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VACAS E TOUROS
ÍNDICE
ITEM PÁGINA
1. INTRODUÇÃO 3
3. ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA 26
3.1. Coleta de dados 27
3.2. Conceitos básicos 29
3.2.1. Intervalo entre partos 29
3.2.2. Persistência de lactação 29
3.2.3. Composição do rebanho 36
3.2.4. Estruturação do rebanho (uniformização de parições) 36
3.2.5. Capacidade de suporte 36
3.3. Índices zootécnicos 37
3.3.1. Essenciais 38
3.3.2. Importantes 44
3.3.3. Critérios para a Seleção de Vacas 46
4. REFERÊNCIAS 49
ANEXOS 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
3
1. INTRODUÇÃO
2.1. Etologia
N
inclinação da cobertura
m ínim o de
O L mínimo de 10%
0,4 m
S
largura do sombreiro
mínimo de 4,0 m
pé-direito
mínimo de 3,5 m
ser filho de touro provado - não garante qualidade ao tourinho, mas é uma
chance a mais de ter uma progênie melhorada;
25
não possuir defeitos físicos graves tanto nos aprumos como nos cascos;
ter libido - tourinho que fica à sombra enquanto a vaca no cio é rufiada
pelas companheiras não serve;
estar livre de doenças infectocontagiosas
realizar exame no esperma - averiguação de possíveis causas de
infertilidade
ser jovem - dar preferência para tourinhos entre 2 e 3 anos de idade - são
mais leves e menores, são mais facilmente dominados e podem ser
vendidos para outros criadores após o tempo de uso
Com relação a este último fator (tempo de serviço), o tourinho deverá ser
substituído anualmente, pois como se trata de um animal não provado, ao final
de dez anos o resultado colhido será de cinco progênies boas e cinco gerações
a serem vendidas.
Outro esquema interessante é o de adquirir, anualmente, bezerros
recém nascidos de criatórios que utilizem a inseminação artificial com touros
provados a muito tempo e da mesma forma utilizá-los ao longo de 12 meses e
vendê-los posteriormente.
Em qualquer uma das situações descritas, os tourinhos com idade por
volta de um ano, deverão ser argolados, ou seja, deverão receber no focinho
uma argola, cuja função é a de dominá-lo. Isto é necessário dado à índole dos
bovinos leiteiros machos de origem européia, principalmente, os touros das
raças holandesa e jersey. Relatos de acidentes, inclusive fatais, são comuns no
meio rural. O tourinho deverá iniciar seu trabalho no rebanho por volta dos 18
meses, após ter sido feito o exame no esperma.
A proposta de monta natural controlada, onde o touro fica separado das
fêmeas e recebe a visita das vacas que estão em cio (detectado pelo ser
humano), não deve ser efetuada, pois, consegue agregar os dois defeitos da
monta natural: a qualidade da progênie ser uma "loteria" e a perda na detecção
de cios. Se é para se detectar a vaca em cio e levá-la ao touro, então é melhor
passar a inseminar o rebanho.
Caso a propriedade opte pela não criação das fêmeas, para obter uma
eficiência ainda maior na utilização da área da propriedade, pois só existiriam
vacas no rebanho, qualquer touro de qualquer raça (com exames,
evidentemente), poderá ser utilizado. Esta modalidade de criação deve ser
26
analisada, principalmente para propriedades com tamanho diminuto (menos de
5 ha). A função do touro, neste caso, será a de apenas gerar uma nova
gestação e consequentemente, uma nova lactação assim que a vaca parir,
podendo permanecer servindo o rebanho, por mais tempo. Será preciso no
entanto, que a propriedade tenha um esquema bem montado, de compra de
matrizes com fornecedores selecionados, definidos em função da seriedade
com que conduzem seus plantéis.
3. ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA
É impressionante o que tem de gente por este Brasil afora, que quando
o assunto é leite sai dando opinião, em geral negativa, sobre a atividade, sem
que sua afirmação seja baseada em informações corretas. Algumas dessas
opiniões beiram o preconceito: “produzir leite é coisa de pequeno” ou “de
pobre” ou “para mulher”, “não dá futuro prá ninguém”, “Deus que me livre
produzir leite”, “não tem coisa pior”, “produzo leite só para pagar as despesas
do sítio”, “só tiro leite porque não tenho o que fazer”.
O que incomoda nisso tudo é que quase todos os que falam mal e
também os que falam bem da atividade leiteira, não baseiam suas afirmações
em números. Falam movidos apenas pelo ódio e pela paixão. Você duvida
disso? Então responda. Quantas vacas foram ordenhadas hoje em sua
propriedade e qual a produção vendida? Quantas vacas secas você tem no
rebanho? e quantas novilhas e bezerras? Qual é o período de serviço do
rebanho? Qual é a produção média por lactação? Qual é o peso e a idade que
sua novilha atinge no momento do parto? Quantos hectares você tem de
pastagem, de cana de açúcar ou de milho para ensilagem? Qual é a lotação de
seus pastos? Qual é a fertilidade do seu solo - níveis de matéria orgânica,
fósforo (resina), cálcio, magnésio, potássio e CTC? Quanto você gastou no ano
passado com adubos, medicamentos, concentrados (ração), etc.? Qual é o seu
custo de produção? Qual é a sua margem de lucro? Se conseguiu responder
com exatidão as questões acima, meus parabéns! Você é um dos poucos que
poderá emitir uma opinião contraria ou favorável à atividade. Mas lembre-se
que o fato de controlar tudo, não o torna um produtor eficiente. Os controles
27
são ferramentas que devem ser usadas para detectar problemas, apontar
virtudes e tomar decisões de manejo.
Deixe de lado o comodismo, empunhe uma caneta e dedique um tempo,
diariamente, para relacionar tudo o que aconteceu com o rebanho, o que foi
gasto e o que foi recebido na propriedade. Pouco importa se os controles serão
realizados em cadernos, livros, fichas ou computador. O importante é que a
informação coletada seja confiável, que expresse a verdade. Não tente
enganar os outros maquiando os dados.
VIDA IP 12 IP 15 IP 18 IP 24
ÚTIL ( PL 10 ) ( PL 13 ) ( PL 16 ) ( PL 22 )
PRODUÇÃO DE LEITE (kg)
( mês ) (persistência de lactação = 90 %)
1 15,0 15,0 15,0 15,0
2 20,0 20,0 20,0 20,0
3 18,0 18,0 18,0 18,0
4 16,2 16,2 16,2 16,2
5 14,6 14,6 14,6 14,6
6 13,1 13,1 13,1 13,1
7 11,8 11,8 11,8 11,8
8 10,6 10,6 10,6 10,6
9 9,5 9,5 9,5 9,5
10 8,6 8,6 8,6 8,6
11 descanso 7,7 7,7 7,7
12 descanso 6,9 6,9 6,9
13 15,0 6,2 6,2 6,2
14 20,0 descanso 5,6 5,6
15 18,0 descanso 5,0 5,0
16 16,2 15,0 4,5 4,5
17 14,6 20,0 descanso 4,1
18 13,1 18,0 descanso 3,7
19 11,8 16,2 15,0 3,3
20 10,6 14,6 20,0 3,0
21 9,5 13,1 18,0 2,7
22 8,6 11,8 16,2 2,4
23 descanso 10,6 14,6 descanso
24 descanso 9,5 13,1 descanso
25 15,0 8,6 11,8 15,0
26 20,0 7,7 10,6 20,0
27 18,0 6,9 9,5 18,0
28 16,2 6,2 8,6 16,2
29 14,6 descanso 7,7 14,6
30 13,1 descanso 6,9 13,1
31 11,8 15,0 6,2 11,8
32 10,6 20,0 5,6 10,6
33 9,5 18,0 5,0 9,5
34 8,6 16,2 4,5 8,6
35 descanso 14,6 descanso 7,7
36 descanso 13,1 descanso 6,9
VIDA IP 12 IP 15 IP 18 IP 24
ÚTIL ( PL 10 ) ( PL 13 ) ( PL 16 ) ( PL 22 )
PRODUÇÃO DE LEITE (kg)
( mês ) (persistência de lactação = 90 %)
37 15,0 11,8 15,0 6,2
38 20,0 10,6 20,0 5,6
39 18,0 9,5 18,0 5,0
40 16,2 8,6 16,2 4,5
41 14,6 7,7 14,6 4,1
42 13,1 6,9 13,1 3,7
43 11,8 6,2 11,8 3,3
44 10,6 descanso 10,6 3,0
45 9,5 descanso 9,5 2,7
46 8,6 15,0 8,6 2,4
47 descanso 20,0 7,7 descanso
48 descanso 18,0 6,9 descanso
49 15,0 16,2 6,2 15,0
50 20,0 14,6 5,6 20,0
51 18,0 13,1 5,0 18,0
52 16,2 11,8 4,5 16,2
53 14,6 10,6 descanso 14,6
54 13,1 9,5 descanso 13,1
55 11,8 8,6 15,0 11,8
56 10,6 7,7 20,0 10,6
57 9,5 6,9 18,0 9,5
58 8,6 6,2 16,2 8,6
59 descanso descanso 14,6 7,7
60 descanso descanso 13,1 6,9
61 15,0 15,0 11,8 6,2
62 20,0 20,0 10,6 5,6
63 18,0 18,0 9,5 5,0
64 16,2 16,2 8,6 4,5
65 14,6 14,6 7,7 4,1
66 13,1 13,1 6,9 3,7
67 11,8 11,8 6,2 3,3
68 10,6 10,6 5,6 3,0
69 9,5 9,5 5,0 2,7
70 8,6 8,6 4,5 2,4
71 descanso 7,7 descanso descanso
72 descanso 6,9 descanso descanso
3.3.1. Essenciais
% VL = PL . 100
IP
. produção de leite por dia de intervalo entre partos (kg leite / dia de
IP) - mede a eficiência reprodutiva, a capacidade de produção de leite e a
persistência de lactação. O ideal, em relação a valores de produção, não
existe, dependendo do tipo de sistema que as vacas estão sendo criadas. É
obtido dividindo-se a produção registrada na lactação, pelos dias de intervalo
entre o parto que gerou essa produção leiteira e o parto seguinte. O ideal é que
a produção de leite por dia de intervalo entre partos seja de 83% da produção
de leite registrada na lactação.
. produtividade da terra (kg leite / ha / ano) - este índice aliado à
margem de lucro, permite que a atividade leiteira seja comparada à outras
atividades agropecuárias. É obtido dividindo-se o leite produzido no ano pela
quantidade de área destinada à atividade leiteira (pastagens para vacas,
novilhas e bezerras; área destinada à culturas forrageiras como cana de
açúcar, silagens, fenos; área das instalações, corredores e estradas). O ideal
não existe, devendo-se buscar a maior produtividade possível, desde que
rentável.
. produtividade da terra + equivalente leite (kg leite / ha / ano) - este
índice se aliado à margem de lucro, permite que a atividade leiteira seja
comparada à outras atividades agropecuárias. É obtido somando-se o leite
produzido ao valor de venda dos animais transformado em leite, dividindo-se o
valor relativo à comercialização pelo valor do litro de leite no mês da venda dos
animais. A soma resultante será dividida pela quantidade de área destinada à
atividade leiteira (pastagens para vacas, novilhas e bezerras; área destinada à
culturas forrageiras como cana de açúcar, silagens, fenos; área das
instalações, corredores e estradas). O ideal não existe, devendo-se buscar a
maior produtividade possível, desde que rentável.
. período de serviço (dias) - é o tempo entre o parto e o
estabelecimento de nova gestação. O ideal como média de rebanho são 83
dias. A soma do período de serviço com o período de gestação, que gira em
torno de 282 - 283 dias, nos leva a um intervalo entre partos de 12 meses. A
44
vantagem do período de serviço é que ele mede o presente, enquanto o
intervalo entre partos, o passado. Para auxiliar a busca pela eficiência
reprodutiva com o objetivo de atingir o Período de Serviço ideal, é apresentado
no anexo 6, um quadro circular para gerenciamento dinâmico da reprodução
do rebanho leiteiro.
3.3.2. Importantes
PELO
Período
Período de Lactação ( PERSISTÊNCIA acima de 94 % ) de
Descanso
10 meses 2 meses
parição parição
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS