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Fisiologia do neonato

O filhote ainda dentro do ú tero está em um ambiente completamente controlado.


A partir do momento em que ele nasce, tem que acontecer algumas modificaçõ es
fisioló gicas pra que ele tenha capacidade de vida extra uterina.

O primeiro sistema a ser modificado é o sistema cardiovascular. Em relaçã o ao


sistema cardiovascular a gente sabe que o cordã o umbilical vai se comunicar
diretamente com o fígado, no entanto, vai existir um desvio denominado ducto
venoso que vai fazer com que a maior parte desse sangue que ia em direçã o ao
fígado agora vá para a veia cava caudal. Apó s o nascimento, esse ducto venoso
colaba e a gente tem a formaçã o do ligamento hepá tico, que liga o fígado ao
umbigo. Há também alteraçõ es na câ maras cardíacas, há o fechamento do forame
oval. O forame oval é essa estrutura que permite a comunicaçã o entre á trio
direito e á trio esquerdo, que existe uma vez que a pequena circulaçã o ainda nã o
está totalmente formada. O ducto arterioso consiste em uma comunicaçã o entre
a artéria aorta e a artéria pulmonar. Apó s o nascimento, o ducto arterioso forma
o ligamento arterioso.

Em relaçã o à hemoglobina, a gente tem uma troca imensa de hemoglobina da


vida fetal pra vida adulta. A hemoglobina fetal tem mais afinidade com oxigênio
do que com o gá s carbô nico porque a quantidade de oxigênio que chega no corpo
do feto é muito menor do que no pulmã o de um indivíduo já nascido. Quando o
animal nasce ele tem que substituir toda essa hemoglobina fetal por
hemoglobina de animal nascido. A gente tem hemoglobina basicamente
composta por ferro. Como vai substituir toda a hemoglobina, a gente precisa de
uma grande quantidade de ferro. Para que nã o haja anemia ferropriva durante a
transiçã o de hemoglobina fetal para hemoglobina de adulto, injeta-se ferro no
mú sculo do animal.

O leite tem muito cá lcio e pouco ferro porque ferro e cá lcio sã o dois íons com
menos dois elétrons(2+) e aí eles competem por absorçã o. Se o leite tivesse
muito cá lcio e muito ferro, como eles competem pela absorçã o, apenas um dos
dois seria absorvido.

O corte do cordã o umbilical promove a diminuiçã o do oxigênio nos tecidos e,


assim força a primeira respiraçã o através de um estímulo doloroso. Porque o
animal tenta respirar pela primeira vez? Porque aumenta a tensã o de CO2, o CO2
começa a passar em maiores concentraçõ es no centro da respiraçã o que fica no
bulbo e isso é o primeiro estímulo de diafragma, intercostal, esternal e toda a
musculatura envolvida com o enchimento dos pulmõ es.
O surfactante é aquele elemento que afasta as moléculas de á gua do pulmã o.

A termorregulaçã o é maturada no hipotá lamo. O filhote depende bastante da


gordura parda para termorregular. A gordura parda é queimada por açã o
estressante, ou seja, liberaçã o de adrenalina para que haja produçã o de calor.
Quando o filhote está entrando em hipotermia, há liberaçã o de adrenalina e essa
liberaçã o de adrenalina faz com que haja aumento do calor e com isso o filhote é
aquecido.
O fígado dos neonatos ainda nã o tá pronto para alguns metabolismos, por isso há
uma grande sensibilidade a medicamentos.

A proporçã o de á gua circulante no corpo do filhote é muito maior que no adulto.


No entanto, pouca perda de á gua acaba causando muito mais alteraçã o no filhote
do que no adulto, porque ele realmente precisa de mais á gua para funcionar, ou
seja, sã o muito sensíveis à desidrataçã o.

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