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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E

COMUNICAÇÕES

LCA

Direito de Empresas e do Trabalho

Tema: Sociedades Anonimas

TURMA: A21

Ano: 2º

Discente:

Aníbal Francisco Faiane Junior

DOCENTE: Mussa Bonomar Aly


Índice
1Subscrição Publica, 3 Obrigações, 5
Accionistas, 2 Obrigações dos accionistas, 3
Acções, 4 Referências bibliográficas, 12
Administração, 6 Reservas, 9
Características, 2 Sociedades Anónimas, 2
Conceito, 5 Subscrição do capital social, 3
Conclusão, 11 Subscrição Particular, 3
Direitos dos accionistas, 3 Tipos de Accionistas, 2
Fiscalização, 8 Tipos de acções, 4
Importância das Sociedades anonimas, 10 Tipos de obrigações, 5
Livros obrigatórios, 10
Introdução
No presente trabalho, falarei das sociedades anónimas, mais concretamente, dos conceitos
relacionados ao tema, a importância das sociedades anónimas, e as componentes e sectores
que permitem o seu funcionamento.
O trabalho encontra-se dividido em 11 capítulos, cada um com seus respectivos subtemas.

Objectivos Gerais
• Descrever cada sector das sociedades anónimas, identificando cada sector que permite o seu
funcionamento eficientemente

Objectivos específicos
• Desenvolver os temas que me foram atribuídos como os diversos sectores e componentes da
sociedade anonima nomeadamente, o conselho fiscal, sector administrativo, livros
obrigatórios, etc.

Metodologia
O presente trabalho, é de natureza descritiva.
Os conceitos analisados foram os de: acções, obrigações, sectores administrativos e fiscais,
reservas tanto de lucro, capital e legal e os livros obrigatórios em uma sociedade anonima.
Como obra de apoio para a elaboração do trabalho usei o Código Comercial de Moçambique,
1997.

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1. Sociedades Anónimas
As sociedades anónimas são uma forma jurídica de constituição de empresas em que o capital
encontra-se divido em acções, podendo ser preferenci ais ou ordinárias. As sociedades
anonimas tem fins lucrativos que geralmente são divididos consoante o número de acções.

As sociedades anonimas, devem ser constituídas por no minino 3 accionistas, mas é permitida
a constituição com um único accionista caso esse accionista seja o Estado ou outra entidade
equiparada. [CITATION 1Moç972 \l 1033 ]

2. Características
 Capital divido em acções
 Os accionistas não respondem com seu património pessoal pelas dívidas das empresas
 As acções podem ser negociadas e os accionistas podem ceder-lhes a outrem
 As sociedades emitem as acções sob a permissão da Bolsa de Valores do seu
respectivo país
 As sociedades podem ser abertas ou fechadas consoantes a subscrição do capital
 Possui como órgãos sociais: assembleia geral, conselho de administração, fiscalização
e conselho fiscal e fiscal único

3. Accionistas
Accionistas são sócios, que fazem parte da empresa através do seu capital que é transformado
em acções, podendo ou não fazer parte da gestão da empresa, dependendo da quantidade e
tipo de acção que detém.

3.1 Tipos de Accionistas


3.1.1 Accionista Majoritário

O acionista majoritário é o proprietário de uma parcela de ações de uma organização, cuja


totalidade é maior do que 50% das acções com direito a voto.

Isso significa que, como possui a capacidade de se impor nas assembleias corporativas e pode
decidir sozinhos os rumos da empresa. É uma condição exclusiva dos titulares das ações
ordinárias, visto que, via de regra, as ações preferenciais não concedem o benefício de votar.

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3.1.2 Accionista Minoritário

O accionista minoritário é o proprietário de ações de uma organização que, mesmo detendo o


direito a voto nas assembleias, não possui influência suficiente para decidir sozinho. É um
tipo de accionista comum tanto em empresas de capital aberto quanto em empresas de capital
fechado.

3.2 Subscrição do capital social


A subscrição de capital é a ação pela qual uma pessoa física ou jurídica assume o
compromisso de realizar, pagar as ações subscritas, nos termos pactuados. O capital
subscrito é o valor que um acionista se compromete a investir para formar o capital social da empresa.
[CITATION Moç972 \l 2070 ]

Uma sociedade anónima só pode ser constituída mediante a subscrição do capital social,
que pode ser efectuada de duas formas:

3.2.1 Subscrição Publica: subscrição aberta a não-acionistas da empresa, com vist a o aumento do
capital social. A subscrição pública deve ser promovida por uma ou mais pessoas,
promotores, singulares ou colectivas que se encarregam por todo o processo, as acções devem
ser ordinárias e o capital realizável em dinheiro, e a subscrição pode ser intermediada por
uma instituição bancaria.

3.2.1.2 Subscrição Particular: realização e subscrição fechada, sem qualquer apelo ao


público e essas geralmente apresentam capital menor que as sociedades de capital aberto.

3.3 Direitos dos accionistas


Os sócios têm direito de:
• Quinhoar os lucros
A partir do seu ingresso na sociedade, o sócio participa dos lucros e das perdas sociais na
proporção das respectivas acções, salvo se o contracto diz o contrario.
• Participar no debate entre os sócios,
• Direito de votar e ser votado: Os sócios tem direito de votar nas deliberações sociais, pois esse
é o principal instrumento de manifestação de sua vontade perante os sócios e a própria sociedade.
• Informar-se sobre a vida da sociedade:
• Ser designado para os órgãos de administração e também de fiscalização, se houver.
[CITATION Moç973 \l 2070 ]

3.4 Obrigações dos accionistas


Os sócios tem os seguintes deveres:

• Entrar para a sociedade com bens susceptíveis de penhora ou, tratando-se de sócio de
indústria, com qualquer tipo de serviço;

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• Participar nas perdas: os sócios participam nas perdas consoante a sua percentagem na
empresa; [CITATION Moç974 \l 2070 ]

4. Acções
As ações as menores parcelas do capital de uma empresa, as acções não garantem uma
remuneração dos seus investidores. Elas fazem parte do capital de uma empresa e a sua
capacidade de remuneração é determinada pela capacidade da empresa em gerar lucro.
Se o investidor mudar de opinião quanto à capacidade da empresa em conseguir lucro no
mercado, pode comprar ou vender as acções. Esta negociação é feita em uma Bolsa de
Valores. O funcionamento desse mercado é regulado pela Comissão de Valores Mobiliários,
cujo objectivo é garantir transparência nos negócios realizados em bolsa e das informações
fornecidas pelas empresas. [CITATION Moç975 \l 2070 ]

4.1 Tipos de acções

4.1.1 Acções ordinárias: As acções ordinárias são aquelas que asseguram aos seus titulares a
plenitude dos direitos de accionista, inclusive o de votar nas deliberações das assembleias
gerais e o de eleger os administradores da sociedade [CITATION Moç976 \l 2070 ]

As acções ordinárias não conferem direitos preferenciais ao detentor, isto é, no caso da


distribuição dos lucros, eles ficam para depois, dando preferência aos detentores de acções
preferenciais.
E no caso de liquidação da empresa, os detentores de acções ordinárias só receberão dinheiro
após os detentores de acções preferenciais receberem.

As acções ordinárias da sociedade podem ser divididas em séries ou classes, a fim de


assegurarem aos seus titulares os seguintes direitos:

- Solicitar a conversão das suas acções em preferenciais;


- Ver atendidas as exigências legais conferidas a estas classes ou espécies de acções;
- Eleger, em separado, membros do conselho de administração ou do conselho fiscal,
titular e suplente, conforme dispuser o contrato de sociedade que tenha criado esta
série de acção ordinária [CITATION Moç977 \l 2070 ]

4.1.2 Acções Preferenciais


As acções preferenciais são uma forma especial de propriedade, com direito a dividendos
periódicos fixos, pagos antes que se realize qualquer destinação de dividendos aos que
possuem acções ordinárias. [CITATION Moç978 \l 2070 ]
Apesar do accionista não participar das decisões estratégicas da empresa, tem prioridade no
recebimento de dividendos, e em situações em que a empresa entra em processo de falência
ou de liquidação, esse accionista tem prioridade no recebimento dos recursos oriundos da
venda dos activos da empresa. As acções preferenciais são as mais procuradas por
investidores, apresentando maior facilidade de compra e de venda no mercado. Por esse
motivo, é comum as acções preferenciais terem preço superior ao das ordinárias.

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Apesar das acções preferenciais não atribuírem a capacidade de votação, dependendo dos
casos as clausulas do contracto pode abrir algumas exceções, excepto no caso de assuntos
relacionados a administração e contabilidade. [CITATION Moç979 \l 2070 ]

As diferenças entre as duas consistem em 3 pontos:


Dividendos: os detentores de acções ordinárias têm de esperar todos os detentores de acções
preferenciais receberem os dividendos, no caso de lucro ou o valor monetário da venda de
alguns activos.
Liquidez: as acções preferenciais têm mais liquidez que as ordinárias, isto é, têm mais
facilidade na sua compra e venda.
Direito de voto: as acções ordinárias concedem poder de voto aos seus detentores, quanto
mais acções ordinárias, mais poder de voto o accionista tem.

5. Obrigações
5.1. Conceito
Obrigações são títulos representativos de um mútuo, emitidos em massa pela sociedade,
negociáveis que, numa mesma emissão, conferem direitos de crédito iguais para o mesmo
valor nominal. (artigo 386)
Os investidores compram obrigações emitidos pelas empresas que precisam de dinheiro.
Esses títulos dão aos investidores o direito de receber a quantia emprestada, mais juros
previamente determinados. Artigo 387

Modalidades de obrigações

1. As obrigações podem ser nominativas ou ao portador.

2. Em qualquer daquelas modalidades podem ser emitidas obrigações que:

- Confiram aos titulares o direito a um juro fixo e os habilitem a um juro suplementar ou a um


prémio de reembolso, quer fixo, quer dependente dos lucros obtidos pela sociedade;

- Declarem juro e plano de reembolso, dependentes de lucros e variáveis em função do


montante destes;

- Permitam a sua conversão em acções, com ou sem prémio de emissão;

- Confiram o direito a subscrever uma ou várias acções.

5.2. Tipos de obrigações


5.2.1.Obrigações próprias
A sociedade só pode adquirir obrigações próprias nos casos previstos no n o. 3 do artigo 375 e
satisfeita a condição estabelecida no no. 4 do mesmo artigo.
5.2.2 Obrigações convertíveis em acções)
O documento de emissão, que estabelecer a criação de obrigações convertíveis em acções,
deve

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especificar:
- As bases da conversão;
- As categorias, espécies ou classes de acções em que as obrigações poderão ser convertidas;
- O prazo ou época para o exercício do direito de conversão;
- A identificação dos subscritores e o montante de obrigações a subscrever por cada um;
- As demais condições que subordinem a operação de conversão.

5.2.2 Obrigações Municipais


São obrigações emitidas por municípios em casos de falência, embora ocorra raramente,
representam grandes investimentos depois de pagamento dos juros.

6. Administração
A administração compete ao conselho de administração e a directoria, é obrigatório a
existência de um conselho de administração numa sociedade de capital aberto, mas não em
uma de capital fechado.

6.1 Composição do conselho de administração


O conselho de administração é composto por um número impar de membros, que podem ou
não ser accionistas da sociedade. [CITATION Moç9710 \l 2070 ]

O contracto pode autorizar a designação de administradores suplentes, ate o máximo de 3,


cuja ordem de precedência deve ser estabelecida nos debates nas eleições. [CITATION
Moç9710 \l 2070 ]

O contracto de sociedade pode clausular a existência de um so administrador, que pode não


fazer parte da sociedade, desde que o capital social não exceda 500.000.000,00MT. [CITATION
Moç9711 \l 2070 ]

6.2. Duração do mandato e representação


- O mandato dos administradores dura 4 anos, salvo-se o contracto estabelecer um período
mais curto, os administradores podem ser reeleitos mais vezes.

- Findo o prazo do mandato, os administradores mantém-se em funções até serem designados


novos administradores.

-É vedado aos administradores fazerem-se representar no exercício do seu cargo, salvo em


reuniões do conselho de administração e por outro administrador, mediante carta dirigida ao
órgão.

- A sociedade, por intermédio do conselho de administração, tem a faculdade de nomear


procuradores para a prática de determinados actos ou categorias de actos, sem necessidade de
o contrato de sociedade dispor nesse sentido. [CITATION Moç9712 \l 2070 ]

6.3. Factores que impedem a eleição de um administrador


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São inelegíveis para qualquer cargo de administração da sociedade as pessoas impedidas por
lei especial, inclusive as que regulam o mercado de capitais a cargo do Banco Central, ou
condenadas por crimes. [CITATION Moç9713 \l 2070 ]

6.4. Substituição de administradores


Pode ser feita a substituição de um dos administradores desde que se obedeçam alguns
factores como:
- Falta definitiva de algum administrador, procedendo-se à sua substituição pela chamada do
primeiro suplente.
- Na falta de suplentes, a primeira assembleia geral seguinte deve, ainda que tal matéria não
conste da ordem de trabalhos, eleger um ou mais administradores, para exercerem funções até
ao término do mandato dos restantes administradores.[CITATION Moç9714 \l 2070 ]
O administrador suplente tem a função de preencher o espaço do administrador em casos de
demissão, morte, etc. Visto que a sociedade não pode ficar sem administrador e cumprirá o
mandato do administrador principal até que os accionistas decidam o substituir.

6.5. Escolha do Presidente e voto de qualidade


- O presidente do conselho de administração pode ser escolhido ou pelo próprio conselho de
administração ou ser designado pela assembleia geral que proceda à eleição dos
administradores, consoante o que for determinado pelo contrato de sociedade.
- O contrato de sociedade pode atribuir ao presidente do conselho de administração voto de
qualidade nas deliberações daquele órgão. [CITATION Moç9715 \l 2070 ]
O poder de voto de qualidade confere ao detentor, desempatar a votação sem que ocorra uma
deliberação.

6.6 Caução e remuneração


- A responsabilidade dos administradores deve ser caucionada se o contrato de sociedade
assim o determinar.
- Cabe ao contrato de sociedade ou, no seu silêncio, à assembleia geral ou a uma comissão de
accionistas por ela eleita, fixar a remuneração dos administradores. [CITATION Moç9716 \l 2070
]

6.7 Proibição de concorrência


- Aos administradores é vedado, sem autorização da assembleia geral, exercer, por conta
própria ou alheia, actividade abrangida pelo objecto da sociedade.
- O administrador que viole o disposto no número anterior, além de poder ser destituído do
cargo de administrador com justa causa, torna-se responsável pelo pagamento de uma
importância correspondente ao valor do acto ou contrato ilegalmente celebrado. [CITATION
Moç9717 \l 2070 ]

6.8 Competência do conselho de administração


- Compete ao conselho de administração gerir as actividades da sociedade, obrigar a
sociedade e representá-la em juízo ou fora dele, devendo subordinar-se às deliberações dos
accionistas ou às intervenções do conselho fiscal ou de fiscal único apenas nos casos em que
a lei ou o contrato de sociedade assim o determinarem.
2. Compete ainda ao conselho de administração deliberar sobre qualquer assunto de
administração da sociedade, designadamente:
- Escolha do seu presidente, nos casos em que o contrato de sociedade assim o estipule;

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- Cooptação de administradores; (nomear internamente os seus membros com dispensa das
condições ou formalidades exigidas;
- Pedido de convocação de assembleias gerais;
- Relatórios e contas anuais;
- Aquisição, alienação e oneração de bens imóveis;
- Prestação de cauções e garantias, pessoais ou reais, pela sociedade;
- Abertura ou encerramento de estabelecimentos;
- Modificação na organização da sociedade;
- Extensões ou reduções da actividade da sociedade;
- Projectos de fusão, cisão e de transformação da sociedade;
- Estabelecimento ou cessação de cooperação com outras sociedades;
- Mudança da sede, aumento de capital e emissão de obrigações, nos termos prescritos no
contrato de sociedade;
- Qualquer outro assunto sobre o qual algum administrador requeira deliberação do conselho
de administração. [CITATION Moç9718 \l 2070 ]

7. Fiscalização
7.1 Conselho fiscal e fiscal único
 O conselho fiscal, como o próprio nome diz, tem a função de fiscalizar os atos dos
administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários. [CITATION
Moç9719 \l 2070 ]

7.2 Funcionamento do conselho fiscal


- A fiscalização da sociedade compete ao conselho fiscal ou a um fiscal único.
- O conselho fiscal é composto por três membros efectivos; o contrato de sociedade pode
aumentar esse número para cinco.
- Sendo três os membros efectivos do conselho fiscal, haverá um ou dois suplentes; sendo
cinco, haverá dois suplentes.
- O conselho fiscal, quando o funcionamento não for permanente, é instalado pela assembleia
geral a pedido de accionistas que representem, no mínimo, um décimo das acções votantes e,
havendo, cinco por cento das acções preferenciais. Cada período do seu funcionamento
termina na primeira assembleia geral ordinária após a sua instalação.
- As funções do conselho fiscal são indelegáveis e se estendem até a primeira assembleia
geral
Ordinária realizada após a sua eleição.
- Os membros do conselho fiscal e os seus respectivos suplentes podem ser reeleitos.
[CITATION Moç9719 \l 2070 ]

7.3 Competências
1. Compete ao conselho fiscal ou ao fiscal único:
- Fiscalizar os actos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e
estatutários;
- Examinar e opinar sobre o relatório anual da administração e as demonstrações
contabilísticas do exercício social, fazendo constar do seu parecer informações
complementares, que julgue necessárias ou úteis à deliberação da assembleia geral;
- Opinar sobre as propostas dos órgãos da administração, a serem submetidas à assembleia
geral, relativas a modificação do capital social, emissão de obrigações ou bónus de

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subscrição, planos de investimento ou orçamentos de capital, distribuição de dividendos,
transformação, fusão ou cisão;
- Analisar, pelo menos trimestralmente, o balancete e demais demonstrações contabilísticas
elaboradas pela sociedade;
- Exercer essas atribuições, durante a liquidação da sociedade, observadas as disposições
especiais previstas no presente Código.
* Compete aos membros do conselho fiscal individualmente:
- Denunciar aos órgãos da administração e, se estes não adoptarem as providências adequadas
para a protecção dos interesses da sociedade, à assembleia geral, os erros, fraudes ou crimes
que descobrirem, em decorrência da sua regular actividade fiscalizadora, sugerindo ainda
providências saneadoras úteis à sociedade;
- Convocar a assembleia geral ordinária, se os órgãos da administração retardarem por mais
de um mês essa convocação, e a extraordinária, sempre que ocorrerem motivos graves ou
urgentes, incluindo na agenda das assembleias as matérias que considere relevantes;
- Verificar, sempre que julgar oportuno, a regularidade dos livros e registos contabilísticos da
sociedade, além do caixa, bens ou valores a ela pertencentes ou por ela recebidos em garantia,
depósito ou a qualquer outro título.
3. Os órgãos da administração são obrigados a colocar à disposição dos membros individuais
em exercício do conselho fiscal, dentro de dez dias, cópias das actas das suas reuniões e,
dentro de quinze dias, cópias dos balancetes e demais demonstrações contabilísticas e
orçamentárias elaboradas pela sociedade.
4. Os membros do conselho fiscal assistem às reuniões do conselho de administração, quando
este órgão deliberar sobre assunto em que devem opinar. Nas reuniões da assembleia geral, os
membros do conselho fiscal devem comparecer e responder às questões que, eventualmente,
lhes sejam formuladas pelos accionistas.
5. Caso a sociedade tenha auditores independentes, os membros do conselho fiscal,
individualmente, podem solicitar-lhes esclarecimentos ou informações e o apuramento de
factos específicos.
6. O conselho fiscal, dentro do prazo de quinze dias, deve fornecer ao accionista ou grupo de
accionistas que representem, no mínimo, cinco por cento do capital social, sempre que
solicitadas informações sobre matérias da competência do órgão. [CITATION Moç9720 \l 2070 ]

7.4 Deveres e responsabilidades


- Os membros do conselho fiscal têm, os mesmos deveres dos administradores. Respondem,
individualmente, nas mesmas condições, pelos danos resultantes de omissão no cumprimento
dos seus deveres e pelos actos praticados com culpa ou dolo ou com violação da lei ou dos
estatutos.
- Ressalvadas as suas obrigações perante a sociedade e o dever individual de dar
conhecimento da prática de ocorrências delituosas ao Ministério Público, ouvida a assembleia
geral, os membros do conselho fiscal devem guardar sigilo sobre factos e informações de que
tiverem conhecimento em razão das suas funções.
3. Perde o seu cargo, o membro do conselho fiscal ou seu suplente que, sem motivo
justificado, deixar de assistir, durante o exercício social, a pelo menos, duas reuniões do
conselho. [CITATION Moç9721 \l 2070 ]

8 Reservas

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- Do lucro líquido do exercício, antes da constituição das reservas estatutárias ou de outras
reservas reguladas, são deduzidos 5% do valor apurado para constituição do fundo de reserva
legal, que não excederá vinte por cento do capital social;
- A reserva legal destina-se a assegurar a integridade do capital social e somente pode ser
utilizada para compensar prejuízos operacionais da sociedade. [CITATION Moç9722 \l 2070 ]

8.1 Utilização da reserva legal


A reserva legal e as reservas sujeitas ao seu regime só podem ser utilizadas para:
- Cobrir a parte do prejuízo acusado no balanço do exercício, excepto se este puder ser
coberto por quaisquer outras reservas;

- Cobrir prejuízos transmitidos de exercícios anteriores que não puderem ser cobertos por
lucros do exercício nem pela utilização de outras reservas;
- Incorporação no capital social. [CITATION Moç9723 \l 2070 ]
8.1.1 Reservas de lucros
- Há uma retenção da parcela do lucro líquido para constituição das seguintes reservas de
lucros ou para ampliação dos seus valores, caso já constituídas em exercícios anteriores.
[ CITATION Moç9724 \l 2070 ]

8.1.2Reservas de capital
As reservas de capital somente podem ser utilizadas para absorção de prejuízos que
ultrapassarem as reservas de lucros, resgate, reembolso ou compra de acções, incorporação ao
capital social e pagamento do dividendo a acções preferenciais. [ CITATION Moç9724 \l 2070 ]

9. Livros obrigatórios
As sociedades anonimas devem ter os seguintes livros:
- Livro de registo de acções;
- O livro de registo de emissões de obrigações;
- O livro de actas de assembleia geral;
- O livro de presenças de accionistas;
- O livro de actas de reunião do conselho de administração;
- O livro de actas e pareceres do conselho fiscal

Os livros da sociedade podem ser feitos manualmente ou digitalmente. [ CITATION Moç9726 \l


2070 ]

10. Assembleia Geral


Órgão mais forte no que se refere às decisões da empresa. O objetivo e função da assembleia
é reunir os acionistas para discutir os interesses da companhia. Com as eleições, decide-se
sobre o futuro dela ou sobre a destituição de membros da administração e do conselho fiscal.

11. Importância das Sociedades anonimas


10
As sociedades anonimas, especialmente as de capital aberto, têm um papel muito importante
no desenvolvimento de um país, tanto no ponto de vista de investidor e no ponto de vista de
alguém com ideias.
As sociedades anónimas permitem que alguém que tenha ideia de constituir uma empresa
mas que não tenha capital suficiente, recorra a investidores para injectarem capital. E no fim
das contas os criador da ideia tem o capital social necessário, e os investidores podem ter os
seus lucros e a posterior a empresa poderá ampliar o seu capital, emitindo acções assim dando
oportunidade para pessoas fazerem parte da empresa, impactando o desenvolvimento do país.

11
Conclusão
No presente trabalho, abordou-se assunto que concerne as sociedades anónimas, que são
empresas com fins lucrativos, de capital aberto ou fechado em que o mesmo se encontra
representado em acções que variam de acções preferenciais e ordinárias.

Cumpri os objectivos que me foram atribuídos, falando de assuntos como o conceito de


sociedades anónimas, as suas componentes tendo em conta a legislação corrente e falei
também da importância dessas sociedades.

Recomenda-se que os interessados em comprar acções, que comprem acções preferenciais


pela sua facilidade e de compra e venda, e que com “pouca” quantia em dinheiro, podemos
investir em acções de várias empresas nacionais como a Bayport, e empresas internacionais
como Tesla, Apple etc. E com uma boa análise, dá para ganhar dinheiro a longo termo.

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Referências bibliográficas
Moçambique. (1997, Out). artigo 336, 1 de Out, de 1997. Subscricao e realizacao de capital.

Moçambique. (1997, Out 1). artigo n. 332, 1 de Outubro 1997. Numero de accionistas.

Moçambique. (1997, Out 1). Artigo n.337. Constituição com recurso a subscrição pública.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 104, de 1 de Out, de 1997. Direito dos socios.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 107, de 1 de Out, de 1997. Obrigacoes dos socios.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 336, 1 de Out, de 1997. Subscricao e realizacao de capital.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 347, 1 de Out, de 1997. Transmissibilidade de accoes.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 353, de 1 de Out, de 1997. Acções preferenciais.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 354, 1 de Out, de 1997. Direito de voto das acções preferenciais.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 357, 1 de Out, de 1997. Séries ou classes de acções ordinárias).

Moçambique. (Out de 1997). artigo 418, 1 de Out, de 2017. Composição do conselho de


administração.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 419, 1 de Out, de 1997. Um único administrador.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 420, 1 de Out, de 1997. Duração do mandato e representação.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 421, 1 de Out, de 2017. Impedimentos.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 422, 1 de Out, de 1997. Substituição de administradores.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 423, 1 de Out, de 2017. Presidente do conselho de


administração. Voto de qualidade.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 424, 1 de Out, de 1997. Caução e remuneração.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 428, 1 de Out, de 1997. Proibição de concorrência.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 431, 1 de Out, de 1997. Competência do conselho de


administração.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 436, 1 de Out, de 1997. Fiscalização.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 437, 1 de Out, de 1997. Competência.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 438, de 1 de Out, de 1997. Deveres e responsabilidades.

13
Moçambique. (Out de 1997). artigo 444, 1 de Out, de 1997. Reserva legal.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 446, 1 de Out. Reservas de lucros.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 447, 1 de Out. Reservas de capital.

Moçambique. (Out de 1997). artigo 456. Registo mecanizado ou electrónico.

Moçambique. (1 de OUT de 1997). artigo n. 332, 1 de Outubro 1997. Numero de accionistas.

Moçambique. (1 de OUT de 1997). Artigo n.337. Constituição com recurso a subscrição pública.

Moçambique. (s.d.). artigo 445, 1de Out, de 1997. Utilização da reserva legal.

Moçamique. (Out de 1997). artigo 352, 1 de Out, de 1997. accoes ordinarias.

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