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PERSPECTIVA ETNOARQUEOLÓGICA DO EGITO: A UTILIZAÇÃO DO

SISTEMA SHADUF

JULIANA MARTINS1

Resumo

O presente trabalho busca entender o sistema contemporâneo da irrigação de água


das populações camponesas do Egito, e suas relações com o sistema do passado, tendo
como fonte dados arqueológicos e etnográficos. A técnica abordada é o shaduf, sistema
muito utilizado para transportar a água do Nilo até os campos, hortas e jardins. Muitas
das atividades aparecem nas pinturas murais das tumbas do novo império, e ainda
podem ser observada em uso nos dias de hoje.

Palavra- chave: Etnoarqueologia. Perspectiva Egípcia. Shaduf. Interpretação


Arqueológica.

Abstract

The present work seeks to understand the contemporary system of irrigation water
of rural populations of Egypt, and their relations with the system of the past, having as a
source data archaeological and ethnographical. The technique addressed is the shaduf,
system widely used for transporting water from the Nile to the fields, gardens and
orchards. Many of the activities appear in mural paintings of the tombs of the new
empire, and can still be found in use today.

Keywords: Ethnoarchaeology. Egyptian perspective. Shaduf. Archaeological


interpretation.

1
Graduada em História pelo Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo. Pós- graduando
em Arqueologia, história e sociedade, na Universidade de Santo Amaro (UNISA). Email:
julianamartins00007@hotmail.com.
1. Uma visão etnoarqueológica da utilização do sistema Shaduf no Egito

É importante rever alguns conceitos específicos que definem a importância da


etnoarqueologia, principalmente em sua face metodológica, cujo objetivo atual é
analisar as sociedades contemporâneas, na perspectiva de responder algumas questões
sobre a sua relação com a cultura material. Esse é um campo investigativo que se
desenvolveu muito como disciplina, e não apenas como uma área que aborda um
simples processo de comparação que se opõe a dedução ou indução das pesquisas
arqueológicas. A etnoarqueologia é uma especialidade que surgiu para testar hipóteses,
e desenvolver modelos que possam interpretar e teorizar embasamentos desenvolvidos
sobre o contexto arqueológico.
Se pensarmos que as pesquisas procuram de certa forma entender as populações
atuais, podemos ter acesso a certos fatores do comportamento humano, que podem
responder problemas arqueológicos de extrema complexidade, que muita das vezes fica
sem explicação, quando trabalhado por outra visão teórica. Muitos autores como: Mauss
(1950), Binfors 1978, Schiffer 1972, David e Kramer 2002, Politis 2002, entre outros,
contribuíram e defenderam de diversas formas, para o desenvolvimento das pesquisas
etnoarqueológicas.
Mauss (1954) desenvolveu um papel importante no âmbito dos estudos etnográficos
da cultura material. Em The gift: Forms and Functions of Exchange in Archaic
Societies, o autor analisa os objetos e a troca de serviços nas “sociedades primitivas”,
abordando o poder e o aspecto competitivo e estratégico de dar presentes.

[…] The system of contractual gifts in Samoa is not confined to


marriage; it is present also in respect of childbirth, circumcision,
sickness, girls' puberty, funeral ceremonies and trade. Moreover, two
elements of the potlatch have in fact been attested to: the honour,
prestige or mana which wealth confers; and the absolute obligation to
make return gifts under the penalty of losing the mana, authority and
wealth.[…] (MAUSS,1954:62).

Ao que sabemos, presentear é bem comum em relatos etnográficos. Mauss em sua


análise sobre a Polinésia em (Samoa), enfatiza a existência de uma classificação de bens

2
MAUSS, M. The Gift: forms and functions of exchange in archaic societies. Londres:
Routledge, 1954.
e pessoas, e isso objetos e conhecimentos ritualísticos. Binfors (1978) em Nunamiut
ethnoarchaeology desenvolveu um trabalho etnográfico de campo no Alasca, a fim de
entender o comportamento dos Nunamiut, e isso inclui uma variedade de condições
deterministas, que por sua vez giram em torno do meio ambiente. A teoria geral dos
sistemas criada por Binford permite que os arqueólogos estudem todo o processo dentro
das estruturas estáticas, porém, as possíveis alterações no sistema social passam a ser
tratadas como fatores externos ou ambientais. Segundo Trigger:

[...] Binford afirmou que itens naturais não interagem com um único
subsistema da cultura, mas refletem todos os três. Os aspectos
técnico- econômicos dos artefatos refletem o modo como eles eram
usados para fazer face ao ambiente; os aspectos sociotécnicos têm no
domínio social o seu contexto básico; e o ideotécnicos correspondem
ao domínio ideológico. [...] (TRIGGER, 2004:294).

Binford sempre defendeu uma idéia mais positivista, que elimina os elementos
subjetivos, e reafirma uma base interpretativa mais objetiva dos dados arqueológicos.
No entanto, Schiffer (1972) não concorda com o determinismo da teoria dos sistemas,
ele acredita que o registro arqueológico é uma visão distorcida do passado, por isso não
devemos tratar as pessoas e a cultura material como fontes estáticas. As leis
comportamentais vêm opondo-se as hipóteses mais importantes desenvolvidas por
muitos arqueólogos, de que o espaço padronizado de resquícios arqueológicos reflete o
padrão espacial das atividades dos antepassados.
Esse questionamento deu margem a novos questionamentos, sobre a proveniência
dos artefatos e o seu uso real dentro de uma sociedade, numa perspectiva
comportamental do sistema cultural. Para Schiffer (1972):

[..] the life cycle or history of any element-the stages of its "life"
within a cultural system -and how these relate to the eventual
transition of elements to the archaeological record. Systemic context
labels the condition of an element which is participating in a
behavioral system. Archaeological context describes materials which
have passed through a cultural system, and which are now the objects
of investigation of archaeologists. […] (SCHIFFER, 1972:157)3

3
SCHIFFER, M. B. Archaeological context and systemic. American Antiquity, Vol. 37, No. 2.
(Apr. 1972), pp. 156-165.
As idéias de Sheffer podem ser observadas claramente no contexto
etnoarqueológico, principalmente quando observamos as atividades humanas. Para
Kramer (2002), os arqueólogos e os etnólogos têm um problema. Por um lado a
arqueologia se manifesta através das atividades humanas de longo tempo, com isso, as
interpretações de determinado dados precisam considerar as ações ao longo do tempo.
Já a etnoarqueologia trabalha no presente, para que se possa evitar que haja uma
assimilação entre passado e presente, identificando os mecanismos socioculturais. Sobre
a etnoarqueologia, Kramer afirma que:

[...] Os etnoarqueólogos trabalham no “presente etnográfico.”


Enquanto eles podem inferir de suas observações a existência de
mecanismos, eles não têm a oportunidade de observar, exceto por
períodos muito curtos, as manifestações materiais dos processos. [...]
(KRAMER, 2002:37).

Essas observações correm para que não haja erros interpretativos distorcidos por
parte das observações do presente com o passado, é importante trabalhar aspectos
específicos do uso da disciplina. Ela envolve a análise da produção material, as
tipologias, as distribuições, o consumo e descarte de coisas materiais, respeitando a
variação no contexto sociocultural.
Ter a cultura material como ponto de partida para a análise etnoarqueológica, nós
dá a opção de vários caminhos dentro das pesquisas. O sistema de irrigação praticado
ainda hoje pelos camponeses do Egito é uma espécie mecanismo que ainda pode ter
relação com o comportamento humano do passado. A partir da utilização de alguns
sistemas como Shaduf e Saqya,4 conseguimos entender as necessidades e dificuldades
que os antigos egípcios passaram com relação ao processo de irrigação de água.
Segundo Silva:

[...] é preciso destacar que não podemos entender o comportamento e


a realidade material, desconsiderando a relação dialética entre
prática e simbolismo da ação humana no mundo material. Portanto,
mais do que formular generalizações que possam ser utilizadas para
interpretar os registros arqueológicos, a etnoarqueologia pode
propiciar um aprofundamento no entendimento dessa relação
expressa na cultura material. [...] (SILVA, 2009: 135).

4
Sistemas tradicionais de transporte de água do Nilo e dos canais aos campos, sistemas
desenvolvidos durante o período do Novo Império.
A breve citação observa que devemos entender a relação dos homens com o mundo
material no tempo, para que possamos debater a relação do homem com os objetos.
Seguindo essa linha de pensamento, a abordagem das pesquisas deixa de ser voltadas
para a arqueologia e a compreensão do passado. Isso sugere uma possibilidade de
entender as sociedades do presente e a sua relação naquele ambiente. Alguns como
Politis (2002) descreve que a etnoarqueologia é como uma especialidade da
arqueologia, e da antropologia social. Ambas trabalham a cultura material em função
dimensional do comportamento humano. A etnoarqueologia se apóia em três áreas
cabíveis para interpretações arqueológicas. Buscar relações coerentes sobre o
comportamento humano e a cultura material, é o método mais contemporâneo utilizado
no âmbito da disciplina, e, segundo Politis (2000), o objetivo dessa construção é
trabalhar para que não haja interpretações de múltiplos sentidos, ou mesmo contrárias
sobre os derivados casuais dinâmicos estáticos. Essa forma de pesquisa é desenvolvida
com muita freqüência, Politis (2000) fala que:

[...] Las investigaciones sobre uso y descarte de artefactos; matanza,


transporte yconsumo de presas, construcción y abandono de viviendas
o secuencias de fabricación de objetos que se han llevado a cabo en
América del Sur se enmarcan dentro de este campo (García,1988;
Jones, 1993; Stahl; Zeidler,1990, Yacobaccio; Madero, 1994)[...]
(POLITIS, 2000:740).

A segunda forma de interpretação contextualiza as manifestações sociais


ideacional. Dessa forma, a etnoarqueologia tenta compreender o comportamento social
contextualizado nas diversas esferas sociais e ideacional, buscando entender as
manifestações culturais. A terceira forma de interpretação tenta entender outras formas
de pensamento, ela vai além das probabilidades interpretativas da cultura material.
Nesta etapa, a etnoarqueologia vai mais a fundo nas correlações da cultura material, ela
consegue se aproximar de alguns conceitos chave, que melhor respondem os fatores
sociais e ideológicos. No Egito, a etnoarqueologia não é muito abordade, o motivo não
está relacionado à modernização de grande parte da região, pois muitos ainda vivem no
sistema tradicional as margens do Nilo, ou mesmo no deserto.
Autores como Willeke (2013) acredita que os registros arqueológicos e fontes
textuais estão bem preservados pelo tempo, porém, alguns trabalhos de destaque se
concentram nos coptas, principalmente porque a língua ainda é utilizada, eles são os que
mais se aproximam ao período faraônico. Essa é uma oportunidade de estudar mais as
comunidades rurais, pois sabemos que as formas de vida tradicional ainda são
praticadas. Alguns trabalhos são reconhecidos por estudos comparativos entre o antigo
e o moderno Egito:

[...]was made by Winifred Blackman in a book titled The fellahin of


Upper Egypt, their religious, social and industrial life to-day with
special reference to survivalsfmm ancient times (1927). Blaclanan
was an exceptional woman. Bom in 1872, the daugbter of a clergyman
in Victorian-era Oxford, she studied anthropology as an affiliated
student at a time when only very few women studied at Oxford
University. […] (Willeke, 2003:10).

Os livros da autora Blackwell têm um foco especial sobre as aldeias e os habitantes,


as descrições generalizam sobre o uso do espaço dentro das aldeias. Algumas analogias
são feitas em relação aos egípcios antigos, as comparações são feitas com o uso da
cultura material, rituais, textos, entre outros. As advertências cometidas em análises do
presente com o passado ocorrem porque alguns autores desconsideram a importância do
desenvolvimento contínuo das sociedades. Deduzir que a cultura a cultura atual é uma
continuação imutável do passado, pode trazer alguns problemas nos dados
interpretativos. O registro arqueológico deve ser respeitado em seu contexto temporal,
regional, e social, para que consigamos responder alguns pontos primordiais sobre as
variações, os conflitos e mudanças dentro das sociedades.
O presente trabalho aborda o sistema contemporâneo de abastecimento das
populações contemporâneas do Egito, no intuito de compreender a sua relação com o
sistema do passado. A metodologia aborda o contexto, considerando que a cultura
material não é um espelho passivo das estruturas sociais, mas sim um elemento ativo
que produz e reproduz relações sociais.
A importância do desenvolvimento da agricultura egípcia dentro do contexto
espacial temporal esclarece as necessidades existentes do antigo Egito, em relação ao
abastecimento de água. A civilização egípcia se desenvolveu em uma das regiões mais
5
árida e desértica, segundo Tusell (1996:14) “uma de las áreas desérticas y áridas más
grandes Del mundo, mayor incluso que toda Eupopa”. Sabemos que após o fim da era
glacial na Europa, algumas modificações climáticas ocasionaram a falta de chuva,
levando as populações nômades da África saariana a migrarem para o vale do rio Nilo.

5
Traducción castellana de Mònica Tusell (1992): El Antiguo Egipto: anatomía de uma
civilización. Título original: Ancient Egypt: Anatomy of a Civilization, Barry j.Kemp (1989).
As condições as margens do Nilo foram favoráveis, sabendo que o rio atravessa do
sul até o norte, levando a água do lago vitória até o mediterrâneo há mais de 5.500 km
de distância. Na antiguidade, o Nilo correspondia aos últimos 1.300km que iniciava na
atual aswan, e terminava no vale do Nilo, nas proximidades do Cairo, que hoje é a atual
capital do Egito. O calendário egípcio era dividido em três estações: Ajed (inundação),
Peret (colheita) e Shemu (seca).

Fig.1. Mapa da extensão do rio Nilo, Abu Bakr (2010:102).

As precárias condições no sistema de irrigação, e os problemas de escassez das


chuvas para a agricultura, fez surgir grandes projetos de irrigação que se adequavam ao
controle regional, e até mesmo ao controle local. O Nilo foi o grande responsável por
manter o desenvolvimento das sociedades egípcias por milhares de anos. O primeiro
povoamento as margens do Nilo, ocorreu por volta de 7000 A.P, data que remonta o
período neolítico. Segundo Abu Barry (2010:99) 6 “Nessa época, os egípcios adotaram um
modo de vida pastoril e agrícola”. O vale do Nilo ditou o desenvolvimento da agricultura, e
durante muito tempo, tiveram problemas com o transporte da água, e o sistema de
irrigação dependia das pernas e dos ombros dos trabalhadores.

6
História geral da África, II: África antiga / editado por Gamal Mokhtar. – 2. ed. rev. –Brasília
: UNESCO, 2010.
Evidências arqueológicas datadas do novo Império,7demonstram que houve um
extraordinário progresso no sistema de irrigação agrícola após a invenção do sistema
Shaduf (principal dispositivo de irrigação). J. Yoyotte (2010:130) afirma que “a
invenção do shaduf durante o Novo Império tenha possibilitado duas colheitas de cereais por
ano em alguns lugares”. Anterior a essa dinastia, não temos evidências arqueológicas da
utilização desse sistema. Segundo Tusell:

[...] En versiones previas, anteriores a La dinastía XVIII, El método


era todavá más rudementario. Vemos cómo los hombres
transportaban El água hasta los jardines em um par de jarras de
cerâmica colgadas de uma percha que llevaban a hombros [...]
(Tusell, 1996:20).

As imagens abaixo representam a tumba de Apy’s ou (Hapis), pinturas do novo império em


tumbas tebanas.

Fig.3. Imagem do sistema Shaduf em tumbas tebanas, Davies (1927:162) 8

7
Cidade de Tebas, cerca de 1550-10476 A.P, nas XVII-XX dinastias.
8
Apy’s house and garden, detail from plate XXVIII. Painted by N. de Garis Davies.
Fig.2 Representação do Shaduf em Amarna, segunda metade da XVIII dinastia.
Butzer(19476:43).

Com o primeiro processo de abastecimento de água, permitiu uma concentração


maior de fertilizantes sobre o solo. Esse processo facilitou o surgimento de maior
produtividade. Após as mudanças no solo, o povo passou a chamar a região de Kemet,
“terra negra”. Siliotti (2006:16). Hoje, a população do Egito já chega a mais de 779
milhões de habitantes, e como na antiguidade, apenas 4% se concentra as margens do
Nilo. Por ser uma região desértica, algumas comunidades ainda se sustentam da
agricultura. Atualmente, algumas populações ainda utilizam técnicas de irrigação
artificial, por meio de canais com vazão controlada.

9
Smith, Dan. O atlas do oriente médio: conflitos e soluções.Publifolha, 2008.
Fig.4. Utilização do Shaduf pelas sociedades contemporâneas do Egito, Siliotti
(2006:25).

Fig.5. Shaduf abandonado numa vala de irrigação, as margens do Nilo branco. Butzer
(19476:43) 10.

10
K.W.Butzer, Early hydraulic civilization in Egypt, Chicago, 1976. O sistema não se concentra
apenas no Egito, a imagem foi encontrada no Sudão, as margens do Nilo branco. Houve
período em que o Egito ficou sobre domínio dos núbios, por volta de 770 A.P.
A visão etnoarqueológica sobre o estudo do modo de vida atual das sociedades
acaba trazendo uma compreensão maior sobre o processo das evidências arqueológicas.
Segundo Renfrew (2008:194) “Los problemas se derivamn de La natureza de las
comparaciones”. No Egito, percebe-se uma distância temporal muito ampla entre as
abordagens, porém, a arqueologia Egípcia não tem muito problema com as
interpretações, pois como já foi citado no texto, há um número muito grande de
evidência material e textual. O uso do Shaduf pelas sociedades contemporâneas
apresenta forte relação com o passado, pois o sistema foi criado para suprir as
populações que vivem as margens do Nilo, e atualmente a cultura material ainda está
em uso pelas mesmas necessidades.

Considerações Finais

Através das práticas cotidianas apresentadas nas imagens acima, podemos afirmar
que o registro arqueológico, está sobre uma perspectiva facilitadora da compreensão
sobre a relação das sociedades com a cultura material. Dentro do que foi analisado,
podemos considerar as similaridades, com relação às necessidades da utilização do
objeto.

Bibliografia

ALDRED, Cyril. Os Egípcios. Editora verobo, 1966.

Butzer. Karl.W. Early hydraulic civilization in Egypt, Chicago, 1976.

BINFORD, L. R. Nunamiut ethnoarchaeology. New York: Academic Press, 1978.

DAVID e KRAMER, C. Ethnoarchaeology in Action. Cambridge:Cambridge


University Press, 2001.

GALÁN, José. Cuatro Viajes em La Literatura Del Antiguo Egipto. Consejo superior de
investigaciones científicas Madrid, 2000.

KEMP, Barry. El atiguo Egipto, anatomía de una civilización. Traducción castelana de


Mònica Tusell, 1992.

MONTET. Pierre. La vida cotidiana em Egipto de los Ramsés. Traducción de Ricardo


Anaya, 1964.

MAUSS, M. The Gift: forms and functions of exchange in archaic societies. Londres:
Routledge, 1954.
POLITIS. Acerca dela etnoarqueología em América Del sur. Porto Alegre, ano 8, n. 18,
p. 61-91, dezembro de 2002.

RENFREW, Colin. Conceptos clave. Editora Akal, S. A. 2005.

SCHIFFER, M. B. Archaeological context and systemic. American Antiquity, Vol. 37,


No. 2. (Apr. 1972), pp. 156-165.

SILVA. Fabíola. Etnoarqueologia: uma perspectiva arqueológica para o estudo da


cultura material. SILVA, Fabíola A. – v. 8, n. 16, jul./dez. 2009.

SILIOTTI, Albert. Grandes civilizações do passado: Egito. Editora fólio, 2006.

SMITH, Dan. O atlas do oriente médio: conflitos e soluções. Publifolha, 2008.


TYLDESLEY, Joyce. Los descubridores del antiguo Egipto. Colección imago mundi
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VALBELLE, Dominique. A vida no antigo Egito. P.E.A. 1990.

WENDRICH, Willeke. The Relevance of Ethnoarchaeology: An Egyptian Perspective.


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WENDRICH, Willeke. Egyptian archaeology. Blackwell studies in global archaeology,


2010.

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