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Perguntas TGE

1) Explique os tipos de democracia.


R:  direta: É aquela em que as decisões fundamentais são tomadas pelos cidadãos em
assembléia. Nenhum Estado pode adotá-la, já que não é possível reunir milhões de pessoas
para resolver os problemas comuns.
 indireta: É aquela em que o povo se governa por meio de representante ou
representantes que, escolhidos por ele, tomam em seu nome e presumidamente no seu
interesse as decisões do governo. O modelo clássico de democracia indireta é a chamada
democracia representativa que apresenta 2 subsistemas: puro ou tradicional e a democracia
pelos partidos.
 cesarista: Forma de democracia indireta. É também chamada de democracia
plebiscitária. Consiste esta em o povo conferir o poder a um homem, que em geral o
consulta diretamente sobre medidas de importância capital. O caráter indireto do regime é
assim temperado.
 semidireta: Procurando temperar a hegemonia parlamentar na democracia representativa
– a soberania do parlamento – que pode tornar oligárquico o regime, certas Constituições,
como a suíça, procuram assegurar ao povo a possibilidade de intervenção direta na tomada
das decisões políticas.Estabelecem, assim, a democracia semidireta, que, embora seja
basicamente representativa, é direta na medida em que o povo participa de modo imediato
de certas decisões. Em geral essa participação se dá pela iniciativa legislativa popular e
pelo referendum (ou seja, dando-se ao povo o poder de diretamente propor ou aprovar
medidas legislativas a até normas constitucionais).

2) O que é estado Constitucional?


R: A primeira idéia é de que o Estado de Direito é aquela organização erigida pelo Direito.
No Estado de Direito, pelo contrário, os governantes (tanto quanto os governados)
sujeitam-se ao império da lei. Nele, o Poder Público age secundum legem e, em suas
relações com os governados, submete-se a um regime de direito, vale dizer, pauta sua
conduta por regras que, com outorgarem e garantirem os chamados direitos individuais,
apontam os meios que ele poderá empregar, para a consecução de seus fins.

3) O que é natureza política dos partidos ?


R: são associações com personalidade jurídica de direito privado com obrigatoriedade de
registro de estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

4) Quem influencia os partidos políticos?


R: homens hostis ao governo pelo povo, ou em favor de grupos vinculados a governos ou
interesses estrangeiros.

5) Qual a natureza jurídica da representação ?


R: a)  Teoria do mandato: Pela teoria do mandato haveria entre o eleitor e o eleito uma
relação assimilável à existente no Direito Privado entre mandante e mandatário.
Entretanto, o mandato representativo não se confunde com o mandato do Direito Privado.
O mandatário-representante não está, como o procurador, adstrito a seguir as instruções do
mandante. Nem pode ser a qualquer tempo destituído ou substituído, nem tem contas a
prestar, salvo moralmente, a quem o constituiu, ao conjunto de cidadãos. Nem age apenas
em nome daqueles que nele votaram.
 Teoria da investidura: Por essa teoria o representante recebe um poder de querer, é
investido do poder de querer pelo todo, torna-se a vontade do todo. A eleição é, portanto,
uma atribuição de competência. Nada o vincula, juridicamente, à vontade dos eleitores.
 Mandato partidário: Vincula-se ao fenômeno político dos partidos e especialmente ao
modelo da democracia dos partidos. Mais adiante serão estudados os partidos políticos.

6) O que é a constituição?
R: Constituição é um texto que inaugura uma ordem pública, fundando princípios da
organização do poder público. (uma Constituição tem muito mais elementos que esses, mas
se eu fosse colocar todos, ficaria muito extenso)
No caso do Brasil, a Constituição ainda enumera princípios de direitos humanos, mas isso
não é feito em todos os países; por exemplo, a Constituição dos Estados Unidos não se
aprofunda nos direitos da pessoa humana, praticamente fala apenas sobre a divisão dos
poderes.A Constituição ainda pode receber muitos nomes: "lei maior", "carta magna",
"carta política" etc. O Brasil, até hoje, já teve 8 Constituições (contando a Emenda nº1/69),
sendo a última e, portanto, vigente, a de 1988, conhecida também como Constituição
cidadã.Para os países que se organizam na forma federativa, como o Brasil, existem
constituições federais e estaduais. No Brasil, é assim: há uma Constituição Federal, e mais
26 Constituições Estaduais; os Municípios e o Distrito Federal se fundam por meio de Leis
Orgânicas.A Constituição Federal, portanto, é o texto que organiza a federação e seus
princípios, as formas de distribuição do poder público federal (o Congresso Nacional, a
Presidência da República e a Justiça Federal) e explicita os direitos do cidadão brasiliero,
qualquer que seja sua localização no país. A Constituição Federal está acima de qualquer
Lei e de qualquer Constituição Estadual, e vale em todo o território nacional.

7) O que é direito de sufrágio?


R: Sufrágio, do latim suffragium, significa voto, aprovação. Não há democracia sem voto; é
por meio dele que se exerce a soberania e a representação.O povo é o titular da soberania.
Exercerá efetivamente a soberania se os canais de representação estiverem abertos e
limpos, através de eleições periódicas, circunstância de mediação da vontade política da
nação.

8) Quais os tipos de sufrágio?


R:  Sufrágio universal: consiste na consagração do direito de voto a todos os membros de
uma dada coletividade política, sem restrições menores, tais como sexo, condição social,
capacidade pessoal, condição financeira etc. O sufrágio universal atende ao princípio da
generalidade pois repudia qualquer discriminação.
 Sufrágio restrito: qualificado, ocorre quando o direito de voto é conferido às pessoas
que além de preencherem as condições gerais exigidas no sufrágio universal, acrescem
outras de natureza especial, tais como capacidade intelectual, financeira etc.
 Sufrágio direto: quando os eleitores escolhem diretamente, imediatamente, os seus
representantes.
b) Sufrágio indireto: é quando os eleitores elegem certo número de delegados, que, por sua
vez, devem escolher, numa segunda eleição, os governantes. Nações consideradas
democráticas adotam o sistema indireto, como os Estados Unidos da América.
9) Quais os requisitos para votar ?
R:  A nacionalidade é condição básica para o exercício do sufrágio, do voto. Isso porque
somente o cidadão daquele país, vinculado por laços da terra ou de relação de parentesco,
pode em última análise decidir sobre os rumos de sua nação, de sua comunidade;
 segue-se na ordem constitucional o exercício dos direitos políticos, requisito de
condição e exercício;
 o alistamento eleitoral, básico elemento e verdadeiro pressuposto de exercício do direito
de voto e de eleição;
 o domicílio eleitoral que corresponde ao prazo mínimo de residência habitual a fim de
evitar fraudes ou abusos, no deslocamento de eleitores de uma para outra região;
 idade mínima, requisito de capacidade física e mental, pois para exercer com
responsabilidade o direito de voto, exige-se pleno desenvolvimento da pessoa.

10) O que é paridade, liberdade e sigilo dentro do sistema eleitoral?


R: A paridade é a igualdade do voto: um homem, um voto.Todos devem ser considerados
igualmente, valendo seus votos de igual modo e maneira no processo eleitoral. Liberdade
de exercício está associada ao voto secreto, pois o sigilo impede que o eleitor ao exercer o
seu direito não sofra qualquer tipo de coação. Qualquer coação direta ou indireta acaba por
macular a escolha.Não se pode confundir coação com a propaganda eleitoral, vinculada ao
direito de informação do eleitor, a fim de optar livre e conscientemente na hora de votar.

11) O que é sistema majoritário e de representação social ?


R:  Sistema majoritário: consiste na divisão do território em tantas circunscrições
eleitorais quantos forem os mandatos, elegendo-se em cada uma delas o candidato mais
votado. É o sistema mais simples e mais antigo também. O sistema majoritário de um só
turno é aquele em que se elege o candidato com mais votos, representem estes a maioria
absoluta do eleitorado ou não. Um exemplo é o caso britânico que tende a bipolarizar as
forças políticas.Já no sistema majoritário de mais de um turno somente se elege quem, no
primeiro ou nos primeiros turnos, obteve maioria absoluta mas – para que não se
multipliquem ociosamente os turnos – no derradeiro, elege-se quem mais votos obtiver. Um
exemplo desse sistema é aquele empregado na Câmara de Deputados francesa o qual tende
a interligar os partidos, embora não impeça a sua multiplicação. Segundo Manoel
Gonçalves Ferreira Filho esse sistema é usado para impedir, ou dificultar, o triunfo dos
extremistas, já que contra eles e, em geral, em torno de moderados, se unem todos os
demais.
 Sistema de representação proporcional: consiste em proporcionar a cada corrente de
opinião, entre aqueles aptos ao voto, um número de representantes proporcional ás suas
respectivas forças eleitorais. Pretende-se que a representação em dada circunscrição se
distribua proporcionalmente às correntes políticas (integradas por partidos) de diversas
concepções. Deseja a representação proporcional à distribuição no Parlamento da
proporção obtida na eleição através dos partidos políticos. Em termos ideais, se
determinado partido obteve 35% dos votos, o mesmo percentual deverá ter no Parlamento
de representantes daquele partido. Para obter tal proporção, utiliza-se do denominado
“quociente eleitoral”. Este é determinado, dividindo-se o número de votos válidos pelo
número de lugares a preencher no Parlamento.

12) Fale sobre o bipartidarismo britânico.


R: Na Grã-Bretanha dois partidos apenas, razoavelmente disciplinados, dotados de
programas mais ou menos definidos, é que verdadeiramente disputam as eleições.
Daí decorre que a eleição popular importa uma opção entre 2 programas da qual resulta a
escolha entre 2 equipes governamentais. Lá, porém, a disputa, que noutros países se
radicalizaria, em virtude do espírito peculiar ao povo inglês, se amortece, perdendo as
arestas mais agudas. Duas características da tradição britânica são fundamentais para o
sucesso desse modelo: Tolerância – só um povo tolerante aceita que ora prevaleça uma
orientação política, ora outra, sem se entredevorar numa luta fratricida. Fairplay – essa
alternância de partidos monolíticos só é possível, sem prejuízos seriíssimos para a
administração pública, se cada um for capaz de respeitar a obra do outro, se cada um não
quiser fazer tábua rasa de todo o trabalho do anterior.

13) O que é Partido de Opinião Pública ?


R: A formação da opinião pública nos Estados contemporâneos é, assim, conformada ou
guiada pelas técnicas de comunicação de massa, que informam, canalizam e, por fim,
exprimem a “vontade” do povo. É evidente que essa opinião pública – convergência de
opiniões individuais – pode ser manipulada por quem controlar os instrumentos de
comunicação de massa. Por isso, não é difícil a um governo totalitário tornanr-se aos olhos
do povo o mais democrático dos regimes, por fazer aquilo e só aquilo que o povo “quer”,
isto é, aquilo que foi instilado nesse mesmo povo pela sua propaganda.

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