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Mercado
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um mercado, como este no Funchal, é o exemplo clássico do local de venda de bens por unidade
monetária.
Designa-se por mercado o local no qual agentes econômicos procedem à troca de bens por uma
unidade monetária ou por outros bens. Segundo a teoria Liberal os mercados tendem a chegar ao
equilíbrio baseada na lei da oferta e demanda, que defende que os preços serão condicionados a
quantidade de pessoas que desejam o produto versus a quantidade desse produto em estoque. [1][2]
Para a economia é possível separar os tipos de mercados de acordo com a mercadoria disponível:
mercados genéricos e especializados, enquanto que no mercado genérico temos todos os tipos de
mercadoria disponivel, nos especializados temos apenas um produto especifico como opção para os
clientes. Os mercados funcionam ao agrupar muitos vendedores interessados e facilitar que os
compradores potenciais os encontrem. Uma economia que depende primariamente das interações
entre compradores e vendedores para alocar recursos é conhecida como economia de mercado.[3][4]
Índice
• 1 Origem
• 2 Factores de evolução dos mercados
• 2.1 Factores de evolução do mercado a curto/médio prazo
• 2.2 Factores de Evolução do mercado a longo prazo
• 3 Sociologia do Mercado
• 4 Classificação dos mercados
• 4.1 Elementos principais para a formação de uma estrutura de mercado
• 4.2 Mercado de concorrência perfeita
• 4.3 Demais estruturas de mercado
• 5 Marketing e o mercado
• 6 Mercadoria
• 6.1 Mercadoria segundo Karl Marx
• 7 Referências
• 8 Bibliografia
• 9 Ver também
Origem
Originalmente o termo mercado, do latim, era utilizado para designar o sítio onde compradores e
vendedores se encontravam para trocar os seus bens.
Para o pensamento econômico os mercados seriam a coleção de compradores e vendedores que
interagem, resultando na possibilidade de troca (Pindick e Rubinfield, 1995) e serviriam como
forma de governar as transações econômicas que acontecem no seu meio, definidas pela lei da
oferta e demanda.
Já para a visão jurídica, os mercados seriam apenas a forma achada pela sociedade para
proporcionar as trocas de forma organizada.
Tais visões levam a um objetivo único dos mercados, já previsto pelo estudioso liberais da
economia, o equilíbrio do mercado, pois neste cenário de mercado perfeito todos os compradores e
vendedores teriam a mesma informação e seu funcionamento se daria apenas pela procura e pela
oferta dos produtos.
Porém existe ainda uma outra forma de entender os mercados, por meio do estudo sociológico, que
busca entender o comportamento da sociedade frente aos mercados e que vão criticar o cenário
previsto de mercado perfeito. Para essa corrente o consumidor presumido pela teoria neoclássica,
com informação completa para sua compra, não existe empiricamente. Segundo a autora Fernanda
Wanderley, é possível separar esses estudos sociológicos da economia por parte da sociologia em
quatro frentes:
• Enfoque estrutural: Que busca definir os intercâmbios financeiros dos mercados como sendo
padrões de relações interpessoais concretas.
• Enfoque cultural: Busca analisar o papel que os significados coletivos podem ter na hora de
se definirem as estratégias macroeconômicas a serem seguidas.
• Enfoque cognitivo: volta sua atenção as regularidades dos processos mentais que limitam o
exercício da racionalização econômica, como por exemplo as preferências.
• Enfoque político: Segundo a autora esse método de estudo privilegia as lutas pelo poder
entre instituições sociais e políticas, como o Estado e as classes sociais, e a forma como essa
dualidade afeta os mercados.
Porém, mesmo com a existências destas diferentes abordagens, na hora de se analisar a economia
não necessariamente o analista precisa optar por apenas uma, estes estudos podem ser vistos como
complementares, a partir do ponto que buscam explicar diferentes tipos de comportamento da
sociedade frente ao mercado e a economia. Como por exemplo a pesquisadora Nadya Guimarães,
no ano de 2004 fez um estudo sobre o desemprego em duas metrópoles Tóquio e São Paulo, no qual
é possível ver como a sociedade se comporta de forma diferente frente a esse fenômeno, no Japão as
pessoas veem esse fato como um grande empecilho as carreiras que tem uma grande relevância na
vida das pessoas, já no Brasil o desemprego é visto como algo mais natural que devido a cultura do
país é algo comum a sociedade, mesmo o emprego não possui o mesmo valor se comparado ao que
o povo Japonês dá.
Atualmente, com o avanço tecnológico, os mercados não necessitam de ser lugares físicos onde
compradores e vendedores interagem (Internet).
A definição de mercado poderá ser entendida de duas formas distintas:
• Em sentido amplo: Conjunto de pessoas individuais ou coletivas capazes de influenciar as
vendas de um determinado produto
• Em sentido restrito: Conjunto de dados sobre a importância e evolução das vendas de um
produto.
Quando nos referimos ao mercado, em sentido amplo ou em sentido restrito, existem três
classificações de mercado:
• Mercado real: Volume de vendas efetivo de um determinado produto ou número de
consumidores que compram o produto (os consumidores do produto que a empresa fabrica).
Quota de Mercado é o mesmo que Mercado real da Empresa.
• Mercado potencial: Estimativa do volume a atingir pelas vendas de um determinado produto
ou conjunto de compradores que estão em condições de adquirir esse produto (os
consumidores que adquirem o tipo de produto fabricado pela empresa e pela concorrência).
• Mercado total: Engloba o mercado potencial de um determinado produto e o mercado dos
que não consomem esse produto (toda a população que tenha condições para vir a adquirir
um bem ou serviço, mas sem a garantia de vir a adquiri-lo).
Sociologia do Mercado
Nesse contexto, convém destacar a abordagem que a sociologia do mercado retrata acerca das
origens e do funcionamento do mercado. O ramo não é unívoco em seu entendimento, porém eles se
completam na intenção de explicar uma realidade que não encontra paralelo na literatura econômica
tradicional.
Com base nos estudos de Neil Fligstein e Luke Dauter, a sociologia é essencial para apresentar uma
visão mais completa dos mercados, com o apoio de uma estruturação social , já que as relações
sociais são essenciais para o mercado, na medida em que o retira do campo das ideias e o encontra
no cotidiano.
As três grandes correntes sociológicas nos estudos dos mercados são: a teoria das redes, que parte
de um pressuposto de construção social do mercado a partir dos laços tradicionais de sua estrutura
social; a teoria institucionalista, que parte do pressuposto que a cognição e a ação servem como
base para o mercado, a partir de mecanismos de poder, normalmente político, e pelas normas; e, por
fim, a teoria da performidade, que acredita que a formação dos mercados tem base na aplicação por
indivíduos dos processos técnicos que escolherem mais adequados, com base em sua realidade
cultural e cognitiva.
Em última análise, apesar de serem estudadas de forma separada, essas teorias convergem nos
mercados tradicionais, sendo frequentemente adotadas em conjunto pelos agentes econômicos.
Marketing e o mercado
Marketing é a gestão dos mercados, fazendo emergir trocas e relações com o intuito de criar valor e
satisfazer necessidades e desejos. É um processo através do qual os indivíduos e grupos obtêm o
que necessitam e desejam criando e trocando produtos e valor uns com os outros. Embora muitas
vezes pensemos no Marketing como sendo apenas praticado por vendedores, os compradores
também participam nas actividades de marketing. Os consumidores fazem marketing quando
procuram novos produtos e preços vantajosos, que eles consigam suportar
Mercadoria
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confiabilidade duvidosa. Se tem algum conhecimento sobre o tema, por favor, verifique e
melhore a coerência e o rigor deste artigo. (Janeiro de 2013)
Referências
1.
• «Mercosul - Mercado Comum do Sul». www.mdic.gov.br. Consultado em 27 de junho de
2018
2. Anonymous (16 de junho de 2016). «Um mercado sem fronteiras - União Europeia -
European Commission». União Européia (em inglês). Consultado em 27 de junho de 2018
Bibliografia
• FLIGSTEIN, Neil; DAUTER, Luke. A sociologia dos mercados. Cadernos CRH, v. 25, n.
66, p. 481-499, 2012.
• GARCIA-PARPET, Marie-France. A construção social de um mercado perfeito: o caso de
Fontaines-en-sologne. Estudos Sociedade e Agricultura, n. 20, p. 5-44, 2003.
• VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia: micro e macro. ed. 6. São
Paulo: Atlas, 2015.
• MACHADO, Rosana. China-Paraguai-Brasil uma rota para pensar a economia informal.
Revista Brasileira de Ciência Sociais – v. 23, nº67, 2008.
• Telles, Vera da Silva (2009). Nas dobras do legal e do ilegal: ilegalismos e jogos de poder
nas tramas da cidade. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v.2, n. 5-6,
p. 97-126.
• Guimarães,Nadya A.,Hirata,Helena S.,Montagner, Paula e Sugita, Kurumi. (2004).
Desemprego - mercados, instituições e percepções: Brasil e Japão numa perspectiva
comparada
• WANDERLEY, Fernanda. Avanços e desafios da Nova Sociologia Econômica: notas sobre
os estudos sociológicos do mercado – uma introdução. Sociedade e Estado, UnB, 17, 2002
Ver também
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