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[TC] TEMAS DO COTIDIANO

Módulo 7:

Economia colaborativa
1- Com o desenvolvimento das novas tecnologias, a noção de posse perde sentido
perante a oportunidade de acesso. Em um ambiente em constante mudança,
onde informações e produtos se tornam obsoletos cada vez mais rápido, a antiga

Elabore
ideia de possuir algo não se mostra mais tão vantajosa.

um parágrafo dissertativo com


conceitos: Economia colaborativa,
Crise econômica de 2008 e consumo
consciente.

2- Ter acesso ao que se deseja apenas durante o tempo que for necessário é uma
atitude mais dinâmica do que estabelecer compromissos e arcar com as
responsabilidades a longo prazo que a posse acarreta. Esse tipo de consumo
baseado no compartilhamento agrega valor à experiência em detrimento apenas

Disserte por um parágrafo


do ter.

utilizando as seguintes palavras-


chave: internet, marketing e meio
ambiente.
Economia Colaborativa: a tendência que está mudando o mercado

24/07/2017

A economia colaborativa (compartilhada ou em rede, como também é conhecida) é um movimento de


concretização de uma nova percepção de mundo. Ela representa o entendimento de que, diante de
problemas sociais e ambientais que se agravam cada vez mais, a divisão deve necessariamente substituir
o acúmulo. Trata-se, assim, de uma força que impacta a forma como vivemos e, principalmente,
fazemos negócio.

O tremendo sucesso de empresas que facilitam o compartilhamento e a troca de serviços e objetos é


uma prova de como a adesão a essa tendência global está longe de atingir um ápice. Uber, Airbnb e
tantas outras que o digam.

A vida compartilhada

Seja para poupar, seja para levantar alguma renda extra, hoje praticamente não há limites para o
compartilhamento. O fotógrafo paranaense Gustavo Benke, mencionado nesta matéria da Exame, é
exemplo disso.

Acostumado a receber na sua casa de Curitiba parentes, amigos e amigos de amigos, ele decidiu adotar
o mesmo estilo de vida na casa que aluga em Florianópolis, onde estuda. A divisão do espaço traz
benefícios para todo mundo: os hóspedes economizam com a estadia, a alimentação e tudo mais, e
Gustavo recebe ajuda nas despesas. Ele também tem o hábito de trocar serviços fotográficos por bens
ou serviços de que necessita.

Mas basta uma rápida pesquisa para você perceber que esse estilo de vida não tem nada de novo. De
acordo com Tomás de Lara, cofundador da Engage e cofundador do Catarse, o fenômeno da economia
colaborativa é ancestral: “Povos indígenas e comunidades já tinham isso de compartilhar, de acessar as
coisas dos outros, de trocar”, explica ele nesta websérie.

A novidade é a forma massiva como o fenômeno passou a ocorrer em 2008 e 2009, graças aos avanços
tecnológicos. “A partir de então, todo mundo, de forma muito rápida e quase que barata, pôde fazer
transações e se geolocalizar, se encontrar e saber da melhor forma de se usar um recurso”, afirma.

Poder social sem precedentes


Desde então, a Internet 2.0 vem permitindo que a população global assuma um “poder social” como
jamais havia acontecido antes. Graças à força da colaboração, transformações importantes ocorreram e
vêm ocorrendo: novas empresas nasceram, outras grandes deixaram de existir e até ditadores foram
removidos do poder.

A Primavera Árabe é um exemplo disso. Assim como Gustavo Benke escolheu compartilhar sua casa,
o egípcio Mahmoud Sharif resolveu se levantar contra o longevo e repressivo regime de Hosni
Mubarak. Graças a uma imensa rede de compartilhamento, juntou-se a milhares de pessoas na Praça
Tahrir, e os resultados são conhecidos.

Um furo na parede em vez de uma furadeira

Os exemplos acima ilustram o imensurável alcance da economia colaborativa, sem dúvida. Mas o tema
aqui não é geopolítica. Queremos, antes, que você tenha ideia da importância do assunto e que consiga
aproveitar as oportunidades oferecidas nesse novo contexto, no qual as pessoas “não precisam mais de
uma furadeira, mas de um furo na parede”, como diz Tomás de Lara.

Neste artigo do portal Entrepreneur, o Venture Capitalist Tx Zhuo lista boas práticas que podem ajudar
você a nadar de braçada na economia colaborativa:

Mantenha baixos os custos fixos: de acordo com Zhuo, com o tempo, a tecnologia derrubará os custos
em geral. Isso significa que as empresas bem-sucedidas serão aquelas que organizarem melhor suas
estruturas financeiras. Diminuir o número de funcionários permanentes e terceirizar atividades
periféricas podem ajudar.

Em vez de reinventar a roda, procure-a em parceiros: Zhuo dá o exemplo da ChowNow, empresa norte-
americana que oferece gerenciamento de pedidos online a restaurantes. Em vez de construir sua própria
plataforma de delivery, a ChowNow desenvolveu uma parceria com a Uber para realizar as entregas, e
os resultados têm sido ótimos.

Foque no relacionamento de longo prazo: Zhuo conta que, agora que as margens para
compartilhamento são estreitas, as empresas precisam dar prioridade para relações duradouras com os
clientes. Para isto, ele sugere proporcionar grandes experiências de consumo ao público.

Investindo em empresas que se complementam: o exemplo da Axial Holding

Por mais que os já mencionados Uber e Airbnb sejam exemplos de como essas boas práticas
funcionam, ambos já foram objeto de muito estudo. Por isso, ao procurar por um case que represente o
tema, preferimos abordar a questão a partir de outro viés: o offline. E por meio de um setor bastante
competitivo de nosso país, o agronegócio.

Espécie de fundo de private equity focado em empresas e instituições do agronegócio orgânico, a Axial
Holding tem um importante diferencial: o portfólio se autoalimenta, ou seja, as empresas investidas
exercem atividades que se complementam, colaborando umas com as outras.

Por exemplo: na carteira da Axial está a Fazenda Tamanduá, de cultivo de produtos agrícolas e
produção de pecuária orgânica. Caso precisem de microcrédito, os produtores podem recorrer a outra
empresa investida, o Instituto Estrela, que dá empréstimos a pequenos empreendedores individuais que
não têm acesso ao sistema bancário convencional.
E se for necessário promover o melhoramento genético da soja, os agricultores podem contar com a
Naturalle, empresa voltada à pesquisa da soja, além de produtividade, adaptação regional e resistência a
pragas e enfermidades. Ao investir em empresas que colaboram entre si, a Axial está contribuindo para
reformular a cadeia produtiva do setor de orgânicos. E um dos mais significativos resultados desta
filosofia é a Rio de Una, outra aposta do fundo.

A empresa atua no processamento (lavagem, corte, higienização e embalagem) de frutas, legumes e


vegetais (tanto orgânicos quanto convencionais). A filosofia colaborativa está na essência dos processos,
já que os mais de 120 pequenos agricultores familiares que compõem a base produtiva da Rio de Una
recebem assistência técnica e têm a compra de sua produção garantida o ano todo.

Pela planta industrial da empresa passam mensalmente mais de 200 toneladas de hortaliças e legumes,
que são transformados em saladas e atendem o mercado de varejo e foodservice em todo o Brasil. Ou
seja, os princípios da economia colaborativa estão influenciando uma cadeia não só de produção, mas
também de investimentos. É mais um sinal de que essa nova forma de fazer negócios (mais responsável
e consciente) veio para ficar.

Prova disso também são as empresas que valem US$ 17 bilhões, os 60 mil funcionários que elas
empregam e os US$ 15 bilhões que receberam de investimento (de acordo com este artigo da Forbes).
E, a julgar pelo interesse do público em geral, esse bolo só tende a crescer. Que tal se preparar para pegar
uma fatia?

Conteúdo produzido em parceria com a Endeavor Brasil

Fonte: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/economia-colaborativa-a-tendencia-que-
esta-mudando-o-mercado,49115f4cc443b510VgnVCM1000004c00210aRCRD

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