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DIREITO ADMINISTRATIVO

Organização da Administração Pública - Órgãos Públicos


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ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - ÓRGÃOS PÚBLICOS

 Obs.: o estudo mais aprofundado acerca da Administração Pública Direta impli-


ca no estudo da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, contudo,
esse tópico é matéria de Direito Constitucional e não de Direito Adminis-
trativo. Para a matéria em estudo, o importante é conhecer os conceitos
de Administração Centralizada e Administração Descentralizada, além
dos movimentos de concentração, desconcentração, centralização, des-
centralização, pois são bastante cobrados em prova.

ÓRGÃOS PÚBLICOS

Inicialmente, vale destacar que um órgão não é uma pessoa, mas uma uni-
dade de interna de uma pessoa. Nesse sentido, o órgão é um centro de compe-
tência, ou seja, uma parte da atribuição da pessoa jurídica.
A Lei n. 9.784/1999 conceitua os órgãos públicos como sendo unidades de
atuação integrante da estrutura da Administração Direta e da estrutura da Admi-
nistração Indireta.

 Obs.: em provas, é muito mais comum que o examinador disponha sobre órgãos
públicos dentro da Administração Direta, visto que muitas pessoas desco-
nhecem a existência de órgãos no âmbito da Administração Indireta.

Características:
Criação e extinção decorrente de Lei (Art. 48, XI, da CF/1988).

 Obs.: embora a CF/1988 traga a previsão de que os órgãos públicos são criados
e extintos por lei, também se admite a medida provisória. Salvo se em um
determinado ponto seja exigida lei complementar (vide art. 62, CF/1988).

Atenção!
É preciso ter cuidado com o disposto no Art. 84, VI, “a”, da CF/1988: “Compete
privativamente ao presidente da República: (...) VI – dispor, mediante decreto,
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sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não


implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b)
extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.”
Nesse sentido, é muito importante não confundir órgãos públicos com funções
ou cargos públicos, pois a banca examinadora poderá elaborar pegadinhas
para fazer com que o candidato erre a questão.

 Obs.: a resolução utilizada pelo Poder Legislativo para criar órgãos não tem
força de ato administrativo, mas sim de lei.

Teoria do Órgão (ou da Imputação)


A relação entre o agente e o órgão é de imputação. Nesse sentido, tudo
aquilo que o agente fizer não será em nome próprio, mas sim em nome do órgão.
É preciso ter cuidado, pois existem outras teorias como a da representação e
do mandato, contudo, essas não são adotadas.

Ainda sobre as características dos órgãos públicos, outra que é bastante


cobrada em provas de concursos públicos é de que os órgãos públicos não pos-
suem personalidade jurídica, ou seja, não são pessoas jurídicas, mas meros
centros integrantes das pessoas. São “entes despersonalizados.
O CNPJ que é atribuído ao órgão público serve, muitas vezes, apenas como
um mecanismo de controle, sobretudo tributário.
Também vale destacar que os órgãos públicos não podem ser chamados
de entes que integram a Administração Pública, contudo, é correto dizer que os
órgãos são entes despersonalizados.

Atenção!
Em regra, os órgãos públicos não possuem capacidade processual, salvo em
algumas situações excepcionais. Isso porque não são dotados de personalidade
jurídica.
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Súmula n. 525 do STJ: a Câmara de Vereadores não possui personali-


dade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar
em juízo para defender os seus direitos institucionais.

 Obs.: na súmula acima, o termo “Câmara de Vereadores” pode ser estendi-


do para os demais órgãos do Poder Legislativo como, por exemplo, o
Senado Federal, a Câmara dos Deputados, a Assembleia Legislativa etc.

É importante destacar que “personalidade judiciária” e “capacidade proces-


sual” são termos sinônimos.

Classificação dos órgãos públicos


• Quanto à posição estatal: é uma forma de hierarquia entre os órgãos
públicos. Nessa hierarquia há a seguinte distribuição: independentes,
autônomos, superiores e subalternos (ou subordinados). Nesse sentido, a
capacidade processual compete apenas aos órgãos independentes e autô-
nomos;
• Quanto à estrutura: os órgãos públicos se dividem em simples (unitários)
e compostos (aquele que se subdivide);
• Quanto à atuação: divisão em singular (comandado por apenas uma
pessoa) e colegiado (comandado por mais de uma pessoa);
• Quanto às funções: divisão em órgãos ativos (os que proferem as deci-
sões), de controle e consultivos (que emitem parecer).

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Vandré Amorim.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.
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