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Psicologia Clinica da Graduagao a Pés-Gradua¢do Andrés Eduardo Aguirre ‘Antinez Gilberto Safra MBnica Botelho Alvim, INTRODUCAO: MERLEAU-PONTY, FLOSOFIAE PSICOLOGIA Mate Ponty € um soo facts que vive ene 1908 18, tdo etude abahado em Pars Estado flee sxe Normal super nde convex com ote fs {es tarian como ee, importa referencias man Sea Pl Sr, Claude Lv Stas, Georges Potter Jen "obs Simone de Beawoire Simone Wel Ete ele Sarre imoseum grande pec interoctor, send ambos te ceo amo fists qe buxsva uals cone ‘wh das loofas da xtc sn TM® slo um cudadoso ler de Huss, 20 longo de 2 oka Mereau-Ponty explora edalogs com 3 feos, ‘lp hasan, qual rem eponoa de novo emo "pe oto “0 flsfo est sombe"Sequternes eer {iu opensnenio ea cba ese uisermos er iiss 3 ‘steam caninh, pensar de nove (Merle: Pant, 1980, 420) Bas aati, eta no pretmbulo do texto no gual se Ebi dergincscom Hse ji ond indos do rapebe Mesea-Ponyconcebeo pensamento foseo {afte de sentid. Una bre fosifca nto € um objeto is veld ser interpreta; hela un facabaeto ea marina sucenivasretomadas aberturs qu perme EgAiftrenadinovamentee manna vive abe pra um eccrine eno pnt do pensamentofenmenloco em foro eaeeOgh. Asim como soba flosfia £4 obe deat Stet 8m eto ambem nto Cum objeto aeabado ps Sagi epread, mas como vida etemporalidde et nga. dvs plea de pttniaem see movimento ¢ wget npn com una coco de - at canta pritica inka fenomenoloico-ese idea que a paolo cla € foo destino ~ Merleau-Ponty ¢ a Psicologia clinica odemos nos perguntar que contribu a flosoa nos ofere- &« para pensla Tada abordagem clinica parte de concepedes tobreo sujet, a sujetvidade,o mundo es rages €tnetee {ate sito « mundo como fundamentos par construct de ‘conceit emtodos coerentes ene ‘A pergunta sobre quem ¢ 0 sjito requ outros questona- ‘ents, Fase necesario que se pergunte sobre suntan a Yida,obikige,ofisiligc, sobre a conslencia€sincons, ciénca, sobre o mundo, a cultura ea hstra importante re Aer sobre como esas dimensbes esto tlacionadas a paride «que modelo epstemoligico si pensaas, que considtagbes faz sobre a universalidade ea sngulardade sobre o sentido ea verdad, sobre a normaldade ex ptologi ‘A questio mals ampla ecetral que se coloc nessa dscassio éenvolve pensar como o sentido, sigalcago (es resign 0) do mundo e da propria exitinci, se a. A clini palo. logic lida com o sofimento ea crise resaladas todas ena nuances eespecfiidades eles podem ser comprecndidos como problemas implcados com a perda de sentido, com aquebra em ‘uma estrtura de sentido qu até eno oientava suet emt sua exséncia.O modo como a pscoogia dard com ese so frimentodepende diretamente de como sao compreendee3ig- rfc, o que ni prscnde de rexportas i quests antesores tuber o que sentido, como lee produzida seo sujet avo ‘a consrugo de sentidos para o mundo e para a vida ou so- fie deteminagies externas, se cle € uma consrucdo socal, his ‘rica, deriva da consiéci, de um inconsciente, de intintos biolgicos, so corpo ¢ passv a pigusmo, conn ees sel cionam, As espostas aessaspergntas guardam varages entre os cifrentes tema de pensumenta, grado concepyies que ‘contibuem para pensarmosos fundamentok limites da itcia sco concrpees que se refltem nas diferentes teoras da siccogia seus modelos clinics. ‘0 campo da clinica psicolgica de base fenomenligia € este tem estetarelaio coma oso, etabelecendo um, sep —P5.098 FNCHENEDA ildsofos que ultrapassaraim, dislog pemanene com chase por Emanuel obo da loa, us ofa 2 bo de um do~ i fips A i odemino Beara per ee pf orgs pring, aman He Se meng orc Bs un Pe sent lan a Fer ed losis Jo Aramcender ee psi is do Tae arin Hoda Ladi inowanges Kal Pes € ae Mor = peas praca ag xem = aot Mfc d stn dsc goe dem importants pasos na o entre filosofia€ pacooga Ene mee Paes cta gue «Rosa francs, part do exitencialismo {jer Polar edo peat nomena gue ade aaa rn camo um dese epoentes esa construe of ano Maurice Mee Pony stents devia eae Mo dedomins pops or Kat wssumindoo dso srrgurprto mundao oqo a ao cartesana va Stennett de ua trascendenia pura que Mera ony Salou com sca humans em spi ciéacia paola, ‘0 fen eabeleceu uma interocugo aml permanen- tecom a picoga endo sido titular da cde de Psicologia Ma tana edge, Sorbonne ene 949 ¢ 1952, quando scores pod enor nab ititlado ‘Genco homcm efenomenslogi no gl podens 0 & reena marcas do polo, Ncle manent, Met Fey hava dsemerido suns dos pimeins obra - Aen tum do comportement (192) ea Fenomenolipa da prego (G34) ~ asim como jaa prferdo a importantconeen- G0 peimade da prepa esas emsegutacis losis” bs Socedade Panes de Plosfa, em 1946 (Marien Pot 1946190) Em todos ses tba, Mra Ponty dialogon inensamente com spoon, dsaindo sas tori, meto- done invetipgdes €questonando as impicades dso para Pearse sexta ea fsa. ssemovimenta, que permanecer alo de su obra ex res sua campreeni de que tad se no mundo david ¢ Ai expecta e qe ums losin consequent press ar 1 lnc ~ asim como na are - ote pepe ic cr deta ne iio onpranen Spe rie Nic hi doe tees mas os gas res de exe ao do mes ea psp fase rem meses menos os roms eso apes ae ‘eater no nel sea () Quando’ tees qerenpt soa shod hoia Nopoder ene fase qe us og apaacpa song (rotarhn conan eC) St do hone none em faim noncompact fia cogs toads oe incre ce dtemintas soa prt Sea fem go pnsuneso a detminds paren "silo psig, gu ane inna ee —— cals, Cosalosismo € psicologismo, £ esse qusrio mei, que coeso panna se ee Passivas ¢ sujitas a determinacdes combs em st cite to pactop 196 Merea-Ponty ext deacon oe sade ents dace a ey, sto por Verisimo e Fes a rel pears eh ene ‘mentosproduzidos tém validae pay sno8™ ‘Nese sentido, considera que Husserl ease Bg “etovemre trea etc da peso da rma mae mtg por autores que receberam seus ensinane’ he gs Inca (MeresePony, ants mailed Getta a pnd Acoso dena oon ou spar lea oe SENOS errs a ea neo oe ug cet ane penal ncninds a So Erokra €confgraas wane ae tPasi es Fon 97.955) observa mg oo nt 173.055) [obsenacto meta ene cia Quando ej iad uma atv seapaamutras eters aca ne Ac relagio a ela - em prol de uma configuraca a em Spit tyson dee tee passividade, std colocando uma posiio tambon tte fog, epesando am mode nh ‘sua obra. ‘ca cm ‘Amare do pensamento de Men Pony de nodes que mpi sempre ecg Pe forma, gestalt) na qual estao imbricados homeme man? poemenect A congo una cn onse Fic mone wesc as e temas, uma iti sem snee qu anion pe ‘minada hiperdialética. ws be © camino (modo) de sua lsat, qe coxgiese dulsmodcoimice,ébusear ma epentnca ei © momento origin, o momento de nacinete lesa, Dead a estrtura do Compertament tava cece ale prope reclocar as essncas ma extn enna 3 fenomenolgia para uma pos ener wm desvandoe tanto da dco inlets Sen a cenderal quanto da rade empiri, bse cathe Inetodlipcs que posam clap sda tii. En perspectv esencil no trabalho de Mee P= ‘sentando-se com diferentes nuances ao longo de toda asua be. Ao centrar-se na experiéncia no mundo come ot egtst « origindra, no pode prescindr da céncia pion discussdes. Comportamento, perceprio, corporeidade e 2 dade séo alguns dos temas que Merieau-Ponty desc cologia da Soca par examina dem det <5 «special em seus dois primeirostrabalhos~ A esata 8 ‘Portamento e Fenomenologia da percepeio -»assimn come’ batho © primado da percepedo e suas consequtnis Fete nos resumos de curso da Sorbonne ee 1982, publeado no Bascom ttl Pb ‘rianca (Merleau-Ponty, 1952/2006), no qual se encom Gincias do homem eenomenoog , eo Nase seid, onicramos que Ponty uma riqueza a ser explorada pela psicolOgis PA ane e repensar a concepyes a ase de sus 00 Propo propi floar o ita gue ‘Apicologa como cnc no tem nad. wee tomo pct na de ura io I ens ena Lng aah a ik, ease 0 conto pcs 8 peas (een Poy AURORE) treratr,além de contbuir com a resto ieramentos da picolgi, pode serve oi nce de Merlea-Ponty evan no de- a vs ome Dsctiena sepia se pat tbo do so, wisando 30 Soe Prom a psicologia pORTAMENTO COMO ESTRUTURA “extra do comprtamento (Meslean-Ponty, wet lst ds pio ps ons ga enn etn gue temo He seo sn ekeclsn0 eno enpiiana, Anoiode trent, qe toma da Psicologia da Gestalt rata, ferece um modo de concer are 3 coo fer angus Kone en a esp nas cm 0 min sano rl hrc Ewa prime verso part. oma se asa vere io dem oe cant esto -corpo-undo a, Mer Ponty eeislongamet sobre a Sinensbesouordens qs comple experi i A oes combate 5 poses ties ane omer repos, seta deters, Sam a gens ov sca. Ness discs ele a olopedloando shetud com repeat 2 Plog da Gest clean em questo i ecvas experiments, Date, tbe de sn ds Ps do devevovimento mu pee de ad ery Walon, Sua posi a pkoloa™ Jean Pg comprende ab lage ene conc € ce, poli ou mesmo soci” (Medea reap 112190, p 29). Escole 2 ima nocio gue, "omada nla mest nes sas do agus «dx «pode aaron de dens nove” oP P.3 sey de earatara do comportent aul oF dent fate warn, humanalsinblca em um teeta na ual no hi herarquss ou determina Petar nturese, cla ehistra ni esto diotomiadas dus feat ser runs uma aout. Tad o que wvemos ‘femora, origina dessa configura eon! Scar prepa onde o mando ns €dadoa part ti fnaldadewalidade ecapacidade humana de sino ‘acon dienes iaseparvls ques omer Me tc ando us ata ne o genre foe ost € Saeco bin cons aida, podemospercebera grande contribico ue i ac ee pete ne ge Bie enna coo gs nos ot So Nit mane dnc a pe compre 7 de como fernenoscompleos produzidos no mando nie senda pels de anales objets qu os coon” 8 ‘jam «quae Ambo ~ sj bloicolslicn Pee aoa soi ais ques, ue consideem esses itn TMamene ode pensar por exenpl, nos sntomas, Ness perpen aan eprenios, deve 57” Sapam coups ees ‘ab. fe plgcane sored implica so inrinees uss ora e558 Ms quests o.com No obra tegoria comportamento éneutracom rela 18 MERLEAU-PONTY EA PSCOLOGA CLINCA As outras, no podendo ser analisadas em parts sjaconceben- desman une deme 0 resposta a estimulos do ambiente. Em uma prspectiva inspita- danas propostas merleaupontyanas, os sntomas poderiam Set compreendidos como fenbmenas expresivos do sentido que nasce da situagio de entelagamento espirito-corpo-mund importante ressatar que, scolhendo a nocio de compor tamentoofidsfosublinha «experiencia no tempo €n0€5P8- Go presents, afrmandoo carter de contingéncia d exitncia gues tama cel morse publiada apenas rs anos depois: aFenomenologia da percep (Merleau-Ponty 1541980. ae " APERCEPCAO EO CORPO ‘Apercepsio € um tema que perorre toda a obra de Merleau- Ponty desde seus prineiros projtos, pasando pea estrtura do comportamentoe tomando corpo na Fenomenologia da perp Tl come ee prproaimariaposterirment, ness tab {ho ele acentua a perspeciva da experiécia no mundo ¢ prope ‘uma flosfia pnsada a partir dessa condo corporal stad “Fm nosso trabalho sobre a fenomenologia da percepeio, néOas- ‘stimos ais a advent das condutas perceptivas. Ns nos insta Tame nla paral perseguir a andise dessa elacio singular ent ‘sujet, seu corpo e seu mundo" (Merleau-Ponty 1962 P.2) (© corpo assume nessa obra lugar de grande, deste ‘Mereau Ponty, mergulhado na fenomenologia ¢ dialogando om os grandes representantes das filosofia intelectualists ¢ piri, de fto assume 2 perspectiva do compo percetivo ono modo de er no mundo, paraentio descrever a expetién- ‘indo espago, da motrcidade, do habit, da sexualidade, do ov {roe da inguagem como expresio, sempre partindo dasituacdo cro eo extatura corpo-mundo-outro. O filsofo reairma &.com- preenszo de que sujet € mundo esti imbrcados,componde Piva situapdo concela.£ como corpo que compomes com © vido a tuaga, concebids como configuracd, forma Ou trutura temporal sempre em movimento, 'Na Fenomenologia da percep, ele discutee critica a con- cepgo da picologia clin do coro como objets sinds que See presentase em suas exporagbes muitos elementos para Gitinguro corpo dos ojos econsidei-o como meio de es easeeundo enoscomunicar com ele, noo fez ss0se deve aro de os plclogos situarem-se no Togur do pensamento depesoal enero da inci, praticando uma ontlogis i aeree colocarem a experiencia dosueto vivo no lugar do ob eta de universe. © psgasmo ea asi, Pa les

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