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Vitor Germano da Silva Oliveira

Licenciando em Filosofia (EAD) – UFPEL Polo Cachoeira do Sul


Seminário de Ética: Filosofia do direito de I. Kant.
Professor: Evandro Barbosa
Tarefa – Metafísica da Natureza - Metafísica dos Costumes.

Existe uma relação extrínseca entre a metafísica natural e a


moralidade ou metafísica dos costumes.
A metafísica natural expõe as leis que regem o mundo físico, ou
seja seu conhecimento é imutável e independente da vontade humana, é um
conhecimento que delimita universalmente o que é ou o que acontece. Kant
procurou demonstrar que era possível formular para a moral leis universais
como as do conhecimento científico.
Na Moralidade Kantiana deveria haver também, assim como no
mundo físico, leis que determinassem o comportamento humano, ou seja, um
núcleo duro de regras que pudessem governar através da racionalidade
prática.
Este conjunto de regras deveria ser formulado à priori, isto é, sem
levarem em conta os atos efetivamente praticados, quer fossem bons ou maus.
Teria que ser, por isso, independente do contexto e do elemento que a
praticasse.
O que Kant visa é apenas esclarecer racionalmente o princípio da
moralidade. A partir do dever é auto imposta ao homem à limitação de seus
desejos, sendo necessário o respeito à lei moral da razão. Para que uma ação
tenha valor moral, ela não pode ser realizada apenas conforme ao dever; é
preciso que ela seja realizada por dever. Isso significa que a ação moral requer
uma qualidade específica.
A primeira é representada pela física e possui partes empíricas;
podendo ter também uma parte racional; e a metafísica dos costumes, que é
representada pela ética, apresenta uma parte empírica que Kant diz poder ser
chamada de Antropologia Prática, e uma parte racional, correspondente à
moral. Kant diz que temos de concordar que há uma necessidade, para que
uma lei possua valor moral, de fundamentar esta lei para que seja válida não
somente para os homens, deixando a outros seres racionais a faculdade de
não lhe concederem importância, e da mesma forma diz-se de todas as leis
morais. Em consequência disto, a obrigação não deve ser buscada na
natureza humana – nem nas circunstâncias em que ele se encontra situado no
mundo – mas a priori, somente nos conceitos da razão pura, e
A moral kantiana baseia-se num princípio formalista: o que
interessa na moralidade de um ato é o respeito à própria lei moral, e não os
interesses, fins ou consequências do próprio ato. Uma boa vontade, engendra
em si mesmo o conceito Kantiano de Imperativo Categórico. A Forma do ato é
o que interessa. A intenção em si e não a consequência do ato.
Para Kant o referencial de conduta é o ideal de moralidade, que
pode ser observado em condutas exemplares. O respeito a uma lei a priori é
subordinação da vontade. Infelizmente para Kant, é humanamente impossível
determinar se uma ação foi realizada por dever ou se algum sentimento
inconsciente (vontade) pode tê-la impelido nessa direção, pois, nem tudo que é
conforme o dever é realizado conscientemente em seu nome e, de forma
incidental, o princípio imoral pode produzir comportamentos coincidentes com o
dever.

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