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1º - Primeiro Dia - Descanse

à sombra do Onipotente
No Salmo 91, todas as bênçãos que o salmista descreve estão disponíveis somente para
aquele que está descansando na sombra do Onipotente.

O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente [...] (Sl


91.1)

Nós estamos assentados com Cristo nos lugares celestiais. Este é o esconderijo do Altíssimo.
Esta é a sombra do Onipotente.
E, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em
Cristo Jesus. (Ef 2.6)

A vida cristã não começa com um “faça”, mas com um “está feito”. Deus trabalhou seis dias
para só então descansar, mas o primeiro dia do homem foi o sétimo, o dia do descanso. O
mesmo princípio se aplica à redenção, Cristo já trabalhou e terminou a obra, então somos
convidados para o seu descanso.

Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados,
assentou- se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos
sejam postos por estrado dos seus pés. Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para
sempre quantos estão sendo santificados. (Hb 10.12-14)

No Velho Testamento, o sacerdote ficava o tempo todo de pé ministrando diariamente e


oferecendo os mesmos sacrifícios que não podiam retirar o pecado. No tabernáculo, não havia
nenhum móvel preparado para que o sacerdote se assentasse. Não havia nenhuma cadeira no
santo lugar. É assim porque a obra do sacerdote nunca era consumada. Mas a obra do Senhor
Jesus foi consumada, por isso Ele se assentou. E também nos fez assentar junto com Ele.
Assentar-se na Bíblia simboliza descanso. Isso significa que Ele consumou a obra para que
pudéssemos nos assentar com Ele. Pare de depender de seus esforços para se qualificar e
obter as bênçãos de Deus em sua vida.
Se Ele nos deu esse milagre pela graça, então podemos estar certos que a sua graça também
nos dará todos os milagres menores, como cura, prosperidade e casamentos restaurados.
A obra de Deus é toda feita pelo próprio Deus. Quando decidiu criar o homem, Ele primeiro
criou todas as coisas e depois plantou o jardim do Éden. Quando tudo já estava pronto, Adão
foi criado. O trabalho já estava concluído, Deus já havia entrado no seu descanso e só então o
homem é convidado para participar da obra de Deus. Como Adão, nós apenas cultivamos o
que Deus já plantou. Nós apenas participamos do descanso de Deus.
O homem foi criado no sexto dia. Isso indica que o primeiro dia do homem foi o sétimo de
Deus, ou seja, o dia do descanso. Isso certamente aponta para o princípio espiritual de que
toda a obra de Deus em nós depende de aprendermos a entrar no seu descanso.
Quando Deus livrou o povo de Israel da escravidão do Egito e os conduziu para Canaã, Ele fez
questão de mencionar que o povo não teria de fazer coisa alguma. Eles entrariam em casas
que não haviam construído, poços que não haviam cavado e plantações que não haviam
semeado. Eles iriam participar da bênção da obra completa de Deus.

Havendo-te, pois, o SENHOR, teu Deus, introduzido na terra que, sob juramento,
prometeu a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó, te daria, grandes e boas cidades, que tu
não edificaste; e casas cheias de tudo o que é bom, casas que não encheste; e poços
abertos, que não abriste; vinhais e olivais, que não plantaste. (Dt 6.10-11)

O mesmo princípio se aplica à obra de Cristo. Se Adão já recebeu o jardim pronto e o povo de
Israel herdou uma nação pronta, nós também recebemos uma salvação completa.
Temos salvação quando descansamos no que Deus fez por meio de Cristo. A maior de todas
as bênçãos que recebemos é a salvação, e ela é recebida quando descansamos. Se a
salvação é recebida assim, por que as outras bênçãos nos seriam dadas de outra forma?
Todas as bênçãos são recebidas pelo descanso da fé. Deus deseja que vivamos no descanso
porque a fé é o descanso.

O temor de não entrar no descanso


A Bíblia fala o tempo todo que não devemos temer. Esta foi a palavra para Josué. Por várias
vezes, o Senhor lhe diz: “Não temas. Eu sou contigo”. Esta foi a palavra proferida ao povo de
Israel cada vez que enfrentavam os seus inimigos (2 Cr 20.15). E também foi a palavra de
Jesus para os seus discípulos (Mt 14.27). A vontade de Deus é que lancemos fora todo medo.
Mas existe uma coisa que o Senhor falou para temermos, é o temor de não entrar no
descanso.

Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de


Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado. Porque também a nós foram
anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes
aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram. Nós, porém,
que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei na minha ira:
Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem concluídas
desde a fundação do mundo. Porque, em certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo
dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera. (Hb 4.1-4)

O motivo pelo qual nós podemos descansar é porque Deus conclui todas as suas obras desde
a fundação do mundo.
Einstein postulou que, se construíssemos uma máquina que viajasse na velocidade da luz, nós
estaríamos fora do tempo. O tempo não existiria para nós. Se viajássemos na velocidade da luz
pelo espaço, quando voltássemos, as pessoas todas teriam envelhecido, mas nós
continuaríamos jovens. Isso acontece porque estaríamos em outra relação com o tempo
contínuo. Deus, porém, não vive no tempo pois Ele é a própria luz. Na verdade, Ele mesmo
criou a luz. E, debaixo da luz de Deus, todas as obras já foram concluídas. Quando entramos
no descanso, quando dizemos que Deus é o nosso descanso, nós entramos numa área fora do
tempo. Entramos na dimensão do Espírito.
Deus viu tudo o que era necessário para a sua vida e Ele terminou todas as coisas que você
iria precisar antes de você vir a existir. Tudo o que era necessário para a sua vida foi concluído
muito antes de você nascer. Na verdade, o próprio Senhor Jesus foi morto antes da fundação
do mundo. Não temos como compreender isso com a mente, mas podemos entender com o
coração.

Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei
na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem
concluídas desde a fundação do mundo. (Hb 4.3)

E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram
escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Ap
13.8)

Precisamos caminhar na dimensão da obra que já foi consumada. Porém, alguém pode dizer:
“Mas eu estou doente e meu corpo dói”. Todavia, a Palavra de Deus diz que a sua obra de cura
já foi completada. “Mas estou com problemas com os meus filhos”. A Palavra de Deus diz para
erguermos as nossas mãos e nos fortalecermos cantando louvores. A obra está terminada e
Deus deseja que você entre nesse descanso.
No Jardim do Getsêmani, Jesus seria crucificado algumas horas depois, mas Ele orou dizendo
a Deus que Ele havia terminado a obra que viera fazer (Jo 17.4). Mas como Ele poderia dizer
isso se ainda não havia morrido na cruz? Ele vivia na segurança da obra terminada. Este é o
motivo por que Ele era tão tranquilo e descansado. Hoje, sempre que enfrento um problema, eu
digo: “A obra já está terminada. Eu posso entrar no descanso de Deus”.

A bênção do descanso
No Salmo 23, a primeira coisa que o Senhor faz é nos levar para repousar em pastos
verdejantes e descansar junto das águas tranquilas. Assim, a primeira condição para termos a
provisão de Deus é o descanso.  O suprimento só flui quando descansamos em Deus.
O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes.
Leva-me para junto das águas de descanso. (Sl 23.1-2)

O suprimento de Deus está disponível para aquele que descansa no seu poder. Em Zacarias 4,
o profeta teve uma visão na qual tubos de ouro vertendo azeite dourado supriam o povo de
Deus. Todo o azeite de ouro está fluindo sobre as diferentes áreas da nossa vida. O óleo de
suprimento está constantemente fluindo e nunca cessa. Há óleo fluindo para a nossa vida
financeira, familiar, vida de santidade e tudo o mais. Mas, quando ficamos preocupados e
ansiosos, nós fechamos a boca do tubo e cessamos o suprimento; quando, porém,
descansamos e relaxamos, nós liberamos o fluir da unção. Normalmente, as áreas em que
temos problemas hoje são justamente aquelas com as quais estávamos preocupados ontem.
O poder de Deus é liberado quando entramos no descanso. O descanso é a expressão mais
poderosa de fé.

Porque assim diz o SENHOR Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em


sossegardes, está a vossa salvação; na tranquilidade e na confiança, a vossa força, mas
não o quisestes. (Is 30.15)

A prosperidade e o sucesso vêm quando temos grandes ideias, e as novas ideias fluem
quando estamos relaxados. A visão e os sonhos se renovam quando entramos no descanso.
Nunca, porém, pense que o descanso de Deus é o mesmo que passividade. Há uma grande
diferença entre descanso e passividade. Podemos ver claramente essa diferença no exemplo
da luta do povo de Israel contra Amaleque, em Êxodo 17.
Amaleque veio guerrear contra Israel em Refidim. A palavra Refidim significa “lugar de
descanso”. Amaleque sempre vem para lutar contra você no seu lugar de descanso. A palavra
Amaleque vem de outra palavra hebraica amal, que significa “dor, fardo pesado e trabalho
árduo”. Veja que isso é exatamente o oposto de descanso.
Deus disse que haveria guerra permanente contra Amaleque. Isso significa que esta é a única
guerra para a qual somos chamados: a guerra do descanso. É a guerra para vencer a tentação
de fazer as coisas em nossa própria força sem depender do poder de Deus.
Nós devemos, sim, lutar pelas almas dos homens, lutar pela nossa casa, pela nossa família,
pelos nossos filhos e cônjuge, mas essa luta precisa ser no descanso de quem sabe que a
obra já foi completada.
Em Mateus 12.43, Jesus disse que, quando um demônio sai de uma pessoa, ele procura um
lugar para descansar. Isso significa que o diabo não tem descanso e seu alvo é fazer com que
vivamos em preocupação, medo e angústia em todo o tempo. Mas, quando entramos no
descanso, nós retiramos todo espaço do diabo em nós. O inimigo não pode entrar onde existe
o descanso de Deus.

O trabalho no descanso
A vontade de Deus é que experimentemos a bênção de Salomão. Davi, seu
pai, tinha subjugado todos os inimigos, por isso Salomão pôde desfrutar de
descanso de todos os lados. Ele não tinha nem inimigo e nem adversidade
alguma. Este é o descanso de Deus.
Porém a mim o SENHOR, meu Deus, me tem dado descanso de todos os lados; não há
nem inimigo, nem adversidade alguma. Pelo que intento edificar uma casa ao nome do
SENHOR, meu Deus, como falou o SENHOR a Davi, meu pai, dizendo: Teu filho, que
porei em teu lugar no teu trono, esse edificará uma casa ao meu nome. (1 Rs 5.4-5)
Por causa do descanso, ele pôde edificar casa para Deus. Eu creio que precisamos desfrutar
da bênção de Salomão se desejamos edificar casa para Deus neste tempo. O Senhor Jesus é
o nosso Davi, o qual já derrotou todos os nossos inimigos, assim podemos desfrutar de
descanso de todos os lados para podermos edificar com liberdade.
Precisamos lutar para entrar no descanso de Deus. Lute contra a ansiedade e a preocupação.
Lute contra toda incredulidade que o leva a perder a paz do descanso. Viva esse maravilhoso
paradoxo de se esforçar para descansar. O descanso será a sua força.
Este é o princípio do descanso. A obra de Deus já foi completada. Quando criou o homem,
Deus o colocou num jardim que já estava pronto. Quando levou o povo para Canaã, Deus os
levou para cidades prontas. Cristo disse que está consumado. Assim, a obra de Deus está
pronta, a nossa posição é de permanecer na vitória que já nos foi conquistada.
Precisamos constantemente aceitar o convite do Senhor para irmos a Ele a fim de acharmos
descanso para a nossa alma.

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai
sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e
achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
(Mt 11.28-30)

2º - Segundo Dia- Apegue-se a


Deus com amor
A promessa de proteção do Salmo 91 não é automática. O próprio
Salmo coloca algumas condições. Primeiro ele diz que aquele que
habita no esconderijo do Altíssimo, descansa... Precisamos nos esforçar
para entrar no descanso. Isso não é um tipo de obra, porque o descanso
é exatamente entender que a obra está consumada.
Uma segunda condição é confessar. O verso 9 diz: “Pois disseste: O
Senhor é o meu refúgio”. Quando você diz que o Senhor é o seu refúgio,
você faz do Altíssimo a sua morada.
Descansar e confessar a verdade, não realizar obras, na verdade as
obras fluem de um coração cheio de fé. No verso 14 lemos que “porque
a mim se apegou com amor, eu o livrarei”. Esse é o ponto em que
muitos tropeçam. Se você acredita que aqui está se referindo a um
mandamento, você nunca se sentirá qualificado para ter a bênção da
proteção de Deus.
Tudo aquilo que depende de mim mesmo e do meu amor pelo Senhor
está num terreno movediço. Não importa o quão bom alguém pense
ser, ele nunca conseguirá cumprir perfeitamente nenhum
mandamento.
Com isso não estou dizendo que não é importante amar o Senhor. Na
verdade, Paulo é muito contundente em 1 Coríntios 16.22 quando diz:
“Se alguém não ama o Senhor, seja anátema. Maranata!”
A ênfase da Nova Aliança é no amor de Deus por nós e não em nosso
amor por Ele.
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a
Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como
propiciação pelos nossos pecados. (1 Jo 4.10)
Nós amamos porque ele nos amou primeiro. (1 Jo 4.19)
É muito importante amarmos o Senhor, mas o nosso amor por Ele hoje
não é um mandamento da lei, apenas a resposta de alguém que
descobriu que é muito amado. Quando temos revelação do amor de
Deus por nós, então espontaneamente respondemos amando-o
também.
Precisamos ler o Salmo 91 com a lente da Nova Aliança. Na Velha
Aliança a proteção era obtida, mas na Nova Aliança, é recebida. A cruz
estabelece a diferença.
Homem muito amado
Há proteção e livramento quando você crê que é amado por Deus. A
Palavra de Deus nos mostra a história de Daniel, a quem o Senhor
chamou de homem muito amado (Dn 10.19).
Daniel experimentou a proteção de Deus na sua vida. A Palavra de
Deus nos diz que Daniel tinha grande favor da parte do rei Dario. Ele se
destacou entre todos os oficiais do rei, que pensava em estabelecê-lo
como primeiro ministro sobre todo o império. Isso despertou o ciúme
dos outros oficiais, que passaram a tramar contra Daniel. Mas, por
mais que tentassem, não achavam falha em Daniel, pois este era
irrepreensível em todas as coisas do reino.
Aqueles homens então perceberam que a única maneira de acusar
Daniel seria por meio de sua devoção a Deus. Eles observaram que
Daniel, de joelhos, orava diariamente três vezes ao dia no quarto de
cima de sua casa, com as janelas abertas.
Assim aqueles oficiais pediram ao rei que durante um mês qualquer
homem que fizesse uma petição a qualquer deus que não o rei, fosse
lançado na cova dos leões. Eles sabiam com certeza que Daniel não iria
parar de orar a Deus, então essa seria a maneira de derrubá-lo. Havia
algo peculiar sobre a lei dos medos e persas, é que, uma vez sancionada
pelo rei, uma lei não podia ser revogada.
O mais impressionante é que, mesmo depois de ficar sabendo a
respeito do decreto, Daniel continuou orando no quarto de cima de sua
casa, com as janelas abertas, exatamente como costumava fazer.
Aqueles homens foram e acharam Daniel orando. Imediatamente
apresentaram-se ao rei e o lembraram do interdito real de que seria
lançado na cova dos leões qualquer um que orasse a um deus que não
fosse o rei.
Quando o rei ouviu essas coisas ficou penalizado por Daniel e se
empenhou de todas as formas para salvá-lo da condenação. Mas a lei
dos medo-persas não podia ser alterada nem revogada. Assim o rei não
teve alternativa senão ordenar que Daniel fosse lançado na cova dos
leões (Dn 6.1-16).
O rei amava a Daniel e ficou de jejum e acordado toda a noite. No outro
dia, bem cedo de manhã, o rei correu até a cova dos leões para ver o
que teria acontecido com Daniel.
Chegando-se ele à cova, chamou por Daniel com voz triste;
disse o rei a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o
caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha
podido livrar-te dos leões? Então, Daniel falou ao rei: Ó rei,
vive eternamente! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a
boca aos leões, para que não me fizessem dano, porque foi
achada em mim inocência diante dele; também contra ti, ó
rei, não cometi delito algum. Então, o rei se alegrou
sobremaneira e mandou tirar a Daniel da cova; assim, foi
tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele,
porque  crera no seu Deus. (Dn 6.20-23)
Daniel claramente era alguém que habitava no esconderijo do
Altíssimo, debaixo das asas do Onipotente. Como ele tinha feito do
Altíssimo a sua morada, o Senhor enviou o seu anjo para livrá-lo (Sl
91.9-11). Daniel não sofreu nenhum arranhão dos leões.
Mas, em contraste com isso, o rei Dario ordenou depois que aqueles
oficiais que armaram o esquema contra Daniel fossem lançados na
cova dos leões, “e ainda não tinham chegado ao fundo da cova, e já os
leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos” (Dn 6.24).
Antes de avançarmos, preciso lhe perguntar algo: “você crê que Daniel
foi livrado porque orava três vezes ao dia religiosamente, ou você crê
que a sua rotina era apenas a expressão exterior de um coração que
amava a Deus?” Eu não estou dizendo que para ser protegido por Deus
você precisa orar três vezes ao dia. O que estou dizendo é que a
proteção é resultado da proximidade e intimidade com o Senhor.
Não há fórmulas, passos ou atalhos para ter a proteção do Senhor.
Simplesmente ande na intimidade do Altíssimo. A sombra é algo que
indica a proximidade do objeto. Viver à sombra nos fala de viver
próximo. Não buscamos apenas a proteção, mas buscamos o Protetor.
Conheço irmãos que colocam a Bíblia aberta no Salmo 91 na sala de sua
casa e outros que recitam o Salmo várias vezes durante o dia como se
fosse um mantra. Nada funciona se você não tem um relacionamento
pessoal com o Senhor Jesus. Você tem uma relação pessoal ou fez uma
transação com Deus? Você é relacional ou transacional? Sua resposta a
isso é muito importante.
Há irmãos que me perguntam quantas vezes eles devem orar por dia.
Isso não faz sentido numa relação. Minha esposa não me pergunta
quantas vezes ao dia ela deve me beijar. Meu casamento não é regido
por fórmulas. Nós nos beijamos porque nos amamos. Não transforme
sua relação com Deus numa fórmula.
Daniel tinha um relacionamento íntimo com o Senhor, por isso orava
três vezes ao dia. Esteja sempre consciente de que você é amado e dê
graças por tudo a nosso Deus e Pai.
Você ama a Deus quando entende que é amado
Uma coisa é saber que Deus nos ama, outra coisa é crer que Ele de fato
nos ama. Não é suficiente saber que somos amados, precisamos
também crer. Há mulheres que perguntam a seu marido todo o tempo:
“Você me ama?” Por mais que o marido repita que a ama, mesmo
assim ela não acredita. A maioria dos pais ama seus filhos ao ponto de
morrer por eles, mas há filhos que simplesmente não acreditam que
são amados.
Se você não crê na verdade, ela não pode ajudá-lo. A verdade é que o
marido ama a sua esposa, mas se ela não crê, ainda continuará com um
sentimento de rejeição e baixa autoestima. No final não é a verdade que
o liberta, mas o conhecimento da verdade (Jo 8.32). Mas, depois de
conhecê-la, eu preciso responder crendo.
E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós.
Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece
em Deus, e Deus, nele. (1 Jo 4.16)
É por isso que João diz que nós temos conhecido e crido no amor que
Deus tem por nós. Não basta conhecermos, precisamos crer que somos
amados.
Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do
Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é,
também nós somos neste mundo. (1 Jo 4.17)
A expressão Dia do Juízo também poderia ser traduzida como dia de
crise. Quando vem o dia mau, aquele que crê que é amado permanece
firme. Ele sabe que é amado, por isso permanece sereno em meio à
luta.
Lembre-se de que hoje Deus não está lidando com você com base em
quem você é, mas Deus o julga hoje com base no homem perfeito
sentado à sua destra. Como Ele é, assim nós somos neste mundo. Sua
pergunta não deve ser “Será que sou aceito por Deus? Será que estou
agradando a Deus?” A pergunta correta é “Cristo é aceito pelo Pai?
Cristo está agradando ao Pai?” Cristo nunca poderá ficar debaixo de
condenação, e como Ele é, nós somos neste mundo.
No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora
o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que
teme não é aperfeiçoado no amor. (1 Jo 4.18)
A palavra tormento significa o medo da punição e da condenação de
Deus. Se você tem medo do futuro, medo de não ter o suficiente, medo
de perder alguém ou medo de ficar enfermo, você não tem se firmado
no amor, porque o verdadeiro amor lança fora o medo.
O nosso amor certamente é imperfeito, então o perfeito amor não é o
nosso, mas o amor de Deus por nós. Uma vez que você sabe e crê o
quanto é amado, o medo será lançado fora.
Nós amamos porque ele nos amou primeiro. (1 Jo 4.19)
Nós amamos porque fomos amados primeiro. O nosso amor é apenas o
reflexo do conhecimento que temos do quanto somos amados.
No passado eu exortava as pessoas a amarem a Deus. Dizia que o
motivo pelo qual viviam no pecado é porque não amavam a Deus. Mas
somente exortá-las a amar a Deus apenas nos leva de volta à lei. As
pessoas simplesmente não conseguem amar a Deus por si mesmas.
Amar a Deus é o primeiro mandamento da lei e pregar a lei apenas
coloca as pessoas debaixo de jugo e condenação. Muitos se sentem
culpados e até abandonam a igreja. Eles fazem isso não porque são
rebeldes, mas porque são sinceros. Eles concluem que, se realmente
amassem a Deus, não cairiam no pecado; então, se não amam a Deus, a
igreja não é o lugar deles. Eles não querem ser hipócritas.
Mas quando nós removemos o véu que os impede de ver o amor de
Deus, eles são conquistados pelo Pai e espontaneamente respondem
amando.
Em Apocalipse 2.4, vemos uma repreensão aos irmãos da igreja de
Éfeso porque eles tinham abandonado o primeiro amor. Durante muito
tempo eu ensinei que o primeiro amor era aquele amor inicial que
temos para com o Senhor quando nos convertemos. Isso não está
errado, mas o Senhor me mostrou algo ainda mais precioso.
Em 1 João 4.19, está escrito que nós amamos apenas porque Ele nos
amou primeiro. Então o primeiro amor não é o meu, mas o
amor d’Ele por mim. Abandonar o primeiro amor é esquecermos do
quanto somos amados pelo Pai.

O ponto central é o amor de Deus


Você nunca saberá o quanto Deus o ama até você entender o quanto o
Pai ama a Cristo. Você precisa entender o quanto Cristo é amado, mas
ainda assim Deus Pai o entregou para ter você. Esse é o quanto você é
amado. Deus entregou o que tinha de mais precioso para ter você.
O ponto central não é o quanto você ama a Deus, e sim o quanto é
amado por Ele. Quando entende que é amado, você espontaneamente
responderá com amor.
Primeiro descobrimos o quanto somos amados por causa do grande
preço do Calvário. Uma vez que entendemos o quanto somos amados,
nossa resposta espontânea é amar o Senhor. Nós o amamos porque Ele
nos amou primeiro.
Como conseguiremos liderar e enfrentar as guerras com o inimigo se
ainda acalentamos dúvidas de que somos amados incondicionalmente?
Jesus venceu a acusação dos fariseus e a traição dos homens porque
Ele sabia que era amado. Quando presumimos que não somos amados,
pensamos que nossas falhas mudaram o amor de Deus por nós.
Sempre que isso acontece, nossa fé se torna mais fraca. Não devemos
permitir que as circunstâncias definam o amor de Deus por nós.
Mesmo no meio da tribulação você é amado. Não permita que alguma
performance negativa ou resultado ruim defina quem você é. Você é
amado de Deus.
Quando agimos corretamente não é difícil crer que somos amados, mas
o teste de fé é crer no amor de Deus quando falhamos. Entretanto a
verdade é que o amor de Deus permanece inalterado. Se você declarar
em fé que é amado de Deus nesses momentos, você se encherá do
poder para vencer toda circunstância.
Esteja ciente do amor de Deus por você. Acorde todos os dias de manhã
e declare: “Eu sou amado! Deus tem coisas tremendas para mim! Eu
fui escolhido!”
Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na
unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os
amaste, como também amaste a mim. (Jo 17.23)
É maravilhoso saber que Deus Pai nos ama do mesmo modo que ama a
Cristo. O seu amor por nós não depende de nosso comportamento.
Nada é mais valioso para Deus do que seu Filho Jesus, no entanto Ele
entregou o seu Filho para nos ter. Esse é o valor que temos para Ele.
Parece loucura, mas eu creio que Jesus nos amou mais do que a Ele
mesmo. Você crê nisso? Deixe-me lhe dar algumas provas.
Em Filipenses 2.3, o Senhor nos diz para considerarmos os outros
superiores a nós mesmos. Como Jesus nos daria essa ordem se Ele
mesmo não a praticasse? É assim que o Senhor ama você. Ao morrer na
cruz, Ele o fez porque nos considerou superiores a si mesmo. Fez-se
servo de todos.
Romanos 12.10 diz que devemos amar uns aos outros com amor
fraternal, preferindo-nos em honra uns aos outros. Jesus é o
primogênito entre muitos irmãos e Ele prefere em honra os irmãos e
irmãs mais do que a si mesmo.
Exercite todos os dias a disciplina de pensar no quanto você é amado.
Eu gosto sempre de dizer que não há nada bom que eu possa fazer para
Deus me amar mais. Mas também não há nada errado que eu venha a
fazer que o faça me amar menos.

3º- Terceiro Dia- A verdade


sobre os anjos
Quando falamos sobre a proteção de Deus sobre nós, seus filhos, não
podemos nos esquecer do ministério dos anjos. A promessa do Senhor
no Salmo 91 é que “nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à
tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te
guardem em todos os teus caminhos” (Sl. 91.:10-11). A maneira como o
Senhor nos amntémmantém a salvo das pragas é dando ordens aos anjos
para que nos guardem.
Quando fazemos do Altíssimo a nossa morada, Eele nos envia anjos que
nos cercam e nos protegem contra ataques do maligno.
O mais interessante é que esse trecho do Salmo 91 foi mencionado pelo
diabo quando tentava a Jesus no deserto. “O diabo levou o Senhor à
Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és
Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos
ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas
mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus:
Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus” (Mt. 4.:5-7). 
Estse é o único lugar na Palavra de Deus em queonde se diz que o diabo
mencionou as Eescrituras. Mas o inimigo não citou o texto bíblico
corretamente, ele omitiu uma parte importante. O Salmo diz: “Porque
aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em
todos os teus caminhos.”. Ele omitiu a expressão “para que te guardem
em todos os teus caminhos”.
Em Provérbios 3.:6, lemos: “Reconhece-o em todos os teus caminhos, e
ele endireitará as tuas veredas”. O diabo omitiu essa expressão porque
ele sabe que, se reconhecermos as açãosações dos anjos em nosso
caminho, estaremos reconhecendo a ação do Senhor e, quando
reconhecemos o Senhor em nosso caminho, eEle vai endireitar as nossas
veredas.
O alvo do diabo era levar o Senhor a testar a proteção de Deus. O
Senhor disse que isso é tentar a Deus. A promessa do Senhor, em
Marcos 16.18, por exemplo em Marcos 16:18, é que, se bebermos
alguma coisa mortífera, não nos causará mal nenhum. Mas isso
somente quando bebemos sem saber, porque se soubermos que algo é
venenoso não devemos beber. E se sabemos que é venenoso e ainda
assim resolvemos beber confiados na promessa, estaremos na verdade
tentando a Deus.
Certa vez, ouvi um testemunho impactante de um pastor que trabalha
num país muçulmano. Em muitos países muçulmanos, os pais ou
parentes costumam matar uma pessoa quando ele ela se converte e é
batizada. Então, esse pastor nos contou que um membros filho de
muçulmanos resolveu, depois de muito tempo, enfrentar seu pai e
contar que havia se convertido. Depois de contar para o seu pai, esste lhe
respondeu: “eEu já sei, meu filho, e esse caminho que você está
seguindo é realmente verdadeiro”. O jovem ficou perplexo e perguntou:
“Mmas como o senhor chegou a essa conclusão?” O sei pai lhe
respondeu: “Eeu coloquei veneno em sua comida várias vezes e você
comeu e não morreu”.
Isso é maravilhoso! Aquele jovem não tinha comido uma comida
envenenada apenas para provar que Deus o protegia. Nada disso, ele
estava vivendo a sua vida normal, seguindo o seu caminho, mas o anjo
do Senhor o livrou do mal. Esstacertamente é a hisóriahistória de todos os
filhos de Deus. Somos constantemente livrados pela ação de anjos, o
problema é que não sabemos disso.
Mais são os que estão conosco
A Ppalavra do Senhor conta que, nos dias do profeta Eliseu, houve guerra
entre Israel e a Síria (2II Rs. 6). Aconteceu que o rei da Síria planejava
as suas estratégias militares contra os israelitas, determinando um
ataque num certo lugar e hora. O problema era que, de forma
surpreendente, os rei de Israel ficavaosreis de Israel ficavam sabendo da
emboscada e passavam por outro caminho.
Isso aconteceu várias vezes até que o rei da Síria ficou exasperado. Ele
disse:; “hHá um traidor entre nós”. Os seus oficiais, porém, lhe
disseram que o problema era o profeta Eliseu. O profeta contava ao rei
de Israel tudo o que o rei da Síria planejava no seu quarto (2II Rs.
6:.11-12).
O rei, então, mandou procurar o profeta Eliseu para que pudesse
prendê-lo. Foi dito que o profeta estaria em Dotã, então o rei enviou
tropas de soldados a cavalo que chegaram e cercaram a cidade.
Quando o servo do profeta levantou-se de manhã, ele viu toda a cidade
cercada de soldados, carros e cavalos. Ele e Eliseu estavam
completamente cercados pelo exército sírio. O servo entrou em pânico
e disse ao profeta: “Ai! Meu senhor! Que faremos?” ( 2II Rs. 6:.15).
Eu amo essa história. Somente a pPalavrade Deus poderia conter algo tão
tremendo. O que você faria nessa situação? Literalmente, um exército
inteiro se levantou contra um único homem. Provavelmente,
estaríamos em pânico como o servo de Eliseus. Mas a resposta de
Eliseu é extraordinária.

Ele respondeu: Não temas, porque mais são os que estão


conosco do que os que estão com eles. (2II Rs. 6:.16)
Do ponto de vista do servo, não havia nenhuma lógica nas palavras
de EliseusEliseu. Eram apenas dois contra um exército inteiro armado até
os dentes. Eliseu, então, fez uma oração simples para que o Senhor
abrisse os olhos do seu servo.

Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos


para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu
que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em
redor de Eliseu. (2II Rs. 6.:17)
Nesse momento, o servo teve os olhos abertos para ver todo o monte
cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Eliseu. Era o exército de
anjos de Deus. Certamente, a beleza e a majestade daqueles anjos
estava muito além do que aquele servo poderia imaginar.
Agora compreendemos a razão da tranquilidade de Eliseu e o pânico do
servo, eles viam coisas diferentes. A visão do servo era natural, por isso
ele via apenas o exército inimigo, mas a visão de Eliseu era espiritual,
ele via o exército de Deus enviado para guardá-lo.
Em tempos de luta e tribulação, quero desafiá-loar você a crer nessa
verdade: “Mmais são os que estão conosco do que os que estão contra
nós”. Fortaleça o seu coração com essa promessa. Lanceça fora toda
ansiedade, porque o Deus que dá ordem aos anjos está do seu lado.

Toda arma forjada contra ti não prosperará; toda língua


que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a
herança dos servos do SENHOR e o seu direito que de mim
procede, diz o SENHOR. (Is. 54.:17)
Se continuarmos lendo, veremos que aquele exército se levantou para
atacar Eliseu, então ele orou para que viesse cegueira sobre todos
aqueles homens. Isso é sensacional! Para o servo, a visão foi aberta,
mas, para o inimigo, até a pouca visão que tinham eles perderam.
Observe que nessa batalha tudo é uma questão de visão. Os soldados
ficaram cegos, mas o servo de Eliseu também era cego. Quando nos
prendemos apenas ao natural, somos derrotados, mas quando nossos
olhos são abertos, temos vitória.
Valorosos em poder
A proteção de Deus nem sempre será vista de forma tão espetacular,
mas todos os dias sua proteção está sobre nós. Contudo, issoMas é algo
tão espontâneo que, na maioria parte do tempo, nem percebemos a
presença angelical para nos proteger.
Por causa dos quadros renascentistas, fomos condicionados a pensar
nos anjos como bebês gordinhos de cabelos encaracolados voando com
arco e  flechas. Isso, porém, está muito longe da realidade.

Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, valorosos em


poder, que  executais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra.
Bendizei ao SENHOR, todos os seus exércitos, vós, ministros
seus, que fazeis a sua vontade. (Sl. 103:.20-21)
Anjos são criaturas poderosas. O Salmo 103 diz que são valorosos em
poder. Em 2II Reis 19, lemos que, numa ocasião, Senaqueribe, rei da
Assíria, veio contra Jerusalém. Aconteceu que o rei Ezequias orou ao
Senhor e o Senhor enviou um anjo à noite, o qual e esse matou 185 mil
soldados do exército assírio. Isso dá para você entender a força de um
único anjo.

Então, naquela mesma noite, saiu o Anjo do SENHOR e


feriu, no arraial dos assírios, cento e oitenta e cinco mil; e,
quando se levantaram os restantes pela manhã, eis que
todos estes eram cadáveres. (2II Rs. 19:.35)

Consciente dos anjos


Sobre os anjos, há tem duas coisas importantes das quaisque precisamos
nos lembrar. O Salmo 91 diz claramente que Deus dá ordem aos seus
anjos, para que noste guardem em todos os nossosteuscaminhos. Nós não
damos ordens aos anjos, mas Deus dá. 
Então, não precisa se preocupar em falar com anjos. Você não precisa
fazer isso, pois o Pai já os encarregou de cuidar de você. Você não
precisa saber o nome deles e nem falar com eles.
Quando os soldados romanos vieram prender o Senhor Jesus
no Getsêmanei, Pedro atacou o servo do sumo sacerdote. Mas o Senhor
disse-lhe a ele: “Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me
mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos?” (Mt. 26:.53). 
Nesse texto, vemos claramente que o Senhor oraria ao Pai
e Eleo Pai enviaria os anjos. O Senhor tinha à sua disposição dele 72 mil
anjos, mas mesmo assim eElenão disse que daria ordem ao anjo, mas
oraria ao Pai. O Senhor fez assim para nos ensinar o padrão correto.
A segunda coisa é que, apesar de não orarmos a anjos, ainda assim é
mais importante ter consciência da presença de anjos do que
consciência da presença de demônios. Fico triste com irmãos que estão
sempre cientes da ação de demônios, mas nunca percebem a ação dos
anjos de Deus.
Ativando os anjos
Creio que está claro que não oramos aos anjos, mas eu creio que nós
podemos ativá-los para agir em nosso favor. Como podemos fazer isso?
Em primeiro lugar, ativamos os anjos quando louvamos o Senhor.

O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e


os livra. (Sl. 34.:7)
O anjo do Senhor livra aquele que teme. Quando se trata de temor,
muitos presumem que o temor de Deus é ter medo d’Eele. Mas isso não é
verdade. Para muitos, o temor de Deus é o medo da punição e do
castigo, por isso vivem atemorizados, porque ainda estão debaixo de
um espírito de escravidão. Mas para aqueles que clamam: “Aba, Pai”, o
temor é apenas o resultado do amor recebido.
Em Mateus 4, quando o Senhor foi tentado pelo diabo, Eele respondeu
com um texto do livro de Deuteronômio. Em Mateus 4.:10, Eele diz: “Ao
Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.”. Mas, quando lemos
o texto que eEle está citando,  ele está um pouco diferente: “O Senhor,
teu Deus, temerás, a ele servirás, e, pelo seu nome, jurarás” (Dt. 6:.13).
No Velho Testamento, está escrito “O Senhor teu Deus temerás”, mas
Jesus mudou o texto para “Ao Senhor teu Deus adorarás”. Ele trocou a
palavra “temor” por “adoração”. Nós não podemos fazer isso,
mas eEle pode, pois eEle mesmo é o autor da Eescritura. Isso significa que a
adoração é o verdadeiro temor de Deus.
Quando nós adoramos a Deus, damos ocasião para os anjos agirem.
Invista tempo em adoração todos os dias. No meio da dificuldade ou
quando o medo vier, simplesmente cante ao Senhor. Quando fazemos
isso, focamos a nossa atenção no Senhor e os seus anjos nos cercam
como um escudo.
A segunda coisa que eu creio vai ativar os anjos é a confissão da Palavra
de Deus. O Salmo 103:.20 diz: “Bendizei ao SENHOR, todos os seus
anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e lhe obedeceis à
palavra”. Os anjos obedecem aà palavra de Deus.
Mas quem dá voz à palavra de Deus? Somos nós. Cada vez que
tomamos um versículo da Bíblia em fé, estamos dando voz à palavra de
Deus. Eu creio que os anjos respondem a isso.
Não creio que anjos possam saber o que pensamos, então precisamos
falar a palavra. Você precisa memorizar a Bíblia e confessá-la
no seua dia a dia. Quando você sentir medo, abra a boca e fale a palavra
de Deus. Quando você declara a palavra, os anjos se encarregam de
cumprir a palavra de Deus em seunosso favor.

Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para


serviço a favor dos que hão de herdar a salvação? (Hb.
1.:14)
O Senhor mesmo nos mostrou a importância de confessar a palavra
escrita quando no deserto eEle disse: “Eestá escrito!”. Ele simplesmente
falou o que estava escrito e isso foi suficiente para derrotar o diabo.
Portanto, se falar a Palavra de Deus tem poder para derrotar o diabo,
parece plausível crer que confessar a palavra ativa os anjos de Deus.
A minha oração hoje é a mesma de Eliseu, que o Senhor possa nos
abrir os olhos. Que possamos ver além da dimensão natural. Que
possamos ver legiões de anjos posicionados para nos proteger.

4º - Quarto Dia- Porque


conhece o meu nome
A promessa de proteção do Senhor é estendida a todos, mas essa
proteção não é automática. O Salmo 91 fala de três coisas que
precisamos fazer para que o Altíssimo seja a nossa morada. A primeira
é que precisamos declarar, falar que o Senhor é o nosso refúgio. A
segunda é que precisamos nos apegar a Ele com amor. E o verso 14
lemos que seremos colocados a salvo porque conhecemos o nome do
Senhor.
Porque a mim se apegou com amor, eu o livrarei; pô-lo-ei a
salvo, porque conhece o meu nome. Sl. 91:14
Temos vivido um surto de gripe em todo o mundo nesses dias e muitas
pessoas morreram. Em momentos assim precisamos ter a nossa fé
renovada para descansarmos no esconderijo do Altíssimo. A promessa
do Salmo 91 é que seremos protegidos. Enquanto as pessoas do mundo
sofrem com angústia e medo, nós podemos crer na promessa que
seremos guardados pelo Senhor. É muito importante que não sejamos
tomados pelo medo como as pessoas do mundo.
A nossa fé é nutrida pelo tipo de alimento que permitimos entrar em
nossa alma. Se a nossa atenção está sempre no noticiário e nas mídias
sociais isso significa uma dieta de ansiedade e medo. Ponha os seus
olhos naquilo que o Senhor Jesus nos conquistou no Calvário e o seu
coração se encherá de fé.
O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à
sombra do Onipotente diz ao SENHOR: Meu refúgio e meu
baluarte, Deus meu, em quem confio. Sl. 91:1-2
A palavra habitar no original é yashab que significa sentar. Assim
aquele que habita é o que se assenta e descansa no esconderijo do
Altíssimo. A maneira como o Senhor quer que desfrutemos de proteção
é entrando no descanso. Sua proteção, sua paz e todas as bênçãos
fluem em nossa vida quando permanecemos no descanso.
Hoje nós estamos assentados com Cristo nos lugares celestiais (Ef. 2:6,
Hb. 1:3). A palavra assentado significa que todo trabalho já foi
terminado e agora estamos no descanso.
No Velho Testamento o sacerdote oferecia o sacrifício da manhã às
9:00 horas e então ficava de pé até o sacrifício da tarde às 15:00 horas.
O Senhor Jesus foi crucificado às 9:00 da manhã e ficou na cruz até as
15:00 cumprindo assim o perfeito sacrifício. Uma vez que o sacrifício
do Senhor foi completo e perfeito ele pode se sentar e nós estamos
assentados com ele (Hb. 10:11-12).
Nós podemos descansar no esconderijo do Altíssimo porque o Senhor
já pagou o preço por todas as bênçãos de proteção do Salmo 91.
Nós somos protegidos quando habitamos no esconderijo do Altíssimo.
Mas onde é esse esconderijo? Creio que a resposta pode ser encontrada
nos dois nomes de Deus mencionados no verso primeiro: Altíssimo e
Onipotente. Altíssimo é El Elyon no hebraico e Onipotente é El
Shadday.
El Elyon aparece no capítulo 14 de Gênesis e El Shadday aparece no
capítulo 17. O esconderijo do Altíssimo está entre esses dois capítulos.
O que aconteceu nos capítulos 15 e 16 de Gênesis?
El Elyon
A primeira menção de El Elyon, Deus Altíssimo, está em Gênesis 14.
Quando Abraão retornava da guerra contra os quatro reis,
Melquisedeque lhe saiu ao encontro. Melquisedeque era sacerdote de
El Elyon e trouxe a Abraão pão e vinho, mostrando que era um tipo de
Cristo. E ele liberou uma bênção sobre Abraão.
Após voltar Abrão de ferir a Quedorlaomer e aos reis que
estavam com ele, saiu-lhe ao encontro o rei de Sodoma no
vale de Savé, que é o vale do Rei. Melquisedeque, rei de
Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo;
abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus
Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus
Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos.
E de tudo lhe deu Abrão o dízimo. Gn. 14:17-20
A palavra Salém vem de Shalom que significa paz. Melquisedeque era o
rei da paz, o que claramente aponta para o Senhor Jesus. O livro
de Hebresu declara que o Senhor Jesus é sacerdote segundo a ordem de
Melquisedeque.
O nome Melquisedeque significa rei de justiça. E esse rei trouxe a
Abraão pão e vinho apontando para a Ceia. Muito antes do Senhor vir e
morrer, Deus já havia estabelecido o seu propósito de nos tratar de
acordo com a Nova Aliança.
Nessa passagem onde está a primeira menção de El Elyon encontramos
também a primeira menção da Ceia e do dízimo.
El Shadday
A primeira menção de El Shadday também foi na vida de Abraão.
Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos,
apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-
Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito. Gn. 17:1
No capítulo 15 Abraão creu no mesmo evangelho que você e eu cremos.
Ele creu no Senhor e isso lhe foi imputado para justiça.
Depois destes acontecimentos, veio a palavra do SENHOR a
Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu
escudo, e teu galardão será sobremodo grande. Respondeu
Abrão: SENHOR Deus, que me haverás de dar, se continuo
sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno
Eliézer? Disse mais Abrão: A mim não me concedeste
descendência, e um servo nascido na minha casa será o meu
herdeiro. A isto respondeu logo o SENHOR, dizendo: Não
será esse o teu herdeiro; mas aquele que será gerado de ti
será o teu herdeiro. Então, conduziu-o até fora e disse: Olha
para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe
disse: Será assim a tua posteridade. Ele creu no SENHOR, e
isso lhe foi imputado para justiça. Gn. 15:1-6
Esse texto é mencionado em Romanos e em Gálatas como a base do
evangelho da graça. Deus atribui justiça a você não com base em suas
obras, mas com base em sua fé no Senhor. Nós somos justificados pela
fé independente de obras. Para estar no esconderijo do Altíssimo você
precisa ser justificado pela fé. Precisa crer no evangelho.
No capítulo 16, todavia, nós deparamos com um problema, Agar. Ter
um filho de Agar não foi ideia de Deus. Ela era uma escrava que foi
dada a Abraão quando ele desceu ao Egito. Agar deu à luz a um filho
chamado Ismael e no livro de Gálatas Paulo explica que Agar simboliza
a lei e Ismael representa a carne. Mas Sara representa a graça.
Uma vez que somos justificados pela fé precisamos ter cuidado para
não voltarmos para a lei representada por Agar. Agar precisa estar
sujeita a Sara, assim como a lei deve estar submissa a graça.
Em outras palavras podemos dizer que uma vez que você é justificado
pela fé não volte a andar confiado na lei. Abraão agiu confiado na carne
e isso lhe custou treze anos até que teve a revelação de El Shadday.
Se queremos estar no esconderijo do Altíssimo precisamos ser
justificados por fé e libertos da lei. O que isso significa? Não confie na
sua força, mas descanse em Cristo.
No capítulo 17 lemos que o Senhor apareceu a Abraão quando ele tinha
99 anos, mas no verso anterior lemos que Abraão tinha 86 quando
nasceu Ismael. Isso significa que Deus ficou 13 anos sem falar com ele.
O Senhor esperou até que Abraão fizesse 99 anos e não tivesse mais
vigor natural. Quando Abraão chegou ao ponto de não poder mais
gerar um filho por si mesmo o Senhor vem e se revela a ele como
El Shaday, o Deus Todo-Poderoso.
Todos nós temos de chegar ao ponto de desistir de agir em nossa força
e confiados em nossa habilidade, e passarmos a descansar que o
Senhor trabalha por nós. O Esconderijo do Altíssimo é um lugar de
descanso.
Precisamos ter nossa perspectiva alargada pela revelação de El Elyon, o
Deus Altíssimo que possui os céus e a terra, e de El Shaddai, o Deus
todo-poderoso. Não importa se você está lidando com problemas
financeiros, problemas de insônia, depressão ou mesmo pensamentos
suicidas, há um Deus que ama você e cuja mão de poder está sobre a
sua vida. Você pode ter proteção divina sobrenatural.
Yehovah Elohim e Yeshua
No verso dois do salmo encontramos mais dois nomes de Deus:
Yehovah e Elohim. No capítulo primeiro de Gênesis nós encontramos o
nome Elohim que significa Deus, o Deus criador. A palavra Elohim está
no plural para indicar Deus é triúno. Não existem três deuses, mas um
único Deus que subsiste na forma de três pessoas.
Mas no capítulo 2 de Gênesis no momento em que o homem entra em
cena o nome é Senhor Deus, Yehovah Elohim. Isso acontece porque o
nome Yehovah está relacionado com a aliança com o homem. Yehovah
é o Deus da aliança.
Quando declaramos: “direi ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte,
Deus meu, em quem confio,” estamos na verdade declarando que o
Senhor é um Deus de aliança.
Todos esses nomes são importantes para conhecermos o Senhor, mas a
principal revelação está no final do Salmo que diz: “Saciá-lo-ei com
longevidade e lhe mostrarei a minha salvação”. Você sabe o que é a
palavra salvação em hebraico? É a palavra Yeshua que é o próprio
nome do Senhor Jesus.
O esconderijo do Altíssimo é um lugar onde você está em Cristo. Estar
em Cristo é estar no lugar mais seguro do universo. Uma vez que você
recebe o Salvador Yeshua você nasce de novo e o Pai vê você em Cristo.
Você está salvo, protegido e seguro nele.
Você se lembra como Noé foi salvo do dilúvio? Noé não era perfeito,
mas Deus o via como justo por causa de sua fé (Hb. 11:7). Quando o
dilúvio veio todos fora da arca morreram, mas Noé e sua família
foram guardados e salvos. A Arca é um tipo de Cristo e nele somos
guardados também.
Uma coisa interessante sobre a arca é que ela não tinha janelas nos
lados, mas somente no teto. A verdade oculta nisso é que o Senhor não
quer que os nossos olhos estejam nas trevas e no terror ao derredor,
mas ele quer que os nossos olhos olhem para cima, para as coisas do
céu. Eu creio que Noé, por causa do balanço da arca, pode ter se
desequilibrado e caído. Mas ele sempre caiu dentro da arca, nunca fora.
O livro de Provérbios diz que sete vezes cairá o justo e sete vezes se
levantará (Pv. 24:16). Você é justo porque recebeu o dom da justiça e
não por causa da sua própria obediência aos mandamentos. Isso
significa que mesmo que você caia você permenece em Cristo, nossa arca.
O esconderijo nos fala de um lugar em Cristo, mas nos fala também de
um lugar de proximidade e intimidade. Para estar dedebaixo da sombra
de algo precisamos de estar perto desse objeto. Quando você está
debaixo de um sol escaldante você aprecisa a sombra. Estar debaixo da
sombra do Altíssimo fala de proximidade, intimidade, mas também de
refrigério e descanso.
O esconderijo do Altíssimo não é um lugar físico, mas uma posição
espiritual de intimidade com o Senhor.
O Pai
Sempre que lemos o Velho Testamento precisamos nos lembrar que o
Novo é a chave que abre o Velho. E no Novo Testamento temos a
revelação final do nome de Deus. Na oração sacerdotal em João 17 o
Senhor orou para que fôssemos guardados no nome do Pai.
 Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao
passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em
teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim
como nós. Jo. 17:11
De todos esses nomes que temos mencionado o principal é Pai. Esse é o
nome que o Senhor Jesus veio nos revelar e nesse nome somos
protegidos.
Quando José se revelou aos irmãos no Egito a primeiro coisa que José
lhes disse foi: “chegai-vos a mim.” (Gn. 45:4). Os seus irmãos o tinham
rejeitado, traído e vendido, mas mesmo assim sua atitude era de
aproximá-los. José então coloca os seus irmãos para viverem na terra
de Gósen onde eles seriam supridos. O que é precioso é que Gósen
significa “aproximando-se, ficando mais perto”.
Habitar no esconderijo do Altíssmo tem um componente poderoso de
proximidade e intimidade. Somos guardados na intimidade com o Pai.
Ser coberto com as suas penas, descansar debaixo de suas asas nos fala
de aconchego, de família.
A maneira como o Senhor guardou os seus discípulos foi lembrando-os
em todo o tempo do amor do Pai. O Senhor dizia o Pai te perdoa, o Pai
que cuida dos passarinhos cuida de você também, o seu Pai sabe do que
você precisa. É assim que o Senhor os guardou.
Todos os outros nomes de Deus revelam parcialmente o seu caráter,
mas o nome Pai revela plenamente a Deus, pois todos os outros nomes
estão incluídos nesse.
Seu pai pode ser um juíz, um médico ou um grande líder político, mas
para você ele sempre será seu pai. O nosso Deus é realmente tudo o que
foi revelado no Velho Testamento, mas para nós ele é o nosso paizinho.
Há poder nesse nome. Há proteção nesse nome. Todos os atributos de
Deus estão presentes nesse nome.
Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que
me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o
filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. Jo.
17:12
Você não encontrará nos evangelhos nenhuma menção dos discípulos
ficando doentes, oprimidos ou necessitados de alguma coisa material.
Como o Senhor protegeu seus discípulos? Ele os protegeu no nome de
Deus. O Senhor os ensinou a se relacionar com Deus com base nesse
nome. Em todo o tempo nos evangelhos o Senhor se refere a Deus
como Pai.
Infelizmente os religiosos têm transformado até mesmo o nome Pai
num título frio e distante, mas não é esse o propósito de Deus. O Pai
quer se relacionar conosco de forma terna e amorosa. A oração mais
profunda que podemos fazer é chamá-lo de paizinho. Quando fazemos
assim estamos manifestando o espírito da Nova Aliança e desfrutando
do esconderijo do Altíssimo.
5º - Quinto Dia- A sombra do
Onipotente
Vivemos um tempo onde o perigo nos rodeia o tempo todo.
Infelizmente as pessoa do mundo estão sempre com medo, têm medo
de sair de casa, dirigir o seu carro, ir ao banco e tudo o mais. O inimigo
tem tentado fazer as pessoas desse mundo prisioneiras em suas
próprias casas. Mas a boa notícia é que você é filho de Deus, não
pertence mais a esse mundo e por isso não pode mais ser feito
prisioneiro do medo. A promessa de Deus é que estamos cobertos por
suas asas. Segundo a escritura você está coberto quatro vezes. Deixe-
me compartilhar com você essa verdade profunda da palavra de Deus.
Baseado em quê eu posso afirmar que estamos quatro vezes
protegidos? Para compreendermos isso precisamos entender como era
o Tabernáculo. Segundo a descrição bíblica o Tabernáculo tinha quatro
coberturas.
Como você sabe o tabernáculo tinha três partes: o átrio, o lugar santo e
santo dos santos. Mas o átrio, a parte externa não era o tabernáculo
propriamente dito, mas este era constituído apenas do lugar santo e do
santo dos santos.
O Tabernáculo era feito de madeira coberta com ouro. A madeira
aponta para a natureza humana e o ouro para a natureza de Deus. Nós
hoje somos o tabernáculo de Deus na terra e somos madeira coberta
com o ouro da natureza de Deus.
Nós éramos a acácia que cresce no deserto, éramos duros, sem beleza e
sem utilidade. Mas Ele veio e nos burilou, nos deu uma nova forma,
nos cobriu com o ouro da sua justiça e agora fomos feitos parte da sua
casa.
Essas tábuas de ouro estavam solidamente edificadas em bases de
prata. A prata sempre simboliza a redenção na Bíblia. Fomos
comprados por preço. O nosso alicerce é o sangue de Jesus que pagou o
preço da nossa redenção. Éramos escravos debaixo da opressão do
diabo, mas Cristo veio e nos comprou. Esse é o nosso alicerce (I Pe.
1:18-19).
Essas tábuas erguidas recebiam então, uma cobertura de quatro níveis
e quatro materiais diferentes. Era essa cobertura que o salmista tinha
em mente quando declarou: “Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas
asas, estarás seguro; a sua verdade é pavês e escudo” (Sl. 91:4).
A cobertura sobre o tabernáculo consistia em quatro camadas que
significam quatro aspectos de Cristo (Ex 26:1-14). Todas essas camadas
juntas representam a completa proteção de Cristo sobre nós. Vamos
entender o significado de cada uma delas.

O linho fino
Farás o tabernáculo, que terá dez cortinas, de linho
retorcido, estofo azul, púrpura e carmesim; com querubins,
as farás de obra de artista. Ex. 26:1
A primeira cobertura do tabernáculo era de linho com estofo azul,
púrpura e carmesim. Todas essas cores apontam para o Senhor Jesus.
O linho fino nos fala da sua vida sem pecado. O azul mostra que ele
desceu do céu, a cor púrpura mostra a sua realeza e o carmesim ou
vermelho nos fala da sua humanidade. É interessante que o nome Adão
significa vermelho em hebraico.
Essas cores também representam os quatro evangelhos. O azul aponta
para o evangelho de João onde o verbo se fez gente. O linho, para o
evangelho de Marcos que fala de Jesus como o servo perfeito. A
púrpura é a cor da realeza e por isso aponta para Mateus o evangelho
do rei. E o vermelho aponta para Lucas onde Jesus é mostrado como o
Filho do homem.
Esse linho pintado com todas essas cores deveria ter querubins
desenhado nele. Esses querubins eram sempre representados com as
asas abertas, assim quem entrava no tabernáculo se via debaixo das
asas dos querubins. Esse é o sentido de estar debaixo das asas do Todo-
poderoso.
Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás
seguro; a sua verdade é pavês e escudo. Sl. 91:4
Nenhum mal te sucederá porque agora você habita na casa de Deus.
Você está debaixo das asas do Senhor. A sua casa é o esconderijo do
Altíssimo. Você está num lugar de proteção. O caminho para esse lugar
nos foi aberto pelo sangue do Senhor Jesus. Em Rute 2:12 Boaz diz que
Rute será recompensada porque ela foi buscar refúgio debaixo das asas
do Deus de Israel.
Dentro do Tabernáculo o que vemos é o ouro da glória de Deus, são
querubins que guardam a sua justiça, é a cobertura perfeita que aponta
para Cristo.
A primeira camada era o linho fino. Quando o sacerdote erguia os olhos
ele via os querubins com as asas abertas sobre ele. Não importa onde
você esteja, você está debaixo das suas asas.
Os pêlos de Cabra
Farás também de pêlos de cabra cortinas para servirem de
tenda sobre o tabernáculo; onze cortinas farás. Ex. 26:7
A segunda camada de proteção era tecida de pelos de cabra. A primeira
e a segunda camadas eram na verdade tecidos, mas as outras duas
eram peles de animais.
Em tipologia, as cabras representam os pecadores, ao passo que as
ovelhas representam as pessoas justificadas (Mt 25:31-46). A camada
de pêlos de cabra, portanto, revela Cristo como aquele que não
conheceu pecado, mas que foi feito pecado por nós (II Cor 5:21).
Uma coisa interessante é que foram as mulheres que fiaram os pelos de
cabra. Sabemos que a primeira profecia em Gênesis 3:15 declara que o
Messias viria da semente da mulher. O messias foi gerado unicamente
de uma mulher. Foram necessários nove meses de trabalho para que o
tabernáculo fosse edificado, um claro sinal do messias que viria da
mulher.
E todas as mulheres cujo coração as moveu em habilidade
fiavam os pêlos de cabra (Ex. 35:26).

A pele de carneiro
Também farás de peles de carneiro tintas de vermelho uma
coberta para a tenda e outra coberta de peles finas. Ex.
26:14
A terceira cobertura era de pele de carneiro. O carneiro é a ovelha
macho que possui chifres. Isso simboliza o poder e a determinação de
Cristo. Também mostra a sua completa consagração, pois o carneiro
era usado para a consagração do sacerdote em êxodo 29. Essa pele
deveria ser tingida de vermelho para simbolizar o sangue derramado
na cruz. Nós estamos cobertos pelo sangue do carneiro.
E você sabe como o sacerdote era consagrado? O sangue do carneiro
era aplicado na orelha direita, no polegar direito da mão e no polegar
direito do pé. Isso mostra que a nossa consagração toca o que ouvimos,
o que fazemos e como caminhamos. Não somos pessoas comuns,
somos sacerdotes consagrados pelo sangue.
A primeira menção de um carneiro foi no monte Moriá quando Abraão
estava para sacrificar Isaque. Deus proveu o carneiro para o sacrifício
no lugar de Isaque. O que Deus disse a Abraão? “Agora sei que temes a
Deus, porquanto não me negaste o teu único filho.” Hoje Deus pai
entregou seu único filho e nós podemos dizer-lhe: “agora sei que tu me
amas, pois não me negaste seu único filho.” Abraão provou a sua
fidelidade e Deus provou o seu amor.
Mas o quadro do carneiro preso no arbusto é impressionante. Como o
carneiro é forte ele poderia arrancar o arbusto cheio de espinhos, mas
então o arbusto de espinhos se tornaria uma coroa sobre a sua cabeça.
Mas se ele não o arrancasse, quanto mais se debatesse mais cortada
ficaria sua pele pelos espinhos. Pelas suas pisaduras nós fomos
sarados.
Em João 18:4 lemos que mesmo sabendo tudo o que lhe aconteceria
Jesus deu um passo adiante. Nunca se acovardou, mas tinha a
determinação do carneiro.
Essa cobertura não podia ser vista pelo homem, somente por Deus.
Mesmo o sacerdote dentro do tabernáculo não podia ver essa camada
de proteção. O sangue primariamente é para Deus, e nós simplesmente
cremos que ele o vê e por isso somos guardados.

As peles finas
A quarta cobertura, a mais exterior, é traduzida em nossas Bíblias
como peles finas, mas ninguém sabe exatamente de que eram essas
peles. Alguns tradutores dizem que era pele de animal marinho, outros
dizem de texugo e ainda outros dizem que era de antílope. Ninguém
realmente sabe. E porque é assim? Porque quando as pessoas olhavam
para Jesus eles não sabiam como descrevê-lo.
O Senhor Jesus certa vez perguntou a seus discípulos: “Quem diz o
povo ser o Filho do Homem?” E eles mencionaram as respostas mais
disparatadas. O povo realmente não sabia como descrevê-lo. Mas então
ele perguntou novamente: “ Mas vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro
rapidamente disse: “Tu és o Cristo...” Pedro tinha visto o ouro dentro
do tabernáculo, debaixo de todas as peles ele viu a sua glória. Somente
o Pai pode nos revelar a glória do Filho.
O mundo não pode ver toda a glória de Cristo. Tudo o que o mundo
pode ver é a última cobertura de couro cru. Quando o mundo olha para
Cristo não consegue ver a glória, mas tudo o que vêm é a sua aparência
humana, crua.
Essas peles finas eram usadas para cobrir todos os móveis do
tabernáculo quando eles partiam de um lugar para outro. Isso mostra
que eram a cobertura mais resistente.
As peles finas são aquilo que o homem natural pode ver de Cristo.
Abaixo disso temos o pêlo de carneiro pintado de vermelho que
somente Deus vê. A terceira cobertura são pêlos de cabra tecidos. Este
aponta para o que Deus fez de seu filho na cruz. Mas a primeira
cobertura é o linho fino que nos mostra o que Deus fez de seu filho
glorificado nos céus.
Nos evangelhos o Senhor é sempre chamado de Jesus Cristo, mas nas
epístolas ele é chamado Cristo Jesus. Por que disso? Jesus Cristo é o
Senhor feito homem para nos revelar Deus, mas Cristo Jesus é o
Senhor glorificado como homem para revelar o que nós somos e
haveremos de ser. Nós estamos nele, por isso tudo o que diz respeito a
ele também diz respeito a nós. Cristo Jesus é a medida de quem você é
diante de Deus. Se Cristo não pode ser condenado, nós também não
podemos. Deus o avalia com base em Cristo. Ele nos representa porque
estamos nele. Toda a cobertura do tabernáculo aponta para o próprio
Senhor Jesus. Ele mesmo é a nossa proteção. Não precisamos temer
coisa alguma.

Sob as suas asas


Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os
que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus
filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das
asas, e vós não o quisestes! Mt. 23:37
Essa é a imagem que precisamos ter ao ler o Salmo 91. Se você já se
aproximou de uma galinha com pintinhos sabe como ela os protege
contra qualquer coisa. Mas Jerusalém nunca aceitou ser aconchegada
debaixo das asas do Senhor.
Deus nunca nos força a coisa alguma, ele também não nos força para
sermos protegidos. O Senhor Jesus queria envolvê-los como a galinha
envolve seus pintinhos, mas eles não quiseram.
Em tempos como esses quando as pessoas estão com medo de saírem
de casa, medo de serem atacadas e roubadas e também com medo de
doenças e pragas, precisamos aceitar ser protegidos pelo Senhor. Ele
não faz nada sem o nosso consentimento. Ele não fará nada contra a
nossa vontade. Precisamos declarar que ele é o nosso refúgio e pedir a
sua proteção.
Procure manter um forte senso de que você é amado pelo Pai em todo o
tempo. Judas 1:21 diz que devemos nos guardar no amor de Deus.
Somos guardados e protegidos porque somos amados. Se perdemos
essa sensação de ser amado estaremos sujeitos aos perigos desse
mundo. Quem não se sente amado desenvolve uma sensação de
vulnerabilidade, sente-se desprotegido e por isso o inimigo toma
vantagem. Sua proteção depende do entendimento de que você é
amado.
Na Palavra de Deus as asas sempre nos falam de proteção. Mas o que
os homens de Deus tinham em mente quando falavam das asas do
Altíssimo? Certamente estavam pensando nos dois querubins sobre o
propiciatório em cima da Arca da Aliança.
Aquele era o lugar de onde Deus falava com Moisés e também era o
lugar onde acontecia a expiação dos pecados da nação todos os anos.
Quando entrava Moisés na tenda da congregação para
falar com o SENHOR, então, ouvia a voz que lhe falava de
cima do propiciatório, que está sobre a arca do Testemunho
entre os dois querubins; assim lhe falava. Nm. 7:89
A voz de Deus procede do propiciatório, esse é o lugar da comunhão. E
no lugar da comunhão estamos protegidos debaixo das suas asas. Mas
só podemos ter comunhão porque ali também estava o sangue.
Uma vez por ano, no dia da expiação – chamado Yon Kipur, o sumo
sacerdote entrava no Santo dos santos para aspergir o sangue sobre o
propiciatório.
Tomará do sangue do novilho e, com o dedo, o aspergirá
sobre a frente do propiciatório; e, diante do
propiciatório,  aspergirá sete vezes do sangue, com o dedo. Lv.
16:14
Diante do propiciatório o sangue era aspergido sete vezes indicando
que o caminho foi aberto. Hoje podemos chegar com ousadia diante do
trono da graça mesmo quanto tivermos pecado, pois o lugar que pisamos
está coberto pelo sangue.
O sangue era aspergido apenas uma vez sobre o propiciatório para
indicar que a morte do Senhor foi uma única vez por todos os pecados.
Uma vez que estamos debaixo do sangue podemos ter comunhão com
Deus e descansar sob as suas asas. Esse é o lugar da nossa proteção e
vida.

6º- Sexto Dia- Pois disseste


Existem três atitudes mencionadas no Salmo 91 que nos permitem
permanecer no esconderijo do Altíssimo, debaixo da asas do
onipotente. A primeira atitude está no versp 14, precisamos conhecer o
seu nome.
Porque a mim se apegou com amor, eu o livrarei; pô-lo-ei a
salvo, porque conhece o meu nome. Sl. 91:14
Uma coisa triste é que as pessoas sabem o nome de todo tipo de
celebridade, mas não conhece o nome do Senhor. Quando conhecemos
o nome do Senhor somos colocados a salvo.
A segunda atitude está nesse mesmo versículo que diz: “ Porque a mim
se apegou com amor”. Quando você se apega, se agarra ao Senhor você
será livrado. Quando buscamos refúgio no Senhor somos
recompensados. A Bíblia fala que Rute era moabita e os moabitas não
podiam fazer parte da congregação do Senhor. No entanto
ela vaio buscar refúgio no Deus de Israel e por isso recebeu uma
recompensa.
O SENHOR retribua o teu feito, e seja cumprida a tua
recompensa do SENHOR, Deus de Israel, sob cujas asas
vieste buscar refúgio. Rt. 2:12
Rute apenas veio buscar refúgio debaixo das asas do Senhor, mas por
causa disso ela recebeu a recompensa. Eu creio que a recompensa foi
ser colocada na linhagam do próprio Senhor Jesus.
A terceira atutide é falar, confessar, declarar que o Senhor é o nosso
refúgio. Quando confessamos que ele é o nosso refúgio, nós fazemos do
Altíssimo a nossa morada.
Quando cremos falamos
Na segunda parte de II Coríntios 4:13 Paulo diz: “Eu cri; por isso, é que
falei. Também nós cremos; por isso, também falamos.” A nossa fé é
liberada em nossas palavras. Simplesmente não podemos exercer fé em
silêncio. Se você crê em algo, precisa falar em voz alta.
A maneira como exercitamos fé é bem simples: nós cremos e falamos.
Todas as coisas de Deus saão recebidas ou apropriadas dessa forma.
Como nós recebemos a salvação? É claro que foi pela fé. Mas como
exercitamos essa fé? Simplesmente falando.
Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu
coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com
a boca se confessa a respeito da salvação. Rm. 10:9-10
A maneira como recebemos todas as bênçãos é da mesma forma como
recebemos a maior de todas, a salvação. Tudo o que o Senhor
conquistou na cruz é nosso, mas porque alguns crentes desfrutam de
mais bênçãos que outros? Será que é porque o Senhor dá mais para uns
que para outros? Claro que não! A maneira como recebemos todas as
bênçãos do Calvário é a mesma como recebemos a salvação: crendo e
falando.
Como fazemos batalha espiritual? Apocalipse 12:11 diz que aqueles que
venceram o diabo o fizeram “ pelo sangue do Cordeiro e pela palavra de
seu testemunho”. Confessar a palavra é testemunhar ou testificar o que
cremos. Que Deus é poderoso para cumprir o que prometeu (Rm 4:21).
Também somos cheios do Espírito falando. Efésios 5:18 diz: “E não vos
embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do
Espírito, falando entre vós...” Simplesmente não podemos ser cheios do
Espírito em silêncio. É quando abrimos a nossa boca que o Espírito
flui.
No mesmo princípio nós fazemos do Altíssimo a nossa morada quando
confessamos a verdade da Palavra.
Pois disseste: O SENHOR é o meu refúgio. Fizeste do
Altíssimo a tua morada. Sl. 91:9
Quando você disse “o Senhor é o meu refúgio”, você fez
do Altíssmo a sua morada. Essa é a forma como a nossa fé é liberada para
sermos guardados de todo mal.
Precisamos de confessar a nossa fé na palavra de Deus e nEle próprio.
A confissão é o testemunho da fé em nossa boca, é simplesmente
concordar com Deus. É dizer a palavra de Deus.
Confessar a palavra é testemunhar ou testificar o que cremos. Que
Deus é poderoso para cumprir o que prometeu (Rm 4:21).
Confessar ativa a fé, mas não devemos confessar qualquer coisa ou
qualquer pensamento. Devemos ter pensamentos corretos, pois quem
pensa corretamente, crê corretamente e age corretamente.
A palavra grega traduzida por “confissão” em nossas Bíblias quer dizer
“falar a mesma coisa”, isto é, “dizer o que Deus diz” ou “concordar com
Deus em nossa conversação”, “reconhecer a Palavra”.
Nesse tempo de epidemias ouvimos todo tipo de afirmações negativas e
prognósticos pessimistas.“Cuidado! Milhares já morreram dessa
doença! É melhor se fechar em casa!”. Eu sei que não podemos impedir
que pássros voem sobre a nossa cabeça, mas podemos impedi-los de
fazer um ninho. Você pode fazer cessar toda palavra tóxica abrindo a
sua boca a falando a palavra de Deus.
Se você fala a linguagem de Deus, creia no que Deus diz: “O Senhor é a
força da minha vida, a quem temerei? Cristo já levou as minhas
doenças e pelas Suas feridas estou sarado”.
Em todas as circunstâncias e em todas as ocasiões, fale a linguagem de
Deus. A confissão é afirmar o que cremos. A confissão é testificar o que
sabemos. É declarar a verdade que abraçamos.
Jesus planejou que a mensagem do evangelho fosse dada ao mundo
por meio do nosso testemunho, isto é, pela nossa confissão.
Testificadores, testemunhas e confessores têm sido os grandes líderes e
representantes da vida nova e revolucionária de Jesus
Cristo nesse mundo.
Simplesmente confesse a Palavra de Deus, em todas as ocasiões, em
face de todas as circunstâncias. Confissão é “afirmar a verdade da
Palavra de Deus”. Confissão é “repetir com os nossos lábios a partir do
coração, as coisas que Deus diz na Sua Palavra”.
Você não pode confessar nem testificar as coisas que ignora. Tem de
confessar o que sabe pessoalmente acerca do Senhor Jesus Cristo e da
sua obra consumada na cruz.
O segredo da confissão e da fé é entender verdadeiramente o que Jesus
Cristo realmente nos fez e o que somos nEle como resultado da Sua
obra consumada. Esse conhecimento, junto com a confissão desses
fatos libera fé em nosso espírito.
A fé é um espírito
Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu
cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso,
também falamos.II Cor. 4:13.
Veja que a fé não é questão de fórmula, mas de espírito. Paulo diz que
temos o mesmo espírito de fé de Abraão, Moisés ou Davi. Sendo a fé
um espírito, ela é contagiosa e por isso pode se espalhar. Quando temos
alguém na célula cheio de fé, toda a atmosfera da reunião é saturada de
fé. No mesmo princípio quando alguém aparece dizendo as dez razões
porque ele não pode fazer algo o espírito de incredulidade se espalha
por todo o ambiente, porque a fé é um espírito.
Você deve se lembrar do dia em que os doze espias foram enviados
para espiar a terra de Canaã. Depois de quarenta dias eles voltaram e
dez deles disseram: “não podemos conquistar essa terra. As muralhas
são muito largas, os gigantes muito altos e nós somos muito pequenos
(Nm. 13:31-33).
Mas dois deles, Josué e Calebe, disseram: “vamos conquistar a terra,
como pão, os podemos devorar; retirou-se deles o seu amparo; o
Senhor é conosco; não os temais” (Nm. 14:9).
Toda a nação acreditou nos dez espias e por causa disso morreram no
deserto, mas a respeito de Calebe o Senhor disse que nele havia um
espírito diferente. O que havia nele? Um espírito de fé. Que o Senhor
possa dizer o mesmo a respeito de nós –, que temos um espírito
diferente.
Porém o meu servo Calebe, visto que nele houve outro
espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar a
terra que espiou, e a sua descendência a possuirá. Nm.
14:24
Declare a palavra escrita
Quando o diabo veio tentar a Jesus ele disse: “se você é realmente filho
de Deus mande que essas pedras se transformem em pães”. O Senhor
poderia ter respondido aquilo que o Pai tinha acabado de falar a ele do
céu: Tu és o meu filho amado!” Mas em vez disso o Senhor respondeu
com a palavra escrita.
A Palavra de Deus é infalível, inabalável e eterna (Is. 40:8, I Pe. 1:25).
Quando atacado o Senhor, por três vezes, simplesmente respondeu o
que estava escrito (Mt. 4:1-11).
Eu conheço crentes que dizem “Deus falou comigo que fará tal e tal
coisa por mim”. Isso é precioso, mas não podemos resistir os ataques
do maligno apenas dizendo que Deus falou conosco. Eu creio que Deus
fala conosco, mas não foi assim que o Senhor fez. Ele não disse ao
diabo o que tinha ouvido do Pai no rio Jordão, mas usou a palavra
escrita.
Precisamos seguir o padrão do Senhor Jesus. Se o Senhor precisou usar
a palavra escrita para derrotar a satanás, muito mais nós.
Deixa-me dar um exemplo de como usar a palavra escrita. Você está ali
assistindo televisão e de repente o comentarista diz que 10 por cento
da porpulação será contaminada com o vírus. Nesse momento você deve
se levantar e declarar: “Pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da
peste perniciosa. Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas,
estarás seguro; a sua verdade é pavês e escudo” (Sl. 91:3-4). Quando
você faz isso está na verdade colocando um escudo de proteção sobre si
mesmo.
Em alguns momentos sua mente é assaltada com pensamento de morte
e você se vê morto ainda jovem. Mais uma vez é necessário se levantar
e declarar a palavra escrita. “Saciá-lo-ei com longevidade e lhe
mostrarei a minha salvação” (Sl. 91:16).
Saciar significa que eu mesmo é que vou dizer ao Senhor quando já
estou satisfeito. Por causa dessa promessa você pode crer por uma vida
longa.
Não suficiente apenas conhecer a palavra, é preciso confessá-la, dizê-la.
No meio de um ataque não devemos apenas pensar na palavra, mas
devemos confessá-la. A palavra de Deus na sua boca é como se fosse o
próprio Deus falando.
Estás enredado com o que dizem os teus lábios, estás preso com as
palavras da tua boca. Pv 6:2
Poucos reconhecem a importância da confissão e o seu valor em nossas
vidas. No entanto nada é mais importante que a nossa confissão,
apesar de quase nunca a mencionarmos nos cultos. A vida cristã é
chamada de “confissão” (no grego, “reconhecimento” ou “admissão”)
em Hebreus 3:1.
A Palavra grega da qual se traduz a palavra “confissão quer dizer “falar
o mesmo”, isto é, “dizer o que Deus diz” ou “concordar com Deus em
nosso testemunho”. Confessar é dizer o que Deus diz na Sua Palavra
acerca de nossos pecados, nossas enfermidades, nossos fracassos,
nossa saúde, nossa salvação, nossas vitórias, ou acerca de qualquer
outra coisa da nossa vida. Em outras palavras, a confissão é testificar
ou “admitir” o que Deus diz.
Confissão e apropriação
Pois ao que tem se lhe dará; e, ao que não tem, até o que tem
lhe será tirado. Mc. 4:25
Esse texto pode ser aplicado para tudo aquilo que buscamos receber do
Senhor. Se temos e cremos que já temos, mais se nos acrescentará, mas
se não cremos até o que julgamos ter nos será tirado.
Alguns são levantados pastores, mas não assumem uma postura de já
possuir um ministério. Infelizmente não recebrão mais e podem vir a
perder até o que já possuem.
Isso vale para tudo aquilo que Deus nos dá. Assuma sua posição de
líder, empresário, pai, mãe ou qualquer outra coisa. Pois ao que tem
mais se lhe dará, mas ao que tem e julga não ter ou confessa não ter,
até o que tem lhe será tirado.
Alguns exitam em assumir sua posição com medo de parecerem
orgulhosos, mas a verdadeira humildade é reconhecer o que Deus tem
dado. Diga ousadamente: “Eu recebi uma unção.” “Eu tenho o dom
para fazer negócios e ser um empresário.” Quanto mais confessar mais
forte será a sua unção e posição. Não importa o que o Deus o chamou
para fazer, assuma isso e confesse ousadamente.
Se você confessa que possui a bênção, mais bênção será acrescentada,
mas se você confessa que não possui ou não sente que é abençoado, até
a bênção que já possui será tirada.
As pessoas do mundo precisam primeiro ver, tocar e sentir a bênção
para, então, dizerem que são abençoadas. Mas no reino de Deus as
coisas são diferentes. Ali tudo é recebido por fé e pela fé nós dizemos
que temos antes de termos, dizemos que somos antes de vermos.
A promessa de Deus é que já temos todas as bênçãos de que
necessitamos. Não importa a sua necessidade, você já tem
uma bêção para supri-la.
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos
tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas
regiões celestiais em Cristo. Ef. 1:3
Algumas pensam em fé da seguinte maneira: “se eu crer por alguma
coisa por tempo o suficiente, por fim aquilo se tornará realidade. Na
verdade ainda não é real, mas se eu crer ela se tornará real”. Isso,
porém, não é fé. Fé é ter a perspectiva de Deus, e do ponto de vista dele
você já é abençoado com toda sorte de bênção. As bênçãos já são uma
realidade em Deus.
Deus existe fora do tempo. A cruz de Cristo está fora do tempo, por isso
ele pode salvar tanto os que viveram antes como os que vievem depois da
cruz.
Para avançarmos em fé você precisa de “agir como se”, ou seja, se você
precisa de cura aja como se já fosse curado. Algumas pessoas esperam
até que a enfermidade se vá para só então começarem a trabalhar,
viajar u fazer outras coisas. Se você crê comece a agir como se já
estivesse curado.
Se precisa de prosperidade, aja como se já fosse próspero. Comece a
ofertar como pessoas prósperas fazem. Comece a pensar e planejar
como alguém que é próspero. Quando você agir assim você começará a
ver a sua fé se materializando.
Muitos vivem esperando que um dia a promessa se cumprirá e então
serão curados e prósperos. Mas a fé sempre declara como sendo do
passado.
Forjai espadas das vossas relhas de arado e lanças, das
vossas podadeiras; diga o fraco: Eu sou forte. Jl 3:10
Nenhum morador de Jerusalém dirá: Estou doente; porque
ao povo que habita nela, perdoar-se-lhe-á a sua iniqüidade.
Is. 33:24
Tudo isso é loucura para aqueles que se perdem, por isso não confesse
a sua bênção diante de incrédulos. Nossa declarações de fé não são
para as pessoas ouvirem, mas para Deus. Não precisamos impressionar
ninguém com nossas palavras e com a nossa fé, somente a Deus.
7º - Sétimo Dia- As asas do
Altíssimo
O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do
Onipotente diz ao SENHOR: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu,
em quem confio. Pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste
perniciosa. Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás
seguro; a sua verdade é pavês e escudo. Não te assustarás do terror
noturno, nem da seta que voa de dia, nem da peste que se propaga nas
trevas, nem da mortandade que assola ao meio-dia. Caiam mil ao teu
lado, e dez mil, à tua direita; tu não serás atingido. Somente com os
teus olhos contemplarás e verás o castigo dos ímpios. Pois disseste: O
SENHOR é o meu refúgio. Fizeste do Altíssimo a tua morada. Nenhum
mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda. Porque aos seus
anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus
caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares
nalguma pedra. Pisarás o leão e a áspide, calcarás aos pés o leãozinho e
a serpente. Porque a mim se apegou com amor, eu o livrarei; pô-lo-ei a
salvo, porque conhece o meu nome. Ele me invocará, e eu lhe
responderei; na sua angústia eu estarei com ele, livrá-lo-ei e o
glorificarei. Saciá-lo-ei com longevidade e lhe mostrarei a minha
salvação. (Salmo 91).
O Senhor colocou o Salmo 91 na Bíblia para para tivéssemos um quadro
vivo da sua proteção sobre nós. Ele faz isso isso colocando a assinatura
de quatro dos seus nomes: O que habita no esconderijo de El Elyon e
descansa à sombra de El Shaddai diz a Iahweh: Meu refúgio e meu
baluarte, meu Elohim, em quem confio (Sl. 91.:1-2).
E, no verso 4,quatro lemos que o Senhor nos cobrirá com as suas penas
e sob as suas asas estaremos seguros. Quando um judeu lia isso nos
dias do Velho Testamento, ele imediatamente pensava na Arca
da Aaliança.
As asas do Altíssimo
De todas os móveis do tTabernáculo, a Arca da aAliança era a mais santa. Ela
era q colocada no sSanto dos santos e tipifica o Senhor Jesus. Ela era
feita de madeira coberta com ouro. A madeira simboliza sua
humanidade sem pecado e o ouro fala da sua divindade. O Senhor era
plenamente homem e plenamente Deus.
Em cima da aArca, ficava a sua tampa chamada propiciatório e nela
havia dois querubins feitos de ouro maciço. Esses querubins estavam
com suas asas abertas olhando para para a aArca no centro.
Para compreender o significado do propiciatório, precisamos saber o
que havia dentro da aArca. O livro de Hebreus declara que havia três
coisas dentro da Arca da Aliança: as tábuas da lei, um pote contendo o
maná e a vara de Arão que floresceu (Hb. 9.:4).
Esses três itens apontam para a rebelião do homem. As tábuas da lei
mostram a rejeição ao padrão santo de Deus, o maná mostra a rejeição
do homem ao suprimento de Deus e a vara de Arão mostra a rebelião
do homem contra a liderança constituidaconstituída por Deus. O Senhor
pegou essas três coisas, colocou-as dentro da Aarca e cobriu com com o
propiciatório.
Isso tudo era para nos mostrar um quadro do favor imerecido sobre
nós e como a misericórdia triunfa sobre o juízo. Era nesse lugar que o
sangue era aspergido.
Uma vez por ano, o sumo sacerdote entrava no santo dos santos e
aspergia o sangue de um animal inocente sobre o propiciatório no meio
das asas dos querubins. Quando o sangue é aplicado, Deus já não vê o
pecado do homem, mas sim o sangue aplicado.
Você consegue perceber que cada item na aArca fala dos nossos pecados
e rebelião contra Deus? Mas o que Deus fez com nossos pecados e
rebelião? Ele os colocou dentro da Arca e os cobriu com o
propiciatório, a tampa da Arca.
Era sobre o propiciatório que o sangue do sacrifício do Yom Kippur, dia
do perdão, era aspergido. Ao fazer isso, Deus estava dizendo que não
veria os pecados e a rebelião do homem. Os nossos pecados estão
cobertos pelo sangue do propiciatório.
Deus não pode ver os nossos pecados quando eles estão cobertos pelo
sangue. É por isso que, no Velho Testamento, Israel se alegrava cada
vez que o sumo sacerdote entrava no sSanto dos Santossantos no dia
da eExpiação e colocava o sangue do animal sobre o propiciatório.
Quando o sangue estava sobre o propiciatório, Deus não podia ver a
rebelião contra a sua lei nos Dez Mandamentos. Ele não podia ver a
rejeição do seu sacerdócio constituído na vara de Arão. E Ele não podia
ver a rejeição da sua provisão no pote de ouro com o maná. Ele via
somente o sangue sobre o propiciatório.
Quando o Salmo 91 fala ded esconder debaixo das asas, ele está
evocando a imagem das asas dos querubins. Você consegue perceber
que o esconderijo do Altíssimo é o lugar debaiiaxo da proteção do sangue?
Estamos seguros porque o sangue de Jesus nos guarda.
Aceite ser protegido
O lugar de onde o Senhor fala conosco é do meio das asas dos
querubins. O Senhor fala do lugar onde o sangue foi aplicado. Ele fala
conosco a partir do perdão e da justificação.
Por causa disso, o propiciatório era o lugar onde Deus encontrava-se
com o seu povo. O local onde Deus fala conosco é por meio da
reconciliação realizada por Cristo na cCruz.
Ali, virei a ti e, de cima do propiciatório, do meio dos dois
querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei
contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de
Israel. (ÊEx. 25:.22)
No eEvangelho de João, temos uma imagem maravilhosa do propiciatório.

Maria, entretanto, permanecia junto à entrada do túmulo,


chorando. Enquanto chorava, abaixou-se, e olhou para
dentro do túmulo, e viu dois anjos vestidos de branco,
sentados onde o corpo de Jesus fora posto, um à cabeceira e
outro aos pés. (Jo. 20.:11-12)
Você sabe o que Maria viu dentro da tumba? A substância da a-
rcaArca da Aaliança. Exatamente como havia dois anjos sobre
a Aarca da Aaliança, havia dois anjos no lugar onde o corpo de
Jesus haviatinha sido posto, um à cabeceira e outro aos pés.
A tumba estava vazia porque o Senhor Jesus haviatinha ressuscitado
depois de fazer a eterna expiação dos nossos pecados. O propiciatório é
uma quadro do trono da graça.

Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono


da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos
graça para socorro em ocasião oportuna. (Hb. 4.:16)
Assim, podemos dizer que o esconderijo do AltíssmoAltíssimo é o trono da
graça, o lugar onde os nossos pecados são perdoados e por isso
podemos ser cobertos e protegidos debaixo de suas asas.
Esse lugar de proteção nos é oferecido graciosamente, mas precisamos
nos achegar a ele. O Senhor Jesus disse que muitas vezes quis acolher
Jerusalém debaixo de suas asas como uma galinha acolhe os seus
pintinhos, mas eles não quiseram.

Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os


que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir teus
filhos como a galinha ajunta os do seu próprio ninho
debaixo das asas, e vós não o quisestes! (Lc. 13:.34)
Se nós não queremos estar debaixo da proteção do Senhor, eEle não nos
força. Busque todos os dias a proteção do Senhor do Pai sobre a sua
casa e saua família.
Como entrar no esconderijo do Altíssimo
a.) Descansando no Senhor
A primeira evidência de que entramos no esconderijo do Altíssimo é o
descanso. Na Bíblia, há fatos que ilustram o esconderijo do Altíssimo.
O primeiro está em Êxodo 12, quando aconteceu a Páscoa do povo de
Israel e a morte dos primogênitos egípcios. O povo de Deus deveria
ficar dentro de casa, e a maneira de transformar as casas em
esconderijos do Altíssimo era aplicando sangue nas portas. Hoje, qual é
a maneira de habitarmos no esconderijo do Altíssimo? Colocando o
sangue sobre a nossa casa, sobre a nossa vida. É crer e andar debaixo
desse descanso, dessa promessa, dessa aliança, que é o sangue de
Jesus. Quando colocamos o sangue sobre a nossa vida, ou seja, nos
colocamos no esconderijo do Altíssimo, a vida de Deus passa a nos
fazer sombra, e descansamos nela.
Em Mateus, 23.37, Jesus disse: “Quantas vezes eu quis arrebanhar
vocês, do mesmo jeito que uma galinha pega os seus pintinhos e os
coloca debaixo das suas asas!”. Quando é que somos guardados no
esconderijo do Altíssimo? Quando estamos debaixo das asas do
Senhor. Estar debaixo das asas do Senhor é se deixar guiar por Ele,; é
se permitir ser comandado e dirigido por Ele. Quando você está no
centro da vontade de Deus, você está como um pintinho debaixo das
asas da galinha, quente e protegido.
No Segundo Livro dos Reis, no capítulo 6, lemos a história de Eliseu. O
rei da Síria queria atacar Israel, mas tudo o que o rei da Síria pensava,
Deus contava para Eliseu e este contava ao rei de Israel. O rei da Síria
ficou pensando que havia um traidor no meio do seu exército, até
descobrir que a causa de tudo era Eliseu, o profeta. Decidiu, então,
matá-lo. Seus soldados cercaram a casa de Eliseu. Eles não sabiam que
a casa de Eliseu era um esconderijo do Altíssimo. Geasi, o servo de
Eliseu, temeu muito. Eliseu orou para que os olhos de Geasi fossem
abertos e, então, ele pôde ver que mais eram os que lutavam por eles do
que os inimigos em volta da casa!
Você habita no esconderijo do Altíssimo quando é capaz de enxergar
além do natural; quando não fica assustado e sai correndo diante da
primeira ameaça, pois você sabe que o Altíssimo, está ao seu lado.
Quantos crêemcreem nesse Deus Todo-Poderoso? Se você crê, então
descanse.

b.) Confessando a verdade


O segundo princípio para estarmos nesse esconderijo está nos versos 2
e 9 do Ssalmo 91: “Diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus
meu, em quem confio. Pois disseste: O Senhor é o meu refúgio. Fizeste
do Altíssimo a tua morada” (vvs. 2 e 9).
Os versos acima nos mandam falar, confessar, proclamar, declarar,
abrir a boca, concordar, não apenas crer lá dentro, silenciosamente. É
preciso abrir a boca e falar. O verso 9 diz: “Pois disseste”. É preciso
falar. Deus não faz as coisas simplesmente porque cremos, mas porque
cremos e falamos.
Romanos 10.:9 diz que, se confessarmos com a boca e crermos com o
coração, seremos salvos. Ninguém pode ser salvo em silêncio, é preciso
abrir a boca e fazer a confissão da fé.
O Senhor disse: “Sse alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no
mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz,
assim será com ele” (Mc. 11.:23). Mais uma vez, vemos que a nossa fé se
expressa emnas nossas palavras.
Em 2II Coríntios 4.:13, lemos: “Tendo, porém, o mesmo espírito da fé,
como está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos;
por isso, também falamos”. Se você crê ,crê, então abrae a boca e confessea.
A maneira como fazemos do Altíssimo a nossa morada é falando.
Declarando a verdade da Palavra de Deus.
“Cobrir-te-á com as sSuas penas, e sob as sSuas asas estarás seguro” é a
promessa do verso 4. O texto segue: “A verdade é pavês e escudo”.
Pavês era um grande escudo que era levado nas guerras e protegia
muitos homens de uma só vez até contra flechas incendiárias. O escudo
protegia o peito; o pavês, o corpo inteiro. A proteção é a verdade.
Quando você confessa a verdade, essa confissão tem poder na sua vida.
No versículo 9, lemos: “Pois disseste: O Senhor é o meu refúgio. Fizeste
do Altíssimo a tua morada”. Não é automático. O Senhor não é morada
automática para ninguém,; você precisatem que fazer d’Ele a sua morada. É
porque você creu e declarou a verdade que as santas
conseqüênciasconsequências virão: nenhum mal lhe sucederá, as
pragas jogadas contra você não chegarão à sua casa, porque os anjos do
Senhor estarão ao seu lado e lhe sustentarão em suas mãos; se você
tropeçar, não cairá, e ainda pisará no leão e na serpente sem sofrer
dano.

c.) Apegando-se a Deus com amor


Porque a mim se apegou com amor [...] (v.
14)

O terceiro princípio para que o Senhor se torne o


nosso esconderijo é nos apegarmos a Ele com amor.
No original, “apegar” significa “grudar e não largar
mais” de Deus, como Jacó no vau de Jaboque: “Eu
não te deixo enquanto não me abençoares”.
A Palavra de Deus diz que nós amamos porque eEle
nos amou primeiro (1I Jo. 4:.19). Nós somente
podemos nos apegar a Deus com amor se primeiro
entendermos o quanto eEle nos ama. Precisamos,
antes de tudo, compreender a sua graça.
Ele nos amou a ponto de morrer por nós quando
éramos ainda pecadores, muito mais agora que nos
tornamos filhos vamos desfrutar da sua perfeita
graça.
Você não precisa viver assustasdo e
atromenradoatormentado pelos perigos dessa vida. A
eEscritura diz que “No amor não existe medo; antes,
o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo
produz tormento; logo, aquele que teme não é
aperfeiçoado no amor.” (1I Jo. 4:.18).
Se você está com medo, apenas pergunte-se a si
mesmo: “eEu sei o quanto sou amado pelo Pai?”
Quando você tem revelação do seu amor, todo medo
é expulso da sua vida.

Nisto consiste o amor: não em que nós


tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos
amou e enviou o seu Filho como propiciação
pelos nossos pecados. (1I Jo. 4.:10)

Precisamos ter os olhos abertos para perceber que o


ponto central é o amor de Deus por nós, e não o
nosso amor por Eele. Nosso amor por eEle será
apenas uma resposta do amor que recebemos.
Quando entendemos que somos amados, então nós o
amamos.
E a ´promessa é que, se nos apegarmos  a eEle em
amor, E ele nosn livrará. Se alguém tentar tocar em
você, terá que tocar n’Eele primeiro. É por isso que
posso dizer que nem um fio de cabelo cai da minha
cabeça, a não ser pela permissão d’Ele, e ninguém
pode tocar em mim se Deus não deixar. Não se
preocupe com o que o homem pode fazer, não se
preocupe pelo que pode vir, porque você está nas
mãos do Senhor. Que isso seja vivo em seu espírito!
O mundo é um lugar perigoso e os riscos são muitos,
mas há um lugar de descanso. A vida só tem sentido
se for à sombra do Onipotente. Se não for lá, não dá;
nos tornamo-noss neuróticos, angustiados e
temerosos. Mas, se estamos à sombra do Onipotente,
descansamos no Senhor.

8º- Oitavo Dia - Sem praga


nenhuma
Fico triste quando vejo crente colocando ferradura atrás da porta ou
trazendo para casa  plantas como aquela chamada “comigo-ninguém-
pode. Vivem assustados com medo de maldições, mal olhados e pragas
de todo o tipo que possam vir sobre eles. Há aqueles que vivem
quebrando maldições passadas, mas parece que a maldição nunca o
deixa. Não vivem com a expectativa da bênção, mas com o temor do
juízo. Certamente não éssa a vida que o Senhor tem para nós.
Gostaria de mostrar como três aspectos da maldição foram
completamente eliminado por Cristo na Cruz. A maldição foi
totalmente removida para que hoje você possa defrutar da bênção
completa por meio da obra consumada de Cristo na cruz.

A maldição transformada em bênção


Quando o povo de Israel peregrinava no deserto eles tiveram de passar
pela terra de Moabe. Balaque, o rei de Moabe, estava com muito medo
de Israel, então ele contratou um profeta chamado Balaão para
amaldiçoar o povo de Deus.
A primeira coisa que precisamos dizer a respeito de Balaão é que ele
era um profeta profissional, ou seja, ele profetizava por dinheiro. Ele
certamente também não tinha um coração para Deus pois Pedro diz
que ele amou o prêmio da injustiça (II Pe. 2:15).
Abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo
pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio
da injustiça. II Pe. 2:15
Primeiro Deus o proibiu de aceitar a proposta de Balaque, mas depois o
Senhor permitiu que ele fosse, mas ele somente poderia falar as
palavras que Deus colocasse na sua boca.
Balaão então se coloca no cume do monte pronto para amaldiçoar o
povo de Israel, mas Deus colocou palavras de bênção na boca dele.
Então, proferiu a sua palavra e disse: Balaque me fez vir de
Arã, o rei de Moabe, dos montes do Oriente; vem,
amaldiçoa-me a Jacó, e vem, denuncia a Israel. Como posso
amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso
denunciar a quem o SENHOR não denunciou? Nm. 23:7-8
Apesar de todos os erros de Israel no deserto eles ainda eram povo de
Deus e Deus não permitiu que Balaão os amaldiçoasse.
Como Balaão não conseguia amaldiçoar, Balaque o levou a um outro
monte, chamado Pisga, para que ele pudesse ter uma visão de Israel
por outro ângulo. Mas mesmo assim somente foram proferidas
palavras de bênção.
Então, proferiu a sua palavra e disse: Levanta-te, Balaque,
e ouve; escuta-me, filho de Zipor: Deus não é homem, para
que minta; nem filho de homem, para que se arrependa.
Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo
falado, não o cumprirá? Eis que para abençoar recebi
ordem; ele abençoou, não o posso revogar. Não viu
iniqüidade em Jacó, nem contemplou desventura em Israel;
o SENHOR, seu Deus, está com ele, no meio dele se ouvem
aclamações ao seu Rei. Deus os tirou do Egito; as forças
deles são como as do boi selvagem. Pois contra Jacó não
vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; agora,
se poderá dizer de Jacó e de Israel: Que coisas tem feito
Deus! Nm. 23:18-23
As afirmações feitas por Balaão são maravilhosas. Primeiro ele diz que
Deus já abençoou a Israel e isso não pode ser revogado pois Deus não é
homem para que minta e nem filho de homem para que se arrependa.
Se isso era verdade na velha aliança, muito mais agora. Uma vez que
Deus disse que somos perdoados e justificados em Cristo, isto não pode
mais ser revogado. Alguns acreditam que suas muitas quedas e pecados
podem fazer Deus mudar a sua aliança, mas isso é mentira do maligno.
O Pai pode discipliná-lo, mas jamais irá mudar a aliança feita na cruz
(Hb. 6:13-20).
Essa afirmação de que Deus não é homem para que minta é
frequentemente usada de forma negativa referindo-se ao julgamente de
Deus. Há aqueles que gostam de dizer isso em relação ao nosso pecado,
afirmando que se Deus não julgar essa geração terá de se desculpar
com os moradores de Sodoma e Gomorra. Mas o contexto desse
versículo é justamente o plano de Deus de nos abençoar.
Depois Balaão diz no verso 20 que ninguém pode revogar a bênção que
Deus liberou. A bênção de Deus sobre a sua vida não pode mais ser
revertida.Ele decidiu nos abençoar, por isso toda língua que se levantar
contra nós em juízo, nós a condenaremos. Já somos abençoados e isso
não pode ser revogado (Tt. 1:2).
Toda arma forjada contra ti não prosperará; toda língua
que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a
herança dos servos do SENHOR e o seu direito que de mim
procede, diz o SENHOR. Is. 54:17
A palavra bênção no Novo Testamento é “eulogia” de onde vem a nossa
palavra elogio. Significa falar bem, positivamente, levantando e nunca
abatendo o outro. Fale bem a respeito de si mesmo, seu corpo e seu
trabalho, pois fazendo assi você libera bênção.
Por outro lado a palavra usada no Novo Testamento para maldição é
“Katara”, que significa falar negativamente a respeito de algo. Nós
podemos amaldiçoar algo ou alguém sem usar a palavra maldição. O
Senhor amaldiçoou a figueira e ele não disse: “figueira eu te
amaldiçoo!” Ele apenas disse: “Nunca jamais coma alguém fruto de ti!”
e no outro dia a figueira secou completamente.
 Por fim o verso 21 diz que o Senhor não viu iniquidade em Israel. Essa
é uma afirmação realmente espantosa. Essa é a bênção de Deus sobre
nós, pois ele disse: “das suas iniquidades jamais me lembrarei”. Deus
não diz que não há pecado em nós, ele apenas diz que não vê. Não
devemos nunca pensar que não há pecado em nós, mas devemos
declarar ousadamente que o Senhor não vê iniquidade em Israel.
Quando Ele nos olha ele não vê pecado em nós. Se ele não vê o pecado
ele nunca poderá nos amaldiçoar.
Essa é a maneira como devemos também amar o nosso irmão.
Devemos vê-lo como Deus o vê. Veja o seu irmão sem culpa e sem
condenação. Precisamos ser elevados como o nosso Pai se queremos
caminhar nos lugares altos em Cristo.
Em Números 24:2 Balaão tenta pela terceira vez amaldiçoar a Israel. A
escritura diz que ele novamente subiu a um monte e viu a Israel
acampado segundo as suas tribos. Quando ele viu o acampamento o
Espírito veio sobre ele.
Levantando Balaão os olhos e vendo Israel acampado
segundo as suas tribos, veio sobre ele o Espírito de Deus.
Nm. 24:2
No acampamento de Israel no deserto as doze tribos, em grupos de
três, eram colocadas ao redor do tabernáculo. Como a tribo de Judá era
muito maior que as outras o lado em que ficava Judá era bem mais
comprido dando ao acampamento o formato da cruz. Balaão viu a cruz
no deserto. Na cruz Deus Pai não pode ver o nosso pecado. Quando
vemos a cruz de um lugar elevado o Espírito vem sobre nós.
Balaão não recebeu o Espírito de Deus, o Espírito veio sobre ele apenas
naquele momento para colocar as palavras de bênção na sua boca.

A maldição hereditária
Um ensino que realmente produz problemas na vida do crente é o
ensino da maldição hereditária. Eu creio que existe mesmo uma
maldição hereditária na vida daqueles que não estão sem Cristo, mas
para aqueles que estão em Cristo não há mais nenhum tipo de
maldição.
II Coríntios 5:17 diz que se alguém está em Cristo, é nova criatura; as
coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. Essas coisas
antigas que passaram incluem as maldições hereditárias. Mas muitos
crentes crêm que ainda estão debaixo de maldição por isso vivem sob
uma constante expectativa de castigo e tribulação porque nunca sabem
quando o pecado de seus avós e pais vai alcançá-los. Eles sempre
estão aguaradando uma colheita de pecados que outros e eles mesmos
cometeram no passado.
Naqueles dias, já não dirão: Os pais comeram uvas verdes, e
os dentes dos filhos é que se embotaram. Cada um, porém,
será morto pela sua iniqüidade; de todo homem que comer
uvas verdes os dentes se  embotarão. Jr. 31:29-30
Este era um ditado popular entre os judeus nos dias de Jeremias, os
pais comem uvas verdes e os dentes dos filhos é que se embotam. Na
verdade está baseado em algo que Deus havia dito no monte Sinai:
“visitarei a iniqüidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à
terceira e quarta geração! (Ex. 34:7). Essa era a condição na Velha
Aliança, mas louvamos a Deus porque agora estamos sob a Nova
Aliança. Mas alguns crentes ainda estão se baseando na Velha Aliança e
por isso sofrem perda espiritual. Hoje nossos pecados e os pecados de
nossos pais e os pecados dos pais de nossos pais foram todos cravados
na cruz e por isso não sofremos mais nenhuma maldição.
A principal cláusula da Nova Aliança é que Deus não se lembra mais de
nossos pecados. Isso significa que Deus nãos nos trata mais com base
em nossos pecados. Ele nos trata consoante a perfeição de Cristo e a
sua obra na Cruz.
Pois, para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia
e dos seus pecados jamais me lembrarei. Hb. 8:12
No Velho Testamento ele não podia esquecer do pecado por isso
castigava a iniquidade dos pais nos filhos, mas Novo Testamento ele
não se lembra mais do pecado. Se ele não se lembra já não há
condenação e nem punição.
Há muitos crentes que vivem hoje na Nova Aliança com a mentalidade
da Velha Aliança. Eles vivem com a expectativa de juizo e condenação,
com medo da maldição por causa de seus pecados e dos de seus
antepassados.
A profecia de Jeremias era de que chegaria o dia em que não mais
haveria aquele ditado em Israel, e esse dia já chegou, nós hoje vivemos
os dias em que a maldição foi quebrada. Há dois mil anos o Senhor
quebrou a maldição na cruz.
Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se
cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Estava ali um vaso
cheio de vinagre.  Embeberam de vinagre uma esponja e,
fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca.
Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está
consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. Jo.
19:28-30
Na Cruz do Calvário o Senhor viu que tudo já estava consumado,
mas nesse momento ele disse que tinha sede. Deram-lhe então vinagre
para beber. A profecia de Jeremias fala de uvas verdes que embotam os
dentes e na cruz lhe deram o vinagre que também embota os dentes. Ao
beber o vinagre ele estava cumprindo a profecia de Jeremias 31.
Quando ele bebeu do vinagre ele tomou sobre si a maldição que
pertencia aos filhos por causa dos pecados dos pais. Ele tinha sede da
nossa liberdade. Ele tinha sede de nos libertar da maldição de nossos
antepassados.

A maldição da lei
A afirmação categórica da Palavra de Deus é que, quando vivemos pela
fé no favor imerecido de Deus, nós somos resgatados da maldição da
lei. Aqueles que vivem com base em seu merecimento e andam
confiados em seu esforço próprio e na sua justiça própria
inevitavelmente ainda sofrem debaixo da maldição da lei, mesmo
sendo salvos.
O que é a maldição da lei? A única maneira de descobrirmos é voltando
à lei. Ela está descrita no capítulo 28 de Deuteronômio e envolve
basicamente quatro aspectos: miséria, enfermidade, condenação e
morte. Por causa da obra consumada da cruz, não precisamos mais
viver sob essas maldições.
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele
próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito:
Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para
que a bênção  Abrão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a
fim de que recebêssemos pela fé o Espírito prometido”... “E
se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão, e
herdeiros segundo a promessa. Gl 3.13, 14, 29.
Nos dias de Jesus a forma comum como os judeus executavam os
criminosos era pelo apedrejamento. O Senhor Jesus poderia ter
morrido dessa forma, mas em vez disso ele foi crucificado. Mil anos
antes de existir a crucificação Moisés disse que aquele que fosse
pendurado no madeiro seria amaldiçoado (Dt. 21:23). Isso significa que
o Senhor não derramou seu sangue apenas para nos perdoar dos
pecados, mas também para nos livrar da maldição fazendo-se ele
próprio maldição em nosso lugar.
Todas as vezes que resolvemos nos relacionar com Deus com base em
nossa performance, em nosso mérito ou nossas obras nós decaímos
para a lei e nos separamos da graça de Deus. E uma vez que nos
separamos da graça nos sujeitamos novamente às maldições da lei.
Só existe duas possibilidades: ou vivemos pela graça ou confiamos na
lei. Se não dependemos do favor imerecido nós caímos para a lei. Você
tem a liberdade de escolher como quer se relacionar com Deus. Se
escolhemos nos relacionar com base em nossa obediência e
merecimento o resultado e maldição. Mas se escolhemos nos relacionar
pela graça mediante a fé o resultado é vida. Em Hebreus 4:16 Paulo nos
convida a nos achegarmos diante do trono da graça. Isso significa que
deve há também um trono de justiça. Você pode escolher diante de
qual trono quer se achegar. Se for diante do trono da justiça esteja
certo de ter obedecido completamente a lei, pois caso contrário será
condenado. Mas se escolher se achegar diante do trono da graça saiba
que estará diante daquele que justifica o ímpio (Rm. 4:5).
Não podemos viver pela fé e pelas obras ao mesmo tempo. Esses dois
princípios de vida são como água e óleo, não pode se misturar.
E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de
Deus, porque o justo viverá pela fé. Ora, a lei não procede
de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles
viverá. Gl. 3:11-12
Essa é a razão porque muitos crentes não são abençoados, eles ainda
vivem confiados no mérito da lei. Não dependem de fé, mas de obras de
justiça. E pelo contexto de Gálatas nós sabemos que a fé aqui é a
justificação por fé, é a confiança absoluta na obra de Cristo realizada na
cruz. A minha justiça é apenas um dom que eu recebi e não uma
virtude que eu conquistei pela minha obediência aos mandamentos.
Um grande problema é que os crentes não reconhecem quando a
maldição vem. É por isso que dizem que a doença é uma bênção,
enquanto Deuteronômio 28 diz que ela é uma maldição. Dizem que a
pobreza é uma bênção enquanto Deuteronômio 28 diz que é resultado
de maldição. Ele dizem que as doenças e a pobreza trazem glória ao
nome de Deus. O que não sabem é que a cura traz muito maior glória a
Deus. Não precisamos sofrer debaixo de nenhuma maldição, basta que
creiamos na justiça que vem pela fé. Jesus nunca disse “oh gente de
fidelidade pequena!” “oh gente de santidade pequena”, ou “oh gente de
obediência pequena”, mas ele disse “oh homens de pequena fé”. É tão
somente pela fé que recebemos. Quando cremos a nossa fé nos
é atribuida como justiça diante de Deus. A justiça épela fé do filho de
Deus.
Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que
crê. Rm. 10:4
Diante de tudo isso vemos que você é irreversivelmente abençoado em
Cristo. As maldições  e pragas que outros possam proferir contra você
não podem mais atingi-lo e as maldições que vieram sobre seus
antepassados não têm mais nenhuma legalidade na sua vida. Aproprie-
se dessa verdade e viva cheio de uma santa expectativa da bênção do
Pai.

9º - Nono Dia- Os quatro


cavaleiros do Apocalipse
Vivemos dias de recessão e inflação. Muitas pessoas
estão debaixo de grande ansiedade e angústia. Você
já observou que esses tempos são cíclicos? Periodicamente nós
passamos por eles. Por que é assim? Creio que é algo profético, o
Senhor determinou que os quatro cavaleiros do Apocalipse cavalguem
pela terra.
Os quatro cavaleiros não são coisas boas e não são a vontade de Deus
para o seu povo. Ainda que tenham sido enviados por Deus a vontade
do Pai é nos proteger da ação deles. Como podemos receber isso?
Primeiro vamos conhecer os quatro cavaleiros.
 Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos e ouvi um dos
quatro seres viventes dizendo, como se fosse voz de trovão:
Vem! Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com
um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e
para vencer. Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo
ser vivente dizendo: Vem! E saiu outro cavalo, vermelho; e
ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que
os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi
dada uma grande espada. Quando abriu o terceiro selo,
ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis um
cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão. E
ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes
dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três
medidas de cevada por um denário; e não danifiques o
azeite e o vinho. Quando o Cordeiro abriu o quarto selo,
ouvi a voz do quarto ser vivente dizendo: Vem! E olhei, e eis
um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado
Morte; e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada
autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à
espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras
da terra. Ap. 6:1-8
O primeiro Cavaleiro - 6:1-2
Em Zacarias 6:1-4 aos quatro cavaleiros são quatro ventos. A palavra
vento é a mesma palavra para espírito em português, por isso podemos
dizer que os quatro cavaleiros são quatro espíritos. Esses quatro
cavaleiros estão percorrendo toda a terra hoje.
Tenho ensinado que esse cavaleiro aponta para o evangelho que saiu
vencendo e para vencer. Creio que isso faz sentido, mas muitos
estudiosos também dizem que esse primeiro cavaleiro parece estar
tentando imitar o Senhor Jesus. A respeito do anticristo Apocalipse
também diz que possui coroas. Nesse caso esse cavaleiro pode apontar
para os falsos ensinos e falsas doutrinas. O arco não tem flechas porque
esses falsos ensinos não tem poder para vencer e mudar o homem.
O evangelho é uma questão de crer corretamente. É a fé correta que
produz um comportamento correto. Se a fé está errada então tudo o
mais se perde. Quando cremos errado as coisas se tornam erradas. Se
queremos que as pessoas se comportem corretamente devemos ensiná-
las sobre a verdade de Cristo, sobre quem nós somos nele e o que
podemos fazer por meio do seu poder em nós.
Então para que os demais cavaleiros tenham algum poder esse
primeiro cavaleiro precisa atuar.
O segundo Cavaleiro - 6:3-4
O segundo cavaleiro é a guerra e o terrorismo. A cor vermelha
simboliza duas coisas: sangue e guerra. Tirar a paz da terra e matarem
uns aos outros com uma espada nos fala claramente de guerra. A este
segundo cavaleiro foi dado tirar a paz da terra.
O Senhor disse que sempre haveria guerras na terra para tirar a paz
dos homens. Desde a ascensão de Cristo tem havido guerra na terra e
nunca houve sequer um tempo de completa paz em todo o planeta. Só
há paz quando o Príncipe da Paz estabelece o seu reino em nós.
O terceiro Cavaleiro - 6:5-6
Esse cavaleiro tem uma balança na mão, simbolizando: carestia, inflação
e escassez de alimentos. A balança é um instrumento característico da
atividade comercial, particularmente da venda de cereais. A balança
aqui simboliza a escassez. O cavalo preto simboliza a fome. Ele é um
cavaleiro preto porque a fome produz uma aparência escura nas
pessoas (Lm. 4:8-9).
As crises econômicas e a fome são coisas cíclicas. Vivemos hoje na
época mais  abundante de todos os tempos. Nunca se plantou e se
colheu tanto como em nossos dias. Ainda assim, segundo a ONU,
milhões de pessoas vão dormir todos os dias com fome.
O quarto Cavaleiro - 6:7-8
O quarto cavaleiro é a morte. Ele tem a cor amarelo-esverdeada, – a cor
de um cadáver.
Não confunda o inferno com o lago de fogo. O Inferno é uma prisão
provisória, enquanto o lago de fogo não fica pronto. No final o próprio
inferno será lançado para dentro do lago de fogo (Ap 20.14). Que é a
segunda morte? É o momento em que as pessoas, que estão no inferno,
serão lançadas no lago de fogo.
Qual é o tipo de morte provocada pelo quarto cavaleiro? De acordo com
o versículo 8,  foi-lhe “dada autoridade sobre a quarta parte da terra
para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das
feras da terra”. A palavra fera aqui é “therion” que é o diminutivo de
animal no grego. Creio que aqui está se referindo aos vírus e bactéria
que trazem doenças. Aqui estão incluídas todas as epidemias e pestes.
Os quatro cavaleiros estão em plena atividade. A situação parece muito
complicada. Os assalariados estão perdendo seu poder aquisitivo, o
desemprego rondando e nocauteando os trabalhadores, a moeda se
desvalorizando, a corrupção dilapidando os cofres públicos, e há
falência da educação, da saúde e da segurança públicas.
Creio que a vontade de Deus é que sejamos aguardados da ação dos
quatro cavaleiros. Como isso acontece?
Os quatro cavaleiros em Mateus 24
O Senhor Jesus falou a respeito dos quatro cavaleiros mesmo sem
mencioná-los em Mateus 24. No monte das Oliveiras, os discípulos lhe
perguntaram: “Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal
haverá da tua vinda e da consumação do século.” (Mt. 24:3)
Primeiro o Senhor disse: “Vede que ninguém vos engane. Porque virão
muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos”
(Mt. 24:4 e 5). Esse é o cavaleiro branco que representa os falsos
ensinos.
Depois o Senhor acrescentou: “E, certamente, ouvireis falar de guerras
e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário
assim acontecer, mas ainda não é o fim (24:6). Esse é o cavaleiro
vermelho que simboliza a guerra.
No verso seguinte o Senhor disse: “Porquanto se levantará nação
contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e
terremotos, em vários lugares (Verso 7 versão RC). A fome é a ação do
terceiro cavaleiro, o preto, que representa a fome e a escassez.
Por último o Senhor menciona a pestilência. As pestes apontam para o
cavalo amarelo que simboliza a pestilência e a morte.
Isso apenas mostra como é perfeita e harmônica a Palavra de Deus.
As quatro faces de Jesus
Diante do trono de Deus existem quatro seres viventes e cada um deles
possui quatro faces: a face do leão, do homem, do novilho e da águia
(Ap. 4:6-7).
Há diante do trono um como que mar de vidro, semelhante
ao cristal, e também, no meio do trono e à volta do trono,
quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por
detrás. O primeiro ser vivente é semelhante a leão, o
segundo, semelhante a novilho, o terceiro tem o rosto como
de homem, e o quarto ser vivente é semelhante à águia
quando está voando. Ap. 4:6-7
Cada uma dessas faces aponta para Senhor Jesus. Ele é o Leão da tribo
de Judá, mas por outro lado ele é também o novilho que foi usado por
Deus para o sacrifício. Jesus também é a exata expressão e imagem de
Deus como homem, mas ao mesmo tempo é do céu como a águia.
Essas quatro faces de Cristo precisam ser vistas também em nós. Em
Cristo somos feitos semelhantes à sua imagem. Efésios 4:13 diz que
precisamos chegar à estatura da plenitude Cristo.
Precisamos ter a face do leão que simboliza força e coragem. A face do
novilho nos fala de trabalho e sacrifício. A face do homem simboliza
inteligência e a face da águia aponta para visão profética e espiritual.
Os quatro evangelhos
Essas quatro faces apontam para cada um dos evangelhos. O evangelho
de Mateus é a face do leão pois é o evangelho do rei. Em Mateus Jesus é
mostrado como o rei por isso começa com uma genealogia para
mostrar que ele vem do rei Davi. Ele é o Leão da Tribo de Judá.
A face do novilho aponta para o evangelho de Marcos, pois em Marcos
Jesus é mostrado como o servo, o novilho que trabalha no arado. Não
há genealogia em Marcos pois o servo não tem genealogia.
Em Lucas Jesus é mostrado como o homem. Esse evangelho é
representado pela face do homem. Lucas retrata Jesus como o filho do
homem por isso a sua genealogia ali vai até Adão.
Por fim o evangelho de João mostra Jesus como o filho de Deus que
desceu do céu. Isto é representado pela águia. Nele Jesus é o verbo
eterno que desceu do céu.
O acampamento no deserto
No livro de Números vemos o povo de Israel acampado ao redor do
Tabernáculo. Ali temos uma figura de como o inimigo nos ataca e
também de como o Senhor nos protege. Como lemos no Livro de
Zacarias os quatro cavaleiros são quatro ventos ou espíritos.
No capítulo 2 lemos que havia quatro tribos que eram
líderes e junto a elas havia outras duas. Cada grupo desses
de três tribos possuía seu próprio estandarte, mas cada
tribo individualmente tinha a sua própria insígnia (Nm.
2:2).
Os filhos de Israel se acamparão junto ao seu estandarte, segundo as
insígnias da casa de seus pais; ao redor, de frente para a tenda da
congregação, se acamparão. Nm. 2:2
Assim As doze tribos, em grupos de três, eram colocadas ao redor do
tabernáculo. Quatro das tribos – Judá, Rúben, Efraim e Dã – foram
levantadas como líderes tribais. Cada uma tinha seu próprio estandarte
ou bandeira que os identificava como cabeça das tribos, enquanto as
outras tribos tinham suas insígnias, uma bandeira menor.
A Tradição Judaica diz que as bandeiras das tribos eram as seguintes:
Judá – Leste, simbolizada pelo Leão.
Efraim – Oeste, simbolizada pelo Boi.
Rúben – Sul, simbolizada pelo Homem. É interessante que o próprio
nome Rubem significa: “veja o filho”.
Dã – Norte, simbolizada pela Águia.
Cada uma dessas faces aponta para o Senhor Jesus. Assim como os
montes estão ao redor de Jerusalém, o Senhor está ao redor do seu
povo (Sl. 125:2).
É interessante vermos a perfeição da Palavra de Deus, pois a descrição
de Ezequiel das quatro faces é exatamente como os estandartes das
tribos no deserto.
A forma de seus rostos era como o de homem; à direita, os
quatro tinham rosto de leão; à esquerda, rosto de boi; e
também rosto de águia, todos os quatro. Ez. 1:10
Se olharmos para o norte a nossa mão direita será o leste e a esquerda
o oeste. Com a mão direita seguramos a espada que aponta para a face do
Leão e com a esquerda seguramos o escudo que é forte como o Novilho.
Na cruz nós fomos redimidos da morte, da enfermidade e da pobreza.
Com a espada da verdade e a coragem do Leão nós devemos hoje
subjugar todo ensino que anula o poder da cruz. Pelo poder da cruz
somos livrados dos quatro cavaleiros do Apocalipse.
Zacarias 6 também descreve a visão dos 4 cavaleiros. Na visão de
Zacarias o cavaleiro preto ataca pelo norte, o amarelo pelo sul, o
vermelho pelo oeste e o branco pelo leste.
O carro puxado pelos cavalos pretos vai para a Babilônia, a
terra do Norte; o carro puxado pelos cavalos brancos vai
para a terra do Oeste; e o carro puxado pelos cavalos baios
vai para a terra do Sul. Zc. 6:6
Para cada cavaleiro que vem de uma direção temos um estandarte
levantado. Contra o cavaleiro preto temos a Águia. Contra o branco
temos o Leão. Contra o vermelho temos o Novilho e contra o amarelo
temos a face do Homem.
No evangelho de João temos o dia em que Cristo ressuscitou a Lázaro
depois de quatro dias morto. Esse é o poder da Águia, ela vence o
cavalo amarelo da morte e da enfermidade. O evangelho de João é o
que mostra Cristo como a águia vinda do céu.
A primeira coisa que o diabo disse à mulher foi: “não é assim que Deus
disse?” Veja que a primeira ação do diabo é sempre trazer uma falso
ensino, um falso conceito, uma mentira.
Vamos o exemplo da ação dos quatro cavaleiros num casamento. Antes
que a mulher traia o marido o diabo a convence que ele não a ama.
Antes que o marido caia ele é convencido de que a mulher não o
respeita. Tudo começa com o que você acredita. Isso é representado
pelo cavalo branco.
Depois do cavalo branco sempre vem o cavalo vermelho que simboliza
a luta, a guerra e a desavença. No caso de um casamento, a guerra
resulta em brigas e por fim, no divórcio.
Logo depois vem o cavalo preto que simboliza a pobreza, a fome e a
escassez. Normalmente um casal depois do divórcio acaba se
empobrecendo.
Por último vem o cavalo amarelo que simboliza a enfermidade e a
morte. Um casal assim cheio de amargura e ressentimento se enche de
doenças da lma e do corpo.
Quando esses quatro cavaleiro vêm contra o povo de Deus que está
acampado diante da Casa de Deus, o que o inimigo vê? Ele vê a Cristo
com as quatro faces.
A cada semana estamos aqui levantando o estandarte de Cristo. Num
Domingo levantamos o estandarte do Leão, no outro o estandarte da
Águia e assim por diante. Cada vez que olhamos para o estandarte de
Cristo somos livrados dos cavaleiros.
Todo o exército se acampa voltado para o seu inimigo, mas o exército de
Deus é completamente diferente. O exército de Israel se acampava de
costas para o inimigo. A sua frente estava voltada para o tabernáculo,
mostrando que o seu centro é Cristo e a sua Casa.
Todos nós devemos estar voltados para Cristo, pois o que Deus olha é
para onde está voltado o nosso coração. Também precisamos estar
voltados para o Tabernáculo, a Casa de Deus. 

10º- Décimo Sétimo Dia- Os


pensamentos elevados de
Deus
Precisamos ter muito cuidado com ensinamentos de homens. A
verdadeira mensagem do evangelho é algo sobrenatural. Não tente
entendê-la de forma natural. O que é natural? É dizer algo como: “faça
o seu melhor para agradar a Deus e, algum dia quando Deus ver que
você é sincero o suficiente, fiel o suficiente, então você receberá a sua
bênção.” O sobrenatural por outro lado é quando Deus diz que eu sou
justo em Cristo mesmo que eu ainda não veja a justiça em mim. Ele diz
que eu sou nova criatura mesmo quando não vejo a transformação. As
coisas de Deus são sobrenaturais e por isso somente podem ser
recebidas por fé.
Porque os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos,
diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos
do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do
que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos
do que os vossos pensamentos. Is. 55:8-9
Os pensamentos do homens são naturais e terrenos, mas os
pensamentos e os caminhos de Deus são elevados porque são celestiais.
Precisamos andar de acordo com os pensamentos e caminhos elevados
do Senhor. Mas pastor, eu não sei qual o tipo de pensamento Deus quer
que eu tenha, e quais são os caminhos errados dos quais tenho que me
afastar. Como podemos entender o pensamentos de Deus? Observando
o contexto de todo o capítulo 55 de Isaías podemos ver alguns dos
elevados pensamentos e caminhos de Deus.
1. Compre sem dinheiro e sem preço
Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os
que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde
e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Is. 55:1
A graça é sem dúvida o caminho elevado, enquanto a lei é o caminho do
homem natural. Segundo a lei tudo depende do homem, seu esforço e
sua obediência, assim o homem natural sempre procura pagar pela
bênção. Mas segundo a graça tudo depende de Cristo e sua obra
consumada.
O convite do Senhor é para que desfrutemos da sua graça. Nós somos
muito pobres para poder comprar e ele muito rico para precisar
vender, então só podemos receber de graça.
A graça sempre dá. A graça comunica. A lei, por outro lado, sempre
exige. Você pode dizer que está sob a lei quando sente que coisas lhe
estão sendo exigidas. Quando você vive se sentindo em débito com
Deus, você está na lei. E quando nos sujeitamos a lei nós caímos no
pecado, porque a força do pecado é a lei.
E a essência da lei é demanda. A essência da graça é suprimento. Se
você acorda de manhã consciente de que Deus está lhe fornecendo a
sabedoria para o dia, fornecendo o pão diário de que você precisa,
fornecendo a proteção para você e sua família, então você está no
espírito da graça, estará efetivamente vivendo sob a graça.
Não pense que a lei é má, antes ela é boa para o propósito para o que
foi dada. E nós sabemos que a lei foi dada para mostrar o pecado.
Hoje não estamos vivendo sob lei porque a dispensação da lei foi
cumprida pelo Senhor. Jesus disse: "Não pense que eu vim revogar a
lei". Ele não veio para revogar, mas para cumprir. E depois de quitar
um financiamento do banco é melhor interromper o pagamento. Cristo
é o fim da lei. Portanto, não estamos mais sob a lei, mas sob a graça
Vivemos hoje na dispensação da graça onde o Senhor não está
imputando aos homens os seus pecados. Ele não diz: “vou esperar até
que você se qualifique para receber esse milagre. Será que você é santo
o suficiente para receber essa cura? Você precisa mudar de vida antes
que eu possa libertar seu filho”. O Senhor não fez assim, antes ele ouviu
o clamor de todos os que vieram a ele. Eles eram todos pecadores. De
fato, a maioria das pessoas que receberam de Jesus eram párias sociais.
O problema é que agora algumas pessoas estão tentando redefinir a
graça. Eles dizem que graça não é apenas favor imerecido. Eles
afirmam que graça seria uma capacitação, mas isso na verdade é o
homem fazendo. A Bíblia, porém, diz que, “se é pela graça, já não é
pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” (Rm. 11:6). Graça é
favor imerecido.
2. Desfrute das fiéis misericórdias
Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma
viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que
consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi. Is. 55:3
Aqueles sedentos que vão às águas e bebem sem dinheiro e sem preço
são agora feitos participantes de uma nova Aliança que é eterna. Essa
aliança é baseada nas fiéis misericórdias prometidas a Davi.
O Salmo 89 e II Samuel 7:12-17 descrevem a aliança de Deus com Davi.
Segundo essa aliança o trono de Davi seria eterno porque viria o seu
descendente cujo trono e reino nunca terá fim. Sabemos que o Senhor
Jesus é o filho de Davi.
As fiéis misericórdias constituem os elevados pensamentos de Deus.
Segundo o pensamento do homem o pecado cancela a promessa, mas o
pensamento de Deus é que a graça será conosco para sempre e ela
nunca será removida mesmo se caírmos. Se caímos ele nos disciplina,
mas jamais removerá de nós a sua bondade.
Conservar-lhe-ei para sempre a minha graça e, firme com
ele, a minha aliança. Farei durar para sempre a sua
descendência; e, o seu trono, como os dias do céu. Se os seus
filhos desprezarem a minha lei e não andarem nos meus
juízos, se violarem os meus preceitos e não guardarem os
meus mandamentos, então, punirei com vara as suas
transgressões e com açoites, a sua iniqüidade. Mas jamais
retirarei dele a minha bondade, nem  desmentirei a minha
fidelidade. Não violarei a minha aliança, nem modificarei o
que os meus lábios proferiram. Sl. 89:28-34
3. Experimente a riqueza do perdão
Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus
pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá
dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.
Is. 55:7
Os modos e os pensamentos do homem natural é de onde precisamos
nos afastar. Veja que o texto diz que Senhor perdoará rica e
abundantemente. Ele fará isso porque os seus pensamentos não são os
nossos. A mente natural presume que Deus perdoa de má vontade, mas
ele nos perdoa abundantemente.
Alguns pensam que Deus perdoa, mas só depois que você faz muitos
exercícios espirituais, depois de se sentir mal o suficiente a respeito do
pecado e mostrar muita tristeza. Eles não acham que Deus nos perdoa
de bom grado. Mas Deus está dizendo: meus pensamentos não são
como os seus. Está muito acima dos seus pensamentos. Eu perdoarei
rica e abundantemente, porque os meus pensamentos são muito mais
elevados que os seus.
Você sabe por que Deus perdoa rica e abundantemente? Porque está
tudo pago. Deus te amou tanto, que enviou seu Filho para se tornar seu
substituto naquela cruz. E quando ele estava naquela cruz, toda
condenação, terror e maldição que era para você, caiu sobre ele. Agora,
através do sangue de Jesus, Deus tem um fundamento justo para nos
perdoar.
Imagine uma situação em que você errou com alguém. Você vem e se
desculpa e a pessoa diz que o perdoa, mas ela o faz de forma fria ou
indiferente. Ela diz que o perdoa, mas seu rosto está desfigurado de
insatisfação. Não é assim com Deus.
Você compreende que às vezes um ato pode ser estragado pelo estilo?
O Senhor não é apenas o salvador, mas um Salvador que nos salva com
amor. Se o pastor da centésima ovelha fosse um salvador mal
humorado o resgate da ovelha teria um sentido completamente
diferente.
No final do dia o pastor percebe que uma ovelha se perdeu. Muito
contrariado sai para procurá-la. Quando a encontra qual a primeira
palavra que ele diz: "olha o trabalhão que você me deu! Na hora de
entrar para jantar tive de sair de casa no meio da escuridão para te
encontrar. Que vergonha! Ele a pega nos ombros, mas muito
contrariado lamenta como ela está pesada. No caminho vai lembrando
a ovelha como está sendo difícil salvá-la. Quando chega em casa ele faz
como diz um certo, ele quebra a perna da ovelha. Ele diz: isso vai doer
mais em mim que em você, mas vou quebrar a sua perna para o seu
bem. O difícil é a ovelha acreditar nisso. Ela vai declarar o salmo 23
dizendo: o Senhor é o meu pastor e ele vai quebrar a minha perna...
O Senhor não é um salvador assim. Ele está feliz de encontrar a ovelha.
Quando chega em casa ele dá uma festa por tê-la achado. Ele não fica
todo o tempo lembrando como você é uma ovelha problemática, mas
ele é um salvador feliz por salvá-lo.
O texto de Lucas 15:5 diz que o pastor encontrou a ovelha, a colocou
nos ombros, cheio de júbilo. Essa é a palavra chave: Júbilo!” O Senhor
está alegre e exultante de encontrar sua ovelha.
Nunca pense que Deus desistiu de você porque você caiu tantas vezes
que ele perdeu a paciência. Não deixe que o maligno lance nenhuma
dúvida sobre o quanto ele pacientemente ama você e o traz de volta
para os braços dele.
Normalmente pensamos que Deus rasgou o véu para que o homem
pudesse entrar. Mas Deus rasgou o véu para ele poder sair. Antes Deus
não podia sair, porque quando ele sai em sua santidade, o homem deve
morrer. Ele não podia sair por causa da sua misericórdia para com o
homem, porque o homem não pode atingir seu padrão de justiça, então
ele se manteve no Santo dos Santos. Mas quando Jesus morreu, o véu
foi rasgado por uma mão invisível de cima para baixo para significar
que não foi o homem que o rasgou, Deus o rasgou e saiu para nos dizer:
“seja bem-vindo em casa”! O mesmo sangue que rasgou o véu removeu
seus pecados perfeitamente, hoje você é mais branco que a neve.
Tudo bem, pastor, mas você não pode pregar que Deus perdoa
livremente, pois as pessoas sairão e vão viver dissolutamente.
Novamente, seus pensamentos não são como os dele. Os pensamentos
de Deus são elevados, se pregarmos a verdade as pessoas viverão a
verdade. Quando as pessoas creem certo, elas vivem corretamente. Eles
continuam pecando porque não entendem o perdão de Deus. Possuem
um conceito muito baixo do perdão de Deus. Mas o próprio Senhor
Jesus disse que aqueles que sabem que são muito perdoados esses o
amarão muito mais (Lc. 7:47).
Os pensamentos de Deus são sempre sobre perdão, os nossos
pensamentos são sobre justiça e condenação. Temos dificuldade de
crer que Deus perdoa livremente. Não é fácil crer que se voltarmos para
casa ele correrá para nos beijar.
4. Receba a palavra como chuva
Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e
para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e
a  fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador
e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha
boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz
e prosperará naquilo para que a designei. Is. 55:10-11
A Palavra de Deus é como a chuva e a neve que caem do céu. É bom que
Deus não tenha deixado cair toda a sua sabedoria de forma
concentrada. Nós não poderíamos recebê-la. Nossas mentes são muito
limitadas, mas ele deixou cair uma gota de cada vez como a chuva e
a neve do céu. E essa chuva não volta para lá, mas rega a terra, e a faz
brotar, para que possa dar semente ao semeador e pão ao que come.
Você sabe por que você tem pão? Porque houve alguma semeadura.
Faça da sua vida uma vida de semeadura e você estará sempre
colhendo e suprindo outros com o pão.
Deus prometeu que sua Palavra prosperará onde quer que vá. Se você
receber a Palavra de Deus, ela prosperará em sua vida. Mas você tem
recebido a Palavra de Deus? Você quer se molhar, mas não quer estar
sob a chuva. Digamos que a chuva é uma chuva de bênçãos e você se
sente seco. Sua vida está seca, seu bolso está seco, tudo está seco,
porque você não está debaixo da chuva. Vá para a chuva! O que é a
chuva? A palavra de Deus.
Goteje a minha doutrina como a chuva, destile a minha
palavra como o orvalho, como chuvisco sobre a relva e
como gotas de água sobre a erva. Dt. 32:2
A chuva representa o ensino. Uma abundância de chuva é, na verdade,
abundância de ensino e revelação da verdade do evangelho.
Existe algo precioso sobre a chuva. Em Joel 2:23 lemos que o Senhor
vai mandar a chuva temporã e a serôdia. Isso significa as primeiras e as
últimas chuvas. Nós vivemos no tempo das últimas chuvas. Mas o que é
precioso é que a palavra chuva é “moreh” que também significa
professor em hebraico. Isso mostra que as últimas chuvas trarão uma
grande revelação da palavra de Deus.
5. Seja uma bênção
Saireis com alegria e em paz sereis guiados; os montes e os
outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as
árvores do campo baterão palmas. Em lugar do espinheiro,
crescerá o cipreste, e em lugar da sarça crescerá a murta; e
será isto glória para o SENHOR e memorial eterno, que
jamais será extinto. Is. 55:12-13
Depois de receber a Palavra de Deus, a Palavra do perdão, a Palavra da
graça, você sairá com alegria e será guiado em paz. Não seja guiado por
vozes do lado de fora. Não se deixe levar por sinais exteriores, mas
permita-se ser guiado pela paz.
Deus te guia por dentro porque ele está em você. Você é filho de Deus,
mas no Antigo Testamento, eles não tinham o Espírito habitando
dentro deles por isso eles precisavam de sinais exteriores.
O resultado de receber a Palavra da graça é que você sai com alegria e é
levado em paz. Seja sempre guiado pela paz. Antes de assinar qualquer
coisa, seja guiado pela paz. Antes de fazer um negócio, seja guiado pela
paz. É vital que entendamos que a maneira principal como Deus nos
conduz é pela presença ou ausência de paz.
Quando você é guiado pela paz, o que vai acontecer? As montanhas e os
montes começam a cantar diante de você. Montanhas são sempre
imagens de reinos ou pessoas em lugares altos. Isso significa que
pessoas que realmente importam em sua vida lhe darão
encorajamento.
Quando você recebe a Palavra e sai com alegria, sendo guiado pela paz,
os montes se rompem em cânticos e as árvores o aplaudem. Árvores
também apontam para pessoas.
Quando você sai, as montanhas e montes estão se regozijando e as
árvores do campo estão batendo palmas. Você se torna uma bênção
aonde quer que vá. Você traz alegria aonde quer que chegue.
No verso 13 lemos que no lugar do espinheiro, crescerá o cipreste, e em
lugar da sarça crescerá a murta. Em vez da maldição representada pelo
espinheiro, haverá o cipreste.
O espinheiro é o que eles usavam no passado para manter as ovelhas
dentro do aprisco. Não era uma cerca de madeira como em nossas
fazendas, mas uma cerca de espinhos. Então, em vez de um espinheiro
haverá o cipreste. Em outras palavras, a bênção estará à sua volta. Não
haverá mais maldição.
Em vez da sarça haverá a murta. Essa sarça é um tipo de urtiga. A
urtiga produz muita irritação e coceira na pele, mas a murta é a mirra.
A fragrância da mirra pode ser sentida de longe.
Então, você sairá com alegria e será guiado em paz. As pessoas vão se
alegrar ao seu redor. Você será uma bênção aonde quer que vá. Tem
gente que traz alegria quando chega, outros trazem alegria quando vão
embora. Seja uma bênção em todos os lugares que você for.
Em vez do espinheiro, você será como um cipreste. Em vez de irritar e
tornar as pessoas desconfortáveis, você trará bênção sobre elas. O
aroma de Cristo em você vai exalar em todo lugar.

11º- Décimo Primeiro Dia-


Seja um refugiado
O Senhor disse a Josué que quando os filhos de Israel entrassem em
Canaã, eles deveriam designar seis cidades refúgio. essas cidades eram
um refúgio para abrigar aqueles que cometiam crimes acidentalmente,
sem intenção de matar. Nesse caso a pessoa poderia fugir para uma
dessas cidades e se refugiar. Nelas o vingador não poderia entrar e
assim ele estaria guardado.
Disse mais o SENHOR a Josué: Fala aos filhos de Israel:
Apartai para vós outros as cidades de refúgio de que vos
falei por intermédio de Moisés; para que fuja para ali o
homicida que, por engano, matar alguma pessoa sem o
querer; para que vos sirvam de refúgio contra o vingador
do sangue. E, fugindo para alguma dessas cidades, pôr-se-á
à porta dela e  exporá o seu caso perante os ouvidos dos
anciãos da tal cidade; então, o tomarão consigo na cidade e
lhe darão lugar, para que habite com eles. Se o vingador do
sangue o perseguir, não lhe entregarão nas mãos o
homicida, porquanto feriu a seu próximo sem querer e não
o aborrecia dantes. Habitará, pois, na mesma cidade até
que compareça em juízo perante a congregação, até que
morra o sumo sacerdote que for naqueles dias; então,
tornará o homicida e voltará à sua cidade e à sua casa, à
cidade de onde fugiu. Js. 20:1-6
As cidades refúgio eram somente para aqueles que tinham cometido um
crime acidentalmente, não era para aquele que tinha premeditado o
homicídio. Deuteronônio 19 dá um exemplo de alguém que saiu para
cortar lenha, mas enquanto estava manuseando o machado o ferro se
soltou do cabo e atingiu o amigo. Nesse caso a pessoa poderia fugir
para uma dessas cidades refúgio.
Um tipo de Cristo
Todas essas coisas são tipos espirituais que se cumpriram na pessoa de
Cristo. Essas cidades são um tipo espiritual, uma maravilhosa alegoria
do Senhor Jesus. As cidades refugio são uma sombra no Velho
Testamento da substância que está no Novo Testamento.
Quem poderia ser abrigado numa cidade refúgio? Era somente para
aquele que sem querer matasse uma pessoa. Era para aquele que não
tinha premeditado o crime no seu coração, ou seja, o seu pecado tinha
sido não intencional. A lei dizia que aquele que matasse deveria ser
morto, então um parente do que foi morto tinha o direito de vingar a
sua morte. Essa era a justiça da lei. Mas nesse caso o homicida poderia
fugir para uma cidade refúgio onde o vingador não poderia tocá-lo.
Mas se a cidade refúgio era somente para quem pecou sem intenção,
como ela pode se aplicar a nós? Aqui temos algo realmente
maravilhoso. Na Cruz o Senhor Jesus colocou todos os nossos pecados
na categoria de não intencionais. A sua oração foi: “Pai, perdoa-lhes,
porque não sabem o que fazem!” (Lc. 23:34).
Os judeus sabiam que o haviam traído e sabiam que o haviam
entregado aos romanos. Os romanos, por sua vez, sabiam que o seu
julgamento fora injusto e que ele era o filho de Deus. Como o Senhor
pode dizer que eles não sabiam? Mesmo assim o Senhor colocou todos
aqueles pecados na categoria de não intencionais. Essa é a graça e a
misericórdia de Deus. Isso nos qualificava para encontrar refúgio em
Cristo.
Isso é maravilhoso porque praticamente todos os nossos pecados são
intencionais. Se o refúgio fosse apenas para os não intencionais, como
poderíamos achar refúgio em Cristo? Mas agora o seu refúgio é para
todos nós.
Pedro também disse que os judeus mataram a Jesus por ignorância.
Dessarte, matastes o Autor da vida, a quem Deus
ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos
testemunhas.
E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como
também as vossas autoridades.
Dessa forma todos os pecadores são convidados hoje para entrarem no
refúgio que é Cristo para serem livrados das mãos do vingador.
O Senhor Jesus foi chamado de amigo de pecadores. Ele é o nosso
refúgio onde nos livramos do juízo que há de vir sobre toda a terra.
Hoje se você clamar o nome de Jesus, você estará qualificado para
correr para ele como a sua cidade refúgio. O vingador, o acusador não
terá mais poder sobre você. A palavra de Deus diz que o salário do
pecado é a morte (Rm. 6:23). Antes da cruz, o diabo tinha o direito
legal de colocar sobre a cabeça do homem a sentença de morte por
causa dos seus pecados. Mas a boa nova do evangelho é que o Senhor
Jesus tomou a sentença de morte na cruz, e nele hoje nós podemos
receber o perdão e a proteção.
A verdade revelada nas cidades refúgio
Na palavra de Deus não existe nenhum informação insignificante. Os
nomes, por exemplo, possuem significado e observando o significado
dos nomes das cidades refúgio podemos ter muita luz.
Designaram, pois, solenemente, Quedes, na Galiléia, na
região montanhosa de Naftali, e Siquém, na região
montanhosa de Efraim, e Quiriate-Arba, ou seja, Hebrom,
na região montanhosa de Judá. Dalém do Jordão, na altura
de Jericó, para o oriente, designaram Bezer, no deserto, no
planalto da tribo de Rúben; e Ramote, em Gileade, da tribo
de Gade; e Golã, em Basã, da tribo de Manassés. Js. 20:7-8
Vamos ver o significado dos nomes das cidades ma ordem em que
aparecem. A primeira cidade é Quedes que significa “santuário”. A
igreja é o santuário de Deus na terra, o lugar do perdão imerecido, da
misericórdia para o pecador e da graça superabundante.
A segunda cidade é Siquém que significa “ombro”. Isaías 9:6 diz que o
governo está sobre o ombro do Senhor, mas a prioridade dele é
carregar as ovelhas. Na parábola da ovelha perdida em Lucas 15,
quando o Senhor encontra a ovelha ele a coloca nos ombros e a leva de
volta ao aprisco.
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o
governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será:
Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade,
Príncipe da Paz. Is. 9:6
A terceira cidade é Hebrom que significa “comunhão”. Hebrom era
cercada de vinhedos e olivais. Também a água também ali é abundante.
A igreja é o lugar da comunhão da família. É o lugar onde desfrutamos
da plenitude da riqueza de Cristo.
A quarta cidade é Bezer que significa “fortaleza secreta”. A igreja é um
lugar de refúgio e proteção contra o inimigo, exatamente como uma
cidade refúgio.
A quinta cidade é Ramote que significa “lugar elevado”. Na igreja
encontramos refúgio e caminhamos nos lugares altos da terra. Aqui
temos os altos louvores de Deus. Aqui estamos acima de todo
principado e poder.
E por último temos Golã que significa “regozijo” “feliz por ser um
prisioneiro”. Depois que o refugiado prova da vida dos sacerdote
dentro da cidade ele não se vê como prisioneiro, mas como um alguém
que foi abençoado. Nós somos aquele escravo comprado que furou as
orelhas e deseja servir o seu senhor por amor com alegria (Ex. 21:5-6).
Agora vanos colocar esses nomes juntos para ver a mensagem:
Você pode encontrar no santuário (Quedes) de Deus, o ombro forte do
Senhor (Siquém), o qual ele oferece em comunhão (Hebrom). Ele é a
nossa fortaleza (Bezer) e ele nos exalta muito acima (Ramote) de
nossos problemas com grande alegria (Golã).
Os nomes nos dão um quadro do Senhor Jesus na vida da Igreja nos
oferecendo um ombro forte quando nos sentimos fracos e assustados.
Ele é o nosso santuário, o lugar santo que nos tira desse mundo. Tudo o
que precisamos é responder a ele em comunhão e ele nos colocará
sobre os seus ombros forte acima de toda obra do inimigo.
Nos dias de luta e temor precisamos correr para o Senhor. Ele nos
carregará em seus ombros assim como carregou a centésima ovelha
que havia se perdido. Sobre os ombros do Senhor você será elevado
muito acima do problemas, dos perigos, dos ataques e dos principados
malignos. Si, Você será elevado muito acima do poder das trevas e do
laço do passarinheiro.
O amado do SENHOR habitará seguro com ele; todo o dia o
SENHOR o protegerá, e ele descansará nos seus braços. Dt.
33:12
Esse é um versículo precioso da Palavra de Deus. Quando você faz do
Senhor o seu refúgio, a sua fortaleza, você habitará seguro nele.
Quando descansamos nos braços do Senhor somos realmente
protegidos.. Apenas se lembre que o amado do Senhor viverá seguro.
Confesse todos os dias que você é amado do Senhor.
As cidades refugio são também um tipo da igreja. As seis cidades
estavam espalhadas pelo território de Israel de maneira que uma
pessoa poderia fugir porque ele estaria perto de uma delas. Esse é um
quadro das igrejas locais espalhadas pelo mundo. A igreja local é um
lugar de refúgio. A igreja é uma ideia divina. É o lugar onde todos os
que sofrem debaixo de condenação, maldição, doenças e opressões
podem encontrar refúgio. Não é da vontade de Deus que prossigamos
nessa jornada sozinhos. Você precisa estar numa cidade refúgio hoje.
Ainda que existe o aspecto da igreja invisível e universal, a expressão
prática da igreja é a localidade. Hoje a igreja local depende de um
prédio, um local de reunião. Não cremos que o prédio onde nos
reunimos seja a igreja, mas quando cada irmão, cada membro está
reunido temos a igreja acontecendo dentro do prédio. O prédio não é a
igreja, mas é um lugar consagrado para a pregação da fé. É um lugar
para refúgio do culpado.
A igreja local é uma embaixada do céu. Uma coisa boa a respeito de
embaixadas é que elas não vivem de acordo com o país onde ela estão,
mas de acordo com a riqueza do país que representam. O embaixador
do Estados Unidos no Zimbabue anda de limozine apesar de Harare ser um
lugar pobre. Ele vive de acordo com a riqueza dos Estados Unidos e
não depende dos recursos do Zimbabue.
Toda igreja local é representante do céu e deveria viver de acordo com
a riqueza do reino dos céus. Nossa provisão espiritual é
superabundante, mas a provisão natural é tremenda também. Não
vivemos de acordo com a economia desse mundo.
A plenitude de Cristo está na igreja. Onde encontramos a sua graça, os
seus dons, a sua cura, a libertação, o enchimento do Espírito, a
provisão e a glória de Deus? Somente na Igreja. Aqui é o lugar da
presença de Deus. Precisamos ter o mesmo amor que o Senhor tem
pela igreja.
E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça
sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a
plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas. Ef.
1:22-23
A vida de um refugiado
As cidades refúgio pertenciam aos sacerdotes e levitas. Hoje a igreja é o
local dos crentes que são o sacerdócio real. Naquele tempo eram os
sacerdotes e levitas que serviam a Deus em tempo integral. Hoje,
porém, todos nós somos feitos sacerdotes. Cristo nos fez sacerdócio
real.
O trabalho do sacerdote é pegar a mão do pecador e a mão de Deus e
colocá-las juntas. Ele tem o ministério da reconciliação (II Cor. 5:18-
20). O ministério de cada igreja local é reconciliar o pecador com Deus
Pai.
O sacerdote traz as pessoas a Deus. Ele conhece a Deus e sabe as
exigências de Deus por isso pode trazer os pecadores ao Senhor.
O sacerdotes e levitas também adoravam a Deus e ministravam com
música e instrumentos. Eles deveriam tomar aquele pecador para viver
com eles.
Dessa maneira o pecador saía ganhando, porque as cidades levitas
eram todas ricas. Os sacerdotes e levitas vestiam apenas linho que era a
melhor roupa daquela época. O linho é uma grande invenção de Deus
pois ele mantem você aquecido no frio e o deixa fresco no calor.
As cidades dos levitas na sua maioria ficavam nas montanhas e eram as
melhores cidades.
Os sacerdotes também comiam a melhor comida. Naqueles dias as
pessoas não comiam carne todos os dias. Elas comiam pão, trigo e
grãos, mas a carne era ocasional. Os sacerdotes, porém, comiam a
melhor carne porque as ofertas movidas e alçadas eram deles.
Naqueles dias quando o povo ia oferecer uma oferta pacífica
normalmente era um cordeiro. Desse cordeiro eram separados o peito e
a coxa que eram assados e dados ao sacerdote. O peito era movido
diante do Senhor e simboliza o amor de Cristo. A coxa é a parte mais
forte e representa o poder de Cristo e deveria ser alçada diante de
Deus. Quando temos uma oferta movida e outra levantada temos a
imagem da cruz (Nm. 18:11-12).
Essa é a comida dos sacerdotes. Nós somos esses sacerdotes e nos
alimentamos do peito, ou seja do amor do Senhor e também da sua
coxa, que é o seu poder. Amor e poder são a nossa dieta espiritual e
temos isso porque nos alimentamos de Cristo.
O Pai tem prazer quando o lembramos de Cristo. Eu nunca esqueço as
minhas filhas, mas sinto prazer quando vejo a foto delas na minha
carteira. Damos prazer ao Pai quando lhe oferecemos Cristo.
Nós comemos da comida dos sacerdotes. Comemos do amor e da força
de Cristo. Podemos comer da abundância do céu. Os levitas comiam do
melhor da terra.
Também isto será teu: a oferta das suas dádivas com todas
as ofertas movidas dos filhos de Israel; a ti, a teus filhos e a
tuas filhas contigo, dei-as por direito perpétuo; todo o que
estiver limpo na tua casa as comerá. Todo o melhor do
azeite, do mosto e dos cereais, as suas primícias que derem
ao SENHOR, dei-as a ti. Nm. 18:11-12
A única forma de participar da abundância dos levitas era nascendo na
família, mas uma vez que o culpado da morte se refugiava na cidade,
ele comia a comida dos sacerdotes, bebia a sua bebida e desfrutava do
mesmo lugar que o sacerdote vivia.
Os levitas eram habilidosos para tocar instrumentos, então a cidade era
cheia de música, de festa, de adoração e louvor ao Senhor. E aquele que
era culpado desfrutava de tudo isso.
Aquele que se refugiava ficava na cidade até a morte do sumo sacerdote
daqueles dias. Então ele retornava para a sua própria cidade. Seria
triste se ele chegasse ali e apenas um mês depois o sumo sacerdote
morresse.
Mas é nesse ponto que o tipo do Velho Testamento não é tão perfeito
como a realidade que desfrutamos hoje. Cristo, o nosso sumo sacerdote
hoje, vive eternamente (Hb. 6:16-20). Se o nosso sumo sacerdote vive
para sempre então somos abençoados eternamente. Nosso refúgio
nunca cessa.
Onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se
tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de
Melquisedeque. Hb. 6:16-20

12º - Décimo Segundo Dia- O


homem que precisava voltar
para casa
Em Lucas 8:22 o Senhor Jesus chama os seus discípulos e diz: “vamos
passar para o outro lado do mar da Galiléia”. O Senhor estava em
Cafarnaum e navegou até o outro lado do lago. Nas palavras do Senhor
percebemos que ele não estava indo sem direção, mas tinha algo para
fazer do outro lado.
Quando eles estavam no meio do mar sobreveio uma grande
tempestade e eles estavam a ponto de afundar. O Senhor porém,
dormia. Os discípulos o despertam dizendo: “Mestre, Mestre, estamos
perecendo!” Despertando-se Jesus, repreendeu o vento e a fúria da
água. Tudo cessou, e veio a bonança.
É fascinante imaginar o Senhor dormindo num barco balançando
violentamente no meio de uma tempestade. Nisso vemos o nível de
descanso e tranquilidade que ele vivia.
Ele apenas manda que o vento pare e o mar se aquiete. Ele não faz uma
oração, mas simplesmente dá uma ordem.
Logo depois eles desembarcaram na terra dos gerasenos ou gadarenos.
E logo ao desembarcar veio ao seu encontro um homem possesso de
demônios. Esse é o homem mais endemoninhado dos Evangelhos, o
endemoninhado gadareno. A escritura diz que cadeias de ferro não
podiam segurá-lo. Ele arrebentava qualquer corrente.
Creio que essa história está registrada para a nossa edificação. Uma das
coisas que podemos aprender é como vivem aqueles que estão debaixo
de influência ou controle maligno. Quanto mais debaixo de opressão
uma pessoa estiver, mais ela se parecerá com esse homem. Quais são as
características dele?
Sinais de opressão
Logo ao desembarcar, veio da cidade ao seu encontro um
homem possesso de demônios que, havia muito, não se
vestia, nem habitava em casa alguma, porém vivia nos
sepulcros. Lc. 8:27
E, embora procurassem conservá-lo preso com cadeias e
grilhões, tudo despedaçava e era impelido pelo demônio
para o deserto. Lc. 8:29
Andava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os
sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras. Mc. 5:5
a. Clamando entre os sepulcros
Primeiro se diz que ele vivia clamando, chorando no meio dos
sepulcros. Assim vemos claramente que a depressão é um sinal de
ataque maligno. Uma pessoa deprimida pensa em todo tempo na
morte. Para todo lado que olha só consegue ver morte como se
estivesse andando no meio de túmulos. Ele também chorava. O seu
choro era puramente existencial, pelo peso da existência oprimida por
demônios.
b. Sozinho no deserto
A segunda coisa é que ele não habitava em casa nenhuma, mas o
demônio o impelia para o deserto. O que isso significa? Uma pessoa
oprimida busca estar sempre sozinha. O grande sinal de que alguém
nasceu de novo é que ele anseia pela comunhão com os irmãos. Ele
sente prazer no culto congregacional. Ele não quer mais viver sozinho.
Um crente pode sofrer ataques malignos e quando isso acontece a
tendência da pessoa é se afastar. O diabo quer sempre produzir
isolamento, mas o Espírito sempre gera vida corporativa. O nosso Deus
subsiste na forma de comunidade, três em um, e quando recebemos a
sua natureza nós também buscamos a comunhão uns com outros.
O diabo também impelia aquele homem para o deserto. O Senhor disse
em Lucas 11:24 que quando o espírito imundo sai de uma pessoa ele
anda por lugares áridos. Isso mostra que os demônios vivem em
lugares de sequidão. Mas o Senhor disse quem cresse nele teria rios de
água viva fluindo do seu interior (Jo. 7:38). Ele é como árvore plantada
junto a correntes de água (Sl. 1:3). Quando passa pelo deserto ele o
transforma num jardim regado (Sl. 84:6).
Mas aquele que está debaixo de maldição, a Bíblia diz que ele é como
um arbusto solitário no deserto. O resultado da opressão é sequidão.
c. Ferindo-se com pedras
Outra característica é que o endemoninhado feria o seu próprio corpo
com pedras. Muitos não sabem, mas essa prática de se cortar tornou-se
hoje uma epidemia no meio de adolescentes. Esse é o sinal de uma
geração oprimida. A Bíblia também diz que quando os profetas de
Baal clamavam a Baal no monte Carmelo eles se cortavam. O diabo quer
ser adorado com auto mutilação e sofrimento.
d. Vivendo nu
Depois que o homem foi liberto lemos que o Senhor o vestiu. Isso
significa que ele vivia nu. Uma coisa comum em pessoas oprimidas é
que elas sempre querem se despir. A imoralidade e a falta de pudor é
um sinal de opressão.
Segundo a descrição bíblica ele estava sempre sozinho, anti-social, se
cortando, nu, chorando e impelido ao deserto. Essas são as
características que vemos no mundo. As pessoas estão se cortando,
estão chorando de angústia, antissociais e se isolando dos outros. Esses
são sinais da atividade dos demônios na vida de uma pessoa.
Sinais de um homem livre
Mas quando o Senhor Jesus disse “vamos passar para o outro lado” ele
tinha esse homem em mente. O Senhor saiu para encontrá-lo.
E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando
e dizendo em alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do
Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes. Porque
Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse do homem,
pois muitas vezes se  apoderara dele. E, embora procurassem
conservá-lo preso com cadeias e grilhões, tudo despedaçava
e era impelido pelo demônio para o deserto. Perguntou-lhe
Jesus: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião, porque
tinham entrado nele muitos demônios. Rogavam-lhe que
não os mandasse sair para o abismo. Ora, andava ali,
pastando no monte, uma grande manada de porcos;
rogaram-lhe que lhes permitisse entrar naqueles porcos. E
Jesus o permitiu. Tendo os demônios saído do homem,
entraram nos porcos, e a manada precipitou-se
despenhadeiro abaixo, para dentro do lago, e se afogou. Lc.
8:28-33
O Senhor Jesus cruzou o mar da Galiléia apenas para encontrar aquele
homem. Ele pôde ouvir seu choro. Aquele homem era a ovelha perdida
e o Senhor veio para resgatá-la. Jesus falou apenas uma palavra: "Vá" e
todos os demônios se foram.
Depois da libertação do homem os moradores da cidade saíram e
pediram para que Jesus se retirasse dali. O Senhor então entrou
novamente no barco e foi embora. Veja que o Senhor cruzou o mar
apenas por causa de uma pessoa, aquele endemoninhado. Aos nossos
olhos a pessoa que menos merecia, foi a única que recebeu graça.
A propósito, você percebeu? Jesus estava no navio, e o no meio do
caminho, o diabo, trouxe uma tempestade. Ele tentou impedir que
Jesus fosse até aquele homem. Existem demônios chamados
potestades dos ares e certamente há demônios nos mares, mas com
apenas uma palavra o Senhor acalmou a tormenta. Calma perfeita. Só
uma palavra. E do outro lado, o endemoninhado experimentou a
mesma calma perfeita quando Jesus expulsou os demônios.
O diabo não sabe todas as coisas, mas ele certamente percebe quando
Deus está para fazer algo novo na vida de alguém. Creio que a há uma
grande movimentação de anjos ao derredor. Então ele sempre
levantará uma grande tempestade antes que o Senhor realize a sua
obra. Mas não se preocupe, nós podemos ordenar ao mar e ao vento e
eles devem nos obedecer.
O Senhor, porém, só mandou o mar se acalmar porque os discípulos
clamaram, a forma como ele mesmo fazia batalha espiritual era
dormindo no meio da tempestade.
O Senhor pergunta o nome ao endemoninhado e ele diz que é legião.
Uma legião era uma unidade do exército romano com seis mil
soldados. Aquele homem carregava mais de seis mil demônios consigo.
Nem dá para imaginar o sofrimento dele. Assim fica mais fácil
entender porque ele vivia clamando pelos sepulcros no meio do
deserto.
O Senhor disse que ele veio para as ovelhas perdidas da casa de Israel.
Isso significa que aquele endemoninhado era judeu. Mas ele vivia
numa das decápolis que eram cidades romanas em Israel.
Ali eles criavam porcos, o que não era permitido a judeus. Eles os
criavam para sustentar os romanos. Aqueles porcos eram para
sustentar o inimigo. É muito ruim quando providenciamos alimento
para demônios.
Os demônios clamam para que o Senhor os permita entrar nos porcos,
e o Senhor permite. Eram três mil porcos. Isso significa que foram dois
demônios para cada porco. Um homem sozinho suportou seis mil
demônios por anos, mas os porcos preferiram morrer a carregar dois
demônios por alguns minutos.
Alguns creem que foram os demônios que mataram os porcos, mas eu
creio que os porcos preferiram morrer a ter de carregar demônios.
Os porqueiros, vendo o que acontecera, fugiram e foram
anunciá-lo na cidade e pelos campos. Então, saiu o povo
para ver o que se passara, e foram ter com Jesus. De fato,
acharam o homem de quem saíram os demônios, vestido,
em perfeito juízo, assentado aos pés de Jesus; e ficaram
dominados de terror. E algumas pessoas que tinham
presenciado os fatos contaram-lhes também como fora
salvo o endemoninhado. Todo o povo da circunvizinhança
dos gerasenos rogou-lhe que se retirasse deles, pois
estavam possuídos de grande medo. E Jesus, tomando de
novo o barco, voltou. Lc. 8:34-37
Quando as pessoas saíram da cidade elas viram aquele que antes era
endemoninhado, vestido, em perfeito juízo e aos pés do Senhor. Essas
são as características daquele que provou a libertação e a graça do
Senhor.
a. Vestido
O primeiro sinal de todo aquele que é livre é que ele é vestido de Cristo.
Depois que Adão pecou ele precisou de roupa. Deus, então, mata um
animal toma o seu pelo e faz roupas para Adão e Eva. Eu creio que
aquele animal era o cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo
(Ap. 13:8). Agora quando Deus olhava para Adão ele via o cordeiro.
Adão estava vestido do cordeiro.
Onde estava essa roupa que o Senhor deu ao homem? Eu creio que era
aquela que ele usava como travesseiro durante a tempestade no barco.
Ele estava guardando para vestir a ovelha que seria resgatada.
O Senhor providencia roupas para nós hoje também. Nós estamos
vestidos diante de Deus. A nossa roupa é a justiça de Cristo.
b. Em perfeito juízo
O homem sem Deus não tem a mente lúcida. Eles cometem pecados
absurdos e completamente insensatos. Mas quanto mais nos enchemos
do Senhor mais sóbrios nos tornamos. Quanto mais cheios do Espírito
mais clareza temos sobre todas as coisas.
A presença de Deus traz lucidez, mas a opressão maligna produz uma
mente embotada e confusa, raciocínio torto e conclusões absurdas.
c. Assentado
Estar sentado nos fala de uma postura de descanso. Depois que fomos
salvos a palavra diz que fomos assentados com Cristo nos lugares
celestiais. Aquele que é salvo imediatamente é introduzido no
descanso. A maneira como servimos a Deus hoje é no descanso.
d. Aos pés do Senhor
Nessa posição de descanso nós nos assentamos aos pés do Senhor. Essa
era a posição de Maria a respeito de quem o Senhor disse que escolheu
a melhor parte (Lc. 10:42).
Antes ele vivia no meio dos sepulcros clamando e se cortando com
pedras, mas agora ele clama para seguir o Senhor.
O homem de quem tinham saído os demônios rogou-lhe que
o deixasse estar com ele; Jesus, porém, o despediu, dizendo:
Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus fez por ti.
Então, foi ele anunciando por toda a cidade todas as coisas
que Jesus lhe tinha feito. Lc. 8:38-39
Essa ordem do Senhor pode ser entendida sob vários prismas. Em
primeiro lugar precisamos entender que o primeiro lugar onde
devemos testemunhar do Senhor é na nossa casa. Mas eu creio também
que ele precisava voltar para a sua casa porque havia alguma relação
entre o seu endemoninhamento e a sua antiga vida familiar. Há
famílias que são tão doentes e disfuncionais que produzem gente
possessa. O Senhor queria que ele voltasse para levar libertação e saúde
para a sua casa.
Mas o que mais nos choca é que no fim de tudo o povo da cidade
rejeitou a Jesus. E por que rejeitaram o Senhor? Certamente foi por
causa dos porcos. Custou muito caro a libertação daquele homem. Três
mil porcos hoje custam mais de um milhão de reais. Todo aquele
dinheiro por causa de um único homem era demais para a gente
daquela cidade.
Infelizmente ainda há irmãos que acham muito caro enviar
missionários, construir um prédio para a igreja ou publicar materiais.
Gostam de dizer que não há necessidade de nada disso para fazer a
obra de Deus. Mas eu suspeito que é uma mentalidade de desvalorizar
o preço da libertação de um homem.
Se o próprio Senhor Jesus mandou o homem de “volta para os seus” –
significa que o melhor para ele era voltar atrás. Às vezes só se avança
de volta para as origens.
Se para Jesus – que “convidava alguns a segui-lo” – poderia haver a
possibilidade de ser melhor para alguém não ir com Ele, o que dizer da
Igreja local? Será que todos devem seguir conosco sempre?
Evidentemente nem todos ficam conosco, pois alguns precisam voltar
para testemunhar.
O Senhor dá para o homem liberto duas ordens:
1. Vá e encontre os teus... os da tua casa...”
2. Vá e testemunhe da Graça! “Conta o que o Senhor fez por ti... como teve
misericórdia de ti...” (Mc.5:19).
Creio que essas ordens se estendem a todos nós que provamos da graça
e da misericórdia do Pai.

13º- Décimo Terceiro Dia-


Você pode prosperar em
tempos de crise
Sobrevindo fome à terra, além da primeira havida nos dias
de Abraão, foi Isaque a Gerar, avistar-se com Abimeleque,
rei dos filisteus. Apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não
desças ao Egito. Fica na terra que eu te disser; habita nela, e
serei contigo e te abençoarei; porque a ti e a tua
descendência darei todas estas terras e confirmarei o
juramento que fiz a Abraão, teu pai. Multiplicarei a tua
descendência como as estrelas dos céus e lhe darei todas
estas terras. Na tua descendência serão abençoadas todas
as nações da terra; porque Abraão obedeceu à minha
palavra e guardou os meus mandados, os meus preceitos,
os meus estatutos e as minhas leis. Isaque, pois, ficou em
Gerar. Perguntando-lhe os homens daquele lugar a respeito
de sua mulher, disse: É minha irmã; pois temia dizer: É
minha mulher; para  que, dizia ele consigo, os homens do
lugar não me matem por amor de Rebeca, porque era
formosa de aparência. Ora, tendo Isaque permanecido ali
por muito tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhando da
janela, viu que Isaque acariciava a Rebeca, sua mulher.
Então, Abimeleque chamou a Isaque e lhe disse: É evidente
que ela é tua esposa; como, pois, disseste: É minha irmã?
Respondeu-lhe Isaque: Porque eu dizia: para que eu não
morra por causa dela. Disse Abimeleque: Que é isso que nos
fizeste? Facilmente algum do povo teria abusado
de  tua mulher, e tu, atraído sobre nós grave delito. E deu
esta ordem a todo o povo: Qualquer que tocar a este homem
ou à sua mulher certamente morrerá. Semeou Isaque
naquela terra e, no mesmo ano, recolheu cento por um,
porque o SENHOR o abençoava. Enriqueceu-se o homem,
prosperou, ficou riquíssimo; possuía ovelhas e bois e
grande número de servos, de maneira que os filisteus lhe
tinham inveja. Gn. 26:1-14
A Palavra de Deus nos mostra que há tempos de fome. Deus não envia
fome ou inicia a fome. Se Deus enviasse fome isso significaria que no
céu haveria fome, mas sabemos que no céu há abundância, portanto a
fome não procede do Senhor.
No entanto Ele certamente usa os tempos de fome para demonstrar os
seus recursos ilimitados e expor as limitações humanas.
Isaque foi alguém que prosperou no meio de um tempo de fome. Não
havia chuva e a semente mirrava sobre a terra, mas ele
semeou em colheu cem vezes mais mesmo no tempo de crise.
Isaque é um tipo do crente da Nova Aliança. Isaque não conquistou
coisa alguma, mas recebeu tudo de seu pai. Ele é o símbolo do
herdeiro. Todas as coisas foram preparadas para ele simplesmente
porque era filho.
E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e
herdeiros segundo a promessa. Gl. 3:29
Hoje nós fomos feitos filhos de Abraão. Nós estamos em Cristo e por
isso somos a verdadeira semente de Abraão. Somos herdeiros da
promessa.
Dessa forma podemos dizer que somos como Isaque e podemos provar
das mesmas bênçãos que ele experimentou, pois também somos filhos
de Abraão.
Nesse texto nós encontramos Isaque, o herdeiro da promessa,
enfrentando a fome, mas prosperando muitíssimo mesmo em tempos
muito difíceis. Vamos ver quais princípios espirituais o capacitaram a
vencer naquele tempo de crise.
1. A herança é nossa, mesmo que ainda não estejamos na
posse dela - 1 a 5
Deus diz a Isaque para não descer ao Egito, mas para ficar ali, pois
aquela terra seria dele. Todavia, naquele momento Abimeleque era o
rei de Gerar, o lugar onde Isaque habitava. Isso significa que em algum
momento Deus iria transferir a posse daquela terra com toda a sua
riqueza para Isaque e a sua descendência.
Transferência de riqueza aconteceu muitas vezes na Bíblia e vai
acontecer novamente em nossos dias. Depois da noite da Páscoa no
Egito Deus transferiu as riquezas do Egito para Israel.
Deus, porém, jamais faz coisa alguma de forma injusta ou ilegal. Deus
não rouba de umas pessoas para dar a outras. Deus não é Robin Hood.
Como ele pode transferir riquezas? Suponha que você tenha uma casa e
tenha ficado longe  por muito tempo, então quando volta você encontra
pessoas que a invadiram. Você é o dono, mas outros a invadiram. Você
pode ir à justiça para tê-la de volta. Deus é o dono da terra, mas outros
tomaram posse, no entanto Deus continua sendo o proprietário.
A transferência de riqueza acontece em tempos de fome. Foi numa
época de fome que Deus colocou José para ser o segundo na corte de
Faraó.
2. Não desça ao Egito - v. 2
O Senhor disse para Isaque que permanecesse na terra e não descesse
ao Egito. Deus somente pode nos abençoar se permanecemos na
posição certa. Qual o significado do Egito?
Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do
Egito, donde saístes, em que  semeáveis a vossa semente e, com
o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais
a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus
beberá as águas. Dt. 11:10-11
O Egito é um símbolo da vida natural que não depende de Deus. No
Egito as pessoas não precisavam depender da chuva do céu, mas eles
dependiam dos recursos naturais. Eles podiam confiar nos recursos
próprios.
No Egito eles estão no controle da situação. Eles podem plantar com os
pés e depender apenas de seu esforço. Quando dependemos dos
recursos naturais nós olhamos para baixo, procuramos por algo em que
possamos confiar. No Egito nós andamos por vista e não por fé.
Mas em Deuteronômio lemos que a terra prometida depende da chuva
que vem do céu. No Egito as pessoas olhavam para o chão
enquanto semeavam, mas em Israel as pessoas olham para o céu
esperando a chuva de Deus. Isso faz com que andemos por fé e não por
vista. A bênção acontece quando dependemos de Deus.
Se você anda por vista você nunca encontrará nada ao redor que
satisfaça as suas expectativas e lhe dê segurança. O Egito é um tipo
espiritual que simboliza a vida natural que atenta apenas para aquilo
que é temporal. Mas se andamos por fé nós atentamos para aquilo que
é invisível, e que é eterno.
Na terra santa Isaque precisava depender da chuva que vem do céu. Se
a chuva não viesse nada poderia frutificar. Deus ama quando vivemos
por fé na sua graça. Mas é preciso deixar de olhar para o chão e olhar
para o céu.
Quando Deus mandou Noé construir a Arca ele orientou que se fizesse
apenas uma janela que deveria ficar na parte de cima da Arca. Por que
não havia janelas ao redor? Porque Deus não quer que olhemos ao
derredor para as circunstâncias. Ele não queria que Noé e sua família
olhassem para a morte e destruição ao redor, mas firmassem seus olhos
no céu.
Quando o Senhor multiplicou os pães e os peixes ele não olhou para o
tamanho da multidão e a limitação dos recursos. Os discípulos
olharam, mas ele não. Ele ergueu os olhos para o céu e deu graças.
Quando olhamos para cima nós experimentamos a provisão. Aqueles
que andam na carne estão sempre procurando algo que possam pegar,
algo que possam fazer, algo em que possam se apoiar, mas os que
dependem de Deus se sentem vulneráveis, mas são esses que
experimentam a bênção, pois somente eles exercitam a fé.
Não vá para o Egito. Não ande por vista. Não procure meios para não
depender de Deus.
3. Somos abençoados apesar de nossas falhas
Todas as vezes que a Bíblia menciona a esposa de um homem de Deus
ela afirma que era formosa. Rebeca também era uma mulher muito
bonita. Isso certamente é parte da herança dos filhos de Abraão.
Agora chegamos a uma situação constrangedora. Isaque mentiu. Há
pessoas que dizem que quando você mesmo causa o problema, Deus
não irá ajudá-lo. Essa é uma questão para a qual precisamos ter uma
resposta, pois há muitos problemas que nós mesmos provocamos.
No Salmo 23 lemos que o Senhor é o nosso pastor e ele nos leva para
águas tranquilas e pastos verdejantes. Ele me guia pelas veredas da
justiça, mas depois o salmo diz que ainda que eu ande (não fui levado
ou guiado) pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, pois
tu estás comigo. Deus não diz: “que pena! Você andou pelos seus
próprio caminhos e entrou no vale da sombra. Agora se vira para sair
daí!” Ele não fica cuidando das 99 e deixa a extraviada se perder, mas
ele sai em busca dela. Deus não nos abandona quando bagunçamos as
coisas, mas ele continua conosco.
Isaque mentiu e isso certamente é errado, mas mesmo assim Deus o
livrou. Abimeleque poderia tê-lo matado para ficar com Rebeca, mas
em vez disso protegeu os dois. Nós ficamos confusos quando Deus nos
livra mesmo quando nós é que fizemos a bagunça, mas essa é a graça
de Deus, a sua bênção é justamente para quem não merece.
Em Rute capítulo 1 lemos que Noemi e Elimeleque deixaram Belém,
que significa “Casa do pão”, e foram para uma terra distante
dependendo dos seus próprios recursos. No final ela perdeu o marido e
seus dois filhos, mas ficou sabendo que havia pão em Belém. Quando
voltaram para Belém, Rute se casou com o homem mais rico do lugar.
Deus pode mudar a nossa condição mesmo quando nós mesmos
bagunçamos tudo com as nossas próprias mãos.
Mesmo quando você mesmo causou os seus problemas, se você clamar
a Deus ele virá em seu socorro (Lucas 15:13-14). Um grande exemplo
dessa verdade é o filho pródigo.
O filho pródigo saiu de casa e esbanjou toda a herança que tinha
recebido. Quando tinha perdido tudo, então veio a fome veio sobre a
terra. Foi nesse momento que ele caiu em si e resolveu voltar para a
casa de seu pai.
A fome faz com que as pessoas caiam em si e percebam que precisam
de Deus. A crise é útil porque ela pode levar as pessoas à lucidez como
aconteceu com o filho pródigo.
Depois que ele gastou toda a sua fortuna veio uma severa fome na
terra, mas na casa do Pai havia pão em abundância. Alguns pensam
que a verdadeira prosperidade está lá fora, mas só há abundância na
casa de Deus. O fato de haver um novilho cevado era sinal de que havia
abundantes recursos, pão em abundância ao ponto de poderem
engordar um boi.
Quando ele voltou para casa seu pai não falou coisa alguma a respeito
do dinheiro perdido, desperdiçado, ele apenas disse: matem o novilho!
Eu tenho mais para gastar com você!”
A parábola diz que o filho voltou porque havia grande fome, mas na
casa do pai havia novilhos que foram engordados unicamente para o
dia da festa. Pode haver fome lá fora, mas sempre haverá suprimento
na Casa de Deus.
4. Somos abençoados apesar das circunstâncias - v. 1 e 6
Deus abençoou Isaque quando ele resolveu o problema que envolvia
seu casamento. Somos abençoados depois que resolvemos os
problemas em nosso casamento. Somos abençoados quando o nosso
casamento possui realidade.
O diabo procura destruir o casamento porque ele sabe que quando há
unidade de coração, pensamento e propósito então tudo o que ligarem
na terra será ligado no céu (Mt. 18:18).
O princípio da primeira menção diz que a primeira menção de cada
assunto na Bíblia traz luz sobre o seu significado. A primeira menção
de ajuda e socorro na Bíblia foi quando Deus criou a mulher para ser
ajudadora (Gn. 2:18).
Sua esposa não é um obstáculo. Sua esposa não é contra você. Deus lhe
deu a sua esposa para ser a sua ajuda. Isso, porém, não significa que ela
deve concordar com tudo silenciosamente.
Mas Isaque também prosperou porque ele semeou naquela terra onde
havia fome. A terra estava seca e sem vida, porém, ele tinha a bênção
de Deus e por causa disso colheu cem vezes mais.
Em tempos de seca o preço das comodities sobe muito e foi justamente
num tempo assim que Isaque teve uma supercolheita. Ele colheu em um
ano o equivalente a um século. E tudo isso num ano de seca e de fome.
Isaque saiu com a sua semente vendo a poeira se levantar da terra seca,
mas ele o fez por fé confiando que o Senhor o prosperaria. E nesse ano de
fome ele colheu cem vezes mais.
Nós somos filhos de Abraão e quando filhos de Abraão
semeiam numa terra seca eles colhem cem vezes mais. A bênção de Deus
está sobre a semente de Abraão. Não importa o quão educado
habilidoso ou inteligente você seja, desde que a bênção esteja sobre
você, a prosperidade virá.
A bênção de Deus é tudo o que precisamos. O mundo valoriza a
habilidade e busca a sorte, mas os filhos de Abraão possuem a bênção
de Deus sobre suas vidas.
Será que Isaque não sabia que havia fome? Como ele poderia plantar
assim mesmo? Simplesmente porque estava debaixo da bênção de
Deus.
A vontade de Deus é a nossa prosperidade. Não seja hipócrita
criticando a prosperidade dos filhos de Deus e ao mesmo tempo
desejando prosperidade a todos a cada novo ano.
Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na minha
retidão; e digam sempre: Glorificado seja o SENHOR, que se
compraz na prosperidade do seu servo! Sl. 35:27
Deus tem prazer em que seus filhos prosperem, por isso não se
envergonhe de buscar as melhores escolas para seus filhos, de desejar
ter sua própria casa e seu carro. Deus quer que você prove do melhor e
viva debaixo da bênção.
5. Somos abençoados porque semeamos
Existe algo de espiritual em toda semeadura. O lavrador ao semear
precisa depender de Deus para que mande a chuva e faça a semente
reviver no solo. Mas Deus não ressuscita apenas a semente, ele
ressuscita a árvore que possui frutos que carregam muitas sementes.
Semear e colher é a maneira de Deus de fazer-nos prosperar. Aquele que
semeia precisa depender de Deus para que venha a chuva e aconteça a
multiplicação. Não é algo que o homem possa fazer.
Antes de semear eu preciso experimentar a graça de Deus de colher o
que nunca plantei. É só depois de ter descoberto que tudo o que você
possui lhe foi dado graciosamente sem merecimento algum é que você
se torna qualificado para ser um semeador. Em outras palavras, você
precisa ter uma primeira semente para começar sua plantação, e de
onde virá essa semente? Ela lhe será dada gratuitamente por Deus.
Essa primeira semente não é fruto de semeadura, mas é a simples
expressão da graça de Deus.
Ninguém realmente dá nada para Deus, apenas devolve o que recebeu,
porque homem nenhum pode ter coisa alguma se do céu não lhe for
concedido (Jo. 3:27).
Mas depois que você experimenta a graça de ganhar a semente, você
precisa semeá-la. Essa semeadura já é a sua recompensa porque mais
bem aventurada coisa é dar do que receber (At. 20:35).  
Não transforme sua semeadura num tipo de barganha com Deus.
6. Somos abençoados apesar das perseguições
O resultado inevitável da prosperidade é que pessoas terão inveja de
nós. Essa inveja eventualmente se transformará em perseguição.
O Senhor Jesus prometeu que todo aquele que renunciasse a algo por
amor a ele e ao evangelho receberia cem vezes mais. Essa também foi a
medida com a qual Isaquel foi abençoado.
Tornou Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que
tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou
filhos, ou campos por amor de mim e por amor do
evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de
casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com
perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna. Mc. 10:29-
30
O Senhor não diz que devemos nos divorciar de pais, mães e filhos. O
que ele diz é que quando renunciamos a eles receberemos cem vezes
mais. Cada vez que viajo e preciso ficar longe de minha esposa e minhas
filhas, quando volto sou restituído cem vezes mais. Qualquer coisa que
sacrificamos por causa do Senhor e por causa do evangelho nós
receberemos de volta multiplicados por cem.
O Senhor não diz que a recompensa virá no céu, mas afirma
claramente que será no presente. Ele não diz que receberemos o
cêntuplo de esposas. A promessa não se aplica ao casamento porque a
vontade de Deus não é que renunciemos ao casamento, mas que
sirvamos ao Senhor juntos, como um casal.
Mas receberemos cem vezes mais casas e campos que tenhamos
sacrificado como semeadura por causa do Senhor e da sua casa. Mas
junto com a prosperidade teremos também algo do qual não podemos
escapar: a perseguição. Assim como Isaque, aqueles que prosperam são
perseguidos. Mas não devemos ficar desanimados porque no final a
promessa do Senhor é que podemos ter o melhor deste mundo e
também do vindouro.
O mesmo Deus que abençoou Isaque também vai abençoar você. É
preciso semear com a atitude de fé de que estamos debaixo do favor de
Deus porque em Cristo somos filhos de Abraão.

14º- Décimo Quarto Dia- O


que fazer quando não
sabemos o que fazer 

Você já esteve numa situação onde as circunstâncias


ao seu derredor parecem completamente sem
esperança? Você já se viu totalmente sobrecarregado
e imobilizado diante de um desafio que você não tem
a menor ideia de como enfrentar? Essa era
exatamente a situação de Judá em II Crônicas 20.
Eles estavam cercados por três poderosos inimigos
sedentos de sangue. Tudo parecia demonstrar que
eles teriam um fim trágico.
Há momentos em nossa vida que enfrentamos
desafios simultaneamente vindos de todas as
direções. Talvez seja o desemprego que está
ameaçando destruir seu casamento, ou uma
enfermidade que o definha lentamente ou mesmo
uma terrível opressão na mente. Dia a dia a sua
situação parece ficar pior apesar de todo o seu
esforço.
Em tempos assim, o que fazer quando não sabemos o
que fazer? Eu creio que a resposta pode ser
encontrada na narrativa da batalha de Josafá. Há
muitos princípios de fé nesse relato que podem
fortalecer o seu coração hoje. Quero mostrar sete
coisas que Deus nos diz no meio da batalha.
Então, veio o Espírito do SENHOR no meio
da congregação, sobre Jaaziel, filho de
Zacarias, filho de Benaia, filho de Jeiel, filho
de Matanias, levita, dos filhos de Asafe, e
disse: Dai ouvidos, todo o Judá e vós,
moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá,
ao que vos diz o SENHOR. Não temais, nem
vos assusteis por causa desta grande
multidão, pois a peleja não é vossa, mas de
Deus. Amanhã, descereis contra eles; eis que
sobem pela ladeira de Ziz; encontrá-los-eis
no fim do vale, defronte do deserto de Jeruel.
Neste encontro, não tereis de pelejar; tomai
posição, ficai parados e vede o salvamento
que o SENHOR vos dará, ó Judá e Jerusalém.
Não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-
lhes ao encontro, porque o SENHOR é
convosco. Então, Josafá se prostrou com o
rosto em terra; e todo o Judá e os moradores
de Jerusalém também se prostraram
perante o SENHOR e o adoraram.
Dispuseram-se os levitas, dos filhos dos
coatitas e dos coreítas, para louvarem o
SENHOR, Deus de Israel, em voz alta,
sobremaneira. Pela manhã cedo, se
levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; ao
saírem eles, pôs-se Josafá em pé e disse:
Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de
Jerusalém! Crede no SENHOR, vosso Deus, e
estareis seguros; crede nos seus profetas e
prosperareis. II Crônicas 20:14-20
1. Não tenha medo!
E disse: Dai ouvidos, todo o Judá e vós,
moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá,
ao que vos diz o SENHOR. Não temais, nem
vos assusteis por causa desta grande
multidão, pois a peleja não é vossa, mas de
Deus. II Cr. 20:15
“Não temais ...” Esta é a primeira palavra que o
Senhor nos dá no meio da batalha.
Josafá não era alguém extraordinário, antes era uma
pessoa comum como eu e você. Diante do inimigo ele
teve medo. Rejeite, portanto, a acusação de que Deus
não o ouvirá por causa do medo.
Mesmo com medo, a primeira coisa que Josafá fez foi
buscar o Senhor (20:3). Em vez de se afundar em
pensamentos de derrota, decida buscar o Senhor.
Não alimente pensamentos de frustração e
desapontamento com o Senhor. Ele não é o autor dos
seus problemas. Ele é o autor da fé e da vitória.
Tudo bem em assumir que estamos com medo. Não
se sinta condenado por isso, mas em vez de falar do
seu medo, Josafá declarou a grandeza e o poder de
Deus em sua oração (20:6). A palavra de Deus na sua
boca vai liberar fé no seu coração. Deus faz com que
todas as coisas cooperem para o seu bem (Rm. 8:28).
Ele prepara uma mesa para você na presença dos
seus adversários (Sl. 23:5).
É normal sentirmos medo, mas nessa hora
precisamos meditar no quanto somos amados, pois o
amor lança fora o medo (I Jo. 4:18). O medo de que
Deus nos deixará sozinhos por causa de nossos
pecados. A esperança enche o seu coração quando
você crê que é amado pelo Pai. Você pode ter a
expectativa de que coisas tremendas e maravilhosas
virão por causa desse amor.
Não importa quão difíceis as circunstâncias pareçam,
coloque a sua confiança no Senhor. Você pode
esperar o melhor porque ele não trata você com base
no seu merecimento, mas com base no favor e na
graça.
Deus fala aos seus filhos muitas vezes na Palavra
dizendo: ‘Não temas!” (Is. 41:10).
Porque eu, o SENHOR, teu Deus, te tomo
pela tua mão direita e te digo: Não temas,
que eu te ajudo. Is. 41:13
Mas agora, assim diz o SENHOR, que te
criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não
temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu
nome, tu és meu. Is. 43:1
Até os cabelos da vossa cabeça estão todos
contados. Não temais! Bem mais valeis do
que muitos pardais. Lc 12:7
Em Josué capítulo primeiro por três vezes o Senhor
diz a Josué: “Não temas!” Creio que esse é o nosso
maior desafio, vencer o medo.

2. Não desanime!
A segunda palavra do Senhor no meio da batalha é :
“não vos assusteis ...” (II Cr. 20:15).
O que significa não se assustar? Significa não ficar
estressado, não ficar perturbado, não se angustiar e
não se preocupar!
Não temas, porque eu sou contigo; não te
assombres, porque eu sou o teu Deus... Is.
41:10
Muitos perdem a disposição por causa dos obstáculos
e resistências do inimigo. Mas a Palavra para nós é:
“tende bom ânimo!”
Temos, portanto, sempre bom ânimo,
sabendo que, enquanto no corpo, estamos
ausentes do Senhor. II Cor. 5:6
Davi diz algo poderoso no Salmo 118. Ele declara que
“melhor é buscar refúgio no SENHOR do que confiar
no homem. Melhor é buscar refúgio no SENHOR do
que confiar em príncipes. Todas as nações me
cercaram, mas em nome do SENHOR as destruí (Sl.
118:8-10). Mas porque ele tinha essa confiança?
Basta ver como ele começa e como termina o Salmo,
tanto o primeiro como o último verso declaram:
“Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom,
porque a sua misericórdia dura para sempre.”
Quando você enche a sua mente da bondade do
Senhor e declara viver debaixo da sua graça, você tem
ânimo para enfrentar os inimigos.

3. A batalha não é sua!


A terceira palavra do Senhor é fundamental: “... pois
a peleja não é vossa, mas a minha.” (II Cr. 20:15).
Hoje o Senhor está dizendo as mesmas palavras para
você no meio do seu problema. Espere nele, pois ele
te ama! Quando você sabe que a batalha não é sua
você não precisa viver em medo e desencorajamento.
A batalha é do Senhor e nela não precisaremos lutar.
O jovem Davi sabia disso por isso ele falou para
Golias:
Saberá toda esta multidão que o SENHOR
salva, não com espada, nem com lança;
porque do SENHOR é a guerra, e ele vos
entregará nas nossas mãos. 1 Sm. 17:47
Moisés disse a mesma coisa para os filhos de Israel
diante do exército de Faraó.
Moisés, porém, respondeu ao povo: Não
temais; aquietai-vos e vede o livramento do
SENHOR que, hoje, vos fará; porque os
egípcios, que hoje vedes, nunca mais os
tornareis a ver. O SENHOR pelejará por vós,
e vós vos calareis. Ex. 14:13-14
É interessante lembrar que a palavra salvação em
hebraico é yeshua que na verdade é o nome de Jesus.
Assim a salvação é a pessoa de Jesus e ele está com
você.
A maneira como o Senhor mandou que o povo fosse
para a guerra foi completamente estranha para o
homem natural. Ele mandou que os cantores
estivessem na linha de frente louvando o Senhor. Isso
se parece mais com uma missão suicida do que uma
tática militar. Mas aquela não era uma batalha
comum, aquela batalha era do Senhor.
Diz a escritura que “tendo eles começado a cantar e a
dar louvores, pôs o SENHOR emboscadas contra os
filhos de Amom e de Moabe e os do monte Seir que
vieram contra Judá, e foram desbaratados” (II Cr.
20:22).

4. Posicione-se!
A quarta palavra é “Tomai posição ...”
Neste encontro, não tereis de pelejar; tomai
posição, ficai parados e vede o salvamento
que o SENHOR vos dará, ó Judá e Jerusalém.
Não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-
lhes ao encontro, porque o SENHOR é
convosco (II Cr. 20:17)
Nós nos posicionamos em fé. Gosto da ordem dada
no verso 20: “Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de
Jerusalém! Crede no SENHOR, vosso Deus, e
estareis seguros; crede nos seus profetas e
prosperareis.”
Não seja como  cego que se debate sem saber para
onde ir tentando resolver os problemas na sua
própria força. Deus não quer que você viva num
estado constante de ansiedade, incerteza, estresse e
medo. Creia no Senhor! Creia nos homens do
Senhor! Creia que a batalha é do Senhor!
Muitos estão sofrendo porque não crêm no Senhor,
não crêm na sua palavra e nem em seus profetas. A
crise deles é uma crise de fé. Mas quando nos
posicionamos em fé nós vemos a vitória do Senhor
em nossa guerra.

5. Permaneça em sua posição!


A quinta palavra do Senhor é “Fique parado ...” (II
Cr. 20:17).
O que você faz quando não sabe o que fazer? A
direção do Senhor é para ficar parado. Não é uma
postura passiva, mas uma atitude confiante de que o
Senhor é quem peleja por nós.
Ficar parado é o mesmo que permanecer na posição
mencionado em Efésios 6.
Portanto, tomai toda a armadura de Deus,
para que possais resistir no dia mau e,
depois de terdes vencido tudo, permanecer
inabaláveis. Ef. 6:13
Nós ficamos parados no descanso da obra
consumada de Cristo. O inimigo vai nos atacar com
enfermidades, problemas financeiros, pessoas se
levantarão contra nós e teremos pressões de todos os
lados, mas ainda assim podemos ser inabaláveis em
nossa fé até ver todas as obras do diabo debaixo de
nossos pés.
Sem o sentar no descanso na obra consumada não
temos como enfrentar o inimigo. Só podemos
permanecer numa posição inabalável quando
entendemos que a batalha é do Senhor. Ele vai
pelejar por nós.
Permanecer significa estar firme numa posição de
vitória. O inimigo está tentando tirar a bênção, a
cura, a prosperidade, a glória, mas você
simplesmente permanece no terreno firme da vitória
já conquistada na cruz.
Não oramos para alcançar uma posição de vitória,
nós já estamos nessa posição. Não oramos por
vitória, mas nós oramos na posição de vencedor. Já
vencemos, por isso permanecemos.
Alguns oram para ficarem mais perto de Deus, mas
nós oramos por que já fomos aproximados pelo
sangue. Alguns clamam para que Deus venha, mas
nós sabemos que ele já habita em nós. Mude a sua
abordagem e perspectiva. Permaneça na posição que
Cristo nos conquistou.
 
6. Veja o salvamento de Deus!
A sexta palavra do Senhor no meio da luta é “veja a
salvação do Senhor ...” (II Cr. 20:17)
Milagres vão começar a acontecer. Deus está
operando por amor do seu nome. Não estamos
envolvidos numa obra humana. Quem luta contra
nós luta contra o Rei.
Judá não levantou uma única espada naquele dia
mas eles venceram a batalha. Na verdade a batalha
foi vencida antes mesmo deles chegarem ao palco da
guerra. Quando eles começaram a cantar louvores o
Senhor colocou a emboscada diante dos inimigos.
Sempre que prego essa palavra eu gosto de mostrar o
poder do louvor, mas hoje quero mostrar que as
palavras usadas no louvor são até mesmo mais
importantes. Em tempos de grande aflição e
tribulação como podemos manter uma fé que espera
ver a ação poderosa do Senhor?
A palavras que eles cantaram ao Senhor naquele dia
foram: “Rendei graças ao Senhor, porque a sua
misericórdia dura para sempre!” (20:21). Esse é o
louvor usado não apenas no livro de Salmos, mas em
muitos momentos cruciais da história do povo de
Israel. Foi essa a primeira canção cantada no
Tabernáculo de Davi (I Cr. 16:7 e 34). Também foi
essa a ministração no dia da dedicação do Templo (II
Cr. 7:3).
Eu creio que há algo de especial nessas duas simples
frases. Eu creio que o Senhor deseja que repitamos
essa canção sempre que passarmos por uma
tribulação.
Muitos estão se debatendo porque não crêm que o
Senhor é bom e sua misericórdia dura para sempre. A
palavra misericórdia é hesed em hebraico e ela é
usada para traduzir a palavra graça no Novo
Testamento em hebraico.
Não importa quantas vezes você tem tropeçado no
pecado e nem se a situação que você está enfrentando
é culpa de suas própria escolhas. Você consegue
declarar que a misericórdia do Senhor dura para
sempre?
Enquanto você estiver ministrando o Senhor vai
perseguir os seus inimigos. Você apenas verá o
salvamento do Senhor.
7. Enfrente o inimigo com confiança!
A sétima palavra do Senhor é: “amanhã saí-lhes ao
encontro, porque o SENHOR é convosco.”
Não devemos ser pretensiosos ou arrogantes, mas
podemos estar confiantes e seguros. Por quê? Porque
Ele está conosco. O nome do Senhor é Emanuel,
Deus conosco.
O povo precisou de três dias para pegar todos os
despojos da batalha. Havia uma grande abundância
de riqueza (20:25). No quarto dia eles se reuniram no
“vale da Bênção!” e ali adoraram o Senhor (20:26).
No futuro você vai se lembrar desse tempo não como
dias de lutam, mas como o tempo da bênção.
Existem mais de 7.000 promessas de Deus em toda a
Bíblia. E quando o Senhor fala conosco a sua palavra
não pode voltar vazia.
Assim será a palavra que sair da minha
boca: não voltará para mim vazia, mas fará
o que me apraz e prosperará naquilo para
que a designei. Isa 55:11
Deus nos fala poderosamente essas sete coisas no
meio de nossas batalhas.

15º- Décimo Quinto Dia -


Veja o Senhor na Páscoa
A Páscoa é um tipo de Cristo. O Novo Testamento declara
expressamente que o Senhor Jesus é o nosso Cordeiro Pascal.
Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa,
como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso
Cordeiro pascal, foi imolado. I Cor. 5:7
Cada pormenor do capítulo doze de Êxodo é um retrato da redenção
que temos em Cristo Jesus (Jo 1:29, I Pe 1:18-19).
Uma nova vida
Em Êxodo 13:4 lemos: “Hoje, mês de Abibe, estais saindo”. A palavra
“Abibe” significa desabrochante, florescente, tenro e verde. Desabrochar e
florescer significam o início da vida. No dia em que cremos no Senhor e
fomos salvos, a vida começou a desabrochar dentro de nós. De fato,
esse mês agora se tornaria o primeiro mês, pois representa o começo de
nossa vida.
Disse o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito: Este
mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do
ano. Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez
deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a
casa dos pais, um cordeiro para cada família. Ex. 12:1-3
Um cordeiro para cada família
No dia dez do mês eles deveriam tomar um cordeiro. Era um cordeiro
para cada família. Quando Deus enviou seu Filho ele tinha a intenção
de salvar a família inteira. Sabemos que a salvação é individual, mas a
promessa é salvar toda a família.
Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então,
convidará ele o seu vizinho mais próximo, conforme o
número das almas; conforme o que cada um puder comer,
por aí calculareis quantos bastem para o cordeiro. Ex. 12:4
Observe que nunca se diz que o cordeiro é muito pequeno, mas a
questão é a família ser muito pequena. O Senhor é maior do que todas
as suas necessidades, do que todos os problemas de sua família.  
O vizinho será abençoado porque o cordeiro é grande demais para a
sua casa. Essa é a verdadeira motivação para o evangelismo, temos
muito e precisamos repartir.
O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis
tomar um cordeiro ou um cabrito. Ex. 12:5
Por que o cordeiro deveria ser sem defeito? Simplesmente porque ele
iria representar o Senhor Jesus, o verdadeiro cordeiro de Deus que não
possui defeitos.
No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e
disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Jo. 1:29
Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como
prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil
procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo
precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem
mácula, o sangue de Cristo. I Pe. 1:18-19
A Palavra de Deus nos mostra claramente que o cordeiro era um
símbolo do Senhor Jesus. Ele é o cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo. Se você creu no Cordeiro isso significa que os seus pecados
foram tirados, removidos.
O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis
tomar um cordeiro ou um cabrito. Ex. 12:6
O cordeiro era tomado no décimo dia, mas só era sacrificado no décimo
quarto. Um cordeiro de um ano é um animal muito bonito e amável e,
certamente as crianças ficavam muito ligadas a ele emocionalmente.
Entretanto depois de cinco dias o pai sacrificava o animal e isso com
certeza fazia com que as crianças chorassem por causa do cordeiro.
Creio que isso era exatamente o que Deus queria. Seu alvo era que
soubéssemos o quanto seu Filho Jesus era maravilhoso e como ele
deixou a sua glória e veio habitar conosco cheio de graça e glória.
Nos cinco dias antes de sua crucificação o Senhor esteve no Templo
sendo examinado pelos fariseus. Eles nem imaginavam que estavam
examinando o cordeiro de Deus. Se um cordeiro possuísse algum
defeito ou enfermidade depois de cinco dias se saberia.
O cordeiro tinha de ser sem defeito, e, para isso, ele deveria ser
observado durante quatro dias (12:5-6). Do mesmo modo, Jesus foi
observado.
Após ser aprisionado, o Senhor foi submetido a seis exames:
• Três nas mãos dos sacerdotes, que o examinaram de acordo com a lei
de Deus (Mc. 11:27; 12:37; 14:53-65; Jo 18:13, 19-24).  
• Três sob governantes romanos, que o testaram de acordo com a lei
romana (Jo. 18:28-19:6).  
Pilatos repetiu três vezes que não achava nele falta alguma ( Jo. 18:38,
19:46). Ele passou por todos os testes e foi achado sem culpa. Por isso,
no dia exato da Páscoa, Ele foi conduzido à morte como cordeiro
pascal. Assim, a morte de Jesus foi o exato cumprimento do tipo.
E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o
ajuntamento da congregação de Israel o imolará no
crepúsculo da tarde. Ex. 12:6
O crepúsculo da tarde para judeus era três horas da tarde. Esse foi o
exato momento que o Senhor entregou o seu espírito.
O sangue aplicado
Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na
verga da porta, nas casas em que o comerem. Ex. 12:7
O sangue era aplicado na porta pelo lado de fora. Isso significa que o
sangue não é para que nós vejamos, mas para que Deus e o diabo
vejam. Deus, quando vê o sangue, fica satisfeito na sua justiça, e
Satanás deve se calar de toda acusação.
Não somos nós que avaliamos o valor do sangue do cordeiro, mas
Deus. Nós aplicamos pela fé, mas é Deus quem avalia o poder do
sangue. Lembre-se que sem derramamento de sangue não há perdão
de pecados (Hb. 9:22).
No verso 13 o Senhor diz: “quando eu vir o sangue, passarei por vós, e
não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do
Egito.” O Senhor não diz: “quando eu ver as suas obras de caridade...
ou quando ver que você tem um bom coração...” Aquele povo tinha
uma aliança com Deus e mesmo assim tiveram de aplicar o sangue nas
portas.
Isso não tem nada a ver com você ou com as suas boas obras, mas tem
a ver com o sangue de outro que morreu no seu lugar. O sangue de
Jesus foi aplicado na sua vida? Pois saiba que o Deus agora vê o sangue
e não as suas falhas e fracassos. E quando Deus vê o sangue a maldição
e a praga não chegam a você.
O verso 22 diz que o sangue era aplicado com hissopo (12:22). O que
isso significa? I Rs.4:33 afirma que Salomão discorreu sobre todas as
plantas, desde o cedro do Líbano, até o hissopo que brota do muro. O
Cedro representa a maior planta e o hissopo era umas das menores. O
Senhor disse que ainda que a nossa fé seja pequena como um grão de
mostarda ainda assim será suficiente para mover montes.
O hissopo, assim, tipifica a fé. Deus não exige que a nossa fé seja como
o cedro do Líbano, Ele requer que tenhamos um pouquinho de fé. Se
um pecador apenas disser de todo coração: “Senhor Jesus, obrigado por
morreres por mim”, ele será salvo. Essa é a fé semelhante ao hissopo
que brota do muro. É por meio dessa fé simples que o sangue é
aplicado.
O cordeiro deve ser comido
Naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães
asmos e ervas amargas a comerão. Não comereis do animal
nada cru, nem cozido em água, porém assado ao fogo: a
cabeça, as pernas e a fressura. Nada deixareis dele até pela
manhã; o que, porém, ficar até pela manhã, queimá-lo-eis.
Ex. 12:8-10
O cordeiro não podia ser comido cru nem cozido em água, mas assado
no fogo. O que isso significa?
Quando Cristo foi levantado na cruz ele levou sobre si como cordeiro
de Deus todo o nosso pecado e toda a nossa transgressão. Deus sendo
santo e justo precisa punir o pecado, mas ele também é amor e por isso
não queria punir o pecador. Para reconciliar a sua justiça com o seu
amor Deus enviou seu filho amado. Dessa forma o Senhor tomou sobre
si todos as nossas iniquidades e recebeu sobre si todo o fogo da justa
ira de Deus sobre o pecado.
Pare de se condenar pelo que fez no passado, Cristo já sofreu a
condenação no seu lugar. Viver se punindo e se condenando é rejeitar o
sacrifício do cordeiro de Deus na cruz. O Senhor Jesus consumiu todo o
fogo da ira de Deus. Hoje não há mais fogo de ira sobre você. Pare de
tentar pagar pelo seu pecado com toda sorte de auto flagelação, Cristo
já pagou todo o seu pecado na cruz. Não se perdoar é apenas um tipo
detestável de orgulho que pensa poder pagar o que só pôde ser pago
pelo Filho de Deus na cruz.
Quanto mais você se alimenta do cordeiro queimado na cruz pelo fogo
do juízo, mais nutrido e forte você se torna. A palavra de Deus diz que
no dia seguinte não havia nenhum enfermo entre os filhos de Israel.
Eles foram curados quando comeram do cordeiro assado. Mas não
apenas isso, também não havia nenhum pobre. Na cruz ele se fez pobre
para que pela sua pobreza nos tornássemos ricos (II Cor. 8:9).
Mas, a eles, os fez sair com prata e ouro, e entre as suas
tribos não houve um só enfermo. Sl. 105:37
Pense nisso! Havia em torno de 3 milhões saindo do Egito e entre eles
não havia nenhum doente. Eles tinham sido escravos, viviam em
condições ruins fazendo o pior tipo de trabalho. Certamente havia
muitos doentes no meio deles, mas naquela noite todos foram curados.
Como escravos eram todos pobres, mas no dia seguinte saíram com
ouro e prata.
O que significa comer o cordeiro cru? Hoje em dia, aqueles que não
crêem na redenção de Cristo tentam comê-lo cru. Isso quer dizer que
tais pessoas o consideram um bom exemplo de homem, mas não a
redenção de Deus para nós. Isto é tentar comer o cordeiro cru.
O cordeiro também não podia ser cozido em água. Comer Cristo assim
é considerar a sua morte não como morte para redenção, mas como
simples martírio pelas mãos dos homens. Muitos não crêem que Jesus
morreu por nossos pecados, mas dizem apenas que Ele foi morto pelo
sistema político da época. Tais pessoas também negam a sua
divindade.
Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos
pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do
SENHOR. Ex. 12:11
Quando participamos da mesa do Senhor devemos estar prontos para
partir. O povo deveria estar pronto para a libertação da opressão do
Egito e hoje devemos comer com a expectativa confiante que toda obra
maligna é desfeita em nossa vida.
O cordeiro devia ser comido com pães sem fermento (12:8). Todo
fermento deveria ser retirado. O fermento é sempre um tipo de pecado.
O Senhor falou do fermento dos fariseus (Mt.16:6), e Paulo mandou
lançar fora o velho fermento (I Cor.5:7). Devemos lançar fora todo
fermento, ou seja, todo pecado conhecido e manifesto.
Ao mesmo tempo em que comemos o cordeiro com pão sem fermento,
devemos comê-lo com ervas amargas (12:8). Isso simboliza o nosso
arrependimento e o gosto amargo referente às coisas pecaminosas.
Prontos para partir
Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos
pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do
SENHOR. Ex. 12:11
Esta era a maneira como o povo de Israel deveria comer o cordeiro.
Enquanto comiam, eles estavam se constituindo em um exército.
Poucos percebem logo ao se converterem, que entraram em uma
guerra.
Êxodo 12:11 diz que eles comiam com os lombos cingidos. Antes
éramos frouxos, mas ao nos convertermos, nos tornamos firmes e
equipados, isto porque o soldado deve sempre estar pronto para o
combate.
Também foi dito ao povo que tivesse sandálias nos pés. Isto mostra que
deviam estar prontos para uma jornada. Estar cingidos nos lombos é
estar revestido da verdade e da justiça, segundo Efésios 6:14. Estar
calçado é estar preparado com o Evangelho da paz.
O povo também deveria estar com o cajado à mão. Esse cajado está
estreitamente ligado com o Diabo; é para a guerra. Efésios 6:16 diz que
devemos ter na mão o escudo da fé, para poder apagar os dardos
inflamados do Diabo, e a espada do Espírito, para poder atacar e
desfazer as obras malignas. O cajado aponta, então, para o ataque e a
defesa espiritual: pelo escudo e pela espada (Ef.6:17). Nunca podemos
nos esquecer que somos um exército.
E, por fim, deveria comer às pressas. Isto nos fala que não devemos ser
ligados ao mundo, mas estarmos sempre preparados para partir daqui.
Estamos aqui de passagem.
O Senhor Jesus morreu no exato dia da Páscoa. Naquele dia o sumo
sacerdote pegava o cordeiro e subia a rampa do altar de holocausto no
Templo. O altar era alto e havia uma rampa para se chegar a ele. Nesse
mesmo momento o Senhor estava percorrendo a via dolorosa e subindo
a rampa do Gólgota.
Exatamente às 9 da manhã o sumo sacerdote amarrava as patas do
cordeiro sobre o altar para ser imolado. Também nesse mesmo instante
o soldados pregaram o Senhor e o ergueram na cruz.
Quando o sacerdote colocava o cordeiro sobre o altar havia um forte
toque de trombetas de chifres de carneiro. Isto era para anunciar a toda
Jerusalém que a Páscoa havia chegado. As trombetas tocaram quando
o Senhor Jesus foi levantado na cruz.
Ao meio dia o céu se escureceu e meio dia se tornou meia noite. Ele
morreu em trevas para que hoje andemos na luz. Na verdade nós fomos
feitos luzeiros no mundo.
Às três horas da tarde o sumo sacerdote subia novamente a rampa do
altar de holocausto e imolava o cordeiro. Nesse exato momento o
Senhor bradou na cruz: “está consumado!” Também o sumo sacerdote
nesse momento bradava: “está consumada a páscoa!” E novamente os
sacerdotes tocavam as trombetas. Hoje quando pregamos o evangelho
estamos fazendo soar a trombeta novamente. Estamos proclamando
que os seus pecados estão perdoados. Pare de se punir e se condenar.
Jesus pagou o preço do seu pecado pela morte no Calvário. Pelas suas
pisaduras você agora é curado.
No momento que as trombetas o jubileu começa. Todos os escravos são
libertos. Todas as dívidas são perdoadas. Toda a sua dívida com Deus
foi quitada. Tudo o que Adão perdeu no Éden é reconquistado por Cristo.
Tudo o que foi perdido é completamente restaurado. Você foi
completamente redimido.
Você não tem mais direito de se condenar ou se punir por causa do seu
passado. Também não condene os outros pois a dívida deles também
foi cancelada. Nós julgamos os outros pelas suas ações, mas julgamos a
nós mesmos pelas nossas motivações. O mês da páscoa era agora o
primeiro mês do ano. Cada vez que participamos da mesa do Senhor
estamos vivendo um novo começo. Você pode ouvir em seu espírito o
som do shofar proclamando vida e libertação.

16º- Décimo Sexto Dia- O


Deus da paz
A vontade do Senhor não é que você simplesmente clame por suas
promessas de proteção. Ele quer que você esteja próximo dele. Corra
para ele e se esconda debaixo de suas asas. O relacionameno com o Senhor é
a chave de tudo. Quando está chovendo e trovejando e uma criança
sente medo ela simpelsmente corre para o quarto dos pais e pula na cama
deles se aconchegando debaixo das cobertas. Depois disso ele
consegue dornir profundamente mesmo que continue chovendo e
trovejando. Você não precisa aprender sete passos para vencer o medo,
precisa apenas de um pai amoroso para quem você possa correr.
Certa vez eu ouvi uma história de um fazendeiro que teve parte de sua
fazenda incendiada. Depois que passou o incêndio ele passou no
galinheiro e viu carcaças das aves. Ele então viu se mover debaixo do
corpo da galinha um pintinho. Ele ficou perplexo com o que tinha
acontecido. Aqueles pintinhos tinham se escondifo debaixo de sua mãe
que tinhamorrido para salvá-los.
Esse é o quadro do Senhor Jesus que na cruz tomou sobre o seu corpo a
completa punição dos nossos pecados.O fogo da ira de Deus não veio
sobre os soldados que o crucificavam, nem sobre os fariseus que o
condenaram, mas sobre o seu filho Jesus. Por causa disso temos
salvação hoje.
Vivemos dias de pânico e medo em todo o mundo. Essa sem dúvida é
uma obra do diabo. Seu alvo é fortalecer o domínio dos governos sobre
a vida das pessoas pelo medo. O alvo final é trazer o governo mundial.

O inimigo prende pelo medo


A maneira como o diabo escraviza as pessoas é sempre por meio do
medo.
Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e
sangue, destes também ele, igualmente, participou, para
que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da
morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da
morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. Hb.
2:14-15
Nós, porém, podemos viver sem medo porque conhecemos o Senhor
como o Deus da paz.
E o Deus da paz seja com todos vós. Amém! Rm. 15:33
Mas você pode questionar: “mas o Senhor não está sempre conosco?
Por que Paulo diz que o Deus da paz seja com todos?” Paulo estAva
dizendo que o Senhor iria se manifestar sobre os irmãos como o Deus
da paz. Em outras palavras, muito embora o Senhor esteja sempre
conosco, nem sempre o experimentamos como o Deus da paz.
E você sabe o que acontece quando Deus se manifesta em nós como o
Deus da paz?
E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés
a Satanás. A graça de nosso Senhor Jesus seja convosco.
Rm. 16:20
O Deus da paz vai esmagar cada medo, cada preocupação e toda
ansiedade em sua vida.
Nós podemos ver a graça nesse verso também. A graça é a única coisa
contra a qual o diabo não tem defesa. Se você vive pela sua obediência e
merecimento o diabo tem poder sobre você porque ele sempre pode te
acusar de alguma coisa que você não tem feito. Isso dá a ele domínio
sobre você.
Se você clama pela proteção ou pela cura do Senhor baseado naquilo
que você tem feito, o diabo, que é o acusador, vai apontar as suas falhas
e a sua fé vai desmoronar. Você se sentirá desqualificado para receber a
proteção do Senhor.
Mas se a graça, o favor imerecido de Deus, for a base da sua fé, então o
diabo não tem como se defendfer. Essa é a razão porque precisamos falar
do sangue de Jesus quando falamos de proteção. O sangue pagou o
preço pelos culpados. A graça nos qualifica para a proteção.
Se o diabo vier acusá-lo mostrando as suas falhas como impedimento
para Deus protegê-lo, mostra para ele o sangue do Cordeiro que pagou
por todas essas falhas. Se a graça for a base, o Deus da paz vai esmagar
a satanás debaixo dos nossos pés.
Jeovah Shalom
Quando estamos temerosos e assustados precisamos ver a menifestação do
Deus da paz. Quando Paulo fala do Deus da paz ele certamente está se
referindo a Jeovah Shalom, um dos nomes de Deus reveladco no Velho
Testamento. Jeovah Shalom significa o Senhor é a minha paz
ou Jeovah é paz.
A primeira menção de Jeovah Shalom está no livro de Juízes no
capítulo 6. Essa foi a maneira como o Senhor se revelou a Gideão.
Naquele tempo os midianitas estavam aterrorizando a Israel dia e
noite. A palavra do Senhor diz que cada vez que Israel semeava, os
midianitas e os amalequitas, como também os povos do Oriente,
subiam contra ele. E contra ele se acampavam, destruindo os produtos
da terra, e não deixavam em Israel sustento algum, nem ovelhas, nem
bois, nem jumentos. Pois vinham como gafanhotos, em tanta multidão,
que não se podiam contar, e entravam na terra para a destruir (Jz. 6:4-
5). Por causa disso o povo se escondia em cavernas e buracos nas
montanhas.
Então, o Anjo do SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O
SENHOR é contigo, homem valente. Jz. 6:12
Normalmente quando encontramos a expressão “o Anjo do Senhor” no
Velho Testamento normalmente se refere ao Senhor Jesus antes da sua
encarnação. Então o Senhor apareceu a Gideão num momento de
medo e o chamou de homem valente.
Não é maravilhosa a maneira como o Senhor nos vê? Não é
a menira como nos vemos que nos define, mas sim a maneira como o
Senhor nos vê. Por isso precisamos ler a palavra de Deus, para saber o
que ele pensa a nosso respeito.
Nós somos guiados pelo Deus da paz. O Senhor nos guia por meio da
sua paz. Se antes de fazermmos qualquer coisa nós perdemos a paz em
nosso interior, então precisamos parar e buscar do Senhor a sua
direção.
Não precisamos nos forçar a nada porque a sua paz nos guia. Em sua
paz há descanso e seremos guiados para o lugar certo na hora certa.
Mas qual foi a resposta de Gideão depois do Senhor chamá-lo de
homem valente?
Respondeu-lhe Gideão: Ai, senhor meu! Se o SENHOR é
conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de
todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram,
dizendo: Não nos fez o SENHOR subir do Egito? Porém,
agora, o SENHOR nos desamparou e nos entregou nas mãos
dos midianitas. Jz. 6:13
Em vez de ouvir o que o Senhor disse sobre ele, Gideão começou a
reclamar. “Onde está o Senhor? Por que isso aconteceu conosco?” Isso
se parece muito com o que nós mesmos dizemos.
O Senhor, porém, se virou pra ele e disse: “Vai nessa tua força e livra
Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei eu?” (Jz.
16:14).
Primeiro o Senhor diz que ele é homem valente e agora diz para ele ir
na sua força. O Senhor sempre chama as coisas que não são como se já
fossem (Rm. 4:17).
Gideão ainda não estava convencido de que era o Senhor então ele
pediu um sinal para confirmar que era mesmo o Senhor falando com
ele. Gideão então apresentou um sacrifício ao Senhor e fogo se levantou
da rocha para consumir a oferta. Então o Senhor desapareceu no meio
da fumaça (Jz. 6:17-21).
Quando Gideão finalmente entendeu que estava falando com o Senhor
ele começou a achar que ia morrer. Naquele tempo as pessoas
acreditavam que se vissem o Senhor morreriam (Jz. 6:22). O Senhor,
porém lhe disse: “Paz seja contigo! Não temas! Não morrerás! (6:23).
Então Gideão edificou um altar ao Senhor e lhe chamou “o Senhor é
paz”, em hebraico é Jeovah Shalom (Jz. 6:24). Essa é a primeira
menção de Jeovah Shalom e a palavra que veio junto é “não
morrerás!”.
A paz que o Senhor nos dá é muito mais que a paz na mente. Quando o
Deus da paz age na sua vida você desfruta de segurança, saúde,
suprimento e vida. Como Gideão podemos estar rodeados de más
notícias, como epidemias e virus contagiosos. Mas o Senhor já sabia do
problema que enfrentaríamos hoje e já nos deu sua cobertura e proteção.
Quando você toma o Senhor como Jeovah Shalom você não precisa ter
medo, pois ele diz: “não morrerás!”
Receba hoje a paz sobrenatural do Senhor, que está acima da lógica
humana e da compreensão natural. Essa paz vai guardar o seu coração
e a sua mente no meio de todo perigo ao derredor.
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a
dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se
atemorize. Jo. 14:27

O perfeito amor lança fora o medo


Deus já provou o seu amor por nós pelo fato de Cristo ter morrido por
nós quando nós éramos ainda pecadores. Deus nos amou de tal
maneira que deu seu único filho.
Nós temos um Deus que demonstrou seu amor por nós quando nós
ainda éramos seus inimigos, quando não tínhamos nada para oferecer-
lhe exceto vergonha, pecado e desqualificação.
João diz que o perfeito amor, o amor de Deus por nós, lança fora todo
medo, pois aquele que teme ainda não foi aperfeiçoado no amor.
No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora
o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que
teme não é aperfeiçoado no amor. Nós amamos porque ele
nos amou primeiro. I Jo. 4:18-19
Se você está com medo da epidemia, da praga que se propaga nas tervas,
da peste perniciosa e contagiosa, apenas pare e sepergunte: “você sabe o
quanto você amado por Deus?” Você não pode vencer o medo
simplesmente pensando em razões lógicas porque o mal não te
sucederá. Você precisa ter a revelação do perfeito amor e todo medo se
dissipará.

O espírito de poder, de amor e de moderação


Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de
Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. Porque
Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder,
de amor e de moderação. II Tm. 1:6-7
O espírito de covardia é na verdade um espírito de medo. Sempre que
você se sentir amedrontado saiba que isso não vem de Deus. O diabo
escraviza as pessoas por meio do medo, mas o Senhor sempre nos dá
segurança e paz.
O nosso temor de Deus não pode ser medo dele, pois não recebemos o
espírito de escravidão para vivermos outra vez atemorizados. Mas nós
temos recebido o espírito de filho por meio do qual clamamos Aba Pai
(Rm. 8:15).
Não tenha medo de Deus, pois nossa tendência é odiar aquilo que
tememos. Nós temos toda reverência, respeito e honra diante dele, mas
sabemos que somos amados e também que o amamos.
Mas em vez de espírito de medo Deus nos tem dado um espírito de
poder, de amor e de moderação. Essa palavra moderação
(sophronismos no grego), também poderia ser traduzida como uma mente
constante e saudável.
Quando rejeitamos o espírito de medo e nos movemos pelo Espírito de
Deus o resultado é poder, amor e uma mente saudável. O medo produz
confusão na mente, mas quanto mais cheios do ERspírito somos, mais
temos uma mente clara.
O espírito de poder é dinamis no original de onde vem a nossa palavra
dinâmico ou dinamite. A unção e o poder fluiam do Senhor
Jesus. Dinamis é um poder inerente em nós para produzir milagres.
Quando recebemos o Espírito Santo nós recebemos aquele que é todo
poder.
Observe como as pessoas ao derredor vivem cheias de medo. Por causa
do medo elas simplesmente param a vida. Você tem outro Espírito.
Você recebeu o espírito de poder que vence o espírito de medo.
Creia nisso e o Deus da paz, em breve, esmagará a satanás debaixo dos
nossos pés.
17º- Décimo Sétimo Dia- Os
pensamentos elevados de
Deus
Precisamos ter muito cuidado com ensinamentos de homens. A
verdadeira mensagem do evangelho é algo sobrenatural. Não tente
entendê-la de forma natural. O que é natural? É dizer algo como: “faça
o seu melhor para agradar a Deus e, algum dia quando Deus ver que
você é sincero o suficiente, fiel o suficiente, então você receberá a sua
bênção.” O sobrenatural por outro lado é quando Deus diz que eu sou
justo em Cristo mesmo que eu ainda não veja a justiça em mim. Ele diz
que eu sou nova criatura mesmo quando não vejo a transformação. As
coisas de Deus são sobrenaturais e por isso somente podem ser
recebidas por fé.
Porque os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos,
diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos
do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do
que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos
do que os vossos pensamentos. Is. 55:8-9
Os pensamentos do homens são naturais e terrenos, mas os
pensamentos e os caminhos de Deus são elevados porque são celestiais.
Precisamos andar de acordo com os pensamentos e caminhos elevados
do Senhor. Mas pastor, eu não sei qual o tipo de pensamento Deus quer
que eu tenha, e quais são os caminhos errados dos quais tenho que me
afastar. Como podemos entender o pensamentos de Deus? Observando
o contexto de todo o capítulo 55 de Isaías podemos ver alguns dos
elevados pensamentos e caminhos de Deus.
1. Compre sem dinheiro e sem preço
Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os
que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde
e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Is. 55:1
A graça é sem dúvida o caminho elevado, enquanto a lei é o caminho do
homem natural. Segundo a lei tudo depende do homem, seu esforço e
sua obediência, assim o homem natural sempre procura pagar pela
bênção. Mas segundo a graça tudo depende de Cristo e sua obra
consumada.
O convite do Senhor é para que desfrutemos da sua graça. Nós somos
muito pobres para poder comprar e ele muito rico para precisar
vender, então só podemos receber de graça.
A graça sempre dá. A graça comunica. A lei, por outro lado, sempre
exige. Você pode dizer que está sob a lei quando sente que coisas lhe
estão sendo exigidas. Quando você vive se sentindo em débito com
Deus, você está na lei. E quando nos sujeitamos a lei nós caímos no
pecado, porque a força do pecado é a lei.
E a essência da lei é demanda. A essência da graça é suprimento. Se
você acorda de manhã consciente de que Deus está lhe fornecendo a
sabedoria para o dia, fornecendo o pão diário de que você precisa,
fornecendo a proteção para você e sua família, então você está no
espírito da graça, estará efetivamente vivendo sob a graça.
Não pense que a lei é má, antes ela é boa para o propósito para o que
foi dada. E nós sabemos que a lei foi dada para mostrar o pecado.
Hoje não estamos vivendo sob lei porque a dispensação da lei foi
cumprida pelo Senhor. Jesus disse: "Não pense que eu vim revogar a
lei". Ele não veio para revogar, mas para cumprir. E depois de quitar
um financiamento do banco é melhor interromper o pagamento. Cristo
é o fim da lei. Portanto, não estamos mais sob a lei, mas sob a graça
Vivemos hoje na dispensação da graça onde o Senhor não está
imputando aos homens os seus pecados. Ele não diz: “vou esperar até
que você se qualifique para receber esse milagre. Será que você é santo
o suficiente para receber essa cura? Você precisa mudar de vida antes
que eu possa libertar seu filho”. O Senhor não fez assim, antes ele ouviu
o clamor de todos os que vieram a ele. Eles eram todos pecadores. De
fato, a maioria das pessoas que receberam de Jesus eram párias sociais.
O problema é que agora algumas pessoas estão tentando redefinir a
graça. Eles dizem que graça não é apenas favor imerecido. Eles
afirmam que graça seria uma capacitação, mas isso na verdade é o
homem fazendo. A Bíblia, porém, diz que, “se é pela graça, já não é
pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” (Rm. 11:6). Graça é
favor imerecido.
2. Desfrute das fiéis misericórdias
Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma
viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que
consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi. Is. 55:3
Aqueles sedentos que vão às águas e bebem sem dinheiro e sem preço
são agora feitos participantes de uma nova Aliança que é eterna. Essa
aliança é baseada nas fiéis misericórdias prometidas a Davi.
O Salmo 89 e II Samuel 7:12-17 descrevem a aliança de Deus com Davi.
Segundo essa aliança o trono de Davi seria eterno porque viria o seu
descendente cujo trono e reino nunca terá fim. Sabemos que o Senhor
Jesus é o filho de Davi.
As fiéis misericórdias constituem os elevados pensamentos de Deus.
Segundo o pensamento do homem o pecado cancela a promessa, mas o
pensamento de Deus é que a graça será conosco para sempre e ela
nunca será removida mesmo se caírmos. Se caímos ele nos disciplina,
mas jamais removerá de nós a sua bondade.
Conservar-lhe-ei para sempre a minha graça e, firme com
ele, a minha aliança. Farei durar para sempre a sua
descendência; e, o seu trono, como os dias do céu. Se os seus
filhos desprezarem a minha lei e não andarem nos meus
juízos, se violarem os meus preceitos e não guardarem os
meus mandamentos, então, punirei com vara as suas
transgressões e com açoites, a sua iniqüidade. Mas jamais
retirarei dele a minha bondade, nem  desmentirei a minha
fidelidade. Não violarei a minha aliança, nem modificarei o
que os meus lábios proferiram. Sl. 89:28-34
3. Experimente a riqueza do perdão
Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus
pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá
dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.
Is. 55:7
Os modos e os pensamentos do homem natural é de onde precisamos
nos afastar. Veja que o texto diz que Senhor perdoará rica e
abundantemente. Ele fará isso porque os seus pensamentos não são os
nossos. A mente natural presume que Deus perdoa de má vontade, mas
ele nos perdoa abundantemente.
Alguns pensam que Deus perdoa, mas só depois que você faz muitos
exercícios espirituais, depois de se sentir mal o suficiente a respeito do
pecado e mostrar muita tristeza. Eles não acham que Deus nos perdoa
de bom grado. Mas Deus está dizendo: meus pensamentos não são
como os seus. Está muito acima dos seus pensamentos. Eu perdoarei
rica e abundantemente, porque os meus pensamentos são muito mais
elevados que os seus.
Você sabe por que Deus perdoa rica e abundantemente? Porque está
tudo pago. Deus te amou tanto, que enviou seu Filho para se tornar seu
substituto naquela cruz. E quando ele estava naquela cruz, toda
condenação, terror e maldição que era para você, caiu sobre ele. Agora,
através do sangue de Jesus, Deus tem um fundamento justo para nos
perdoar.
Imagine uma situação em que você errou com alguém. Você vem e se
desculpa e a pessoa diz que o perdoa, mas ela o faz de forma fria ou
indiferente. Ela diz que o perdoa, mas seu rosto está desfigurado de
insatisfação. Não é assim com Deus.
Você compreende que às vezes um ato pode ser estragado pelo estilo?
O Senhor não é apenas o salvador, mas um Salvador que nos salva com
amor. Se o pastor da centésima ovelha fosse um salvador mal
humorado o resgate da ovelha teria um sentido completamente
diferente.
No final do dia o pastor percebe que uma ovelha se perdeu. Muito
contrariado sai para procurá-la. Quando a encontra qual a primeira
palavra que ele diz: "olha o trabalhão que você me deu! Na hora de
entrar para jantar tive de sair de casa no meio da escuridão para te
encontrar. Que vergonha! Ele a pega nos ombros, mas muito
contrariado lamenta como ela está pesada. No caminho vai lembrando
a ovelha como está sendo difícil salvá-la. Quando chega em casa ele faz
como diz um certo, ele quebra a perna da ovelha. Ele diz: isso vai doer
mais em mim que em você, mas vou quebrar a sua perna para o seu
bem. O difícil é a ovelha acreditar nisso. Ela vai declarar o salmo 23
dizendo: o Senhor é o meu pastor e ele vai quebrar a minha perna...
O Senhor não é um salvador assim. Ele está feliz de encontrar a ovelha.
Quando chega em casa ele dá uma festa por tê-la achado. Ele não fica
todo o tempo lembrando como você é uma ovelha problemática, mas
ele é um salvador feliz por salvá-lo.
O texto de Lucas 15:5 diz que o pastor encontrou a ovelha, a colocou
nos ombros, cheio de júbilo. Essa é a palavra chave: Júbilo!” O Senhor
está alegre e exultante de encontrar sua ovelha.
Nunca pense que Deus desistiu de você porque você caiu tantas vezes
que ele perdeu a paciência. Não deixe que o maligno lance nenhuma
dúvida sobre o quanto ele pacientemente ama você e o traz de volta
para os braços dele.
Normalmente pensamos que Deus rasgou o véu para que o homem
pudesse entrar. Mas Deus rasgou o véu para ele poder sair. Antes Deus
não podia sair, porque quando ele sai em sua santidade, o homem deve
morrer. Ele não podia sair por causa da sua misericórdia para com o
homem, porque o homem não pode atingir seu padrão de justiça, então
ele se manteve no Santo dos Santos. Mas quando Jesus morreu, o véu
foi rasgado por uma mão invisível de cima para baixo para significar
que não foi o homem que o rasgou, Deus o rasgou e saiu para nos dizer:
“seja bem-vindo em casa”! O mesmo sangue que rasgou o véu removeu
seus pecados perfeitamente, hoje você é mais branco que a neve.
Tudo bem, pastor, mas você não pode pregar que Deus perdoa
livremente, pois as pessoas sairão e vão viver dissolutamente.
Novamente, seus pensamentos não são como os dele. Os pensamentos
de Deus são elevados, se pregarmos a verdade as pessoas viverão a
verdade. Quando as pessoas creem certo, elas vivem corretamente. Eles
continuam pecando porque não entendem o perdão de Deus. Possuem
um conceito muito baixo do perdão de Deus. Mas o próprio Senhor
Jesus disse que aqueles que sabem que são muito perdoados esses o
amarão muito mais (Lc. 7:47).
Os pensamentos de Deus são sempre sobre perdão, os nossos
pensamentos são sobre justiça e condenação. Temos dificuldade de
crer que Deus perdoa livremente. Não é fácil crer que se voltarmos para
casa ele correrá para nos beijar.
4. Receba a palavra como chuva
Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e
para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e
a  fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador
e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha
boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz
e prosperará naquilo para que a designei. Is. 55:10-11
A Palavra de Deus é como a chuva e a neve que caem do céu. É bom que
Deus não tenha deixado cair toda a sua sabedoria de forma
concentrada. Nós não poderíamos recebê-la. Nossas mentes são muito
limitadas, mas ele deixou cair uma gota de cada vez como a chuva e
a neve do céu. E essa chuva não volta para lá, mas rega a terra, e a faz
brotar, para que possa dar semente ao semeador e pão ao que come.
Você sabe por que você tem pão? Porque houve alguma semeadura.
Faça da sua vida uma vida de semeadura e você estará sempre
colhendo e suprindo outros com o pão.
Deus prometeu que sua Palavra prosperará onde quer que vá. Se você
receber a Palavra de Deus, ela prosperará em sua vida. Mas você tem
recebido a Palavra de Deus? Você quer se molhar, mas não quer estar
sob a chuva. Digamos que a chuva é uma chuva de bênçãos e você se
sente seco. Sua vida está seca, seu bolso está seco, tudo está seco,
porque você não está debaixo da chuva. Vá para a chuva! O que é a
chuva? A palavra de Deus.
Goteje a minha doutrina como a chuva, destile a minha
palavra como o orvalho, como chuvisco sobre a relva e
como gotas de água sobre a erva. Dt. 32:2
A chuva representa o ensino. Uma abundância de chuva é, na verdade,
abundância de ensino e revelação da verdade do evangelho.
Existe algo precioso sobre a chuva. Em Joel 2:23 lemos que o Senhor
vai mandar a chuva temporã e a serôdia. Isso significa as primeiras e as
últimas chuvas. Nós vivemos no tempo das últimas chuvas. Mas o que é
precioso é que a palavra chuva é “moreh” que também significa
professor em hebraico. Isso mostra que as últimas chuvas trarão uma
grande revelação da palavra de Deus.
5. Seja uma bênção
Saireis com alegria e em paz sereis guiados; os montes e os
outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as
árvores do campo baterão palmas. Em lugar do espinheiro,
crescerá o cipreste, e em lugar da sarça crescerá a murta; e
será isto glória para o SENHOR e memorial eterno, que
jamais será extinto. Is. 55:12-13
Depois de receber a Palavra de Deus, a Palavra do perdão, a Palavra da
graça, você sairá com alegria e será guiado em paz. Não seja guiado por
vozes do lado de fora. Não se deixe levar por sinais exteriores, mas
permita-se ser guiado pela paz.
Deus te guia por dentro porque ele está em você. Você é filho de Deus,
mas no Antigo Testamento, eles não tinham o Espírito habitando
dentro deles por isso eles precisavam de sinais exteriores.
O resultado de receber a Palavra da graça é que você sai com alegria e é
levado em paz. Seja sempre guiado pela paz. Antes de assinar qualquer
coisa, seja guiado pela paz. Antes de fazer um negócio, seja guiado pela
paz. É vital que entendamos que a maneira principal como Deus nos
conduz é pela presença ou ausência de paz.
Quando você é guiado pela paz, o que vai acontecer? As montanhas e os
montes começam a cantar diante de você. Montanhas são sempre
imagens de reinos ou pessoas em lugares altos. Isso significa que
pessoas que realmente importam em sua vida lhe darão
encorajamento.
Quando você recebe a Palavra e sai com alegria, sendo guiado pela paz,
os montes se rompem em cânticos e as árvores o aplaudem. Árvores
também apontam para pessoas.
Quando você sai, as montanhas e montes estão se regozijando e as
árvores do campo estão batendo palmas. Você se torna uma bênção
aonde quer que vá. Você traz alegria aonde quer que chegue.
No verso 13 lemos que no lugar do espinheiro, crescerá o cipreste, e em
lugar da sarça crescerá a murta. Em vez da maldição representada pelo
espinheiro, haverá o cipreste.
O espinheiro é o que eles usavam no passado para manter as ovelhas
dentro do aprisco. Não era uma cerca de madeira como em nossas
fazendas, mas uma cerca de espinhos. Então, em vez de um espinheiro
haverá o cipreste. Em outras palavras, a bênção estará à sua volta. Não
haverá mais maldição.
Em vez da sarça haverá a murta. Essa sarça é um tipo de urtiga. A
urtiga produz muita irritação e coceira na pele, mas a murta é a mirra.
A fragrância da mirra pode ser sentida de longe.
Então, você sairá com alegria e será guiado em paz. As pessoas vão se
alegrar ao seu redor. Você será uma bênção aonde quer que vá. Tem
gente que traz alegria quando chega, outros trazem alegria quando vão
embora. Seja uma bênção em todos os lugares que você for.
Em vez do espinheiro, você será como um cipreste. Em vez de irritar e
tornar as pessoas desconfortáveis, você trará bênção sobre elas. O
aroma de Cristo em você vai exalar em todo lugar
18º- Décimo Oitavo Dia - A
armadura de Deus
Nós cristãos estamos assentados com Cristo nos lugares
celestiais acima dos principados e potestades.  A posição em
que estamos em Cristo é um lugar de autoridade, honra e
triunfo. Não precisamos viver no fracasso, na depressão e na
derrota.
O qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os
mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares
celestiais,  acima de todo principado, e potestade, e poder, e
domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no
presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as
coisas debaixo dos pés... Ef. 1:20-22
E, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares
celestiais em Cristo Jesus. Ef. 2:6
Se um cristão experimentará vitória ou não sobre o inimigo depende da
visão que ele possui a respeito de si mesmo como igreja: militante,
derrotado ou triunfante.
O militante é aquele que ainda não está sentado nos lugares celestiais e
ainda está lutando para ganhar a vitória contra o inimigo. Ele não crê
que está na posição e por isso luta para chegar lá. Esse crente miitante se
esforça muito, mas tem pouca vitória porque não sabe a sua posição.
O derrotado é aquele completamente ignorante de sua posição de
autoridade e de seu direito de reinar em vida por meio de Jesus Cristo.
Por causa da ignorância esses crentes são constantemente atacados
pelo inimigo e vivem num estado de fracasso e derrota.
O triunfante, por outro lado, descreve a perspectiva bíblica do crente
assentado com Cristo nos lugares celestiais. Eles não apenas sabem de
sua autoridade, mas a exercitam para colocar o inimigo debaixo dos
seus pés.
Nesta época em que a atividade do maligno está aumentando, é vital
que os crentes saibam a respeito de sua posição em Cristo. Precisamos
ser completamente convencidos que temos autoridade por causa da
vitória de Jesus na Cruz. Somente andando na luz da Palavra de Deus
teremos confiança e fé para exercer nossa autoridade.
Paulo diz que precisamos estar vestidos da armadura para podermos
permanecer inabaláveis. Cada peça da armadura é um aspecto da
verdade do evangelho. Quando nossa fé é correta nós não podemos ser
abalados.
Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-
vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação
do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé,
com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do
Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada
do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e
súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto
vigiando com toda perseverança e súplica por todos os
santos. Ef. 6:14-18
Quando nós tomamos toda a armadura de Deus
nós permanecemos inabaláveis. Assim tomar a armadura de Deus não é
um algo pequeno e sem importância, mas trata-se de algo vital no
ministério.
Sei que a imagem da armadura é algo bem prático, mas não devemos
pensar nela como algo místico. Cada peça da armadura aponta para um
aspecto do evangelho. Trata-se, portanto de algo doutrinário. Quando
cremos corretamente estamos usando a armadura. Quando a fé está
errada em qualquer desses nós nos tornamos abaláveis.
Todas as partes da armadura está relacionada com a Nova Aliança. Não
há nada aqui do Velho Testamento da lei. Aqueles que possuem uma fé
errada e ainda segundo a lei do merecimento, tornam-se vulneráveis
aos ataques do maligno. Os ataques com dardos inflamados virão sobre
todos nós, mas aqueles que possuem uma armadura correta
permanecem inabaláveis.
Cingindo-vos com a verdade
Cingir significa usar uma cinta ou um cinto. A verdade é o evangelho. O
Senhor disse aos fariseus: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará” (Jo. 8:32). O fariseus conheciam a lei e mesmo assim não
eram livres, assim a verdade não é a lei.
Paulo chama o evangelho de “a verdade do evangelho” em Gálatas 2:14.
A verdade do evangelho é uma cinta.
Os soldados usavam um cinto de couro onde eles prendiam a espada ou
pequenas adegas.
Vestindo-vos da couraça da justiça
A couraça era para proteger o peito. As setas malignas visam a tingir o
coração com condenação e acusação. I João 3:20-21 diz que
percebemos a acusação no coração. Uma vez que o coração é atingido
com condenação teremos dificuldade de ter comunhão com o Senhor,
por isso é vital estar vestido com a couraça da justiça.
O que é essa justiça? Certamente não é a justiça da obediência aos
mandamentos da lei. É a justiça da fé. É a justiça de Cristo que
recebemos com um dom.
Precisamos declarar continuamente somos justiça de Deus em Cristo
Jesus. Nunca se achegue ao Pai confiado em algum merecimento, mas
sempre chegue confiado no Cordeiro.
E ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de
lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que
procede de Deus, baseada na fé. Fl 3:9
Mesmo quando você falhar declare ousadamente: “Eu sou justiça de
Deus em Cristo”. Seja consciente de sua justiça pela fé.
Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz
Os pés aqui apontam para o fundamento, a firmeza no combate. O que
lhe dá essa firmeza? É a paz de Deus que excede todo entendimento. É
a paz que temos por causa da verdade do evangelho de que todos os
nossos pecados foram perdoados e todas as nossas dívidas foram
quitadas diante de Deus.
Esse é o evangelho da paz. Ele não depende de você, mas depende de
Cristo. Não se trata do quão mal somos nós, mas do quão bom ele é.
Não depende do quanto você é fiel, do quanto ele é Fiel. Não depende
da sua obediência, mas da obediência de Cristo.
É por isso que Paulo diz precisamos trazer todo pensamento cativo à
obediência de Cristo.
Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim
poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós
sofismas e toda altivez que se levante contra o
conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à
obediência de Cristo. II Cor. 19:4-5
Somente o crente que tem paz com Deus consegue ficar firme de pé no
dia da batalha. Não estou dizendo de paz com os homens, mas paz com
Deus. Quando cremos que fomos justificados, nós temos paz para com
Deus (Rm.5:1).
Temos paz porque sabemos que sobre nós não há mais nenhuma
condenação. Ninguém pode sentir paz se ainda viver debaixo de
acusação e condenação em sua mente.
Temos paz porque já não temos medo. Provamos o imenso amor do Pai
manifestado em sua graça e esse amor de Deus lança fora todo medo.
Quanto mais provamos da graça mais vencemos o medo e a
condenação e assim vivemos em paz.
Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e
escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada,
absolutamente, vos causará dano. Lc. 10:19
Embraçando sempre o escudo da fé
É por meio do escudo da fé que apagamos os dardos de fogo do
maligno. Essas flechas inflamadas são pensamentos de desqualificação.
Todo o tempo o inimigo mostra que não fizemos isso ou aquilo, que
não estamos qualificados que estamos muito distantes do padrão de
Deus.
Toda a armadura está relacionada com uma fé correta. É quando
cremos corretamente que podemos resistir o maligno. A fé aqui não é
ato de crer, mas o conteúdo da fé. E o conteúdo da nossa fé é o
evangelho da graça, o evangelho da paz, a justificação pela fé.
Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-
vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti
obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a
batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas
foi entregue aos santos. Jd. 1:3
Todas as coisas de Deus são recebidas pela fé, mas o inimigo tenta nos
enganar dizendo que crer não basta, mas que temos antes de obedecer
os mandamentos. Somos tentados a ter alguma justiça própria para
assim merecermos o milagre. Esses são os dardos inflamados do
maligno.
Todos os milagres do Senhor foram recebidos exclusivamente pela fé.
Em nenhum momento o Senhor exigiu das pessoas uma bom
comportamento antes de fazer o milagre. As pessoas certamente
tinham problemas conjugais, ressentimentos e intrigas, mas o Senhor
nunca disse para eles primeiro cumprirem os mandamentos antes de
curá-los.
Tomai também o capacete da salvação
A certeza da salvação é um capacete na sua cabeça. No momento em
que você duvida da sua salvação todas as partes da armadura perdem a
utilidade.
A Palavra de Deus também fala da esperança da nossa salvação. A
esperança bíblica é a expectativa confiante de que algo bom vai
acontecer! Essa esperança descansa no amor do Pai. Se sabemos que
somos amados, então esperamos que coisas boas aconteçam.
Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-
nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a
esperança da salvação. I Ts. 5:8
Fé no grego é pistis, significa acreditar que você já recebeu a provisão
para a sua necessidade em Cristo, mesmo que você ainda não a veja. A
fé sempre crê como já tendo acontecido, mas esperança no grego é
Elpis e fala do futuro. A esperança é a expectativa confiante de que algo
bom está para vir. Porém você não pode ter pistis sem antes cultivar
elpis.  
Tomai a espada do Espírito
A espada do Espírito é a palavra de Deus. No original palavra aqui é
rhema, que significa a palavra viva liberada a nós pelo Espírito.
Sabemos que a Bíblia é a palavra de Deus. Mas se essa palavra for
apenas letras impressas, não será Espírito e nem espada. A expressão
grega para palavra aqui é “Rhema”. O Logos é a palavra escrita, mas o
Rhema é a palavra avivada em nós pelo Espírito.
O Senhor Jesus disse em João 6:63 que “as palavras que eu vos tenho
dito são espírito e são vida.” Mais uma vez a expressão usada é
“rhema”. Isso significa que a palavra instantânea falada a nós pelo
Espírito é que torna-se a espada que destrói o inimigo.
Tudo o que Deus faz ele o faz pela Palavra e pelo Espírito. É da união
entre a Palavra e o Espírito que temos a espada para vencermos o
diabo.
A maneira de tomarmos a espada é proferindo a Palavra. Em
Apocalipse 12:11, lemos que: "Eles o venceram por causa do sangue do
Cordeiro e por causa da Palavra do Testemunho que deram". Você não
pode derrotar o Diabo com a sua própria força, você precisa da Palavra
de Deus.
Orando em todo tempo no Espírito
A maneira como vestimos todas as peças da armadura é orando no
Espírito. E o que significa orar no Espírito? Significa orar em línguas.
Paulo diz que esta é a armadura de Deus e em Isaías 59 temos uma
descrição da armadura de Deus.
Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete
da salvação na cabeça; pôs sobre si a vestidura da vingança
e se cobriu de zelo, como de um manto. Segundo as obras
deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o
devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a
paga. Temerão, pois, o nome do SENHOR desde o poente e a
sua glória, desde o nascente do sol; pois virá como torrente
impetuosa, impelida pelo Espírito do SENHOR. Virá o
Redentor a Sião e aos de Jacó que se converterem, diz o
SENHOR. Quanto a mim, esta é a minha aliança com eles,
diz o SENHOR: o meu Espírito, que está sobre ti, e as
minhas palavras, que pus na tua boca, não se apartarão
dela, nem da de teus filhos, nem da dos filhos de teus filhos,
não se apartarão desde agora e para todo o sempre, diz o
SENHOR. Is. 59:17-21
O primeiro elemento é a couraça da justiça. Nós estamos vestidos da
justiça de Cristo, por isso somos justiça de Deus. Quando o Senhor
executar justiça, o mundo conhecerá a sua ira.
Depois vem o capacete da salvação. Em nossa cabeça é a proteção, mas
na cabeça do Senhor é o seu propósito, aquilo que está em sua mente,
trazer salvação.
A vestidura de vingança não é contra nós, mas contra o diabo. O
Senhor é o vingador de toda opressão do maligno, doenças, depressão e
destruição.
O manto de zelo é a completa certeza de que ele cumrprirá a sua
promessa.
No verso 21 o Senhor diz que “esta é a minha aliança com eles, diz o
SENHOR: o meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que
pus na tua boca, não se apartarão dela”.
A Nova Aliança está completamente relacionada com o Espírito que
nos foi dado. E a palavra que ele pôs em nossa boca de acordo com o
contexto só pode ser aquela que vem com o Espírito, ou seja, as
línguas.
No Velho Testamento houve muitos milagres, mas nunca o de falar em
línguas. Esse é o sinal distinto da Nova Aliança.
Em Romanos 11 Paulo se refere a esse texto, mas ele escreve de forma
diferente. Ele diz:
E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de
Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades.
Esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus
pecados. Rm. 11:26-27
Paulo diz que ter os pecados tirados é equivalente a receber o Espírito.
Aqueles que têm dificuldade de crer que seus pecados foram perdoados
não conseguem fluir em línguas.
Quando Pedro pregava na casa de Cornélios, no momento em que ele
disse que todo o que crê tem os seus pecados perdoados, o Espírito veio
sobre eles. As duas coisas andam juntas. E imediatamente todos eles
começaram a falar em línguas.
A oração em línguas é a oração no Espírito. Judas diz em sua epístola
que quando oramos no Espírito nós edificamos a nossa fé.
Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima,
orando no Espírito Santo, guardai-vos no amor de Deus,
esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo,
para a vida eterna. Jd. 1:20-21
Precisamos orar em línguas e nos guardar no amor de Deus. Não é em
nosso amor para com Deus, mas no amor dele por nós. Quanto
entendemos que somos amados, mais somos alimentados, mais oramos
em línguas e mais somos guardados para permanecermos inabaláveis.

19º- Décimo Nono Dia-


Valorize a herança
Quando alguém diz que recebeu uma herança sempre nos alegramos,
pois herança nos fala de coisas boas. Se recebemos uma mensagem de
que algum parente nos deixou uma herança imediatamente ficamos
eufóricos e queremos saber do que se trata. Mas existem pessoas que
não valorizam a herança.
Precisamos ser cuidadosos para que não haja em nós uma atitude de
indiferença para com a nossa herança, pois isso desagrada o coração do
Pai. Um exemplo disso é Esaú. Diz a escritura que ele desprezou seu
direito de primogenitura em troca de um prato de sopa de lentilhas.
Jacó não era merecedor, na verdade ele tinha um caráter defeituoso
chegando ao ponto de enganar o seu próprio pai. Mas ele tinha um
desejo sincero de receber a herança. Muitos pensam que o pecado é o
maior problema, mas o verdadeiro problema é um coração indiferente
à herança do céu.
Hebreus 12 diz que depois, querendo herdar a bênção, Esaú chorou
diante de seu pai, mas não houve lugar de arrependimento em Isaque.
Nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual,
por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. Pois
sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a
bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de
arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.
Hb. 12:16-17
Assim a questão já não é somente o que o Senhor comprou pelo
sacrifício da cruz, mas sim o que disso nos apropriamos. Tudo o que o
Senhor está no pacote da redenção e a vontade de Deus é
que herdemos tudo o que está ali. Lembre-se, porém, que as bênçãos de
Deus não são automáticas, precisamos nos apropriar delas pela fé.
As filhas de Zelofeade
Gostaria de compartilhar algo precioso a respeito das filhas de
Zelofeade. Mesmo vivendo no tempo da lei quando filhas não tinham
direito à herança, elas mostraram um coração para receber a herança e
o Senhor as honrou por causa disso.
Então, vieram as filhas de Zelofeade, filho de Héfer, filho de
Gileade, filho de Maquir, filho de Manassés, entre as
famílias de Manassés, filho de José. São estes os nomes de
suas filhas: Macla, Noa, Hogla, Milca e Tirza.
Apresentaram-se diante de Moisés, e diante de Eleazar, o
sacerdote, e diante dos príncipes, e diante de todo o povo, à
porta da tenda da congregação, dizendo: Nosso pai morreu
no deserto e não estava entre os que se ajuntaram contra o
SENHOR no grupo de Corá; mas morreu no seu próprio
pecado e não teve filhos. Por que se tiraria o nome de nosso
pai do meio da sua família, porquanto não teve filhos? Dá-
nos possessão entre os irmãos de nosso pai. Moisés levou a
causa delas perante o SENHOR. Disse o SENHOR a Moisés:
As filhas de Zelofeade falam o que é justo; certamente, lhes
darás possessão de herança entre os irmãos de seu pai e
farás passar a elas a herança de seu pai. Falarás aos filhos
de Israel, dizendo: Quando alguém morrer e não tiver filho,
então, fareis passar a sua herança a sua filha. E, se não
tiver filha, então, a sua herança dareis aos irmãos dele.
Porém, se não tiver irmãos, dareis a sua herança aos
irmãos de seu pai. Se também seu pai não tiver irmãos,
dareis a sua herança ao parente mais chegado de sua
família, para que a possua; isto aos filhos de Israel será
prescrição de direito, como o SENHOR ordenou a Moisés.
Nm. 27:1-11
O livro de números começa com um recenseamento dos filhos de
Israel, por isso o livro recebe esse nome em português. Mas no capítulo
26 um segundo censo é feito. Quando comparamos os dois censos
vemos que algumas tribos cresceram e outras diminuíram a sua
população. Isso está registrado porque a herança também está
relacionada com o tamanho da tribo (Nm. 26:54). Uma tribo mais
populosa receberia um território maior. Isso faz sentido porque tribos
pequenas em um território grande não seriam capazes de cultivar toda
a área e nem de protegê-la contra os inimigos.
Israel possuía 12 tribos, mas era uma única nação. Cada tribo tinha a
sua particularidade, havia uma tribo sacerdotal, a de Levi, uma tribo
que sabia ler o sinais dos tempos, a tribo de Issacar e havia uma tribo
de canhotos que conseguia acertar um fio de cabelo com a funda, a
tribo de Benjamim.
Muito embora haja muitas igrejas locais, somos apenas uma Igreja.
Podemos ser conhecidos como uma tribo por uma característica
particular, mas devemos amar toda a Igreja do Senhor. Hoje somos
conhecidos como a igreja da graça.
O fato é que há uma relação entre herança e crescimento. Uma igreja
local precisa crescer. Ano após ano precisamos crescer. Se não há
crescimento isso é sinal de que há algo errado. Cada líder deve ir ao
Senhor para receber a direção e a sabedoria de Deus para crescer. Não
há desculpas para a falta de crescimento.
Ninguém está autorizado, porém, a julgar as igrejas pequenas.  O
Senhor cuida de cada uma delas. Mas quanto a nós precisamos crescer
sempre.
Queriam receber sem ter direito
As filhas de Zelofeade queriam receber a herança, mas naqueles dias
apenas os homens recebiam herança. Mas nesse caso elas não tinham
irmãos, então elas queriam receber a herança. Elas não eram
indiferentes.
A fé se apropria. A fé entra na herança. Aquelas moças trouxeram um
caso novo. Isso não havia acontecido ainda. Nem mesmo na lei o
Senhor tinha falado algo a respeito daquela situação, mas agora o
Senhor acrescentou uma lei por causa do pedido das filhas de
Zelofeade.
Elas sabiam que não tinham direito. Todas as vezes que as pessoas
pedem sem merecer elas entram no território da graça de Deus. Mesmo
no Velho Testamento havia graça de Deus para aqueles que criam.
Deus se alegra quando temos uma fé simples e ousada que descansa
totalmente na graça. Esse é o tipo de fé que glorifica o Senhor.
Deus honrou a fé simples daquelas moças. Elas queriam o que Deus
lhes tinha dado. No caso delas era uma parte da terra de Canaã. Para
nós é tudo aquilo que está descrito no capítulo primeiro de Efésios.
Deus nunca desaponta a fé, porque só a fé pode honrá-lo
completamente.
Moisés vai consultar ao Senhor porque nada havia na lei sobre o pedido
daquelas moças. O Senhor diz que o pedido delas é justo. Estava fora
da lei, mas era justo. A fé transcende a lei e atinge o coração de Deus.
O Senhor então estabelece uma nova lei, se um homem morresse sem
filhos então a herança seria dada às filhas. Deus estabeleceu isso por
causa das filhas de Zelofeade. Porque elas tiveram paixão pela herança
e uma fé ousada, todas as filhas depois delas em Israel puderam
receber a herança naquelas mesmas condições.
Elas tiveram uma grande ousadia ao pedirem algo assim. Mas
louvamos a Deus porque o Senhor nunca disse a ninguém algo como:
“você está pedindo demais!” O Senhor nunca repreendeu ninguém por
pedir algo a ele. A repreensão é sempre por causa da fé: “ó homens de
pequena fé”. O Senhor nunca disse: “ó homens de pequena santidade”
ou “homens de pequena obediência”, porque o Senhor sempre olha a
fé.
Quando amamos a herança cumprimos o propósito de Deus
Mas eu gostaria de mostrar ainda como a paixão de alguém pela
herança de Deus pode ir ainda mais longe. A Palavra de Deus diz que
depois de morte de Salomão o reino se dividiu com Roboão e Jeroboão.
Agora havia o reino do sul chamado Judá e o reino do norte chamado
Israel ou Efraim. O reino do norte era maior e era constituido de dez
tribos, enquanto o reino do Sul era apenas Judá e Benjamim.
Dessa forma quando lemos o livro de Reis temos a história dos reis de
Israel, que foram todos perversos, e a história das reis de Judá. Dentre
os reis de Judá houve alguns ímpios, mas a maioria andou nos
caminhos de Davi.
No final, depois ter enviado a eles muitos profetas exontando-os a que
se arrependessem, Deus manda Judá para o cativeiro na Babilônia.
O último rei de Judá foi Jeconias (Joaquim). Sei que alguns dirão que
foi Zedequias, mas a verdade é que foi Jeconias (leia II Rs. 25:27-30).
Ele foi um rei tão perverso que Deus pronunciou uma maldição sobre
ele.
Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do SENHOR! Assim diz
o SENHOR:  Escrevei que este homem está privado de seus
filhos e é homem que não prosperará nos seus dias; nem
prosperará algum da sua geração, para se assentar no
trono de Davi e reinar mais em Judá. Jr. 22:29-30
O Senhor diz que nenhum descedente de Jeconias iria sentar-se no trono
de Davi. O Senhor, porém, tinha dito que o trono de Davi seria eterno.
Hoje o Senhor está sentado à destra do trono de Deus. Esse trono não é
o trono de Davi. Mas ele voltará para sentar-se no trono de Davi. Desde
os dias de Jeconias até hoje não há reis em Israel.
Mas quando chegamos à genealogia de Jesus em Mateus descobrimos
que Jeconias é mencionado ali. Assim José é descendente de Jeconias.
Há duas genealogias nos evangelhos, uma em Mateus outra em Lucas.
A genealogia de Lucas vai até Adão. Seu objetivo é mostrar que o
Senhor Jesus é o filho do homem. Mas a genealogia de Mateus vai até
abraão, pois seu alvo é mostrar que o Senhor é o herdeiro legítimo do
trono de Davi.
A genealogia em Mateus é por Salomão, mas a genealogia de Lucas é
por Natã, um outro filho de Davi. A genealogia de Lucas é na verdade
de Maria.
Se Jesus tivesse recebido algo de José no nascimento, então ele não
poderia sentar-se no trono, pois havia uma maldição. Mas por causa
das filhas de Zelofeade uma virgem pode reinvindicar a herança do trono.
O Senhor era filho adotivo de José, e sobre isso alguém poderia
questionar a legitimidade da herança, mas era filho legítimo de Maria.
Quem imaginaria que o pedido daquelas cinco garotas estava ligado à
vinda do Filho de Deus. Tudo nas escrituras aponta para o Senhor
Jesus.
O Senhor tinha que nascer de uma virgem, mas mesmo uma virgem é
caída e tem o sangue de Adão. Mas hoje a ciência mostrou que o sangue
da mãe não toca o sangue do bebê. Assim o Senhor veio da virgem, mas
é completamente gerado pelo Espírito de Deus.
Hoje em dia nenhum judeu pode reinvindicar o trono de Davi, a sua
linhagem real. No ano 70 d.C. todas os registros genealógicos foram
destruídos pelos romanos quando colocaram fogo em Jerusalém. A
única genealogia preservada está escrita nas páginas do Evangelho.
Quando o Senhor voltar ele poderá reivindicar o trono porque está na
linhagem.
Quando você tem uma fé simples e ousada diga ao Senhor: "Deus, eu
sei que tenho uma escolha a fazer, mas vou confiar em ti sobre isso,
Senhor. Vou confiar em ti". Deus ama quando você vai a ele de novo e
de novo. O diabo dirá: "Você não acha que já pediu a Deus muitas vezes
sobre esse problema"? Mas Deus diz: "Eu tenho prazer nisso". Não
ouça a voz do inimigo. Tenha uma fé ousada e simples. A fé nunca pode
exceder sua conta no banco de Deus.
Portanto, tenha uma fé simples e ousada, pois você nunca saberá as
consequências para seus filhos e para os filhos de seus filhos, e sua fé
terá conseqüências de longo alcance. A fé ousada toma a terra, toma a
herança e abençoa multidões.
20- Vigésimo Dia- O Favor
multiplicado
O favor pode ser multiplicado em sua vida. Há coisas que fazemos que
frustram a graça de Deus, mas há atitudes que aumentam o favor.
Quando uso a palavra favor estou na verdade falando da graça, o
problema é que a palavra graça se tornou tão religiosa que falar de
favor torna-se mais claro na mete das pessoas.
Graça é favor imerecido. Quando Deus coloca favor em sua vida os
inimigos não podem vencê-lo. Os seus críticos não podem reprová-lo. Os
seus competidores não podem superá-lo. As pessoas certas se
aproximam de você e querem fazer negócios com você, mesmo que o
seu produto seja mais caro, eles percebem vantagens em negociar com
você.
Honestidade e integridade não produzem favor, são na verdade o
resultado do favor. Mas honestidade e integridade trazem recompensa
pois as pessoas irão confiar em você. Mas nós queremos mais que isso,
queremos o favor multiplicado em nossas vidas.

Consciência de perdão
Em Romanos 5:20 Paulo diz:
Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa;
mas onde abundou o pecado, superabundou
a graça.
Por causa dessa afirmação muitos concluem
equivocadamente que a graça somente se manifesta
onde há pecado. É verdade que onde abundou o
pecado superabundou a graça, mas isso não significa
que devemos permanecer no pecado para termos
mais graça.
Na verdade foi exatamente essa a conclusão que
tiraram os opositores de Paulo e ele faz referência a
isso no verso primeiro do capítulo seis: “Que
diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que
seja a graça mais abundante?” A resposta dele
evidentemente é “de modo nenhum!.”
Paulo diz que a lei veio para avultar o pecado, para
mostrar que ele estava lá. Veja bem que a lei não
produz o pecado. O Pecado já está em nossa carne,
mas a lei faz com que ele se manifeste.
Suponha que você tenha um copo d’água com algum
resíduo no fundo do copo. Enquanto os sedimentos
estão em repouso a água parece cristalina, mas então
eu mexo a água com uma colher, imediatamente a
poeira que estava no fundo se levanta e água fica
escura. A colher não produziu a sujeira, ela apenas
mostrou que a sujeira estava lá todo o tempo. Essa
colher é a lei.
A lei assim não tem o poder de produzir santidade,
mas apenas de mostrar a impureza. Por isso é tão
sério tentar viver pelos mandamentos da lei, pois
inevitavelmente o resultado será o pecado se
levantando. A lei foi dada para que o homem
percebesse o seu pecado e sua necessidade do
salvador. Quem nunca viu o pecado não valoriza o
salvador.
A maneira como a graça se manifestou quando
estávamos no pecado foi nos concedendo o perdão.
Não precisamos mais viver conscientes de pecado,
mas quanto mais consciência de perdão tivermos,
mais a graça se manifestará em nossa vida.
Aquele que sabe que foi muito perdoado esse ama
mais o Senhor e consequentemente recebe mais
favor. Aquele que presume que foi pouco perdoado
tem menos favor. Onde havia muito pecado continua
hoje havendo muita consciência de perdão.
Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus
muitos pecados, porque ela muito amou;
mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco
ama. Lc. 7:47
A consciência de perdão nos livra do sentimento de
vergonha, condenação e medo. Mas se ainda
acalentamos vergonha, condenação e medo então o
favor não pode se manifestar. Essa coisas tiram o
favor de nossas vidas. Mas se apenas dizemos:
“Senhor obrigado porque a sua graça já me livrou de
toda dívida e condenação do pecado,” imediatamente
há mais favor sobre nós.

Consciência de imerecimento
Sei que parece óbvio, mas muitos não percebem que
as obras são o exato oposto da graça. Não podemos
desfrutar de graça e favor se ainda confiamos que
somos aceitos e abençoados por causa de nossas
obras de obediência.
E, se é pela graça, já não é pelas obras; do
contrário, a graça já não é graça. Rm. 11:6
Quando agimos confiados em nossas obras estamos
na verdade confiados em nosso merecimento. Nos
aproximamos de Deus para cobrar dele algo que
julgamos ser merecedores.
O maior problema na vida das pessoas não é o
pecado, pois todos nós temos pecado. O maior
problema é o merecimento, a justiça própria.
Mas nunca devemos pensar que precisamos pecar
para ter mais graça. Se o pecado fosse a única forma
da graça ser multiplicada em nossa vida, o que
diríamos do Senhor Jesus? A palavra de Deus diz que
ele crescia em graça.
E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes
submisso. Sua mãe, porém, guardava todas
estas coisas no coração. E crescia Jesus em
sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e
dos homens. Lc. 2:51-52
Parece evidente que havia algo que o Senhor fazia
que trazia ainda mais favor sobre ele. Na vida do
Senhor tudo foi por merecimento, pois ele nunca
pecou, portanto todas as bênçãos da lei estavam
sobre ele. No entanto o evangelho diz que ele crescia
em graça.
Se observar o contexto verá que a graça veio junto
com a submissão de Jesus a seus pais. Ele crescia em
sabedoria porque havia uma coisa que Jesus não
sabia, sendo Deus nunca tinha se submetido a
ninguém, quando faz isso ele se humilha. Sendo Deus
se faz menor que José e Maria.
O Senhor Jesus não dizia a José “eu sou filho de Deus
e você é quem deve se submeter a mim”. Ele nunca
reivindicou nenhum merecimento. Ele se humilhou
(Fp. 2:5-8).
Com doze anos de idade o Senhor Jesus já discutia
com os doutores em Jerusalém. Como você acha que
ele discutia? Ele poderia dizer a um mestre: “você já
tem setenta anos e até hoje não sabe o que significa
esse trecho da Bíblia? Ou dizer a outro: “você sabe
que fui eu quem escreveu a lei? Por isso eu posso lhe
dizer o que ela significa”.
Não. Ele não fez dessa forma. Diz o evangelho que ele
ouvia e fazia perguntas aos mestres. O Senhor aos
doze anos sabia muito mais que seus pais, mas
mesmo assim ele lhes era submisso e por causa disso
crescia em favor diante de Deus e dos homens.
Alguns assumem que só se submetem a alguém
maior e melhor do que eles. Mas isso não é
submissão. Se o outro é maior e mais forte eu não
tenho escolha.
Pedro afirma categoricamente que Deus dá graça ao
humilde.
Rogo igualmente aos jovens: sede submissos
aos que são mais velhos; outrossim, no trato
de uns com os outros, cingi-vos todos de
humildade, porque Deus resiste aos
soberbos, contudo, aos humildes concede a
sua graça. I Pe. 5:5
Humildade é abrir mão do ego. O centro do ego é
merecimento, soberba e rebeldia. Todo aquele que é
cheio de justiça própria acha que tem algum
merecimento e o resultado disso é soberba e rebeldia.
A graça de Deus é como água, sempre flui para baixo.
Não posso multiplicar favor se procuro me colocar
numa posição acima. Humilhe-se e você terá favor.
Quando nós nos submetemos nós ganhamos o favor
de Deus e isso significa que ele nos exaltará. Muitos
pensam que Deus é contra sermos exaltados. Na
verdade ele diz para não nos exaltarmos, mas quando
ele mesmo nos exalta nós experimentamos glória.
A submissão traz o favor. Podemos ver isso, por
exemplo, na vida de Ester. 
Ester, filha de Abiail, tio de Mordecai, que a
tomara por filha, quando lhe chegou a vez de
ir ao rei, nada pediu além do que disse
Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres.
E Ester alcançou favor de todos quantos a
viam. Et. 2:15
Depois que o rei Assuero destitui Vasti da posição de
rainha, ele promoveu o maior concurso de Miss da
história. Com a diferença que o prêmio do concurso
seria ele mesmo.
Milhares e milhares de moças se apresentaram e
dentre todas ele escolheu Ester. Qual o motivo de
Ester ter sido tão abençoada? A Bíblia diz que ela
alcançou favor.
Todas as candidatas ao trono certamente pediram
muitas coisas como roupas, perfumes e coisas para
impressionar o rei, Ester, porém, não pediu nada,
mas somente o que Hegai, o eunuco, mandou.
Observe que ela se submeteu a um eunuco. Você
acredita que o rei colocaria um homem musculoso e
bonitão para cuidar do seu harém? De forma alguma.
O eunuco era um homem castrado e certamente
efeminado. Talvez não fosse respeitado pelas outras
moças, mas Ester fez tudo o que ele disse. Ela se
submeteu a alguém que talvez estivesse muito abaixo
na escala social daquele tempo.
Mas do ponto de vista natural era sábio se submeter
ao eunuco, pois ele sabia o que agradava o rei. Ele
tinha ajudado a antiga rainha a se embelezar muitas
vezes. Mas muitas mulheres se recusam a se
submeter dizendo que não podem se submeter a um
homem que não merece o seu respeito. O que elas
não sabem é que isso apenas trará ainda maior favor
sobre elas.
A submissão de Ester permitiu que o favor de Deus
fosse derramado sobre ela de tal forma que todos os
que a viam a favoreciam.
Em Ester 2:20 lemos que mesmo depois que Ester foi
feita rainha ela ainda continuou se submetendo ao
seu pai de criação. Isso certamente lhe trouxe ainda
mais favor de Deus.
Ter o favor é a coisa mais importante na vida. Se você
é um negociante e você ganha favor dos seus clientes
você será um empresário abençoado. Se você é
empregado e recebe favor do seu patrão, você será
muito abençoado.

A revelação de Cristo multiplica o favor


Graça e paz vos sejam multiplicadas, no
pleno conhecimento de Deus e de Jesus,
nosso Senhor. II Pe. 1:2
A graça não vem por fazermos mais, mas por vermos
mais. Não tente fazer mais para ter mais favor, pois o
favor não pode ser uma recompensa. Nós fazemos
porque recebemos graça e não para recebermos.
Graça e paz são multiplicadas quando conhecemos
mais do Senhor. Quanto mais você ouve a pregação
que o leva a conhecer mais de Cristo, mais favor você
experimenta. Tudo na sua vida vai prosperar.
Muitos se sentem intimidados de falar de
prosperidade por causa daqueles que nos acusam de
pregar o evangelho da prosperidade. Não cremos em
nenhum evangelho da prosperidade, cremos no
evangelho da graça e o evangelho da graça produz
sim prosperidade. Se não gosta da palavra
prosperidade pode trocá-la por “abundância”.
A palavra paz aqui significa uma sensação de bem
estar. Só podemos ter bem estar se temos saúde e
abundância. E tudo isso pode ser aumentado em
nossa vida.
A paz de Deus é uma chave espiritual muito
importante em nossas vidas. Quando temos essa paz
a nossa casa é abençoada, nós prosperamos e
experimentamos saúde em nosso corpo. Como
podemos crescer nessa paz? A Palavra de Deus diz
que o favor e a paz nos são multiplicadas no pleno
conhecimento de Deus Pai e do Senhor Jesus.
A primeira menção de graça está em Gênesis 6:8
onde se diz que Noé achou graça diante do Senhor. A
revelação está oculta no nome de Noé. O nome Noé
significa descanso, isso quer dizer que o descanso
achou graça diante do Senhor. Quanto mais você vive
no descanso, mais a graça de Deus vem sobre você.
Quando falo de descanso evidentemente não estou
falando de deixar de trabalhar ou viver passivamente,
antes estou me referindo a algo da alma. Muitos
vivem cheios de ansiedade, angústia e preocupações
que os tira do descanso. Isso é mal aos olhos do
Senhor. Ele deseja que vivamos na paz do descanso.

21º- Vigésimo Primeiro Dia-


Convide o Senhor para
entrar na fornalha
Todos nós passamos por momentos de lutas e tribulações. E quase
sempre oramos para que o Senhor nos livre dessas situações. Oramos
pedindo para que o Senhor nos tire de certo problema no trabalho ou
nos tire daquela luta financeira. Evidentemente não há nada de errado
nisso, mas algumas vezes em vez de nos tirar do problema o Senhor
quer entrar nele junto conosco.
Nem sempre seremos poupados da luta, mas o Senhor promete que
estará sempre conosco e lutará por nós.
Se você está num quarto de hospital peça ao Senhor para entrar agora e
ficar com você enquanto você faz o tratamento. Nem sempre o milagre
é ser livrado do problema, mas é o que Deus fará naquela situação.
Você tem passado por lutas no seu trabalho, mas pode ser que em vez
de remover os problemas o Senhor quer mudar as coisas ali. Isso pode
ser algo muito mais poderoso.
Se você estiver focado apenas em Deus trazê-lo para fora do problema,
você ficará desapontado, porque Deus não faz as coisas do nosso jeito.
O Senhor não quer apenas mudar as circunstâncias, ele quer mudar a
nós mesmos. Precisamos orar para não apenas passar pela situação,
mas que possamos crescer no meio dela, aprender, aumentar a nossa
fé, sermos aperfeiçoados.
Se Deus nos livrasse de tudo instantaneamente, nunca alcançaríamos nosso
maior potencial. Deus trabalha também nas situações desconfortáveis.
O Senhor quer manifestar maior glória em sua vida. Ele quer levá-lo ao
ponto em que ninguém vai questionar o favor sobre a sua vida.

Um milagre maior
Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando,
pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo
fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Is. 43:2
É interessante que Deus não disse: “Eu vou mantê-lo fora de todo fogo,
você não terá que enfrentar nenhuma inundação”. Na verdade ele está
afirmando que haverá inundações e muito fogo. Adversidades e muitas
coisas que não entendemos virão sobre nós.
Mas a chave