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ou II – tiverem elegido pelo menos 15 Deputados ração de inquérito policial em face de pessoas en-
Federais distribuídos em pelo menos um terço das volvidas nos fatos apurados.
unidades da Federação. b. É possível o investigado, convocado para depor
e. A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, perante CPI, permanecer em silêncio, evitando-se
no curso do mandato, afasta a inelegibilidade pre- a autoincriminação, além de ter assegurado o di-
vista no § 7º do art. 14 da Constituição Federal. reito de ser assistido por advogado e de comuni-
car-se com este durante a sua inquirição.
5. À luz da Constituição Federal de 1988 e da juris- c. A extinção da CPI prejudica o conhecimento do
prudência do Supremo Tribunal Federal, marque a al- habeas corpus impetrado contra as eventuais ile-
ternativa errada: galidades de seu relatório final, notadamente por
a. A imunidade parlamentar não se estende ao cor- não mais existir legitimidade passiva do órgão im-
réu sem essa prerrogativa. petrado.
b. A cláusula de inviolabilidade constitucional, que d. Não podem as CPIs estaduais requerer quebra de
impede a responsabilização penal e/ou civil do sigilo de dados bancários, com base no art. 58, §
membro do Congresso Nacional por suas pala- 3º, da Constituição Federal.
vras, opiniões e votos, também abrange, sob seu e. A duração do inquérito parlamentar tem seu termo
manto protetor, as entrevistas jornalísticas, a trans- final na legislatura em que foi constituída.
missão, para a imprensa, do conteúdo de pronun-
ciamentos ou de relatórios produzidos nas Casas 7. Os intérpretes e os aplicadores da Constituição
Legislativas e as declarações feitas aos meios de não podem chegar a resultados que maculem o siste-
comunicação social. Tais manifestações – desde ma organizatório-funcional nela estabelecido, a exem-
que vinculadas ao desempenho do mandato – plo da separação de poderes. A afirmação anterior diz
qualificam-se como natural projeção do exercício respeito ao princípio:
das atividades parlamentares. a. da eficiência.
c. A prerrogativa de foro conferida aos membros do b. da correção funcional.
Congresso Nacional, vinculada à liberdade máxi- c. da concordância prática.
ma necessária ao bom desempenho do ofício le- d. do efeito integrador.
gislativo, estende-se ao suplente respectivo, mes- e. da supremacia.
mo durante o período em que este permanecer
fora do efetivo exercício da atividade parlamentar. 8. No que concerne à hermenêutica constitucional e
d. Desde a expedição do diploma, os membros do à aplicação das normas constitucionais, assinale a op-
Congresso Nacional não poderão ser presos, sal- ção correta:
vo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, a. Quando uma norma infraconstitucional contar com
os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro mais de uma interpretação possível, uma, no mí-
horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da nimo, pela constitucionalidade e outra ou outras
maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.. pela inconstitucionalidade, adota-se a técnica da
e. Norma estadual que atribui à Defensoria Pública interpretação conforme para, sem redução do
do Estado a defesa judicial de servidores públicos texto, escolher aquela ou aquelas que melhor se
estaduais processados civil ou criminalmente em conforme(m) à Constituição, afastando-se, conse-
razão do regular exercício do cargo extrapola o quentemente, as demais.
modelo da Constituição Federal, o qual restringe b. De acordo com o princípio da supremacia da
as atribuições da Defensoria Pública à assistência Constituição, a interpretação constitucional deve
jurídica integral e gratuita aos que comprovarem ser realizada de forma a evitar contradição entre
insuficiência de recursos. suas normas.
c. De acordo com o método tópico-problemático, a
6. Acerca das Comissões Parlamentares de Inqué- interpretação da Constituição é concretização,
rito (CPIs) e à luz da jurisprudência do STF, marque a criando-se um processo unitário entre aplicação e
alternativa errada: interpretação, com primazia do texto sobre o pro-
a. As CPIs possuem permissão legal para encami- blema.
nhar relatório circunstanciado não só ao Ministério d. No método normativo-estruturante, busca-se a
Público e à Advocacia-Geral da União, mas, tam- interpretação da Constituição como um conjunto,
bém, a outros órgãos públicos, podendo veicular, em um processo de integração comunitária.
inclusive, documentação que possibilite a instau-
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a. pode pleitear a resolução do contrato, com base de Dados Pessoais – LGPD", que entrará em vigor, na
na teoria do rompimento da base objetiva do ne- sua totalidade, em 14/08/2020. Com base nessas pre-
gócio jurídico. missas, assinale a afirmativa correta:
b. pode pleitear a resilição unilateral do contrato, a. Dada a inexistência de uma norma regulamenta-
com base na teoria da imprevisão. dora vigente sobre a proteção de dados pessoais
c. pode deixar de pagar o valor do aluguel mensal, no Brasil, a sua tutela judicial, no âmbito das rela-
até a reabertura normal do Shopping Center, por ções subjetivas privadas, ainda se mostra inviável.
aplicação da teoria da exceptio non adimpleti b. Para fins da proteção dos dados pessoais, estes
contractus. são considerados de titularidade de quem os cole-
d. pode deixar de pagar o valor do aluguel mensal, ta, e não da pessoa natural aos quais se referem.
pela aplicação da teoria do fato do príncipe. c. Como o Código Civil não tratou, em sua "Parte
e. deve cumprir o contrato, por aplicação dos princí- Geral", no capítulo específico dos "Direitos da Per-
pios da boa-fé objetiva e do pacta sunt servanda. sonalidade", do tema da proteção de dados pesso-
ais, pode-se afirmar que esta não pode ser qualifi-
22. Recentemente, o art. 50 do Código Civil foi altera- cada como um direito da personalidade.
do e acrescido em alguns parágrafos pela Lei da Liber- d. A proteção de dados pessoais não pode ser objeto
dade Econômica (Lei n. 13.874, de 2019). A finalidade de limitação voluntária pelo seu titular.
desses acréscimos e alterações foi: e. É dispensada a exigência do consentimento para
a. dar uma interpretação autêntica aos conceitos de o tratamento dos dados tornados manifestamente
desvio de finalidade e confusão patrimonial, como públicos por seu titular, resguardados os seus di-
requisitos necessários para que o Juiz possa des- reitos e os princípios previstos na LGPD.
considerar a personalidade jurídica.
b. tornar indene de dúvidas a aplicação na teoria me- 25. Acerca dos contratos de plano de saúde, assinale
nor da desconsideração da personalidade jurídica, a alternativa correta, de acordo com a lei e a diretriz
nas relações privadas paritárias. jurisprudencial do STJ:
c. tornar indene de dúvidas a aplicação na teoria a. Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos
maior da desconsideração da personalidade jurí- contratos de plano de saúde, mesmo aqueles ad-
dica, nas relações privadas não-paritárias. ministrados por entidades de autogestão.
d. prever em um texto legal, de forma inédita, a des- b. A operadora de plano de saúde tem responsabili-
consideração inversa da personalidade jurídica. dade solidária por defeito na prestação de serviço
e. prever que a desconsideração da personalidade médico quando o presta por meio de hospital
jurídica pelo Juiz ensejará a sua dissolução total. próprio e médicos contratados, ou por meio de
médicos e hospitais credenciados.
23. Manoel pactua com Joaquim a entrega de uma c. Muito embora a negativa injustificada de cobertura
das vacas do seu rebanho leiteiro, que ocorrerá no pri- em contrato de plano de saúde seja contrária ao
meiro dia do ano subsequente, competindo a escolha Direito, não gerará dano moral indenizável, sendo
a Joaquim. Com base nesta situação hipotética, o con- classificada como mero inadimplemento contratual.
teúdo obrigacional do negócio jurídico tem a seguinte d. O contrato de plano de saúde pode ser classifica-
do como comutativo, uma vez que é certa a qua-
classificação doutrinária:
lidade e a quantidade da prestação do fornecedor
a. obrigação de fazer fungível.
do serviço.
b. obrigação de fazer infungível.
e. É lícita a cláusula que limita no tempo a internação
c. obrigação de dar coisa certa.
hospitalar do segurado, em respeito ao equilíbrio
d. obrigação genérica.
econômico-financeiro do contrato.
e. obrigação acessória.
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35. Acerca do processo de conhecimento no âmbito b. configura-se em sentença, sendo, portanto, ape-
do Código de Processo Civil, assinale a alternativa lável.
incorreta: c. é passível de cumprimento provisório, mesmo que
a. O indeferimento da petição inicial é decisão que, tenha sido julgado em definitivo o recurso dele in-
não admitindo o processamento da demanda terposto.
apresentada, põe fim liminarmente ao processo, d. pode ser executado, independentemente de cau-
sem resolução de mérito. Entretanto, somente se ção, ainda que esteja pendente de julgamento re-
admite tal decisão se restar inviabilizada a tutela curso contra ele interposto.
jurisdicional, ou seja, se não for possível a corre- e. deve reconhecer a existência de obrigação líqui-
ção do vício ou se o autor, previamente intimado da, não sendo cabível sua prévia liquidação.
para saná-lo, não atendeu à determinação judicial.
Ainda, nada impede que o indeferimento da pe- 37. De acordo com o entendimento do STJ, é correto
tição inicial seja parcial, oportunidade em que a afirmar que o rol de cabimento de agravo de instrumen-
demanda prosseguirá em relação à parte admitida to previsto no Código de Processo Civil (CPC)
da peça inaugural. a. é de taxatividade mitigada, admitindo-se a inter-
b. O Código de Processo Civil, em homenagem aos posição desse recurso quando verificada urgência
princípios da economia processual e da instru- decorrente da inutilidade do julgamento da ques-
mentalidade das formas, eliminou as exceções tão no recurso de apelação.
instrumentais (de incompetência relativa) e as b. é exaustivo, não sendo admitida interpretação ex-
impugnações em apartado (ao valor da causa e tensiva ou analógica.
à gratuidade da justiça), inserindo-as todas como c. é meramente exemplificativo, admitindo-se a in-
preliminares de contestação. A reconvenção tam- terposição desse recurso contra outras decisões
bém passou a ser exercida no bojo da contesta- interlocutórias.
ção, mantendo-se, porém, a regra da inadmissibi- d. não prevê a interposição desse recurso contra de-
lidade da reconvenção subjetivamente ampliativa, cisões interlocutórias proferidas na fase de liquida-
prevista no Código de Processo Civil de 1973. ção de sentença ou de cumprimento de sentença.
c. Caso o réu alegue na contestação ser parte ilegí- e. não contempla outras hipóteses de cabimento
tima ou não ser o responsável pelo prejuízo invo- desse recurso previstas em lei.
cado, o juiz facultará ao autor, em 15 dias, a alte-
ração da petição inicial para substituição do réu. 38. Tendo transitado em julgado sentença que conde-
Trata-se, portanto, de uma forma de modificação nara o réu a pagar ao autor determinada soma pecuni-
dos elementos da demanda mesmo após a cita-
ária, este requereu, a juízo situado em foro diverso do
ção do réu e sem que seja necessário o seu con-
da condenação, o cumprimento do julgado.
sentimento específico, sendo esta uma exceção
Sem que tivesse satisfeito voluntariamente a obriga-
ao regime de estabilização progressiva delimitado
ção, o réu, pretendendo arguir a incompetência relativa
pelo art. 329 do CPC.
d. Para ser apresentada, a reconvenção pressupõe do foro em que a execução foi deflagrada, deve ofertar:
uma causa pendente, porém, uma vez veiculada, a. Embargos à execução.
ela adquire autonomia. Dessa forma, a desistência b. Exceção de incompetência relativa no juízo do
da ação ou a ocorrência de causa extintiva que cumprimento de sentença ou no juízo do local em
impeça o exame de seu mérito não obsta o pros- que o executado entende ser o foro competente.
seguimento do processo quanto à reconvenção. c. Impugnação ao cumprimento de sentença, inde-
e. No curso de ação cível, é defeso ao Juiz conhecer pendente de penhora ou nova intimação.
de ofício a convenção de arbitragem e a incompe- d. Objeção de pré-executividade, pois não se trata de
tência relativa. mérito e não há necessidade de garantir o juízo.
e. Contestação, como preliminar de mérito.
36. No que diz respeito ao julgamento antecipado par-
39. Em relação às ações reguladas por procedimen-
cial de mérito, é correto afirmar que o respectivo pro-
tos especiais, é correto afirmar:
nunciamento judicial
a. No caso de ação possessória em que figure no
a. deve ser objeto de confirmação quando da prola-
polo passivo grande número de pessoas, serão
ção da futura sentença, por se tratar de decisão de
feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem
natureza provisória.
encontrados no local e a citação por edital dos de-
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56. Sobre as medidas cautelares diversas da prisão, 59. Acerca das interceptações telefônicas, julgue as
assinale a alternativa incorreta. assertivas abaixo, indicando a incorreta:
a. A fiança pode ser fixada pela autoridade policial, a. É matéria de reserva de jurisdição.
sempre que a pena máxima prevista para o crime b. A interceptação telefônica será autorizada apenas
não ultrapassar quatro anos, desde que não se para investigar crime punido com reclusão.
trate de crimes inafiançáveis. c. Deve haver degravação integral dos áudios captu-
b. A prisão preventiva não pode ser substituída por rados, a fim de se assegurar ampla defesa e con-
monitoramento eletrônico nos crimes que envol- traditório.
vam violência doméstica e familiar contra a mulher. d. A interceptação telefônica não pode ser determi-
c. O monitoramento eletrônico pode ser utilizado nada com base em denúncia anônima.
como meio de fiscalização pelo Juiz quando au- e. Não será deferida se houver outros meios de pro-
torizar a saída temporária no regime semiaberto. duzir a prova.
d. No caso de inimputabilidade do acusado, é admi-
tida a internação provisória como medida cautelar 60. Sobre os aspectos processuais penais da Lei Ma-
corporal. ria da Penha, marque a alternativa correta:
e. A lei processual penal não define a periodicidade a. Admite-se a suspensão condicional do processo
do comparecimento em juízo como medida caute- e a transação penal nos crimes que envolvam vio-
lar, devendo ser fixada pelo magistrado. lência doméstica e familiar contra a mulher, desde
que preenchidos os requisitos legais.
57. Sobre as prisões em processo penal, assinale a b. Nos delitos praticados em ambiente doméstico e
alternativa incorreta: familiar, geralmente praticados à clandestinidade,
a. A prisão temporária pode ser decretada apenas na sem a presença de testemunhas, a palavra da ví-
fase inquisitorial. tima possui especial relevância, tornando-se des-
b. A prisão preventiva deve ser idoneamente funda- necessário que seja corroborada por outros ele-
mentada em elementos concretos e contemporâ- mentos probatórios.
neos. c. Poderá ser decretada a prisão preventiva do acu-
c. A prisão temporária, nos crimes hediondos, po- sado para assegurar o cumprimento das medidas
derá ser decretada por 30 dias, prorrogáveis por protetivas.
igual período. d. A aplicação da Lei Maria da Penha exige a coabi-
d. Admite-se a prorrogação da prisão em flagrante tação.
na Lei de Drogas, aguardando o melhor momento e. A medida protetiva somente poderá ser concedida
para identificar e responsabilizar maior número de pela autoridade judicial.
integrantes de operações de tráfico.
e. A prisão preventiva pode ser decretada de ofício
pelo magistrado, quando no curso da ação penal.
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táveis. São direitos transindividuais, indivisíveis (a positura de ação civil pública em ordem a promo-
tutela será uniforme entre todos os interessados), ver a tutela judicial de direitos difusos e coletivos
titularizados por pessoas indeterminadas ligadas de que sejam titulares, em tese, as pessoas ne-
por circunstância comum. cessitadas economicamente.
b. Os direitos coletivos, estrito senso, são interesses e. Não se exige da Defensoria Pública, no ajuiza-
e direitos transindividuais, de natureza indivisível mento das ações civis públicas, a comprovação da
de que seja titular grupo, categoria ou classe de pertinência temática. Contudo, faz indispensável
pessoas ligadas, apenas, entre si. analisar se a ação guarda relação com a função
c. Os direitos individuais homogêneos são direitos institucional prevista na Constituição Federal.
materialmente coletivos. O vínculo entre os titula-
res decorre de origem comum, que pode ser fática 74. Acerca da interface entre a demanda coletiva e os
ou jurídica. processos individuais, analise os seguintes itens:
d. São exemplos de vínculos de direitos coletivos es- I – Se há o trânsito em julgado da sentença co-
trito senso as relações-base entre associados de letiva antes de propositura da ação individual,
uma determinada associação, entre os acionistas basta que o autor individual promova a liquida-
de uma sociedade ou entre pessoas que conso- ção e execução do título. Porém, é facultado
mem o mesmo produto. que ajuíze nova ação em vez de promover a
e. Nos direitos individuais homogêneos, o grupo é liquidação e execução.
formado após a lesão, diferenciando dos direitos II – Se já houver uma ação individual e no curso
coletivos estrito senso, que têm sua conformação for ajuizada uma ação coletiva, o interessado
surgida de maneira pretérita, a partir da relação deverá requerer, no prazo de 30 dias, a con-
jurídica base. tar da ciência da existência da ação coletiva,
a suspensão do seu processo individual para
72. Figuram como legitimados expressos na Lei da que a coisa julgada coletiva in utilibus favoreça
Ação Civil Pública, exceto: o autor individual.
a. Ministério Público e Defensoria Pública. III – Se houver o trânsito em julgado da sentença
b. Ordem dos Advogados do Brasil. individual antes da sentença coletiva, o autor
c. União, Estados, DF e municípios. da ação individual não será beneficiado pela
d. Autarquias, empresas públicas, sociedades de futura coisa julgada coletiva.
economia mista. a. Apenas o item I está certo.
e. Associações constituídas há pelo menos 1 ano e b. Apenas o item II está certo.
com finalidades institucionais condizentes com os c. Apenas o item III está certo.
direitos salvaguardados na Lei da Ação Civil Pú- d. Os itens I e II são corretos.
blica. e. Os itens II e III são corretos.
73. A respeito da legitimidade da Defensoria Pública 75. Acerca do Inquérito civil, assinale o item correto:
para as ações civis públicas, indique o item correto: a. O inquérito civil tem previsão legal na Lei da Ação
a. A Defensoria Pública consta no rol dos legitimados Civil Pública, mas não tem previsão constitucional.
ativos para a defesa dos interesses dos consumi- b. O inquérito civil figura como procedimento prepa-
dores em juízo ratório para a coleta de dados que permita ao re-
b. Originalmente, a Defensoria Pública não constava presentante da Defensoria Pública a formação da
entre os legitimados para propor a Ação Civil Pú- convicção para o ajuizamento da ACP.
blica. Por tal razão, somente a partir da edição da c. O inquérito civil é um procedimento administrativo.
Lei n. 11.448/07, que alterou a Lei da Ação Civil Em regra, não há interferência do judiciário. Trata-
Pública, a Defensoria Pública pode ajuizar ações -se de um instituto não obrigatório, sigiloso, não
coletivas. inquisitorial e de titularidade dos legitimados para
c. A alteração da Lei da Ação Civil Pública para in- a Ação Civil Pública.
cluir expressamente a legitimidade da Defensoria d. Por se tratar de um procedimento preparatório,
Pública teve a constitucionalidade questionada no não há necessidade de observância do enunciado
Supremo Tribunal Federal, por meio da Ação de sumular vinculante n. 14.
Descumprimento de Preceito Fundamental. e. O inquérito civil possui prazo de um ano, podendo
d. A Defensoria Pública tem legitimidade para a pro- ser prorrogado.
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convenção especial assumindo tal obrigação. III – O Caso Escher e outros vs. Brasil (2009) ver-
b. A adesão à competência contenciosa da Corte sou sobre interceptação telefônica arbitrária
IDH pode ser feita incondicionalmente, ou sob contra integrantes de organizações comunitá-
condição de reciprocidade, por prazo determinado rias que mantinham relação com o MST sob o
ou para casos específicos. argumento de que estavam associados para a
c. A Corte IDH tem competência para conhecer de prática de crimes.
qualquer caso relativo à interpretação e aplicação a. Somente o item I é certo.
desta Convenção que lhe seja submetido, desde b. Somente o item II é certo.
que os Estados Partes no caso tenham reconheci- c. Somente o item III é certo.
do ou reconheçam a referida competência. d. Somente os itens I e II são corretos.
d. A competência contenciosa consiste em cláusula e. Todos os itens são corretos.
facultativa, podendo os Estados a aceitarem ou
não. Se decidirem aceitar a competência conten-
ciosa da Corte IDH, os Estados assim podem pro-
FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
ceder tanto no momento do depósito de ratificação (Juliano Alves)
quanto em qualquer momento posterior.
e. A aceitação da competência da Corte IDH, de 91. Em sua tentativa de demonstrar o caráter cientí-
acordo Pacto de San José da Costa Rica, pode fico do Direito, Hans Kelsen formulou sua Teoria Pura
ser feita incondicionalmente, sob condição de re- do Direito que, em última instância, buscava afastar o
ciprocidade, por prazo determinado e para casos caráter metafísico do Direito, bem como as ideologias.
específicos, não sendo possível que os Estados Seu projeto consistiu em criar uma Ciência jurídica
criem outras hipóteses para além das elencadas. pura, livre de influências externas, em especial, livre
de ideologias. Assentado nos teóricos que tratam do
89. Acerca do Incidente de Deslocamento de Compe- tema, assinale a alternativa incorreta:
tência (IDC), assinale o item correto: a. O termo ideologia tem origem no final do século
a. O IDC é analisado pelo STF. XVIII, elaborado por filósofos franceses conheci-
b. O IDC pode ser ajuizado pelo Procurador Geral da dos como "ideólogos". Desse modo, ideologia sig-
República e pelo Defensor Público-Geral Federal. nificava o estudo da origem e formação da ideia.
c. Caberá o IDC nas hipóteses de grave violação a di- b. Auguste Comte, em uma visão marxista, também
reitos humanos; para assegurar o cumprimento de se referiu à ideologia, reiterando a ideia original,
obrigações decorrentes de tratados internacionais mas acrescentando-lhe um segundo significado,
ou na hipótese de incapacidade – oriunda de inércia, um sentido mais amplo, em que a ideologia pas-
negligência, falta de vontade política, de condições sou a significar um conjunto de ideias, princípios
pessoais, materiais etc. – de o Estado-membro, por e valores que refletem uma determinada visão de
suas instituições e autoridades, levar a cabo, em mundo, orientando uma forma de ação, sobretudo
toda a sua extensão, a persecução criminal. uma prática política.
d. O IDC somente é cabível para casos de natureza c. O termo "ideologia" passou a ser utilizado ampla-
penal. mente por influência do pensamento de Karl Marx,
e. o IDC somente pode ser manejado se já houver significando o processo de racionalização – um
processo em trâmite. autêntico mecanismo de defesa – dos interesses
de uma classe ou grupo dominante.
90. A respeito dos casos brasileiros perante a Corte d. Uma das principais consequências do positivismo
Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), jul- jurídico foi elaborar a ideia de que a ciência jurí-
gue os itens. dica deve ser neutra, isenta de construções ide-
I – O Caso Ximenes Lopes vs. Brasil (2006): versou ológicas. O paradigma moderno da cientificidade
sobre maus tratos e morte de paciente em clíni- tentou opor o senso comum da ciência estabele-
ca privada de saúde mental vinculada ao SUS. cendo um modelo de conhecimento científico que
II – O Caso Nogueira de Carvalho e outro vs. Bra- possui natureza coerente, organizado, objetivo,
sil (2006) versou sobre falha do Estado na sistemático, metódico, e conceitual de enunciados
investigação e punição de autores do assas- verdadeiros.
sinato do advogado Gilson Nogueira de Car- e. O positivismo, como metodologia que influenciou
valho, ativista de direitos humanos. marcadamente as ciências sociais, constrói um
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sistema racional que abandona a metafísica, en- as várias normas e microssistemas, especiais e
quanto esforço por se conhecer a existência, e se gerais, ao mesmo tempo, se observados os seus
dedica ao conhecimento dos fatos pela via da ex- campos de aplicação material e subjetivos.
periência em que os sentidos devem ser utilizados d. O Código de Processo Civil aplica-se nas ações
para perceber o real. de consumo, mas tem apenas uma única menção
ao consumidor, que está no capítulo sobre os limi-
92. Relativamente à análise feita por Norberto Bobbio tes da jurisdição nacional e competência da auto-
acerca da justiça, na obra Teoria da norma jurídica, é ridade judiciária brasileira.
correto afirmar que a justiça e. Na “ordenação” do transporte aéreo internacional,
a. é totalmente dependente da eficácia, porém não o STF, promovendo o denominado diálogo das
da validade. fontes, dá prevalência ao CDC em detrimento às
b. é totalmente dependente da validade, porém não normas de convenções internacionais sobre trans-
da eficácia. porte aéreo.
c. remete à questão da correspondência entre o que
é real e o que é ideal. 95. Para Kelsen, o conceito central da ciência jurídica
d. constitui o único critério de valoração para a teoria é o de “regra jurídica”. Ele considera dois aspectos: a
da norma jurídica. regra jurídica como norma criada pela autoridade jurí-
e. é dependente tanto da validade como da eficácia. dica para regular a conduta humana e como instrumen-
to usado pela ciência jurídica para descrever o Direito
93. Na obra Ciência e política: duas vocações, Max positivo. Outro(s) conceito(s) fundamental(is) é(são)
Weber define o Estado contemporâneo como uma co- o(s) de:
munidade humana que, dentro dos limites de um terri- a. direitos civis e políticos.
tório, reivindica b. o sistema estático e o sistema dinâmico de nor-
a. o monopólio do uso legítimo da violência simbó- mas.
lica. c. sanção, delito, dever jurídico, direito jurídico, pes-
b. uma parcela do uso legítimo da violência simbó- soa jurídica e ordem jurídica.
lica. d. norma fundamental de uma ordem jurídica.
c. o monopólio da capacidade de exprimir o que é e. validade e eficácia.
justo por natureza.
d. uma parcela do uso legítimo da violência física. 96. Émile Durkheim, na obra "da divisão do trabalho
e. o monopólio do uso legítimo da violência física. social" insiste, várias vezes ao longo do livro, sobre
o estado em que se encontrava a vida econômica da
94. De acordo com a professora Claudia Lima Mar- época. Durkheim se refere:
ques, o método do diálogo das fontes, criado por Erik a. direito ideológico gerador de conflitos sociais.
Jayme, em seu curso de Haia de 1995, tem sua base b. ao desemprego vigente e embates de classe.
no fenômeno comum das sociedades de consumo, c. ao estado de anomia jurídica e moral causado
na pós-modernidade, do crescente pluralismo de leis, pela divisão do trabalho.
gerais e especiais, para enfrentar a complexidade dos d. ao regime corporativo capaz de conter os egoís-
casos de nossa vida atual e, como fim, restabelecer a mos individuais.
coerência e a unidade de valores e finalidades (cons- e. ao estado de anomia jurídica e moral.
titucionalmente sinalizados) do ordenamento jurídico.
Sobre o tema, é INCORRETO afirmar: 97. José Eduardo Faria, em suas teorias sobre a rela-
a. O STF e o STJ admitem a teoria do diálogo das ção entre o direito e a globalização econômica, apre-
fontes. senta algumas tendências representando as novas for-
b. Diante da força da doutrina do transconstituciona- mas e funções do direito. A esse respeito, analise as
lismo, a respeito do diálogo das fontes, a teoria afirmativas abaixo e assinale a que NÃO representa o
vem sendo utilizada, de forma generalizada, em pensamento do autor:
vários países. a. reafirmação dos contratos como a forma jurídica
c. Superando a ideia de conflito entre normas, esta mais adequada à transmissão da propriedade.
teoria de Erik Jayme traz à luz a ideia de unidade b. hegemonia inglesa e americana no sistema finan-
do ordenamento e restauração da coerência entre ceiro da economia globalizada.
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Defensoria Pública
c. excesso de formalismo dos tribunais e excessiva IV – O fato de o Direito ser uma ordem da condu-
burocratização dos mecanismos processuais. ta humana não significa que a ordem jurídica
d. redução do grau de imperatividade do direito po- diga respeito apenas à conduta humana, que
sitivo. nada além da conduta humana faça parte do
e. formalização nos tradicionais procedimentos de conteúdo das regras jurídicas.
elaboração legislativa, especialmente nas ques- Assinale a alternativa correta a respeito do pensa-
tões mais técnicas de caráter interdisciplinar. mento de Hans Kelsen:
a. apenas a III.
98. Ronald Dworkin, ao tratar dos denominados hard b. apenas a I e a III.
cases e desafios à aplicação do Direito, apresenta os c. todas são verdadeiras.
argumentos de princípio e argumentos de política. So- d. apenas a I, II e IV.
bre esse tema, analise as seguintes alternativas: e. todas são falsas.
I – A aplicação de um princípio a um caso concre-
to, especialmente em hard cases, demanda do 100. Assinale a alternativa verdadeira:
julgador o uso não de critérios fixos (estes que a. Em Hans Kelsen, para se conhecer a natureza do
são inexistentes), mas um balanceamento, em Direito, deve-se restringir a atenção de forma ob-
que se ressalta a ideia de "peso" de um prin- jetiva e sem influências ideológicas às regras iso-
cípio. ladas do sistema.
II – Não há nada no pensamento de Dworkin que b. Na visão kelseniana de política, o problema do Di-
autorize a identificar qualquer tipo de hierar- reito seria um problema de técnica social, e não
quia entre os próprios princípios. um problema de moral.
III – Os princípios conferem liberdade ao juiz, o c. Kelsen destaca que a filosofia do Direito elabora
que faria de cada sentenciador, nos casos um conceito de Direito de modo a corresponder a
concretos, alguém livre para iniciar uma nova um ideal específico de justiça.
proposta normativa, em atitude semelhante à d. Kelsen destaca que, a despeito da “justiça” estar
liberdade criadora do legislador. fora do seu campo de análise, a filosofia do direito
IV – Dworkin, a partir de uma analogia com a ideia tenta estudar o tema a partir de uma ideia racional
de escritura de um romance compartilhada e sujeita à cognição objetiva.
entre vários autores não acredita que os juí- e. Para Kelsen, o Direito é um fim, um fim social es-
zes, mesmo em casos difíceis (hard cases), pecífico, e não um meio.
estejam autorizados a criar direito novo, na
medida em que ao agirem, o fazem de acordo
com uma tradição, pois tomam o romance já
pré-escrito, em parte, com a tarefa de dar-lhe
continuidade ou dar acabamento definitivo.
Assinale a alternativa Certa.
a. Apenas as assertivas I e II estão corretas.
b. Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
c. Apenas a assertiva I está certa.
d. Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas.
e. Todas as assertivas estão corretas.
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Defensoria Pública
GABARITO
1. a 51. e
2. b 52. c
3. d 53. c
4. e 54. c
5. c 55. e
6. d 56. b
7. b 57. e
8. a 58. d
9. b 59. c
10. d 60. c
11. d 61. b
12. d 62. b
13. e 63. b
14. e 64. d
15. a 65. b
16. b 66. d
17. d 67. b
18. b 68. c
19. b 69. a
20. d 70. b
21. c 71. e
22. a 72. b
23. d 73. e
24. e 74. c
25. b 75. e
26. d 76. d
27. b 77. a
28. d 78. b
29. e 79. c
30. c 80. b
31. c 81. e
32. a 82. d
33. e 83. d
34. d 84. b
35. b 85. c
36. d 86. b
37. a 87. d
38. c 88. a
39. a 89. c
40. e 90. e
41. b 91. b
42. d 92. c
43. e 93. e
44. c 94. e
45. c 95. c
46. e 96. e
47. c 97. e
48. c 98. d
49. b 99. d
50. e 100. c
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GABARITO COMENTADO
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b. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a maioria de seus membros, resolva sobre a prisão..
Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias, contado da e. Norma estadual que atribui à Defensoria Pública
diplomação, instruída a ação com provas de abu- do Estado a defesa judicial de servidores públicos
so do poder econômico, corrupção ou fraude. estaduais processados civil ou criminalmente em
c. A ação de impugnação de mandato tramitará em razão do regular exercício do cargo extrapola o
segredo de justiça, respondendo o autor, na forma modelo da Constituição Federal, o qual restringe
da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. as atribuições da Defensoria Pública à assistência
d. Somente terão direito a recursos do fundo partidá- jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
rio e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na for- insuficiência de recursos.
ma da lei, os partidos políticos que alternativamen-
te: I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Letra c.
Deputados, no mínimo, três por cento dos votos Segundo o STF, “A prerrogativa de foro conferida
válidos, distribuídos em pelo menos um terço das aos membros do Congresso Nacional, vinculada à
unidades da Federação, com um mínimo de dois liberdade máxima necessária ao bom desempenho
por cento dos votos válidos em cada uma delas; do ofício legislativo, estende-se ao suplente
ou II – tiverem elegido pelo menos 15 Deputados respectivo apenas durante o período em que este
Federais distribuídos em pelo menos um terço das permanecer no efetivo exercício da atividade
unidades da Federação. parlamentar. Assim, o retorno do Deputado ou
e. A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, do Senador titular às funções normais implica a
no curso do mandato, afasta a inelegibilidade pre- perda, pelo suplente, do direito de ser investigado,
vista no § 7º do art. 14 da Constituição Federal. processado e julgado no STF”. Inq 2.421 AgR, rel.
min. Menezes Direito, j. 14-2-2008, P, DJE de 4-4-
Letra e. 2008. Inq 3.341, rel. min. Celso de Mello, j. 25-4-
Súmula Vinculante n. 18. 2012, dec. monocrática, DJE de 3-5-2012.
5. À luz da Constituição Federal de 1988 e da juris- 6. Acerca das Comissões Parlamentares de Inqué-
prudência do Supremo Tribunal Federal, marque a al- rito (CPIs) e à luz da jurisprudência do STF, marque a
ternativa errada: alternativa errada:
a. A imunidade parlamentar não se estende ao cor- a. As CPIs possuem permissão legal para encami-
réu sem essa prerrogativa. nhar relatório circunstanciado não só ao Ministério
b. A cláusula de inviolabilidade constitucional, que Público e à Advocacia-Geral da União, mas, tam-
impede a responsabilização penal e/ou civil do bém, a outros órgãos públicos, podendo veicular,
membro do Congresso Nacional por suas pala- inclusive, documentação que possibilite a instau-
vras, opiniões e votos, também abrange, sob seu ração de inquérito policial em face de pessoas en-
manto protetor, as entrevistas jornalísticas, a trans- volvidas nos fatos apurados.
missão, para a imprensa, do conteúdo de pronun- b. É possível o investigado, convocado para depor
ciamentos ou de relatórios produzidos nas Casas perante CPI, permanecer em silêncio, evitando-se
Legislativas e as declarações feitas aos meios de a autoincriminação, além de ter assegurado o di-
comunicação social. Tais manifestações – desde reito de ser assistido por advogado e de comuni-
que vinculadas ao desempenho do mandato – car-se com este durante a sua inquirição.
qualificam-se como natural projeção do exercício c. A extinção da CPI prejudica o conhecimento do
das atividades parlamentares. habeas corpus impetrado contra as eventuais ile-
c. A prerrogativa de foro conferida aos membros do galidades de seu relatório final, notadamente por
Congresso Nacional, vinculada à liberdade máxi- não mais existir legitimidade passiva do órgão im-
ma necessária ao bom desempenho do ofício le- petrado.
gislativo, estende-se ao suplente respectivo, mes- d. Não podem as CPIs estaduais requerer quebra de
mo durante o período em que este permanecer sigilo de dados bancários, com base no art. 58, §
fora do efetivo exercício da atividade parlamentar. 3º, da Constituição Federal.
d. Desde a expedição do diploma, os membros do e. A duração do inquérito parlamentar tem seu termo
Congresso Nacional não poderão ser presos, sal- final na legislatura em que foi constituída.
vo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso,
os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro Letra d.
horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da
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Defensoria Pública
De acordo com o STF, ainda que seja omissa a LC e. De acordo com o método científico-espiritual, de-
n. 105/2001, podem essas comissões estaduais ve-se priorizar a concretização em detrimento da
requerer quebra de sigilo de dados bancários, com interpretação, que é apenas uma etapa da con-
base no art. 58, § 3º, da Constituição. ACO 730, rel. cretização, visto ser impossível isolar a norma da
min. Joaquim Barbosa, j. 22-9-2004, P, DJ de 11-11- realidade.
2005.
Letra a.
7. Os intérpretes e os aplicadores da Constituição Cuida-se do princípio informador da hermenêutica
não podem chegar a resultados que maculem o siste- constitucional denominado “interpretação conforme
ma organizatório-funcional nela estabelecido, a exem- a Constituição”. Decorre da máxima da presunção
plo da separação de poderes. A afirmação anterior diz de constitucionalidade das leis e dos atos
respeito ao princípio: normativos. O princípio da interpretação conforme
a. da eficiência. a Constituição determina que, em se tratando de
b. da correção funcional. normas que admitem mais de uma interpretação
c. da concordância prática. (normas polissêmicas ou plurissignificativas), deve-
d. do efeito integrador. se dar preferência à interpretação legal a qual
e. da supremacia. lhe dê um sentido conforme a Constituição. Vale
dizer, quando uma norma infraconstitucional contar
Letra b. com mais de uma interpretação possível, uma, no
Segundo o princípio da justeza ou da conformidade mínimo, pela constitucionalidade e outra ou outras
funcional ou, ainda, da correção funcional, na pela inconstitucionalidade, adota-se a técnica da
interpretação constitucional, não pode o intérprete interpretação conforme para, sem redução do
alterar a repartição de funções estabelecida pela texto, escolher aquela ou aquelas que melhor
Constituição. Cada órgão criado pela Constituição se conforme(m) à Constituição, afastando-se,
tem sua competência bem delineada, de tal maneira consequentemente, as demais.
que um órgão não pode exercer, via de regra,
funções de outro. Vale dizer, cada poder e cada 9. Considerando o entendimento do STF, Deputado
órgão com assento constitucional tem sua função Federal que não queira participar de votação de projeto
principal bem planejada pela Constituição Federal. de lei que considere inconstitucional por violar o devido
processo legislativo,
8. No que concerne à hermenêutica constitucional e a. poderá ajuizar uma arguição de descumprimento
à aplicação das normas constitucionais, assinale a op- de preceito fundamental contra o projeto de lei.
ção correta: b. poderá impetrar um mandado de segurança pre-
a. Quando uma norma infraconstitucional contar com ventivo para impedir a tramitação.
mais de uma interpretação possível, uma, no mí- c. nada poderá fazer, a não ser tentar obstruir a vo-
nimo, pela constitucionalidade e outra ou outras tação em Plenário.
pela inconstitucionalidade, adota-se a técnica da d. somente poderá abster-se de votar, mas não pode
interpretação conforme para, sem redução do tomar qualquer medida judicial.
texto, escolher aquela ou aquelas que melhor se e. deve solicitar à Advocacia-Geral da União que
conforme(m) à Constituição, afastando-se, conse- tome as medidas legais cabíveis.
quentemente, as demais.
b. De acordo com o princípio da supremacia da Letra b.
Constituição, a interpretação constitucional deve Conforme entendimento do STF, essa é a única
ser realizada de forma a evitar contradição entre hipótese de controle preventivo realizada pelo
suas normas. Poder Judiciário, qual seja, mandado de segurança
c. De acordo com o método tópico-problemático, a preventivo impetrado por parlamentar no STF
interpretação da Constituição é concretização, por desrespeito ao devido processo legislativo
criando-se um processo unitário entre aplicação e constitucional.
interpretação, com primazia do texto sobre o pro-
blema. 10. Acerca do controle de constitucionalidade, assina-
d. No método normativo-estruturante, busca-se a le a alternativa errada:
interpretação da Constituição como um conjunto, a. A Administração Pública indireta, assim como a
em um processo de integração comunitária. direta, nas esferas federal, estadual e municipal,
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fica vinculada às decisões definitivas de mérito públicos ou privados; objetiva atender a uma
proferidas pelo STF nas ações diretas de incons- finalidade pública; o titular do direito real é o Poder
titucionalidade e nas ações declaratórias de cons- Público (União, estados, municípios, Distrito Federal
titucionalidade. e territórios) ou seus delegados (pessoas jurídicas
b. Em razão do princípio da subsidiariedade, a argui- públicas ou privadas autorizadas por lei ou contrato);
ção de descumprimento de preceito fundamental podem implicar não apenas uma obrigação de
somente será cabível se ficar provada a inexistên- deixar de fazer (negativa), mas também uma
cia de qualquer meio eficaz para afastar a lesão no obrigação de fazer (positiva); em regra, não dão
âmbito judicial. direito à indenização, exceto se causarem prejuízos
c. É possível controle de constitucionalidade do di- (indenizados previamente); observam o princípio da
reito estadual e do direito municipal no processo indivisibilidade; tendem à perpetuidade, mas, em
de arguição de descumprimento de preceito fun- algumas situações, podem ser extintas; inexistência
damental. de autoexecutoriedade, dependendo a sua
d. São legitimados para propor ação direta de in- instituição de acordo com decisão judicial (exceto
constitucionalidade interventiva os mesmos que nas servidões instituídas por lei); não se extinguem
têm legitimação para propor ação direta de incons- pela prescrição (ou seja, não se extinguem pelo não
titucionalidade genérica. uso); a utilização da servidão deve ser feita de forma
e. Entre os pressupostos do controle de constitucio- moderada e não se presumem, necessitando ser
nalidade, destacam-se a supremacia CF e a rigi- assentadas no Registro de Imóveis para produzirem
dez constitucional. efeitos erga omnes (exceto as servidões instituídas
por lei).
Letra d.
Só o Procurador-Geral da República tem legitimidade 12. Qual entidade da Administração Pública indireta
para propor a ação direta de inconstitucionalidade deve ser constituída obrigatoriamente com personali-
interventiva. dade jurídica de direito público?
a. Empresa pública.
DIREITO ADMINISTRATIVO b. Fundação pública.
c. Serviços sociais autônomos.
(Keity Satiko) d. Autarquia.
e. Sociedade de economia mista.
11. Meio de intervenção estatal na propriedade me-
diante o qual é estabelecido um direito real de uso so- Letra d.
bre a propriedade alheia, em favor do Poder Público ou As autarquias são pessoas jurídicas de direito
de seus delegatários, de modo a garantir a execução público, integrantes da Administração indireta,
de um serviço público ou de obras públicas de interes- criadas por lei específica, que possuem capacidade
se coletivo. de autoadministração, sendo encarregadas do
a. Ocupação temporária. desempenho descentralizado de atividades
b. Desapropriação. administrativas típicas do Poder Público, sujeitando-
c. Requisição administrativa. se a controle pelo ente criador.
d. Servidão administrativa. As demais ostentam personalidade jurídica de
e. Limitação administrativa direito privado. É certo que a fundação pública ora
ostentará personalidade jurídica de direito público
Letra d. ora de direito privado.
Servidão Administrativa tem natureza de direito
real público o qual autoriza o poder público a usar 13. Quanto aos serviços sociais autônomos, assinale
a propriedade imóvel para permitir que haja a a opção incorreta.
execução de obras ou de serviços que sejam de a. Não têm fins lucrativos.
interesse público. Essa modalidade de intervenção b. Devem ser criados mediante autorização por lei.
do Estado atinge o caráter exclusivo da propriedade. c. Sujeitam-se ao controle do Tribunal de Contas.
Ex.: colocar no muro de uma propriedade privada o d. Possuem personalidade jurídica de direito privado.
nome da rua. e. Estão obrigados a realizar procedimentos licitató-
Principais características: natureza de direito real rios.
sobre coisa alheia; incide sobre bens imóveis,
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Defensoria Pública
15. Sobre a concessão de serviço público, é correto 16. Qual espécie de ato administrativo pode ser revo-
afirmar que: gada?
a. Deve ser feita mediante licitação na modalidade a. Atos vinculados.
concorrência. b. Atos que não exauriram seus efeitos.
b. Em decorrência da concessão de serviço públi- c. Atos cuja competência se exauriu relativamente
co, a Administração poderá celebrar contrato com ao objeto do ato.
pessoa física ou consórcio de empresa. d. Atos que sejam meramente administrativos.
c. Concessão é fruto de contrato administrativo, com e. Atos que geram direitos adquiridos.
natureza precária.
d. Trata-se de modalidade outorga de serviço público Letra b.
ao lado da permissão. Segundo a doutrina, os atos administrativos não
e. A concessão de serviço público poderá ser por possuem limite temporal para revogação, todavia,
prazo indeterminado, desde que mais vantajosa podem sofrer limite material para revogação. Assim,
para a Administração Pública. não podem ser revogados os atos, segundo Maria
Sylvia Di Pietro:
Letra a. • vinculados, porque estes não têm aspectos de
a. Certo. A concessão comum de serviço público mérito;
é espécie de contrato administrativo pelo qual a • que já exauriram seus efeitos;
Administração Pública delega a pessoa jurídica ou • cuja competência se exauriu relativamente ao
consórcio de empresas a execução de determinado objeto do ato;
serviço público de sua titularidade. Por sua vez, a • que sejam meros atos administrativos, porque
modalidade licitatória exigida para a concessão de seus efeitos decorrem da lei;
serviço público é a concorrência.
• que integram um procedimento;
b. Errado. A concessão comum de serviço público
e que geram direitos adquiridos (Súmula 473/STF).
é espécie de contrato administrativo pelo qual a
Administração Pública delega a pessoa jurídica ou
17. Nos termos da Lei n. 8.987/1995, são cláusulas
consórcio de empresas a execução de determinado
essenciais do contrato de concessão as relativas, EX-
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Defensoria Pública
CETO UMA: 19. Assinale a assertiva CORRETA, com base nas nor-
a. Aos direitos e deveres dos usuários para obtenção mas constitucionais acerca da Administração Pública:
e utilização do serviço. a. A Administração Pública direta e indireta de qual-
b. Ao objeto, à área e ao prazo de concessão. quer dos Poderes da União, dos estados, do
c. Ao foro e ao modo amigável de solução das diver- Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos
gências contratuais. princípios de legalidade, de impessoalidade, de
d. À obrigatoriedade, à forma e à periodicidade da moralidade, de publicidade, de eficiência e de pro-
prestação de contas do concedente ao poder da porcionalidade.
Concessionária. b. A investidura em cargo ou emprego público de-
e. Às condições para prorrogação do contrato. pende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a
Letra d. natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
a. Certo. Art. 23, VI, da Lei n. 8.987/1995. na forma prevista em lei, ressalvadas as nomea-
b. Certo. Art. 23, I, da Lei n. 8.987/1995. ções para o cargo em comissão declarado em lei
c. Certo. Art. 23, XV, da Lei n. 8.987/1995. de livre nomeação e exoneração.
d. Errado. Art. 23, XIII, da Lei n. 8.987/1995. Quem c. As pessoas jurídicas de direito público e as de
presta contas é o concessionário. direito privado prestadoras de serviços públicos
e. Certo. Art. 23, XII, da Lei n. 8.987/1995. responderão pelos danos que seus agentes, nes-
sa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
18. Um servidor público efetivo estadual indicado para direito de regresso contra o responsável somente
cargo em comissão foi exonerado ad nutum sob a jus- nos casos de culpa.
tificativa de ter conduta escandalosa no exercício da d. A Administração fazendária e seus servidores fis-
função. Posteriormente, a Administração reconheceu a cais terão, dentro de suas áreas de competência
e jurisdição, precedência sobre os demais setores
inexistência da prática da conduta escandalosa, mas
administrativos, desde que isso tenha previsão em
manteve a exoneração do servidor, por se tratar de
Lei Complementar.
ato administrativo discricionário. Diante do cenário, o
e. A publicidade dos atos, dos programas, das obras,
servidor acionou o Poder Judiciário para anular sua
dos serviços e das campanhas dos órgãos públi-
demissão. Qual teoria o servidor deverá utilizar para cos deverá ter caráter educativo, informativo ou de
fundamentar seu pleito? orientação social, dela podendo constar nomes,
a. Teoria do fato consumado. símbolos ou imagens que caracterizem promoção
b. Teoria dos motivos determinantes. pessoal de autoridades ou servidores públicos.
c. Teoria da boa-fé objetiva.
d. Teoria da vinculação do objeto. Letra b.
e. Teoria do desvio de função. a. Errado.
Art. 37 da CF/1988. A administração pública
Letra b. direta e indireta de qualquer dos Poderes da
“Consoante a teoria dos motivos determinantes, o União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
administrador vincula-se aos motivos elencados Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
para a prática do ato administrativo. Nesse impessoalidade, moralidade, publicidade e
contexto, há vício de legalidade não apenas quando eficiência.
inexistentes ou inverídicos os motivos suscitados Não há previsão expressa da proporcionalidade.
pela administração, mas também quando verificada b. Certo.
a falta de congruência entre as razões explicitadas Art. 37, II, da CF/1988. A investidura em cargo ou
no ato e o resultado nele contido" (STJ, MS 15.290/ emprego público depende de aprovação prévia em
DF, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA concurso público de provas ou de provas e títulos, de
SEÇÃO, DJe de 14/11/2011). acordo com a natureza e a complexidade do cargo
A despeito da exoneração de cargo comissionado ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
ser ad nutum, uma vez fundamentado o motivo de as nomeações para cargo em comissão declarado
tal demissão, essa fundamentação integra o ato em lei de livre nomeação e exoneração;
administrativo e deverá ser verdadeira. c. Errado.
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Defensoria Pública
Art. 37, § 6º, da CF/1988. As pessoas jurídicas de potética, pode-se afirmar que a parte locatária:
direito público e as de direito privado prestadoras a. pode pleitear a resolução do contrato, com base
de serviços públicos responderão pelos danos na teoria do rompimento da base objetiva do ne-
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a gócio jurídico.
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o b. pode pleitear a resilição unilateral do contrato,
responsável nos casos de dolo ou culpa. com base na teoria da imprevisão.
d. Errado. c. pode deixar de pagar o valor do aluguel mensal,
Art. 37, XVIII, da CF/1988. A administração fazendária até a reabertura normal do Shopping Center, por
e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas aplicação da teoria da exceptio non adimpleti
de competência e jurisdição, precedência sobre os contractus.
demais setores administrativos, na forma da lei. d. pode deixar de pagar o valor do aluguel mensal,
e. Errado. pela aplicação da teoria do fato do príncipe.
Art. 37, § 1º, da CF/1988. A publicidade dos atos, e. deve cumprir o contrato, por aplicação dos princí-
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos pios da boa-fé objetiva e do pacta sunt servanda.
públicos deverá ter caráter educativo, informativo
ou de orientação social, dela não podendo constar Letra c.
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem a. Errado. Não se aplica ao Direito Civil a teoria
promoção pessoal de autoridades ou servidores da base objetiva do negócio jurídico, de influência
públicos. alemã, que foi unicamente agasalhada pelo art. 6º,
V, do Código de Proteção e Defesa do Consumidor
20. Ação de ressarcimento decorrente de ato de im- (Lei n. 8.078/1990).
probidade administrativa praticada com dolo tem o pra- b. Errado. A teoria da imprevisão somente é
zo prescricional de: aplicável para a resolução dos contratos, não para
a. 20 anos. as hipóteses de resilição (extinção pelo exercício
b. três anos. de um direito potestativo previsto no instrumento
c. 10 anos. contratual ou na lei).
d. não tem prazo, por ser imprescritível. c. Certo. É obrigação do locador de assegurar a
e. cinco anos. utilidade comercial do imóvel, a teor analógico do
art. 248 do CC/2002 e, diante disso, não se justifica
Letra d. exigir do locatário o pagamento da contrapartida,
O STF fixou, em sede de repercussão geral, a por conta do rompimento (transitório) do sinalagma
seguinte tese: “São imprescritíveis as ações de funcional e da comutatividade do contrato, a ensejar
ressarcimento ao erário fundados na prática de ato a insubsistência da própria obrigação de pagar os
dolo praticado na Lei de improbidade administrativa. aluguéis.
STF, Plenário. RE 852475\SP. Relator Alexandre de d. Errado. A teoria do fato do príncipe tem aplicação
Moraes. Informativo 910, STF”. nas relações jurídico-administrativas e, no Direito
Civil, pode eventualmente equiparar-se ao caso
fortuito ou força maior, tão somente para afastar a
DIREITO CIVIL responsabilidade civil contratual, na forma do art.
(Holden Macedo) 393 do CC/2002.
e. Errado. Pois o adimplemento contratual esbarra
21. Almeida Participações S/A (locador) e Suqueria na justificativa constante no item “c”.
Vende Mais Ltda. (locatário) firmaram contrato de lo-
cação, para fins comerciais, de imóvel urbano locali- 22. Recentemente, o art. 50 do Código Civil foi altera-
zado em Shopping Center de grande circulação, para do e acrescido em alguns parágrafos pela Lei da Liber-
a instalação de loja de alimentos. Em março de 2020, dade Econômica (Lei n. 13.874, de 2019). A finalidade
foi decretado estado de calamidade pública em virtude desses acréscimos e alterações foi:
da pandemia do coronavírus CODIV-19. A loja, desde a. dar uma interpretação autêntica aos conceitos de
desvio de finalidade e confusão patrimonial, como
então, está fechada, há mais de dois meses, experi-
requisitos necessários para que o Juiz possa des-
mentando, durante o período, redução total de seu fa-
considerar a personalidade jurídica.
turamento bruto mensal, apesar dos esforços de venda
b. tornar indene de dúvidas a aplicação na teoria me-
por aplicativos e internet. Com base nessa situação hi-
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mesmo que já tenha sido ajuizada ação para to- d. a prestação de garantia real de hipoteca por cônju-
mada do bem. ge, no caso de casamento celebrado sob o regime
c. antes de operada a consolidação da posse do da comunhão parcial de bens.
bem em favor do credor fiduciário, deverá ser dada e. nenhuma das anteriores.
oportunidade para que Dora pague a respectiva
cota-parte da dívida ao agente financiador. Letra b.
d. a alienação fiduciária não terá eficácia perante a. Nos termos do artigo 1647, I, do Código Civil,
Dora, mesmo que seja anterior à celebração da depende de autorização do outro cônjuge a alienação
promessa de compra e venda. de imóvel, ainda que este tenha sido adquirido
e. nenhuma das anteriores. por apenas um dos cônjuges, na constância do
casamento celebrado sob o regime da comunhão
Letra d. parcial de bens.
a. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, em b. Alternativa certa. A hipótese de aquisição de
julgamento do Resp. 1576164 DF 2015/0324836-0, bem imóvel não está inserida no rol que trata das
“A alienação fiduciária firmada entre a construtora hipóteses de outorga marital, qual seja o rol do
e o agente financeiro não tem eficácia perante artigo 1647 do Código Civil, apenas a hipótese de
o adquirente do imóvel.”. Desse modo, o STJ alienação desse tipo de bem.
não condicionou a eficácia da garantia perante o c. Nos termos do artigo 1647, III, do Código Civil,
adquirente do imóvel ao momento em que essa depende de autorização do outro cônjuge a prestação
tenha sido constituída. de fiança. O Código Civil não traz exceções para
b. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, em esse caso, muito menos em relação à pessoa em
julgamento do Resp. 1576164 DF 2015/0324836-0, favor de quem a fiança é prestada.
“A alienação fiduciária firmada entre a construtora d. Nos termos do artigo 1647, I, do Código Civil,
e o agente financeiro não tem eficácia perante o depende de autorização do outro cônjuge garantia de
adquirente do imóvel.”. Desse modo, Dora não ônus real imóvel, no caso de casamento celebrado
precisa purgar a mora em relação à dívida da sob o regime da comunhão parcial de bens.
construtora.
c. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, em 28. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de
julgamento do Resp. 1576164 DF 2015/0324836-0, Justiça, a prescrição da pretensão de repetição de in-
“A alienação fiduciária firmada entre a construtora débito por cobrança indevida de valores referentes a
e o agente financeiro não tem eficácia perante o serviços não contratados de telefonia fixa, ou seja, no
adquirente do imóvel.”. Desse modo, Dora não
caso em que o lesado é cliente da companhia de tele-
precisa purgar a mora em relação à dívida da
fonia, mas não contratou determinado serviço que lhe
construtora.
está sendo cobrado, é de:
d. Alternativa certa. Segundo o Superior Tribunal
a. de cinco anos, por aplicação do artigo 27 do Códi-
de Justiça, em julgamento do Resp. 1576164 DF
go de Defesa do Consumidor.
2015/0324836-0, “A alienação fiduciária firmada
b. três anos, haja vista tratar-se de pretensão de res-
entre a construtora e o agente financeiro não tem
sarcimento de enriquecimento sem causa.
eficácia perante o adquirente do imóvel.”.
c. de 20 anos; eis que não há previsão específica no
Código Civil para prescrição desse tipo de ação,
27. Não depende da outorga uxória, segundo o Códi-
aplicando-se o prazo supletivo do artigo 205.
go Civil: d. de 10 anos; eis que não há previsão específica no
a. a alienação de imóvel adquirido por um dos côn- Código Civil para prescrição de ação de repetição
juges após o casamento celebrado no regime da de indébito, aplicando-se o prazo supletivo do ar-
comunhão parcial de bens. tigo 205.
b. a aquisição de imóvel por um dos cônjuges após e. Nenhuma das anteriores.
o casamento celebrado no regime da comunhão
parcial de bens.
Letra d.
c. a prestação de fiança em contrato de aluguel resi-
a. No caso em tela, não se aplica o prazo do Código
dencial de parente até o quarto grau, por um dos
de Defesa do Consumidor, tendo em conta que o
cônjuges, após o casamento celebrado no regime
da comunhão universal de bens.
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prazo previsto no artigo 27 daquele diploma legal a. O artigo 1538-B do Código Civil afirma
apenas se aplica para as pretensões de reparação expressamente que a multipropriedade é um regime
civil nascidas de fato do produto ou do serviço. de condomínio.
b. Segundo o STJ, no EAREsp 738.991-RS, o b. O artigo 1538-B do Código Civil afirma
caso não trata de pretensão de ressarcimento expressamente que a multipropriedade é um regime
por enriquecimento sem causa, mas sim ação de de condomínio no qual cada um dos proprietários
repetição de indébito. Para que seja aplicado o de um mesmo imóvel é titular de uma fração de
instituto do enriquecimento sem causa, não deve tempo, à qual corresponde a faculdade de uso e
existir uma relação jurídica anterior entre as partes gozo, com exclusividade, da totalidade do imóvel, a
litigantes. No caso em comento, há uma relação ser exercida pelos proprietários de forma alternada.
jurídica de base, que é um contrato prévio de c. O artigo 1538-E, § 1º, do Código Civil afirma
prestação de serviços de telefonia, ainda que haja expressamente que o período correspondente a
a cobrança indevida por um serviço não contratado. cada fração de tempo será de, no mínimo, sete dias,
c. O prazo supletivo de prescrição do artigo 205 do seguidos ou intercalados.
Código Civil é de 10 anos, e não de 20 anos. d. O artigo 1538-E, § 2º, do Código Civil afirma
d. Resposta certa. Segundo a jurisprudência do expressamente que todos os multiproprietários
Superior Tribunal de Justiça, consubstanciada no terão direito a uma mesma quantidade mínima
EAREsp 738.991-RS, julgado da Corte Especial, “A de dias seguidos durante o ano, podendo haver a
ação de repetição de indébito por cobrança indevida aquisição de frações maiores que a mínima, com o
de valores referentes a serviços não contratados de correspondente direito ao uso por períodos também
telefonia fixa tem prazo prescricional de 10 (dez) maiores.
anos”. Isso porque o STJ entendeu que no caso e. A alternativa é errada. Nos termos do artigo
deve ser aplicada analogicamente a Súmula 412 1358-D, I, do Código Civil, o imóvel objeto da
desse mesmo Tribunal Superior, a qual estabelece multipropriedade é indivisível, não se sujeitando à
que o prazo prescricional da pretensão de repetição ação de divisão ou de extinção de condomínio.
de indébito por cobrança indevida de tarifa de água
e esgoto deve ser regulada pelo Código Civil. Por 30. São situações nas quais os Tribunais Superiores
meio desse entendimento, o STJ afastou tanto o entendem que há configurado o dano moral presumido
prazo trienal da repetição de indébito quanto o prazo ou dano moral in re ipsa:
quinquenal do Código de Defesa do Consumidor. a. Inclusão de consumidor em cadastro de inadim-
plentes.
29. A respeito da multipropriedade, assinale a alterna- b. Negativa, por parte de operadora de plano de saú-
tiva incorreta: de, de cobertura de tratamento.
a. A multipropriedade é um regime de condomínio. c. Criação de banco de dados o qual contenha in-
b. Cada multiproprietário é titular de uma fração de formações de titular de dados pessoais sem que
tempo, a qual corresponde à faculdade de uso e este tenha ciência, bem como uso indevido des-
gozo da totalidade do imóvel, com exclusividade, ses dados.
da totalidade do imóvel objeto da multipropriedade. d. Inadimplemento contratual, sem consequências
c. A fração de tempo que cada multiproprietário titu- fáticas que levem a sofrimento psicológico.
lariza não pode ser inferior a sete dias. e. Nenhuma das anteriores.
d. Todos os multiproprietários terão direito a uma
mesma quantidade mínima de dias seguidos du- Letra c.
rante o ano, podendo haver a aquisição de frações a. Para o STJ (REsp n. 1.059.663/MS), apenas a
maiores que a mínima, com o correspondente di- inclusão indevida de consumidor em cadastro de
reito ao uso por períodos também maiores. inadimplentes gera dano moral presumido.
e. O imóvel objeto da multipropriedade é divisível, b. Conforme a jurisprudência do Superior Tribunal
sujeitando-se à ação de divisão e de extinção de de Justiça, (AgRg no REsp 1.569.212⁄SP), “A
condomínio. recusa da cobertura de tratamento por operadora
de plano de saúde, por si só, não configura dano
Letra e. moral, notadamente quando fundada em razoável
interpretação contratual.”. Para que seja configurado
o dano moral, a negativa deve ser ilícita.
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Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira Art. 311. A tutela da evidência será concedida,
processar e julgar as ações em que: independentemente da demonstração de perigo
I – o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, de dano ou de risco ao resultado útil do processo,
estiver domiciliado no Brasil; quando:
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I – ficar caracterizado o abuso do direito de defesa
I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial II – as alegações de fato puderem ser comprovadas
ou sucursal. (E não somente quando tiver sede apenas documentalmente e houver tese firmada
principal – observação nossa). em julgamento de casos repetitivos ou em súmula
c. Errado. vinculante;
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, III – se tratar de pedido reipersecutório fundado em
com exclusão de qualquer outra: prova documental adequada do contrato de depósito,
III – em divórcio, separação judicial ou dissolução de caso em que será decretada a ordem de entrega do
união estável, proceder à partilha de bens situados objeto custodiado, sob cominação de multa;
no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade IV – a petição inicial for instruída com prova
estrangeira ou tenha domicílio fora do território documental suficiente dos fatos constitutivos do
nacional. (Trata-se de competência exclusiva, e direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz
não subsidiária – observação nossa). de gerar dúvida razoável.
d. Errado. Está contrária ao entendimento da lei. O abuso do direito de defesa ou o manifesto
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro propósito protelatório da parte são apenas algumas
não induz litispendência e não obsta a que a das possibilidades para a concessão da tutela de
autoridade judiciária brasileira conheça da mesma evidência. Existem outras possibilidades, conforme
causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as descrito no artigo 311 e incisos.
disposições em contrário de tratados internacionais b. Errado.
e acordos bilaterais em vigor no Brasil. Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que
e. Errado. Trata-se de competência exclusiva, e não considerar adequadas para efetivação da tutela
privativa. provisória.
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, Logo o rol é exemplificativo, e não taxativo.
com exclusão de qualquer outra: c. Errado.
I – conhecer de ações relativas a imóveis situados Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia
no Brasil. na pendência do processo, mas pode, a qualquer
tempo, ser revogada ou modificada.
33. A tutela provisória d. Errado.
a. da evidência será concedida sempre e unicamente Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando
quando caracterizado o abuso do direito de defesa houver elementos que evidenciem a probabilidade
ou o manifesto propósito protelatório da parte. do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
b. observará o rol taxativo previsto na norma proces- útil do processo.
sual. § 2º A tutela de urgência pode ser concedida
c. conserva sua eficácia na pendência do processo, liminarmente ou após justificação prévia.
mas pode, a qualquer tempo, ser modificada, em- e. Certo.
bora não revogada. Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar
d. urgência de natureza antecipada só poderá ser pode ser efetivada mediante arresto, sequestro,
concedida após justificação prévia. arrolamento de bens, registro de protesto contra
e. urgência de natureza cautelar pode ser efetivada alienação de bem e qualquer outra medida idônea
mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, para asseguração do direito.
registro de protesto contra alienação de bem e
qualquer outra medida idônea para asseguração 34. Pedro ajuizou demanda, pelo procedimento co-
do direito. mum, com pedido único de natureza patrimonial dis-
ponível que versava sobre questão de direito local. Ao
Letra e. receber a petição inicial, o Magistrado julgou liminar-
a. Errado. mente improcedente o pedido formulado pelo autor,
sem observar a ordem cronológica de julgamento. Em
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sua decisão, o Juiz consignou que o pedido contraria- Art. 332, § 2º, do CPC. Não interposta a apelação,
va expressamente enunciado de súmula do Tribunal o réu será intimado do trânsito em julgado da
de Justiça sobre a matéria e que a causa dispensava sentença, nos termos do art. 241.
instrução probatória. Nessa situação hipotética, o Ma-
gistrado 35. Acerca do processo de conhecimento no âmbito
a. deveria, obrigatoriamente, ter dado ao réu a opor- do Código de Processo Civil, assinale a alternativa
tunidade de se manifestar, antes de realizar o exa- incorreta:
me do mérito do processo. a. O indeferimento da petição inicial é decisão que,
b. desrespeitou norma fundamental referente à or- não admitindo o processamento da demanda
dem cronológica de conclusão e julgamento, o que apresentada, põe fim liminarmente ao processo,
configura grave falha funcional sujeita a controle sem resolução de mérito. Entretanto, somente se
correcional pelo Poder Judiciário. admite tal decisão se restar inviabilizada a tutela
c. prolatou decisão que não se sujeita aos efeitos da jurisdicional, ou seja, se não for possível a corre-
coisa julgada material. ção do vício ou se o autor, previamente intimado
d. agiu em conformidade com o CPC para julgar li- para saná-lo, não atendeu à determinação judicial.
minarmente improcedente o pedido, cabendo ao Ainda, nada impede que o indeferimento da pe-
autor interpor recurso de apelação caso deseje re- tição inicial seja parcial, oportunidade em que a
formar a decisão. demanda prosseguirá em relação à parte admitida
e. estará dispensado de comunicar ao réu o resulta- da peça inaugural.
do do julgamento, caso não seja interposto recur- b. O Código de Processo Civil, em homenagem aos
so pelo autor. princípios da economia processual e da instru-
mentalidade das formas, eliminou as exceções
Letra d. instrumentais (de incompetência relativa) e as
Resposta contida no artigo 332, IV, § 2° impugnações em apartado (ao valor da causa e
a. Errado. à gratuidade da justiça), inserindo-as todas como
Art. 332, IV, do CPC. Nas causas que dispensem preliminares de contestação. A reconvenção tam-
a frase instrutória, o juiz, independentemente da bém passou a ser exercida no bojo da contesta-
citação do réu, julgará liminarmente improcedente ção, mantendo-se, porém, a regra da inadmissibi-
o pedido que contrariar: lidade da reconvenção subjetivamente ampliativa,
IV – enunciado de súmula de tribunal de justiça prevista no Código de Processo Civil de 1973.
sobre direito local. c. Caso o réu alegue na contestação ser parte ilegí-
b. Errado. tima ou não ser o responsável pelo prejuízo invo-
Art. 12, § 2°, I, segunda parte, do CPC. Estão cado, o juiz facultará ao autor, em 15 dias, a alte-
excluídos da regra do caput: as sentenças de ração da petição inicial para substituição do réu.
improcedência liminar do pedido. Trata-se, portanto, de uma forma de modificação
c. Errado. dos elementos da demanda mesmo após a cita-
Art. 487, I e II, do CPC. Haverá resolução de mérito: ção do réu e sem que seja necessário o seu con-
I. (...) rejeitar o pedido formulado na ação (...); sentimento específico, sendo esta uma exceção
II. decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ao regime de estabilização progressiva delimitado
ocorrência de decadência ou prescrição. pelo art. 329 do CPC.
d. Certo. d. Para ser apresentada, a reconvenção pressupõe
Art. 332, IV, § 2°, do CPC. Nas causas que dispensem uma causa pendente, porém, uma vez veiculada,
a fase instrutória, o juiz, independentemente da ela adquire autonomia. Dessa forma, a desistência
citação do réu, julgará liminarmente improcedente o da ação ou a ocorrência de causa extintiva que
pedido que contrariar: impeça o exame de seu mérito não obsta o pros-
IV – enunciado de súmula de tribunal de justiça seguimento do processo quanto à reconvenção.
sobre direito local. e. No curso de ação cível, é defeso ao Juiz conhecer
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será de ofício a convenção de arbitragem e a incompe-
intimado do trânsito em julgado da sentença, tência relativa.
nos termos do art. 241.
e. Errado. Letra b.
a. Certo.
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Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não IX – incapacidade da parte, defeito de representação
preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que ou falta de autorização;
apresenta defeitos e irregularidades capazes de X – convenção de arbitragem;
dificultar o julgamento de mérito, determinará que o XI – ausência de legitimidade ou de interesse
autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a processual;
complete, indicando com precisão o que deve ser XII – falta de caução ou de outra prestação que a lei
corrigido ou completado. exige como preliminar;
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade
o juiz indeferirá a petição inicial. de justiça.
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: § 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a
I – for inepta; incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício
II – a parte for manifestamente ilegítima; das matérias enumeradas neste artigo.
III – o autor carecer de interesse processual;
IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106 36. No que diz respeito ao julgamento antecipado par-
e 321. cial de mérito, é correto afirmar que o respectivo pro-
b. Errado! CPC, art. 343, § § 3º e 4°. nunciamento judicial
O CPC/2015 passou a admitir a ampliação objetiva a. deve ser objeto de confirmação quando da prola-
(pedido e causa de pedir) e subjetiva (partes) da ção da futura sentença, por se tratar de decisão de
demanda, bastando que a pretensão seja conexa natureza provisória.
com a ação principal ou com o fundamento da b. configura-se em sentença, sendo, portanto, ape-
defesa (art. 343 do CPC). lável.
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, c. é passível de cumprimento provisório, mesmo que
alegar: tenha sido julgado em definitivo o recurso dele in-
II – incompetência absoluta e relativa; terposto.
III – incorreção do valor da causa; d. pode ser executado, independentemente de cau-
XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade ção, ainda que esteja pendente de julgamento re-
de justiça. curso contra ele interposto.
Art. 343, § 3º. A reconvenção pode ser proposta e. deve reconhecer a existência de obrigação líqui-
contra o autor e terceiro. da, não sendo cabível sua prévia liquidação.
Art. 343, § 4º. A reconvenção pode ser proposta
pelo réu em litisconsórcio com terceiro. Letra d.
c. Certo. a. Errado. Art. 356, § § 2º e 3º do NCPC.
Art. 338, caput. Alegando o réu, na contestação, Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito
ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo quando um ou mais dos pedidos formulados ou
prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 parcela deles:
(quinze) dias, a alteração da petição inicial para § 2º A parte poderá liquidar ou executar, desde
substituição do réu. logo, a obrigação reconhecida na decisão que
d. Certo. julgar parcialmente o mérito, independentemente
Art. 343, § 2º. A desistência da ação ou a ocorrência de caução, ainda que haja recurso contra essa
de causa extintiva que impeça o exame de seu interposto.
mérito não obsta ao prosseguimento do processo § 3º Na hipótese do § 2º, se houver trânsito em
quanto à reconvenção. julgado da decisão, a execução será definitiva”.
e. Certo. CPC, art. 337, § 5º. b. Errado.
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, Art. 356, § 5º, do NCPC. A decisão proferida com
alegar: base neste artigo é impugnável por agravo de
I – inexistência ou nulidade da citação; instrumento.
II – incompetência absoluta e relativa; c. Errado. Havendo sido julgado de forma definitiva
III – incorreção do valor da causa; o recurso interposto, será hipótese de cumprimento
IV – inépcia da petição inicial; definitivo da sentença, e não provisório.
V – perempção; Art. 356, § 3º, do CPC. Na hipótese do § 2º, se
VI – litispendência; houver trânsito em julgado da decisão, a execução
VII – coisa julgada; será definitiva.
VIII – conexão;
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(seis) anos de reclusão, poderá ser decretada se de uma questão que, havendo divergência de
a perda, como produto ou proveito do crime, entendimento, é salutar abraçar o entendimento do
dos bens correspondentes à diferença entre Supremo Tribunal Federal.
o valor do patrimônio do condenado e aque- III. Certo. O princípio da insignificância (bagatela
le que seja compatível com o seu rendimento própria) é causa de exclusão da tipicidade material
lícito. do fato que já nasce sem nenhuma relevância
II – A importação de pouca quantidade de semen- penal. AFASTA O FATO TÍPICO – NÃO HÁ CRIME.
tes de maconha não caracteriza o crime tráfico O princípio da irrelevância penal do fato (bagatela
previsto no art. 33 da Lei de Drogas. imprópria) é causa excludente da punição concreta
III – O princípio da irrelevância penal do fato não do fato que não nasce irrelevante para o Direito
se confunde com o princípio da insignificância, Penal, mas depois verifica-se que a aplicação de
sendo que o primeiro ambienta-se na teoria sanção penal se mostra totalmente.
geral da pena, enquanto que o segundo se si- IV. Certo. O princípio da insignificância (bagatela
tua na teoria do delito. própria) não possui previsão expressa no Código
IV – O princípio da bagatela imprópria encontra Penal. É construção teórica e jurisprudencial a partir
previsão expressa no Código Penal, enquanto de princípios como a fragmentariedade intervenção
que o princípio da bagatela própria é fruto de mínima. Importa interpretação restritiva do tipo
construção teórica e jurisprudencial. penal. Quanto ao princípio da irrelevância penal do
V – A reincidência por si só não obsta a aplicação fato (bagatela imprópria) há previsão expressa no
do princípio da insignificância, devendo ser Código Penal (artigo 59 do CP).
analisados outros elementos. V. Certo. A reincidência por si só não basta para
a. E, E, E, E, E. obstar a aplicação do princípio da insignificância,
b. C, C, C, C, C. mas opera como vetor negativo para, na análise
c. E, C, C, E, C. do caso concreto, ser analisado o cabimento, ou
d. C, E, E, C, C. não, do princípio. No caso concreto examinado no
e. E, E, C, E, E. Informativo 911 do STF, houve furto de alimentos
e algumas galinhas, sendo que, a despeito de
Letra b. responder por outros processos por furto, foi
I. Certo. Trata-se da regra do art. 91-A do CP que reconhecida a insignificância pois o contexto
dispõe sobre novo V da condenação inserida pela indicava a ocorrência de furto famélico.
Lei n. 13.964, de 24 de dezembro de 2019.
II. Certo. Esse foi o entendimento do Supremo 42. Acerca da continuidade delitiva, julgue os itens
Tribunal Federal no Informativo 915. Trata-se abaixo como C (CERTO) ou E (ERRADO) e assinale a
de norma penal em branco sendo que o conceito opção que contém a sequência de respostas:
de droga é definido em Portaria do Ministério I – Adota-se a teoria da ficção jurídica, o que au-
da Saúde que dispõe, em relação à maconha, o toriza tomar cada um dos delitos como crime
tetraidrocanabinol com a substância considerada parcelar.
droga. A semente não possui eficácia psicotrópica II – O crime de latrocínio é classificado como cri-
por não possuir tetraidrocanabinol. Essa é a me agravado ou qualificado pelo resultado,
premissa para o afastamento do tipo penal de sendo, pois, desdobramento do delito de rou-
tráfico. Entretanto, importante registrar que o bo, razão pela qual se mostra possível o re-
semear caracterizaria tráfico, por ser núcleo do conhecimento de continuidade delitiva entre
tipo de tráfico. Contudo, importar semente é mero roubo e latrocínio.
ato preparatório. Poderia caracterizar contrabando, III – O crime continuado homogêneo refere-se
mas, sendo pequena quantidade, poderia, nesse às hipóteses em que são praticados crimes
caso, ser reconhecida a insignificância da conduta. idênticos, enquanto o crime continuado hete-
Vale anotar que o Superior Tribunal de Justiça rogêneo relaciona-se aos casos em que são
(STJ 5a Turma) entende que importar sementes praticados crimes constantes de tipos legais
de maconha caracteriza tráfico, enquanto o STJ 6a diversos embora unidos pela unidade de de-
Turma possui o entendimento de que importação de sígnios e pelas mesmas condições de tempo,
pequena quantidade de semestre de maconha não lugar e modo de execução.
caracteriza tráfico (mesma posição do STF). Trata-
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d. Errado. Súmula 636. A folha de antecedentes estar preenchidos os requisitos do inciso I e II (crime
criminais é documento suficiente a comprovar os sem violência ou grave ameaça e pena não superior
maus antecedentes e a reincidência. Terceira Seção, a 4 anos), assim como do inciso IV (a fixação da
julgado em 26/06/2019, DJe 27/06/2019. pena no mínimo legal revela a presença de boas
e. Certo. AGENTE COMETE NOVO CRIME ANTES circunstâncias no artigo 59 do Código Penal).
DO TRÂNSITO EM JULGADO DA CONDENAÇÃO b. Certo. Art. 44. As penas restritivas de direitos são
DO CRIME ANTERIOR – PRIMÁRIO; AGENTE autônomas e substituem as privativas de liberdade
COMETE NOVO CRIME APÓS O TRÂNSITO c. Errado. Somente a reincidência em crime doloso
EM JULGADO DA CONDENAÇÃO DO CRIME obsta a substituição. A reincidência em crime culposo
ANTERIOR MAS ANTES DA EXTINÇÃO DO não compõe óbice. A reincidência em crime doloso,
CUMPRIMENTO DA PENA – REINCIDÊNCIA acaso não específica, pode permitir a substituição
FICTA; AGENTE COMETE NOVO CRIME APÓS na hipótese do art. 44, § 3º, do CP.
O TRÂNSITO EM JULGADO DA CONDENAÇÃO d. Certo. São aspectos inseridos na gravidade em
DO CRIME ANTERIOR E APÓS A EXTINÇÃO DO abstrato do crime, não sendo reconhecidos como
CUMPRIMENTO DA PENA (ANTES DO PERÍODO fundamento idôneo para a exasperação da pena na
DEPURADOR) – REINCIDÊNCIA REAL; AGENTE primeira fase da dosimetria da pena.
COMETE NOVO CRIME APÓS O TRANSCURSO e. Certo. Súmula 630/STJ.
DO PERÍODO DEPURADOR EM RELAÇÃO
À CONDENAÇÃO DE CRIME ANTERIOR – 45. Acerca da continuidade delitiva, julgue os itens
PRIMÁRIO. abaixo como C (CERTO) ou E (ERRADO) e assinale a
opção que contém a sequência de respostas:
44. Assinale a opção ERRADA. I – O complemento da norma penal em branco
a. Somente é possível a substituição da pena priva- considerada em sentido lato também chama-
tiva de liberdade por restritiva de direitos, para réu da de norma penal em branco própria provém
reincidente condenado pelo crime de receptação da mesma fonte formal, ao passo que o da
com pena de 1 ano, caso estejam presentes boas norma penal em branco considerada em senti-
circunstâncias no artigo 59 do Código Penal, a do estrito ou norma penal em branco imprópria
reincidência seja não específica e a medida reve- provém de fonte formal diversa.
lar-se socialmente recomendável. II – As denominadas normas secundariamente re-
b. As penas restritivas de direitos são guarnecidas metidas somente são admitidas caso o com-
pelas características da autonomia e da substitu- plemento conste de lei em sentido estrito.
tividade. III – O princípio da estrita legalidade e da reserva
c. A reincidência compõe óbice para a substituição legal não importa a inconstitucionalidade de
da pena privativa de liberdade por restritiva de norma penal em branco, quando a norma pe-
direitos. nal revela diretrizes suficientes de criminaliza-
d. Os elevados custos da atuação estatal e o ção.
enriquecimento ilícito advindo do delito não IV – Não se admite normas duplamente incomple-
autorizam a exasperação da pena-base a título de tas.
consequências do delito. V – Os crimes contra a Administração Pública de-
e. A incidência da atenuante da confissão espontâ- mandam a complementação do conceito de
nea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes exi- funcionário público o qual é extraído do pró-
ge o reconhecimento da traficância pelo acusado, prio Código Penal, razão pela qual constituem
não bastando a mera admissão da posse ou pro- exemplo de norma penal em branco homogê-
priedade para uso próprio. nea homovitelina.
a. E, E, E, E, E.
Letra c. b. C, C, C, C, C.
a. Certo. De acordo com o art. 44, II, do CP, a c. E, C, C, E, C.
reincidência, em regra, obsta a conversão da pena d. C, E, E, C, C.
privativa em restritiva de direitos. Se o réu for e. E, E, C, E, E.
reincidente não específico e a medida revelar-se
socialmente recomendável, é possível, na forma Letra c.
do art. 44, § 3º, do Código Penal. Igualmente, deve
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I. Errado. O item fez confusão propositada com a ESTÁ NO MESMO DIPLOMA LEGAL. EX: Crimes
nomenclatura, muito exigida em provas. A NORMA contra a administração – conceito de funcionário
PENAL EM BRANCO são aquelas cujo PRECEITO público está no próprio CP.
PRIMÁRIO é INCOMPLETO, sendo, assim, normas
PRIMARIAMENTE REMETIDAS. Subdividem-se 46. Em relação aos crimes contra a vida, assinale a
em: opção correta:
1 – HETEROGÊNEA – PRÓPRIA – EM SENTIDO a. A qualificadora do feminicídio associa-se à condi-
ESTRITO: complemento NORMA DE STATUS ção pessoal da vítima, possuindo natureza subje-
NORMATIVO DISTINTO – emanado de OUTRA tiva, sendo que, de acordo com a jurisprudência
FONTE DE PRODUÇÃO do Superior Tribunal de Justiça, é possível a sua
EX: DROGAS – pois o complemento vem de cumulação com qualificadoras de ordem objetiva.
PORTARIA DO MIN. DA SAÚDE b. A Lei n. 13.104/2015 acrescentou um sexto inciso
2 – HOMOGÊNIA – IMPRÓPRIA – SENTIDO ao rol do § 2º para tratar do feminicídio, estabele-
AMPLO: complemento vem MESMO STATUS cendo, expressamente, pena de doze a trinta anos
NORMATIVO – emanado da MESMA FONTE DE para homicídio praticado contra a mulher por ra-
PRODUÇÃO zões da condição de gênero feminino, ou seja, por
1.1. HOMOVITELINA – complemento ESTÁ NO motivo de desprezo em razão da sua condição de
MESMO DIPLOMA LEGAL. EX: Crimes contra a mulher.
administração – conceito de funcionário público está c. A qualificadora do meio cruel não é compatível
no próprio CP com o dolo eventual.
1.2. HETEROBITELINO – complemento ESTÁ d. A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um ter-
EM DIPLOMA LEGAL DIFERENTE. EX: crime de ço) até a metade se o crime for praticado durante
ocultação e impedimento para casamento – art. 236 a gestação ou nos 2 (dois) meses posteriores ao
CP – o conceito de casamento está no art. 1521 do parto.
CC e. O crime de homicídio é classificado como crime de
II. Certo. A NORMA PENAL EM BRANCO AO concurso eventual.
REVÉS, AO AVESSO OU INVERTIDA são espécie
de norma penal em branco. Nelas o PRECEITO Letra e.
SECUNDÁRIO É FIXADO EM OUTRA NORMA. a. Errado. O homicídio praticado contra a mulher
São normas SECUNDARIAMENTE REMETIDAS. com nuance de desprezo à vítima pela sua condição
EX: genocídio (lei 2.889/56) – sanção prevista a de mulher, ou seja, cometido pela razão de ser
de homicídio – art. 121, § 2º do CP. A SANÇÃO mulher (razão de gênero) compõe qualificadora de
necessariamente deve ser cominada em outra lei, natureza objetiva, sendo possível, assim, concorrer
não sendo possível outro instrumento normativo, qualificadoras de índole subjetiva (motivo torpe,
como Portaria etc. Trata-se de desdobramento da por exemplo) com a qualificadora do feminicídio
reserva constitucional de legalidade, segundo a qual (natureza objetiva). Não se considera, pois, bis in
somente lei pode cominar penas. idem. INFORMATVO 625/STJ.
III. Certo. Prevalece que a NORMA PENAL EM b. Errado. Embora a doutrina extraia dessa
BRANCO É CONSTITUCIONAL, se a norma penal qualificadora contexto de violação de gênero, a
contém as diretrizes e parâmetros incriminadores, redação expressa do inciso VI fala em “condições
ou seja, o núcleo essencial da conduta. Não fica de sexo feminino”, tendo a palavra sexo prevalecido
violado o ditame da legalidade. em relação ao termo da redação originária gênero
IV. Errado. A NORMA DUPLAMENTE INCOMPLETA dentro do procedimento legislativo, revelando, no
é aquela na qual tanto o preceito primário, quanto o ponto, resistência do Legislativo em trazer a questão
secundário são remetidos, sendo admitida. Exemplo: de gênero ao centro do debate em matéria penal.
Uso de documento falso (art. 304 do CP). Eis o disposto na lei:
V. Certo. HOMOGÊNIA – IMPRÓPRIA – SENTIDO VI – contra a mulher por razões da condição de sexo
AMPLO: complemento vem MESMO STATUS feminino.
NORMATIVO – emanado da MESMA FONTE DE c. Errado. É compatível. REsp 1.829.601-PR, Rel.
PRODUÇÃO. Subdivide-se em HETEROVITELINA Min. Nefi Cordeiro, Sexta Turma, por unanimidade,
e HOMOVITELINA. HOMVITELINA: complemento julgado em 04/02/2020, DJe 12/02/2020
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d. Errado. § 7o A pena do feminicídio é aumentada IV. Errado. A redação dada pela Lei n. 13.968, de
de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for 26 de dezembro de 2019 (VIGÊNCIA desde a data
praticado: (Incluído pela Lei n. 13.104, de 2015) I – de publicação – 26-12-2019) incluiu, ao lado da
durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores hipótese já prevista de crime praticado por motivo
ao parto; (Incluído pela Lei n. 13.104, de 2015) egoístico, o motivo torpe ou fútil como causas de
e. Certo. Crime de concurso eventual é aquele aumento de pena.
que pode ser praticado por uma ou mais pessoas. V. Errado. A pessoa deve possuir condições mínimas
O crime de concurso necessário por outro lado de discernimento acerca do suicídio, sob pena de
somente pode ser praticado por várias pessoas. a instigação, induzimento ou auxílio caracterizar
homicídio. Em relação à idade o legislador elegeu sob
47. Em relação aos crimes contra a vida, julgue os o mesmo parâmetro dos crimes contra a dignidade
itens abaixo como C (CERTO) ou E (ERRADO) e as- sexual o parâmetro de 14 anos. Foi incluído o § 7º
sinale a opção que contém a sequência de respostas: pela Lei n. 13.968, de 26 de dezembro de 2019: "Se
I – O induzimento, instigação ou auxílio material o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido
a suicídio frustrado (não ocorrência de morte) contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem
com lesão corporal simples ou sequer lesões não tem o necessário discernimento para a prática
tipifica o delito do art. 122, caput, do Código do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode
Penal. oferecer resistência, responde o agente pelo crime
II – O induzimento, instigação ou auxílio material a de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código".
automutilação da qual deriva lesão simples ou
escoriações tipifica o delito do art. 122, caput, 48. Em relação à aplicação da pena, julgue os itens
do Código Penal. abaixo como C (CERTO) ou E (ERRADO) e assinale a
III – O delito do art. 122 do Código Penal é classifi- opção que contém a sequência de respostas:
cado como condicional. I – A individualização da pena revela-se como ga-
IV – Se o delito do art. 122 do Código Penal for rantia fundamental, sendo que, de acordo com
praticado por motivo egoístico incide causa a doutrina, deve ser observada não somente
de aumento, enquanto que incidirá agravante pelo Judiciário, mas também pelo Legislativo
genérica caso seja praticado por motivo torpe. e Executivo.
V – Se a vítima induzida a praticar suicídio tenha II – Submetem-se ao procedimento trifásico de
16 anos, o agente responderá pelo crime de dosimetria da pena as penas privativas de li-
homicídio. berdade, bem como a pena pecuniária.
a. Existe apenas 1 alternativa errada. III – A análise devidamente fundamentada das cir-
b. Existem apenas 2 alternativas erradas. cunstâncias judiciais do artigo 59 do Código
c. Existem apenas 3 alternativas erradas. Penal impele a exasperação da pena.
d. Existem apenas 4 alternativas erradas. IV – As agravantes genéricas (artigos 61 e 62) in-
e. Todas as alternativas estão erradas. cidem apenas em relação aos crimes dolosos,
exceto a reincidência que incide para crimes
Letra c. dolosos e culposos.
I. Certo. DEPOIS DA Lei n. 13.968, de 26 de V – As atenuantes encontram-se prescritas em rol
dezembro de 2019 – forma simples e formas exemplificativo.
qualificadas, sendo que os resultados naturalísticos a. Existe apenas 1 alternativa correta.
lesão grave, gravíssima, morte antes necessárias b. Existem apenas 2 alternativas corretas.
para a tipificação da conduta agora qualificam o c. Existem apenas 3 alternativas corretas.
delito. d. Existem apenas 4 alternativas corretas.
II. Certo. A redação dada pela Lei n. 13.968, de 26 e. Todas as alternativas estão corretas.
de dezembro de 2019 (VIGÊNCIA desde a data de
publicação – 26-12-2019) incluiu a automutilação. Letra c.
III. Errado. O delito deixou de ser crime I. Certo. A individualização da pena é consectário
condicionado (sob a anterior redação, dependia, da garantia fundamental prevista no art. 5º, XLVI da
para a consumação, da ocorrência de resultado CF. Presente na fase de COMINAÇÃO DA PENA
naturalístico). (na seleção de bens que serão tutelados – 1ª FASE:
pena abstrata – legislador – fase de cominação), de
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APLICAÇÃO DA PENA (fixação da pena pelo sistema (regime semiaberto) ou “casa de albergado ou
trifásico – 2ª FASE: pena concreta – judiciário – fase estabelecimento adequado” (regime aberto)
de aplicação (dosimetria da pena) e da EXECUÇÃO (art. 33, § 1º, alíneas “b” e “c”).
DA PENA (as características pessoais implicam nos a. Existe apenas 1 alternativa errada.
benefícios, progressão – 3ª FASE: execução da b. Existem apenas 2 alternativas erradas.
pena – executivo – fase de execução). c. Existem apenas 3 alternativas erradas.
II. Errado. Apenas as penas privativas de liberdade d. Existem apenas 4 alternativas erradas.
(reclusão e detenção) submetem-se ao sistema e. Todas as alternativas estão erradas.
trifásico da dosimetria da pena, enquanto a multa
(pena pecuniária) sujeita-se ao sistema bifásico. Letra b.
III. Errado. Em regra, as circunstâncias judiciais I. Certo. Em relação às FINALIDADES DA PENA,
ao serem valoradas concretamente mediante cumpre destacar as seguintes teorias: 1) TEORIA
fundamentação idônea diversa da gravidade em ABSOLUTA – FINALIDADE DE RETRIBUIÇÃO:
abstrato do delito implicam a exasperação da pena na impor reprimenda, castigo diante do crime
primeira fase. Contudo, em relação à circunstância praticado – A pena não possui fim socialmente útil.
judicial do comportamento da vítima, essa não pode Kant e Hegel; 2) TEORIA RELATIVA (preventiva
ser apreciada desfavoravelmente ao agente. Se a ou utilitária) – FINALIDADE DE PREVENÇÃO
vítima nada contribui, a circunstância neutra. Se a – INTIMIDAR A SOCIEDADE; e 3) TEORIA
vítima contribui, a análise será favorável ao acusado. UNIFICADORA, UNITÁRIA, ECLÉTICA OU
IV. Certo. As agravantes revelam circunstâncias no MISTA: tentativa de conciliar as teorias absolutas
inciso II que ilustram juízo de reprovação referente e relativas. RETRIBUIÇÃO – PREVENÇÃO –
ao dolo do agente, enquanto o inciso I do art. 61 do RESSOCIALIZAÇÃO. Teoria adotada pelo CP.
CP dispõe sobre a reincidência, situação indiferente II. Errado. Alteração legislativa. Com a redação da
em relação ao dolo do agente. Lei n. 13.718/18, de 24-9-2018, os crimes contra
V. Certo. As atenuantes encontram-se prescritas a dignidade sexual submetem-se à ação pública
em rol exemplificativo, tanto que o artigo 66 do incondicionada (sempre).
CP (atenuante genérica inominada) admite outras Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e
hipótese não previstas expressamente em lei. II deste Título, procede-se mediante ação penal
pública incondicionada. (Redação dada pela Lei n.
49. Em relação à aplicação da pena, julgue os itens 13.718, de 2018)
abaixo como C (CERTO) ou E (ERRADO) e assinale a Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela
opção que contém a sequência de respostas: Lei n. 13.718, de 2018)
I – De acordo com a teoria unitária adotada pelo Alteração de 24 de setembro de 2018. Superação
Código Penal em relação à pena, a pena pos- do entendimento do Info 605.
sui as finalidades de retribuição, prevenção e III. Errado. TEORIA DOS ELEMENTOS NEGATIVOS
ressocialização. DO TIPO: assume por premissa a TIPICIDADE
II – Em razão do resguardo a intimidade da vítima, COMO A RATIO ESSENDI DA ILICITUDE. A
o crime de estupro submete-se à ação públi- função indiciária alude à ratio cognoscendi, em
ca condicionada à representação da vítima, que se analisa a tipicidade e a ilicitude AO MESMO
enquanto que a ação penal para estupro de MOMENTO. Existe assim um TIPO TOTAL
vulnerável é pública incondicionada. DE INJUSTO, contendo elementos positivos
III – A tipicidade faz presumir a ilicitude, ou seja, (relacionados ao fato típico) e elementos negativos
a tipicidade figura como ratio essendi da ilici- (ausência de excludentes de ilicitude).
tude. IV. Certo. A despeito da literalidade do art. 97 do
IV – Na aplicação do art. 97 do Código Penal não Código Penal, o STJ pacificou o entendimento no
deve ser considerada simplesmente a natu- sentido de que não é a natureza da pena privativa
reza da pena privativa de liberdade aplicável, que deve ser analisada, e sim a periculosidade do
mas sim a periculosidade do agente, cabendo agente. Assim, ainda que o inimputável pratique fato
ao julgador a faculdade de optar pelo trata- que se amolda a delito que possua pena de reclusão, é
mento que melhor se adapte ao inimputável. possível a substituição da internação por tratamento
V – São aceitáveis estabelecimentos que não se ambulatorial. EREsp 998.128-MG, Rel. Min. Ribeiro
qualifiquem como “colônia agrícola, industrial” Dantas, Terceira Seção, por unanimidade, julgado
em 27/11/2019, DJe 18/12/2019 – INFORMATIVO
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e. Errado. O art. 201 prevê que o ofendido será ouvido d. Errado. A paridade de armas é característica que
sempre que possível. Assim, a materialidade do fato garante a imparcialidade do Juiz, pois ambas as
e suas circunstâncias podem ser comprovadas de partes litigam em igualdade de condições.
outra forma. e. Errado. No sistema acusatório, o Juiz atua como
mero espectador, não devendo influir na condução
53. São princípios que regem a ação penal pública, do processo. Seu papel é de garante das regras,
EXCETO: devendo, ao final, julgar de acordo com seu livre
a. Intranscendência. convencimento, diante das provas produzidas pelos
b. Obrigatoriedade. atores processuais.
c. Conveniência/Oportunidade.
d. Indisponibilidade. 55. O inquérito policial é o meio de investigação por
e. Oficialidade. excelência, mas outras autoridades também podem
investigar. Sobre os meios de investigação criminal, é
Letra c. incorreto afirmar:
a. Errado. A intranscendência diz respeito à a. O inquérito policial somente será presidido pela
pessoalidade da pena e atinge todas as espécies de autoridade policial.
ação penal. b. Não há, atualmente, a possibilidade de ação penal
b. Errado. A obrigatoriedade é característica da sem demanda.
ação penal pública, sendo obrigatório ao Ministério c. A competência do Juiz das Garantias cessa com o
Público ingressar com a ação sempre que tiver recebimento da denúncia, nos termos do art. 3º-B,
conhecimento de um crime e indícios de sua autoria. XIV, do CPP.
c. Certo. A conveniência e a oportunidade são d. Não se admite a instauração do inquérito com
vinculadas à ação privada, em que o ofendido decide base em denúncia anônima.
se deseja ou não a persecução penal. e. No procedimento investigatório conduzido pelo
d. Errado. Pois a indisponibilidade é ligada à ação Ministério Público, não precisam ser observadas
penal pública, sendo vedado ao Ministério Público as mesmas garantias asseguradas à defesa no in-
desistir da ação penal. quérito policial, pois as investigações são conduzi-
e. Errado. Pois a ação penal pública é de titularidade das diretamente pelo titular da ação penal.
oficial do Estado, por meio do Ministério Público,
conforme art. 129, I, da CF/1988. Letra e.
a. Certo. o inquérito policial será presidido pela
54. São características do sistema acusatório, exceto: autoridade policial, o que não impede que o Ministério
a. A gestão das provas nas mãos das partes. Público realize investigações próprias, por meio do
b. O contraditório. procedimento investigatório criminal.
c. A oralidade. b. Certo. Com a adoção do sistema acusatório,
d. A paridade de armas. passou-se a entender que a previsão de instauração
e. O Juiz espectador. de inquérito por requisição judicial não foi
recepcionada pela Constituição. Adota-se, agora,
Letra c. o princípio ne procedat iudex officio, segundo o
a. Errado. A gestão das provas nas mãos das partes qual o procedimento penal não será iniciado sem
é da essência do sistema acusatório, no qual o provocação do seu titular.
magistrado deve se manter equidistante, sem intervir c. Certo. o inquérito somente acompanhará a
no processo penal. denúncia se servir de base a ela, nos termos do art.
b. Errado. o contraditório assegura a regularidade 12 do CPP. Pode ser que a denúncia seja instruída
dos jogos processuais, em que ambas as com peças de informação distintas.
partes possuem as mesmas possibilidades de d. Certo. Recebida a denúncia anônima, deve a
convencimento do julgador. autoridade policial realizar averiguações preliminares
c. Certo. A oralidade tem relação com o sistema a fim de verificar a plausibilidade dela. Somente se
inquisitório, pois o único destinatário da prova era confirmando as informações, instaura-se o IP.
o magistrado, não havendo necessidade de registro e. Errado. O STF admitiu o poder investigatório
dos atos. do MP no RE n. 593.727, com repercussão geral,
fixando alguns critérios. Dentre esses critérios,
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por escrito ao consumidor, quando não solicitada à prestação de contas para obter esclarecimentos
por ele. sobre cobrança de taxas, tarifas e encargos ban-
cários.
Letra b. e. Não configura dano moral in re ipsa a simples re-
a. Certo. Art. 43, § 1º, do CDC. messa de fatura de cartão de crédito para a resi-
b. Errado. Art. 43, § 3º, do CDC. O prazo é de 5 dias dência do consumidor com cobrança indevida, ou
úteis. seja, fatura com valores diversos daqueles gastos
c. Certo. Art. 43, § 4º, do CDC. pelo consumidor.
d. Certo. Art. 43, § 5º, do CDC.
e. Certo. Art. 43, § 2º, do CDC. Letra b.
a. Certo. STJ. 2ª Seção. REsp 1.712.163-SP, Rel.
62. No que tange aos contratos de adesão, assinale a Min. Moura Ribeiro, julgado em 08/11/2018 (recurso
alternativa INCORRETA: repetitivo) (Info 638).
a. A inserção de cláusula no formulário não desfigura b. Errado. STJ. 4ª Turma. REsp 1.611.915-RS, Rel.
a natureza de adesão do contrato. Min. Marco Buzzi, julgado em 06/12/2018 (Info 642).
b. Não se admite cláusula resolutória nos contratos c. Certo. STJ. 4ª Turma. REsp 1.595.731-RO, Rel.
de adesão. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 14/11/2017
c. As cláusulas que implicarem limitação a direito do (Info 618)
consumidor deverão ser redigidas com destaque. d. Certo. Súmula 477/STJ.
d. Os contratos de adesão escritos serão redigidos e. Certo. STJ. 4ª Turma. REsp 1.550.509-RJ, Rel.
em termos claros e com caracteres ostensivos e Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 3/3/2016 (Info
legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior 579).
ao corpo doze.
e. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas te- 64. Todas as assertivas estão de acordo com enun-
nham sido aprovadas pela autoridade competente ciados sumulados do Superior Tribunal de Justiça, EX-
ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor CETO:
de produtos ou serviços, sem que o consumidor a. Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos
possa discutir ou modificar substancialmente seu contratos de plano de saúde, salvo os administra-
conteúdo. dos por entidades de autogestão.
b. O Código de Defesa do Consumidor é aplicável
Letra b. aos empreendimentos habitacionais promovidos
a. Certo. Art. 54, § 1º, do CDC. pelas sociedades cooperativas.
b. Errado. Art. 54, § 2º, do CDC. c. O Banco do Brasil, na condição de gestor do Ca-
c. Certo. Art. 54, § 4º, do CDC. dastro de Emitentes de Cheques sem Fundos
d. Certo. Art. 54, § 3º, do CDC. (CCF), não tem a responsabilidade de notificar
e. Certo. Art. 54, caput, do CDC. previamente o devedor acerca da sua inscrição no
aludido cadastro, tampouco legitimidade passiva
63. Segundo posicionamento do STJ, assinale o item para as ações de reparação de danos fundadas na
incorreto: ausência de prévia comunicação.
a. As operadoras de planos de saúde não estão d. É vedado ao banco mutuante reter, em qualquer
obrigadas a fornecer medicamento não registrado extensão, os salários, vencimentos e/ou proventos
pela ANVISA. de correntista para adimplir o mútuo (comum) con-
b. Companhia aérea não é civilmente responsável traído, ainda que haja cláusula contratual autoriza-
por não promover condições dignas de acessibi- tiva, excluído o empréstimo garantido por margem
lidade de pessoa cadeirante ao interior da aero- salarial consignável, com desconto em folha de
nave. A obrigação de acessibilidade deverá ser pagamento, que possui regramento legal especí-
garantida pela ANAC, não podendo haver transfe- fico e admite a retenção de percentual.
rência de responsabilidade. e. O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às
c. É abusiva a prática da companhia aérea que can- entidades abertas de previdência complementar,
cela automaticamente o voo de volta em razão de não incidindo nos contratos previdenciários cele-
“no show” na ida. brados com entidades fechadas.
d. A decadência do artigo 26 do CDC não é aplicável
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Letra c. Letra b.
a. Errado. Art. 14, § 4° A responsabilidade pessoal a. Errado. Art. 3º, § 2º, do CDC.
dos profissionais liberais será apurada mediante a b. Certo. Art. 2º, parágrafo único, do CDC.
verificação de culpa. c. Errado. Art. 3º do CDC.
b. Errado. Art. 14, § 4° A responsabilidade pessoal d. Errado. Art. 3º do CDC.
dos profissionais liberais será apurada mediante e. Errado. A remuneração do serviço pode ser direta
a verificação de culpa. Ademais, registra-se que ou indireta.
a culpa é presumida em caso de cirurgia estética
embelezadora.
c. Certo. Art. 12, § 2° O produto não é considerado
DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS
defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter (Karoline Leal)
sido colocado no mercado.
d. Errado. Art. 12, § 3°, do CDC. 71. Acerca dos direitos difusos, coletivos e individuais
e. Errado. Art. 12, § 3°, do CDC. homogêneos, assinale a alternativa correta:
a. Os direitos difusos compreendem interesses que
69. Segundo o entendimento do STJ, o CDC aplica-se não encontram apoio em uma relação-base bem
a. em relação contratual entre paciente e médico definida, reduzindo-se o vínculo entre as pessoas
b. em relação contratual entre cliente e advogado. a fatores conjunturais ou extremamente genéricos,
c. a contrato de plano de saúde administrado por en- a dados de fato frequentemente acidentais ou mu-
tidade de autogestão. táveis. São direitos transindividuais, indivisíveis (a
d. a contratos de previdência complementar celebra- tutela será uniforme entre todos os interessados),
dos com entidades fechadas. titularizados por pessoas indeterminadas ligadas
e. entre o cooperado e a cooperativa. por circunstância comum.
b. Os direitos coletivos, estrito senso, são interesses
Letra a. e direitos transindividuais, de natureza indivisível
a. Certo. Aplica-se o CDC. de que seja titular grupo, categoria ou classe de
b. Errado. Não se aplica o CDC na relação contratual pessoas ligadas, apenas, entre si.
entre cliente e advogado, conforme posição do STJ. c. Os direitos individuais homogêneos são direitos
c. Errado. Súmula 608/STJ. materialmente coletivos. O vínculo entre os titula-
d. Errado. Súmula 563/STJ. res decorre de origem comum, que pode ser fática
e. Errado. Não se aplica o CDC ente cooperado e ou jurídica.
cooperativa, conforme posição do STJ. d. São exemplos de vínculos de direitos coletivos es-
trito senso as relações-base entre associados de
70. Assinale a alternativa correta: uma determinada associação, entre os acionistas
a. Produto é qualquer atividade fornecida no merca- de uma sociedade ou entre pessoas que conso-
do de consumo, mediante remuneração, inclusive mem o mesmo produto.
as de natureza bancária, financeira, de crédito e e. Nos direitos individuais homogêneos, o grupo é
securitária, salvo as decorrentes das relações de formado após a lesão, diferenciando dos direitos
caráter trabalhista. coletivos estrito senso, que têm sua conformação
b. Equipara-se a consumidor a coletividade de pes- surgida de maneira pretérita, a partir da relação
soas, ainda que indetermináveis, que haja inter- jurídica base.
vindo nas relações de consumo.
c. A pessoa jurídica de direito público não pode ser Letra e.
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a. Errado. O único erro da alternativa é a última mento das ações civis públicas, a comprovação da
palavra: não se trata do vínculo por uma circunstância pertinência temática. Contudo, faz indispensável
comum, mas por uma circunstância de fato. Vide art. analisar se a ação guarda relação com a função
81 do CDC. institucional prevista na Constituição Federal.
b. Errado. O erro também está na parte final: o
vínculo pode ser entre os titulares ou entre eles e a Letra e.
parte contrária. De fato, as ações civis públicas ajuizadas pela
c. Errado. Trata-se de categoria de direito Defensoria Pública devem guardar relação com as
formalmente ou acidentalmente coletivo. funções institucionais.
d. Errado. O erro está na parte final: em regra, não há a. Errado. O artigo 82 do CDC, que trata da
um vínculo jurídico entre as pessoas que consomem legitimidade para ACP, não contempla a Defensoria
um determinado produto. Pública.
e. Certo. Exatamente! b. Errado. Antes mesmo da Lei n. 11.418/2007, que
incluiu expressamente a Defensoria Pública como
72. Figuram como legitimados expressos na Lei da legitimada na Lei da Ação Civil Pública, a instituição
Ação Civil Pública, exceto: já se valia da previsão do artigo 82, inciso III, do
a. Ministério Público e Defensoria Pública. CDC, que contempla os entes públicos, para ajuizar
b. Ordem dos Advogados do Brasil. ACP.
c. União, Estados, DF e municípios. c. Errado. O questionamento ocorreu por meio da
d. Autarquias, empresas públicas, sociedades de ADI 3943, e não ADPF.
economia mista. d. Errado. O erro está na indicação dos necessitados
e. Associações constituídas há pelo menos 1 ano e econômicos. Segundo o STF: A Defensoria Pública
com finalidades institucionais condizentes com os tem legitimidade para a propositura de ação civil
direitos salvaguardados na Lei da Ação Civil Pú- pública em ordem a promover a tutela judicial de
blica. direitos difusos e coletivos de que sejam titulares,
em tese, as pessoas necessitadas. STF. Plenário.
Letra b. RE 733433/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado
Não figura como legitimado expresso na LACP a em 4/11/2015 (repercussão geral) (Info 806). De
Ordem dos Advogados do Brasil. maneira complementar, o STJ definiu que “a atuação
primordial da defensoria pública, sem dúvida, é a
73. A respeito da legitimidade da Defensoria Pública assistência jurídica e a defesa dos necessitados
econômicos. Entretanto, também exerce suas
para as ações civis públicas, indique o item correto:
atividades em auxílio a necessitados jurídicos, não
a. A Defensoria Pública consta no rol dos legitimados
necessariamente carentes de recursos econômicos.
ativos para a defesa dos interesses dos consumi-
A expressão "necessitados" prevista no art. 134,
dores em juízo
caput, da CF/88, que qualifica e orienta a atuação
b. Originalmente, a Defensoria Pública não constava
da defensoria pública, deve ser entendida, no
entre os legitimados para propor a Ação Civil Pú-
campo da ação civil pública, em sentido amplo.
blica. Por tal razão, somente a partir da edição da
Assim, a defensoria pode atuar tanto em favor dos
Lei n. 11.448/07, que alterou a Lei da Ação Civil
carentes de recursos financeiros como também
Pública, a Defensoria Pública pode ajuizar ações
em prol do necessitado organizacional (que são
coletivas.
os "hipervulneráveis). STJ. Corte especial. Eresp
c. A alteração da Lei da Ação Civil Pública para in-
1192577-RS, rel. Min. Laurita Vaz, julgado em
cluir expressamente a legitimidade da Defensoria
21/10/2015 (info 573).
Pública teve a constitucionalidade questionada no
Supremo Tribunal Federal, por meio da Ação de
Descumprimento de Preceito Fundamental. 74. Acerca da interface entre a demanda coletiva e os
d. A Defensoria Pública tem legitimidade para a pro- processos individuais, analise os seguintes itens:
positura de ação civil pública em ordem a promo- I – Se há o trânsito em julgado da sentença co-
ver a tutela judicial de direitos difusos e coletivos letiva antes de propositura da ação individual,
de que sejam titulares, em tese, as pessoas ne- basta que o autor individual promova a liquida-
cessitadas economicamente.
e. Não se exige da Defensoria Pública, no ajuiza-
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tência dos pais. A capacidade é comprovada por recair sobre bens adquiridos tanto antes quanto
meio do título eleitoral ou documento equivalente. depois da prática do ato de improbidade.
d. É possível que haja litisconsórcio entre cidadãos.
Tal litisconsórcio será passivo, facultativo, inicial Letra a.
ou ulterior e unitário, porque a decisão deve ser A indisponibilidade pode recair sobre bem de família.
idêntica, tendo em vista que o objeto é indivisível, STJ. 1ª Turma. AgInt no REsp 1670672/RJ, Rel. Min.
por se tratar de direito difuso. Benedito Gonçalves, julgado em 30/11/2017. STJ.
e. O Ministério Público, na Ação Popular, figura como 2ª Turma. EDcl no AgRg no REsp 1351825/BA, Rel.
fiscal da ordem jurídica, como órgão ativador da Min. Og Fernandes, julgado em 22/09/2015.
prova, auxiliando o autor para facilitar e acelerar b. Certo. STJ. 2ª Turma. AgRg no AREsp 606.352-
a prova, podendo fazer requerimento de provas. SP, Rel. Min. Assusete Magalhães, julgado em
Atua também como sucessor do autor na hipótese 15/12/2015 (Info 576).
de abandono ou de desistência, pode interpor re- c. Certo. STF. Plenário. RE 852475/SP, Rel. orig.
cursos e deve promover a execução em 30 dias, Min. Alexandre de Moraes, Rel. para acórdão Min.
sob pena de falta grave, caso o autor não o faça Edson Fachin, julgado em 08/08/2018 (repercussão
em 60 dias do trânsito em julgado. geral) (Info 910).
d. Certo. STJ. REsp 1129121/GO, Rel. p/ Acórdão
Letra d. Min. Castro Meira, julgado em 03/05/2012.
O erro está apenas no litisconsórcio passivo. O e. Certo. A indisponibilidade dos bens pode ser
correto é litisconsórcio ativo. decretada sem ouvir o réu. STJ. 1ª Turma. AgRg no
a. Certo. Exatamente. A doutrina de Hely Lopes AREsp 671281/BA, Rel. Min. Olindo Menezes (Des.
Meireles trata com maestria acerca dessa questão. Conv. do TRF 1ª Região), julgado em 03/09/2015.
b. Certo. Vide artigo 1º da LAP. Ademais, a indisponibilidade pode recair sobre bens
c. Certo. Existia uma controvérsia se o legitimado adquiridos tanto antes quanto depois da prática do
seria aquele que possui capacidade para votar e ser ato de improbidade. STJ. 1ª Turma. REsp 1301695/
votado. A jurisprudência já sedimentou que basta a RS, Rel. Min. Olindo Menezes (Des. Conv. TRF 1ª
capacidade de votar para ser autor da Ação Popular. Região), julgado em 06/10/2015.
e. Certo. Exatamente!
78. A respeito do Mandado de Segurança Coletivo,
77. Acerca da orientação dos Tribunais Superiores so- assinale a alternativa incorreta:
bre a Ação de Improbidade Administrativa, assinale a a. O mandado de segurança figura como garantia
alternativa incorreta: para proteção do direito coletivo de direito líquido
a. A indisponibilidade prevista na Lei de Improbida- e certo, não amparado por Habeas Corpus ou
de Administrativa não pode recair sobre bens de Habeas Data.
família. b. Conforme a Lei do Mandado de Segurança, os di-
b. A condenação pela Justiça Eleitoral ao pagamento reitos protegidos pelo instituto podem ser difusos,
de multa por infringência às disposições contidas coletivos e individuais homogêneos.
na Lei das Eleições não impede a imposição c. O Mandado de Segurança Coletivo pode ser im-
de nenhuma das sanções previstas na Lei de petrado por partido político com representação
Improbidade Administrativa, inclusive da multa no Congresso Nacional, na defesa de seus inte-
civil, pelo ato de improbidade decorrente da resses legítimos relativos a seus integrantes ou
mesma conduta. à finalidade partidária, ou por organização sindi-
c. São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao cal, entidade de classe ou associação legalmente
erário fundadas na prática de ato doloso tipificado constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1
na Lei de Improbidade Administrativa. (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos
d. É pacífico o entendimento do STJ no sentido de da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou
que a Lei n. 8.429/92 não pode ser aplicada re- associados, na forma dos seus estatutos e desde
troativamente para alcançar fatos anteriores a sua que pertinentes às suas finalidades, dispensada,
vigência, ainda que ocorridos após a edição da para tanto, autorização especial.
Constituição Federal de 1988. d. Não se concederá Mandado de Segurança quan-
e. A indisponibilidade dos bens pode ser decretada do se tratar de ato do qual caiba recurso adminis-
sem ouvir o réu. Ademais, a indisponibilidade pode trativo com efeito suspensivo, independentemente
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b. Errado. A Defensoria Pública não possui, em explicar a imutabilidade dos direitos naturais em
expressamente, legitimidade. Vide artigo 81 do razão da constante alteração do conteúdo de direitos
Estatuto do Idoso. essenciais ao indivíduo ao longo dos séculos.
c. Certo. Vide artigo 39 a 42 do Estatuto do Idoso. d. Certo. Exatamente! A teoria positivista
d. Certo. Vide artigo 39 a 42 do Estatuto do Idoso. fundamenta a existência dos direitos humanos na
e. Certo. Vide artigo 39 a 42 do Estatuto do Idoso. ordem normativa, enquanto legítima manifestação
da soberania popular.
e. Errado. Há críticas contundentes à teoria
DIREITOS HUMANOS positivista. Para parcela da doutrina, a teoria aceita,
(Karoline Leal) sem maiores questionamentos, a não observância
das normas internacionais de direitos humanos se
81. Acerca das teorias que apresentam a justificativa não houver a aceitação ou incorporação da norma
ou a fonte legitimadora dos Direitos Humanos, assinale pela ordem interna de um Estado.
a assertiva incorreta:
a. A teoria negacionista, que possui como expoente 82. A respeito do costume internacional no estudo dos
Norberto Bobbio, apregoa que é impossível en- Direitos Humanos, assinale o item incorreto:
contrar um fundamento único ou absoluto para os a. Constitui prática generalizada dos Estados, de
direitos humanos. modo que o costume internacional passa a ser
b. Segundo a teoria jusnaturalista, o ser humano norma. É compreendido como prova de uma práti-
possui direitos naturais, anteriores e superiores ao ca geral aceita como sendo o direito.
Estado. b. Do ponto de vista doutrinário, há corrente que as-
c. Segundo a teoria jusnaturalista, fundada na Esco- sinala que o conceito de costume internacional
la de Direito Natural de Razão Divina, os direitos se funda em dois elementos: o primeiro que é um
humanos são oriundos de Deus. Já para a Escola elemento material, isto é, a prática generalizada;
de Direito Natural Moderno, os direitos humanos o segundo que é um elemento subjetivo, isto é, a
são oriundos da natureza inerente do ser humano. crença de que esta prática é obrigatória.
d. Consoante à teoria positivista, não há que se falar c. Diferentemente dos tratados, o costume interna-
em direito natural, anterior e superior ao Estado, cional obriga os Estados tacitamente, sem exigir
de modo que a fundamentação dos direitos huma- uma manifestação explícita de aceitação nem uma
nos deve ser encontrada no ordenamento jurídico incorporação formal na ordem jurídica interna.
internacional, nos tratados, convenções, declara- d. Não se admite que um Estado deixe de observar
ções. um costume internacional.
e. A teoria positivista é adotada por parcela majoritá- e. Ao lado das convenções internacionais, dos prin-
ria da doutrina internacional, não havendo funda- cípios gerais de direito, das decisões judiciais e
das críticas à referida teoria. da doutrina dos publicistas, os costumes figuram
como fonte de direitos humanos.
Letra e.
a. Certo. Para a teoria, a expressão “direitos Letra d.
humanos” é muito vaga e desprovida de consenso a. Certo. Isso mesmo. Vide os termos do art.
quanto ao seu significado. Ademais, trata-se de 38.1.b do Estatuto da Corte Internacional de
uma categoria que varia conforme a sua evolução Justiça: “A Corte, cuja função é decidir de acordo
histórica e forma uma categoria heterogênea. Por com o direito internacional as controvérsias que
isso, Bobbio afirma que “o problema grave do nosso lhe forem submetidas, aplicará: a. as convenções
tempo, com relação aos direitos humanos, não é internacionais, quer gerais, quer especiais, que
mais o de fundamentá-los, e sim o de protegê-los”. estabeleçam regras expressamente reconhecidas
b e c. Corretas. Exatamente! Segundo a teoria pelos Estados litigantes; b. o costume internacional,
jusnaturalista, os direitos humanos encontram como prova de uma prática geral aceita como
fundamento anterior e superior ao Estado. A doutrina sendo o direito; c. os princípios gerais de direito,
aponta a fragilidade da teoria jusnaturalista, sob reconhecidos pelas nações civilizadas; d. sob
os seguintes argumentos: a) não há possibilidade ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões
de comprovação empírica ou mesmo teórica dos
direitos naturais; e b) há uma grande dificuldade
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judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados geração seriam aqueles resultantes da globalização.
das diferentes nações, como meio auxiliar para a Figuram como exemplos o direito à democracia, à
determinação das regras de direito”. informação e ao pluralismo.
b. Certo. Há corrente doutrinária que considera que a. Errado. Acesso a trabalho digno figura como direito
o costume deve ter dois elementos: a prática do de segunda geração/dimensão. Enquanto os direitos
Estado e a opinio juris. A prática do Estado refere- de primeira geração (direitos civis e políticos) – que
se a uma prática geral e consistente por parte dos compreendem as liberdades clássicas, negativas
Estados, enquanto a opinio juris significa que essa ou formais – realçam o princípio da liberdade e os
prática é seguida da crença de ser ela legalmente direitos de segunda geração (direitos econômicos,
obrigatória. sociais e culturais) – que se identificam com as
c. Certo. Trata-se de norma consuetudinária, não liberdades positivas, reais ou concretas – acentuam
exigindo a formalização para a incorporação ao o princípio da igualdade.
ordenamento jurídico. b. Errado. O direito de resistência figura como direito
d. Errado. Aceita-se, majoritariamente, que um de primeira geração/dimensão.
Estado somente pode deixar de cumprir um costume c. Errado. Os direitos culturais figuram como direitos
internacional quando tenha se comportado como de segunda geração/dimensão.
um “objetor persistente”, comportamento este que e. Errado. Os direitos difusos e coletivos são
deve ocorrer durante o processo de formação dos direito de terceira geração/dimensão. Os direitos
costumes internacionais, mediante manifestações de terceira geração, que materializam poderes de
permanentes e inequívocas de sua objeção a serem titularidade coletiva atribuídos genericamente a
obrigados pelo respectivo costume. todas as formações sociais, consagram o princípio
e. Certo. Isso mesmo. Vide os termos do art. 38.1.b da solidariedade e constituem um momento
do Estatuto da Corte Internacional de Justiça. importante no processo de desenvolvimento,
expansão e reconhecimento dos direitos
83. A respeito da classificação dos direitos humanos humanos, caracterizados, enquanto valores
em gerações, idealizada por Karel Vasak, assinale a fundamentais indisponíveis, pela nota de uma
alternativa verdadeira: essencial inexauribilidade. Paulo Bonavides
a. Os Direitos de Primeira Geração envolvem os di- também desenvolve sua quinta geração de
reitos de liberdade, como exemplo o direito à livre direitos fundamentais, tendo como destaque o
locomoção e acesso ao trabalho digno. reconhecimento da normatividade do direito à paz.
b. Os Direitos de Segunda Geração envolvem direi-
tos de igualdade, como exemplo o direito à educa- 84. Acerca da Declaração Universal dos Direitos Hu-
ção, saúde e de resistência. manos, assinale a alternativa certa.
c. Os Direitos de Terceira Geração envolvem os a. A Declaração Universal dos Direitos Humanos
direitos de fraternidade ou solidariedade, como (DUDH) foi aprovada em 10.12.1968 pela Assem-
exemplo o direito ao meio ambiente equilibrado e bleia-Geral da ONU.
os direitos culturais. b. A DUDH, além de ser o grande marco da univer-
d. Os Direitos de Quarta Geração envolvem o con- salidade e inerência dos direitos humanos, repre-
ceito de globalização política, como por exemplo o senta o primeiro instrumento internacional que
direito à democracia. protege tanto direitos civis e políticos quanto di-
e. Os Direitos de Quinta Geração envolvem os direi- reitos econômicos, sociais e culturais, servindo de
tos difusos e coletivos. modelo ou paradigma para a proteção dos direitos
fundamentais nas Constituições e leis dos países.
Letra d. c. No que diz respeito à natureza jurídica da Decla-
Para além das 3 gerações inicialmente idealizadas ração Universal, ela foi adotada como uma con-
por Karel Vasak, diversos autores hoje desenvolvem venção.
os conceitos de quarta, quinta e até sexta geração d. Não há dúvida de que a grande maioria dos Es-
dos direitos fundamentais. Após a terceira, contudo, tados Membros da ONU, ao votarem a favor da
não há mais unanimidade doutrinária. Segundo DUDH, assim o fizeram levando em consideração
Paulo Bonavides, os direitos fundamentais de quarta que estavam aderindo a um texto de natureza vin-
culante.
e. A DUDH possui, expressamente, natureza vincu-
lante.
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República e pelo Defensor Público-Geral Federal. rias que mantinham relação com o MST sob o
c. Caberá o IDC nas hipóteses de grave violação a argumento de que estavam associados para a
direitos humanos; para assegurar o cumprimento prática de crimes.
de obrigações decorrentes de tratados internacio- a. Somente o item I é certo.
nais ou na hipótese de incapacidade – oriunda de b. Somente o item II é certo.
inércia, negligência, falta de vontade política, de c. Somente o item III é certo.
condições pessoais, materiais etc. – de o Estado- d. Somente os itens I e II são corretos.
-membro, por suas instituições e autoridades, le- e. Todos os itens são corretos.
var a cabo, em toda a sua extensão, a persecução
criminal. Letra e.
d. O IDC somente é cabível para casos de natureza I. Certo. Foi a primeira condenação do Brasil na
penal. Corte, além do primeiro caso envolvendo violação
e. o IDC somente pode ser manejado se já houver de direitos humanos de pessoa com deficiência
processo em trâmite. mental.
II. Certo. Foi a primeira absolvição do Brasil na
Letra c. Corte. Discutiu-se os limites da atuação da Corte
O STJ estabeleceu os requisitos para cabimento do para determinar que o Estado investigue, processe e
IDC no primeiro incidente de deslocamento julgado puna responsáveis por violação de direitos humanos
(IDC nº 1/PA), sendo eles os seguintes: (caso de absolvição pelo tribunal do júri). Foi o
• grave violação a direitos humanos; primeiro caso sobre o tema “violação de direitos
• assegurar o cumprimento de obrigações decorren- humanos contra defensores de direitos humanos”.
tes de tratados internacionais; III. Certo. Discutiu acerca da proteção do sigilo das
• incapacidade – oriunda de inércia, negligência, comunicações telefônicas pela CADH e a vedação
falta de vontade política, de condições pessoais, da divulgação de conversas telefônicas.
materiais etc. – de o Estado-membro, por suas
instituições e autoridades, levar a cabo, em toda a FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
sua extensão, a persecução criminal. (Juliano Alves)
a. Errado. A CF atribuiu ao STJ a competência
para julgar o IDC. E o STJ, por sua vez, mediante
91. Em sua tentativa de demonstrar o caráter cientí-
a Resolução n. 6, conferiu esta competência à sua
fico do Direito, Hans Kelsen formulou sua Teoria Pura
3ª Seção.
do Direito que, em última instância, buscava afastar o
b. Errado. O legitimado é o PGR. Há algumas PECs
ampliando ao Defensor Público-Geral Federal. caráter metafísico do Direito, bem como as ideologias.
'd.' e 'e.' Incorretas. O IDC pode ser ajuizado em Seu projeto consistiu em criar uma Ciência jurídica
qualquer momento, mesmo se o fato ainda estiver pura, livre de influências externas, em especial, livre
sob investigação (penal ou cível). de ideologias. Assentado nos teóricos que tratam do
tema, assinale a alternativa incorreta:
90. A respeito dos casos brasileiros perante a Corte a. O termo ideologia tem origem no final do século
Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), jul- XVIII, elaborado por filósofos franceses conheci-
gue os itens. dos como "ideólogos". Desse modo, ideologia sig-
I – O Caso Ximenes Lopes vs. Brasil (2006): ver- nificava o estudo da origem e formação da ideia.
sou sobre maus tratos e morte de paciente em b. Auguste Comte, em uma visão marxista, também
clínica privada de saúde mental vinculada ao se referiu à ideologia, reiterando a ideia original,
SUS. mas acrescentando-lhe um segundo significado,
II – O Caso Nogueira de Carvalho e outro vs. Bra- um sentido mais amplo, em que a ideologia pas-
sil (2006) versou sobre falha do Estado na sou a significar um conjunto de ideias, princípios
investigação e punição de autores do assas- e valores que refletem uma determinada visão de
sinato do advogado Gilson Nogueira de Car- mundo, orientando uma forma de ação, sobretudo
valho, ativista de direitos humanos. uma prática política.
III – O Caso Escher e outros vs. Brasil (2009) ver- c. O termo "ideologia" passou a ser utilizado ampla-
sou sobre interceptação telefônica arbitrária mente por influência do pensamento de Karl Marx,
contra integrantes de organizações comunitá- significando o processo de racionalização – um
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Max Weber (1864-1920) afirma que “devemos de proteção do consumidor" (MARQUES, Claudia
conceber o Estado contemporâneo como uma Lima; Miragem, Bruno. Novo Código de Processo
comunidade humana que, dentro dos limites de Civil e o diálogo das fontes para a proteção do
determinado território […], reivindica o monopólio do consumidor. In: Marques, Claudia Lima. Diálogos
uso legítimo da violência física” (Weber, Ciência e entre o direito do consumidor e o novo CPC. Claudia
Política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 2006, Lima Marques, Luis Alberto Reichelt. São Paulo:
p. 56). Revista dos Tribunais, 2017).
b. Certo. “É claro que nos países onde a Constituição
94. De acordo com a professora Claudia Lima Mar- já estabelece explicitamente qual é a hierarquia que
ques, o método do diálogo das fontes, criado por Erik deverão ter os tratados dentro dos ordenamentos
Jayme, em seu curso de Haia de 1995, tem sua base jurídicos, por exemplo, a Argentina, não há espaço
no fenômeno comum das sociedades de consumo, para a aplicação dessa teoria [do diálogo das
fontes]. Isso ocorre porque a estrutura do sistema
na pós-modernidade, do crescente pluralismo de leis,
foi desenhada a priori, não deixando ao Judiciário
gerais e especiais, para enfrentar a complexidade dos
uma ampla margem de decisão. Assim, os juízes,
casos de nossa vida atual e, como fim, restabelecer a
nesses países, deverão seguir a ordem explícita
coerência e a unidade de valores e finalidades (cons-
que os constituintes estabeleceram na Constituição,
titucionalmente sinalizados) do ordenamento jurídico. ou seja: os tratados têm hierarquia supralegal"
Sobre o tema, é INCORRETO afirmar: (MAFFEI, Brenda Luciana. Fontes internacionais
a. O STF e o STJ admitem a teoria do diálogo das no direito contratual brasileiro na era da desordem:
fontes. uma possível solução dos conflitos pelo diálogo
b. Diante da força da doutrina do transconstituciona- das fontes? In: Diálogo das fontes: Do conflito
lismo, a respeito do diálogo das fontes, a teoria à coordenação de normas do direito brasileiro.
vem sendo utilizada, de forma generalizada, em Coordenação: Cláudia Lima Marques. São Paulo:
vários países. Editora Revista dos Tribunais, 2012)
c. Superando a ideia de conflito entre normas, esta c. Certo. Superando a ideia de conflito entre
teoria de Erik Jayme traz à luz a ideia de unidade normas, esta teoria de Erik Jayme traz à luz a
do ordenamento e restauração da coerência entre ideia de unidade do ordenamento e restauração da
as várias normas e microssistemas, especiais e coerência entre as várias normas e microssistemas,
gerais, ao mesmo tempo, se observados os seus especiais e gerais, ao mesmo tempo, se observados
campos de aplicação material e subjetivos. os seus campos de aplicação material e subjetivos.
d. O Código de Processo Civil aplica-se nas ações Assim, por exemplo, o novo Código de Processo
de consumo, mas tem apenas uma única menção Civil é lei geral em matéria de processo, enquanto
ao consumidor, que está no capítulo sobre os limi- o Código de Defesa do Consumidor é lei especial
tes da jurisdição nacional e competência da auto- subjetivamente em relação às relações de consumo,
ridade judiciária brasileira. mas para a efetiva defesa do consumidor, seja no
e. Na “ordenação” do transporte aéreo internacional, que pertine o acesso à justiça (individual e coletivo),
o STF, promovendo o denominado diálogo das quanto à facilitação de sua defesa, as duas fontes
fontes, dá prevalência ao CDC em detrimento às devem atuar conjuntamente, sob o mandamento
normas de convenções internacionais sobre trans- constitucional de acesso à justiça (Art 5º da CF/1988)
porte aéreo. e defesa do consumidor (art. 5º, XXXII, da CF/1988).
d. Certo. O Diálogo entre o Código de Defesa do
Letra e. Consumidor (CDC) e o novo Código de Processo
a. Certo. "(...)foi o Supremo Tribunal Federal, na Civil é o nosso tema. O NCPC aplica-se nas ações
famosa ADIN dos Bancos, ADIN 2591, o primeiro de consumo, mas tem apenas uma única menção
tribunal superior a aceitar o diálogo das fontes, ao consumidor, que está no capítulo sobre os limites
em 2006. A expressão “diálogo das fontes”, aceita da jurisdição nacional e competência da autoridade
também pelo Superior Tribunal de Justiça (REsp judiciária brasileira. No art. 22 do NCPC, há regra
1037759/RJ), é hoje utilizada fortemente pelos expressa sobre a competência (internacional) do
Tribunais superiores, estaduais e nos Juizados juiz brasileiro para casos envolvendo consumidor
Especiais para indicar a aplicação simultânea do domiciliado ou residente no Brasil, seja ele réu
CDC com mais de uma lei geral ou especial, de forma ou autor. Supera-se assim qualquer dúvida sobre
ordenada e coerente com o valor constitucional
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a aplicação do art. 101 do CDC para casos de jurisprudência. Outros conceitos fundamentais são
consumo internacional. Trata-se de saudável e feliz os de sanção, delito, dever jurídico, direito jurídico,
novidade. pessoa jurídica e ordem jurídica (p. 71).
e. Errado. "2. Extravio de bagagem. Dano material.
Limitação. Antinomia. Convenção de Varsóvia. 96. Émile Durkheim, na obra "da divisão do trabalho
Código de Defesa do Consumidor. 3. Julgamento de social" insiste, várias vezes ao longo do livro, sobre
mérito. É aplicável o limite indenizatório estabelecido o estado em que se encontrava a vida econômica da
na Convenção de Varsóvia e demais acordos época. Durkheim se refere:
internacionais subscritos pelo Brasil, em relação a. direito ideológico gerador de conflitos sociais.
às condenações por dano material decorrente de b. ao desemprego vigente e embates de classe.
extravio de bagagem, em voos internacionais. 5. c. ao estado de anomia jurídica e moral causado
Repercussão geral. Tema 210. Fixação da tese: "Nos pela divisão do trabalho.
termos do art. 178 da Constituição da República, d. ao regime corporativo capaz de conter os egoís-
as normas e os tratados internacionais limitadores mos individuais.
da responsabilidade das transportadoras aéreas e. ao estado de anomia jurídica e moral.
de passageiros, especialmente as Convenções de
Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação
Letra e.
ao Código de Defesa do Consumidor". 6. Caso
Insistimos várias vezes, ao longo deste livro, sobre
concreto. Acórdão que aplicou o Código de Defesa
o estado de anomia jurídica e moral em que se
do Consumidor. Indenização superior ao limite
encontra atualmente a vida econômica (p. VI)
previsto no art. 22 da Convenção de Varsóvia, com as
É a esse estado de anomia que devem ser atribuídos,
modificações efetuadas pelos acordos internacionais
como mostraremos, os conflitos incessantemente
posteriores. Decisão recorrida reformada, para
renascentes e as desordens de todo tipo de que o
reduzir o valor da condenação por danos materiais,
mundo econômico nos dá o triste espetáculo (p. VII).
limitando-o ao patamar estabelecido na legislação
No corpo desta obra, dedicamo-nos sobretudo a
internacional" (RE 636331, Relator: Min. GILMAR
mostrar que a divisão do trabalho não poderia ser
MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 25/05/2017,
responsabilizada por essa situação, como foi, por
PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO
vezes, injustamente acusada; que ela não produz
GERAL – MÉRITO DJe-257 DIVULG 10-11-2017
necessariamente a dispersão e a incoerência, mas
PUBLIC 13-11-2017).
que as funções, quando estão suficientemente em
contato umas com as outras, tendem por si mesmas
95. Para Kelsen, o conceito central da ciência jurídica a se equilibrar e a se ajustar (p. IX).
é o de “regra jurídica”. Ele considera dois aspectos: a
regra jurídica como norma criada pela autoridade jurí- 97. José Eduardo Faria, em suas teorias sobre a rela-
dica para regular a conduta humana e como instrumen- ção entre o direito e a globalização econômica, apre-
to usado pela ciência jurídica para descrever o Direito senta algumas tendências representando as novas for-
positivo. Outro(s) conceito(s) fundamental(is) é(são) mas e funções do direito. A esse respeito, analise as
o(s) de: afirmativas abaixo e assinale a que NÃO representa o
a. direitos civis e políticos. pensamento do autor:
b. o sistema estático e o sistema dinâmico de nor- a. reafirmação dos contratos como a forma jurídica
mas. mais adequada à transmissão da propriedade.
c. sanção, delito, dever jurídico, direito jurídico, pes- b. hegemonia inglesa e americana no sistema finan-
soa jurídica e ordem jurídica. ceiro da economia globalizada.
d. norma fundamental de uma ordem jurídica. c. excesso de formalismo dos tribunais e excessiva
e. validade e eficácia. burocratização dos mecanismos processuais.
d. redução do grau de imperatividade do direito po-
Letra c. sitivo.
O conceito de regra jurídica em seus dois e. formalização nos tradicionais procedimentos de
aspectos – a regra jurídica como norma criada pela elaboração legislativa, especialmente nas ques-
autoridade jurídica para regular a conduta humana tões mais técnicas de caráter interdisciplinar.
e como instrumento usado pela ciência jurídica para
descrever o Direito positivo – é o conceito central da Letra e.
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Defensoria Pública
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c. Apenas a assertiva I está certa. IV – O fato de o Direito ser uma ordem da condu-
d. Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas. ta humana não significa que a ordem jurídica
e. Todas as assertivas estão corretas. diga respeito apenas à conduta humana, que
nada além da conduta humana faça parte do
Letra d. conteúdo das regras jurídicas.
I – Certa. A aplicação de um princípio a um caso Assinale a alternativa correta a respeito do pensa-
concreto, especialmente em hard cases, demanda mento de Hans Kelsen:
do julgador o uso não de critérios fixos (estes que são a. apenas a III.
inexistentes), mas um balanceamento, em que se b. apenas a I e a III.
ressalta a ideia de "peso" de um princípio (BITTAR, c. todas são verdadeiras.
Eduardo Carlos Bianca; ALMEIDA, Guilherme Assis d. apenas a I, II e IV.
de. Curso de filosofia do direito. São Paulo: Atlas, e. todas são falsas.
2019, p. 534).
II – Certa. Não somente inexistem estes critérios fixos Letra d.
que consintam a formulação de uma racionalidade I – Certa. O Direito é uma ordem da conduta humana.
abstrata sobre os princípios, como também não Uma "ordem" é um sistema de regras (p. 5).
há nada no pensamento de Dworkin que autorize II – Certa. O Direito não é, como às vezes se diz,
a identificar qualquer tipo de hierarquia entre os uma regra. É um conjunto de regras que possui o
próprios princípios (BITTAR, Eduardo Carlos Bianca; tipo de unidade que entendemos por sistema (p. 5).
ALMEIDA, Guilherme Assis de. Curso de filosofia do III – Errada. É impossível conhecermos a natureza
direito. São Paulo: Atlas, 2019, p. 534). do Direito se restringirmos nossa atenção a uma
III – Errada. (...)os princípios não querem dizer regra isolada (p. 5).
livre opção de julgar pelo juiz, o que faria de cada IV – Certa. O fato de o Direito ser uma ordem da
sentenciador, nos casos concretos, alguém livre conduta humana não significa que a ordem jurídica
para iniciar uma nova proposta normativa, em atitude diga respeito apenas à conduta humana, que nada
semelhante à liberdade criadora do legislador" além da conduta humana faça parte do conteúdo
(BITTAR, Eduardo Carlos Bianca; ALMEIDA, das regras jurídicas (p. 5).
Guilherme Assis de. Curso de filosofia do direito.
São Paulo: Atlas, 2019, p. 534). 100. Assinale a alternativa verdadeira:
IV – Certa. Dworkin, a partir de uma analogia com a. Em Hans Kelsen, para se conhecer a natureza do
a ideia de escritura de um romance compartilhada Direito, deve-se restringir a atenção de forma ob-
entre vários autores não acredita que os juízes, jetiva e sem influências ideológicas às regras iso-
mesmo em casos difíceis (hard cases), estejam ladas do sistema.
autorizados a criar, e simplesmente criar, direito b. Na visão kelseniana de política, o problema do Di-
novo, na medida em que ao agirem, o fazem de reito seria um problema de técnica social, e não
acordo com uma tradição, pois tomam o romance um problema de moral.
já pré-escrito, em parte, com a tarefa de dar-lhe c. Kelsen destaca que a filosofia do Direito elabora
continuidade ou dar acabamento definitivo (BITTAR, um conceito de Direito de modo a corresponder a
Eduardo Carlos Bianca; ALMEIDA, Guilherme Assis um ideal específico de justiça.
de. Curso de filosofia do direito. São Paulo: Atlas, d. Kelsen destaca que, a despeito da “justiça” estar
2019, p. 535). fora do seu campo de análise, a filosofia do direito
tenta estudar o tema a partir de uma ideia racional
99. Analise as seguintes afirmações sobre o conceito e sujeita à cognição objetiva.
de Direito em Hans Kelsen: e. Para Kelsen, o Direito é um fim, um fim social es-
I – O Direito é uma ordem da conduta humana. pecífico, e não um meio.
Uma "ordem" é um sistema de regras;
II – O Direito não é, como às vezes se diz, uma Letra c.
regra. É um conjunto de regras que possui o a. Errado. O Direito é uma ordem da conduta
tipo de unidade que entendemos por sistema; humana. Uma "ordem" é um sistema de regras. O
III – É possível conhecer a natureza do Direito se Direito não é, como às vezes se diz, uma regra. É um
restringirmos a atenção a uma regra isolada; conjunto de regras que possui o tipo de unidade que
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