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Na'"1 Sr
FEVEREIRO DB: 3822,
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A MALAGUETA.

IfrKi.WtfWííKiroíCS25ÍWl©W-**^r8!^íC'K^

Ouamb se diu á cerca tios Negócios do Estado


sque me importa ?C cicve-ss coutar que o Eaiatio
esiá perdido.
J. 3. Rousseaii,.

iodos .esejavao-Hie «
Depois de huma longa „ e perigosa navega-* maré , no emtanto seque
* morte para «aom ella poder andar à Sus uemme
çáó . o hábil Piloto escapando ao uaufragio , Este methodo de administrar se
com seu baixei ?«;uro no porto , se compraz em contradicente.
o Brasil, com aqoeüa mesma so.
revolver em sua imaginação os numerosos }>eri* trasladoi para con; se fazem na hanta
de morte lem ne integridade , que
gos porque acaba de passar, e os riscos Igreja as Irasladaeóes do? Fragmentos, ou cou--
nobre sua
que tanto affrontou: Trauquillisando-se se devem depositar ao pa
sorte , elle suspira, e lamenta com lagrimas por sm de Santos , ouque convém;:
ii.qiielles seus companheiros , nu conhecidos, que de seus corpos ,conhecer par* aonde rotlnor
e viemos aqui , que a preguiça , a v.í
v io perecer diante de si t a imagem do pausado era. apanagem es-
redobráo ronha . e a eomipçáo, não
perigo , e a lembrança dos infelizes , de Mandões Europeos.- aqui os tivemos
na sua alma a doce sensação de sua preseute clusiva verdade seja, podiáo nllegar em
sí.g_ri(_r,a. Tal poderá ser , pouco mais ou me- Brasileiros que, Con-
desculpa terem aprendido em Pomigal.
jos , com algum desconto moral. a sensação qu. s„a ir.ioi-
a tiaIai ii
o eatiiedíeut»
expeuauí- dn
va Administra-*
_
noa oecupa á vista da retirada da Divisão de linuou-se a mesma fancaria: fancaria foi o Ira-
Portugal que saldo deste porio em lõ do cor- çáo coin 1810: fancaria houve- no modo de mstl.
reate . depois de hum longo alvoroço, c quasi lado do
úteis Estabelecimentos que aqui se üze-
inexplicável tecido de semsaborias, melhor trata- tuii os methodo de os encher de gente; fo»
dos nos differentes Periódicos que «obre elles es- rio, e no
Fisco; o Una-
por fancaria que se governoH o xNaçao reduzia-
çrev-reo, do que pela minha penua. leve melhor sorte: a
Mas se o Piloto uo porto , a salvo da na- Lir nao -, ninguém
se a hum Patriciato de Aristocratas
vegaçáo passada , nem por isso que encapou tios trabalhar, todo» quem.
viagens, e em- queria estudar , nem
perigos deixa de meditai novas ler ser homens de Toga , Armas , ou Diplomacia ;
mesmo do
presas, com o auxilio que podéra
as artes fabris ficavão entregues
a gente hbetta
aprendido na ultima viagem : assim meus Lei- còr honesta . ja se despiesava da lavou-
de de q«e
tonas , assim lem nossos Pilotos Políticos e esta ficava entregue unicamente aquelles
ra
meditar sériBUÍente oo futuro, ao mesmo tempo náo chegavão a respirar por «, ou seus
das impressões do que'
que estão debaixo do resto Pais . o ar do Rio de Janeiro
. oo da sufficien-
passado. . dos Mandões. Assim estávamos»
ria dos Salões
He luinia incontestável verdade particular- os Acontecimentos de Agosto . e de
nos quando
mente conhecida rios homens que tem traquejo ..lembro de 1820 em Portugal , vwrao aecordar
de negócios . que em Portugal , oepois du ret.- viviáo , e estima-
hniis do doce somao em qne
rada do Marquez de Pomba! , UDnca se tratou da tristeza de sua «-
lar outros é investigação
sistematicamente de cousa nenhuma. Aviava-se inação : assim nos conservemos , em quanto con-
o trabalho do dia : atredavão-se por meia dúzia aberta as maravilhas dou
de i_._es as d.iliculdades , ou espinhos diploma- Trabalhos ^lavamos com boca Novembro , e Desembro ,
face com de Outnbro ,
ticos que se offe.ecião: a nada se fazia em Portugal: neste mesmo estado de atraso nos
consolavao-se
profundo estudo , ou meditaqão: de ousas «om achou a installação das Cortes, e a da C-onsti-
os homens de Estado do atraso tato he , at.lvamos-.ios,
_<nd« tuieáo do «io de Janeiro;
a alta reflexão de que poderia tudo estar cada como talismanicamente . com cousas novas e ho-
, a quem
peior senáo fosse a Graça de Deos Ie mero velhos, e rodeados,
sem o sabe,mos, de
hum dava em agradecimento hum sincero nini Guardas que linhão o seo recado estudado. A.
Beii.li no fundo da sua alma, entretanto que Magestade , on do sen M.niste-
s- da boca para marcha de Sua de
pouco- eráo aquelles que o dilião nas suas Cam- rio durante os dons mezes decorridos até ib
fora. Martinho de Mello de Castro esta minha asserçáo assáa coafir-
e com «*¦ Uno- Abril, dcixào
panlms <-om o Ui*po de Cothin. , o»Ua de maria , sem que me seja precisa ultenor demoas-
tos Inquisidores , e com muita genle
lote, reconhe- l"q>Oe
dilTerente Habito, ma" de igual remando 26 (ie Abril em diante vimos uo RrftB«
mesmo
ceo is.o bellamente , e foi assim
vento nem de Tabolado. w hnma couaa nova; ta» Pra»*
ora com maré sem vento, ora com
>-<¦:.<

r.,.~™»».n.tv-.*v_

P%
[30]
„e.lp8, a qwPTr» a disposição natural tinha servido testa fitim Presidente. Eu seria de opinião, iqtie
de unha de ancora dè salvafheulo no mar de sobre este Presidente sa podesaem fixar idtfas ds
infelicidade em que se havia andado: tudo o mais Pura Doa Fé , por quanlo ao me<_ ver he iádif.
era velho , e bem velho. Passolí-se da Adnljni. ' fefeute
que fosse o Sereníssimo Senhor Príncipe
tração de Fidalgos Igr.orautcs , á de Peões Fi* Regente • ou hum Escolhido em eleição pelos
dalgos: de Geneiaes de maiores Patentes, a on- Aiemiiros do tal Corpo , e qm*
podesse ser Pes-
tros de menores Palenles: de Desembargadores soa
qne náo fosse Membro do Corpo, cum laní.
do Paeo, a Desembargadores da Supplicaçáo i
que ibsse Habitante do Brasil com direitos plenos
ile Financeiros ordinários, a outros que nada lhes de Cidadão. A única rasão qne eu dou
para esía
f.caváo devendo; Sendd os der-,-eiros inferiores Presidência poder fixar-seem litima das «limeiras
aos antigo, em polidejs de maneiras , e ronlia apontadas , he
porque sea-Jo a Èxistencin deste
fina ,¦ e por isso superiores na ignorância de nos- Corpo , ou Conselho , mui Provisória , tirava-se
sas coiistis Portnguezas , e ua pedanfesca
gros..- huma grande vantagem em náo fazer aqui mate*
ria ; mas todos Filhos da Escola velha. Assim riu de zelosa contestnqão de
porüada desconfiança ,
estávamos nós durante^a parte mais supina da
quando nós temos tudo , e Indo a esperar doi
nossa existência, isto he, desde 5 de Junho até
primeiros desenvolvimento, de Sim Aitesa ReaJ ;
8 de Desembro . quando as noticias de Portugal de mais notem meus Leitores ,
nos (ronxei-ão huma idea das talularia» qne isto ficava
estabelecido provisoriamente, como principio de po*
-com qne nos devíamos occnpar: dei.on políticas o Rio litica , mas não como máxima, de direito. Pe-
íte Janeiro de ser entregue ii exclusiva Kmprei- ranie esle Conselho se
loriiariáo siiceinlamente
latia Ministerial do Dia: a liberdade da Imp.ensa responsáveis os Ministros
, e no caso da Pre.si.
tomou posse dn campo: em menos de Hum mez deucia do Sereníssimo Senhor
Príncipe Regente
tinha-se Regenerado esla infeliz Proviacia .
pura se poderia devisar com olho íiiio , donde prnce-
qne náo foi o menor incentivo a grande coope diáo as aberrações lá de Conselhos dós Minislros:
.ae. o de Nobres Paulistas , e Mineiros
, e a ainda que este reconhecimento só serviria para
Sabedoria de hom Sábio Varão
que hoje possui-, in.slmcefio particular dos homens de Estado , vista
mos; sendo de tudo a Base a Ingenuidade, o
Nobre Desembaraço, e amor á virtude, rle hnin tros que a Constituição torna responsáveis os .Minis-
, e náo o Chefe ,)o Poder Executivo. Eu
Amável Príncipe . combinado com a, meiga sa- náo
deviso deveras mal algum desta Presitf.ncia
fcacidade de hntna virtuosa Esposa , e o interes- Provisória de Sua Aitesa Real
*e que pulsava nos , já por.oie lie
jossrtg corações pnr Seus Re. mui Provisória em quanto se apurassem novos
gios Filhinhos, Tenras Plantas, transplantadas trabalhos, servia de tirocinio u este

pela Política, do Mundo Velho para o Mundo Joven Príncipe porqne em dois Conselhos, jrí porque a
Movo. Passou-se em fim mais hum mez
, em liberdade da Imprensa iusuSkiente ,
suspensão , ou inquietação ; talvez assim o por ora aqui,
zesse a Providencia , qni- para refrear os Ministros, vinha ase-lo baslnn-
para nos dar a lição, que temente . mediante o Conselho que pela natureza
devemos derivar do apuro eom
que estivemos es- das consas aqui fazia equilíbrio aos Ministro".
Mraudo ver . c admirai os
primeiros passo» de ani.,_ mesmo dato casn (nao esperado
bom novo .Ministério, e « maneira sábia, ) de (mm
e de- regresso macbiual
sinteres. da com que elle ha de entaboleirar para as manhas velhas da
aqnei- parte do Ministério.
Ia Fiança Provisória de responsabilidade, de
aqui se i-áo podewáo dispensar os actuaes que A rasáo que en dou os Membros tle
Minis- numas , e outras Províncias para serem entre si na
troa se-n hum manifesto risco de lesar
a rasáo de Ires a hum , he fundada na regra
manobra da união sólida (uão superficial)grande quasi
das invariável , de as Províncias grandes tem
províncias qne ha hum anuo vivem espalhadas três vezes mais qne
de direito , e de facto , do seu centro
comm nra população , íoromerao , e pre-
a residência do Delegado do Chefe ,|„ ponderaiicia n'huma palavra , do que as
p0l|er gKe- nas , com alguma isolada peque-
cntivo. He mui delicada esta manobra excepção; e a rasáo
, e mui porque Números
«penar á minha intelligencia : tanto preferi impares , foi para se
mais „,wnlu conseguir sobre
in laço consisíir sua
perfeição n'hi.ma extrema qualquer noção provincial huma
simplicidade pluralidade dos mesmos Membros das Províncias
qne talvez não agrade a homens
mais .amos do eu. para assim melhor dirigir „ orjciáo úo Conselho,
qae ou Corpo em
SoppoDhamos por hum instante, questão.
descmpecír no momento actual o qne convém A Indo isto,
Ministério da «cresceutaria eu que pom.R ,,(.,,fnsj0 ciri,.
marcha^ morosa de ojftfaçées , Crcaijáo , pe.e &",& BOvò
« m.ndas .Dve_ligaçõ.s poiiíi.as , .njeitas Conselho , de hum Censor .,„ Ac,-,,, -doi* Nn*
intrigas, , ma|i(!Í!Mils cional
mierpretaçoes , de Lscntores mal , cujos altributos tossem de i. .mar o
intencionados , Conselho ,!«
« pedantes : o do tmlos os actos anti-coDstituciooaes
jogo , e das declflmaçóes d» ,
«»"™M Juntasl eu em pral cados nas Eslaçóes P.blicos , mas »io con
parte convento nésta Publicidade
* ^ ^ apl>liCam ° ?PS"inle pelo Typo, e suminariarnente: esio
E^lSe.' teasor seria subordinado inteiramet-te
uo Conselho
<!<= que se Irala, mas obrigado
Hom Corpo Provisório , debaixo
do nome Imprensa „ decisão a publi -ar pe',.
qne lhe quiserem dar, composto de tre, \iem. , on estagnação ' de todo, o,
bro* eleitos peles Collegios de Negócios dentro de hum
Eleilore» de cada «¦sse praso , «ne nao exc-*-
Província Grande . d.quellas três meses, sem
vio, ou fo- torvar o que nisto o podesse *,,
rem reeoahecendo de direito, eque mesmo Conselho.
de facto o çen- Como estes meo?,
fro '"«»,» no Brasil, ede hum pensamentos iieáo ln ,.„,,,
Membro nas «goados á
Províncias pequenas : esle Corpo anal.se, e (sabedoria do» mtui im<0.
tendo á .(!¦ «*
i peço me relevem a inptrfrfoiWiNie ,„m
^.
[31]
irato huma matéria íáo gr-ive. Eu esfera muilo as presíHcéáò nraitau vezeü : não he con; í'ddor
«0Ú vencido pelo que diz Küusaéau ; « pelo que Assim o caso psra tom o Publico , que em to-
o barulho das cousas novas prodnzio em Fran- dos os tempos) , e maiormente agora, se cança
ca « — que o nimio apuro era dar As cousas im- cm assiglialar causas extraordinárias aos acouíe-
manas huma daíâçèo que as obra» dt,.i homens eimentos , qué parecem de natureza equivoca. Se
ttáo comportão , lie o infallivel modo tle nunca o Ministro lie noro , este . e o Publico poderio
«o»seguir consii iieiihiiina: — de Abais tjnauilo a li- deitar a culpa ao Qííkiai Maior , ou nos Oífi-
herdade da Imprensa tiver dous annos de idade, ciaes de Gabinete , se os ha: estes são obriga-
«Ha scrâ melhor Fiadora, do qtie quantos Con- dos, por decf.ro, a aibardar a culpa,- e Deos
aelhos possamos aqai ter ; maiarmente em hum he que snhe quem a tem: eu julgo deveras,
Paiz simples como esle, «onde a Aristocracia meus Leitores , em toda a l.óa fé , que neste
das Riquezas, do Luxo, e das Palavras ainda caso não haveria mais do que hiima insignifi-
nos náo dividio ( moralmente faltando) ims duas cinte inadvertencia , se liem qne a distineta qua-
«lasses como na Europa , e maiormeule na lu- ü.latle do ülficial Maior da respectiva Reparti-
glaterra , <le Devedores ^ e Credores: porem tudo çâo a e seu escrnpuloso desvelo no ?eu methodo
V Salvo meliori judicio. „ &e trabalhar parecerião suílicientes obstáculos a
taes eqnivocaçóes.
w a—, e_a rs v^
*—x s-* /*> s^ r*s No esonlio. deste Decreto se acliít huma
expressão , sobre que en não me posso dispensar
No N.° 27 do Espelho se acha huma Carla de relleclir , pena de desmerecer da reputação,
dirigida ao Sfir. Redactor , por Imm Patriota que desejo adquirir , de zeloso pela Reputação
Constitucional, qne serve de tnanhosa dejeompos- do Sereníssimo Senhor Príncipe Regente , por
tura aos Redaetores th diSTerentea Periódicos nesta quem estoo resolvido interessar-me a todo o ris-
Ciliado, pelo quasi silencio (expressão furtada) co , e a todo o cnsto. Em outro qualquer tem-
«obre o aconteciuento do dia nove de Janeiro. po , em que as sensações dos homens náo esti-
Nós tçaio.; hri.n rifao , que diz. —alé o lavar vessem exaltadas como agora , e*ía expressão es-
dãs cestos ho vendi ma ss , e só assim podemos caparia aos Leitores: não aeonleceo porem assim
relevar a plantaria com que eiri desoito de Ee- agora , e he por isso que en vou transcrevê-la
Vcreiro se tratáo cousas daqui do dia nove de paia s<depois expender resumidamente sobre ella.
Janeiro. Porém náo achamos galantaria alguma Ií Desejando Ea para utilidade geral do
na increp sf.ilto que o Patriota Cünstilncioual do Reino Lnirlo. c particular do bom Povo do Bra-
Sfír. Redaclor nos faz com tanla ineousequen- sil. hir d"anteniáo dispondo, e arreigando o Sys-
cia; pois se , como elle diz. o Siir. Redactor tema Constitucional, que elle merece, e Eu Ju-
do Espelho está de posse de relatar, em grande , rei dar lhe, iSrc. ,, Já eu o disse, agora o repito:
quanta festa . procissão, bandos, ou batuques em outra qualquer época este fraseado , que es-
ha nesta Cidade , como quer elle , uo nome do capou no calor da composição , não era admis-
líom Senso , que incitamos a mão em Seara givel a interpretações desagradáveis Sábio , e
a.lieia? Vós sois jtisíos meus Leitores! julgareis Digno Ministro! vós náo podeis ignorar , que
quem tem rasáo ; se o Patriota , se uós : e o hum dos poderosos motivos qne índisppz o Povo
Sílr. Redactor. que me tenha ua sua graça , e do Brasil contra o Conde dos Arcos , foi o lu-
que passe muito bem. gar, que este Ex-Minislro deo , talvez com a
maior innocencia , c boa fé . a conjecturar-se que
S^ s~* -^ -~"> \_'
«^ \^ /~N \.s ^\ elle pertendia dar, como de seu moíu próprio,
e bello prazer , aquillo que a Constiluição noss
Son obrigado, meus Leilores, neste mesmo dá , sem graça , sem favor , e sé sim por Di-
«estante a alterar os trabalhos deste Numero , reito Natural. Aqui não esta tudo: O Serçtíis-
que se achava já no prelo , por isso que nos sinio Senhor Príncipe Regente uúo Jurou Dar-
chega á mão o Decreto, na dala de 16 do cor- nos huma Constituição : Jurou observar a que
Kute , d.i Creação de hum Conselho de Procu- se lizesse. Ninguém me diga que isto he me-
radores Geraes das Províncias deste Reino : Tanto ro jogo de palavras que nada vale ; quando eu
be de meu dever acensar aa sensações.. que em quizesse convir nisto não o poderia fazer, já
r.iim prodnzio , r«ie Diploma , quanto he bem pelos motivos acima ponderados das circonsían-
verdade que eu já me linha arriscado a avançar cias acluaes , já porque admittida a insigniiican-
Hs ideas, que se «chão no principio desle Nu- cia deste jogo de palavras , vinha esta d aer
mero, sobre a cieaçáo de hum Expediente que huma ratrão para empregar outras expressões.
ajudasse o Sereaiiiimo Senhor Príncipe Regente, Quanto ao modo de eleger os Procuradores
n que servisse ','c apuro á responsabilidade de Geraes , mio vejo porque devfio ser efeitos por
e desta
•Ministro.*. Na limitação do tempo, e da tolha, quem ekgeo o? Deputados de Cortes :
náò me ha possível trotar, como era do meu opinião parece estar o mesmo SaMo Ministro que
dever, Imma Lio importante matéria ; mas os referendou o Decreto ; pois qne os tez removi-
meus Leitores me relevarão beuiguamente a im- veis pclasi sutis Câmaras , que , assim como assim ,
perfeição des mi a lias observações. os poderião eleger para resslvar melhor a cotie-
No Dairiu dc 18 ilo correnle se tinha anc.ua- rencia : de ma.s como esla mediria ii» provisória ,
ciado c,s!:.> Decreto: e no Diano de li) se linha on interina , he iudiücrenle a mant-irí da eleição
advertida o Publico, que por falta ua sua direc- com tanto que seja franca . leal , e bonafide.
qáo havia sido necessário reforma'Io. A scn«.i- Como appreadiz dé política , acho que ss
t;áo protl,ii:'i(lu por equivoeaçóes lecrelariaes aio Presidência ee deveria ter deixado vagi: eu es»
he de importância j>ara os Empregados . que tou certo, que os Pccuradprts Cleraes. juolao^
'
[ 32 ]

"'¦"'. ^ .,..,...,.. ;. .. outro das eonni joga" com qnasii todo o jogo de Ad.
do . <->. «™iai.n,r-«n, .já pelo lado de Projeçtos , já pelas
«enóso S. A. R. Portugnezcs, enlendaiflo-iros. Gran- mimslraqao: ja peto
he , a de saber prevenir a Opinmo Despesa*, !»?«*» > e sua figcalifliiçáo ,
de gtieoeia
..
economia . Ac. &c. Ac.
Publica- e ativi he do men dever'.noliíicar pc-
Vice-Presidência raen.al, e o Secretario
v,,it 0; meu LeSÒií., Woto os Editores deita A Deo»! que «bre, en sao ne-
W c «»F«» daOflicina, para tato* «n. voto: Grande
oa cessarios, ou não 1 A Pre.lde.ma .... Gorles he
^ LII o» apontamentos em qne bllo
do s! A. R. estai io no prelo ao vodooI ; mas que necessidade temo. no»»,,.,, ,
ttoídeol já
imitar neste Conselho de Procuradores Geraes o
momento em qne me veio á iiwo o Decreto. da Nação ? e ae te-
Talvez «ouse melhor qne as Sessões do Con- que se faz na Deputarão
tle estarem ao arbítrio do Sere- mos necessidade na Vice Presidência de imitar
relho, em vez
a pratica do que se laz nas Cortes, j porque o
nissimo Senhor Presidente , fossem regularei . on ? A rasão sai en
rasões para assim pen- não fazemos com a Presidência
periódicas ; eu daria duas he : Se se tivesse appeliatlo para a Opinião
sar : a primeira , porque as regras gemes nestes qual
convidando os Homens de Letras, pela
casos estão .vais ao abrigo de interpretações eqtli- Publica ,
aos Liberdade da Imprensa, dentro de hum mez. a
vocas -. e a se«.>;vimla, porque he sempre faci!
retardar, com manejos, Sessões, que darem sua opinião, dentro de huma folha de pa-
Ministros
o modo de se estabelecer hum Con-
não sito periódicas , por dous, três, ou mais pel , nobre
responsabilidade. e de Ministros , tudo
dias . com o especioso pretexto de importantes selbo tle
com nobre simplicidade: Sua Alteza Real
negócios pendentes , seu, qne o Sereníssimo Se- se faria
M.lior Presidente possa na sua ingenuidade naiu- seria o Presidente permanente por voto universal;
e eu nao linha de babujar
ra!, e Real decifrar o manejo Ministerial. A cs- nem se oneria outro ;
tas duRs rasões aecreseentarei ea huma terceira ; tanto papel.
e vem a ser: os Conselheiros erigidos pelos seus Quanto ao tratamento de Exccllencía , devo
a única atlribui-
Constituintes , muitas vezes se ve,íáo na precisão confessar francamente, que he
de responder-lhes ~ houver sessão oppor- ção , em qne eu reconheço o dedo da ingerência
quando
ttiua , tratar-se-ha esle negocio, o qne por ora de S. A. R. neste Decreto : posto que assim
não tem podido ser, porque ainda se não fixou mesmo debaixo d8 responsabilidade do Ministério.
o dia da Sessão , que en já soliiciiei pelo Mie- S. A. Ií. . meus Leitoras , julga aindu assim
tt-rio do Reino—: e a sagacidade política deve mesmo pouco, O que se confere de Grandeza a
wevenir iodas as impressões . desfavoráveis oue se estes ¦*-»Procuradores Geraes: ora liguemos ideas
mi. • J~ i i. _ ..-.'._ ... -.i j-. ..., n.\._«_ -,.iu.. , ,t
possuo seguir de hnm aclo de .Disposição do hnm Principe educado na Corte velha: dando por
executivo , maiormente agora, e aqui , em que força de habito o valor devido ás idéias de Grau-
a nossa situação não deitará de suscitar toda deza , não Hesita hum só instante em conferir aos
a casta rie manliosa analyse , da parte dos Es- Procuradores tias Províncias, a Grandeza de hum
critores Cis-atlauticos, e ainda mais dos Trans- Duque , e de hum Conselheiro de Estado ! Oh
Atlânticos , que estarão muito dispostos a cen- Verdade! Se Tu aqui náo demonstras os Senü.
curar-me, pela proposiqáo que eu avancei no inenios Coostitucionaes deste Príncipe , ou bem
fncii Num, 3, e continuo a avançar, que a Ca- não haverá Constituição entre nós: ou bem eu sou
pitania dc S. Paulo possuía ires das mais bem o mais louco dos homens . e incapaz de escrever
fjrg'ini:<ai.!as efibeças da Monarquia Portugueza. jamais n'liuma Nação Livre.
Tudo quanto aqui íe faz, deve ser profundamente Nada direi sobre a rasão de hnm a quatro ,
meditado , para náo servir de motivo de mofa , entre os Deputados de Cortes, e os Procurado-
t censura aquelles , que já em pleco Congresso res Geraes de cada Provincia ; pois tião he de
duvidarão ,1a nossa, capacidade [ara cousas gran- minha tenqito convencei, nem aíflígir ninguém :
des , na Sessão rie 18 de Outubro , quando se só sim reflectirei. que se huma Provincia noméa
disfc: " Precisa-se de hum homem psra hum para a representar, doze , dez , oulo , quatro , três,
emprego , cesta a achar em Portugal , f: e como dons, on lium Deputado n'hum caso £ porque náo
se ha de achar oo Brasil ? „ ha de nomear o mesmo numero em hnm caso
O mesmo diria eu a respeito da assistência idêntico , on quasi idêntico ? pois que , seja' par<t
dos Ministros com voto no Conselho; pois se o representar os interesses da Província cm Porta-
Conselho he de Procuradores Gentes das Provin- ga! , seja aqui, o mesmo numero dp itepvesenlau-
cias 5- que tem lá que fazer os Miuistros ? Se , tes sempre vem a ser necessário. pela natureza das
fosse Conselho de Estado, como muitos cá por cousas -. embora se queiráo estabelecer diflcrcuqas ,
fora erroneamente o chamão , por se lhe terem entre a Representação em Cortes , e a que se
dado algumas aftribuições de graariexa , nem destina dar n este Conselho rie Procuradores Geraes.
apsim mesmo tinbão lá que faí.er o» Ministros; Varáo Probo , e Sábio! cujo conhecimento cia-
ao menos argumentando com a praxe de Porto- ro rios homens, e ilo mondo me
permitir pedir vossa
gal : E concedido que fosse, assistir ao Conselho .indulgência por estas observações que respeitosa-
o Ministro da Repartição , a cujo conhecimento mente vos dirijo,
por ir«o que soia o Primeiro Mi-
pertencesse o negocio que se agitasse j que liuháo nislro, em tão melindroso momento ; acceilai . vos
lá qne fazer todos elles? muito menos portanto peço, o oferecimento
que vos faqo destes aponta-
em hum Conselho de Procuradores Geraes. Eu mentos, mui imperfeitos,
para aproveitardes dexlra-
peo.,o que o único Ministro , que pele, natureza menti a oceasião de retoque , logo que a fuliira
de sua Repartição podia ser adfflittido , quasi Jmicção, ou Deputaçáo de outra
qualquer Provin-
geralmente, on por via de regra, seria o Pre- cia, pareça aulhorisar qualquer conveniente alie-
«deiit* do Thcsoo.o Pnbtico , qne peia natureza raqào ,
que a reflexéo vos possa sugerir.
RlO DE JiXUfXQ. Ni Tvp. DE Mdrkirí , e Gahceíü 182?..

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