Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados,
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até
cinco dias úteis para respondê-lo (a).
1
Apostila gerada especialmente para: Nathan Gonçalves 148.811.597-47
Resolução de problemas envolvendo frações, conjuntos, porcentagens,
sequências (com números, com figuras, de palavras)
NÚMEROS FRACIONÁRIOS
1
Quando um todo ou uma unidade é dividido em partes iguais, uma dessas partes ou a reunião de
várias formam o que chamamos de uma fração do todo. Para representar as frações serão necessários
dois números inteiros:
a) O primeiro, para indicar em quantas partes iguais foi dividida a unidade (ou todo) e que dá nome a
cada parte e, por essa razão, chama-se denominador da fração;
b) O segundo, que indica o número de partes que foram reunidas ou tomadas da unidade e, por isso,
chama-se numerador da fração. O numerador e o denominador constituem o que chamamos de termos
da fração.
Observe a figura abaixo:
A primeira nota dó é 14/14 ou 1 inteiro, pois representa a fração cheia; a ré é 12/14 e assim
sucessivamente.
-Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, quartos, quintos, sextos, sétimos, oitavos,
nonos e décimos.
-Frações com denominadores potências de 10: décimos, centésimos, milésimos, décimos de
milésimos, centésimos de milésimos etc.
- Denominadores diferentes dos citados anteriormente: Enuncia-se o numerador e, em seguida, o
denominador seguido da palavra “avos”.
Exemplos:
8
25
lê – se: oito: vinte e cinco avôs;
1
CABRAL, Luiz Claudio; NUNES, Mauro César – Matemática básica explicada passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Tipos de Frações
- Frações particulares: Para formamos uma fração de uma grandeza, dividimos esta pelo
denominador e multiplicamos pelo numerador.
Exemplos:
1 – Se o numerador é igual a zero, a fração é igual a zero: 0/7 = 0; 0/5=0
2- Se o denominador é 1, a fração é igual ao numerador: 25/1 = 25; 325/1 = 325
ATENÇÃO:
- Quando o denominador é zero, a fração não tem sentido, pois a divisão por zero não é definida.
- Quando o numerador e denominador são iguais, o resultado da divisão é sempre 1.
- Números mistos: Números compostos de uma parte inteira e outra fracionária. Podemos
transformar uma fração imprópria na forma mista e vice e versa.
Exemplos:
25 4
𝑨) =3 ⇒
7 7
4 25
𝑩) 3 = ⇒
7 7
- Frações equivalentes: Duas ou mais frações que apresentam a mesma parte da unidade.
Exemplo:
4: 4 1 4: 2 2 2: 2 1
= ; 𝑜𝑢 = ; 𝑜𝑢 =
8: 4 2 8: 2 4 4: 2 2
4 2 1
As frações , e são equivalentes.
8 4 2
-Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o denominador são primos entre si.
Exemplo: 5/11; 17/29; 4/3
Comparação:
- Quando duas frações tem o mesmo denominador, a maior será aquela que possuir o maior
numerador.
Exemplo: 5/7 >3/7
Simplificação: É dividir os termos por um mesmo número até obtermos termos menores que os
iniciais. Com isso formamos frações equivalentes a primeira.
Exemplo:
4: 4 1
=
8: 4 2
- Adição e Subtração
Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador e soma-se ou subtrai-se os numeradores.
Multiplicação e Divisão
- Divisão: O quociente de uma fração é igual a primeira fração multiplicada pelo inverso da segunda
fração.
Exemplo:
Vamos agora encontrar as aplicações para o uso dessas frações. Teremos dois tipos, quando temos
o todo e queremos encontrar as parte, ou quando tivermos a parte e formos encontrar o todo. Vamos lá
para o primeiro tipo.
Exemplos
1
01. (EBSERH/ HUSM/UFSM/RS – Analista Administrativo – AOCP) Uma revista perdeu 5 dos seus
200.000 leitores.
Quantos leitores essa revista perdeu?
(A) 40.000.
(B) 50.000.
(C) 75.000.
(D) 95.000.
(E) 100.000.
Observe que os 200.000 leitores representa o todo do determinado assunto que seria os leitores da
1
revista, daí devemos encontrar 5 desses leitores.
1
Para resolver este problema, devemos encontrar de 200.000.
5
1 1𝑥200.000 200.000
5
x 200.000 = 5
= 5
= 40.000.
Desta forma 40.000 representa a quantidade que essa revista perdeu, alternativa correta é a A.
02. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Uma pessoa está montando um quebra-cabeça que
5
possui, no total, 512 peças. No 1.º dia foram montados do número total de peças e, no 2.º dia foram
16
3
montados 8 do número de peças restantes. O número de peças que ainda precisam ser montadas para
finalizar o quebra-cabeça é:
(A) 190.
(B) 200.
(C) 210.
(D) 220.
(E) 230.
Neste exemplo temos que 512 é o total e queremos encontrar a parte, portanto é a mesma forma de
resolução, porém temos uma situação problema onde teremos mais de um cálculo para encontrar a
resposta, vamos ao primeiro:
5
No 1.º dia foram montados 16 do número total de peças
5
Logo é 16 de 512, ou seja:
5 5𝑥512 2560
𝑥512 = = = 160
16 16 16
Assim 160 representa a quantidade que foi montado no primeiro dia, daí para o segundo dia teremos
3
512 – 160 = 352 peças restantes, devemos agora encontrar 8 de 352, que foi a quantidade montada no
segundo dia.
3 3𝑥352 1056
𝑥352 = = = 132
8 8 8
Exemplo
Questões
01. (IPM/SP – Agente Administrativo – AOCP/2018) Dois colaboradores foram convocados para
conferir o lançamento de notas fiscais arquivadas em 80 caixas e guardadas em um arquivo morto do
setor de compras. Ao final da conferência, verificou-se que o primeiro colaborador conferiu 3/5 do total de
caixas e o segundo conferiu o restante das caixas. Dessa forma, o número de caixas conferidas pelo
segundo colaborador é
(A) 28
(B) 32
(C) 42
(D) 58
(E) 45
03. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC) Dona Amélia e seus quatro filhos foram a
uma doceria comer tortas. Dona Amélia comeu 2 / 3 de uma torta. O 1º filho comeu 3 / 2 do que sua mãe
havia comido. O 2º filho comeu 3 / 2 do que o 1º filho havia comido. O 3º filho comeu 3 / 2 do que o 2º
filho havia comido e o 4º filho comeu 3 / 2 do que o 3º filho havia comido. Eles compraram a menor
quantidade de tortas inteiras necessárias para atender a todos. Assim, é possível calcular corretamente
que a fração de uma torta que sobrou foi
(A) 5 / 6.
(B) 5 / 9.
(C) 7 / 8.
(D) 2 / 3.
(E) 5 / 24.
05. (FINEP – Assistente – CESGRANRIO) Certa praça tem 720 m2 de área. Nessa praça será
construído um chafariz que ocupará 600 dm2.
Que fração da área da praça será ocupada pelo chafariz?
1
(A) 600
1
(B) 120
1
(C)
90
1
(D) 60
1
(E) 12
07. (UEM/PR – Auxiliar Operacional – UEM) Paulo recebeu R$1.000,00 de salário. Ele gastou ¼ do
salário com aluguel da casa e 3/5 do salário com outras despesas. Do salário que Paulo recebeu, quantos
reais ainda restam?
(A) R$ 120,00
(B) R$ 150,00
(C) R$ 180,00
(D) R$ 210,00
(E) R$ 240,00
Comentários
01. Resposta: B
Vamos encontrar a quantidade que corresponde ao primeiro colaborador, pois temos a fração que ele
conferiu, vamos lá:
02. Resposta: A
Vamos chamar de x a mesada.
Como ele gastou a terça parte 1/3 de 3/5 da mesada que equivale a 23,00. Podemos escrever da
seguinte maneira:
1 3 𝑥
. 𝑥 = = 23 → 𝑥 = 23.5 → 𝑥 = 115
3 5 5
03. Resposta: E
Vamos chamar a quantidade de tortas de (x). Assim:
𝟐 𝟐
* Dona Amélia: 𝟑 . 𝟏 = 𝟑
𝟑 𝟐
* 1º filho: 𝟐
. 𝟑
=𝟏
𝟑 𝟑
* 2º filho: 𝟐
.𝟏 = 𝟐
𝟑 𝟑 𝟗
* 3º filho: 𝟐
. 𝟐
= 𝟒
𝟑 𝟗 𝟐𝟕
* 4º filho: 𝟐
. 𝟒
= 𝟖
𝟐 𝟑 𝟗 𝟐𝟕
𝟑
+𝟏+ 𝟐
+ 𝟒
+ 𝟖
𝟏𝟔 + 𝟐𝟒 + 𝟑𝟔 + 𝟓𝟒 + 𝟖𝟏 𝟐𝟏𝟏 𝟐𝟒 𝟏𝟗 𝟏𝟗
𝟐𝟒
= 𝟐𝟒
= 𝟖 . 𝟐𝟒 + 𝟐𝟒
=𝟖+ 𝟐𝟒
𝟐𝟒 𝟏𝟗 𝟓
𝟐𝟒
− 𝟐𝟒
= 𝟐𝟒
04. Resposta: B
Primeiramente vamos sobrar as frações que corresponde a mãe, pai, os dois juntos comeram ¼ do
bolo), Vitor e sua irmã comeu cada um deles ¼, ficando com uma equação assim:
(pai e mãe) + Vitor + irmã =
1 1 1 3
+ + =
4 4 4 4
3 1 1
Como eles comeram 4 significa que sobrou 4 para o total, logo vamos encontrar 4 de 24, ou seja,
1 1.24 24
𝑥24 = = =6
4 4 4
Assim restaram 6 pedaços.
05. Resposta: B
600 dm² = 6 m²
6 6 1
720
∶ 6
= 120
06. Resposta: D
7
5
. 45 = 7 . 9 = 63
08. Resposta: B
Para resolver esta questão devemos encontrar a quantidade de papel brilhante e de papel com textura
couro, pois o restante será de textura linho, para assim encontrar o valor em dinheiro correspondente a
cada um deles e descobrir o preço do papel textura linho, vamos lá!
3 3𝑥84 252
Papel brilhante: 𝑥84 = = = 63
4 4 4
1 1𝑥84 84
Papel com textura couro: 𝑥84 = = 14 =
6 6 6
Papel com textura linho: 63 + 14 = 77, 84 – 77 = 7
ESTRUTURAS LÓGICAS
A lógica pela qual conhecemos hoje foi definida por Aristóteles, constituindo-a como uma ciência
autônoma que se dedica ao estudo dos atos do pensamento (Conceito, Juízo, Raciocínio, Demonstração)
do ponto de vista da sua estrutura ou forma lógica, sem ter em conta qualquer conteúdo material.
A lógica matemática (ou lógica formal) estuda a lógica segundo a sua estrutura ou forma. As estruturas
lógicas consistem em um sistema dedutivo de enunciados, que tem como objetivo criar um grupo de leis
e regras para determinar a validade dos raciocínios. Assim, um raciocínio é considerado válido se é
possível alcançar uma conclusão verdadeira a partir de premissas verdadeiras.
O estudo das estruturas lógicas2, consiste em aprendermos a associar determinada proposição ao
conectivo correspondente. Mas é necessário aprendermos alguns conceitos importantes para o
aprendizado.
Conceito de Proposição
Exemplos
A) Júpiter é o maior planeta do sistema Solar
Analisando temos:
- Quem é o maior planeta do sistema Solar? Júpiter, logo tem um sujeito e um predicado;
2
CABRAL, L. C. D.; NUNES, M. C. de A. Raciocínio lógico passo a passo. Rio de Janeiro. Elsevier, 2013.
ALENCAR FILHO, E. de. Iniciação a lógica matemática. São Paulo. Nobel, 2002.
A Lógica matemática adota como regra fundamental três princípios3 (ou axiomas):
II – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa
ao mesmo tempo.
Se os princípios acimas não puderem ser aplicados, NÃO podemos classificar uma frase como
proposição.
Chamamos de valor lógico de uma proposição: a verdade, se a proposição for verdadeira (V), e a
falsidade, se a proposição for falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos
verdade e falsidade respectivamente.
A maioria das proposições são proposições contingenciais, ou seja, dependem do contexto para sua
análise. Assim, por exemplo, se considerarmos a proposição simples:
“Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira ou falsa, não importa no que nós pensamos, o
que importa é que pode ser atribuído um valor lógico que será verdadeiro ou falso.
I - Proposições simples (ou atômicas): são formadas por uma única oração, sem conectivos, ou seja,
elementos de ligação.
Exemplos
O céu é azul.
Hoje é sábado.
3
Algumas bibliografias consideram apenas dois axiomas o II e o III.
Exemplos
O ceu é azul ou cinza.
Se hoje é sábado, então vou à praia e jogo futebol.
Observação: os termos em destaque são alguns dos conectivos (termos de ligação) que utilizamos
em lógica matemática.
Sentença aberta
Quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!),
portanto, não é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
a) Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
b) Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
c) Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa”
(expressão paradoxal); O cavalo do meu vizinho morreu (expressão ambígua); y + 6 = 4 (se y = - 2 é
verdadeira, mas se y for igual a qualquer outro valor, será falsa e uma proposição não pode ser verdadeira
e falsa ao mesmo tempo, princípio da não contradição).
Questões
04. (FDSBC – Oficial Administrativo – QUADRIX/2019) Das frases a seguir, a única que representa
uma proposição é:
(A) Ronaldo, venha até aqui, por favor.
(B) Que tarde agradável!
(C) Sim.
(D) Maria preparou os documentos.
(E) Onde estão os documentos?
05. (PM/RR – Soldado da Polícia Militar – UERR) Uma sentença aberta pode ser transformada numa
proposição se for atribuído valor a uma variável. Dada a sentença aberta p(y): y2 > 10, assinale o valor a
ser atribuído para tornar a proposição p(y) verdadeira:
(A) x = 4
(B) y = -2
(C) y = 1
(D) x = 0
(E) y = 5
Comentários
01. Resposta: C
I A ouvidoria da justiça recebe críticas e reclamações relacionadas ao Poder Judiciário do estado. É
PROPOSIÇÃO.
II Nenhuma mulher exerceu a presidência do Brasil até o ano 2018. É PROPOSIÇÃO.
III Onde serão alocados os candidatos aprovados no concurso para técnico judiciário do TJ/PR? NÃO
É UMA PROPOSIÇÃO, pois é uma pergunta.
02. Resposta: E
(A) João é alto e Maria é baixa (proposição composta ligada pelo conectivo “e” conjunção)
(B) Qual é o horário da missa? (Não é proposição, pois é uma pergunta)
(C) Se João estuda, então Maria passa no concurso. (proposição composta ligada pelo conectivo
se...então... condicional)
(D) Dois é um número par se e somente se dez é um número ímpar. (proposição composta ligada pelo
conectivo ...se, e somente se... bicondicional)
(E) Florianópolis é a capital do estado de Santa Catarina. (é uma proposição simples)
03. Resposta: D
(A) 3 ⋅ x + 4 – x – 3 – 2 ⋅ x = 0 (simplificando esta expressão teremos 0x + 1 = 0, logo será sentença
fechada, pois qualquer que seja o valor para x, teremos sempre uma mesma resposta)
(B) 7 + 3 = 11 (é uma sentença fechada, pois podemos assumir apenas um valor, F ou V)
(C) 0 ⋅ x = 5 (é uma sentença fechada, pois qualquer que seja o valor de x, sempre podemos atribuir a
mesma resposta, logo podemos valorar em V ou em F)
(D) 13 ⋅ x = 7 (não é uma sentença fechada, pois um valor gera V e qualquer outro valor gera uma F)
(E) 43 – 1 = 42 (é uma sentença fechada, pois podemos assumir apenas um valor, F ou V.)
05. Resposta: E
Analisando as alternativas:
A) x = 4, errado pois não temos a variável x.
B) y = -2, errado, pois −22 = 4 < 10
C) y = 1, errado, pois 12 = 1 < 10
D) x = 0, não temos a variável x.
E) y = 5, correto. 52 = 25 > 10
É uma forma usual de representação das regras da Álgebra Booleana. Nela, é representada cada
proposição (simples ou composta) e todos os seus valores lógicos possíveis. Partimos do Princípio do
Terceiro Excluído, toda proposição simples é verdadeira ou falsa , tendo os valores lógicos V (verdade)
ou F (falsidade).
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das
proposições simples que a compõe.
ATENÇÃO:
O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICAMENTE dos
valores lógicos das proposições simples componentes, ficando por eles
UNIVOCAMENTE determinados.
Exemplos
1) Se tivermos 2 proposições temos que 2n =22 = 4 linhas e 2n – 1 = 22 - 1 = 2, temos para a 1ª proposição
2 valores V e 2 valores F se alternam de 2 em 2 , para a 2ª proposição temos que os valores se alternam
(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)
(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)
1) Negação ( ~ ): chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico
é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F) quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico
oposto daquele de p.
Pela tabela verdade temos:
Exemplos
Na primeira parte da tabela todas as afirmações são verdadeiras, logo ao negarmos os termos passam
a ter como valor lógico a falsidade.
Para negar algo que já possui o “não”, basta retirá-lo.
A negação de “Mário não é palmeirense” será “Mário é palmeirense”.
Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
Carlos é médico e Ricardo é professor.
VeV
Gera uma proposição composta Verdadeira.
II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Carlos é médico e João é Dentista.
VeF
Gera uma proposição composta Falsa.
III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Manoel é jogador de futebol e Ricardo é professor.
FeV
Gera uma proposição composta Falsa.
IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
3) Disjunção inclusiva “ou” – soma lógica – disjunção simples (v): chama-se de disjunção
inclusiva de duas proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo valor lógico é verdade
(V) quando pelo menos uma das proposições, p e q, é verdadeira e falsidade (F) quando ambas são
falsas.
Simbolicamente: “p v q” (lê-se: “p OU q”).
Pela tabela verdade temos:
Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
Carlos é médico ou Ricardo é professor.
V ou V
Gera uma proposição composta Verdadeira.
II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Carlos é médico ou João é Dentista.
V ou F
Gera uma proposição composta Verdadeira.
III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Manoel é jogador de futebol ou Ricardo é professor.
F ou V
Gera uma proposição composta Verdadeira.
IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
OU Carlos é médico ou Ricardo é professor.
Ou V ou V
Gera uma proposição composta Falsa.
II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Ou Carlos é médico ou João é Dentista.
Ou V ou F
Gera uma proposição composta Verdadeira.
III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
OU Manoel é jogador de futebol ou Ricardo é professor.
Ou F ou V
Gera uma proposição composta Verdadeira.
IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Ou João é dentista ou Manoel é jogador de futebol.
Ou F ou F
Gera uma proposição composta Falsa.
Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
Se Carlos é médico, então Ricardo é professor.
V→V
Gera uma proposição composta Verdadeira.
II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Se Carlos é médico, então João é Dentista.
V→F
Gera uma proposição composta FALSA.
III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Se Manoel é jogador de futebol, então Ricardo é professor.
F→V
Gera uma proposição composta Verdadeira.
IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Se João é dentista, então Manoel é jogador de futebol.
F→F
Gera uma proposição composta Verdadeira.
Apostila gerada especialmente para: Nathan Gonçalves 148.811.597-47
17
DICA:
Na condicional (Se...então...), só é Falso se a
primeira parte (antecedente) for V e a segunda parte
(consequente) for F, caso contrário será sempre
Verdadeiro.
Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
Carlos é médico se, e somente se Ricardo é professor.
V↔V
Gera uma proposição composta Verdadeira.
II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Carlos é médico se, e somente se João é Dentista.
V↔F
Gera uma proposição composta FALSA.
III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Manoel é jogador de futebol se, e somente se Ricardo é professor.
F↔V
Gera uma proposição composta FALSA.
IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
João é dentista se, e somente se Manoel é jogador de futebol.
F↔F
Gera uma proposição composta Verdadeira.
Sejam as seguintes proposições simples denotadas por “p”, “q” e “r” representadas por:
p: Luciana estuda.
q: João bebe.
r: Carlos dança.
Sejam, agora, as seguintes proposições compostas denotadas por: “P”, “Q”, “R”, representadas por:
P: Se Luciana estuda e João bebe, então Carlos não dança.
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana não estuda.
R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se, João não bebe.
Continuando:
R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se, João não bebe.
(p v r) ↔ ~q
Observação: os termos “É falso que”, “Não é verdade que”, “É mentira que” e “É uma falácia que”,
quando iniciam as frases negam, por completo, as frases subsequentes.
O uso de parêntesis
A necessidade de usar parêntesis na simbolização das proposições se deve a evitar qualquer tipo de
ambiguidade, assim na proposição, p ^ q v r, nos dá as seguintes proposições:
Aqui duas quaisquer delas não tem o mesmo significado. Porém existem muitos casos que os
parêntesis são suprimidos, a fim de simplificar as proposições simbolizadas, desde que, naturalmente,
ambiguidade alguma venha a aparecer. Para isso a supressão do uso de parêntesis se faz mediante a
algumas convenções, das quais duas são particularmente importantes:
Exemplos
1) p → q ↔ s ^ r, é uma bicondicional e nunca uma condicional ou uma conjunção. Para convertê-la
numa condicional há que se usar parêntesis:
p →( q ↔ s ^ r )
E para convertê-la em uma conjunção:
(p → q ↔ s) ^ r
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões
Depois completamos, em uma determinada ordem as colunas escrevendo em cada uma delas os
valores lógicos.
Observe que, vamos preenchendo a tabela com os valores lógicos (V e F), depois resolvemos os
operadores lógicos (modificadores e conectivos) e obtemos em 4 os valores lógicos da proposição que
correspondem a todas possíveis atribuições de p e q.
3ª Resolução) Resulta em suprimir a tabela verdade anterior as duas primeiras da esquerda relativas
às proposições simples componentes p e q. Obtermos então a seguinte tabela verdade simplificada:
Propriedades da Conjunção
Sendo as proposições p, q e r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também simples, cujos
valores lógicos respectivos são V (verdade) e F (falsidade), temos as seguintes propriedades:
2) Comutativa: p ^ q ⇔ q ^ p
A tabela verdade de p ^ q e q ^ p são idênticas, ou seja, a bicondicional p ^ q ↔ q ^ p é tautológica.
3) Associativa: (p ^ q) ^ r ⇔ p ^ (q ^ r)
A tabela verdade de (p ^ q) ^ r e p ^ (q ^ r) são idênticas, ou seja, a bicondicional (p ^ q) ^ r ↔ p ^ (q ^
r) é tautológica.
4) Identidade: p ^ t ⇔ p e p^w⇔w
A tabela verdade de p ^ t e p, e p ^ w e w são idênticas, ou seja, a bicondicional p ^ t ↔ p e p ^ w ↔ w
são tautológicas.
Estas propriedades exprimem que t e w são respectivamente elemento neutro e elemento absorvente
da conjunção.
Propriedades da Disjunção
Sendo as proposições p, q e r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também simples, cujos
valores lógicos respectivos são V (verdade) e F (falsidade), temos as seguintes propriedades:
1) Idempotente: p v p ⇔ p
A tabela verdade de p v p e p, são idênticas, ou seja, a bicondicional p v p ↔ p é tautológica.
4
CABRAL, L. C. D.; NUNES, M. C. de A. Raciocínio lógico passo a passo. Rio de Janeiro. Elsevier, 2013.
ALENCAR FILHO, E. de. Iniciação a lógica matemática. São Paulo. Nobel, 2002.
3) Associativa: (p v q) v r ⇔ p v (q v r)
A tabela verdade de (p v q) v r e p v (q v r) são idênticas, ou seja, a bicondicional (p v q) v r ↔ p v (q v
r) é tautológica.
4) Identidade: p v t ⇔ t e pvw⇔p
A tabela verdade de p v t e p, e p v w e w são idênticas, ou seja, a bicondicional p v t ↔ t e p v w ↔ p
são tautológicas.
Estas propriedades exprimem que t e w são respectivamente elemento absorvente e elemento neutro
da disjunção.
1) Distributiva:
- p ^ (q v r) ⇔ (p ^ q) v (p ^ r)
- p v (q ^ r) ⇔ (p v q) ^ (p v r)
Exemplo
“Carlos estuda E Jorge trabalha OU viaja” é equivalente à seguinte proposição:
“Carlos estuda E Jorge trabalha” OU “Carlos estuda E Jorge viaja”.
2) Absorção:
- p ^ (p v q) ⇔ p
- p v (p ^ q) ⇔ p
Analogamente temos ainda que a tabela verdade das proposições p v (p ^ q) e p são idênticas, ou
seja, a bicondicional p v (p ^ q) ↔ p é tautológica.
Não é tão incomum utilizar alguns sinônimos para os conectivos lógicos, vamos ver alguns deles.
Seja p: João é Dentista, q: João é paulista.
Questões
01. (DOCAS/PB – Assistente Administrativo – IBFC) Se o valor lógico de uma proposição “P” é
verdade e o valor lógico de uma proposição “Q” é falso, então o valor lógico do bicondicional entre as
duas proposições é:
(A) Falso
(B) Verdade
(C) Inconclusivo
(D) Falso ou verdade
( ) Certo ( ) Errado
(A) Ou.
(B) E.
(C) Ou exclusivo.
(D) Implicação (se...então).
(E) Bicondicional (se e somente se).
09. (TER-RJ – Analista Judiciário – CONSULPLAN) De acordo com algumas implicações lógicas,
analise as afirmativas a seguir.
I. Se p é verdadeira e q é verdadeira, então p Λ q é verdadeira.
II. Se p é verdadeira ou q é verdadeira, então p V q é falsa.
III. Se p é verdadeira e p ⟶ q é verdadeira, então q é verdadeira.
IV. Se ~p é verdadeira e p V q é verdadeira, então q é verdadeira.
V. Se ~q é verdadeira e p ⟶ q é verdadeira, então ~p é verdadeira.
VI. Se p V q é verdadeira, p ⟶ r é verdadeira e q ⟶ r é verdadeira, então r é verdadeira.
VII. p V [q Λ (~q)]⇔ p.
VIII. p⟶ q⇔(~p) V p.
Estão INCORRETAS apenas as afirmativas
(A) I e II.
(B) II e VIII.
(C) I, II, VI e VIII.
(D) III, IV, V e VI.
10. (ISGH - Médico Pediatra - Instituto Pró Município) Analise as seguintes proposições:
Proposição I: 4 é número par;
Proposição II: 2 > 5;
Proposição III: 6 é número ímpar.
Qual das proposições abaixo apresenta valor lógico verdadeiro?
(A) Se 2 > 5 e 6 é número ímpar, então 4 é número par;
(B) Se 2 > 5 ou 4 é número par, então 6 é número ímpar;
Comentários
01. Resposta: A
Na tabela da bicondicional só será verdadeiro se a primeira parte for igual à segunda, ou seja, VV ou
FF, neste exercício ele pergunta VF, portanto gera uma falsidade.
02. Resposta: B
Vamos relembrar as tabelas verdades.
Conjunção: Só é Verdadeiro se as duas partes forem verdadeiras (VV), caso contrário será FALSA.
Disjunção Simples: Só é Falso se as duas partes forem falsas (FF), caso contrário será VERDADEIRA.
Condicional: Só é Falso se for Verdade na primeira e falsidade na segunda (VF), caso contrário será
VERDADEIRA.
Bicondicional: Só é Verdadeiro se as duas partes forem iguais (VV ou FF), caso contrário será FALSA.
Disjunção Exclusiva: É o contrário da bicondicional, é Falsa quando as duas partes forem iguais (VV
ou FF), caso contrário será VERDADEIRA.
Portanto a alternativa correta é a alternativa B.
03. Resposta: E
O símbolo “v” é da disjunção simples, e ela só é falsa quando as duas proposições que a compõe são
falsas.
No enunciado a última coluna está na horizontal, mas a ordem é idêntica, logo está correta.
05. Resposta: B
I - Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada
II - Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada
III - Virna é professora
IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora.
06. Resposta: E
Repare que temos algumas premissas, portanto precisamos encontrar alguma destas premissas que
contenha uma conjunção ou proposição simples, ou iniciar pela informação dada no enunciado, observe:
Se, no último domingo, não joguei futebol, então
Não jogar futebol será V, logo jogar Futebol será F, portanto partiremos daqui, agora utilizaremos a
premissa que fala sobre futebol:
− corro ou jogo futebol
? ou F, para a disjunção simples ser verdadeira o ? precisa obrigatoriamente ser V, logo correr é V.
− tomo açaí ou não corro.
? ou F, repare que para a disjunção simples ser V o ? precisa obrigatoriamente ser V, logo tomo açaí
é V.
− como pizza no jantar ou não tomo açaí,
? ou F, novamente o ? precisa ser V, logo como pizza no jantar é V.
Sendo assim teremos:
Correr: VERDADEIRO
Jogar futebol: VERDADEIRO
Tomar açaí: VERDADEIRO
Comer pizza no jantar: VERDADEIRO
Vamos analisar as alternativas:
(A) corri e não comi pizza no jantar.
V e F, essa conjunção é FALSA.
(B) não corri e comi pizza no jantar.
F e V, essa conjunção é FALSA.
(C) não comi pizza no jantar e não tomei açaí.
F e F, essa conjunção é FALSA.
(D) não corri e não tomei açaí.
F e F, essa conjunção é FALSA.
07. Resposta: D
Como Z é o operador, repare a tabela verdade, só temos 1 caso em que é falso, sendo assim já diminui
nossas possibilidades, repare que no falso, os operandos temos VF e gera F, pensando na tabela
verdade, teríamos uma condicional, vamos exemplificar:
Observe novamente a tabela abaixo, considere A = p, B = q e Z = condicional.
08. Resposta: E
RvS→T
Para a condicional ser falsa, devemos ter:
V→F
Portanto a afirmação (T: Rosa é engenheira) tem que ser falsa.
E para RvS ser verdadeira, as duas só não podem ser falsas.
Lembrando pela tabela verdade de cada uma:
Condicional
Disjunção
Desta forma, T é necessariamente falsa, já R, S só não pode ser ambas falsas, portanto a única
alternativa em que T é falsa e R ou S não são falsas simultaneamente é a alternativa E.
09. Resposta: B
Vamos analisar as informações.
I. Se p é verdadeira e q é verdadeira, então p Λ q é verdadeira.
Verdadeira, pois V e V gera uma verdade
II. Se p é verdadeira ou q é verdadeira, então p V q é falsa.
Na disjunção se uma for verdadeira já basta para a disjunção simples ser verdadeira.
III. Se p é verdadeira e p ⟶ q é verdadeira, então q é verdadeira.
Na condicional, p,q verdadeiras gera p ⟶ q verdadeira, correta.
IV. Se ~p é verdadeira e p V q é verdadeira, então q é verdadeira.
~p é verdadeira, então p é falsa, com isso q é obrigatoriamente verdadeira, logo está correta.
V. Se ~q é verdadeira e p ⟶ q é verdadeira, então ~p é verdadeira.
~q é verdadeira, então q é falsa, mas temos que p ⟶ q é verdadeira, logo p precisa ser falsa, sendo
assim ~p vai ser verdadeira.
Podemos até continuar mostrando cada uma delas, mas apenas com a I sendo verdadeira e II sendo
falsa, a única alternativa que dá certo é a alternativa “B”.
10. Resposta: A
Para solucionar essa questão, basta saber que na condicional (A ⟶ B), sendo B (Verdade) ela será
sempre verdadeira.
Pois na condicional somente é falso quando:
(V ⟶ F = F)
11. Resposta: A
No enunciado foi dado os valores lógicos das afirmações:
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza. VERDADEIRA
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora. VERDADEIRA
III. Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora. FALSA
Precisamos descobrir o valor lógico de cada uma das proposições simples, vamos começar pela III,
pois para a disjunção simples ser falsa, só tem uma possibilidade, que será ambas falsas, sendo assim
Beatriz não é juíza FALSA
Vanessa é professora FALSA
Agora vamos para a afirmação II.
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora
? ⟶ F, logo o ? precisa obrigatoriamente ser Falso, pois II é verdadeiro, sendo assim:
Fernando é vereador FALSA
Vamos analisar a afirmação I.
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza.
? ⟶ V, independentemente do valor de ? a condicional sempre será verdadeira, logo não podemos
afirmar nada sobre Hugo é policial.
Portanto:
Beatriz é juíza VERDADEIRO
Vanessa não é professora VERDADEIRO
Fernando não é vereador VERDADEIRO
Hugo é policial – NADA podemos afirmar.
Vamos analisar as afirmativas:
(A) Fernando não é vereador
Verdadeiro, portanto, é a alternativa correta.
(B) Hugo é policial.
Não podemos afirmar.
(C) Hugo não é policial e Fernando é vereador.
? e F, independentemente de Hugo não ser policial, na conjunção se uma proposição já for falsa a
conjunção já será falsa.
(D) Hugo é policial e Fernando não é vereador.
? e V, para esta conjunção ser V, Hugo é policial deveria ser V, mas não podemos afirmar nada sobre
ele, portanto não podemos concluir.
(E) Hugo é policial ou Fernando é vereador.
? ou F, como temos uma disjunção simples, pelo menos uma das proposições precisa ser verdadeira,
logo neste caso Hugo é policial deveria ser verdadeiro, mas não podemos afirmar nada sobre ele,
portanto, não podemos concluir a veracidade desta afirmação.
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
Diz-se que duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo
estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são
CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.
Exemplo
Dada as proposições “~p → q” e “p v q” verificar se elas são equivalentes.
a) p ^ q ⇔ q ^ p
b) p v q ⇔ q v p
c) p ∨ q ⇔ q ∨ p
d) p ↔ q ⇔ q ↔ p
3 – Transitiva
Se P(p,q,r,...) ⇔ Q(p,q,r,...) E
Q(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) ENTÃO
P(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) .
a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)
a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)
a) p ⇔ (p ∧ p)
b) p ⇔ (p ∨ p)
4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se outra condicional equivalente à primeira, apenas
invertendo-se e negando-se as proposições simples que as compõem.
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Exemplo
5 - Pela bicondicional
a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição
c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)
6 - Pela exportação-importação
[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]
Note que:
Exemplos
Exemplo
Vamos determinar:
a) A contrapositiva de p → q
b) A contrapositiva da recíproca de p → q
c) A contrapositiva da contrária de p → q
Resolução
a) A contrapositiva de p → q é ~q → ~p
A contrapositiva de ~q → ~p é ~~p → ~~q ⇔ p → q
b) A recíproca de p → q é q → p
A contrapositiva de q → p é ~p → ~q
c) A contrária de p → q é ~p → ~q
A contrapositiva de ~p → ~q é q → p
Comentários
01. Resposta: A.
A negação de P→Q é P ^ ~ Q
A equivalência de P→Q é ~P v Q ou pode ser: ~Q-->~P
IMPLICAÇÃO LÓGICA
Se uma proposição P (p,q,r,...) implica logicamente ou apenas implica uma proposição Q (p,q,r,...) se
Q (p,q,r,...) é verdadeira (V) todas as vezes que P (p,q,r,...) é verdadeira (V), ou seja, a proposição P
implica a proposição Q, quando a condicional P → Q for uma tautologia.
P (p,q,r,...) ⇒ Q (p,q,r,...).
Observação: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente distintos. O primeiro (“→”) representa a
condicional, que é um conectivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação lógica que pode ou
não existir entre duas proposições.
Exemplo
p q p^q p↔ (p ^ q) → (p
q ↔ q)
V V V V V
V F F F V
F V F F V
F F F V V
p p v ~p
V V
F V
p ~p p ^ ~p p v ~p → p ^ ~p
V F F F
F V F F
Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R
p↔q⇒p→q e p↔q⇒q→p
p q pvq ~p (p v q) ^ ~p
V V V F F
V F V F F
F V V V V
F F F V F
Esta proposição é verdadeira somente na 3ª linha e nesta linha a proposição “q” também verdadeira,
logo subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada Regra do Silogismo disjuntivo.
(p v q) ^ ~p ⇒ q
É válido também: (p v q) ^ ~q ⇒ p
A proposição é verdadeira somente na 1ª linha, e nesta linha a proposição “q” também é verdadeira,
logo subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, também denominada Regra de Modus ponens.
(p → q) ^ p ⇒ q
(p → q) ^ ~q ⇒ ~p
Referência
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
Questões
01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Renato falou a verdade quando disse:
• Corro ou faço ginástica.
• Acordo cedo ou não corro.
• Como pouco ou não faço ginástica.
Certo dia, Renato comeu muito.
02. Dizer que “André é artista ou Bernardo não é engenheiro” é logicamente equivalente a dizer que:
(A) André é artista se e somente Bernardo não é engenheiro.
(B) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro.
(C) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro.
(D) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista.
(E) André não é artista e Bernardo é engenheiro.
03. Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista,” é do ponto de vista lógico, o mesmo que
dizer que:
(A) Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.
(B) Se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro.
(C) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista.
(D) Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista.
(E) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista.
Respostas
01. Resposta: D.
Na disjunção, para evitarmos que elas fiquem falsas, basta por uma das proposições simples como
verdadeira, logo:
“Renato comeu muito”
Como pouco ou não faço ginástica
F V
Portanto ele:
Comeu muito
02. Resposta D
Na expressão temos ~p v q p → q ~q → ~p. Temos duas possibilidades de equivalência p → q:
Se André não é artista , então Bernardo não é engenheiro. Porém não temos essa opção ~q → ~p: Se
Bernardo é engenheiro, então André é artista. Logo reposta letra d).
03. Resposta: A.
Na expressão temos ~p v q p → q p → q: Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista. Letra a).
Quando se nega uma proposição composta primitiva, gera-se outra proposição também composta e
equivalente à negação de sua primitiva.
Vejamos:
p q ~ (p v q) p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
V V V V F V V V V V V V V V V V
V F F V V F V F F V F F F F V V
F V F F V V F F V F V V F V F F
F F V F F F F V F F V F V F V F
~ (p → q) ⇔ (p ^ ~q) ⇔ ~~ p ^ ~q
p q ~ (p → q) p ^ ~q
V V F V V V V F F
V F V V F F V V V
F V F F V V F F F
F F F F V F F F V
p ~ (~ p)
V V F V
F F V F
- De uma condicional: p → q ⇔ ~p v q
A dupla negação de uma condicional dá-se por negar a 1ª parte da condicional, troca-se o conectivo
CONDICIONAL pela DISJUNÇÃO e mantém-se a 2ª parte. Ao negarmos uma proposição primitiva duas
vezes consecutivas, a proposição resultante será equivalente à sua proposição primitiva.
Considere os seguintes símbolos matemáticos: igual (“=”); diferente (“≠”); maior que (“>”); menor que
(“<”); maior ou igual a (“≥”) e menor ou igual a (“≤”). Estes símbolos, associados a números ou variáveis,
formam as chamadas expressões aritméticas ou algébricas.
Exemplo
a) 5 + 6 = 11
b) 5 – 3 ≠ 4
c) 5 > 1
d) 7< 10
e) 3 + 5 ≥ 8
f) y + 5 ≤ 7
Para negarmos uma sentença matemática basta negarmos os símbolos matemáticos, assim
estaremos negando toda sentença, vejamos:
- Negar que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivale a afirmar que pelo
menos uma é falsa;
- Negar que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivale a afirmar que ambas são
falsas.
Vejamos:
– Negação de uma conjunção (Leis de Morgan)
Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo CONJUNÇÃO pelo conectivo
DISJUNÇÃO.
~ (p ^ q) ⇔ (~p v ~q)
p q ~ (p ^ q) ~p v ~q
V V F V V V F F F
V F V V F F F V V
F V V F F V V V F
F F V F F F V V V
~ (p v q) ⇔ (~p ^ ~q)
p q ~ (p v q) ~p ^ ~q
V V F V V V F F F
V F F V V F F F V
F V F F V V V F F
F F V F F F V V V
Exemplo
Vamos negar a proposição “É inteligente e estuda”, vemos que se trata de uma CONJUNÇÃO, pela
Lei de Morgan temos que uma CONJUNÇÃO se transforma em uma DISJUNÇÃO, negando-se as partes,
então teremos:
“Não é inteligente ou não estuda”
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Questões
04. (HUGG-UNIRIO / Advogado – IBFC) Considerando a frase “João comprou um notebook e não
comprou um celular”, a negação da mesma, de acordo com o raciocínio lógico proposicional é:
(A) João não comprou um notebook e comprou um celular.
(B) João não comprou um notebook ou comprou um celular
(C) João comprou um notebook ou comprou um celular.
(D) João não comprou um notebook e não comprou um celular.
(E) Se João não comprou um notebook, então não comprou um celular.
Respostas
01. Resposta: A.
Negação do ''ou'': nega-se as duas partes e troca o conectivo ''ou'' pelo ''e''.
02. Resposta: D.
Pedro está cansado ou desatento.
O conectivo ou vira e, dai basta negar as proposições.
Pedro não está cansado e nem está desatento, ou seja, Pedro está descansado e atento.
03. Resposta: A.
Quebrando a sentença em P e Q:
P: Vou à academia todos os dias da semana
Conectivo: ∧ (e)
Q: Corro três dias na semana
Logo: Não vou à academia todos os dias da semana ou não corro três dias na semana.
04. Resposta: B.
Para negarmos uma proposição composta ligada pelo conectivo operacional “e”, basta negarmos
ambas as proposições individuais (simples) e trocarmos o conectivo “e” pelo conectivo ”ou”.
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
A argumentação é a forma como utilizamos o raciocínio para convencer alguém de alguma coisa. A
argumentação faz uso de vários tipos de raciocínio que são baseados em normas sólidas e argumentos
aceitáveis.
A lógica de argumentação é também conhecida como dedução formal e é a principal ferramenta
para o raciocínio válido de um argumento. Ela avalia conclusões que a argumentação pode tomar e
avalia quais dessas conclusões são válidas e quais são inválidas (falaciosas). O estudo das formas
válidas de inferências de uma linguagem proposicional também faz parte da Teoria da argumentação.
Premissas (proposições): são afirmações que podem ser verdadeiras ou falsas. Com base nelas que
os argumentos são compostos, ou melhor, elas possibilitam que o argumento seja aceito.
Inferência: é o processo a partir de uma ou mais premissas se chegar a novas proposições. Quando
a inferência é dada como válida, significa que a nova proposição foi aceita, podendo ela ser utilizada em
outras inferências.
Conclusão: é a proposição que contém o resultado final da inferência e que está alicerçada nas
premissas. Para separar as premissas das conclusões utilizam-se expressões como “logo, ...”, “portanto,
...”, “por isso, ...”, entre outras.
Silogismo: é um raciocínio composto de três proposições, dispostas de tal maneira que a conclusão
é verdadeira e deriva logicamente das duas primeiras premissas, ou seja, a conclusão é a terceira
premissa.
Argumento: é um conjunto finito de premissas – proposições –, sendo uma delas a consequência das
demais. O argumento pode ser dedutivo (aquele que confere validade lógica à conclusão com base nas
premissas que o antecedem) ou indutivo (aquele quando as premissas de um argumento se baseiam na
conclusão, mas não implicam nela)
O argumento é uma fórmula constituída de premissas e conclusões (dois elementos fundamentais da
argumentação).
1)
Todo homem é mortal
Premissas
João é homem
Logo, João é mortal Conclusão
2)
Todo brasileiro é mortal
Premissas
Todo paulista é brasileiro
Logo, todo paulista é mortal Conclusão
3)
Se eu passar no concurso, então irei viajar
Premissas
Passei no concurso
Logo, irei viajar Conclusão
Todas as PREMISSAS têm uma CONCLUSÃO. Os exemplos acima são considerados silogismos.
Argumentos Inválidos
Um argumento é dito INVÁLIDO (ou falácia, ou ilegítimo ou mal construído), quando as verdades das
premissas são insuficientes para sustentar a verdade da conclusão.
Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências geradas pelas verdades de suas premissas,
tem-se como conclusão uma contradição (F).
Um argurmento não válido diz-se um SOFISMA.
Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica, mas não validade lógica.
É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para
analisar a argumentação alheia.
1) Atribuição de valores lógicos: o método consiste na dedução dos valores lógicos das premissas
de um argumento, a partir de um “ponto de referência inicial” que, geralmente, será representado pelo
valor lógico de uma premissa formada por uma proposição simples ou de uma conjunção. Lembramos
que, para que um argumento seja válido, partiremos do pressuposto que todas as premissas que
compõem esse argumento são, na totalidade, verdadeiras.
Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como auxílio a tabela-verdade dos conectivos.
DICA:
Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como auxílio a tabela-verdade dos
conectivos, portanto, tente memorizar quando é verdadeiro e quando é falso os
conectivos lógicos!
5
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Se todos os argumentos (P1,P2,P3 e P4) forem válidos, então todas premissas que compõem o
argumento são necessariamente verdadeiras (V). E portanto pela premissa simples P4: “a rainha fica
na masmorra”; por ser uma proposição simples e verdadeira, servirá de “referencial inicial” para a
dedução dos valores lógicos das demais proposições que, também, compõem esse argumento. Teremos
com isso então:
Já sabemos que a premissa simples “a rainha fica na masmorra” é verdadeira, portanto, tal valor lógico
confirmará como verdade a 1a parte da condicional da premissa P3 (1º passo).
Lembramos que, se a 1ª parte de uma condicional for verdadeira, implicará que a 2ª parte também
deverá ser verdadeira (2º passo), já que a verdade implica outra verdade (vide a tabela-verdade da
condicional). Assim teremos como valor lógico da premissa uma verdade (V).
Confirmando-se a proposição simples “o bárbaro usa a espada” como verdadeira (3º passo), logo, a
1ª parte da disjunção simples da premissa P1, “o bárbaro não usa a espada”, será falsa (4º passo).
Como a premissa P1 é formada por uma disjunção simples, lembramos que ela será verdadeira, se
pelo menos uma de suas partes for verdadeira. Sabendo-se que sua 1ª parte é falsa, logo, a 2ª parte
deverá ser, necessariamente, verdadeira (5º passo).
E, por último, ao confirmar a 2a parte de uma condicional como falsa, devemos confirmar, também, sua
1 parte como falsa (7o passo).
a
Através da analise das premissas e atribuindo os seus valores lógicos chegamos as seguintes
conclusões:
- A rainha fica na masmorra;
- O bárbaro usa a espada;
- O rei não fica nervoso;
- o príncipe não foge a cavalo.
Observe que onde as proposições são falsas (F) utilizamos o não para ter o seu correspondente como
válido, expressando uma conclusão verdadeira.
Caso o argumento não possua uma proposição simples ou uma conjunção “ponto de referência inicial”,
devem-se iniciar as deduções pela disjunção exclusiva ou pela bicondicional, caso existam. Lembrando
que, no caso da bicondicional(VV ou FF) e a disjunção exclusiva(VF ou FV), cada uma possui duas
possibilidades de serem verdadeiras, logo, é necessário testar as duas possibilidades.
2) Método da Tabela Verdade: para resolvermos temos que levar em considerações dois casos.
Exemplo
A → B ~A = ~B
Para resolver vamos montar uma tabela dispondo todas as proposições, as premissas e as conclusões
afim de chegarmos a validade do argumento.
O caso onde as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa está sinalizada na tabela acima
pelo asterisco.Observe também, na linha 4, que as premissas são verdadeiras e a conclusão é verdadeira.
Chegamos através dessa análise que o argumento não é valido.
2o caso: quando o argumento é representado por uma sequência lógica de premissas, sendo a última
sua conclusão, e é questionada a sua validade.
Exemplo:
“Se leio, então entendo. Se entendo, então não compreendo. Logo, compreendo.”
P1: Se leio, então entendo.
P2: Se entendo, então não compreendo.
C: Compreendo.
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte estrutura lógica (fórmula) representativa
desse argumento:
P1 ∧ P2 → C
𝑝→𝑞
𝑞 → ~𝑟
𝑟
Montando a tabela verdade temos (vamos montar o passo a passo):
Implicações tautológicas: a utilização da tabela verdade em alguns casos torna-se muito trabalhoso,
principlamente quando o número de proposições simples que compõe o argumento é muito grande, então
vamos aqui ver outros métodos que vão ajudar a provar a validade dos argumentos.
1º caso:
p ∧q
ou (p ∧ q) → p
p
2º caso:
p ∧q
ou (p ∧ q) → q
p
1º caso:
p
q
ou (p ∧ q) → (p ∧ q)
p∧q
2º caso:
p
q
ou (p ∧ q) → (q ∧ p)
q∧p
1º caso:
p ∨q
~p
ou [(p ∨ q) ∧ ~p] → q
q
2º caso:
p ∨q
~q
ou [(p ∨ q) ∧ ~q] → p
p
1º caso: Exportação
(p ∧ q) → r
ou [(p ∧ q) → r] → [p → (q → r)]
p → (q → r)
2º caso: Importação
p → (q → r)
ou [p → (q → r)] → [(p ∧ q) → r]
(p ∧ q) → r
Produto lógico de condicionais: este produto consiste na dedução de uma condicional conclusiva,
que será a conclusão do argumento, decorrente ou resultante de várias outras premissas formadas
por, apenas, condicionais.
Ao efetuar o produto lógico, eliminam-se as proposições simples iguais que se localizam em partes
opostas das condicionais que formam a premissa do argumento, resultando em uma condicional
denominada condicional conclusiva. Vejamos o exemplo:
Nós podemos aplicar a soma lógica em alguns casos, como por exemplo:
1º caso - quando a condicional conclusiva é formada pelas proposições simples que aparecem apenas
uma vez no conjunto das premissas do argumento.
Exemplo
Dado o argumento:
Se chove, então faz frio.
Se neva, então chove.
Se faz frio, então há nuvens no céu.
Se há nuvens no céu, então o dia está claro.
Temos então o argumento formado pelas seguintes premissas:
P1: Se chove, então faz frio.
P2: Se neva, então chove.
P3: Se faz frio, então há nuvens no céu.
P4: Se há nuvens no céu, então o dia está claro.
Observe que: As proposições simples “nevar” e “o dia está claro” só apareceram uma vez no conjunto
de premissas do argumento anterior.
2º caso - quando a condicional conclusiva é formada por, apenas, uma proposição simples que
aparece em ambas as partes da condicional conclusiva, sendo uma a negação da outra. As demais
proposições simples são eliminadas pelo processo natural do produto lógico.
Neste caso, na condicional conclusiva, a 1ª parte deverá necessariamente ser FALSA, e a 2ª parte,
necessariamente VERDADEIRA.
DICA:
Nos dois casos anteriores, pode-se utilizar o recurso de equivalência da
contrapositiva (contraposição) de uma condicional, para que ocorram os devidos
reajustes entre as proposições simples de uma determinada condicional que resulte
no produto lógico desejado.
(p → q) ⇔ ~q → ~p
Exemplo
Seja o argumento: Se Ana trabalha, então Beto não estuda. Se Carlos não viaja, então Beto não
estuda. Se Carlos viaja, Ana trabalha.
Questões
04. (Pref. de Petrolina/PE – Guarda Civil – IDIB/2019) Em uma sala de aula, o professor instiga os
alunos com problemas de raciocínio lógico relacionando as cores dos carros e seus proprietários. Desta
forma, o professor repassou aos alunos as afirmativas verdadeiras a seguir:
I. Ou Bruno tem um carro rosa, ou Cinthia não tem um carro verde.
II. Se Daniel tem um carro amarelo, então Ana não tem um carro azul.
III. Se Bruno tem um carro rosa, então Ana tem um carro azul.
IV. Cinthia tem um carro verde.
Com base nas afirmações anteriores, pode-se concluir com certeza que:
(A) Se Ana não tem um carro azul, então Bruno não tem um carro rosa.
(B) Bruno não tem um carro rosa ou Daniel tem um carro amarelo.
(C) Ana não tem um carro azul e Daniel não tem um carro amarelo.
(D) Cinthia tem um carro verde e Ana não tem um carro azul.
(E) Se Cinthia tem um carro verde, então Ana não tem um carro azul.
05. (DPU – Agente Administrativo – CESPE) Considere que as seguintes proposições sejam
verdadeiras.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema.
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
• Quando Fernando está estudando, não chove.
• Durante a noite, faz frio.
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o item subsecutivo.
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
( ) Certo ( ) Errado
06. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 – CESPE) Mariana é uma estudante que tem
grande apreço pela matemática, apesar de achar essa uma área muito difícil. Sempre que tem tempo
suficiente para estudar, Mariana é aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na faculdade. Neste
semestre, Mariana está cursando a disciplina chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto,
ela não tem tempo suficiente para estudar e não será aprovada nessa disciplina.
A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, acerca das
estruturas lógicas.
Considerando-se as seguintes proposições:
p: “Se Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo de Química Geral";
q: “Se Mariana aprende o conteúdo de Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral";
Comentários
01. Resposta: C
Observe que dentre as premissas temos uma proposição simples, portanto iremos começar por ela e
a partir daí descobriremos os valores lógicos das outras, lembrando, as premissas são sempre
verdadeiras.
Carlos acordou tarde (V)
Vamos procurar uma que fale sobre o Carlos acordar ou não tarde.
Se não é domingo, então Carlos acorda cedo(F).
Como Carlos aordou tarde, Carlos acordou cedo é Falso, sendo assim temos uma condicional ? →F,
logo o valor de não é domingo tem que ser obrigatoriamente Falso, pois a premissa tem que ser verdadeira
e se tivermos um VF teremos uma premissa falsa, por isso devemos ter FF, continuando para outra
premissa.
Se é domingo, então Carlos lava seu carro
Não é domingo é F, logo ser domingo é V, portanto obrigatoriamente Carlos lava seu carro tem que
ser V, pois senão teríamos um V→F que na condicional seria falso, continuando,
Se chover, então Carlos não lava seu carro
? → F (pois Carlos lava seu carro é V)
Como é uma condicional, Chover tem que ser Falso, para a condicional ser verdadeira, logo temos o
seguinte:
Chover = F
Ser domingo = V
Carlos lava seu carro = V
Carlos acordou tarde = V
Assim a conclusão verdadeira está na alternativa “C” Não choveu, pois se chover é falso, não chover
é verdadeiro.
03. Resposta: B
Para resolver esse tipo de questão, lembre-se de procurar uma proposição simples ou por uma
conjunção, pois todas as premissas são verdadeiras.
I - Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada
II - Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada
III - Virna é professora
IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora.
Vou começar pela premissa III pois é uma proposição simples.
Virna é professora (V)
Procure uma premissa que contenha algo de Virna (IV).
IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora.
?v F como é uma disjunção exclusiva para ser verdadeiro as proposições simples
precisam ter valor lógico diferentes logo a primeira é V.
Verinha é bailarina (V)
Premissa II
Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada
V→? A segunda parte precisa ser V para a condicional ser Verdadeira, logo
Verônica é advogada (V)
Premissa I
Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada
? → F, a primeira parte precisa ser F para a condicional ser Verdadeira, logo
Vivi é costureira (F)
Agora, sabendo o valor lógico dessas proposições, vamos para as alternativas
(A) Se Virna é professora, então Verônica não é advogada
V→F essa condicional é FALSA
(B) Se Verônica não é advogada, então Verinha não é bailarina
F → F essa condicional é verdadeira, logo é a alternativa correta
(C) Virna é professora e Verônica não é advogada
V ^F essa conjunção é FALSA
(D) Verônica não é advogada ou Vivi é costureira
FvF essa disjunção simples é falsa
04. Resposta: A
Precisamos procurar uma proposição simples ou uma conjunção, para ser nosso ponto de partida.
I. Ou Bruno tem um carro rosa, ou Cinthia não tem um carro verde.
Apostila gerada especialmente para: Nathan Gonçalves 148.811.597-47
55
II. Se Daniel tem um carro amarelo, então Ana não tem um carro azul.
III. Se Bruno tem um carro rosa, então Ana tem um carro azul.
IV. Cinthia tem um carro verde.
Iremos iniciar então pela premissa IV
Cinthia tem um carro verde (V)
Agora vamos para a premissa I
Ou Bruno tem um carro rosa, ou Cinthia não tem um carro verde
? v F a primeira parte precisa ser V para a disjunção exclusiva ser Verdadeira
Bruno tem um carro rosa (V)
Premissa III
Se Bruno tem um carro rosa, então Ana tem um carro azul
V → ? a segunda parte precisa ser V para a condicional ser Verdadeira.
Ana tem um carro azul (V)
Premissa II
Se Daniel tem um carro amarelo, então Ana não tem um carro azul
? → F a primeira parte precisa ser F para a condicional ser Verdadeira.
Daniel tem um carro amarelo (F)
Agora vamos analisar as alternativas.
(A) Se Ana não tem um carro azul, então Bruno não tem um carro rosa.
V → V essa condicional é verdaderia, logo é nossa alternativa correta.
(B) Bruno não tem um carro rosa ou Daniel tem um carro amarelo.
F v F essa disjunção simples é FALSA
(C) Ana não tem um carro azul e Daniel não tem um carro amarelo.
F ^ V essa conjunção é FALSA
(D) Cinthia tem um carro verde e Ana não tem um carro azul.
V ^F essa conjunção é FALSA
(E) Se Cinthia tem um carro verde, então Ana não tem um carro azul.
V → F essa condicional é FALSA
07. Resposta: B
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Tristeza não é bruxa, considerando ela como (V),
precisamos ter como conclusão o valor lógico (V), então:
(4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F) → V
(3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro (F) → V
(2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bruxa(F) → V
(1) Tristeza não é uma bruxa (V)
Logo:
Temos que:
Esmeralda não é fada(V)
Bongrado não é elfo (V)
Monarca não é um centauro (V)
Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas forem
verdadeiras, logo, a única que contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
08. Resposta: A
Sabemos que I e II são VERDADEIRAS e que III é FALSA
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza. VERDADEIRA
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora. VERDADEIRA
III. Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora. FALSA
Não recomendo iniciar pelas premissas I e II, pois a condicional possui três formas de verdade em sua
tabela, já a premissa III é uma disjunção simples e só possui uma forma de ser FALSA (F v F), logo
começaremos por ela
Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora
FvF
Agora podemos partir para as outras, tanto faz começar pela I ou pela II.
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora
? → F, para essa condicional ser verdadeira a primeira parte precisa ser FALSA
Apostila gerada especialmente para: Nathan Gonçalves 148.811.597-47
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Fernando é vereador (F)
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza
? → V, para essa condicional ser verdadeira não importa o valor lógico da primeira parte, pois ela
sempre vai ser verdadeira, deste modo, não podemos concluir nada sobre Hugo ser policial, vamos
analisar as alternativas.
(A) Fernando não é vereador
Essa é a alternativa correta
(B) Hugo é policial.
Não podemos concluir isso do HUGO
(C) Hugo não é policial e Fernando é vereador.
? ^ F não importa o que o Hugo seja, essa conjunção já é FALSA
(D) Hugo é policial e Fernando não é vereador.
? ^ V para essa conjunção ser verdadeira a primeira parte obrigatoriamente precisa ser Verdadeira,
mas não podemos afirmar nada dela, então não podemos concluir isso.
(E) Hugo é policial ou Fernando é vereador.
? v F, para essa disjunção simples ser verdadeira, a primeira parte deveria ser verdadeira, mas não
podemos afirmar nada do Hugo, portanto não podemos assinalar ela.