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Células do Sistema Imune

OBS: essa lâmina corresponde ao aspecto fisiológico de células sanguíneas.

As células que estão envolvidas nas respostas imunes adquiridas são os linfócitos antígeno-específicos, células acessórias especializadas que participam na ativação dos
linfócitos, e células efetoras que atuam na eliminação de antígenos.

As células do sistema imune estão, normalmente, circulando no sangue e na linfa, como coleções definidas anatomicamente nos órgãos linfoides e como células dispersas em
virtualmente todos os tecidos. A organização anatômica dessas células e sua capacidade para circular e permutar entre sangue, linfa e tecidos têm importância essencial para
a geração das respostas imunes.

HEMATOPOIESE

Hematopoiese é o processo de formação, desenvolvimento e maturação dos elementos do sangue (eritrócitos, plaquetas e leucócitos) a partir de um precursor celular
comum e indiferenciado conhecido como célula hematopoiética pluripotente, ou célula-tronco, unidade formadora de colônias (UFC), hemocitoblasto ou stem-cell. As
células-tronco que no adulto encontram-se na medula óssea são as responsáveis por formar todas as células e derivados celulares que circulam no sangue.

A hematopoiese é função do tecido hematopoiético, que aporta a celularidade e o microambiente tissular necessários para gerar os diferentes constituintes do sangue. No
adulto, o tecido hematopoiético forma parte da medula óssea e ali é onde ocorre a hematopoiese normal. A medula óssea é o órgão mais importante da gênese das mais
diversas células sanguíneas pois lá estão as células-tronco que dão origem a células progenitoras de linhagens mielocíticas, linfocítica, megacariócitos e eritroblastos.

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As células-tronco são as células menos diferenciadas responsáveis pela formação dos elementos figurados do sangue; as células-tronco dão origem às células
progenitoras cuja progênie são as células precursoras.

Todas as células do sangue originam-se das células-tronco hematopoéticas pluripotentes (CTHP), ou stem cell, que passará a sofrer sucessivas mitoses e que participará de
um processo de diferenciação para dar origem as duas principais linhagens: a mieloide e a linfoide.

Depois de sucessivas divisões celulares, originam-se mais CTHPs e dois tipos de células-tronco hematopoiéticas multipotentes (CTHM): a unidade formadora de colônias do
baço (CFU-S) – antecessoras das linhagens de células mieloides (hemácias, granulócitos, monócitos e plaquetas) – e a unidade formadora de colônia-linfócito (CFU-Ly) –
antecessoras das linhagens de células linfoides (linfócitos T e linfócitos B). Estas unidades formarão as células progenitoras.

1. As células progenitoras são unipotentes (estão comprometidas a formação de uma única linhagem celular) e têm uma capacidade limitada de auto-renovação.

2. As células precursoras originam-se das células progenitoras e não tem capacidade de auto-renovação. Com o avanço da maturação e diferenciação celular, passando
por estágios intermediários em que células sucessivamente tornam-se menores, os nucléolos desaparecem, a malha da cromatina fica mais densa, e as características
citoplasmáticas aproximam-se mais de células maduras (induzidos por citocinas). Estas células passam por uma série de divisões e diferenciações até se transformarem
em uma célula madura. Todas as células amadurecem na medula e são lançadas na corrente, com exceção dos linfócitos T, que se originam na medula, mas
amadurecem e se diferenciam no timo, para só depois cair na circulação.

CITOCINAS
As citocinas são mediadores celulares do sistema imunitário que permitem às células comunicar entre si e com outras de outros orgãos. São um sistema incrivelmente
complexo e inteligente ainda pouco conhecido. Algumas citocinas mais importantes:

IL-1: produzidas e liberadas aquando de infecções. Produzem nos centros cerebrais regulatórios febres, tremores, calafrios e mal-estar; promovem a inflamação,
estimulam os linfócitos T. A sua ação é responsável por estes sintomas comuns na maioria das doenças. No cérebro há libertação de prostaglandina E2, que estimula o
centro da temperatura, aumentando a sua configuração. A aspirina inibe a formação da prostaglandina (bloqueia a enzima que a produz) e é por isso que diminui a
febre e mal estar nas afecções virais.

IL-2: Estimula a multiplicação dos linfócitos T e B. Antes chamada de Fator de proliferacao de Linfócitos.

IL-3: Estimula o crescimento e a secreção de histamina.

IL-4: Estimula multiplicação dos linfócitos B; produção de anticorpos, resposta do tipo TH2.

IL-5: Estimula multiplicação e diferenciação de linfócitos B; produção de IgA e IgE, alergias.

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IL-6: Estimula a secreção de anticorpos.

IL-7: Induz a diferenciação em células B e T progenitoras.

IL-8: Quimiocina;induz a adesão ao endotélio vascular e o extravazamentoaos tecidos.

IFN-alfa: Interferon. Ativa as células em estado de "alerta viral". Produção diminuida de proteínas, aumento de enzimas antivirais (como as que digerem a dupla hélice
de RNA tipica dos virus) e aumentam também a apresentação de péptidos internos nos MHC I aos linfócitos. Estimula os linfócitos NK e T8.

IFN-gama: Ativa os macrófagos, tornando-os mais eficientes e agressivos; promove a inflamação, e estimula a resposta TH1, inibindo a TH2.

TNF-alfa: Induz a secreção da citocina e é responsável pela perda extensiva de peso associada com inflamação crônica.

TNF-beta: Ativa os fagocitos. Estimula a resposta citotoxica (TH1).

CÉLULAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO


Células do sistema imune são altamente organizadas como um exército. Cada tipo de célula age de acordo com sua função. Algumas são encarregadas de receber ou enviar
mensagens de ataque, ou mensagens de supressão(inibição), outras apresentam o “inimigo” ao exército do sistema imune, outras só atacam para matar, outras
constroemsubstâncias que neutralizam os “invasores” ou neutralizam substâncias liberadas por eles. As células estãoorganizadas nos seguintes grupos:

1. Sistema Fagocitário Mononuclear

2. Sistema Granulócito Polimorfonucleares

3. Sistema Linfocitário

4. Sistema de Células Dendríticas (Células Apresentadoras Profissionais)

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SISTEMA FAGOCITÁRIO MONONUCLEAR

Dessa família fazem parte células (monócitos e macrófagos) cujas características são: núcleo de morfologia única e capacidade de fagocitar partículas, degradá-las e
expressá-las, na membrana, na forma de pequenos peptídeos associados a moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC do inglês, major
histocompatibility complex). Além de realizar fagocitose e opsonização, os macrófagos podem apresentar efeito citotóxico sobre células tumorais mediado pelo mecanismo
de ADCC.

1. Monócitos: Os monócitos estão presentes no sangue, constituindo-se de 3 a 8 % dos leucócitos circulantes. Participam da formação dos granulomas (tuberculose,
lepra, filariose). O granuloma nada mais é que o antígeno rodeado por uma barreira de monócitos durante o processo de defesa. Realizam um mecanismo
denominado citotoxicidade celular dependente de anticorpos (ADCC), que é um mecanismo da imunidade inata.

2. Macrófagos: São células teciduais e de grande poder fagocítico derivadas dos monócitos. Dentre suas principais funções na imunidade destaca-se: Apresentação de
antígenos (MHC-II); Células de limpeza; Produção de citocinas inflamatórias e regulatórias. Podem ser encontradas: no SNC (Micróglia); no Fígado (Células de
Kupppfer); na pele (Células de Langehans); no Pulmão (Macrófagos Pulmonares).

SISTEMA GRANULÓCITO POLIMORFONUCLEARES

Fazem parte dessa família as células que têm como características comuns: a presença de grânulos no citoplasma, que apresentam diferentes afinidades por corantes ácidos e
básicos, e um núcleo multilobulado (2-4 lóbulos) ou segmentado. Essas células, presentes, sobretudo, no sangue e nas mucosas, são os neutrófilos, os eosinófilos e
os basófilos.

1. Basófilos: apresentam núcleo em forma irregular sem a divisão em lóbulos e grânulos com afinidade por corantes básicos (se coram em azul-violeta). Sua principal função
é a liberação de diferentes mediadores, como a histamina (associada à heparina), os leucotrienos, as prostaglandinas e serotonina. O basófilo é uma célula típica do sangue,
sendo o mastóctio a célula que exerce funções similares às do basófilo nas mucosas e no tecido conjuntivo.
2. Neutrófilos: apresentam núcleo segmentado em 2 a 5 lóbulos e grânulos que não tem afinidade seletiva para corantes básicos ou ácidos. São, portanto, células
inflamatórias que chegam mais rapidamente ao local da injúria. É a classificação leucocitária mais populosa (65%). Têm como funções: Fagocitose; Liberação de Mediadores
(mieloperoxidase, fosfatase ácida e alcalina, colagenase e citocinas).

3. Eosinófilos: apresentam núcleo bilobulado e grânulos que tem afinidade por corantes ácidos, como a eosina, apresentando coloração avermelhada. O seu percentual
entre os leucócitos no sangue é de 3%. Apresentam diminuída atividade fagocitária e como têm como principal função: Proteína Básica Principal (MBP); Peroxidase
Eosinofílica; muito presentes em processos alérgicos em infecções parasitárias. Sua função principal é a realização de mecanismo denominado citotoxicidade celular
dependente de anticorpos(ADCC), que é um mecanismo da imunidade inata.

SISTEMA LINFOCITÁRIO

Há dois tipos principais de linfócitos clássicos: os linfócitos T (LT) e os linfócitos B (LB). Os linfócitos T podem ser de dois tipos: linfócitos T auxiliares (LTh CD4) e
linfócitos T citotóxicos (LTc CD8). Os LTh atuam ativando outras células para exercer suas funções:

1. Os macrófagos ativam a capacidade fagocítica e a produção de moléculas (monocinas e outras);

2. Os LB induzem a maturação fazendo que se tornem plasmócitos, secretando anticorpos, ou LB de memória;

3. Os LTc induzem a atividade citotóxica contra células tumorais e infectadas por vírus e outros parasitas intracelulares.

Portanto, tem-se como células do sistema linfocitário:

1. Linfócitos T (LT): Apresentam um mecanismo de ativação onde fazem parte os receptores de células T (TCR), responsável por reconhecer o complexo MHC-
peptídeo, expresso nas células apresentadoras de antígenos. Podem ser do tipo T citotóxico (CD8) ou T auxiliar (CD4, também chamado de helper).

2. Linfócitos B (LB): Apresentam receptores de células B (BCR). Quando produzem imunoglobulinas ou anticorpos são chamadas de plasmócitos (principal produtor de
anticorpos, em que há uma diferenciação e amadurecimento do LB, com o aumento e desenvolvimento de suas organelas). O antígeno tem a função de se ligar e
neutralizar o anticorpo ou a função de facilitar a fagocitose desse anticorpo (opsonização).

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O TCR é um receptor altamente específico com função de reconhecer o complexo peptídeo MHC, por meio da resposta adquirida. Além do TCR, há moléculas presentes
na membrana do linfócito que tem com função permitir uma co-estimulação, que são do tipo CD (grupo de diferenciação), sendo elas CD8 ou CD4. Essas moléculas servem
como característicos marcadores fenotípicos de cada respectivo linfócito: O LTc está marcado com CD8 e o LTh com o CD4. Quando uma célula APC (Célula
Apresentadora de Peptídeo), como uma célula dendrítica, fagocita um antígeno, esta metaboliza o mesmo até degradá-lo a moléculas de peptídeo. Para degradá-lo
totalmente, a APC necessita da ação de um linfócito. Simultaneamente à degradação do antígeno, outra organela sintetiza um receptor de membrana (MHC) e o une ao
peptídeo. Em sua membrana, a APC expõe o complexo peptídeo-MHC aos linfócitos T, que por meio de seu receptor TCR, reconhece o peptídeo antigênico via MHC.
Outras moléculas, como o CD8 ou CD4 (em outra célula), amplia essa avidez de reconhecimento da célula.

De um modo geral, o linfócito T citotóxico (com CD8 na membrana) tem a capacidade de promover ação sobre peptídeos intracelulares, uma vez que ele libera enzimas
chamadas perfurinas que perfuram a membrana da APC para liberar nela outras enzimas presentes em seu citoplasma chamadas de granzimas, que penetram pelos poros
produzidos pela perfurina para desempenhar uma citotoxicidade. Quando células estão infectadas por proteínas estranhas (como as tumorais), é necessária a sua morte
completa, sendo importante a ação direta do LTc e de suas enzimas. Já os LTh reconhecem o complexo MHC-peptídeo vindo da APC, mas respondem a ameaças de
naturezas extracelulares: parasitose, bactérias extracelulares, etc.

Na resposta imune adaptativa, em alguns casos, ao reconhecer o complexo MHC-peptídeo, o linfócito T libera citocinas que ativa o LB, o qual se diferencia em plasmócito,
capaz de produzir imunoglobulinas (anticorpo) que neutralizam antígenos.

Opsonina é qualquer fator que auxilia a fagocitose de antígenos por células fagocitárias, como o próprio anticorpo funciona. Esse processo de facilitação é chamado
de opsonização. Opson é uma palavra grega que significa condimento, tempero, molho, ou seja, algo que facilite a digestão. Uma das mais importantes opsininas provém do
complemento: a C3b.

3. Células Natural Killers (NK Cells): As células assassinas naturas (NK – de, natural killer), são semelhantes aos linfócitos, mas não apresentam TCR. São de natureza
linfoide mas não tem a especificidade dos linfócitos T e B, não fazendo parte então da resposta imune adquirida, mas sim, da resposta inata. Tem como funções a lise de
células infectadas por vírus, de células tumorais; citotoxicidade celular dependente do anticorpo. Essa citotoxicidade se dá por meio do mecanismo da ADCC em que,
devido a sua baixa capacidade de fagocitose, há a liberação de mediadores celulares, ocorrendo uma fagocitose frustrada (uma vez que ela tenta fagocitar, mas por não
conseguir, libera esses mediadores químicos). Esse processo ocorre quando o antígeno se liga ao anticorpo.

SISTEMA DE CÉLULAS DENDRÍTICAS

Essas células são assim chamadas porque apresentam expansões citoplasmáticas em forma de dendritos, assim como os neurônios. Apresentam como principal função a
fagocitose e a apresentação de antígenos na sua membrana. As primeiras células dendríticas identificadas foram as células de Langerhans da epiderme.

Acredita-se que essas células migram da pele para os linfonodos regionais e baço, onde ocupam locais diferentes e desempenham funções distintas. As células dendríticas
que ficam nos folículos linfoides, onde as células predominantes são LB, são encontradas sob o epitélio da maioria dos órgãos. Sua função é a captura de antígenos estranhos
e seu transporte para os órgãos linfoides secundários.

ADCC: quando ocorre a infecção por microrganismos, já sabemos que ocorrerá um processo de reação em que anticorpos serão liberados para realizar a opsonização,
ocorrendo assim maior facilidade de fagocitose do agente invasor. Contudo, se este for muito grande, as células efetoras como os macrófagos produzirão fatores de morte
intracelular (como o NO, O2-, OCl-: intermediários reativos do O2 e N2). Ocorre, assim, um processo de morte do microrganismo. As células NK passam a secretar
substancias como perfurinas e granzimas, causando a morte do microrganismo por apoptose.

Referências
[1] ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILAI, S. Imunologia celular e molecular. Rio de Janeiro: Elsevier, 7ª edição, 2012.

[2] PAHAM, P. O Sistema Imune. Porto Alegre: ArtMed, 3ª edição, 2011.

[3] MURPHY, K.; TRAVERS, P.; WALPORT, M. Imunobiologia de Janeway. Porto Alegre: ArtMed, 7ª edição. 2010.

[4] DELVES, P.J.; ROITT, I.M. Fundamentos de Imunologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 10ª edição, 2010.

[5] KINDT, T.J.; GOLDSBY, R.A.; OSBORNE, B.A. Imunologia de Kuby. Porto Alegre, ArtMes, 6ª edição, 2008.

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Nº 1, Maio de 2017

Documento Científico
Departamento Científico de
Hematologia e Hemoterapia

Interpretação do Hemograma
e do Mielograma pelo Pediatra
Departamento Científico de Hematologia e Hemoterapia
Presidente: Isa Menezes Lyra
Secretária: Josefina Aparecida Pellegrini Braga
Conselho Científico: Célia Martins Campanaro, Cláudio Galvão de Castro Júnior,
Maria Lucia de Martino Lee, Paulo Ivo Cortez de Araújo,
Paulo José Medeiros de Souza Costa, Rosana Cipolotti

Interpretação do hemograma levarão o pediatra a encaminhar o paciente ao


especialista (Figura 1).

O grande desafio na interpretação do hemo-


O hemograma, certamente, é um dos exa- grama está no reconhecimento e interpretação
mes mais solicitados na rotina do pediatra. Pa-
de alterações, que embora sutis, possam corres-
radoxalmente, talvez seja um dos menos criti-
ponder a uma doença sistêmica grave. Talvez,
camente discutidos em sua interpretação, o que
entender que o hemograma é o produto final
muitas vezes pode comprometer o curso da ava-
resultante do que ocorre na medula óssea e/ou
liação do paciente.
o que acontece no ambiente extramedular, seja
Variações extremas, sejam leucocitoses com no sangue periférico, seja no baço e no fígado,
blastos ou pancitopenias intensas, certamente auxilie na interpretação.

Quadro 1 - Hemograma como produto da produção medular e consumo

MEDULA ÓSSEA + SANGUE PERIFÉRICO + BAÇO/FÍGADO = HEMOGRAMA


(centro produtor) (local que recebe (produto final)
as células que
foram produzida
OU que as destrói)

Por outro lado, considerando que a produ- direta esse aspecto; logo, a avaliação do núme-
ção medular é o cerne do processo, a análise do ro de reticulócitos deve fazer parte da análise
número de reticulócitos irá refletir de forma in- conjunta do hemograma.

1
Interpretação do Hemograma e do Mielograma pelo Pediatra

Utilizando portanto, essa equação fictícia Por outro lado, os blastos podem apresen-
(Quadro 1), podemos nos deparar com as se- tar proliferação mais lenta em medula óssea, e
guintes situações: o sangue periférico mostrará queda gradual no
número de plaquetas e nos níveis de hemoglo-
1 - Falha na produção das células hematopoi-
bina, os leucócitos lentamente decairão e não
éticas normais por falência medular, decorrente
haverá blastos circulantes. O hemograma, nes-
de lesão em célula progenitora ou precursora:
tas situações, apresentará plaquetas em núme-
No sangue periférico as células sanguíneas ro levemente inferiores ao normal (p.ex: – 130
vão diminuindo progressiva e continuamente, a 140 mil); a hemoglobina sofrerá queda gradu-
os órgãos de hematopoiese extramedular não al, e poderá ocorrer leucopenias não intensas
são solicitados nessa situação, e o produto final (< 4.000/mm3) , por vezes, sem neutropenia
(hemograma) demonstrará graus variáveis de acentuada.
citopenias, podendo chegar à pancitopenia. Os
3 - Infiltração da medula por células de li-
reticulócitos estarão diminuídos, demonstran-
nhagens não hematopoiéticas:
do a falência de produção.
Nessa situação ocorrerão focos de células
O mesmo é possível observar, quando ocorre
anômalas (metástases), mas as células hemato-
inibição na produção do precursor eritrocítico
poiéticas continuarão sendo produzidas. Ape-
de forma isolada. O sangue periférico apresen-
nas quando a infiltração se tornar significativa,
ta graus acentuados de queda de eritrócitos, e
ocorrerá falha na produção e será observado im-
no hemograma isso se manifesta por anemia in-
pacto no sangue periférico, com diminuição pro-
tensa. Os reticulócitos estarão acentuadamente
gressiva das hemácias, plaquetas e leucócitos.
diminuídos, uma vez que estão diretamente as-
Logo, o hemograma mostrará anemia, por vezes
sociados à produção eritrocítica. A aplasia con-
acentuada, plaquetopenia moderada, e leuco-
gênita pura do setor eritrocítico, é conhecida
penia sem neutropenia, na maioria das vezes.
com Síndrome de Backfan-Diamond e a adquiri-
da (transitória), mais comumente observada, é Em qualquer uma das situações acima, a
o resultado da infecção por Parvovírus. produção medular está comprometida, logo, os
reticulócitos também estarão diminuídos.
2 - Infiltração da medula óssea por células
hematopoiéticas anômalas, clonais, com vanta- 4 - Solicitação exacerbada da produção medular:
gens proliferativas sobre os elementos normais.
Aqui há várias e distintas situações que cos-
Essas células em geral, são blastos, e caracteri-
tumam ser o resultado de solicitações proce-
zam as leucemias agudas.
dentes do sangue periférico. Na ocorrência do
No sangue periférico, diferentes situações desenvolvimento de anticorpos, seja por do-
podem ocorrer: as células podem ser liberadas ença reumatológica grave, seja por anemia ou
em grande número, causando leucocitoses, plaquetopenia autoimune, ocorrerá destruição
e o hemograma nestas situações apresentará periférica dos elementos sanguíneos, o que
leucocitose com presença de blastos. Os blas- resulta em uma resposta de feedback positi-
tos também poderão sair em menor número e vo por parte da medula óssea. No hemograma,
nesses casos, teremos hemograma com leucó- observa-se citopenias em diferentes séries e
citos em número ainda normal com presença em diferentes graus. Comoa resposta medular
é positiva, isso poderá ser facilmente avaliado
de blastos. Nessas duas situações o número
de forma indireta, pelo aumento no número de
de hemácias, plaquetas, poderá variar. Se ain-
reticulócitos.
da estiverem dentro de seu tempo médio de
vida, o hemograma não apresentará obrigato- As hemoglobinopatias, as doenças de mem-
riamente, níveis baixos de hemoglobina e/ou brana de eritrócitos, as enzimopatias, também
plaquetas. são exemplos de solicitação aumentada na me-

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dula. A síntese comprometida dos eritrócitos, célula progenitora, a medula tenta a produção,
os levarão à destruição aumentada e precoce e portanto os reticulócitos estarão normais, por
em sangue periférico, com ou sem solicitação vezes discretamente aumentados.
dos órgãos de hematopoese extramedular; o
6 - Produção medular aumentada também
produto final será um hemograma com anemia,
poderá ocorrer decorrente de grau acentuado
muitas vezes com eritroblastos em sangue pe-
de espleno/hepatomegalia. Esses casos são os
riférico, leucocitose com neutrofilia e plaque-
de hiperesplenismo, onde a pancitopenia ou ci-
tas normais ou até aumentadas. Caracterizando topenia é o resultado da “captura” das células
claramente esse aumento da produção medular sanguíneas produzidas por esses órgãos. Os re-
bem como dos reticulócitos. ticulócitos, novamente, estarão normais ou dis-
5 - A produção medular pode estar alterada cretamente elevados.
por déficits nutricionais, como o que ocorre em Certamente, essas considerações são uma
pacientes com déficit de Vitamina B12 e fola- simplificação em relação a tudo que o hemo-
tos. Nesses pacientes, há uma falha na síntese grama pode auxiliar no raciocínio diagnóstico;
do DNA, sendo as células resultantes anômalas, e não discutem as diferentes alterações que
com meia vida comprometida, tanto intrame- as infecções, sejam elas virais, parasitárias ou
dular como em sangue periférico. O que se ob- bacterianas podem causar. Mas, talvez auxiliem
servará no hemograma será citopenia ou pan- para que esse exame tão amplamente utilizado
citopenia. Mas, de forma distinta da falência da na prática clínica seja de maior valia.

Figura 1 - Alterações possíveis em hemogramas e suas causas mais frequentes. Em A e B são descritas leucocitoses com
ou sem outras alterações associadas e suas causas mais frequentes.

3
Interpretação do Hemograma e do Mielograma pelo Pediatra

plenomegalia sem causas extramedulares


Interpretação do Mielograma
identificadas, como infecções virais, uso de
medicamentos, hipotireoidismo, déficits vita-
mínicos, imunodeficiências, alguns erros ina-
O mielograma é o resultado da punção as-
tos do metabolismo, necessitarão da realização
pirativa da medula óssea, sendo indicado ape-
nas quando o conjunto de alterações clínicas e do mielograma. Seu objetivo nessas situações
hematológicas sugerem doença associada a um será diferenciar os quadros de falência medu-
distúrbio de origem medular. lar constitucionais ou não), de leucemias agudas,
infiltrações por neoplasias não hematopoiéticas
Em muitas ocasiões, entretanto, é utilizado ou síndromes mielodisplásicas. Em todas essas
como parte da investigação de quadros de febre condições os reticulócitos estarão diminuídos,
de origem indeterminada, hepato/esplenome- evidenciado a falha de produção medular.
galias de causas não esclarecidas ou alterações
hematológicas não necessariamente decorren- Casos pontuais de citopenia, especialmente
tes de comprometimento ou causa medular. neutropenias em vigência de quadros infeccio-
sos, não indicam a necessidade de mielograma
Por ser um exame invasivo, apesar de ser rea- no momento inicial. Da mesma forma, casos
lizado na grande maioria das vezes com sedação evidentes de plaquetopenia e/ou anemia de-
apropriada, é causa de grande angústia por par- correntes da presença de anticorpos periféri-
te dos pais, sendo fundamental a avaliação por cos não necessitam de investigação medular,
parte do médico em qual aspecto ele irá contri- com exceção nos casos onde a corticoterapia
buir para o diagnóstico. Idealmente, sua indica- será instituída. A introdução do corticosteroide
ção deve ser feita por médico especialista, seja obrigatoriamente deve ser precedida por um
oncologista ou hematologista pediátrico. mielograma.
A interpretação adequada do mielograma Por outro lado, as citopenias, mesmo que
nunca é feita de forma isolada, pois depende discretas, mas que estejam associadas a qua-
da correlação entre o quadro clínico, idade e o dros de dor músculo-esquelética, especial-
hemograma do paciente (Quadro 2). Um exem- mente, artralgias/artrites de caráter migratório
plo clássico dessa situação é a leucemia mielo- necessitam de investigação medular. Cerca de
monocítica juvenil. Nessa doença, característi- 30% das leucemias agudas irão se manifestar
ca de lactentes e pré-escolares, o mielograma dessa forma, e com frequência não apresentam
nunca será conclusivo para o diagnóstico. Ape- blastos circulantes, nem hepatomegalia e/ou-
nas a associação dos achados clínicos (princi- esplenomegalia relevantes, constituindo uma
palmente a hepato/ esplenomegalia volumosa, das causas de atraso diagnóstico e uso indevido
a leucocitose com monocitose, e o desvio esca- de corticosteroide.
lonado) juntamente com a medula hipercelular
com menos de 20% de blastos permitirá a hi- Citopenias em graus variáveis, associadas
pótese e a complementação diagnóstica. rova- a quadros febris com hepato-esplenomegalia
velmente, para o pediatra, mais importante do que também podem ser variáveis, costumam
que interpretar o mielograma, seja saber quan- ser indicações usuais de mielograma. Dentro
do indicá-lo. desse cenário, poderemos nos deparar com do-
enças infecciosas, dentre elas, a leishmaniose
Em realidade, a avaliação adequada do he-
visceral ou a quadros de síndrome de ativação
mograma e dos reticulócitos associados aos
macrofágica ou hemofagocítica. Obviamente, as
achados clínicos que auxiliarão na indicação
leucemias agudas também devem ser diagnós-
adequada do exame.
ticos diferenciais, em quadros com essa apre-
Desse modo, citopenias mantidas por mais sentação. Eventualmente, quadros de Síndrome
de 4-6 semanas, sem hepatomegalia e/ou es- de Pearson (mitocondriopatia) ou mesmo de

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imunodeficiências congênitas, mais comumen- mal, têm indicação de mielograma, pois pode se
te, a síndrome de Chediak Higashi, podem ser tratar de leucemia aguda.
diagnosticadas de forma indireta pela presença
Adenomegalia(s) associada a quadro de
de citopenia, hepato-esplenomegalia, episó-
citopenia(s), teria indicação de mielograma
dios febris, infecções e diarreia.
para descartar quadros de infiltração medular.
As leucocitoses com blastos não constituem
O que se pode concluir é que talvez o es-
problema de indicação da punção medular, mas
pectro de informações que o mielograma possa
talvez as adenomegalias representem um desafio.
fornecer e que contribua para o diagnóstico em
Considerando que a grande maioria das ade- pediatria, dependerá diretamente da suspeita
nomegalias na infância são infecciosas e de re- clínica. Na grande maioria das vezes, isolada-
solução em até quatro semanas, como decidir mente, com exceção das leucemias agudas e
aquela em que o mielograma deva ser feito de talvez da leishmaniose visceral, não permitirá a
forma imediata, para afastar leucemia ou uma conclusão diagnóstica.
metástase tumoral, não é tarefa fácil. Ou mes-
mo em qual caso a biópsia ficaria relegada a
uma segunda opção diagnóstica é sempre uma Quadro 2 - Fatores envolvidos na interpretação correta do
mielograma
questão de debate. Cada caso deve ser discuti-
do de modo individual.
INTERPRETAÇÃO DO MIELOGRAMA:
Academicamente poderia se identificar al-
gumas situações onde a decisão seria mais sim-
Idade do paciente
ples. Pacientes que apresentam adenomegalias
periféricas, mesmo que únicas, e na investiga- +
ção de cadeias profundas, se identifica alar- História clínica
gamento de mediastino com ou sem derrame +
pleural, há indicação de mielograma para afas-
Exame físico
tar o diagnóstico de leucemia linfoide aguda de
+
linhagem T. Pacientes com adenomegalias peri-
féricas, com hepato-esplenomegalia, sintomas Análise do hemograma
sistêmicos, mesmo que com hemograma nor-

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Orkin SH, Nathan DG, Ginsburg D, Look AT, Fisher 3. Carneiro JDA. Hematologia Pediátrica - Série
DE, Lux SE. Nathan and Oski’s hematology of Pediatria, Instituto da Criança, Hospital das
infancy and childhood. 8ªed, Elsevier Saunders, Clínicas. 2ªEd, Manole, Barueri, 2012, p: 398.
Philadelphia, 2015, p: 2535.

2. Loggetto SR, Braga JAP, Tone LG. Hematologia


e hemoterapia pediátrica -Série Atualizações
Pediátricas. Atheneu, São Paulo,2013, p: 540.

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Diretoria
Triênio 2016/2018

PRESIDENTE: COORDENAÇÃO DO CEXTEP: EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA


Luciana Rodrigues Silva (BA) Hélcio Villaça Simões (RJ) Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
1º VICE-PRESIDENTE: COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Clóvis Francisco Constantino (SP) Mauro Batista de Morais (SP) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
2º VICE-PRESIDENTE: COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO
Edson Ferreira Liberal (RJ) José Hugo de Lins Pessoa (SP) Gil Simões Batista (RJ)
SECRETÁRIO GERAL: DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Sidnei Ferreira (RJ)
Sidnei Ferreira (RJ) Nelson Augusto Rosário Filho (PR) Isabel Rey Madeira (RJ)
1º SECRETÁRIO: REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education Sandra Mara Amaral (RJ)
Cláudio Hoineff (RJ) Consortium) Bianca Carareto Alves Verardino (RJ)
2º SECRETÁRIO: Ricardo do Rego Barros (RJ) Maria de Fátima B. Pombo March (RJ)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP) Sílvio Rocha Carvalho (RJ)
3º SECRETÁRIO: Sérgio Augusto Cabral (RJ) Rafaela Baroni Aurilio (RJ)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA COORDENAÇÃO DO PRONAP
DIRETORIA FINANCEIRA: Francisco José Penna (MG) Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP)
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2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Marun David Cury (SP) COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)
DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Sidnei Ferreira (RJ) Fábio Ancona Lopez (SP)
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) Cláudio Barsanti (SP) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
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Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Membros: Mário Roberto Hirschheimer (SP) Cláudio Leone (SP)
Hans Walter Ferreira Greve (BA) João Cândido de Souza Borges (CE) COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA
Eveline Campos Monteiro de Castro (CE) COORDENAÇÃO VIGILASUS Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
Alberto Jorge Félix Costa (MS) Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Analíria Moraes Pimentel (PE) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP) Rosana Fiorini Puccini (SP)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN)
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Edson Ferreira Liberal (RJ) COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Célia Maria Stolze Silvany ((BA) Rosana Alves (ES)
COORDENADORES REGIONAIS: Suzy Santana Cavalcante (BA)
Norte: Kátia Galeão Brandt (PE)
Elizete Aparecida Lomazi (SP) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
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Nordeste:
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Sudeste: Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
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Regina Maria Santos Marques (GO) Cecim El Achkar (SC) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
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Rubens Feferbaum (SP) Sérgio Luís Amantéa (RS)
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Assessoria para Campanhas: Susana Maciel Wuillaume (RJ)
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Drogas e Violência na Adolescência: DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Evelyn Eisenstein (RJ) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA
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Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA
PEDIÁTRICA (CANP) Gilberto Pascolat (PR)
Educação Física: Virgínia Resende S. Weffort (MG) Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Coordenador: Ricardo do Rego Barros (RJ) Isabel Rey Madeira (RJ)
Luciana Rodrigues Silva (BA) CONVERSANDO COM O PEDIATRA
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Metodologia Científica: COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA João Coriolano Rego Barros (SP)
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Pediatria e Humanidade: Altacílio Aparecido Nunes (SP) CONSELHO FISCAL
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) João Joaquim Freitas do Amaral (CE) Titulares:
Luciana Rodrigues Silva (BA) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Núbia Mendonça (SE)
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Transplante em Pediatria: Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Suplentes:
Themis Reverbel da Silveira (RS) Joel Alves Lamounier (MG) Adelma Alves de Figueiredo (RR)
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Carmen Lúcia Bonnet (PR) Fábio Ancona Lopez (SP) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
Adriana Seber (SP)
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Altacílio Aparecido Nunes (SP) José Martins Filho (SP)
DIRETORIA E COORDENAÇÕES: Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG) Vice-presidente:
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO Flávio Diniz Capanema (MG) Álvaro de Lima Machado (ES)
PROFISSIONAL EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA Secretário Geral:
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