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8ª CLASSE
OS PROFESSORES:
MANUEL TRINDADE: 872351563 (8ª1.2 e 3)
FELICIO PETULA: 845374441 (8ª4, 5,6,7,8 e 9)
PEDRO LOTE: 848804800 (8ª10 e 8ª11)
PRÁTICAS CULTURAIS
Definição de práticas culturais
Certamente que já deves ter observado que depois da sementeira, os agricultores continuam a ir à
machamba, para eliminar o capim, regar, aplicar o estrume e realizar outras actividades. Estas
actividades recebem o nome de práticas culturais. Vamos agora perceber o que são práticas
culturais.
Práticas culturais ou amanhos culturais - são todos os trabalhos que se realizam depois da
sementeira e antes da colheita e tem como finalidade criar boas condições para o crescimento e
desenvolvimento das plantas.
Exemplo: controlo de ervas daninhas, controlo de pragas e doenças, rega, adubação, desbaste,
drenagem, tutoragem, amontoa, monda, entre outras.
CONTROLO DE ERVAS DANINHAS OU INFESTANTES
Provavelmente, no dia-a-dia já deves ter ouvido falar de ervas daninhas. Como podemos definir
ervas daninhas? Ervas daninhas ou infestantes são todas as plantas que crescem numa cultura
contra vontade do agricultor, isto é, nascem espontaneamente.
Exemplo: Capim ou milho quando germina no canteiro de alface.
Influência das ervas daninhas nas culturas
As ervas daninhas influenciam negativamente no crescimento das culturas por razões tais como:
Competem com as plantas na utilização da água, nutrientes e luz;
Reduzem a colheita; e
Abrigam ou alojam pragas, que depois atacam as culturas.
O controlo de ervas daninhas pode ser feito com base em quatro métodos a saber: cultural,
mecânico, físico e químico.
Controlo cultural - este método consiste na utilização das características da cultura e do meio
ambiente para aumentar a competitividade da cultura, favorecendo o crescimento e
desenvolvimento das plantas.
Este método engloba técnicas tais como: uso de variedades melhoradas, densidade das plantas,
redução do compasso (distância) entre as plantas e época de plantio.
Controlo mecânico - consiste na eliminação de ervas daninhas e pode ser através da: sacha
manual (quando é feita com enxada) e sacha mecânica (quando é feita através de uma máquina
especializada, que pode ser cultivador ou escarificador).
Controlo físico: que compreende o fogo e o controlo biológico. O controlo biológico visa
manter baixa a população de plantas daninhas, utilizando agentes patogénicos ou predadores.
Controle químico: consiste na aplicação de herbicidas, que são produtos químicos usados para o
controlo de ervas daninhas.
Já reparaste que durante o crescimento, as plantas são atacadas por pássaros, ratos e outros
organismos ou animais e doenças que fazem com que elas cresçam mal e produzam pouco.
Vamos agora aprender a identificar e combater doenças nas plantas.
a) Pragas são todos animais ou organismos que atacam uma cultura, causando danos. Temos a
destacar os insectos, pássaros, ratos, caracóis, nemátides, ácaros, etc.
b) Doença definida como a ausência de saúde nas plantas e pode ser causada por fungos,
bactérias e ou vírus.
Métodos de controlo de pragas e doenças Já vimos o que são pragas e doenças, vamos agora
estudar os métodos usados para o seu controlo. Destacam-se 03 (três) métodos de controlo de
pragas e doenças a saber:
b) Método biológico Neste método são utilizados inimigos naturais das pragas para o seu
controlo. Por exemplo, uso da vespa Epidinocarsis lopezi para o controlo da cochonilha
purverulenta da mandioca, ou quando o gato é usado para combater o rato.
Raticidas-controlam ratos; e
Os pesticidas são substâncias muito tóxicas e nocivas para a saúde humana, dai que seja
importante que o agricultor tome alguns cuidados, durante e após a sua utilização. Dentre os
vários cuidados, podemos destacar: a utilização de vestuário adequado (luvas, botas, máscaras,
etc), evitar fazer a mistura dos produtos em locais fechados, lavar as mãos e os equipamentos
após a sua utilização, guardar os produtos fora do alcance das crianças, respeitar as
recomendações do fabricante, entre outros cuidados.
REGA
A água é um líquido muito precioso e importante para a sobrevivência do Homem e de outros
animais. Vamos aprender a administrar a rega nas plantas, para que elas cresçam saudáveis.
Então como podemos definir a rega?
Rega é uma aplicação controlada de água numa cultura, sempre que necessário ou quando a água
da chuva não é suficiente para satisfazer as necessidades vitais da planta.
Principais sistemas de rega (Tipos de rega)
Os sistemas de rega mais conhecidos são: rega por gravidade, rega por aspersão, rega gota a
gota, e rega por alongamento.
É um sistema em que a água é conduzida por sulcos (canais) abertos no solo. Este tipo de rega é
vantajoso por ser muito económico, porém, é difícil em terrenos com grande declive ou
inclinação e pode causar erosão do solo.
Neste sistema, a água é bombeada da fonte e passa através de tubos e depois é distribuída pelas
plantas, através de aspersores em forma de chuva. Para além dos aspersores, a rega pode ser feita
manualmente com a mangueira e regador, conforme podemos observar nas figuras B e C.
Este sistema tem as seguintes vantagens: economia de água, aplicável em terrenos com grande
inclinação, a distribuição da água é uniforme e não há de erosão do solo. Porém, este tipo de rega
tem a desvantagem de possuir custos muito elevados.
É um sistema semelhante ao de aspersão, mas a água cai gota a gota em volta da planta, através
de furos (gotejadores) do aspersor.
Neste tipo de rega, o terreno é encharcado de água, em condições naturais ou artificiais. Tais são
os casos dos arrozais.
ADUBAÇÃO
Já viste na tua casa ou comunidade, pessoas a aplicarem nas plantas excrementos ou fezes de
animais como galinhas, porcos, gado bovino e outros animais. Esse processo recebe o nome de
adubação. Como podemos definir a adubação? Adubação é uma operação que consiste em
aplicar adubos no solo, com a finalidade de aumentar a produção e produtividade das plantas.
Adubos Adubos são todas as substâncias usadas para fornecer nutrientes que as plantas
precisam.
Tipos de Adubos
Adubos orgânicos - são obtidos a partir de organismos (seres vivos) e permitem melhorar as
características físicas, químicas e biológicas do solo, mas são menos ricos em nutrientes.
Adubos inorgânicos ou minerais - são obtidos industrialmente nas fábricas e tem uma
concentração de nutrientes maior que os orgânicos, mas dificultam a correcção da estrutura do
solo. Os adubos minerais podem ser classificados em simples e compostos.
Simples – quando possuem apenas um dos nutrientes principais: nitrogénio ou azoto (N), fósforo
(P) ou potássio (K), e designam-se respectivamente nitrogenados/azotados, fosfatados e
potássicos.
Compostos – quando são compostos por 2 ou 3 dos nutrientes principais (NP, KP, NK ou NPK).
TÉCNICAS DE CULTIVO
Para além das práticas culturais vistas antes, existem outras técnicas específicas de determinadas
culturas, que contribuem para um bom crescimento das plantas. Dentre elas, destacam-se o
desbaste, amontoa, monda, tutoragem, retancha e poda. Vamos agora perceber em que
consistem estas técnicas.
Amontoa e desbaste Amontoa é uma operação agrícola que consiste em amontoar e juntar terra
ao redor da planta, com o objectivo de melhorar a estabilidade da planta, facilitar a absorção de
nutrientes e o desenvolvimento das raízes.
Esta prática é comum na cultura de tubérculos (mandioca, batata reno, batata doce, etc).
Desbaste é uma técnica agrícola que consiste em diminuir a densidade ou número de plantas que
estejam em excesso, ou que não tenham um desenvolvimento harmonioso ou saudável. Esta
técnica é frequente na cultura do milho.
Monda e Tutoragem
Monda é uma prática cultural que consiste em eliminar as ervas daninhas com as mãos e é típica
da cultura do arroz.
Tutoragem consiste em colocar estacas (tutores) ao lado da planta, com a finalidade de manter a
verticalidade da planta e evitar que os frutos toquem no chão, correndo risco de contaminação e
apodrecimento. Esta prática é feita na cultura do tomateiro.
Retancha e poda
Retancha é uma técnica que tem como objectivo substituir plantas mortas ou não germinadas,
numa dada cultura.
Poda consiste em eliminar alguns ramos com algum dos diversos problemas de má formação,
com o objectivo de proporcionar um equilíbrio fisiológico e garntir desenvolvimento de
quantidade e qualidade dos frutos.
A poda de formação tem o objectivo de dar uma forma à planta, que facilite a colheita no futuro.
A poda de frutificação visa preparar a planta para uma melhor frutificação.
A poda de saneamento destina-se a eliminar ramos mal formados, inúteis ou doentes, para
melhorar a produção em quantidade e qualidade dos frutos.
COLHEITA E ARMAZENAMENTO
Definição de colheita
Já deves ter ti apercebido que toda a gente gosta de ir à machamba tirar milho, ou subir numa
árvore arrancar um fruto. Essa actividade recebe o nome de colheita. Vamos agora perceber
quando e como é que a colheita deve ser feita.
Colheita é a última fase dos trabalhos agrícolas e consiste na recolha de todo produto cultivado.
A colheita deve ser feita quando a cultura atinge a maturação ou completa o ciclo vegetativo. A
maturação pode ser biológica ou técnica.
Maturação biológica é aquela em que os furtos amadurecem naturalmente na própria planta,
como por exemplo na cultura do arroz, milho e outras culturas.
Maturação técnica é aquela em que o agricultor entende fazer antes do tempo, ou seja, os
produtos são colhidos verdes ou semi-maduros, muitas vezes motivado por questões comerciais,
como acontece na cultura de tomate, maçaroca, citrinos e outras culturas.
Tipos de colheita
A colheita pode ser manual ou mecânica.
Colheita manual é feita com base na mão, com a ajuda de alguns instrumentos tais como: foice,
enxada, catana, tesoura, etc. A colheita manual apresenta as seguintes vantagens: não precisa de
mão-de-obra qualificada, é possível em terrenos de difícil acesso para máquinas e pode ser
aplicada em culturas de maturação escalonada. Porém, tem as desvantagens de precisar de muita
mão-de-obra, de ser lenta e reduzir a qualidade da colheita.
Colheita mecânica é feita com recurso a máquinas especializadas. Estas máquinas são chamadas
de auto-combinadas. Este tipo de colheita tem a vantagem de conferir maior rapidez à colheita e
de garantir uma boa colheita, mas precisa de uma mão-de-obra qualificada e possui custos muito
elevados.
Certamente que já observaste que durante o armazenamento, os produtos podem ser atacados por
várias pragas tais como: ratos, pássaros, insectos ou correr risco de molhar com a chuva. Estes
perigos devem ser tomados em conta para não reduzirem a qualidade e quantidade dos produtos
armazenados. Quais são as condições a ter em conta durante o armazenamento dos produtos?
Secar bem os grãos (milho, arroz, amendoim, feijão, etc), antes do armazenamento, para
evitar o apodrecimento por humidade;
Armazenar os produtos em locais fechados, bem arejados, protegidos do sol e da chuva e
com temperaturas adequadas;
Proteger os produtos de pragas como os ratos, insectos e pássaros, aplicando raticidas e
insecticidas, mas tomando as devidas preocupações para não contaminar os produtos; e
Controlar regularmente os produtos no armazém, retirando os podres ou afectados.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Das afirmações que se seguem, marque com V as verdadeirás e com F as falsas.
a) ___ Práticas culturais são todas actividades que se realizam antes da sementeira, com o
objectivo de criar boas condições para o crescimento das plantas.
b) ___ Práticas culturais são todos os trabalhos que se realizam depois da sementeira e antes da
colheita, com a finalidade de criar boas condições para o crescimento das plantas.
c) ___ Infestantes são todas as plantas que crescem numa cultura espontaneamente.
d) ___ Infestantes são todos os insectos ou animais que atacam uma cultura.
2. As ervas daninhas influenciam negativamente nas culturas. De que forma as ervas daninhas
influenciam as culturas?
3. Faça corresponder os métodos de controlo de ervas daninhas (Coluna A) e as suas
características (Coluna B).
Coluna A Coluna B
1. Mecânico A. O controlo de ervas é feito através de herbicidas.
2. Cultural B. Utilização de agentes patogénicos ou predadores.
3. Químico C. O controlo de ervas daninhas é feito com a enxada.
4. Biológico D. Utilização de variedades resistentes.
1. Enxada A. banana.
2. Catana B. mandioca.
3. Foice C. laranja.
4. Tesoura D. milho.
9ª CLASSE
OS PROFESSORES:
FELICIO PETULA: 845374441 (9ª1, 2 e 3)
PEDRO LOTE: 848804800 (9ª 4, 5, 6, 7, 8 e 9)
ESTUDO DOS CEREAIS
Definição de Cereais
Cereais - são plantas que pertencem a família das gramíneas ou mocotiledoneas e que as suas
sementes servem de alimento para o Homem e outros animais.
Origem
Acredita-se que o milho seja originário da América do sul, concretamente México e
Guatemala.
Importância sócio-económica
O milho é um dos cereais mais cultivados no mundo e de grande valor sócio-económico, pois,
constitui a base de alimentação para a maioria da população. Tem um grande valor comercial que
permite a sua venda local e para exportação, industrialmente pode ser usada para produção da
farinha e fabrico de rações para os animais, as suas folhas e caules servem de forragem ou pasto
para animais.
A temperatura determina a duração do ciclo vegetativo, quanto mais quente for a região, mais
curto será o ciclo vegetativo do milho, mais rápida será a maturação e maior será o rendimento.
Solo - desenvolve-se em vários tipos de solo, mas, os mais recomendados são os argilo-
arenosos.
8/10 cm. Aconselha-se geralmente a não colocar a semente a uma profundidade maior que 10
cm, pois dificulta a emergência da planta e, menor que 4 cm, porque a semente corre risco de ser
comida pelos pássaros ou outros animais.
Práticas culturais Para além da sacha, rega e adubação, para o cultivo do milho, é indispensável
uma boa amontoa e desbaste.
Rega - a rega é indispensável para o desenvolvimento do milho e pode ser por gravidade ou
aspersão.
A amontoa é uma técnica agrícola que consiste em juntar a terra em volta da planta, com a
finalidade de melhorar a estabilidade da planta no solo, conservar a humidade e facilitar o
desenevoamento das raízes adventícias.
Desbaste - esta operação é feita um mês após a sementeira e consiste em eliminar plantas que
estejam em excesso ou doentes, com finalidade de deixar apenas as plantas que apresentam um
crescimento harmonioso.
Pragas e doenças
Broca-do-colmo
Doenças – as doenças mais frequentes no milho são milídio, listrado da folha, carvão e
mancha castanha.
Carvão
Colheita e armazenamento
A colheita é feita quando o grão atinge a maturação, isto é, quando estiver duro, seco e com uma
humidade de cerca de 12-15%. A colheita pode ser feita manualmente com uma foice ou
mecanicamente através de máquinas auto-combinadas. O armazenamento deve ser feito num
local fechado depois da secagem grão.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
4. “ Durante a sementeira do milho, deve-se colocar a semente a uma profundidade não superior
a 10 cm”. Justifique a afirmação.
5. No milho, a técnica do desbaste tem o objectivo de: (seleccione a opção correcta) a) diminuir
a densidade das plantas.
AGROPECUÁRIA (SILVICULTURA)
10ª CLASSE
OS PROFESSORES:
MANUEL TRINDADE: 872351563 (10ª1. 2, 3 5 e 10)
PEDRO LOTE: 848804800 (10ª6, 7, 8 e 9)
Silvicultura
Certamente que já viste uma diversidade de árvores ou plantas silvestres, que se desenvolvem à
beira da estrada, sem acção humana. Elas constituem o que se chama de silvicultura.
A silvicultura tem como seu fim produtivo a obtenção de plantas lenhosas de grande porte,
material lenhoso, desde a lenha, ramo, estaca, ripa, madeira ou outros produtos como a casca e a
resina. Importância sócio-económica da Silvicultura
Sistema Silvicultural
É a sequência de amostragem e tratamento silvicultural, com vista a favorecer certas árvores, de
modo a obter uma floresta com uma propagação de árvores comerciais desejáveis e cada vez
mais valiosas.
Sistema itinerante ou agricultura itinerante
É uma agricultura rudimentar e nómada, utiliza terras com panicum máximum e gramíneas. O
tipo de vegetação é primária e virgem, com poucos arbustos. A produção de árvores florestais é
feita num sistema de corte e queima. Durante o pousio a floresta é deixada um certo período para
melhorar a fertilidade do solo.
Situação actual da agricultura itinerante
a) Aumento demográfico;
c) Falta de conhecimento.
NB: O agricultor cultiva a mesma área até esgotar os nutrientes do solo e o período de pousio é
curto.
A estiagem representa a ausência da chuva, no tempo previsto para a sua queda. O Sistema de
corredor é praticado em Papua, Nova Guiné. Usa-se a rotação típica de três culturas sazonais,
seguidas por uma cultura anual e uma cultura perene.
No Equador, o sistema de corredor tem sido usado para culturas do quintal e do campo, contendo
árvores de leguminosas para lenha e pastagem. Onde:
- Culturas Sazonais - são culturas cultivadas num determinado período de tempo ou numa
determinada estação do ano e tem raízes fasciculadas. - Culturas Anuais - são culturas cultivadas
em todos períodos ou em todo ano cujo seu sistema radicular e mais profundo (raízes
aprumadas). - Culturas Perenes - são culturas de vegetação secundária e o seu sistema radicular e
superficial (raízes fasciculadas).
Sistema Taungya:
É o melhor sistema para zonas onde tem problemas de terra para os agricultores, isto é, porque
produz-se culturas agrícolas, enquanto se estabelecem as árvores florestais madeireiras, o
agricultor obtém várias colheitas sucessivas antes de se reduzirem os rendimentos agrícolas.
Sistema intercultural de árvores e outras culturas
Neste sistema, usam-se plantas permanentes de bebida tais como: o Café (Costa Rica, Cuba e
Venezuela), Cacau (Brasil), Banana e Tubérculo (Brasil e Costa Rica)
Quase na totalidade das florestas pertencem ao tipo de florestas abertas (menos densa). São
miombos, de baixa produtividade e crescimento lento e as técnicas de repovoamento florestal são
poucos conhecidas. São constituídos apenas por dois ou três extractos arbóreos e o corte das
árvores em média de 20 m de altura.
É de um modo geral denso, as copas das árvores tocam-se ou mantém-se pouco afastadas umas
das outras.
NB: Além da floresta aberta, encontram-se outras formações como: savanas arbóreas, florestas
de montanhas, mangais, florestas aluvionares e florestas hidrófilas.
A floresta nativa é a principal fonte de madeira, materiais de construção rural, lenha, carvão,
produtos medicinais e outros. Assim, a sua utilização e viabilidade devem ser vistas de forma
multidisciplinar. Os inventários realizados há cerca de 10 anos indicam a existência de 46
milhões de hectares de povoamentos florestais de floresta nativa produtiva. O volume em pés
total é de 571 milhões de metros cúbicos. A existência de pouco mais de 10 espécies
comercialmente conhecidas, em cerca de 100 espécies potenciais, leva a uma redução
significativa dos volumes comerciais disponíveis na floresta nativa moçambicana. A
sustentabilidade da utilização da floresta nativa está ameaçada pelas queimadas, agricultura
itinerante, corte de lenha e carvão e licenças simples. A floresta plantada representa somente
cerca de 15.000há, muito pouco em relação ao potencial de reflorestamento do país.
Espécies nativas ou espécies florestais autótones são espécies que vivem numa determinada
região, sendo originárias da mesma. Nestas encontram-se a umbila, chanfuta, mugonha tule,
jambirre, pau-ferro, pau-rosa, pau-preto e mutirica. Espécies exóticas são espécies que viviam
num lugar diferente do seu ambiente natural de origem, ou são espécies estrangeiras que se
desenvolvem no nosso país. Neste grupo podemos encontrar: o eucalipto, casuarina, pinheiro,
cumpressus, acácias e leuceanas.
É difícil de avaliar a produção dos produtos de florestas moçambicanas devido a vários factores
tais como: falta de registros, fraca fiscalização, exploração desordenada. Em Moçambique pode-
se produzir 500 mil m3/ano. As Espécies mais exploradas em Moçambique são: mugonha,
umbila, tule, chanfuta, jambirre e pau-preto. As Províncias com mais potencial para a exploração
de madeira em Moçambique são: Manica, Sofala e Gaza. A exploração desordenada fez diminuir
significativamente a umbila, que é a essência mais preciosa de Moçambique.
A melhor ocasião para a colheita da semente deve ser a época em que a mesma completa a sua
maturação.
Para a propagação das espécies naturais, existem dois métodos a saber: método natural e método
artificial. O método natural é aquele em que a sementeira é feita pela natureza, através da
disseminação da semente por animais, água e ou vento. No método artificial a sementeira é feita
com a intervenção do Homem, através da sementeira directa ou indireta e posterior plantação.
Protecção florestal
Protecção florestal trata de tudo quanto se relaciona com a danificação dos bosques, tanto como
medidas profiláticas, assim como combativas. A protecção florestal visa proteger as árvores
florestais contra os danos que possam prejudicar as florestas.
Danos florestais Danos abióticos - são danos provocados por agentes do meio ambiente sem
vida, tais como: o vento, água, incêndio, seca, aridez, dificuldades de adaptação ao solo e ao
clima.
Danos bióticos: são danos provocados por agentes com vida, tais como: vírus, fungos, insectos,
animais, incluindo o Homem. Estes organismos provocam epidemias e calamidades difíceis de
travar.
Um pouco por todo o país registam-se actos ilegais no licenciamento, exploração, transporte,
processamento e na comercialização dos recursos florestais e faunísticos. Estas ilegalidades
resultam de factores tais como: a grande extensão do país, os limitados recursos humanos e
materiais, fraco treino e formação dos fiscais florestais, a falta de coordenação e colaboração
entre as instituições intervenientes na fiscalização e a falta de uma estratégia para fiscalização
dos recursos florestais e faunísticos em Moçambique. A fiscalização das actividades florestais e
faunísticas tem três componentes principais: prevenção, detecção e repressão. A Prevenção inclui
actividades que visam educar, informar e consciencializar operadores e o público em geral para o
cumprimento da lei e para evitar actividades florestais ilegais. A detenção, por sua vez, inclui a
monitora e actividades de inteligência, visando identificar locais de maior incidência de
actividades ilegais e os transgressores sistemáticos são submetidos a regras estabelecidas. A
repressão é a componente mais delicada da estratégia que, se as duas primeiras componentes
funcionassem bem, poderia até dispensar-se o seu uso. Aqui são utilizados meios coercivos para
forçar o cumprimento da lei, envolve confronto armado com os transgressores.
A fiscalização das actividades florestais e faunísticas é da responsabilidade do Estado. Ao nível
local, a fiscalização é feita pelos Serviços Provinciais de florestas e Fauna Bravia. Em geral, a
fiscalização é feita a partir de postos fixos, localizados ao longo das principais estradas nacionais
e vias de acesso aos mercados e principais centros urbanos do país.
EXERÇÍCIOS PROPOSTOS
a)______ O Sistema silvicultural favorece certas árvores, de forma a obter uma floresta de
árvores comerciais desejáveis.
I- O objectivo da silvicultura é:
II- Estiagem é:
b)______A protecção florestal trata de tudo quanto se relaciona com a produção dos bosques.
b) Descreva um deles.
b) Que características as árvores devem apresentar para que sejam seleccionadas para a colheita
de semente?