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Recorrida: XXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXX/UF
Macel Guimarães Gonçalves
OAB/MG 131.717
Autos: XXXXXXXXXXXXXXXX
Recorrente: XXXXXXXXXXXXXXXX
Recorrida: XXXXXXXXXXXXXXXX
EGRÉGIA TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA
DE XXXXXXXXXXX/UF
Eméritos Julgadores,
I.a – Do preparo
A r. sentença recorrida negou à Recorrente os benefícios da Justiça
Gratuita, sendo este um dos pontos que se pretende reformar. Por
esta razão não foi recolhido o preparo para o presente recurso,
esperando-se, portanto, que esta Egrégia Turma se manifeste a
respeito, concedendo a gratuidade, ou, eventualmente, abrindo
prazo para o seu devido recolhimento.
Consoante a jurisprudência:
APELAÇÃO – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA – DECLARAÇÃO DE
MISERABILIDADE – ART. 4º DA LEI Nº 1.060/50 – AÇÃO ORDINÁRIA –
PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO – AUSÊNCIA – IRRELEVÂNCIA
– INTERESSE DE AGIR – PRESENÇA – SENTENÇA CASSADA – APLICAÇÃO
DO ARTIGO 515, PARÁGRAFO 3º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL –
SITUAÇÃO QUE IMPEDE SUA APLICAÇÃO – RECURSO A QUE SE DÁ
PROVIMENTO. O art. 4º da Lei 1.060/50, que atribui presunção “juris
tantum” de veracidade à declaração de miserabilidade apresentada
pelo requerente do benefício da justiça gratuita, foi recepcionado
pela ordem constitucional vigente, devendo a benesse ser de plano
concedida quando inexistente qualquer indício que inaugure a
necessidade de dilação probatória para melhor apuração da real
condição financeira do requerente. (TJMG 1.0686.11.012641-
0/001(1). Processo 0126410-65.2011.8.13.0686. Rel. Belizário De
Lacerda. Data da publicação: 04/03/2015)
“AGRAVO INOMINADO – AGRAVO DE INSTRUMENTO A QUE SE NEGOU
SEGUIMENTO – PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA – PESSOA FÍSICA –
DECLARAÇÃO DE POBREZA – PRESUNÇÃO JURIS TANTUM DE
VERACIDADE – INEXISTÊNCIA DE ELEMENTOS NOS AUTOS A
DESCARACTERIZAR A HIPOSSUFICIÊNCIA FINANCEIRA – CONCESSÃO DO
BENEFÍCIO. – A declaração de pobreza colacionada pela recorrente
alicerça a presunção juris tantum prevista em lei a seu favor. – O
demonstrativo de pagamento acostado não evidencia que os
vencimentos recebidos pela agravante sejam suficientes para cobrir
seus gastos habituais e ainda dar-lhe condições de arcar com as
despesas judiciais. – Ausência de elementos a desautorizar a
concessão do benefício à servidora na ação principal. –
Recurso provido.” (TJMG – Agravo 1.0024.12.075683-8/002.
Processo 1003628-26.2012.8.13.0000 (1). Rel. Versiani Penna. 5ª
Câmara Cível. Data da publicação 19/11/2012)
Por todos estes fundamentos, a Recorrente pleiteia a reforma da r.
sentença neste aspecto, para que lhe sejam concedidos os benefícios
da justiça gratuita, com a consequente desnecessidade da realização
do respectivo preparo recursal, inclusive.
Eventualmente, caso assim não entenda esta Egrégia Turma, acaso
mantida a r. sentença neste ponto, requer seja a Recorrente
intimada para que, em tempo hábil, recolha o preparo (Ag. XXXXXXX.
Rel. Des. XXXXXXXX. XXª Câmara Cível).
(…)
Alega a segunda apelante que há total carência de provas quanto aos
danos materiais acolhidos pelo Julgador a quo; que a recorrida não
apresentou uma única prova do prejuízo material, limitando-se à sua
declaração unilateral, relacionando superficialmente os bens que
espera sejam aceitos como incontroversos; que não há prova quanto
ao valor apontado pela recorrida dos bens mencionados na referida
relação; que não foi decretada a inversão do ônus probatório, sendo
ônus exclusivo da recorrida firmar o convencimento do Julgador com
documentos e provas.
(…)
Em primeiro lugar, deve-se ressaltar que a relação travada entre as
partes se trata de típica relação de consumo, enquadrando-se a
empresa aérea no conceito de fornecedor e A. C. M. no de
consumidora.
(…)
(…)
Entende a segunda apelante ser indevida a reparação por danos
materiais. Alega que o MM. Juiz singular ultrapassou os limites da
legalidade, com o afastamento da aplicação do Pacto de Varsóvia.
Além disso, diz que não há provas de que os bens narrados na
exordial estavam efetivamente dentro da bagagem
extraviada. Entendo correta a decisão do MM. Juiz sentenciante.
Como salientado acima, ocorreu a inversão do ônus da prova.
Assim, cabia à segunda recorrente provar que os bens listados na
petição inicial não se encontravam na bagagem extraviada, ou
seja, que o dano material sofrido não era aquele alegado. No
entanto, não se desincumbiu a segunda apelante do referido
ônus, não restando outra alternativa senão considerar como
válida a listagem de f. 14-16. Conforme dito supra, demonstra a
experiência ordinária a probabilidade de que uma pessoa que
viaja para o exterior a passeio, em época de inverno europeu,
coloque em sua bagagem a quantidade de roupas listada, leve
máquina fotográfica e acessórios e produtos de higiene pessoal.
(…)
OAB/MG 131.717