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I - Apresentação pessoal:
Meu nome verdadeiro é Raique. Atualmente, estou no último ano do curso do Direito e sou
assistente de pesquisa no Instituto Federal da Bahia (IFBA). Nas horas vagas gosto de ler um
bom livro, sou fascinado por narrativas épicas e duelos medievais, sobretudo, quando
incorporados aos contos orais nordestinos. Às vezes, lendo esses livros, me imagino um
cavaleiro sertanejo desbravando o arrebol das Caatingas e desfilando numa imponente
cavalgada moura, com gaviões, onças e todo tipo de animal do Sertão. Mas isso são apenas
devaneios e alucinações de um veneno que pulsa em meu sangue, o veneno da picada aberta
por Ariano Suassuna, Euclydes da Cunha, Guimarães Rosa, Rachel de Queiroz, José Lins do
Rego e todos outros escritores desta terra salgada que é o Nordeste. Por ora, creio que isso
seja suficiente para conhecer um pouco sobre mim, ou pelo menos aquela que eu considero a
melhor parte. *risos*
Penso que todos devem ter concorda comigo quando digo que neste momento a minha maior
expectativa é poder voltar a vida normal de sempre, muito embora, acredito que nada será
como antes e que o “admirável mundo novo” que nos espera é ainda uma grande incógnita.
Isso não deve soar como algo pessimista, mas sim como um aprendizado coletivo, de que
todos nós enquanto membros de uma sociedade comum estamos sendo obrigados a passar.
Sem dúvida, o novo coronavírus impôs uma ressignificação de velhas práticas e também de
muitas instituições imaginárias que devido a crise já não se sustentam mais. Apesar disso, não
acho que este seja o “apocalipse”, mas apenas o fim de um ciclo, que mais do nunca nos faz
refletir sobre nossas falhas e, acima de tudo, revela aquilo de mais autêntico que existe em
nós, a própria “condição humana”.
De certa forma já revelei minha paixão pela literatura, mas também sou um aficionado por
cinema. Por uma opção pessoal e também por influência dos mestres Ariano Suassuna,
Gilberto Freyre e Sílvio Romero, busco sempre priorizar as produções nacionais em detrimento
da “indústria de massa” norte-americana. O meu filme preferido não é uma grande produção
de Hollywood, mas retrata com fidelidade as minhas visagens sertanejas, que incluem, dentre
outras coisas, a realeza do cangaço e os acontecimentos sangrentos de Pedra Bonita e
Canudos. Me refiro a “Deus e o Diabo na Terra do Sol” de Glauber Rocha.
Para além dos livros e dos filmes, passo boa parte do tempo escrevendo, inclusive, estou
prestes a entregar minha monografia, aonde eu busco realizar uma aproximação entre Direito
e Literatura, no sentido de apreender as contribuições que as narrativas literárias oferecerem
para humanização das práticas jurídicas. Como ponto de partida desta reflexão, eu escolhi o
“Romance d’A Pedra do Reino”, que eu considero uma via privilegiada de contato com a
cultura brasileira, incluída aí toda influência negro-tapuia e ibérico-moura, desde a novela
picaresca, passando pela literatura cortesã, pela tradição dos contos orais, pelas farsas
populares, até enfim desaguar nos folhetos de cordel e repentes do Romanceiro Popular
Nordestino.
Finalmente, nesses tempos de pandemia um dos meus hobbies tem sido escrever para
KiHabbo no ofício de jornalista, o que eu espero estar cumprindo bem. *risos*
BLOCO 2 - HABBO HOTEL E FÃ SITES
I - Como conheceu o Habbo Hotel?
Através de colegas da escola. No início eu não era muito ativo no jogo, basicamente ficava
trabalhando em políticas e em orfanatos pedindo doação de câmbios. Só depois quando
conheci o “mundo dos fã-sites” que me aproximei mais do jogo e me tornei um adolescente
viciado.
É difícil escolher apenas uma, mas diria que o tempo que passei na Kihabbo nos anos de 2012-
2013 foi um dos meus melhores momentos. Apesar de ter trabalhado em muitos fã-sites, a
KiHabbo foi o único que me possibilitou crescer profissionalmente e que confiou nas minhas
potencialidades. Se é verdade que os momentos bons existem, também é verdade que os
momentos ruins os acompanham, na medida em que nos ajuda a perceber o que de fato vale a
pena e, sobretudo, quem está ao nosso lado e quem gostaria de ver a nossa decadência.
Creio que a falta de tempo, mas não só isso. Houve um tempo em que passava horas e horas
na tela do computador jogando Habbo, isso de certa forma foi muito prejudicial para mim, pois
depois percebi quanto tempo desperdiciei em um jogo online. Não estou dizendo que não é
bom jogar, se assim fosse eu seria um hipócrita, mas apenas que precisamos definir melhor as
nossas prioridades. Lá fora existe um mundo com coisas acontecendo a todo o momento, não
podemos desperdiçar uma das poucas oportunidades que temos de viver, para ficarmos
presos a uma “gaiola virtual”. E essa seria de fato a maior lição que eu pude aprender lendo
“Ideia de Canário” de Machado de Assis.
Umas das coisas que conservo são as amizades e foi exatamente isso que trouxe de volta.
Recebi o convite de um amigo para ser jornalista da KiHabbo e aqui estou, com uma promoção
e muito trabalho pela frente. *risos*
Meu primeiro fã-site foi a HabbMusic, muitos se lembrarão do Azielsilas e do Laandor. Com o
fim do fã-site eu migrei junto com um amigo para a HabboXD, aonde permaneci até minha ida
para a Abobbados. Depois, fui chamado para ajudar na KiHabbo e lá fiquei até assumir como
Administrador de Conteúdo em 2013. Após minha saída da KiHabbo fui para o iBobba e tive
algumas passagens pela Habbonados, TropiHabbo, IDHabbo, HabboNight, 10Habbo, e até
mesmo um fã-site espanhol chamado Habbace. Meu último fã-site foi a Habbid aonde
permaneci até o meu desligamento da comunidade. Nesta trajetória pude conhecer pessoas
incríveis que me ajudaram e que eu serei eternamente grato, mas para não cometer o tão
temido erro da injustiça não irei citar nomes, de qualquer modo, todos aqueles que têm a
minha gratidão sabem e irão se sentir tocados pelas minhas palavras. =D
Acho que já respondi essa pergunta anteriormente, mas se é o caso de reforçar, volto a dizer
que a KiHabbo foi e sempre será a minha casa.
VIII - Você teve alguma influência, inspiração ou algum tipo de professor para se tornar
jornalista?
Todos nós exercemos e sofremos influências, seria uma grande mentira negar o óbvio e
também um egoísmo extremo, em achar que podemos crescer independente do outro. Se
hoje sou alguma coisa (e tenho minhas dúvidas), isso se deve muito mais as oportunidades que
tive e pessoas que conheci, do que propriamente a alguma habilidade especial minha. Nesse
sentido, tive muitos mentores e seria um erro tamanho citar cada um deles correndo o risco da
minha memória titubear. Por isso, me reservo a não indicar nomes, mas garanto que aquele
que eu admiro sabem da minha admiração, de modo que citar o nome soaria trivial, diante da
atitude maior do reconhecimento pessoal que não exige nenhum tipo de publicidade, apenas
afeto e demonstrações autênticas de estima e respeito.