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Assessoria Psicopedagógica - Orientação para os pais ajudarem na escolarização

Muitas vezes o processo de alfabetização não acontece de uma maneira tranqüila e natural. Quando isto
ocorre e o tempo vai passando, a pressão sobre a criança torna-se um fator complicador. Os adultos, familiares,
professores, e até amigos voltam sua atenção para a aquisição da leitura e da escrita, fazendo cobranças,
comparações, muitas vezes com a melhor das intenções.

Em primeiro lugar gostaria de salientar que não há método ideal, o melhor método é aquele que o professor
e a escola confiam e estão acostumados a trabalhar. Nem sempre este método está de acordo com as concepções
de alfabetização dos pais, por isso uma boa conversa com a escola é o primeiro passo para acertar.

Em segundo lugar, acabar com a pressão. Não existe criança preguiçosa. A “preguiça” pode ser um sinal de
dificuldade.

É importante lembrar que cabe aos professores o papel da alfabetização, eles são profissionais preparados para isto.
Há muitas coisas que os pais podem fazer para ajudar, mas sem pressionar ou entrar em pânico. Entre elas:

● Tornar o contato com a leitura e a escrita prazeroso, misterioso – ler para a criança, contar histórias, ler na frente
das crianças (os pais que têm hábito de leitura têm mais chance de desenvolver o hábito de leitura nos filhos);

● Disponibilizar material – comprar revistas, gibi, livros. É importante que tenham muitas gravuras e pouco texto.
Com o tempo a criança se interessará pelo texto, mas é normal que o interesse inicie pelas figuras;

● Estimular a leitura gestáltica – a leitura começa pela leitura da palavra como uma imagem, como um todo, pelas
cores, tipo de letra, etc. As crianças desde pequenas fazem este tipo de leitura quando reconhecem o Mac Donald´s,
a Coca-cola, etc. Estimular a leitura gestáltica favorece o contato com a língua escrita. Isto pode ser feito no
supermercado, em casa, na rua, nos outdoors, etc, como uma brincadeira, lendo para ela os nomes e pedindo que
ela “leia” também. Muitas vezes esta “leitura” se dará pelo uso do produto ou por uma “adivinhação”, mas é assim
que começa.

● Estimular o desenho, a pintura, o contato com diferentes materiais (não só na hora do dever de casa, mas como
uma brincadeira em diferentes momentos) Sentar para desenhar junto e “brincar de escrever”.

● Jogar jogos. Jogo da memória é excelente para ajudar na alfabetização. A criança identifica os iguais e os
diferentes, a posição das peças, memoriza visualmente as peças, etc. Outros jogos: dominó, dama, quebra-cabeça,
ludo.

O importante é sempre fazer de forma agradável e divertida, para que a criança goste de aprender, goste de
ler, goste de escrever. Se for feito desta forma, vale qualquer coisa!

Se a criança estiver sofrendo por não estar conseguindo, família e escola já tiverem conversado e
experimentado alternativas, vale pedir ajuda de um especialista (psicopedagogo).

Fonte: http://psicopedagogaandreagarcez.blogspot.com/2008/07/alfabetizao-sem-traumas-o-que-os-pais.html

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