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PARTES I e II
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29/11/2019 PARTES I e II - Introdução e a relevância dos manuscritos semitas :: Beit B'nei Or
INTRODUÇÃO E
I - INTRODUÇÃO
Muito se discute sobre a elohut (“divindade”) de Yeshua, existindo entre teólogos e leigos
miríades de concepções distintas acerca da questão.
1ª corrente - Yeshua foi tão somente um profeta, um homem especial e grande professor de
moral, não se podendo atribuir-lhe elohut (“divindade”).
2ª corrente - Yeshua foi o primeiro ser criado pelo ETERNO, que lhe concedeu grande
autoridade perante os homens, conferindo-lhe o papel de revelar YHWH à humanidade. Yeshua
foi gerado com substância divina e é o representante oficial de Elohim junto aos homens. Por
ser filho do ETERNO, Yeshua deve obediência ao Pai. À luz deste pensamento, o Mashiach
(Messias) é inferior a YHWH, mas superior aos anjos e aos homens.
3ª corrente - a doutrina da Trindade vislumbra Deus como sendo composto de três pessoas
divinas em unidade essencial e eterna. Existe um ETERNO, porém, esta unidade é constituída
de três pessoas diferentes (o Pai, o Filho e o Espírito Santo) e que possuem personalidades
também distintas.
4ª corrente - a visão de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três aspectos ou três
manifestações do ETERNO, que é um. Nesta concepção, não existe nenhuma diferença entre a
essência ou a natureza do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O Pai é o próprio Filho; o Filho é o
próprio Espírito Santo; o Espírito Santo é o próprio Pai, ou seja, não existe nenhuma distinção
entre si.
Existem muitas outras teorias teológicas a este respeito, e não temos o objetivo de esgotar o
assunto, mas apenas de apresentar uma visão geral do embate doutrinário. Analisaremos a
questão acerca da elohut (“divindade”) de Yeshua única e exclusivamente à luz das Escrituras,
utilizando os textos semitas da B’rit Chadashá (“Nova Aliança”/“Novo Testamento”) em
aramaico.
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“E, caindo todos nós por terra, ouvi uma voz que me falava em língua
hebraica: Sha’ul [Saulo], Sha’ul [Saulo], por que me persegues? Dura coisa é
recalcitrares contra os aguilhões.” (Ma’assei Sh’lichim/Atos 26:14).
“E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talita kumi; que, traduzido [do
aramaico], é: Menina, a ti te digo, levanta-te.” (Yochanan Marcus/Marcos 5:41).
“Yeshua gritou: Eli, Eli! L’mana sh’vaktani? [aramaico] (Meu Elohim, Meu
Elohim! Por que me abandonaste?)” (Matityahu 27:46).
Testifica o historiador Geza Vermes que tais línguas eram as nativas de Yeshua:
“Era judaica a civilização a que pertencia Jesus, bem como daqueles que o
ouviram e seguiram; sua proveniência e sua província eram a Palestina-Galiléia,
sua língua era o aramaico-hebraico.” (Jesus e o Mundo do Judaísmo, edições
Loyola, página 37).
Vale registrar que o hebraico e o aramaico são idiomas semíticos e com radicais de palavras
bastante próximos, tal como, mutatis mutandis, o português e o espanhol. Aproximadamente
70% das palavras em aramaico são reconhecidas pelas pessoas fluentes em hebraico. Assim,
era normal que Yeshua dominasse ambos os vernáculos. Para muitos historiadores, o aramaico
era a língua corrente e mais falada em Israel durante o primeiro século, sendo o idioma
semítico do comércio, usado principalmente pelos segmentos mais pobres da sociedade. Por
outro lado, a sabedoria rabínica era veiculada através do hebraico. Neste sentido, cita-se o
historiador David Flusser:
O especialista Hugh J. Schonfield escreveu que existem fortes indícios de que os textos da B’rit
Chadashá (“Novo Testamento”) foram escritos originalmente em hebraico ou aramaico:
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“Quando nos voltamos para o Novo Testamento, encontramos que há razões para
suspeitar de que há um original em hebraico ou aramaico dos Evangelhos de
Mateus, Marcos, João e para o Apocalipse.” (An Old Hebrew Text of St. Matthew's
Gospel; 1927; p. vii).
Para Charles Cutler Torrey (1863-1956), o pioneiro no estudo das relações entre os textos em
aramaico e em grego da B’rit Chadashá (“Novo Testamento”), os quatro evangelhos foram
escritos no aramaico, por ser a principal língua de Israel no primeiro século:
Dando continuidade às pesquisas de Charles Cutler Torrey, Frank Zimmerman escreveu que
muitos estudiosos pensavam equivocadamente que os textos da B’rit Chadashá foram
firmados em grego, quando, em verdade, os originais foram escritos em aramaico e
posteriormente traduzidos para o grego:
Acerca da língua mais falada na Palestina no primeiro século, as próprias Escrituras fornecem
importante dica:
O estudo acerca das línguas originais da B’rit Chadashá (“Novo Testamento”) é extenso e
demandaria abordagem mais profícua. Não obstante, foram citados alguns pesquisadores com
o intuito de demonstrar que os textos escritos pelos discípulos de Yeshua foram veiculados em
hebraico e em aramaico. Consequentemente, deve-se dar muito crédito aos Manuscritos
produzidos em tais idiomas. Neste trabalho, demonstrar-se-á que Yeshua é YHWH, consoante
os escritos em aramaico da Peshitta, documento importantíssimo que recebeu o seguinte
testemunho do patriarca da Igreja do Oriente Mar Eshai Shimun:
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Sabendo-se que a Igreja do Oriente conservou por dois mil anos os textos da B’rit Chadashá
(“Novo Testamento”) em aramaico, torna-se de clareza solar a relevância da Peshitta.
Ademais, as Escrituras em grego que abalizam as modernas traduções, inclusive em língua
portuguesa, datam de aproximadamente 350 D.C. Neste trabalho, utilizaremos Escrituras em
aramaico que foram escritas por volta de 164 D.C, ou seja, muito antes dos textos gregos e
sem qualquer influência do Concílio de Niceia (325 D.C).
Continua...
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