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Ética e

U3 LegislaçÃo
Profissional
Registro e Exercício Profissional Ética e Legislação Profissioal | UNISUAM

Registro de
Empresas e
Instituições
penalidades, salário mínimo
profissional e anotação de
responsabilidade técnica
Objetivo do estudo
Após a conclusão desta unidade o aluno será capaz de:
- Conhecer os procedimentos necessários para o registro de pessoas jurídicas nos Conselhos
Regionais de Engenharia e Agronomia;
- Entender a necessidade do visto para exercer atividades na jurisdição de outro Crea;
- Conhecer os procedimentos para instauração, instrução e julgamento dos processos de
infração e aplicação de penalidades;
- Quantificar os valores mínimos que devem ser pagos aos profissionais, de nível superior
abrangidos pelo sistema Confea/Crea;
- Ter conhecimento da obrigatoriedade da adoção do Livro de Ordem de obras e serviços;
- Identificar as formas como devem ser efetuados os registros de responsabilidade técnica
correspondentes a execução de obras ou prestação de serviços profissionais ao exercício
das profissões vinculadas ao Sistema Confea/ Crea;
- Identificar e selecionar os procedimentos necessários ao registro, baixa, cancelamento e
anulação da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART e emissão da Certidão de Acervo
Técnico (CAT).

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Registro de empresas
T1 e instituições
(Lei nº 5194/66 (Art. 59 ao Art. 62). Resolução nº 336/89. Resolução nº 413/97)

De acordo com o Art. 59° da Lei 5194/66, as firmas, sociedades, associações, companhias,
cooperativas e empresas em geral, que se organizem para executar obras ou serviços, só
poderão iniciar suas atividades depois de promoverem o competente registro nos Conselhos
Regionais, bem como o dos profissionais do seu quadro técnico.

O registro de firmas, sociedades, associações, companhias, cooperativas e empresas em


geral só é concedido quando sua denominação condizer com sua finalidade e qualificação
de seus componentes.

As entidades estatais, paraestatais, autárquicas e de economia mista que tenham atividade na


engenharia ou na agronomia, ou se utilizem dos trabalhos de profissionais dessas categorias,
são obrigadas, sem qualquer ônus, a fornecer aos Conselhos Regionais todos os elementos
necessários à verificação e fiscalização.

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Toda e qualquer firma ou organização que tenha alguma seção ligada ao exercício profissional
da Engenharia e Agronomia, na forma estabelecida na Lei, é obrigada a requerer o seu registro
e a anotação dos profissionais, legalmente habilitados, delas encarregados.

Sempre que os serviços de uma empresa forem executados em lugares distantes da sede,
um profissional devidamente habilitado na jurisdição deve acompanhar os serviços.

A Resolução nº 336, de 27 de Outubro de 1989, dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas


nos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia.

saiba mais
?
De acordo com o Art.1°, a pessoa jurídica que se constitua
para prestar ou executar serviços e/ou obras ou que
exerça qualquer atividade ligada ao exercício profissional
da Engenharia e Agronomia, Geologia, Geografia ou
Meteorologia enquadra-se, para efeito de registro, em uma
Resolução 336/89: http://normativos.confea.org.br/
downloads/0336-89.pdf das seguintes classes:

CLASSE A CLASSE B CLASSE C

De produção técnica especializada, De qualquer outra atividade que


De prestação de serviços,
industrial ou agropecuária, cuja mantenha seção, que preste ou
execução de obras ou serviços
atividade básica ou preponderante execute para si ou para terceiros
ou desenvolvimento de atividades
necessite do conhecimento técnico serviços, obras ou desenvolva
reservadas aos profissionais da
inerente aos profissionais da atividades ligadas às áreas de
Engenharia, Agronomia, Geologia,
Engenharia, Agronomia, Geologia, Engenharia, Agronomia, Geologia,
Geografia ou Meteorologia;
Geografia ou Meteorologia; Geografia ou Meteorologia.

Sobre as classes tem-se ainda que:

• As empresas públicas e sociedades de economia mista serão enquadradas, para


o registro conforme a atividade desenvolvida.

• Uma pessoa jurídica pode ser enquadrada simultaneamente em mais de uma das
classes relacionadas acima.

• As pessoas jurídicas enquadradas na classe "C" deverão proceder ao registro da


seção técnica mantida na mesma.

• O registro de pessoa jurídica é ato obrigatório de inscrição no Conselho Regional


de Engenharia e Agronomia. Ele é efetivado após análise e aprovação de
documentação, pagamento das taxas devidas e da anuidade do ano do registro,
bem como da constatação da regularidade junto ao CREA de todos os profissionais
do quadro técnico da empresa e/ou seção que exerça atividades nas áreas
discriminadas.

• A pessoa jurídica enquadrada na classe "C", para efeito de registro, estará sujeita
ao pagamento de anuidade diferenciada fixada em Resolução que disciplina as
anuidades e taxas.

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De acordo com o Art. 4º, a pessoa jurídica só terá condições legais para o início da sua
atividade técnico-profissional, após ter o seu registro efetivado no Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia.

Atenção!!!

A pessoa jurídica que não requerer o seu registro, no prazo de 60 (sessenta)


dias a contar do arquivamento de seus atos constitutivos nos órgãos
competentes, será notificada para que, em 30 (trinta) dias, promova a sua
regularização perante o CREA, sob pena da competente autuação por
exercício ilegal da profissão.

E se as atividades da empresa forem realizadas em região diferente a do registro?


É obrigatório o visto do registro na nova região. Este visto pode ser concedido para atividade
parcial dos objetivos sociais da requerente, com validade a ela restrito. No caso em que a
atividade exceda de 180 (cento e oitenta) dias, fica a pessoa jurídica, a sua agência, filial ou
sucursal, obrigada a proceder ao seu registro na nova região.

O Art.6° diz que: A pessoa jurídica que requer registro ou visto em qualquer Conselho Regional,
deve apresentar um responsável técnico que resida em um local que torne praticável a sua
participação efetiva nas atividades que pretenda exercer na jurisdição do respectivo órgão regional.

Para requerer o registro deve são necessários os seguintes elementos:

I - Instrumento de constituição da pessoa jurídica, devidamente arquivado,


registrado em órgão competente, bem como suas modificações subsequentes
até a data da solicitação do Registro no CREA;

II - Indicação do ou dos responsáveis técnicos pelas diversas atividades


profissionais, bem como dos demais profissionais integrantes do quadro
técnico da pessoa jurídica;

III - Prova do vínculo dos profissionais referidos no item anterior com a pessoa
jurídica, através de documentação hábil, quando não fizerem parte do contrato
social;

IV - Comprovante de solicitação da ART de cargos e funções de todos os


profissionais do quadro técnico da pessoa jurídica.

E se você decidir mudar o rumo de sua empresa?

Caso haja alterações nos objetivos, quadro técnico ou na atividade de seus profissionais
deverá comunicar ao CREA, em até 30 dias.

Não adianta aprontar e colocar a culpa na empresa, por que que assume a responsabilidade
técnica por qualquer atividade exercida no campo da Engenharia, Agronomia, Geologia,
Geografia ou Meteorologia é o profissional encarregado!

pode ser concedido para atividade parcial


dos objetivos sociais da requerente
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Para que as qualificações de Engenheiro, Engenheiro Agrônomo, Geólogo, Geógrafo, ou


Meteorologista constem na razão social ou denominação da empresa, é necessário que a
mesma seja composta por profissionais que possuam estes títulos.
O Art. 16 traz as ocasiões onde o registro de pessoas jurídicas deve ser alterado:

I - Quando houver qualquer alteração em seu instrumento constitutivo;

II - Quando houver a baixa da responsabilidade técnica do(s) profissional(is)


dela encarregado(s).

Parágrafo único: será procedida simples averbação no registro quando houver


alteração que não implique mudança dos objetivos sociais, da Direção da
pessoa jurídica, da denominação ou razão social ou da responsabilidade
técnica.

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O Art. 17 também traz algumas implicações:

Art. 17 - A responsabilidade técnica de qualquer profissional por pessoa jurídica


fica extinta, devendo o registro ser alterado, a partir do momento em que:

For requerido ao Conselho Regional, por escrito, pelo profissional ou pela


pessoa jurídica, o cancelamento desse encargo;

For o profissional suspenso do exercício da profissão;

Mudar o profissional de residência para local que, a juízo do Conselho Regional,


torne impraticável o exercício dessa função;

Tiver o profissional o seu registro cancelado;

Ocorram outras condições que, a critério do CREA, possam impedir a efetiva


prestação da assistência técnica.

§ 1º - A pessoa jurídica deve, no prazo de 10 (dez) dias, promover a substituição


do responsável técnico.

§ 2º - Quando o cancelamento da responsabilidade técnica for de iniciativa da


pessoa jurídica, deve esta, no seu requerimento, indicar o novo responsável
técnico, preenchendo os requisitos previstos nesta Resolução, e os documentos
pertinentes.

§ 3° - A baixa de responsabilidade técnica requerida pelo profissional só pode


ser deferida na ausência de quaisquer obrigações pendentes em seu nome,
relativas ao pedido, junto ao Conselho Regional.

Afinal... em quantas empresas posso ser um responsável técnico?

O Art. 18° traz esta resposta e define que:

Art. 18 - Um profissional pode ser responsável técnico por uma única pessoa
jurídica, além da sua firma individual, quando estas forem enquadradas por
seu objetivo social no artigo 59 da Lei nº 5.194/66 e caracterizadas nas classes
A B e C do artigo 1º desta Resolução.

Parágrafo único: em casos excepcionais, desde que haja compatibilização de


tempo e área de atuação, poderá ser permitido ao profissional, a critério do
Plenário do Conselho Regional, ser o responsável técnico por até 03 (três)
pessoas jurídicas, além da sua firma individual.

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Do visto para executar obras ou serviços na jurisdição de outro


Conselho Regional

A Resolução nº 413, de 27 de Junho de 1997, dispõe sobre o visto em registro de pessoa jurídica.

De acordo com o Art. 1º - Será concedido visto ao registro


da pessoa jurídica originário de outro Conselho Regional,
para os seguintes efeitos e prazos de validade:

saiba mais
? Execução de obras ou prestação de serviços.

Prazo: não superior a 180 (cento e oitenta)


dias;
Resolução 413/97: http://normativos.confea.org.br/
Participação em licitações.
downloads/0413-97.pdf
Prazo: até a validade da certidão de registro.

Para requerer o visto, deve-se especificar a finalidade para


o qual está sendo solicitado.

O responsável técnico da pessoa jurídica, para cada atividade


a ser exercida na nova Região, deve estar registrado ou com
o respectivo registro visado no Conselho Regional onde for
requerido o visto.

Os responsáveis técnicos pelas diferentes atividades,


apresentados pela pessoa jurídica, devem comprovar
residência em local que, a critério do CREA torna praticável
sua participação efetiva nas atividades que a pessoa jurídica
pretenda exercer na jurisdição do respectivo órgão regional.
Caso ocorra substituição de responsável técnico, a pessoa
jurídica deve comunicar o fato ao Conselho Regional onde
mantém o visto.

Instalação, instrução
T2
e julgamento
de processos
disciplinares
(Resolução nº 1008/04. Resolução nº 397/95. Resolução nº 345/90.
Resolução nº 1047/13)

A Resolução nº 1.008, de 9 de dezembro de 2004, dispõe sobre os procedimentos para


instauração, instrução e julgamento dos processos de infração e aplicação de penalidades.

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Da instauração do processo

De acordo com o Art. 2º, os procedimentos para instauração


do processo têm início no CREA em cuja jurisdição for
verificada a infração, por meio dos seguintes instrumentos:
saiba mais
? • Denúncia apresentada por pessoas físicas ou
jurídicas de direito público ou privado;
• Denúncia apresentada por entidade de classe ou
Resolução 1008/04: http://normativos.confea.org.br/ por instituição de ensino;
downloads/1008-04.pdf • Relatório de fiscalização;
• Iniciativa do Crea, quando constatados, por
qualquer meio à sua disposição, indícios de
infração à legislação profissional.

O CREA deve verifica-los por meio de fiscalização ao local


de ocorrência da pressuposta infração.

A denúncia deve ser protocolizada no Crea e instruída, no mínimo, com as seguintes


informações:

• Identificação do denunciante, pessoa física ou jurídica, incluindo endereço


residencial ou comercial completo e número do Cadastro de Pessoas Físicas –
CPF ou do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ;

• Provas circunstanciais ou elementos comprobatórios do fato denunciado.

A denúncia também pode ser anônima verbal ou escrita, desde que contenha descrição
detalhada dos fatos, apresentação de elementos e, quando for o caso, provas circunstanciais
que configurem infração à legislação profissional. Só será admitida depois que a fiscalização
do Crea for até o local da ocorrência e verificar a suposta infração.

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Em relação a este relatório de fiscalização, as informações


necessárias são:

• Data de emissão, nome completo, matrícula e


assinatura do agente fiscal;

• Nome e endereço completos da pessoa física ou


jurídica fiscalizada, incluindo, se possível, CPF
ou CNPJ;

• Identificação da obra, serviço ou empreendimento,


com informação sobre o nome e endereço do
executor, descrição detalhada da atividade
desenvolvida e dados necessários para sua
caracterização, tais como fase, natureza e
quantificação;

• Nome completo, título profissional e número de


registro no Crea do responsável técnico, quando
for o caso;

• Identificação das Anotações de Responsabilidade


Técnica – ARTs relativas às atividades
desenvolvidas, se houver;

• Informações acerca da participação efetiva do


responsável técnico na execução da obra, serviço
ou empreendimento, quando for o caso;

• Descrição minuciosa dos fatos que configurem


infração à legislação profissional;

• Identificação do responsável pelas informações,


incluindo nome completo e função exercida na
obra, serviço ou empreendimento, se for o caso.

Para complementar as informações do relatório de fiscalização, o agente fiscal deve recorrer


ao banco de dados do CREA. Sempre que possível, à denúncia ou ao relatório de fiscalização
devem ser anexados documentos que caracterizam a infração e a abrangência da atuação
da pessoa física ou jurídica na obra, serviço ou empreendimento, a saber:
• Cópia do contrato social da pessoa jurídica e de suas alterações;
• Cópia do contrato de prestação do serviço;
• Cópia dos projetos, laudos e outros documentos relacionados à obra, ao serviço
ou ao empreendimento fiscalizado;
• Fotografias da obra, serviço ou empreendimento;
• Laudo técnico pericial;
• Declaração do contratante ou de testemunhas;
• Informação sobre a situação cadastral do responsável técnico, emitido pelo Crea.

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Da defesa à Câmara Especializada


De acordo com o Art. 15, da Resolução nº 1.008, de 9 de dezembro de 2004, a defesa é
anexada ao processo e é encaminhada à câmara especializada relacionada à atividade
desenvolvida, para apreciação e julgamento.

Caso o CREA não possua câmara especializada relacionada à atividade desenvolvida, o


julgamento em primeira instância será exercido pelo plenário. Caso sejam julgadas relevantes
para a elucidação dos fatos, novas diligências deverão ser requeridas durante a apreciação
do processo.

O processo será distribuído para o conselheiro que irá relatar o assunto de forma objetiva e
legalmente fundamentada, na câmara especializada. Logo depois a câmara especializada
deve decidir explicitando as razões da manutenção da autuação, as disposições legais
infringidas e a penalidade correspondente ou as razões do arquivamento do processo, se
for o caso.

O autuado será notificado da decisão da câmara especializada por meio de correspondência,


acompanhada de cópia de inteiro teor da decisão proferida.

Da decisão proferida pela câmara especializada o autuado pode interpor recurso, que terá
efeito suspensivo, ao Plenário do Crea no prazo de sessenta dias, contados da data do
recebimento da notificação.

A falta de manifestação do autuado no prazo estabelecido não obstruirá o prosseguimento


do processo.

O processo relativo à infração cometida por profissional no exercício de emprego, função


ou cargo eletivo no CREA, no CONFEA ou na Mútua será remetido para exame do Plenário
do CREA qualquer que seja a decisão da câmara especializada, independentemente de
recurso interposto, em até trinta dias após esgotado o prazo para interposição de recurso.

A câmara especializada competente julgará à revelia o autuado que não apresentar defesa,
garantindo-lhe o direito de ampla defesa nas fases subsequentes.

O recurso interposto à decisão da câmara especializada será encaminhado ao Plenário do


Crea para apreciação e julgamento.

Da decisão proferida pelo Plenário do Crea, o autuado pode interpor recurso, que terá
efeito suspensivo, ao Plenário do Confea no prazo de sessenta dias, contados da data
do recebimento da notificação. O autuado será notificado pelo Crea da decisão do
Plenário do Confea por meio de correspondência, acompanhada de cópia de inteiro teor
da decisão proferida.

o julgamento em
primeira instância será
exercido pelo plenário
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Do pedido de reconsideração
A partir da data do recebimento da notificação, o autuado tem até 60 (sessenta) dias, para
fazer um único pedido de reconsideração, de caráter não suspensivo.

Só eu posso pedir?
Não! A reconsideração pode ser pedida pelo autuado penalizado, por procurador habilitado
ou, ainda, no caso de morte, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Não é tão fácil assim…O pedido de reconsideração será admitido quando forem apresentadas
provas documentais comprobatórias de novos fatos ou circunstâncias relevantes suscetíveis
de justificar a inadequação da penalidade aplicada.

O encaminhamento do pedido de reconsideração deve ser enviado para o Confea, pelo


CREA no prazo máximo de noventa dias contados da data da protocolização do pedido de
reconsideração.

Julgado procedente o pedido de reconsideração, o Plenário do CONFEA poderá confirmar,


modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão.

Da execução da decisão
A execução das decisões proferidas nos processos de infração é competida ao CREA da
jurisdição da pessoa física ou jurídica penalizada, onde se iniciou o processo.

Não havendo recurso à instância superior, devido ao esgotamento do prazo para sua
apresentação ou quando esgotadas as instâncias recursais, a execução da decisão ocorrerá
imediatamente, inclusive na hipótese de apresentação de pedido de reconsideração.

Para a execução da decisão, o CREA deve notificar o autuado para regularizar a situação
que ensejou a autuação, informando-o sobre a penalidade estabelecida. Nos casos em que
seja possível regularizar a situação, o Crea deve indicar as providências a serem adotadas
de acordo com a legislação vigente.

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Da reincidência e da nova reincidência


Se o autuado praticar nova infração capitulada no mesmo dispositivo legal pela qual tenha
sido anteriormente declarado culpado, é considerada a reincidência. Considera-se nova
reincidência a prática de nova infração capitulada no mesmo dispositivo legal.

Das penalidades
De acordo com o Art. 40, da Resolução nº 1.008, de 9 de dezembro de 2004, nenhuma
penalidade será aplicada ou mantida sem que tenha sido assegurado ao autuado pleno
direito de defesa.

Quando a infração apurada constituir violação da Lei de Contravenções Penais, o Crea


comunicará o fato à autoridade competente. A comunicação do fato à autoridade competente
ocorrerá após o trânsito em julgado da respectiva decisão.

As multas são penalidades previstas no art. 73 da Lei n.º 5.194, de 1966, aplicadas pelo Crea
com base nas faixas de valores estabelecidos em resolução específica.

As multas serão aplicadas proporcionalmente à infração cometida, visando ao cumprimento


da finalidade do interesse público a que se destina, observados os seguintes critérios:
• Os antecedentes do autuado quanto à condição de primariedade, reincidência ou
nova reincidência de autuação;
• A situação econômica do autuado;
• A gravidade da falta;
• As consequências da infração, tendo em vista o dano ou o prejuízo decorrente;
• Regularização da falta cometida.

A multa será aplicada em dobro no caso de reincidência!!!

A multa aplicada no caso de nova reincidência será igual à aplicada para reincidência, sem
prejuízo, do que dispõe o Art. 74 da Lei nº 5.194/66.

É facultada a redução de multas pelas instâncias julgadoras do CREA e do CONFEA nos casos
previstos neste artigo, respeitadas as faixas de valores estabelecidas em resolução específica.

A multa não paga, após a decisão transitada em julgado, será inscrita na dívida ativa e
cobrável judicialmente.

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Da suspensão do registro
A suspensão temporária ou a ampliação do período de suspensão do registro são penalidades
previstas no art. 74 da Lei n.º 5.194, de 1966, que podem ser aplicadas pelo Crea ao
profissional que incorrer em nova reincidência das seguintes infrações, respectivamente:

• Emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou empresas executoras de


obras, serviços ou empreendimentos sem sua real participação;
• Continuar em atividade após suspenso do exercício profissional.

Dos prazos
Os prazos começam a correr a partir da data do comprovante de entrega do auto de infração
ou da notificação ou, encontrando-se o autuado em lugar incerto, da data da publicação da
notificação, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento.

Da prescrição
Prescreve em cinco anos a ação punitiva do Sistema CONFEA/CREA no exercício do poder
de polícia, em processos administrativos que objetivem apurar infração à legislação em vigor,
contados da data de prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do
dia em que tiver cessado.

A interrupção da prescrição nos processos administrativos é dada:


• Pela notificação do autuado;
• Por qualquer ato inequívoco que importe apuração do fato;
• Pela decisão recorrível.

Incide a prescrição no processo administrativo que objetive apurar infração à legislação em


vigor paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos
serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da
apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso.

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Salário mínimo
T3 profi ssional
(Lei nº 4950-A/66)

A Lei nº 4.950-A, de 22 de Abril de 1966, dispõe sobre a remuneração de profissionais


diplomados em Engenharia, Química, Arquitetura, Agronomia e Veterinária.

O Art. 2° declara que o salário-mínimo fixado nesta Lei é


saiba mais
?
a remuneração mínima obrigatória por serviços prestados
pelos profissionais, com relação de emprego ou função,
qualquer que seja a fonte pagadora.

Lei 4950-A: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ As atividades ou tarefas desempenhadas pelos profissionais


L4950a.htm diplomados em Engenharia, Química, Arquitetura, Agronomia
e Veterinária são classificadas em:
a) atividades ou tarefas com exigência de 6 (seis) horas
diárias de serviço;
b) atividades ou tarefas com exigência de mais de 6 (seis)
horas diárias de serviço.

A jornada de trabalho é a fixada no contrato de trabalho ou determinação legal vigente.

O Art. 4° traz a classificação dos profissionais citados acima:


a) diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de
Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária com curso
universitário de 4 (quatro) anos ou mais;
b) diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de
Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária com curso
universitário de menos de 4 (quatro) anos.

Para a execução das atividades e tarefas com exigência de 6 (seis) horas diárias de serviço,
fica fixado o salário-base mínimo de 6 (seis) vezes o maior salário-mínimo comum vigente
no País, para diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de
Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária com curso universitário
de 4 (quatro) anos ou mais;

Para os diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de Engenharia,
de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária com curso universitário de menos
de 4 (quatro) anos, fica fixado o salário-base de 5 (cinco) vezes o maior salário-mínimo
comum vigente no País.

Para a execução de atividades e tarefas com exigência de mais de 6 (seis) horas diárias de
serviço, a fixação do salário-base mínimo será feita tomando-se por base o custo da hora,
acrescidas de 25% as horas excedentes das 6 (seis) diárias de serviços.

A remuneração do trabalho noturno, no horário de 22h às 5h, será feita na base da


remuneração do trabalho diurno, acrescida de 25% (vinte e cinco por cento).

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Fiscalização do Salário Mínimo Profissional


A Resolução nº 397, de 11 Agosto de 1995, dispõe sobre a fiscalização do cumprimento
do Salário Mínimo Profissional.

saiba mais
?
O Art. 1° diz que os Creas são responsáveis pela fiscalização
do cumprimento do Salário Mínimo Profissional.

O Salário Mínimo Profissional é a remuneração mínima


devida, por força de contrato de trabalho que caracteriza
Resolução 397: http://normativos.confea.org.br/
ementas/visualiza.asp?idEmenta=445 vínculo empregatício, aos profissionais de Engenharia,
Agronomia, Geologia, Geografia, Meteorologia e Tecnólogos,
com relação a empregos, cargos, funções, atividades
e tarefas abrangidos pelo Sistema CONFEA/CREA,
desempenhados a qualquer título e vínculo, de direito público
ou privado.

As pessoas jurídicas que solicitarem registro nos CREAs


são obrigadas a comprovar o pagamento de Salário Mínimo
Profissional aos profissionais abrangidos pelo Sistema
CONFEA/CREAs, através de demonstrativo próprio, não
inferior ao Salário Mínimo Profissional estabelecido na Lei.
Caso não comprove, será notificada e autuada, com os seus
requerimentos aos CREAs ficando pendentes de decisão
até que regularize sua situação relativa ao cumprimento.

As pessoas jurídicas devem comprovar, também,


anualmente, que todos os profissionais abrangidos pelo
Sistema CONFEA/CREAs estão recebendo salários que
satisfazem o disposto na Lei. A pessoa jurídica que não
atender o disposto será notificada e autuada pelo CREA,
por infração à legislação vigente.

A penalidade prevista para o profissional sócio de empresa


empregadora ou Responsável pela política salarial da
entidade empregadora, não cumprir a obrigação do
pagamento decorrente do Salário Mínimo Profissional, será
de Advertência Reservada ou Censura Pública.

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Livro de ordem de
T4 obras e serviços
(Resolução nº 1024/09)
Obrigatoriedade da adoção do Livro de Ordem de obras e serviços

A Resolução n° 1.024, de 21 de Agosto de 2009, dispõe sobre a obrigatoriedade de adoção


do Livro de Ordem de obras e serviços de Engenharia, Agronomia, Geografia, Geologia,
Meteorologia e demais profissões vinculadas ao Sistema CONFEA/CREA.

saiba mais
?
Resolução 1024/2009: http://normativos.confea.org.
br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=43000&Numero

Em seu Art.1° institui o Livro de Ordem que passa a ser


de uso obrigatório nas obras e serviços de Engenharia,
Agronomia, Geografia, Geologia, Meteorologia e demais
profissões vinculadas ao Sistema CONFEA/CREA.

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Qual é o objetivo do Livro de Ordem?


Constituir a memória escrita de todas as atividades relacionadas com a obra ou serviço
e servirá de subsídio para:
• Comprovar autoria de trabalhos;
• Garantir o cumprimento das instruções, tanto técnicas como administrativas;
• Dirimir dúvidas sobre a orientação técnica relativa à obra;
• Avaliar motivos de eventuais falhas técnicas, gastos imprevistos e acidentes
de trabalho.
• Eventual fonte de dados para trabalhos estatísticos.

O Livro de Ordem tem ainda por objetivo confirmar, juntamente com a Anotação de
Responsabilidade Técnica – ART, a efetiva participação do profissional na execução
dos trabalhos da obra ou serviço, de modo a permitir a verificação da medida dessa
participação, inclusive para a expedição de Certidão de Acervo Técnico.

O livro de Ordem deverá conter o registro, a cargo do responsável


técnico, de todas as ocorrências relevantes do empreendimento. Os
dados que deverão ser registrados obrigatoriamente são:

Dados do empreendimento, de seu proprietário, do responsável técnico


e da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica;

As datas de início e de previsão da conclusão da obra ou serviço;

confirmar, As datas de início e de conclusão de cada etapa programada;

juntamente A posição física do empreendimento no dia de cada visita técnica;

Orientação de execução, mediante a determinação de providências


com a Anotação de relevantes para o cumprimento dos projetos e especificações;

Responsabilidade Nomes de empreiteiras ou subempreiteiras, caracterizando as atividades


e seus encargos, com as datas de início e conclusão, e números das

Técnica ARTs respectivas;

Acidentes e danos materiais ocorridos durante os trabalhos;

Os períodos de interrupção dos trabalhos e seus motivos, quer de


caráter financeiro ou meteorológico, quer por falhas em serviços de
terceiros não sujeitas à ingerência do responsável técnico;

As receitas prescritas para cada tipo de cultura nos serviços de


Agronomia; e

Outros fatos e observações que, a juízo ou conveniência do responsável


técnico pelo empreendimento, devam ser registrados.

Todos os relatos de visitas deverão ser datados e assinados pelo responsável técnico pela
obra ou serviço. O responsável técnico pelo empreendimento, deverá manter o Livro de
Ordem permanentemente no local da atividade durante o tempo de duração dos trabalhos.

Os autores do projeto, o contratante e proprietário da obra podem efetuar anotações no


Livro de Ordem do responsável técnico pelo empreendimento, datando-as e assinando-as.

O destinatário da orientação de execução transmitida pelo responsável técnico deverá


apor sua assinatura ao Livro de Ordem, dando assim a sua ciência.

A data de encerramento do Livro de Ordem será a mesma de solicitação da baixa por


conclusão do empreendimento, por distrato ou por outro motivo cabível.

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Sobre as características do livro


O livro deverá ser encapado e suas folhas deverão ser numeradas. Cada folha deve conter
3 vias, sendo uma original e duas cópias, ficando reservada a folha de número um para o
Termo de Abertura, contendo os registros quanto à natureza do contrato e dos dados do
empreendimento, do proprietário, do responsável técnico e demais profissionais intervenientes
na obra ou serviço, além do visto do CREA, em campo reservado para esse fim.

Cada CREA deverá instituir o Livro de Ordem próprio, em função das peculiaridades de sua
jurisdição, mediante a publicação de Ato Normativo, a ser homologado pelo CONFEA, para
cuja elaboração deverão ser observadas as presentes instruções e o modelo anexo, além
daquelas constantes da Resolução n° 1002, de 1º de janeiro de 2002.

A fiscalização do CREA, ao visitar a obra ou serviço, consignará


esse fato no Livro de Ordem e recolherá as primeiras vias já
preenchidas, anexando-as em seus relatórios.
saiba mais
? As primeiras vias do Livro de Ordem eventualmente não
recolhidas pela fiscalização deverão ser devolvidas ao Crea,
juntamente com o pedido de baixa da ART.
Resolução 1002/2002: http://normativos.confea.org.
br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=542&idTiposEm
As segundas e terceiras vias serão destinadas ao
entas=5&Numero=1002&AnoIni=&AnoFim=&Palavra
Chave=&buscarem=conteudo Responsável Técnico e ao proprietário do empreendimento,
respectivamente.

Após visadas pelo Departamento de Fiscalização do


Conselho Regional, as primeiras vias serão encaminhadas
ao Serviço de Registro e Cadastro, para fins de anexação
às respectivas ARTs ali arquivadas.

> aprofundando O Art. 9°, da Resolução n° 1.024, de 21 de Agosto de


2009 diz que os modelos porventura já existentes, tais
como Boletim Diário, Livro de Ocorrências Diárias, Diário
de Obras, Cadernetas de Obras, etc., ainda em uso pelas
http://www.creasp.org.br/arquivos/livro_ordem.pdf
empresas privadas, órgãos públicos ou autônomos, poderão
ser admitidos como Livro de Ordem, desde que atendam
às exigências desta Resolução e tenham seus Termos de
Abertura visados pelo Crea.

O Art. 10 deixa bem claro que a falta do Livro de Ordem no


local da obra ou serviço, bem como dos respectivos registros
e providências estabelecidas nesta resolução, ensejará
apuração de infração com a aplicação das penalidades
previstas nos arts. 72 e 73 da Lei nº 5.194, de 1966.

saiba mais
?
Lei 5194/66: http://normativos.confea.org.br/ementas/
visualiza.asp?idEmenta=25

19
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Anotação de
T4 Responsabilidade
Técnica
(Lei nº 6496/77. Resolução nº 1067/15. Resolução nº 1050/13. Decisão
Normativa nº 085/11. Manual de procedimentos operacionais para
aplicação da Resolução nº 1025/09)

Anotação de responsabilidade técnica para a execução de todo e qualquer contrato, escrito


ou verbal, para a execução de obras ou prestação de serviços

ART

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ART significa Anotação de Responsabilidade Técnica.


Ela garante os direitos autorais, comprova a existência de um contrato e garante o direito
à remuneração, na medida em que se torna um comprovante da prestação de um serviço.

É na ART que se definem os limites da responsabilidade, ou seja, o profissional responde


apenas pelas atividades técnicas que executou. Toda vez que for prestado um serviço, desde
uma consulta até uma grande obra, deverá ser feita previamente uma ART.

Todos os serviços registrados no CREA sob a forma de ART irão compor o Acervo Técnico
do profissional, que serve, também, como documento para efeito de aposentadoria, além de
ter grande valor no mercado de trabalho.

A ART valoriza o exercício das profissões e confere legitimidade ao profissional ou empresa


contratado.

Legislação
ART é um instrumento legal, necessário à fiscalização das atividades técnico-profissionais,
nos diversos empreendimentos sociais.

A Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977, que instituiu a Anotação de Responsabilidade


Técnica, estabelece que todos os contratos referentes à execução de serviços ou obras de
Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia deverão ser objeto de anotação
no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).

saiba mais
? Conforme estabelece a Resolução nº 1.025, de 2009, do
Confea, fica sujeito à anotação de responsabilidade técnica no
Crea em cuja circunscrição for exercida a respectiva atividade:
Lei 6496/77: http://normativos.confea.org.br/ementas/
visualiza.asp?idEmenta=28&idTiposEmentas=4&Nu • Todo contrato referente à execução de obras
mero=6496&AnoIni=&AnoFim=&PalavraChave=&bu ou prestação de serviços relativos às profissões
scarem=conteudo vinculadas à Engenharia, Agronomia, Geologia,
Geografia ou Meteorologia; e

• Todo vínculo de profissional com pessoa


jurídica para o desempenho de cargo ou função
que envolva atividades para as quais sejam

saiba mais
?
necessários habilitação legal e conhecimentos
técnicos nas profissões retro mencionadas.

A anotação é feita por meio do formulário eletrônico,


Resuloção 1025/09: http://normativos.confea.org.br/ disponível nos sites dos Creas de cada Estado. Nele são
ementas/visualiza.asp?idEmenta=43481&idTiposEm
declarados os principais dados do contrato firmado entre o
entas=5&Numero=1025&AnoIni=&AnoFim=&Palavr
aChave=&buscarem=conteudo profissional e seu cliente (no caso de profissional autônomo),
ou ainda entre o contratado e o contratante (no caso de
profissional com vínculo empregatício).

É na ART que se definem os


limites da responsabilidade
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Valores a serem pagos pelo respectivo registro

A Resolução nº 1.067, de 25 de setembro de 2015, fixa os critérios para cobrança de registro


da anotação de responsabilidade técnica – ART e dá outras providências.

saiba mais
?
Resolução 1067/15: http://normativos.confea.org.br/
ementas/visualiza.asp?idEmenta=57697&idTiposEm
entas=5&Numero=1067&AnoIni=&AnoFim=&Palavr
aChave=&buscarem=conteudo

TABELA A
(Tabela de valor de contrato aplicada à ART de obra ou serviço)
OBRA OU SERVIÇO

FAIXA VALOR DO CONTRATO (R$)


1 Até 8.000,00
2 De 8.000,01 até 15.000,00
3 Acima de 15.000,00

Fonte: http://normativos.confea.org.br/downloads/1067-15.pdf

TABELA B
(Tabela de valor de contrato aplicada à ART de obra ou serviço de rotina)
OBRA OU SERVIÇO DE ROTINA

FAIXA CONTRATO (R$)


1 Até 200,00
2 De 200,01 até 300,00
3 De 300,01 até 500,00
4 De 500,01 até 1.000,00
5 De 1.000,01 até 2.000,00
6 De 2.000,01 até 3.000,00
7 De 3.000,01 até 4.000,00
8 Acima de 4.000,00

Fonte: http://normativos.confea.org.br/downloads/1067-15.pdf

• Os contratos de obra ou serviço de rotina cujos valores de contrato forem


superiores à faixa 8 (oito) da Tabela B deverão ter seus valores calculados
segundo os critérios da Tabela A.
• Para definição dos valores da ART para o exercício seguinte, deverá ser utilizado
o valor praticado no exercício vigente, corrigido pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor – INPC, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística – IBGE, acumulado no período de doze meses contados até agosto
do exercício anterior a sua vigência, ou pelo índice oficial que venha a substituí-lo.

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O valor para registro de ART corresponderá ao da faixa 1 da Tabela A para as seguintes


atividades profissionais, independentemente do valor de contrato:

I – desempenho de cargo ou função técnica;

II – execução de obra ou de serviço realizado no exterior;

III – execução de obra ou de serviço para entidade beneficente que comprovar


sua condição mediante apresentação de documento hábil, desde que
enquadrada no cadastro de ação institucional do Crea;

VI – execução de obra ou de serviço para programas de Engenharia ou Agronomia


Pública que comprovar sua condição mediante apresentação de documento hábil,
desde que enquadrada no cadastro de ação institucional do Crea.

O valor para registro de ART corresponderá ao da faixa 1 da Tabela A para os seguintes


procedimentos:

I –vinculação à ART de obra ou serviço por coautoria, corresponsabilidade ou


equipe, total ou parcial;

II – vinculação à ART de cargo ou função de atividade realizada em razão de


vínculo com pessoa jurídica de direito público ou enquadrada na Classe C;

III – substituição ou complementação de ART, desde que não haja alteração


da faixa de enquadramento da ART inicialmente registrada.

A isenção do valor referente ao registro de ART é dada nos seguintes casos:

I – complementação que informar aditivo de prazo de execução ou de vigência


do contrato que não caracterize renovação contratual;

II – substituição que corrigir erro de preenchimento de ART anteriormente


registrada, desde que a análise preliminar pelo Crea não verifique a modificação
do objeto ou da atividade técnica contratada.

O valor para registro de ART corresponderá ao da faixa 1 da Tabela A para as seguintes


atividades profissionais, independentemente do valor de contrato:

I – desempenho de cargo ou função técnica;

II – execução de obra ou de serviço realizado no exterior;

III– execução de obra ou de serviço para entidade beneficente que comprovar


sua condição mediante apresentação de documento hábil, desde que
enquadrada no cadastro de ação institucional do Crea;

VI – execução de obra ou de serviço para programas de Engenharia ou Agronomia


Pública que comprovar sua condição mediante apresentação de documento hábil,
desde que enquadrada no cadastro de ação institucional do Crea.

O valor para registro de ART corresponderá ao da faixa 1 da Tabela A para os seguintes


procedimentos:

I – vinculação à ART de obra ou serviço por coautoria, corresponsabilidade


ou equipe, total ou parcial;

II – vinculação à ART de cargo ou função de atividade realizada em razão de


vínculo com pessoa jurídica de direito público ou enquadrada na Classe C;

III– substituição ou complementação de ART, desde que não haja alteração


da faixa de enquadramento da ART inicialmente registrada.

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A isenção do valor referente ao registro de ART é dada nos seguintes casos:

I – complementação que informar aditivo de prazo de execução ou de vigência


do contrato que não caracterize renovação contratual;

II – substituição que corrigir erro de preenchimento de ART anteriormente


registrada, desde que a análise preliminar pelo Crea não verifique a modificação
do objeto ou da atividade técnica contratada.

Mediante convênio, o Crea poderá fixar entre os valores correspondentes aos das faixas
da Tabela B, independentemente do valor de contrato, o valor para registro de ART a
ser aplicado às atividades técnicas realizadas nas seguintes situações:

I – Execução de obra ou prestação de serviço em locais em estado de


calamidade pública oficialmente decretada;

II – Execução de obra ou prestação de serviço para programa de interesse


social na área urbana ou rural.

O valor da ART múltipla corresponderá ao somatório dos valores individuais da ART relativa
a cada contrato de obra ou serviço de rotina, conforme valores fixados nas Tabelas A e B. O
registro da ART múltipla deverá observar, no mínimo, o valor fixado na faixa 1 da Tabela A.

O valor individual da ART relativa a cada contrato de receita agronômica, independentemente


do valor de contrato, corresponderá ao da faixa 1 da Tabela B.

A ART relativa à prestação de serviço por prazo indeterminado cujo valor de contrato global
não esteja fixado será registrada anualmente e seu valor corresponderá ao do serviço do
primeiro mês do período da validade da ART multiplicado por doze.

O boleto bancário terá data de vencimento fixada em dez dias contados do cadastro eletrônico
da ART no sistema, limitada ao último dia útil do exercício fiscal.

A ART é válida somente quando quitada, mediante apresentação do comprovante de


pagamento ou conferência no site do Crea.

O início da atividade profissional sem o pagamento do valor da ART ensejará as sanções


legais cabíveis.

No caso de a contratada ser pessoa jurídica de direito público, o boleto bancário terá data de
vencimento fixada em trinta dias contados do cadastro eletrônico da ART no sistema, limitada
ao último dia útil do exercício fiscal.

A ART relativa à
prestação de serviço
por prazo indeterminado
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Da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)

A Resolução nº 1.025, de 30 de outubro de 2009, dispõe sobre a Anotação de


Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional, e dá outras providências.

saiba mais
?
Resolução 1025/09: http://normativos.confea.org.br/
ementas/visualiza.asp?idEmenta=43481&idTiposEm
entas=5&Numero=1025&AnoIni=&AnoFim=&Palavr
aChave=&buscarem=conteudo

Do registro da ART
Para se registrar no ART é necessário que seja feito um cadastro no sistema eletrônico do
Crea e o recolhimento do valor correspondente. Se você der início da atividade profissional
sem o recolhimento do ART serão aplicadas as sanções legais cabíveis.

Após o recolhimento do valor correspondente, os dados da ART serão automaticamente


anotados no Sistema de Informações Confea/Crea – SIC.

O SIC é um banco de dados responsável por consolidar as informações de interesse nacional


registradas no Sistema Confea/ Crea.

O cadastro se dá por meio do preenchimento de formulário eletrônico e senha pessoal


intransferível, fornecida após assinatura de termo de responsabilidade. A via assinada da
ART será de resposabilidade do profissional e do contratante, documentando desta forma,
o vínculo contratual.

Uma via da ART deve ser mantida no local da obra ou serviço, pelo responsável técnico.

O profissional com registro cancelado, suspenso ou interrompido não poderá registrar ART.

Tipos de ART
ART de obra ou serviço
Destinada ao registro dos contratos para realização de obras ou prestação de serviços nas
áreas de exercício profissional abrangidas pela fiscalização do Crea.

ART de obra ou serviço de rotina


Também chamada de ART Múltipla, registra a execução de vários contratos de execução de
obras ou prestação de serviços em determinado período, referentes a uma única atividade
técnica. As ARTs de receituário agronômico são registradas como ART Múltipla.

ART de desempenho de cargo ou função


Registra o desempenho do cargo ocupado ou função técnica do profissional em órgãos
públicos ou empresas privadas, não importando se por nomeação, ocupação ou contrato
de trabalho. Caso haja alteração no cargo ou na função técnica, é necessário dar 'baixa' na
ART em aberto e registrar outra, relativa às novas ocupações.

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ART de receita agronômica


Destina-se a registrar a Responsabilidade Técnica pela emissão de Receitas Agronômicas.
Neste tipo de ART. podem ser registradas até 30 (trinta) receitas. As ARTs de receituário
agronômico são registradas como ART Múltipla.

Formas de registro de ART


ART inicial - Primeira ART relativa a uma determinada obra ou serviço, registrada pelo
profissional.

ART Complementar  - Anotação do mesmo profissional que, vinculada a uma ART inicial,
complementa os dados anotados nos seguintes casos: se for realizada alteração contratual
que ampliar o objeto, o valor do contrato ou a atividade técnica contratada ou prorrogar o prazo
de execução; ou ainda se houver a necessidade de detalhar as atividades técnicas, desde que
não impliquem na modificação da caracterização do objeto ou da atividade técnica contratada.

ART de substituição - Anotação do mesmo profissional que, vinculada a uma ART inicial,
substitui os dados anotados nos casos em que houver a necessidade de corrigir dados que
impliquem a modificação da caracterização do objeto ou da atividade técnica contratada, ou
se houver a necessidade de corrigir erro de preenchimento de ART.

A ART de substituição será registrada pelo profissional por meio eletrônico, mediante uso de
senha pessoal e intransferível. É vedada a substituição de ART que já tenha sido objeto de
Certidão de Acervo Técnico (CAT).

Registro de Participação Técnica na ART


ART individual  - Indica que a atividade, objeto do contrato, é desenvolvida por um
único profissional.

ART de coautoria - Indica que uma atividade técnica caracterizada como intelectual, objeto de
contrato único, é desenvolvida em conjunto por mais de um profissional de mesma competência.

ART de corresponsabilidade  - Indica que uma atividade técnica caracterizada como


executiva, objeto de contrato único, é desenvolvida em conjunto por mais de um profissional
de mesma competência;

ART de equipe - Indica que diversas atividades técnicas complementares, objetos de contrato
único, são desenvolvidas em conjunto por mais de um profissional com competências diferenciadas.

profissional com registro


cancelado, suspenso ou interrompido
não poderá registrar ART
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Da baixa da ART
A conclusão da participação do profissional em determinada atividade técnica, somente será
considerada a partir da data da baixa da ART correspondente.

Não pense que estará livre!!! A baixa da ART não exime o profissional ou a pessoa jurídica
contratada das responsabilidades administrativa, civil ou penal, conforme o caso.

O término da atividade técnica desenvolvida obriga à baixa da ART de execução de obra,


prestação de serviço ou desempenho de cargo ou função.

Para efeito desta resolução, a ART deve ser baixada em função de algum dos seguintes
motivos:

I - Conclusão da obra ou serviço, quando do término das atividades técnicas


descritas na ART;

II - Interrupção da obra ou serviço, quando da não conclusão das atividades


técnicas descritas na ART, de acordo com os seguintes casos:
a) rescisão contratual;
b) substituição do responsável técnico;
c) paralisação da obra e serviço.

A baixa deverá ser requerida ao Crea pelo profissional por meio eletrônico e instruída com
o motivo, as atividades concluídas e, nos casos de baixa em que seja caracterizada a não
conclusão das atividades técnicas, a fase em que a obra ou serviço se encontrar.
A baixa de ART pode ser requerida ao Crea pelo contratante ou pela pessoa jurídica
contratada por meio de formulário próprio, desde que instruída com informações suficientes
que comprovem a inércia do profissional em requerê-la.
• O Crea notificará o profissional para manifestar-se sobre o requerimento de baixa
no prazo de dez dias corridos.

• O Crea analisará o requerimento de baixa após a manifestação do profissional ou


esgotado o prazo previsto para sua manifestação.

Existem casos, onde a baixa é feita de forma automárica, são estes:


• a ART que indicar profissional que tenha falecido ou que teve o seu registro cancelado
ou suspenso após a anotação da responsabilidade técnica;

• a ART que indicar profissional que deixou de constar do quadro técnico da pessoa
jurídica contratada.

A baixa da ART por falecimento do profissional será processada administrativamente pelo


Crea mediante apresentação de cópia de documento hábil ou de informações acerca do óbito.

somente será considerada a partir


da data da baixa da ART
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Do cancelamento da ART
A ART será cancelada quando:

I - Nenhuma das atividades técnicas descritas na ART forem executadas; ou

II - O contrato não for executado.

O cancelamento da ART deve ser requerido ao Crea pelo profissional, pela pessoa jurídica
contratada ou pelo contratante, e ser instruído com o motivo da solicitação. A câmara
especializada competente decidirá acerca do processo administrativo de cancelamento da
ART. Compete ao Crea averiguar as informações apresentadas e adotar as providências
necessárias ao caso.

O Crea deverá comunicar ao profissional, à pessoa jurídica contratada e ao contratante o


cancelamento da ART.

Após o cancelamento da ART, o motivo e a data de cancelamento serão automaticamente


anotados no SIC.

Da nulidade da ART
A ART será nula quando:

I - For verificada lacuna no preenchimento, erro ou inexatidão insanáveis de


qualquer dado da ART;

II - For verificada incompatibilidade entre as atividades desenvolvidas e as


atribuições profissionais do responsável técnico à época do registro da ART;

III - For verificado que o profissional emprestou seu nome a pessoas físicas ou
jurídicas sem sua real participação nas atividades técnicas descritas na ART,
após decisão transitada em julgado;

VI - For caracterizada outra forma de exercício ilegal da profissão;

V - For caracterizada a apropriação de atividade técnica desenvolvida por outro


profissional habilitado; ou

VI - For indeferido o requerimento de regularização da obra ou serviço a ela


relacionado.

O Crea deverá comunicar ao profissional, à pessoa jurídica contratada e ao contratante os


motivos que levaram à anulação da ART.

Após a anulação da ART, o motivo e a data da decisão que a anulou serão automaticamente
anotados no SIC.

A câmara especializada
competente decidirá acerca
do processo administrativo
de cancelamento da ART
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Da ART de obra ou serviço


A ART relativa à execução de obra ou prestação de serviço deve ser registrada antes do
início da respectiva atividade técnica, de acordo com as informações constantes do contrato
firmado entre as partes.

No caso de obras públicas, a ART pode ser registrada em até dez dias após a liberação da
ordem de serviço ou após a assinatura do contrato ou de documento equivalente, desde que
não esteja caracterizado o início da atividade.

A coautoria ou a corresponsabilidade por atividade técnica, bem como o trabalho em equipe


para execução de obra ou prestação de serviço obriga ao registro de ART, vinculada à ART
primeiramente registrada.

A subcontratação ou a subempreitada de parte ou da totalidade da obra ou do serviço obriga


ao registro de ART, da seguinte forma:

I - o profissional da pessoa jurídica inicialmente contratada deve registrar ART


de gestão, direção, supervisão ou coordenação do serviço subcontratado,
conforme o caso;

II - o profissional da pessoa jurídica subcontratada deve registrar ART de obra


ou serviço relativa à atividade que lhe foi subcontratada, vinculada à ART de
gestão, supervisão, direção ou coordenação do contratante.

No caso em que a ART tenha sido registrada indicando atividades que posteriormente foram
subcontratadas, compete ao profissional substituí-la.

A substituição, a qualquer tempo, de um ou mais responsáveis técnicos pela execução da obra ou


prestação do serviço obriga ao registro de nova ART, vinculada à ART anteriormente registrada.

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Compete ao profissional cadastrar a ART de obra ou serviço no sistema eletrônico e efetuar


o recolhimento do valor relativo ao registro no Crea em cuja circunscrição for exercida a
atividade, nos seguintes casos:

I - quando o profissional for contratado como autônomo diretamente por pessoa


física ou jurídica;

II - quando o profissional for o proprietário do empreendimento ou empresário.

Da ART de obra ou serviço de rotina


Caso não deseje registrar diversas ARTs específicas, é facultado ao profissional que execute
obras ou preste serviços de rotina anotar a responsabilidade técnica pelas atividades
desenvolvidas por meio da ART múltipla.

A atividade técnica relacionada à obra ou ao serviço de rotina pode ser caracterizada como
aquela que é executada em grande quantidade ou de forma repetitiva e continuada.

Caso não deseje registrar diversas ARTs específicas, é facultado ao profissional que execute
obras ou preste serviços de rotina anotar a responsabilidade técnica pelas atividades
desenvolvidas por meio da ART múltipla.

A atividade técnica relacionada à obra ou ao serviço de rotina pode ser caracterizada como
aquela que é executada em grande quantidade ou de forma repetitiva e continuada.

Poderá ser objeto de ART múltipla contrato cuja prestação do serviço seja caracterizada
como periódica.

As atividades técnicas relacionadas a obra ou serviço de rotina que poderão ser registradas
via ART múltipla serão objeto de relação unificada.

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A câmara especializada manifestar-se-á sempre que surgirem outras atividades que possam
ser registradas por meio de ART múltipla.

Aprovada pela câmara especializada, a proposta será levada ao Plenário para apreciação.
Após aprovação pelo Plenário do Crea, a proposta será encaminhada ao Confea para
apreciação e atualização da relação correspondente.

A ART múltipla deve relacionar as atividades referentes às obras e aos serviços de rotina
contratados ou desenvolvidos no mês calendário.

A ART múltipla deve ser registrada até o décimo dia útil do mês subsequente à execução da
obra ou prestação do serviço de rotina, no Crea em cuja circunscrição for exercida a atividade.
É vedado o registro de atividade que tenha sido concluída em data anterior ou iniciada
posteriormente ao período do mês de referência a que corresponde a ART múltipla.

Compete ao profissional cadastrar a ART múltipla no sistema eletrônico e efetuar o


recolhimento do valor relativo ao registro no Crea em cuja circunscrição for exercida a
atividade, nos seguintes casos:

I - Quando o profissional for contratado como autônomo diretamente por


pessoa física ou jurídica;

II - Quando o profissional for o proprietário do empreendimento ou empresário.

Da ART de obra ou serviço de rotina que abrange circunscrições de


diversos CREAS
A ART relativa à execução de obras ou à prestação de serviços que abranjam circunscrições
de diversos Creas deve ser registrada antes do início da respectiva atividade técnica, de
acordo com as informações constantes do contrato firmado entre as partes, da seguinte forma:

I - a ART referente à execução de obras ou à prestação serviços que abranjam


mais de uma unidade da federação pode ser registrada em qualquer dos Creas
onde for realizada a atividade;

II - a ART referente à prestação de serviço cujo objeto encontra-se em outra


unidade da federação pode ser registrada no Crea desta circunscrição ou no
Crea onde for realizada a atividade profissional;

III - a ART referente à execução de obras ou à prestação de serviços executados


remotamente a partir de um centro de operações deve ser registrada no Crea
em cuja circunscrição se localizar o centro de operações.

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Da ART de cargo ou função


O vínculo para desempenho de cargo ou função técnica, tanto com pessoa jurídica de direito
público quanto de direito privado, obriga à anotação de responsabilidade técnica no Crea em
cuja circunscrição for exercida a atividade.

A ART relativa ao desempenho de cargo ou função deve ser registrada após assinatura do
contrato ou publicação do ato administrativo de nomeação ou designação, de acordo com
as informações constantes do documento comprobatório de vínculo do profissional com a
pessoa jurídica.

Somente a alteração do cargo, da função ou da circunscrição onde for exercida a atividade


obriga ao registro de nova ART.

É vedado o registro da ART de cargo ou função extinta, cujo vínculo contratual tenha sido
iniciado após a data de entrada em vigor desta resolução.

O registro da ART de cargo ou função de profissional integrante do quadro técnico da


pessoa jurídica não exime o registro de ART de execução de obra ou prestação de serviço
– específica ou múltipla.

O registro da ART de cargo ou função somente será efetivado após a apresentação no Crea
da comprovação do vínculo contratual.

O vínculo entre o profissional e a pessoa jurídica pode ser comprovado por meio de contrato de
trabalho anotado na Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, contrato de prestação
de serviço, livro ou ficha de registro de empregado, contrato social, ata de assembléia ou
ato administrativo de nomeação ou designação do qual constem a indicação do cargo ou
função técnica, o início e a descrição das atividades a serem desenvolvidas pelo profissional.
Compete ao profissional cadastrar a ART de cargo ou função no sistema eletrônico e à pessoa
jurídica efetuar o recolhimento do valor relativo ao registro no Crea da circunscrição onde
for exercida a atividade.

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O que é a Mútua
A Mútua - Caixa de Assistência dos Profissionais dos Creas - é uma sociedade civil sem
fins lucrativos criada pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), pela
Resolução nº 252 de 17 de dezembro de 1977, conforme autorização legal contida no artigo
4º da Lei 6.496 de 7 de dezembro de 1977.

O principal objetivo da Mútua é oferecer a seus associados planos de benefícios sociais,


previdenciários e assistenciais, de acordo com sua disponibilidade financeira, respeitando o
seu equilíbrio econômico-financeiro.

Quem pode se associar à Mútua


Todos os profissionais com registro nos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia
(CREAS) - desde que atendam às condições estabelecidas em seu regimento -, além de
empregados dos Creas, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA)
e da Mútua.

Como se associar à Mútua


O profissional deverá preencher o cadastro on-line, optando por uma das três categorias. Se
optar por se tornar Sócio Contribuinte, deve pagar a taxa de inscrição e a anuidade.

Os boletos para pagamento da taxa de inscrição e da anuidade serão enviados para o


endereço que estiver selecionado no cadastro on-line (residencial ou comercial). Poderão
ser pagos em qualquer agência bancária até a data do vencimento. Após a data, somente
nas agências do Banco do Brasil.

A inscrição na Mútua é pessoal e independente de inscrição profissional e os benefícios


só poderão ser pagos após decorrido 1 (um) ano do pagamento da primeira contribuição.

A Mútua, na forma do Regimento, e de acordo com suas disponibilidades, assegurará os


seguintes benefícios e prestações:

I - Auxílios pecuniários, temporários e reembolsáveis, aos associados


comprovadamente necessitados, por falta eventual de trabalho ou invalidez
ocasional;

II - Pecúlio aos cônjuges supérstites e filhos menores associados;

III - Bolsas de estudo aos filhos de associados carentes de recursos ou a


candidatos a escolas de Engenharia ou de Agronomia, nas mesmas condições
de carência;

IV - Assistência médica, hospitalar e dentária, aos associados e seus


dependentes, sem caráter obrigatório, desde que reembolsável, ainda que
parcialmente;

V - Facilidade na aquisição, por parte dos inscritos, de equipamentos e livros


úteis ou necessários ao desempenho de suas atividades profissionais;

VI - Auxílio funeral.

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Certidão de acervo técnico profissional


Do acervo técnico profissional
O acervo técnico é o conjunto das atividades desenvolvidas ao longo da vida do profissional
compatíveis com suas atribuições e registradas no Crea por meio de anotações de
responsabilidade técnica.

Constituirão o acervo técnico do profissional as atividades finalizadas cujas ARTs


correspondentes atendam às seguintes condições:

I - tenham sido baixadas;

II - não tenham sido baixadas, mas tenha sido apresentado atestado que
comprove a execução de parte das atividades nela consignadas.

A capacidade técnico-profissional de uma pessoa jurídica é representada pelo conjunto dos


acervos técnicos dos profissionais integrantes de seu quadro técnico.

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2014-todos-140602140248-phpapp02/95/workshop-de-responsabilidade-
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Da emissão de certidão de acervo técnico profissional


A Certidão de Acervo Técnico – CAT é o instrumento que certifica, para os efeitos legais, que
consta dos assentamentos do Crea a anotação da responsabilidade técnica pelas atividades
consignadas no acervo técnico do profissional.

A CAT deve ser requerida ao Crea pelo profissional por meio de formulário próprio, com
indicação do período ou especificação do número das ARTs que constarão da certidão

No caso de o profissional especificar ART de obra ou serviço em andamento, o requerimento


deve ser instruído com atestado que comprove a efetiva participação do profissional na
execução da obra ou prestação do serviço, caracterizando, explicitamente, o período e as
atividades ou as etapas finalizadas.

O Crea irá se manifestar sobre a emissão da CAT após efetuar a análise do requerimento e
a verificação das informações apresentadas.

O requerimento será deferido somente se for verificada sua compatibilidade com o disposto
nesta resolução.

Compete ao Crea, quando necessário e mediante justificativa, solicitar outros documentos


ou efetuar diligências para averiguar as informações apresentadas.

A CAT, emitida em nome do profissional, deve conter as seguintes informações:


• Identificação do responsável técnico;

• Dados das ARTs;

• Observações ou ressalvas, quando for o caso;

• Local e data de expedição; e

• Autenticação digital.

• A CAT poderá ser emitida pela Internet desde que atendidas as exigências de análise
de documentação relativa ao caso especifico.

• A CAT é válida em todo o território nacional.

• A CAT perderá a validade no caso de modificação dos dados técnicos qualitativos e


quantitativos nela contidos, bem como de alteração da situação do registro da ART.

• A validade da CAT deve ser conferida no site do Crea ou do Confea.

• É vedada a emissão de CAT ao profissional que possuir débito relativo a anuidade,


multas e preços de serviços junto ao Sistema Confea/Crea, excetuando-se aqueles
cuja exigibilidade encontrar-se suspensa em razão de recurso.

• É vedada a emissão de CAT em nome da pessoa jurídica.

• A CAT constituirá prova da capacidade técnico-profissional da pessoa jurídica


somente se o responsável técnico indicado estiver a ela vinculado como integrante
de seu quadro técnico.

• A CAT deve conter número de controle para consulta acerca da autenticidade e da


validade do documento.

• Após a emissão da CAT, os dados para sua validação serão automaticamente


transmitidos ao SIC.

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Conclusão
Mais uma unidade do curso se foi! Aqui você conheceu os procedimentos necessários para o
registro de pessoas jurídicas nos Creas. Agora já sabe da importância do visto para exercer
as atividades na jurisdição de outro Conselho Regional. Também conhece os procedimentos
para instauração, instrução e julgamentos dos processos de inflação e as penalidades
aplicadas. Descobriu sobre o salário mínimo dos profissionais fiscalizados pelo Crea e com
certeza aprendeu sobre a importância da ART (Anotação de Responsabilidades Técnicas) e
do CAT (Certificado de Acervo Técnico).

ART

CAT

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