas na direcção do fluxo da ordem de 35° a 45°. Sua
eficiência é baixa (60%), porque não havendo movimento não ocorre a estratificação,
que facilita a separação.

b) Móveis – grelhas rotativas, peneiras rotativas e peneiras vibratórias.

Grelhas vibratórias - são semelhantes às grelhas fixas, mas sua superfície está sujeita a
vibração. São utilizadas antes da britagem primária.

11
Peneiras rotativas (trommel) – estas peneiras possuem a superfície de peneiramento
cilíndrica ou ligeiramente cónica, que gira em torno do eixo longitudinal. O eixo possui
uma inclinação que varia entre 4° e 10°, dependendo da aplicação e do material nele
utilizado. Podem ser operadas a húmido ou a seco.

As principais vantagens dos trommels


são sua simplicidade de construção e de
operação, seu baixo custo de aquisição e
durabilidade.

12
Peneiras vibratórias – o movimento vibratório é caracterizada por impulsos rápidos de
pequena amplitude (1,5 a 25 mm) e de alta frequência (600 a 3.600 movimentos por
minuto).

As peneiras vibratórias podem ser


divididas em duas categorias: com
movimento rectilíneo, (peneiras
vibratórias horizontais); e aquelas em
que o movimento circular ou elíptico
neste mesmo plano (peneiras vibratórias
inclinadas).

Crivos: formados por chapas metálicas planas ou curvas, perfuradas por um sistema de
furos de várias formas e dimensão determinada;

Também a eficiência de peneiramento é a qualidade de separação que a peneira nos


fornece. Esta eficiência pode ser expressa em termos de:

13
a) Eficiência de remoção dos passantes

(escolha das partículas não passantes).

O produto considerado válido é o material retido na tela. Neste caso, a intenção é


recuperar o máximo do material retido, existente na alimentação.

b) Eficiência de recuperação dos passantes

(o material fino que passa pela tela).

O produto considerado é o material passante na tela. Neste caso, deseja-se recuperar o


máximo possível do material passante existente na alimentação.

c) Eficiência de peneira (processo)

Os produtos considerados são o material passante e não passante.

O cálculo é realizado segundo a fórmula:

Eficiência de Peneira (E):

P∗X D ,P P(1− X D ,P )
E=
F∗X D ,F [
1−
F (1− X D ,F ) ]
Simbologia:
P=Massa do produto obtido no peneiramento.
F=Massa de alimentação .
X D , P =Fração desejadano produto .
X D , F =Fração desejada na alimentação

Exercício

Exemplo:

Uma peneira é alimentada com 500 kg de cevada moída que apresenta 30% da fração
desejada (partículas menores que a abertura da peneira em análise). Após o processo de
peneiramento verifica-se que o produto apresenta uma massa de 170 kg com uma
quantidade de partículas desejadas de 140 kg. Calcular a eficiência da peneira.

14
Cálculo de X D , P

140 kg∗100 % 82%


X D, P= = =0.82
170 kg 100

P∗X D ,P P(1− X D ,P )
E=
F∗X D ,F [
1−
F (1− X D ,F ) ]
170∗0.82 170∗( 1−0.82 )
E=
500∗0.3
∗ 1−
[ 500∗( 1−0.3 ) ]
=0.847

Exercício

Dados de alimentação

Vazão = 300t/h de minério de ferro

Densidade aparente = 2082 kg/m3

Midade = 8%

Separação requerida: 12 mm, com peneiramento a seco

A=195/CdFEDB

onde:
C = 1,7 t/h x 0,9 m2
d = 2082/1602=1.30;

15
F = 0,86 (33%);
E = 1,00 (95%);
D = 1,00;
B = 1,2.

195
A= =85.5 ft 2=7,95 m 3
1.7∗1.3∗0.86∗1∗1∗1.2

16
5. Conclusão

No presente trabalho, concluiu-se que as peneiras são peças vitais e críticas em qualquer
usina de beneficiamento. Assim sendo, todo cuidado deve ser tomado na selecção de
peneiras para que sejam de tamanho e tipo adequado, eficiência de peneiramento é a
qualidade de separação que a peneira nos fornece.

17
6. Bibliografia

BERALDO, J.L. Moagem de minérios em moinhos tubulares. (s.l.): Edgard Blucker,


1987.

TRAWINSKI, H. Teoria, aplicações e emprego prático dos hidrociclones - AKW do


Brasil Equipamentos para Mineração Ltda. (s.n.t.)

18

Você também pode gostar