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A Igreja da Profecia

E o Movimento Reformista de 1914

Por

Benildo Gabriel dos Santos


Ex Vice-Presidente da Associação Reformista no Brasil Atualmente Estudante de
Teologia no IAENE Bahia – 1996
A Igreja da Profecia e o Movimento Reformista de 1914

PREFÁCIO
O autor desse trabalho foi membro do movimento reformista de 1951 e do de 1914. Foi
membro, aproximadamente, por 10 anos do movimento de reforma. Durante este
período trabalhou 2 anos como obreiro bíblico e 4 anos como pastor ordenado, na
Bahia.
O pastor Benildo chegou a ser vice presidente da Associação Brasileira do Movimento
de Reforma de 1914. Participou em Quito - Equador, da Associação Geral do
Movimento de Reforma como um dos delegados representando o Brasil, em 1993.
No início de 1994, por motivos doutrinários e uma melhor compreensão profética a
respeito da igreja, desligou-se do movimento de reforma e se uniu a Igreja Adventista
do Sétimo Dia, sendo batizado no mês de março de 1994, na igreja central de Jequié -
Bahia.
Como resultado da decisão do pastor Benildo, aproximadamente 60 reformistas vieram
para a igreja Adventista. Atualmente ele está cursando a faculdade de Teologia, no
IAENE e se preparando para o ministério Adventista.
Motivado pelo incentivo de muitos irmãos que lhe pediram que preparasse um material
a respeito do movimento de reforma e sentindo a grande responsabilidade diante de
muitas almas que ainda se encontram em diversos movimentos reformistas, foi que ele
se dispôs a preparar este material. Ele tem trabalhado em nossa região (central),
auxiliando-me em igrejas, de modo que sou testemunha de sua sinceridade, disposição e
cristianismo.
O meu sincero desejo, bem como do autor é que o Espírito Santo conduza os leitores a
uma clara compreensão deste importante assunto e use-os na sagrada missão de salvar.

Pr. Edson Pinto


Regional – Associação Bahia

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A Igreja da Profecia e o Movimento Reformista de 1914

CAPÍTULO I
QUANDO, ONDE E PORQUE SURGIU O MOVIMENTO DE REFORMA
O movimento de reforma intitulado “Sociedade Missionária Internacional dos
Adventistas do Sétimo Dia Movimento de Reforma" surgiu em 1914 na Alemanha, não
com base profética, mas baseado no fanatismo deles e no erro de alguns líderes
adventistas na Alemanha durante a primeira guerra mundial.
Quando ocorreu a primeira guerra mundial, alguns líderes adventistas na Alemanha sem
autorização da Conferência Geral Adventistas escreveram alguns artigos apoiando a
participação dos jovens adventistas na guerra. Alguns irmãos foram contra esta decisão
e começaram agora uma guerra no seio da igreja. Em vez de tentarem resolver
pacificamente essa situação, eles começaram a acusar a igreja chamando-a de Babilônia.
Eles não esperaram a decisão da Conferência Geral sobre o assunto, mas agiram
precipitadamente e isto foi demonstrado na reunião que houve em 1920 entre a
Conferência Geral Adventista, os líderes adventistas da Alemanha e os líderes
reformistas para tratarem deste assunto.
Ao passo que a Conferência Geral Adventista não tinha ainda se posicionado sobre o
assunto em 1920, os reformistas já estavam organizados separadamente proclamando
que a igreja adventista era babilônia. Podemos constatar isso na ata da reunião realizada
em 1920, entre os adventistas e os reformistas.
“Na América do Norte, não examinamos profundamente vossa causa, de forma que não
tomamos ainda nenhuma decisão. Sentimos que podíamos toma-la devido a grande
distância que havia entre nós. Também sentimos que não era prudente aprofundar o
assunto e chegar a conclusões durante a grande luta e em meio a todas as dificuldades
que estava encerrada. Desejamos deixá-lo até virmos aqui para discuti-lo face a face”
(Protocolo de Fridensau, p. 3).
“A. G. Daniells: Desde quando começou sua organização?
E. Dorsheler: Desde 1915” (Ibid., p. 22).
“A. G. Daniells: Querem dizer vocês que este quadro (a verdadeira igreja) representa
a congregação de vocês, e o outro quadro (a igreja apóstata) significa a nossa
organização?
E. Dorsheler: Não sabemos nada, todavia, da América do Norte, não sabemos se está
baseado nos princípios antigos, porém se na Alemanha não se retira o documento
dirigido ao ministério da guerra, nós representamos um quadro (a verdadeira) e vocês o
outro. (Ibid., p. 26).
Obs.: E. Dorsheler foi o primeiro presidente da reforma.
Nesta reunião, a Conferência Geral não apoiou estes documentos publicados pelos
dirigentes europeus.
“Nestes países se fizeram algumas declarações que não nos pareceram de todo bem.
Gostaria de dizer que quando recebemos na América do Norte a declaração do irmão
Dail não nos pareceu correta e lamentamos isto” (Ibid., p. 32).

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“Contudo, não podemos aprovar plenamente estas declarações...” (Ibid., p. 33).


É interessante notar que o irmão Dail que publicou um desses documentos reconheceu o
seu erro.
“O irmão Dail seguidamente me tem dito: ‘Irmão Daniells, eu desejaria não ter
publicado o meu documento” (Ibid., p. 42).
Em 1922, o comitê executivo da divisão europeia fez uma declaração reconhecendo que
eles erraram em terem publicado aqueles artigos.
“No concílio do comitê da Divisão Europeia em Gland, Suíça, de 27 de dezembro de
1922 a 2 de janeiro de 1923 revisou-se nossa posição durante a guerra conforme
expressa em diversos documentos, e nós por meio desta, mediante nossas assinaturas,
confirmamos novamente o que já foi declarado em Fridensau em 1920, a saber, o nosso
pesar pelo fato de terem sido omitidos tais documentos” (Seven Day Adventist Time of
War, por F. M. Wilcox, pp. 346 e 347 ou O Movimento de Reforma Entre o Povo
Adventista, p. 11 - Escrito pelos reformistas).
Mas os reformistas continuaram acusando a igreja Adventista, dizendo que a mesma
não é mais de Deus. Sobre esses que andam acusando o povo de Deus a irmã White
escreveu:
“Coisa alguma ofende tanto a Deus como os servos de Satanás se esforçarem para
privar Seu povo de seus direitos. O Senhor não abandonou a Seu povo. Satanás aponta
os erros que eles têm cometido, e procura fazê-los crer que se separaram de Deus”
(Mensagens Escolhidas, Vol., II, p. 397).
O movimento reformista surgiu sem nenhuma base profética, eles vivem sempre
acusando a igreja adventista e gostam de divisão e não de união que tanto a irmã White
apela.
“Os que têm proclamado ser a igreja adventista do Sétimo Dia babilônia, tem feito uso
dos testemunhos para dar a sua atitude um aparente apoio, mas por que é que não
apresentaram aquilo que por anos tem sido a preocupação da minha mensagem -
unidade da igreja? Por que não citaram as palavras do anjo: ‘Uni-vos, uni-vos, uni-
vos?” (Testemunhos Para Ministros, p. 56).
O movimento reformista, além de não ter base profética têm várias doutrinas erradas
como veremos nesse trabalho. Eles andam sempre brigando entre si. É tanto que em
1951, em uma reunião da Conferência Geral deles na Holanda, eles brigaram tanto que
acabaram se dividindo e formando duas Conferências Geral Reformista, uma com sede
na Alemanha e outra com sede nos Estados Unidos. Uma sempre está em acusação
contra a outra. De vez em quando tentam se unir, mas acabam brigando e não se unem.
Um fato interessante é que eles professam a mesma doutrina, o mesmo princípio de fé,
mas apesar de tudo isso eles vivem separados um do outro.
No capítulo sobre a verdadeira e as falsas reformas analisaremos mais um pouco sobre o
surgimento do movimento de reforma em 1914.

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CAPÍTULO II
A IGREJA VISÍVEL DE DEUS
Sabemos que Deus tem nessa Terra a Sua Igreja invisível que são os fiéis espalhados
nas diversas denominações, e a Sua igreja visível que é uma igreja organizada e é sobre
esta igreja visível que estudaremos a seguir.
Como sabemos, Deus sempre teve a Sua igreja na terra e especialmente nesses últimos
dias para proclamar a tríplice mensagem angelical. Baseando-nos em Daniel 8:14
podemos afirmar que esta é uma profecia básica para o surgimento do último período da
igreja de Deus nesta Terra para proclamar as mensagens dos três anjos de Apocalipse
14:6-10; e como cremos esta é a profecia para o surgimento da igreja Adventista do
Sétimo Dia como sendo a última igreja de Deus com o objetivo de proclamar a
mensagem de salvação para este mundo.
Os reformistas insistem em afirmar que eles é que são o povo ou a igreja de Deus agora
e, que a Igreja Adventista perdeu este direito. A seguir veremos alguns textos do
Espírito de Profecia comprovando o chamado e a direção de Deus até o fim com a Igreja
Adventista do Sétimo Dia, mostrando o contrário do que afirmam os reformistas.
A) Um Chamado Divino
A Igreja Adventista do Sétimo Dia não surgiu por acaso, mas sim com uma forte base
profética e foi chamada especialmente por Deus para cumprir a missão de proclamar o
evangelho a todo o mundo.
“Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no mundo como
atalaias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência a
um mundo a perecer. Sobre eles incide maravilhosa luz da Palavra de Deus. Confiou-
se-lhes uma obra da mais solene importância: A proclamação da primeira, segunda e
terceira mensagens angélicas’’(Evangelismo, p. 119 e 120).
“Os adventistas do sétimo dia foram escolhidos por Deus como um povo peculiar,
separado do mundo. Com a grande talhadeira da verdade Ele os cortou da pedreira do
mundo, e os ligou a Si. Tornou-os representantes Seus, e os chamou para serem
embaixadores Seus na derradeira obra de salvação” (Testemunhos Seletos, Vol. III, p.
140).
Deus chamou, segundo o espírito de profecia, os Adventistas do Sétimo Dia para ser a
Sua igreja e fazer a Sua obra, não ramificações transviadas como os Adventistas do
Sétimo Dia Movimento de Reforma, a Sociedade Missionária Internacional dos
Adventistas do Sétimo Dia Movimento de Reforma, etc...
B) Organizada Por Deus
A organização da Igreja Adventistas do Sétimo Dia veio por intermédio das orientações
divinas.
“Havia, no entanto, entre nosso povo, um forte sentimento contrário a organização. Os
adventistas do primeiro dia opunham-se a organização, e a maior parte dos adventistas
do sétimo dia entretinham as mesmas ideias. Buscamos o Senhor em oração fervorosa
para que pudéssemos compreender Sua vontade e Seu Espírito nos iluminou,

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mostrando-nos que deveria haver ordem e perfeita disciplina na igreja, e que era
essencial a organização” (Testemunhos Para Ministros, p. 26).
C) Ministério Designado Por Deus
O ministério adventista foi designado por Deus e subsiste com a orientação divina.
“Deus tem uma igreja e ela tem um ministério designado Por Ele” (Testemunho Para
Ministros, p. 52).
D) Um Nome Dado Por Deus
“Não podemos adotar outro nome que enquadre melhor do que esse que concorda com
a nossa profissão, exprime a nossa fé e nos caracteriza como povo peculiar. O nome
Adventista do Sétimo Dia é uma contínua exprobração ao mundo protestante. É aqui
que está a linha divisória entre os que adoram a Deus e os que adoram a besta e
recebem seu sinal” (Testemunhos Seletos, Vol. I, p. 79).
“O nome Adventista do Sétimo Dia exibe o verdadeiro caráter de nossa fé e será
próprio para persuadir aos espíritos indagadores. Como uma flecha da aljava do
Senhor, fere os transgressores da lei divina, induzindo ao arrependimento e à fé no
Senhor Jesus Cristo” (Ibid., p. 80).
“Somos Adventistas do Sétimo Dia. Envergonhamo-nos, acaso, de nosso nome?
Respondemos: ‘Não, não! Não nos envergonhamos. É o nome que o Senhor nos deu.
Esse nome indica a verdade que deve ser o teste das igrejas” (Mensagens Escolhidas,
Vol. II, p. 384).
Este é o nome que o Senhor deu a Sua igreja, Adventistas do Sétimo Dia, sem nenhum
acréscimo.
E) A Igreja Vai até o Fim, Não Cai.
Os reformistas afirmam que a igreja Adventista caiu. No entanto, veremos a seguir
vários textos onde nos mostra que a igreja não caiu e nem cairá, mas que vai até o fim
fazendo a obra para a qual foi chamada.
"O terceiro anjo a voar pelo meio do céu, e anunciando os mandamentos de Deus e o
testemunho de Jesus, representa a nossa obra. A mensagem não perde nada de sua
força no voo progressivo do anjo; pois João o vê crescendo em resistência e poder até
que a terra inteira seja iluminada Por sua glória” (Testemunhos Seletos, Vol. II, p.
169).
“Erguem-se continuamente pequenos grupos que creem que Deus está unicamente com
os poucos, os dispersos, e sua influência é derribar e espalhar o que os servos de Deus
constroem. Espíritos desassossegados, que desejam ver e crer constantemente alguma
coisa nova surgem de continuo, uns aqui, outros ali, fazendo todos uma obra especial
para o inimigo e, todavia, pretendendo possuir a verdade. Eles ficam separados do
povo a quem Deus está conduzindo e fazendo prosperar, e Por meio de quem a de
realizar Sua grande obra” (Ibid., Vol. I, p. 166).
Este texto foi escrito no ano de 1863, nesta época, sabemos que o povo que Deus estava
conduzindo era os adventistas do sétimo dia, e o texto afirma que é por meio deste povo
que Deus irá realizar Sua grande obra.

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“A igreja talvez pareça como prestes a cair, mas não cairá. Ela permanece, ao passo
que os pecadores de Sião serão jogados fora no joeiramento - a palha separada do
trigo precioso. É esse um transe terrível, não obstante importa que tenha lugar”
(Mensagens Escolhidas, Vol. II, p. 280).
A um irmão que queria sair da igreja adventista, a irmã White escreveu:
“Prezado irmão M..., tive um sonho impressionante na noite passada. Pensei que o
irmão estivesse num navio solidamente construído navegando em águas muito
agitadas. Por vezes, as ondas passavam Por cima, e o irmão ficava plenamente
molhado. Dizia: ‘Vou descer deste navio, ele vai afundar’. ‘Não, dizia alguém que
parecia ser o comandante, este navio vai entrar no porto, nunca há de afundar’”
(Testemunhos Seletos, Vol. II, p. 216).
Em 1913 a serva de Deus escreveu com relação a igreja:
“Quando a noite não consigo dormir, elevo o coração a Deus em oração, e Ele me
fortalece e me dá a certeza de que está com os Seus servos ministradores em campo
nacional e em terras distantes. Cobro ânimo, e sinto-me abençoada ao reconhecer que
o Deus de Israel ainda esta guiando o Seu povo, e continuará com eles até o fim" (Ibid.,
Vol. III, p. 439).
Em outro texto lemos o seguinte:
“Não há necessidade de duvidar, de temer que a obra não terá êxito. Deus está à frente
da obra, e Ele porá tudo em ordem. Se na direção da obra, houver coisas que careçam
de ajustamentos, Deus disso cuidará e operará para corrigir todo erro. Tenhamos fé
em que Deus há de pilotar seguramente ao porto a nobre nau que conduz ao povo de
Deus” (Ibid., Vol. II, p. 363).
Em Junho de 1893 a irmã White afirmou que era por meio deste povo que Deus iria
operar:
“Digo-vos, meus irmãos, que o Senhor tem um corpo organizado Por meio do qual Ele
irá operar” (Manuscrito 21, 12 de Junho de 1893 - Meditações Matinais 1980, p. 170).
Quando a irmã White fala de um corpo organizado, ela está falando da igreja Adventista
do Sétimo Dia, pois, este texto foi escrito em 1893, época em que ela defendeu a igreja
contra os ataques de muitos que diziam que a igreja era Babilônia, e é por meio deste
corpo organizado que Deus irá operar.

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CAPÍTULO III
A IGREJA NÃO É BABILÔNIA
Os vários movimentos reformistas têm se especializado em afirmarem que a igreja
Adventista do Sétimo Dia caiu em 1914 e não é mais a igreja de Deus e, portanto,
constitui-se babilônia ou faz parte de babilônia, e ainda afirmam que aqueles que
querem se salvar devem sair da Igreja Adventista e se unirem a igreja reformista.
Estas ideias já existiam no tempo da irmã White onde muitos se levantaram para afirmar
o que os reformistas afirmam hoje, no entanto, o espírito de profecia mostra claramente
que a igreja adventista não é babilônia e nem que se tornaria babilônia no futuro, pelo
contrário, ela afirma que muitos surgiriam para acusarem a igreja de babilônia, quando
ela usa os termos “surgirão”, “semelhantes mensagens surgirão”. Veremos agora alguns
textos a este respeito.
“Quando se levanta alguém, de nosso meio ou fora de nós, tendo a preocupação de
proclamar uma mensagem que declare que o povo de Deus pertence ao número dos de
babilônia, e que pretenda que o alto clamor é um chamado para sair dela, podereis
saber que esse tal não é portador da mensagem de verdade. Não recebais, não lhe
desejeis bom êxito; pois Deus não falou Por ele, nem lhe confiou uma mensagem, mas
ele correu antes de ser enviado. A mensagem contida no folheto intitulado ‘O Alto
Clamor’, é um engano, semelhantes mensagens hão de apresentar-se e delas será
declarado serem enviadas de Deus, mas tal declaração será falsa, pois não estão
cheias de luz, mas de trevas. Surgirão mensagens de acusação contra o povo de Deus,
imitando a obra feita Por Satanás em acusar o povo de Deus e estas mensagens serão
proclamadas na mesma ocasião em que Deus diz a Seu povo: ‘Levanta- te,
resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti.
Porque eis que as trevas cobriram a terra e a escuridão os povos; mas sobre ti o
Senhor virá surgindo e a Sua glória se verá sobre ti”(Testemunhos Para Ministros, p.
41 e 42).
“Aqueles que afirmam que as igrejas Adventistas do Sétimo Dia constituem babilônia
ou qualquer parte de babilônia, deveriam antes ficar em casa” (Ibid., p. 37).
Como temos visto nestes textos, a serva de Deus é bem clara em afirmar que a igreja
não é babilônia. Outro fator importante é que ela mostra que não é necessário sair da
igreja para se salvar. A um irmão que estava com essas ideias ela escreveu:
“Meu irmão, soube que estais assumindo a posição de que a igreja Adventista do
Sétimo dia é babilônia, e de que todos os que se querem salvar devem sair dela. Não
sois o único homem que o diabo tem enganado nessa questão... Meu irmão, se estais
ensinando que a igreja Adventista do Sétimo Dia é babilônia, estais errado. Deus não
vos deu nenhuma mensagem assim para proclamar. Satanás usará toda pessoa a que
possa ter acesso, inspirando homens a criar falsas teorias, ou a se desviar por qualquer
tangente errada, para dar origem a um falso excitamento, e assim desviar as almas do
verdadeiro assunto para este tempo” (Ibid., p. 58 e 59).
“A mensagem que declara a igreja Adventista do Sétimo Dia babilônia e chama o povo
de Deus a sair dela, não vem de nenhum mensageiro celeste, ou nenhum instrumento
humano inspirado pelo Espírito de Deus” (Mensagens Escolhidas, Vol. II, p. 66).

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O espírito de profecia mostra alguns pontos doutrinários das igrejas que fazem parte de
babilônia, tais como: a guarda do domingo, a crença na imortalidade da alma, a crença
no tormento eterno dos ímpios e a negação da existência de Cristo antes do Seu
nascimento em Belém, e a igreja Adventista não crê em nenhuma dessas doutrinas,
portanto a mesma não é babilônia. Vejamos o que a serva de Deus diz a esse respeito:
“É nosso dever individual andar humildemente com Deus. Não devemos buscar
nenhuma mensagem estranha nova. Não devemos pensar que os escolhidos de Deus,
que procuram andar na luz, componham babilônia. As igreja denominacionais caídas é
que são babilônias. Babilônia tem estado a promover doutrinas venenosas, o vinho do
erro. Esse vinho do erro é composto de doutrinas falsas, tais como: a imortalidade
natural da alma, o tormento eterno dos ímpios, a negação da existência de Cristo antes
de Seu nascimento em Belém, a defesa e exaltação do primeiro dia da semana acima do
santo e santificado dia de Deus. Estes erros e outros semelhantes são apresentados ao
mundo pelas várias igreja, e assim se cumpre as Escrituras que dizem: ‘Porque todas
as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição’” (Testemunhos Para Ministros,
p. 61 e 62).
A esses que andam proclamando que a igreja Adventista é babilônia a irmã White faz
um convite à unidade e convida-os a se arrependerem de haverem durante algum tempo
se colocado ao lado do acusador dos irmãos:
“Os que têm proclamado ser a igreja Adventista do Sétimo Dia, babilônia, têm feito
uso dos testemunhos para dar à Sua atitude um aparente apoio; mas porque é que não
apresentaram aquilo que Por anos tem sido a preocupação de minha mensagem -
unidade da igreja? Por que não citaram as palavras do anjo: ‘Uni-vos, uni-vos? ’”
(Ibid., p. 56).
“Em todas as épocas do mundo tem havido homens que pensam terem uma obra a fazer
para o Senhor, e não manifestam respeito por aqueles que o Senhor tem usado. Não
fazem aplicações corretas das Escrituras, e torcem as Escrituras para manterem suas
próprias ideias. Quaisquer que sejam as pretensões dos que se afastam do corpo para
proclamar teorias de sua própria invenção, eles estão a serviço de Satanás, a fim de
urdir algum outro para desviar almas da verdade para este tempo.
Acautelai-vos dos que se apresentam com a grande preocupação de denuncias a igreja.
Os escolhidos que estão enfrentando e arrostando a tempestade da oposição do mundo,
e erguendo os espezinhado Mandamentos de Deus a fim de exaltá-los como santos e
honrosos, são realmente a luz do mundo. Como ousa o homem mortal emitir sua
sentença sobre eles, e chamar a igreja de prostituta, babilônia, covil de salteadores,
esconderijo de toda ave imunda e detestável, morada de demônios, embriagando as
nações com o vinho de sua fornicação, aliando-se com os reis e os grandes da terra,
enriquecendo-se com a abundância de sua luxuria, e proclamando que seus pecados se
acumularam até o céu e que Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou? É esta
mensagem que temos de transmitir aos Adventistas do Sétimo Dia? Digo-vos que não!
Deus não deu semelhante mensagem a homem algum. Humilhem estes homens o
coração diante de Deus, e com verdadeira contrição e arrependam-se de se haverem
durante algum tempo colocado ao lado do acusador dos irmãos, o qual de dia e de
noite os acusa diante de Deus...
Suponhamos que essa mensagem espúria seja a que todos tenham de ouvir para este
tempo: ‘Retirai-vos dela povo Meu’, aonde iremos nós? Onde encontraremos a pureza,

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bondade e santidade que nos tome seguros? Onde está o aprisco no qual não entrará
lobo algum?
Digo-vos meus irmãos, que o Senhor tem um corpo organizado Por meio do qual ele
irá operar. Poderá haver mais de uma vintena de Judas entre eles; poderá haver um
Pedro impetuoso que sobre circunstâncias negue-se ao Senhor; poderá haver pessoas
representadas por João a quem Jesus amava, mas talvez ele tenha um zelo propenso a
destruir vidas humanas mandando descer fogo do céu sobre eles para vingar-se de um
insulto a Cristo e à verdade. Mas o Grande Mestre procura transmitir lições instrutivas
para corrigir esses males existentes” (Manuscrito 21, 12 de Junho de3 1893 -
Meditações Matinais 1980, p. 170).
Ao finalizarmos este capítulo chegamos as seguintes conclusões de acordo com os
textos citados:
A) A igreja Adventista do Sétimo Dia não é babilônia,
B) As igrejas denominacionais caídas é que fazem parte de babilônia,
C) Não é necessário sairmos da igreja Adventista do Sétimo dia para sermos salvos,
D) Aqueles que acusam a igreja Adventista do Sétimo dia de babilônia estão fazendo a
obra de Satanás,
E) Os que andam acusando a igreja devem arrepender-se e se unirem a mesma.

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CAPÍTULO IV
A VERDADEIRA E AS FALSAS REFORMAS
Neste capítulo analisaremos cuidadosamente as características da verdadeira reforma e
das falsas reformas.
A) Características da Verdadeira Reforma
A serva de Deus em visão contemplou o surgimento de um movimento reformatório,
vejamos como ela descreve este movimento:
“Necessitam-se agora homens de compreensão clara. Deus está apelando para os que
desejam deixar-se guiar pelo Espírito Santo num trabalho de completa reforma. Vejo
uma crise diante de nós e o Senhor roga aos Seus obreiros que se ponham a postos.
Cada alma deve agora colocar-se numa posição de consagração a Deus, mais sincera
e profunda do que nos anos passados...” (Testemunhos Para Ministros, p. 514).
“É chegado o tempo para se realizar uma reforma completa. Quando essa reforma
começar, o espírito de oração atuará em cada crente e banirá da igreja o espírito de
discórdia e luta. Os que não têm estado a viver em comunhão cristã chegar-se-ão uns
aos outros em contato íntimo. Um membro que trabalhe de maneira devida levará
outros membros a unir-se- lhes em súplica pela revelação do Espírito Santo. Não
haverá confusão, pois todos estarão em harmonia com o Espírito. As barreiras que
separam um crente do outro, serão derribadas e os servos de Deus falarão as mesmas
coisas. O Senhor cooperará com os Seus servos. Todos orarão com entendimento a
prece que Cristo ensinou aos Seus servos: ‘Venha o Teu reina, Seja feita a Tua
vontade, assim na terra como no Céu’ (Mt. 6:10) (Testemunhos Seletos, Vol. III, p. 254
e 255).
“Fiquei profundamente impressiona pelas cenas que recentemente passaram diante de
mim à noite. Parecia existir um grande movimento - um trabalho de reavivamento - em
ação em vários lugares. Nosso povo movia-se em linha e respondia ao apelo de Deus”
(Testemunhos Para Ministros, p. 515).
“Em visões da noite passaram perante mim representações de um grande movimento
reformatório entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos
eram curados e outros milagres eram operados. Viu-se um espírito de intercessão tal
como se manifestou antes do grande dia de Pentecostes. Viam-se centenas e milhares
visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Os corações eram
convencidos pelo poder Espírito Santo e manifestava-se um espírito de genuína
conversão. Portas se abriam por toda parte para proclamação da verdade. O mundo
parecia iluminado pela influência celestial. Grandes bênçãos eram recebidas pelo fiel e
humilde povo de Deus. Ouvi vozes de ação de graças e louvor, e parecia haver uma
reforma como a que testemunhamos em 1844” (Testemunhos Seletos, Vol. III, p. 345).
“Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a terra, haverá, entre o povo do
Senhor,

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tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos
apostólicos. O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos” (O
Grande Conflito, p. 466 - 27a Edição).
De acordo com o que acabamos de ler as características do verdadeiro movimento
reformatório são as seguintes:
1) Quando começa bani da igreja o espírito de discórdia e luta;
2) O Espírito de oração atuará em cada crente;
3) Não haverá confusão;
4) Todos estarão em harmonia com o Espírito;
5) As barreiras que separam um crente do outro serão derribadas,
6) Os servos de Deus falarão as mesmas coisas;
7) Os enfermos serão curados e outros milagres serão operados;
8) Haverá espírito de intercessão como dantes no dia de Pentecostes;
9) Centenas e milhares visitaram famílias abrindo-lhes a Palavra de Deus;
10) É um grande movimento;
11) É um movimento entre o povo de Deus – Os Adventistas do Sétimo Dia – não uma
nova igreja.
12) Se manifesta o espírito de genuína conversão;
13) Os corações serão convencidos pelo poder do Espírito Santo;
14) O mundo será iluminado pela influência celestial;
15) Haverá uma reforma completa, não pela metade.

Como vemos, as características deste movimento ainda não aconteceram, isto significa
que o verdadeiro movimento reformatório profetizado por Ellen White ainda não surgiu,
mas surgirá, pois a profecia não falha. Este movimento ocorrerá por ocasião do
derramamento do Espírito Santo na igreja, e só irão participar deste movimento quem
agora estiver se reformando individualmente.
Devemos nos preparar e esperar o surgimento do movimento reformatório dentro da
igreja de Deus, e não fora dela; pois segundo Ezequiel 9:4 os que foram selados entre o
povo de Israel estavam em Jerusalém e não fora. A serva de Deus diz “esperai em
Jerusalém” e sabemos que Jerusalém representa a igreja.
“Necessitamos de uma reforma completa em todas as nossas igrejas. O convertedor
poder de Deus deve penetrar na igreja. Buscai ao Senhor com todo o fervor, abandonai
vossos pecados e esperai em Jerusalém até que sejais revestidos do poder do alto.
Permite que Deus vos separe para a obra. Purificai vossas almas por obediência à
verdade” (Testemunhos Para Ministros, p. 443).
Gostaria de chamar a atenção mais uma vez para o fato de que a irmã White viu um
movimento reformatório entre o povo de Deus, e não uma igreja chamada Movimento
de Reforma ou Completa Reforma.
B) Características das Falsas Reformas.
Nenhuma dos movimentos que têm surgido fora da igreja adventista se intitulando
como a reforma profetizada tem cumprido as características do verdadeiro movimento
reformatório profetizado por Ellen White. Tanto as reformas que surgiram em 1914 e
1951 não têm cumprido estas características, portanto, todos esses movimentos são
falsos. Vejamos o que diz a pena inspirada a respeito das falsas reformas:

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A Igreja da Profecia e o Movimento Reformista de 1914

“Eu vi que os misteriosos sinais e maravilhas e as falsas reformas aumentariam e se


espalhariam. As reformas que me foram mostradas não eram reformas do erro para a
verdade” (Primeiros Escritos, p. 45).
“Alguns Satanás engana com espiritismo. Apresenta-se também como anjo de luz e
espalha sua influência sobre a terra por meio de falsas reformas. As igrejas ficam
alvoroçadas e consideram que Deus está trabalhando maravilhosamente por meio
delas, quando isto é obra de outro espírito” (Ibid., p. 261).
A profecia não falha, e os falsos movimentos têm surgido não do erro para a verdade,
mas da verdade para o erro. Vejamos agora algumas características desses movimentos
falsos, especialmente o movimento de reforma que surgiu em 1914.
1) Um movimento organizado fora da igreja
Em um diálogo realizado em 1920 entre A. G. Daniells na época presidente da
Conferência Geral dos Adventistas do Sétimo Dia e o presidente da Reforma de 1914 E.
Dorsheler é demonstrado que a organização da reforma começou desde 1915 fora da
igreja adventista.
“E. Dorsheler: Desejo dar uma breve explicação referente a isto. Juntaram-se conosco
pessoas que não eram muito sóbrias. Não podíamos ver que classe de pessoas eram;
porque a princípio não estávamos tão organizados.
A. G.Daniells: Desde quando começou sua organização?
E. Dorsheler: Desde 1915. Tal como em 1844 demorou dez anos, assim podemos dizer
exatamente agora que a organização esta estabelecida” (Protocolo de Fridensau, p. 22).
A verdadeira reforma é dentro da igreja como já temos analisado, mas as falsas
reformas ficam fora do corpo organizado, ou seja, fora da igreja. A serva de Deus fala
contra estas pessoas que assim agem:
“Quando alguém se afasta do corpo organizado do povo que observa os mandamentos
de Deus, quando começa a pesar a igreja em suas balanças humanas e a acusá-la,
podeis saber que Deus não o está dirigindo. Ele se encontra no caminho errado"
(Mensagens Escolhidas, Vol. III. p. 18).
“Devemos trabalhar como soldados em um exército. Não devemos sair das fileiras e
começar uma obra por nossa própria conta” (Ibid., Vol. II, p. 71).
2) É Um Movimento Pequeno
O movimento profetizado por Ellen White é um grande movimento, que ilumina o
mundo, não um pequeno movimento como as reformas que têm surgido especialmente a
de 1914. Para se ter uma ideia deste movimento de reforma de 1914, quando ele surgiu
tinha 2.000 mil membros na Alemanha, conforme declaração feita na ata da Conferência
Geral da Reforma em 1993 realizada em Quito - Equador a qual tive a oportunidade de
participar como delegado representando o Brasil.
“En Alemania habia al principio dos mil miembros” (Acta de la Sesión de la
conferência General dei 08-03-1993 em Quito - Equador, p. 8).

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A Igreja da Profecia e o Movimento Reformista de 1914

É interessante notar que quando foi dado o relatório do número de membros na


Alemanha em 1993, após mais de 90 anos do surgimento da Reforma apenas foi
relatado 559 membros e isto juntando a Alemanha, Áustria, Suíça e Polônia.
Veja declaração do próprio relatório:
“Union Alemania. El hermano A. Di. Franca presento el informe. A la uniom pertencen
tres asociaciones Alemania, y Autria, y Suiza y Polonia como campos missioneros. La
membresia el 31-12-1992 ascendia a 559 miembros. Trabajam en la union alemania
diez pastores, 11 obreros biblicos y un colportor (ibid., p. 15).
Este movimento não tem êxito, é um movimento pequeno. Sobre estes movimentos
pequenos diz Ellen White:
“Erguem-se continuamente pequenos grupos que creem que Deus está unicamente
com” os poucos, os dispersos e sua influência é derribar e espalhar o que os servos de
Deus constroem. Espíritos desassossegados, que desejam ver e crer constantemente em
alguma coisa nova, surgem de contínuo, uns aqui, outros ali, fazendo todos uma obra
especial para o inimigo, e todavia, pretendendo possuir a verdade. Eles ficam
separados do povo a quem Deus está conduzindo e fazendo prosperar, e por meio de
quem há de realizar Sua grande obra” (Testemunhos Seletos, Vol. I, p. 166).
Os movimentos reformistas que têm surgido são pequenos grupos e eles creem, que
Deus está unicamente com os poucos. O Movimento de Reforma de 1914 tem, segundo
o último relatório em 1993, aproximadamente 20.000 membros apenas no mundo. No
entanto, a serva de Deus diz que o povo de Deus prospera, como vimos no último texto
citado. Os reformistas se gloriam de serem grupos pequenos em comparação com a
Igreja Adventista, mas a pena inspirada diz que o povo de Deus é pequeno em
comparação com os milhões do mundo.
“Em comparação com os milhões do mundo, o povo de Deus será, como tem sido
sempre, um pequeno rebanho; mas se permanecerem na verdade como revelada em
Sua Palavra, Deus será seu refúgio” (Atos dos Apóstolos, p. 589).
3) Confusão e Desordem.
O surgimento do movimento reformista em 1914 não foi com espírito de oração, amor e
união, como será o surgimento da verdadeira reforma, mas pelo contrário, eles criaram
muita confusão. Vejamos algumas declarações sobre o problema de 1914 referente ao
Movimento de Reforma contida no protocolo de Fridensau:
“Em lugar de dirigir-se a Associação Geral sempre continuaram fazendo a guerra no
seio das igrejas”. (Protocolo de Fridensau, p. 19).
“Teriam direito os dirigentes do movimento oposicionista de agitar constantemente
nossas igrejas com essas circunstâncias difíceis, de formar desordens, de derrubar as
igrejas e de formas suas próprias igrejas?” (ibid. 19).
4) Surgiram Levantando Falso Testemunho
O movimento reformista de 1914 surgiu levantando falso testemunho contra a igreja
Adventista, dizendo que a igreja tinha se apropriado das casas publicadoras e das
instituições missionárias, e que eles - os reformistas - eram os legítimos donos. Vejamos
a declaração que eles fizeram a este respeito:
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A Igreja da Profecia e o Movimento Reformista de 1914

Número 18 é o documento do mesmo E. Dorsheler no qual escreve que nos apropriamos


das casas publicadoras e das instituições missionárias; porém que eles são os legítimos
donos.
“E. Dorsheler: (Primeiro presidente da Reforma) Ainda hoje tenho o mesmo ponto de
vista, de que as casas publicadoras, como a daqui de Fridensau, pertencem ao lugar
onde estão os princípios que foram dados em 1844. Pertencem aos irmãos que
persistem neles” (lbid., p. 24).
Como sabemos, as instituições missionárias pertenciam a organização adventista, que
por sinal foram adquiridas com muito sacrifício. Como queriam eles, os reformistas, se
apropriarem destas instituições e afirmarem que foi a igreja Adventistas que se
apropriou das mesmas? Na realidade isto é uma grande calúnia.
5) Surgiram Mentindo
Durante a divisão iniciada em 1914, os reformistas distribuíam revistas ao final dos
cultos da igreja Adventistas, e eles diziam que estas eram um resumo do sermão que o
pregador adventista tinha proferido, mas isto era pura mentira, pois estas resistas eram
escritas para acusar a igreja Adventista de babilônia.
“8ª Pergunta: Teria o direito de distribuir publicamente as revistas citadas, depois de
nossas reuniões como resumos ou extratos de nossos sermões, expondo-nos como a
babilônia caída, usando também falsamente os testemunhos para este fim?” (Ibid., p.
20).
A esses que usam os testemunhos para acusarem a igreja a pena inspirada diz:
“Os que escolhem os testemunhos como a mensagem de Deus, são por eles abençoados
e auxiliados; mas os que o fragmentam, simplesmente para apoiar alguma teoria ou
ideia pessoal, para defender um procedimento errado, não serão abençoados e
beneficiados por aquilo que ensinam. Pretender que a Igreja Adventista do Sétimo Dia
seja babilônia é fazer a mesma declaração que faz Satanás, que é o acusador dos
irmãos, acusando-os dia e noite perante Deus” (Testemunhos Para Ministros, p. 42 e
43).
6) Espírito de Desunião
Desde o surgimento, tanto da reforma de 1914 como os outros movimentos reformistas,
eles têm se caracterizado pela falta de união. Vejamos agora algumas declarações
contidas no livro ‘A Mão de Deus na Sua Obra e na Direção do Seu Povo’ (Livro do
Pecado), escrito por D. Nicolice, que foi secretário da reforma que surgiu em 1914 e
presidente da Reforma que surgiu em 1951, onde é mostrado claramente a desunião dos
reformistas:
“Os filhos do irmão Welp brigaram com o irmão K. Spanknobet e tomara a obra nas
suas mãos na América do Norte. Ninguém podia se opor, pois o pai era o presidente da
conferência geral. O irmão Spanknobet como secretário do pai Welp, foi deposto” (A
Mão de Deus na Sua Obra na Direção do Seu Povo, p. 20).
“Uma mudança tomou lugar. O irmão Otto Welp foi por quatorze anos presidente da
conferência Geral. Pensou que o seria até a sua morte. Esta, porém, não era a ordem
divina. O irmão Maas foi chamado para tomar conta deste cargo. O irmão Otto Welp

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A Igreja da Profecia e o Movimento Reformista de 1914

foi eleito para tesoureiro, mas o espírito oposicionista revelou-se no irmão Otto Welp.
Constantemente mantinha-se insatisfeito. Onde quer fosse levava suas queixas. Os
relatórios da Conferência Geral o afirmam” (Ibid., p. 20 e 21).
Agora vejamos um trecho da carta do filho do irmão Welp:
“Querido pai!
Muita paz seja com o senhor. Jó 40:32; 41:1.
Hoje de manhã recebemos sua carta, e o conteúdo nos surpreendeu bastante. Como
sabemos o cargo de tesoureiro foi tirado do senhor. Esperávamos tudo, menos isto. O
irmão Maas é um dos mais perigosos ladrões que jamais tivemos entre nós. Seu modo
de agir não pode no mínimo ser como aquele de Sp ..., R. ..., ou qualquer outro irmão
que fosse excluído. Ele trabalha de tal maneira que ninguém podia pegá-lo. Nós
naturalmente não esqueceremos que o senhor lhe deu relho não mão com o qual ele
hoje lhe bate. O senhor esqueceu de refreá-lo no tempo devido no seu mal caminho, e
agora é tarde demais. Sua última oportunidade foi na reunião da comissão da Suíça. O
senhor deixaria simplesmente que houvesse uma divisão, irmão Maas não permitiria
que viesse a tal ponto. Como poderia a comissão tirar o seu trabalho, quando o senhor
foi escolhido pela última reunião da Conferência Geral? Uma tal troca poderá dar-se
apenas quando a Conferência Geral toda novamente se reunir. Não se compreende
como o irmão Maas pode passar por tudo. É ou dominar ou ir a ruína. Debaixo dessas
circunstâncias podia se perder toda a confiança na obra. Nossa organização é dez
vezes pior do que a igreja grande, e nós reconhecemos ser cristãos. Se o senhor
reconhecesse sua obrigação diante de Deus e estivesse destemidamente em seu posto,
então teria a companhia de Deus. Nós estaríamos imediatamente ao seu lado. Mas que
poderemos fazer agora? Nossa última oportunidade passou. Quando o senhor no futuro
dirigir, então o irmão Maas dirá juntamente com outros irmãos: 'Veja, o irmão Welp
segue o mesmo caminho que outros seguiram. Ele tem uma raiz de amargura em seu
coração’. Todo poder foi tirado de suas mãos e será difícil receber novamente”. (Ibid.,
p. 21).
Os reformistas sempre estão em desunião desde quando eles se separaram em 1951,
formando assim duas Conferências Geral da Reforma. Uma com sede na Alemanha, que
é a reforma de 1914, e a outra com sede nos Estados Unidos que é a reforma de 1951.
Uma acusa a outra. De vez em quando tentam a união, mas sempre termina em brigas e
mais divisões.
Sobre esses movimentos diz a pena inspirada:
“Os movimentos esporádicos, agitados, de alguns que pretendem ser cristãos, são bem
representados pelo trabalho de cavalos fortes, mas não adestrados. Quando um puxa
para frente, o outro puxa para trás, e à voz de seu guia um se precipita para diante e o
outro fica imóvel. Se os homens não agirem em harmonia na grande importante obra
para este tempo, haverá confusão” (Testemunhos Seletos, Vol. III. p. 406).
7) Brigas Por Causa de Dinheiro
Quando os reformistas se dividiram em 1951, eles brigaram muito por causa do
dinheiro. Uma carta escrita nesta época por um dos pastores da Reforma e líder do
movimento revela isto.

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A Igreja da Profecia e o Movimento Reformista de 1914

“Carlos Kozel, Zeist, Holanda, 18 de maio de 1951.


Prezada irmã Wassenmiller:
Antes de tudo, desejo-te a paz do Senhor.
Estaríeis esperando alguma notícia minha. Estamos tão ocupados que pouco tempo nos
sobra.
O motivo porque te escrevo hoje, é o de pedir-te que nos faças o favor de ir
imediatamente com a inclusa carta do irmão Nicolice ao Banco da América, para
passar os U$ 3.500,00 (Três Mil e Quinhentos Dólares) imediatamente à minha conta
bancária: Carlos Kozel.
Todos os delegados decidiram unanimemente que esse dinheiro deve passar à minha
conta. Pego-te, pois, que vás imediatamente ao banco com a carta anexa do irmão
Nicolice, e liquides esse assunto. Em seguida, escreva-me imediatamente algumas
linhas, informando-me que esse assunto foi liquidado dessa maneira. Como ainda não
sei quanto tempo continuaremos em sessão, escreva-me por favor, imediatamente após
receberes estas linhas, para o seguinte endereço:
Mr. Carlos Kozel
A/C A. Ringelberg
Willen Barenstraat, 67
UTRECHT, Holanda.

Talvez tua carta me alcance quando estivermos em sessão aqui.


Anexo dois certificados que poderá usar caso lhes sejam úteis para a transferência do
dinheiro para meu nome.
Sendo só para hoje, queiras receber, juntamente com teu querido Sascha, saudações do
vosso irmão, que convosco está ligado no amor do Salvador.
Ass. Carlos Kozel.” (Documento n.° 4).
É interessante notar a pressa do líder reformista em pedir que o dinheiro fosse passado
para sua conta bancária, quando por cinco vezes ele usa o termo “imediatamente”.
Todos os pontos apresentados nas características dos falsos movimentos mostram que,
tanto o Movimento de Reforma de 1914, de 1951 e outros que tem surgido são falsos
movimentos reformatórios.
Ao concluir este capítulo, é importante ressaltar que na igreja Adventista do Sétimo Dia
existem problemas, dificuldades, confusões, e reveses, no entanto, nós aguardamos o
movimento reformatório profetizado por Ellen White, e quando esse movimento surgir
desaparecerá da igreja o espírito de discórdia e luta como já vimos anteriormente. A
Reforma, no entanto, diz que é a reforma profetizada e no meio reformista acontecem
todas essas confusões. Isto é uma demonstração clara de que eles são falsos
movimentos.

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A Igreja da Profecia e o Movimento Reformista de 1914

CAPÍTULO V
A REFORMA DE 1914 NÃO É A VERDADEIRA
Analisaremos neste capítulo, algumas razões que demonstram nitidamente que a
Reforma de 1914 não é a que foi profetizada por Ellen White.
A) A Reforma de 1914 não cumpre as características da reforma profetizada por Ellen
White, conforme estudamos anteriormente.
B) Se a Reforma de 1914 fosse a verdadeira, a irmã White teria profetizado que a igreja
Adventista do Sétimo Dia iria cair e, que Deus levantaria outra igreja chamada
‘Movimento de Reforma’ ou Sociedade Missionária Internacional’, pois Deus revela os
acontecimentos aos Seus servos conforme Amós 3:7. A este respeito a pena inspirada
diz:
"Não baixa sobre a igreja nenhuma nuvens para a qual Deus não esteja preparado;
nenhuma força oponente se tem erguido para opor-se a obra de Deus, que Ele não haja
previsto. Tudo tem ocorrido como Ele predisse por meio de Seus profetas. Não tem
deixado Sua igreja em trevas, abandonada, mas traçou em declarações proféticas, o
que havia de acontecer, e mediante Suas providências, agindo no lugar indicado na
história do mundo, Ele executou aquilo que Seu Santo Espírito inspirara os profetas a
pré-dizerem. Todos os Seus desígnios se cumprirão e serão estabelecidos” (Meditação
Matinal 1977, p. 16).
Como vemos, o texto é bem claro, Deus revela o que vai acontecer, e não deixa a igreja
em trevas. Mas em vez da irmã White dizer que a igreja Adventista do Sétimo Dia iria
cair e que Deus iria levantar outra igreja em 1914, ela mostra o contrário, dizendo que a
igreja não cairia e que não surgiria outro movimento.
“A igreja talvez pareça prestes a cair, mas não cairá” (Mensagens Escolhidas, Vol. II,
p. 380).
“Alguns há que apanham da Palavra de Deus e também dos testemunhos parágrafos
ou sentenças destacados, que podem ser interpretados de maneira a se ajustarem a
suas ideias, e nelas se detêm, e encastelam-se em suas próprias posições, quando Deus
não os está dirigindo. Aí está o vosso perigo.
Tomais passagens do testemunhos que falam do fim do tempo da graça, da sacudidura
do povo de Deus, e falais da saída dentre este povo de um outro povo mais puro, santo,
que surgirá. Ora, tudo isso agrada ao inimigo” (Ibid., Vol. i, p. 179).
Em 1913, em vez da irmã White dizer que igreja iria cair em 1914, ela diz que Deus
continuaria com Seu povo até o fim.
“Quando a noite não consigo dormir, elevo o coração a Deus em oração, e Ele me
fortalece, e me dá certeza de que está com Seus servos ministradores no campo
nacional e em terras distantes. Cobro ânimo e sinto-me abençoada ao reconhecer que o
Deus de Israel ainda está guiando o Seu povo e continuará com eles até o fim”
(Testemunhos Seletos, Vol. III, p. 439).

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A Igreja da Profecia e o Movimento Reformista de 1914

C) Se a igreja Adventista fosse deixar de ser a igreja de Deus como dizem os reformista,
é evidente que a irmã White não teria feito um testamento entregando parte de seus bens
a esta igreja que ela sabia que iria cair em 1914. Ela fez este testamento em 1912, mas
os benefícios do mesmo seria no futuro. (Ver Revista Adventista, Junho de 1974, pp. 6,
7).
D) Caso o movimento surgido em 1914 fosse a reforma verdadeira, os pastores fiéis que
estavam vivos em 1914 teriam passado para a Reforma, mas nenhum deles aderiu a este
movimento, pois o mesmo era espúrio. Falando sobre os ministros fiéis em 1913 a serva
de Deus disse:
“Sejam todos prudentes em não desanimar os pioneiros, nem levá-los a sentir que
pouco poderão fazer. Sua influência pode ainda ser exercida poderosamente na causa
do Senhor. O testemunho doe ministros idosos, será sempre um auxilio e uma benção
para a igreja. Deus cuidará dos Seus porta estandartes provados e fiéis, noite e dia até
que chegue a sua hora de despir a armadura. Assegure-se-lhes que estão sob o cuidado
protetor dAquele que não tosqueneja nem dorme; que são vigiados por sentinelas
incansáveis. Sabendo disso, e reconhecendo que estão em Cristo, poderão contar
confiadamente com as providências de Deus”. (Testemunhos Seletos, Vol. III, pp. 438 e
439)
“Quando a noite não consigo dormir, elevo o coração a Deus em oração, e Ele me
fortalece, e me da a certeza de que está com Seus servos ministradores no campo
nacional e em torras distantes. Cobro ânimo e sinto-me abençoada ao reconhecer que
o Deus de Israel ainda está guiando o Seu povo, e continuará com eles até ao fim"
(Ibid., p. 439).
Dentre alguns pastores fiéis que estavam vivos em 1914 e que permaneceram firmes na
Igreja Adventista do Sétimo Dia, temos o exemplo de G. Butler. Sobre ele a serva de
Deus escreve:
“É com sentimentos de satisfação e gratidão a Deus que vemos o pastor (G. Butler) de
novo no serviço ativo. Seu cabelo grisalho testifica que ele sabe o que são aflições.
Damo-lhes as boas vindas de novo em nossas fileiras, e consideramo-lo um dos mais
valiosos obreiros"(Mensagens Escolhidas, Vol. II, p. 226).
O pastor Butler morreu em 1918, depois que tinha surgido o movimento de reforma,
mas ele morreu fiel na Igreja Adventista do Sétimo Dia.
"Afinal, no dia 25 de julho de 1918, enquanto os canhões rugiam destruidores,
ensanguentando os campos na velha Europa, descansou suavemente, G. Butler, um
príncipe em Israel” (A Mão de Deus ao Leme, p. 133).
Outro pastor que foi fiel, foi o pastor J. Loughborough. Falando sobre ele a serva de
Deus escreveu:
“Sou grata por poder ainda o pastor J. N. Loughborough usar suas habilitações e dons
na causa de Deus. Ele tem ficado fiel em meio de tempestades e provações"
(Mensagens Escolhidas, Vol. II, p. 225).

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A Igreja da Profecia e o Movimento Reformista de 1914

É interessante notar que a irmã White disse que este era um homem fiel, pois em meio
as tempestades e provações, se mantinha firme ao lado do Senhor. O pastor J. H.
Loughborough morreu em 1924, mas na Igreja Adventista do Sétimo Dia.
“Nenhum pastor adventista ordenado aderiu ao movimento surgido. Homens
consagrados como J. N. Loughborough...” (A Falácia do Movimento de Reforma de
1914, p. 17).
E) Outro fator muito interessante é que a irmã White morreu em 1915, quando já tinha
surgido o movimento de reforma, mas ela morreu fiel na Igreja Adventista do Sétimo
Dia. Inclusive, em seu testamento feito em 1912 ela deixou instruções para que após sua
morte, a sua cerimônia fúnebre fosse realizada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia.
“Deixo instrução para que meu corpo seja sepultado com as devidas cerimônias
religiosas da Igreja Adventista do Sétimo Dia, sem aparato ou ostentação" (O
Testamento da Senhora White, Revista Adventista, Junho de 1974, p. 6).
E como falamos anteriormente ela morreu em 1915 com a sua mente ainda lúcida, para
distinguir entre o certo e o errado.
“Na idade de oitenta e sete anos, em fevereiro de 1915, ao entrar em seu escritório,
tropeçou no umbral. O exame de raio X revelou haver-se fraturado o quadril.
Impossibilitada de caminhar novamente, foi-se pouco a pouco enfraquecendo até que
morreu, a 16 de julho de 1915. As últimas palavras que dirigiu a seu filho, W. C. White,
foram: ‘Eu sei em quem tenho crido'. Assim terminou a vida de uma mensageira de
Deus que trabalhou em bem da igreja adventista a maior parte de sua longa existência”
(Traduzido por Odair Linhares e Isolina A. Waldvogel, História de Nossa Igreja, p.
205).
F) O pastor G. C. White, filho de Ellen G. White, foi outro que foi fiel e não saiu da
igreja Adventista do Sétimo Dia. Ao seu respeito a pena inspirada escreve:
"Foi-me mostrado, também que meu filho, G. C. White, seria meu ajudante e
conselheiro, e que o Senhor poria sobre ele o espírito de sabedoria e são
discernimento. Foi-me mostrado que o guiaria, e que ele não seria desviado, porque
reconheceria as direções e orientações do Espírito Santo” (Mensagens Escolhidas, Vol.
I, p. 54).
“Porei meu Espírito sobre teu filho e fortalecer-lo-ei para fazer sua obra. Ele possui a
graça da humildade. O Senhor o escolheu para desempenhar parte importante na Sua
obra. Para isso nasceu ele” (Ibid., p. 55).
É interessante notar alguns detalhes nessas citações, aonde foi mostrado a irmã White,
com relação ao seu filho, o seguinte:
1) Teria o espírito de sabedoria e são discernimento;
2) Seria guiado por Deus;
3) Que ele não se desviaria;
4) Que ele não se desviaria;
5) Que foi escolhido para fazer a obra de Deus.
No entanto, G. C. White morreu em 1937 na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Se
realmente a reforma de 1914 fosse a verdadeira ele teria passado para este movimento.

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A Igreja da Profecia e o Movimento Reformista de 1914

“... William (Guilherme) White, filho da irmã White, não filiou aquele movimento,
morreu em 1937, mas de 20 anos após o surgimento dos reformistas” (A Falácia do
Movimento de Reforma de 1914, p. 17).
CAPÍTULO VI

DOUTRINAS DOS REFORMISTAS

Com relação a parte doutrinária, existe muita semelhança das doutrina Reformistas com
as doutrinas Adventistas. No entanto, Satanás sempre mistura a verdade com o erro ou
muitas vezes usando uma doutrina verdadeira, leva ao extremo ou ao fanatismo.
Veremos agora algumas doutrinas erradas dos Reformistas.

A) Alimentação Cárnea Como Prova de Comunhão

A Igreja da Reforma tem colocado a abstinência do alimento cárneo, como um ponto


doutrinário e fez do assunto da alimentação cárnea uma prova de comunhão, ou seja, a
Reforma só batiza uma pessoa se a mesma deixar de se alimentar com qualquer tipo de
carne (Galinha, peixe, etc), e se a pessoa for membro da igreja e usar o alimento cárneo,
é disciplinado e se necessário excluído.

A Palavra de Deus e o Espírito de Profecia mostra claramente que não podemos fazer
do uso da alimentação cárnea, uma prova de comunhão. É verdade que o plano de Deus
para o Seu povo é que abandonem o uso de alimentação cárnea, e devemos orientar as
pessoas neste sentido; todavia não existe base bíblica, nem no Espírito de Profecia para
se colocar a alimentação cárnea como prova de comunhão. Alguns textos bíblicos
mostram isto claramente (Gn. 9:1-4; Lev 11:1-47; Mt. 14:13-2í , Ml. 15:29-33; Jo. 21:1-
13). Os textos citados não têm o objetivo de incentivar a ninguém a se alimentar com
alimento cárneo, mas simplesmente para demonstrar que alimentação cárnea não é
prova de comunhão.

Veremos agora alguns textos do Espírito de Profecia e a posição da irmã White com
relação a alimentação cárnea. A luz sobre a reforma de saúde incluindo alimentação
cárnea foi dada ao povo adventista através de uma visão que a irmã White teve em
1863.

“Foi na casa do irmão A. Hilliard, em Otsego, Michigam a 6 de junho de 1863, que me


foi exposto em visão o grande tema da reforma pró-saúde" (Conselho Sobre Regime
Alimentar, p. 481).

“Mas desde que o Senhor me apresentou, em junho de 1863, a questão do comer carne
em relação com a saúde, deixei o uso desse alimento" (Ibid., p. 482).

Como temos observado através destes textos desde quando a irmã White recebeu a
visão sobre o comer carne, ela deixou esse alimento e passou a transmitir essa
mensagem. Mas é muito importante observar que ela nunca impôs isto aos outros e
nunca disse que a carne fosse prova de comunhão. Ela nunca afirmou em seus escritos
que, uma pessoa que comesse carne não poderia ser batizada ou que ou se um membro
da igreja comesse carne deveria ser excluído como fazem os reformistas. Pelo contrário,
apesar de ela incentivar os membros da igreja a fazer uma reforma nesse sentido, ela
afirmou diversas vezes que a carne não é prova de comunhão. A seguir veremos
www.movimentodereforma.blogspot.comPá gina 21
A Igreja da Profecia e o Movimento Reformista de 1914

diversos textos que foram escritos após a visão que a irmã White teve e que é
demonstrado claramente que a carne não é prova de comunhão.
1) Em 1881, 18 anos após a irmã White ter a visão sobre a carne ela diz que carne não é
prova, mas o Sábado é.
"A questão a cerca de se devemos comer manteiga, carne ou queijo, não deve ser
apresentado como prova a quem quer que seja, mas devemos educar as pessoas,
mostrando os males das coisas que são censuráveis. Os que apanham estas coisas e as
impõem aos outros não sabem qual a obra que estão realizando. A Palavra de Deus
deu prova para Seu povo. A observância da Santa Lei de Deus, o Sábado, é uma prova,
um sinal entre Deus e Seu povo através de todas as suas gerações, para sempre. Para
sempre isto será o tema principal da mensagem do terceiro anjo - os mandamentos de
Deus e o testemunho de Jesus Cristo’’ (Mensagens Escolhidas, Vol. III, p. 287).

“Chá, café, fumo e álcool precisam ser apresentados como condescendências


pecaminosas. Não podemos pôr a carne, os ovos, a manteiga e o queijo em pé de
igualdade com esses artigos colocados sobre a mesa. Estes não devem ser postos na
frente, como tema principal da nossa obra. Os primeiros - chá, café, fumo, cerveja,
vinho e todas as bebidas alcoólicas - não devem ser ingeridos moderadamente, mas
rejeitados" (Ibid.).

2) Em 1895, 32 anos após a visão ela escreveu:

“Nunca julguei ser meu dever que ninguém deveria provar carne, sob quaisquer
circunstâncias. Dizer isto, quando o povo tem sido educado a viver de comer carne em
tão grande medida, seria levar ao extremo a questão. Nunca senti ser dever meu fazer
asserções arrasadoras. O que tenho dito, disse-o sob uma intuição do dever, mas tenho
sido cautelosa em minhas afirmações, porque não queria dar ocasião para qualquer
pessoa ser consciência para outro...
Tenho estado a passar, neste país, por uma experiência semelhante a que tive em novos
campos na América. Tenho visto famílias cuja circunstâncias não lhes permitia suprir a
mesa com alimentos saldáveis. Vizinhos incrédulos mandava-lhes porções de carne de
animais mortos recentemente. Faziam sopa dessa carne, suprindo as suas famílias
grandes, de muitos filhos, refeições de sopa e pão. Não era meu dever, nem julgo ter
sido dever de quem quer que fosse, fazer-lhes conferência sobre os males de comer
carne. Sinto sincera consideração para com famílias que chegaram a fé recentemente,
e que se sente tão premidas pela pobreza que não sabe de onde lhes virá a próxima
refeição. Não é meu dever fazer-lhes discursos sobre o comer saudável. Há tempo para
falar, e tempo para calar. A oportunidade oferecida por circunstância dessa obra, é
oportunidade para falar palavras que anime e abençoe, ao invés de condenar e
reprovar. Os que têm vivido com regime cárneo toda vida, não vêem o mal de
continuar essa prática, e tem de ser tratados com brandura" (Conselho Sobre Regime
Alimentar, p. 62).
3) Em 1896, 33 anos após a visão ela relatou que a questão de comer carne deve ser
tratado com precauções.
“Neste Austrália existe uma sociedade vegetariana organizada, mas é relativamente
pequeno o número de seus associados. Entre o povo em geral, a carne é usada
largamente, por toda classe. É o artigo de alimentação mais barato; e mesmo onde a
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pobreza impera encontra- se em geral a carne sobre a mesa. Por isso, tanto maior a
necessidade de usar de prudência com a questão de comer carne. Com relação a este
assunto não deve haver movimentos precipitados. Devemos considerar a situação do
povo, e o poder de hábitos e práticas de vida inteira, e devemos ser cautelosos em não
impor aos outros nossas ideias, como se esta questão fosse um teste, e os que comem
carne fossem os maiores pecadores” (Conselho Sobre Regime Alimentar, p. 462).

“Não deveis fazer prescrições dizendo que nunca devam ser usados alimentos cárneos,
mas educar a mente, e deixar aí penetrar a luz. Seja a consciência da pessoa
despertada no que concerne a conservação própria e a pureza de todo apetite
pervertido... Esta questão de comer carne deve ser tratada com precauções" (Ibid., p.
291).

4) Em 1902, 39 anos depois da visão ela escreveu:


“Se bem que não tornemos o uso do alimento cárneo uma prova, se bem que não
queiramos forçar ninguém a abandonar seu uso, todavia, é o nosso dever instar para
que r ministro algum da associação faça pouco da mensagem nesse ponto, ou a ela se
oponha. Se em face da luz que Deus tem dado a cerca do efeito de comer carne sobre o
organismo, continuais ainda a fazê-lo, deveis sofrer as consequências” (Ibid., p. 401).
5) Em 1907, 44 anos após a visão a irmã White disse:
“Certa ocasião Sara (Mc Enterfer) foi chamada para uma família em Dora Creek,
onde todos os membros da casa estavam doentes. O pai pertencia a uma família
altamente respeitável, mas dera para beber, e a esposa e os filhos estavam em grande
necessidade. Nesse tempo de doença, não tinham em casa coisa alguma apropriada
para comer. E recusaram-se a comer tudo que lhes levamos. Estavam acostumados a
comer carne. Concluímos que alguma coisa devia fazer. Eu disse a Sara: Apanhe uma
galinha do meu galinheiro, e prepare-lhes um caldo. Assim Sara os tratou em sua
doença, dando-lhe desse caldo. Logo se restabeleceram.

Esta foi a nossa maneira de proceder. Não dissemos ao povo: Vocês não devem comer
carne. Embora nós mesmos não usássemos carne, quando a julgamos necessário
àquela família em sua doença, demo-lhe aquilo que julgávamos precisarem. Há
ocasiões em que temos de ir ao encontro das pessoas onde se acham.

O chefe dessa família era homem inteligente. Quando a família se restabeleceu,


abrimo-lhes as Escrituras, e aquele homem se converteu, aceitando a verdade. Atirou
fora seu cachimbo, abandonou a bebida, e daí por diante, em toda a sua vida, não mais
fumou nem bebeu. Logo que foi possível, tomamo-lo em nosso sitio, provendo-lhe
trabalho na terra. Enquanto estávamos fora assistindo a reuniões em New Castle, esse
homem morreu. Alguns de nossos obreiros lhe haviam ministrado tratamentos
completos, mas o corpo, por tanto tempo abusado, não mais correspondeu aos seus
esforços. Morreu, porém como cristão e observador dos mandamentos" (Conselhos
Sobre Regime Alimentar, p. 466).
6) Em 1909, 46 anos após a visão ela escreveu:
“Os adventistas do sétimo dia proclamam verdades momentosas. Há mais de quarenta
anos o Senhor nos deu luz especial sobre a reforma do regime alimentar, mas de que
modo estamos andando nessa luz? Quantos têm recusado viver de acordo com os

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conselhos de Deus! Como povo, nossos progressos deveriam ser proporcionais à luz
que recebemos. Nosso dever é compreender e respeitar os princípios da reforma do
regime alimentar. No tocante a temperança, deveríamos haver progredido mais do que
qualquer outro povo e, entretanto há ainda entre nós membros da igreja bem instruídos
e mesmo ministros do evangelho que têm pouco respeito pela luz a que Deus deu sobre
o assunto. Comem o que lhes apraz e procedem do mesmo modo...

Não estabelecemos regra alguma para ser seguida no regime alimentar, mas dizemos
que nos países onde abundem as frutas, cereais e nozes, os alimentos cárneo não
constituem alimentação própria para o povo de Deus.
Não nos compete fazer do uso da alimentação cárnea uma prova de comunhão,
devemos, porém, considerar a influência que crentes professos, que fazem uso de carne,
têm sobre outras pessoas" (Conselho Sobre Regime Alimentar, p. 404).

Obs.: Como vemos através deste texto escrito em 1909, 46 anos depois que a irmã
White tinha tido a visão sobre a carne, ainda existia pessoas comendo carne e até
ministros. Ela repreendeu estes, mas disse também que não era prova de comunhão esta
questão, pois esta obra é individual, ou seja, a obra de deixar de comer carne, e ninguém
deve forçar os outros a deixarem de comer carne.

7) Como vimos através dos textos, a irmã White não foi extremista neste assunto da
alimentação cárnea. Ela escreveu muitos textos duros sobre o comer carne, mas nunca
disse que era prova de comunhão. É evidente que existem pessoas que tem condições de
comer alimentos vegetarianos e deixar a carne, mas muitos por causa do apetite,
continuam a comer carne. Esses sairão do povo de Deus para nunca mais andar com
eles.

“Os que estão em condições de seguir o regime vegetariano, mas atêm-se às suas
preferências, comendo e bebendo o que lhes apraz, a pouco e pouco se tornarão
descuidosos das instruções que o Senhor lhes deu no tocante às outras verdades e serão
por fim incapazes de discernir estas, colhendo o que semearam" (Conselhos Sobre
Regime Alimentar, p. 403).

“Muitos que são agora só meio convertidos quanto à questão de comer carne, sairão
do povo de Deus, para não mais andar com eles” (Ibid., p. 382).

Obs.: É interessante observar que esses meio convertidos quanto a carne, não serão
excluídos e sim sairão para nunca mais andar com o povo de Deus.

8) Existem muitos textos que a irmã White fala de forma dura sobre o alimento cárneo.
Por exemplo: ela diz que nenhuma grama de carne deve entrar em nosso estômago, que
quem come carne está pondo em risco a saúde física, mental e espiritual. Mas não é
justo pegar estes textos e dizer que devemos fazer da carne prova de comunhão, pois a
própria irmã White que escreveu estes textos, mais tarde disse que não compete a nós
fazermos do alimento cárneo uma prova de comunhão. Além disso, ela escreveu muitos
textos duros sobre o açúcar, queijo, manteiga, ovos, combinações de alimentos, mas não
é correto pegar estes textos para dizer que estes alimentos são uma prova de comunhão
com Cristo. Se usarmos os textos duros sobre a carne, por que não usaríamos os textos
duros sobre ovos, manteiga, açúcar, queijo e outros para fazermos tais afirmações?
Vejamos alguns textos sobre este assunto:

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a) Ela diz que ovos e carne instigam e excitam as paixões animais.


“Foi-me mostrado o perigo de famílias que são de temperamentos excitável, com
predomínio das paixões animais. Seus filhos não devem ter permissão para fazer dos
ovos sua alimentação, pois esta espécie de alimento - ovos e a carne de animais -
instiga e excita as paixões animais. Isto torna muito difícil vencerem a tentação para
condescenderem com a pecaminosa prática da masturbação, a qual nesta época quase
é praticada universalmente" (Mensagens Escolhidas, Vol. III, p. 286).

b) Ela diz que o açúcar usado em grande quantidade é pior do que a carne.

“E segundo a luz que me foi dada, o açúcar, quando usado abundantemente, é mais
prejudicial que a carne” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 328).

c) Ela diz que manteiga e carne são estimulantes:

“Manteiga e carne são estimulantes. Isto tem danificado o estômago e pervertido o


gosto. Os nervos sensitivos do cérebro são insensibilizados, e o apetite animal
fortalecido às expensas das faculdades morais e intelectuais" (Conselhos Sobre Regime
Alimentar, p. 48).

d) Ela diz que biscoitos quentes inteiramente em desarmonia com os princípios da


reforma de saúde:

"Biscoitos quente e carne estão inteiramente em desarmonia com os princípios da


reforma de saúde" (Conselhos Sobre Regime Alimentar, p. 401).

e) Ela fala contra o queijo:

“Queijo nunca deve ser introduzido no estômago" (Ibid., p. 368).

f) Não devemos comer entre as refeições:

“Tomada a refeição regular, deve-se permitir ao estômago um descanso de cinco


horas. Nenhuma partícula de alimento deve ser introduzida no estômago até a próxima
refeição” (Conselhos Sobre Regime Alimentar, p. 179).

“A regularidade nas refeições deve ser fielmente observada. Coisa alguma se deve
comer entre elas, nada de doces, nozes, frutas, ou qualquer espécie de comida” (Ibid.,
p. 180).

“Fico atônita ao saber que, depois de todo o esclarecimento que tem sido dado nesta
instituição, muitos de vós comem entre as refeições. Não deveis nunca permitir que um
bocado vos passe peles lábios entre vossas refeições regulares" (lbid.).

g) É errado beber água durante as refeições.


"Muitos cometem o erro de beber água fria nas refeições" (Ibid., p. 420).

h) Ela fala contra os bolos cheios de gordura.

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“Há alguns observadores do sábado que fazem do estômago um deus. Eles


desperdiçam seus recursos na obtenção de alimentos muito substanciosos. Vi que tais
pessoas, se chegarem a ser salvas, saberão o que é premente necessidade, a menos que
controlem seu apetite e comam para a glória de Deus. Há bem poucos que comem para
a glória de Deus.

Como podem os que tem bolos e massas cheias de gordura pedir a benção de Deus
sobre isso e comer então com o olhar voltado unicamente para a glória de Deus? É-nos
ordenado fazer tudo para a glória de Deus. Devemos comer e beber para Sua glória”
(Mensagens Escolhidas, Vol. III, p. 275).

CONCLUSÃO

Se fossemos pegar ao pé da letra estes textos, iríamos fazer prova de comunhão com
estes alimentos mencionados nos textos anteriores, mas estes são conselhos que cada
um individualmente deve colocar em prática, assim como os conselhos sobre a carne.

Obs.: O espírito de profecia diz que quem apanha, manteiga, carne ou queijo, e impõem
aos outros não sabem que obra estão realizando.

“A questão acerca de se devemos comer manteiga, carne ou queijo, não deve ser
apresentado como prova a quem quer que seja, mas devemos educar as pessoas,
mostrando os males das coisas que são censuráveis. Os que apanham essas coisas e as
impõem aos outros não sabem qual a obra que estão realizando. A palavra de Deus deu
provas para Seu povo. A observância da santa Lei de Deus, o sábado, é uma prova, um
sinal entre Deus e Seu povo através de todas as suas gerações, para sempre. Para
sempre isto será o tema principal da mensagem do terceiro anjo - os mandamentos de
Deus e o testemunho de Jesus Cristo”. (M.E. III, 287).

B) A Doutrina dos 144.000

A igreja da reforma crê que só irão se salvar dentro da mensagem do 3° anjo 144.000
pessoas, e que a grande multidão são aqueles que não tiveram conhecimento da
mensagem do 3º anjo. Isso significa para eles que, os que foram salvos de Abel até 1844
fazem parte da grande multidão. E os 144.000 são as pessoas que foram fiéis a
mensagem do 3° anjo que iniciou-se em 1844 e finalizará com o fechamento da porta da
graça. Para eles os que conhecem a mensagem do 3° anjo só podem se salvar dentro dos
144.000, senão estarão perdidos. Creem ainda os reformistas que só se salvarão neste
período de 1844 para cá na grande multidão os que não conhecerem a mensagem do 3º
anjo.

No entanto, baseados na Bíblia e nos testemunhos, não podemos fazer tais afirmações,
especialmente em dizer que dentro da mensagem do 3º anjo só se salvarão 144.000
pessoas. Em João 3:16 mostra-nos que não só 144.000 serão salvos, mas sim todo
aquele que crê em Jesus. Em Mateus 11 mostra-nos que todos que forem a Cristo serão
aliviados e não somente 144.000 pessoas. E finalmente em Apocalipse 22:17 diz:
“Quem quiser” poderá se salvar, não só 144.000.

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Alguns textos do espírito de profecia que falam da mensagem do 3º anjo mostra-nos que
não podemos afirmar o que afirmam os reformistas. Vejamos a seguir alguns destes
textos:

1) Não Podemos Enumerar Israel

“O Senhor não opera em seus obreiros para fazê-los tomar um rumo que traga antes
do tempo, o tempo de angústia. Não construam eles um muro de separação entre si e o
mundo, pregando suas próprias ideias e noções. Já a isto em demasia em todos os
nossos limites. A mensagem de advertência não alcançou grande número de pessoas
deste mundo nas próprias cidades que estão justamente ã mão, e enumerar Israel não é
trabalhar de acordo com a ordem divina” (Testemunho Para Ministros, p. 202).

2) Uma Multidão que Ninguém Poderá Enumerar Será Salva

“Deus convida a obreiros de cada igreja entre nós, para que entrem em Seu serviço
como colportores evangelistas. Deus ama a Sua igreja. Se os membros desejarem fazer
Sua vontade, se esforçarem por repartir a luz aos que se encontram em trevas. Ele
abençoará em grande medida seus esforços. Ele representa a Sua igreja como sendo a
luz do mundo. Por meio de Sua fiel ministração, uma multidão que ninguém poderá
enumerar se tornara filhos de Deus, capacitados para eterna glória"(Colportor
Evangelista, p. 26).

3) Deus Não Tem um Número Certo de Salvos

“Outra questão sobre a qual conversamos um pouco, foi a respeito dos eleitos de Deus -
que o Senhor teria um número certo, e quando esse número se completasse, cessaria o
tempo da graça. Estas são questões sobre as quais vós, ou eu, não temos o direito de
falar. O Senhor Jesus receberá a todos os que vierem ter com Ele. Morreu pelos injustos,
e toda pessoa que quiser vir, poderá fazê-lo" (Mensagens Escolhidas, Vol. III, p. 315).

Creio que os textos citados anteriormente são claros e dispensam comentários. Os


reformistas insistem que eles são um povo pequeno e que só serão salvos poucos
também, pois o povo de Deus sempre foi pequeno, no entanto, o povo de Deus é
pequeno em comparação com os milhões do mundo e não como fazem os reformistas
que se comparam numericamente com a igreja adventista.

"Em comparação com os milhões do mundo, o povo de Deus será, como tem sido
sempre, um pequeno rebanho; mas se permanecerem na verdade como revelada em
Sua Palavra, Deus será seu refúgio" (Atos dos Apóstolos, p. 589).

Para aqueles que gostam de discutir sobre que pessoas irão constituir os 144.000 a serva
de Deus dá o seguinte conselho:

“Cristo diz que haverá na igreja pessoas que apresentarão fábulas e suposições,
quando Deus deu verdades grandes, inspiradoras e de modo a enobrecer, as quais
devem ser sempre conservadas no tesouro da memória. Quando os homens apanham
esta e aquela teoria, quando são curiosos de saber alguma coisa que não lhes é
necessário saber, Deus não os está conduzindo. Não é plano Dele que seu povo
apresente alguma coisa que eles supõem, a qual não é ensinada na Palavra de Deus.

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Não é Sua vontade que eles se metam em discussões a cerca de questões que os não
ajudam espiritualmente, tais como; que pessoas vão constituir os 144.000? Isto,
aqueles que forem os eleitos de Deus hão de sem dúvida, saber em breve" (Mensagens
Escolhidas, Vol. I, p. 174).

“Não tenho luz sobre o assunto (quem constitui precisamente os 144.000)... Tenha a
bondade de dizer a meus irmãos que nada me foi apresentado a cerca das
circunstâncias a que escrevem e só lhes posso expor aquilo que me foi apresentado”
(lbid.; Vol. III. p. 51).

C) Divórcio

A doutrina reformista sobre o assunto de novo casamento é que uma vez casado, o único
motivo pelo qual um dos cônjuges poderá contrair novas núpcias é com o falecimento
do outro cônjuge. Eles creem que mesmo em caso de adultério, a parte inocente não
poderá contrair novas núpcias até que a parte culpada venha a falecer.

Para defender esta tese os reformistas dão várias interpretações de Mateus 19:9.

1) A reforma de 1951 inclusive, lança até dúvida no que diz respeito a originalidade do
texto de Mateus 19:9. Vejamos o que eles dizem em um de seus panfletos.

“Se a clausula de exceção realmente pertence ao original, Jesus se referiu ao problema


da fornicação, como frequentemente aparecia na sociedade judaica (Mat. 5:32;
19:19)". (É o Casamento um Contrato Vitalício?, p. 6 - Série Laodicéia n.° 8).

Falando a respeito daqueles que lançam dúvida na Bíblia a irmã White diz:

“Alguns sentam-se ao julgar as Escrituras, declarando que esta ou aquela passagem


não é inspirada, pelo fato de ela não impressionar favoravelmente seu espírito. Eles
não a podem harmonizar com suas ideias de filosofia e ciência, ‘falsamente chamada’
(I Tim. 6:20). Outros, por motivos diversos põem em dúvida porções da Palavra de
Deus. Assim muitos andam cegamente por onde o inimigo prepara o caminho. Ora, não
é da alçada de homem algum proferir sentença sobre as Escrituras, julgar ou condenar
qualquer porção da Palavra de Deus. Quando alguém se atreve a fazer isto, Satanás
criará para ele respirar uma atmosfera que lhe tolherá o desenvolvimento espiritual"
(Mensagens Escolhidas, Vol. I, p. 42).

2) Outra posição da reforma sobre o texto, é que o mesmo permite o divórcio, mas não o
novo casamento.

"Do ponto de vista puramente gramatical, pode se dizer que pela cláusula de exceção é
permitido ao marido inocente repudiar a mulher culpada, mas não se pode dogmatizar
que, pela mesma cláusula, ele tem permissão automática de casar novamente" (É o
Casamento um Contrato Vitalício, Série Laodicéia n.° 8, p. 16).

3) Outra explicação que os reformistas dão para o texto de Mateus 19:9, é que a cláusula
de exceção se aplica a um casal que não está casado legalmente.

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“Numa situação em que este pecado está presente, Mateus 19:9 poderia ser entendido
como segue: ‘Eu, porém, vos digo: Quem repudiar sua mulher (a não ser que não
esteja legalmente casado, mas vivendo em fornicação) e casar com outra comete
adultério’ (Ibid., p. 20).

4) A reforma por não aceitar a o que diz a Bíblia e o Espírito de Profecia com relação ao
novo casamento tentam dar outra explicação sobre Mateus 19:9 dizendo que a
infidelidade mencionada no texto é antes do casamento e não após o mesmo.

“Quer a infidelidade ou fornicação de uma prometida esposa se descobrir-se antes ou


logo após o casamento mesmo, o marido inocente estaria livre para repudiá-la, de
acordo com a previsão contida na lei de Moisés" (Ibid., p. 19).

É incrível como a reforma recusa aceitar o que diz a Bíblia e os Testemunhos sobre o
assunto do novo casamento e procura dar outras explicações interpretando erroneamente
o versículo.

Apesar de que a Bíblia em algumas partes fazer uma diferença entre adultério e
prostituição, em outros textos, no entanto, a palavra prostituição e adultério recebem o
mesmo significado. Por exemplo Oséias 3: 1-3; 2: 1-5; Jer. 3: 6-9; Amós 7:17. Em
Mateus 19:9, em que em algumas Bíblias aparece a palavra ‘infidelidade’, 'prostituição',
'relações sexuais ilícitas’, ‘adultério’, é importante ressaltar que na linguagem bíblica
elas têm o mesmo sentido, pois no grego a palavra que aparece em Mateus 19:9 é
pornéia, que significa “prostituição, fornicação, de vários tipos de relação sexual ilícita”
(Léxico do Novo Testamento Grego/Português, p. 172 - Edições Vida Nova).

Tanto a Bíblia como o Espírito de Profecia mostram-nos que em caso de infidelidade ao


voto conjugal a parte inocente tem o direito diante de Deus de divorciar-se legalmente e
contrair novas núpcias. A base bíblica se encontra em Mateus 5:32 e 19:9. A cláusula de
Mateus 19:9 que diz “a não ser por causa de prostituição ou infidelidade” mostra-nos
claramente que em caso de infidelidade a parte inocente pode contrair novas núpcias.

O Espírito de Profecia interpreta prostituição como infidelidade ou adultério. Vejamos


alguns textos:

"No Sermão do Monte, Jesus declarou plenamente que não podia haver dissolução do
laço matrimonial, a não ser por infidelidade do voto conjugal. "Qualquer”, disse Ele,
"que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz com ela cometa
adultério, e qualquer que casar com a repudiada, comete adultério" (Maior Discurso
de Cristo, p. 63).

“Uma mulher pode estar legalmente divorciada do marido pela lei do país, mas não
divorciada a vista de Deus e de acordo com a lei mais alta. Só há um pecado, o
adultério, que pode por o esposo e a esposa em posição de sentirem-se livres do voto
matrimonial a vista de Deus’’ (O Lar Adventista, p. 344).

A questão do novo casamento da parte inocente por motivo de infidelidade ao voto


conjugal sempre foi aceita na igreja adventista do sétimo dia, e a irmã White nunca
reprovou esta prática, pelo contrário, a defendeu, e os reformistas reconhecem isto em
um de seus panfletos.

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"Sabe-se que já desde o seu início a igreja adventista do sétimo dia aprovou a prática
do divórcio e o novo casamento para a parte inocente e que a irmã White se contrapôs
a essa prática” (É o Casamento um Contrato Vitalício, p. 13 - Série Laodicéia).
A seguir veremos vários textos escritos por Ellen G. White apoiando o divórcio e novo
casamento da parte inocente por motivo de adultério:

a) Em 1863, Ellen White escreveu:

"Uma mulher pode estar legalmente divorciada do marido pelas leis do país, mas não
divorciada a vista de Deus e de acordo com a lei mais alta. Só há um pecado, o
adultério, que pode pôr o esposo e a esposa em posição de sentirem-se livres do voto
matrimonial á vista de Deus. Embora as leis do país possam permitir o divórcio a luz
da Bíblia continuam como marido e esposa, segundo as leis de Deus.

“Vi que a irmã..., por hora, não tem direito de desposar outro homem; mas se ela, ou
qualquer outra mulher, obtiver um divórcio legal na base do adultério por parte do
marido, então está livre para casar com quem quiser” (Manuscrito 2, 1863 ou O Lar
Adventista, p. 344).

b) Em 1868, 5 anos após a declaração acima citada a irmã White escreveu:

"Nos casos de violação do sétimo mandamento onde a parte culpada não manifesta
verdadeiro arrependimento, se a parte ofendida pode obter o divórcio sem tornar pior
a situação de ambos e dos filhos, se os têm, devem separar-se”.

“Se há possibilidade de ficarem eles próprios e os filhos em situação pior pelo


divórcio, não conhecemos nenhum texto Escriturístico que declare culpada a parte
inocente por não se separarem” (Review and Herald, 24 de Março de 1868 ou O Lar
Adventista, p. 346)

c) Em 1888, vinte e cinco anos após 1863 a Sra. White escreveu:

"Vossas ideias com respeito à relação matrimonial têm sido errôneas. Nada, senão a
violação do leito matrimonial pode quebrar ou anular o voto matrimonial...

Vossa saúde estaria em muito melhor condição, estivesse vossa mente em paz e
repouso; mas tem-se ela tornado confusa e desequilibrada, e raciocinais
incorretamente com relação ao divórcio...

“Deus reconhece apenas um motivo pelo qual a esposa pode deixar seu marido ou o
marido a sua esposa: o adultério. Seja esta questão cuidadosamente considerada"
(Carta 8, de 1888 ou O Lar Adventista, pp. 341 e 342).

d) Em 1895, trinta e dois anos depois de 1863 ela disse:

"Vejo, no que respeita ao casamento de vossa filha com J., o motivo de vossa aflição.
Esse casamento, porém, teve lugar com vosso consentimento, e vossa filha sabendo
tudo que a ele dizia respeito, aceitou-o como esposo, e agora não posso ver nenhuma
razão por que vos preocupeis com a questão. Vossa filha ama a J., e pode ser que esse

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casamento esteja no desígnio de Deus para que tanto J. como vossa filha tenham mais
preciosa experiência cristã, e sejam edificados nos pontos em que são deficientes.
Vossa filha se comprometeu com J. em matrimônio, e romper os votos matrimoniais
estaria longe de ser justo. Ela não pode agora anular suas obrigações para com ele...
Eu conheci pessoalmente suas anteriores relações para com sua primeira esposa K.. J.
amava K muitíssimo; ela porém, não era digna de sua afeição. Ele fez tudo ao seu
alcance para ajudá-la, e procurou por todos os meios possíveis conservá-la como
esposa. Não poderia haver feito mais do que fez. Eu pleiteei com ela, e procurei
mostrar-lhe a incoerência de sua atitude, e roguei-lhe que não pedisse divórcio; ela,
porém, estava decidida e deliberada e obstinada, e queria seguir seu próprio caminho.
Enquanto ela viveu com ele, procurou obter dele todo o dinheiro possível, mas não o
tratava bondosamente como uma esposa deve tratar a seu marido.

J. não se separou de sua esposa. Ela o deixou e separou-se dele, e casou com outro
homem. Não vejo nada na Escritura que o proíba de tornar a casar-se no Senhor. Ele
tem direito à afeição de uma mulher...

Não posso ver que esta nova união deva ser perturbada. É uma questão séria separar
um homem de sua esposa. Não há nenhuma base bíblica para dar tal passo nesse caso.
Ele não a deixou, ela o deixou. Ele não se tornou a casar até que ela conseguiu
divórcio. Quando K. se divorciou de J. ele sofreu mui vivamente, e não foi senão depois
de ela casar-se com outro homem que J. se tornou a casar. Aquela que ele escolheu,
estou certa de que será um auxílio para ele, e ele pode ser uma ajuda para ela... Não
vejo nada na Palavra de Deus que exija que ela se separe dele. Como pediste meu
conselho, dou-o francamente". (Carta 50, ou Mensagens Escolhidas, Vol. II, pp. 339 e
340).

e) Em 1901, quarenta e dois anos após 1863 ela escreveu:

“Recebi uma carta de vosso marido. Eu diria que só há uma razão pela qual o marido
poder legitimamente separar-se de sua esposa ou a esposa de seu marido: o adultério”.
(Carta 168 ou O Lar Adventista, p. 345).

A reforma de 1951 e outras, não se conformando e não aceitando o que diz a irmã White
sobre o assunto, afirmam que a irmã White escreveu estes textos dando apenas o seu
parecer pessoal sobre o assunto, mas não orientada por Deus. Dizem eles que apenas são
cartas e que não são inspiradas.

"Em nossa mente não há dúvida de que os testemunhos da irmã White, provém de Deus,
mas por vezes, em suas cartas, ela escreveu certas coisas não como revelação do
Senhor, mas simplesmente como opinião humana.

...Quando a irmã White escreveu sobre o divórcio só pode dar seu conselho pessoal" (É
o Casamento um Contrato Vitalício, p. 10).

É incrível como a reforma procura defender a sua posição ao ponto de fazer tal
afirmação. Como podemos aceitar tal explicação da reforma de que a irmã White ao dar
seus conselhos com relação ao novo casamento ela não foi orientada por Deus? Não
podemos aceitar tal explicação. Falando a respeito de seus conselhos transmitidos
através de cartas, ela diz:

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"Fraca e tremendo, levantei-me as 3 horas da madrugada para escrever-vos. Deus


estava falando através da argila. Talvez digais que esta comunicação apenas era uma
carta. Sim, era uma carta, mas induzida pelo Espírito de Deus, a fim de apresentar a
vossa mente as coisas que me foram mostradas. Nestas cartas que escrevo, nos
testemunhos que apresento, transmito-lhes aquilo que o Senhor me apresentou"
(Mensagens Escolhidas, Vol. III., p. 50).

D) O Anjo de Apocalipse 18

A Igreja da Reforma afirma que eles representam o anjo de Apocalipse 18, ou seja, são
o 4º anjo. Segundo eles a igreja Adventista que representava o 3º anjo caiu e se fez
necessário a vinda do 4º anjo para dar reforço à mensagem.
No entanto, não existe base bíblica nem no Espírito de Profecia para essa falsa crença de
que eles são o anjo de Apocalipse 18.

1) O Terceiro Anjo Não Cai, Mas Vai Até o Fim

“O terceiro anjo a voar pelo meio do céu, e anunciando os mandamentos de Deus e o


testemunho de Jesus, representa nossa obra. A mensagem não perde nada de sua força
no voo progressivo do anjo; pois João o vê crescendo em resistência e poder até que a
terra inteira seja iluminada por sua glória. A carreira do povo que guarda os
Mandamentos de Deus é para frente, sempre para frente” (Testemunhos Seletos, Vol.
II, p. 169).

2) O Anjo de Apocalipse 18 se Une ao Terceiro Anjo

O anjo de Apocalipse 18 vem se unir ao terceiro anjo e fazer uma obra unida, não uma
obra de separação como fazem os reformistas, que estão organizados independentes da
igreja adventista e andam brigando entre si.

“Vi, então, outro poderoso anjo comissionado para descer à Terra a fim de unir sua
voz com o terceiro anjo, e dar poder e força a sua mensagem” (Primeiros Escritos, p.
277).

O movimento de reforma pretende ser o representante do anjo de Apocalipse 18 mas


eles não cumprem as características deste anjo.

a) O Anjo de apocalipse 18 Ilumina Todo o Mundo.


“Grande poder e glória foram comunicados ao anjo, e, descendo ele, a Terra foi
iluminada com sua glória. A luz que acompanhava este anjo penetrou por toda parte,
ao clamar ele poderosamente, com grande voz: “Caiu, caiu, a grande Babilônia, e se
tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de
todo gênero de ave imunda e detestável' (Apoc. 18:2)" (Primeiros Escritos, p. 277).
Já a reforma não está iluminando o mundo, pelo contrário, tem uma fraca atuação como
já analisamos em um dos capítulos anteriores. Que anjo de Apocalipse 18 é este?
b) Obra Mundial de Extraordinário Poder

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A reforma está apenas em poucos países e em poucas cidades com uma obra muito
tímida, já a obra do anjo de Apocalipse 18 é uma obra de extensão mundial e de
extraordinário poder.
“O anjo que se une na proclamação da mensagem do terceiro anjo, deve iluminar a
terra toda com a sua glória. Predisse com isso uma obra de extensão mundial e de
extraordinário poder" (O Grande Conflito, p. 611).
c) Obra do Anjo de Apocalipse 18 Junto Com a Chuva Serôdia
Outro fator importante, é que a obra do anjo de Apocalipse 18 será junto com o
derramamento da chuva serôdia, e esta ainda não foi derramada. Falando a respeito da
obra do anjo de Apocalipse 18 em conjunto com o derramamento do Espírito Santo, a
serva de Deus escreveu:
"Não tenho nenhum tempo específico do que falar, no qual tenha lugar o
derramamento do Espírito Santo - Quando o poderoso anjo descer do Céu, e se unir
com o terceiro anjo na conclusão da obra para este mundo; minha mensagem é que
nossa única segurança é estarmos prontos para o refrigério celeste, tendo nossas
lâmpadas preparadas a ardendo” (Mensagens Escolhidas, Vol. I, p. 192).
"A chuva serôdia deve cair sobre o povo de Deus. Um poderoso anjo virá do Céu, e a
Terra toda será iluminada com sua glória" (Review and Herald, 21/04/1891 - O Ritual
do Santuário, p. 304).
Assim, o movimento reformista não representa o anjo de Apocalipse 18, pois não
cumpre as características deste anjo.

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CAPÍTULO VII
MÁ APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Os movimentos reformistas como o de 1914, 1951, etc., são mestres em torcer e aplicar
de maneira errônea os textos tanto da Bíblia como do Espírito de Profecia para darem
ênfase às suas ideias.
Eles usam os escritos de Ellen G. White de uma maneira errada para acusarem a igreja
Adventista do Sétimo Dia. Muitos textos escritos pela irmã White aconselhando e
mesmo repreendendo a igreja em determinados momentos, os reformistas usam estes
textos querendo demonstrar com eles, que Deus rejeitou a igreja Adventista; eles usam o
texto fora do contexto. Temos o exemplo de alguns textos que os reformistas aplicam
mal contra a igreja.
A) Textos Mal Interpretados
Em 1888, ela disse que o cabo foi cortado e o povo estava flutuando pelo mar sem mapa
ou bússola (Ver Cristo - Justiça Nossa, p. 43 e Serviço Cristão, pp. 38 e 39). No entanto,
com esses textos ela não quis dizer que a igreja não era mais de Deus como afirmam os
reformistas, pois em anos posteriores ela escreveu vários textos defendendo a igreja
adventista do Sétimo Dia mostrando que ela era a igreja verdadeira.
Em 1893, depois de 1882 e 1888, ela disse: "Meu irmão, soube que estais assumindo a
posição de que a igreja Adventista do Sétimo Dia é Babilônia, e de que todos os que se
querem salvar devem sair dela. Não sois o único homem que o diabo tem enganado
nessa questão....Meu irmão, se estais ensinando que a igreja Adventista do Sétimo Dia
é babilônia, estais errado. Deus não vos deu nem uma mensagem assim para
proclamar” (Testemunhos Para Ministros, pp. 58 e 59).
Em 1907, muitos anos depois de 1882 e 1888, ela escreveu que o Espírito Santo era
quem estava guiando a igreja.
“A evidência que temos tido nos 50 anos passado da presença do Espírito de Deus
conosco como um povo, resistirá ao teste dos que se estão agora dispondo em ordem de
batalha ao lado do inimigo e reforçando-se contra a mensagem de Deus” (Mensagens
Escolhidas, Vol. II, p. 397).
Em 1913, ela escreveu que Deus ainda estava guiando Seu povo:
"Cobro ânimo e sinto-me abençoada ao reconhecer que o Deus de Israel está guiando
o Seu povo, e continuará com eles até o fim" (Testemunhos Seletos, Vol. III, p. 439).
Como vemos, num sentido geral a irmã White defendeu a igreja adventista como sendo
de Deus e os textos de Cristo - Justiça Nossa, p. 43 e Serviço Cristãos, p. 38 e 39 e
outros, são de reprovação, mas não é correto usar estes textos para dizer que a igreja não
é mais de Deus, fazendo assim uma má interpretação de textos, pois se fosse assim, a
irmã White sairia da igreja Adventista e pediria para outros saírem, mas pelo contrário,
ela morreu fiel na igreja adventista em 1915 e não pediu para que as pessoas saíssem da
igreja.
“A mensagem que declara a igreja adventista babilônia e chama o povo de Deus a sair
dela, não vem de nenhum mensageiro celeste, ou nenhum instrumento humano
inspirado pelo Espírito de Deus" (Mensagens Escolhidas, Vol. II, p. 66).
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Infelizmente muitos usaram estes textos de reprovação para dizer que a igreja adventista
era babilônia, e muitos hoje fazem a mesma coisa. Vejamos agora o que diz a irmã
White sobre aqueles que usam estes textos para condenar a igreja adventista dando
assim uma má interpretação dos textos:
“O Senhor deu a Seu povo apropriadas mensagens de advertência, repreensão,
conselho e instrução, mas não é próprio tirar essas mensagens de sua conexão, e pô-las
onde pareçam reforçar mensagens de erro. No folheto publicado pelo irmão S. e seus
companheiros, ele acusa a igreja de Deus de ser babilônia, e insiste em que haja uma
separação da igreja. Esta é uma obra que não é honrosa nem justa. Compondo Aquele
folheto, serviram-se de meu nome e de meus escritos para apoio do que eu não aprovo
e denuncio como erro" (Testemunhos Para Ministros, p. 36).
B) Textos Mal Aplicados
Com relação à má aplicação de textos veremos apenas um, dentre muitos que são mal
aplicados pelos reformistas.
“Ao aproximar-se a tempestade, uma classe numerosa que tem professado fé na
mensagem do terceiro anjo, mas não tem sido santificada pela obediência a verdade,
abandona sua posição, passando para as fileiras do adversário. Unindo-se ao mundo e
participando de seu espírito, chegaram a ver as coisas quase sob a mesma luz; e, em
vindo a prova, estão prontos a escolher o lado fácil, popular. Homens de talento e
maneiras agradáveis, que se haviam já regozijado na verdade, empregam sua
capacidade em governar e transviar as almas. Tornam-se os piores inimigos de seus
antigos irmãos” (O Grande Conflito, p. 608).
Os reformistas interpretam e aplicam este texto da seguinte maneira:
1) Classe numerosa = Igreja Adventista do Sétimo Dia;
2) Tempestade = Guerra em 1914;
3) Antigos irmãos = Os Reformistas.
Mas quando lemos todo o texto vemos que o mesmo não está se referindo a guerra de
1914 como sendo a tempestade, mas sim ao decreto dominical. Ao se analisar o texto de
uma maneira total chegaremos a seguinte conclusão:
Classe Numerosa = Adventistas infiéis na igreja;
Tempestade = Decreto Dominical;
Antigos Irmãos = Adventistas Fiéis que não Aceitarão o Decreto Dominical.
Esta é a aplicação correta do texto, é só a pessoa ler o texto de uma forma correta que
será capaz de chegar a estas conclusões. O Espírito de Profecia reprova essas más
aplicações:
“Tendes tirado também de sua conexão porções dos testemunhos que o Senhor tem
dado para benefício de Seu povo, e as aplicastes mal para sustentar vossas teorias
errôneas - tomando emprestada ou roubando a luz do Céu para ensinar aquilo com que
os testemunhos não se harmonizam, e que sempre tenho condenado” (Testemunhos
Seletos, Vol. III, p. 83).

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“Alguns há que apanham da Palavra de Deus e também dos testemunhos parágrafos


ou sentenças destacados que podem ser interpretados de maneira a se ajustarem as
suas ideias, e nelas se detém. e encastelam-se em suas próprias posições, quando Deus
não os está dirigindo. Aí está o vosso perigo.
Tomais passagens dos testemunhos que falam do fim do tempo da graça, da sacudidura
do povo de Deus, e falais da saída dentre esse povo de um outro povo mais puro, santo,
que surgirá. Ora, tudo isso agrada ao inimigo" (Mensagens Escolhidas, Vol. I, p. 179.

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CONCLUSÃO
Os assuntos aqui abordados contribuíram, e muito, para minha decisão ao lado da igreja
de Deus - Adventista do Sétimo Dia.
Espero que todos aqueles que tiveram oportunidade de estudarem estes assuntos sejam
fortalecidos no Senhor a permanecerem fiéis na igreja de Deus para não serem
enganados pelos diversos movimentos reformistas.
Para aqueles que ainda estão no movimento de reforma o meu apelo e o apelo da serva
de Deus é para que se arrependam e venham para a igreja do Senhor e desta forma
proclamarmos unidos a mensagem do terceiro anjo ao mundo.
"Humilhem esses homens o coração diante de Deus, e com verdadeira contrição
arrependam-se de se haverem durante algum tempo se colocado ao lado do acusador dos
irmãos, o qual de dia e de noite os acusa diante de Deus" (Meditação Matinal de 1980,
p. 170).
Sou grato ao Senhor por ter me iluminado a tempo para que reconhecesse o meu erro de
estar trabalhando para um movimento que não tem base profética e desta forma me
conduziu para o Seu verdadeiro aprisco – a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

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BIBLIOGRAFIA

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