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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTORA(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE CAMBORIÚ - SC

NAKITA LAURA ZANGALLI, advogada, inscrita na OAB/SC


sob o número 55.178, com endereço na Cidade de Camboriú, sito à Rua Capitão
Ernesto Nunes, nº 676, no bairro Lídia Duarte, sob o CEP 88341-170, em causa própria
bem muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência, ofertar a presente:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C DANOS


MATERIAIS E MORAIS

Em face de APPLE COMPUTER BRASIL LTDA., pessoa


jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ de nº 00.623.904/0001-73, com endereço
na Cidade de São Paulo (SP), sito à Rua Leopoldo Couto de Magalhães Jr., nº 700, 7º
andar, Itaim Bibi, São Paulo, CEP 04542-000, com amparo nos art. art. 5º, inc. V da
CF/88, c/c art. 319 do NCPC, pelos fatos e fundamentos a seguir:

I – DOS FATOS
A Autora no dia 29/07/2017 comprou um MacBook Pro (15-
inch, 2017), pelo preço de R$14.000,00, na sua configuração máxima com 16GB de
memória, i7 de 2,8GHz, com placa de vídeo Radeon Pro 555 de 2GB dedicado. Por ter
comprado de um importador, acabou pagando relativamente mais barato, pois na
época na loja da Apple brasileira vendia o produto ao valor de R$18.499,00 (dezoito
mil, quatrocentos e noventa e nove reais).

Print Screen retirado do site Web.Archive, na qual podemos verificar os preços praticados em outubro de 2017 no
site da Apple brasileira: https://web.archive.org/web/20171004012539/https://www.apple.com/br/shop/buy-
mac/macbook-pro/15-inch

Ademais, o sucessor deste mesmo computador saí hoje por


módicos R$24.099,00 (vinte e quatro mil, e noventa e nove reais). Falaremos
posteriormente sobre as mudanças realizadas pela Apple na atualização deste modelo,
e o porque ela descontinuou tão rápido o modelo anterior.
Computador vendido atualmente pela Apple com configurações análogas às vendidas em
meados de 2017 - https://www.apple.com/br/shop/buy-mac/macbook-pro/16-polegadas-
prateado-processador-de-seis-núcleos-e-2,6-ghz-512gb#

Pois bem, percebe-se que não se trata de um notebook comum,


mas sim um computador potente voltado à profissionais que requerem um
equipamento de trabalho robusto, além de seguro e duradouro.
A Autora resolveu comprar esse aparelho por ter tido uma
ótima experiência com um Macbook Air, o modelo mais barato da marca, por 6 (seis)
anos, nunca tendo apresentado qualquer tipo de problema. Na época ainda não era
advogada, apenas Técnica em Informática, e trabalhava numa empresa que lhe
requeria trabalhos gráficos costumeiramente.
Por ser uma grande fã da marca, e já ter atestado a durabilidade
e confiabilidade de outros produtos da Requerida, acabou por juntar suas economias
advindas da venda do computador anterior, juntamente com o que possuía na
poupança, para fazer um upgrade para o aparelho que a RÉ considerava o ‘’Melhor‘’
Macbook já criado.
Realmente, o computador era fantástico, e cumpria com o que
era esperado. Porém, com alguns meses de uso percebeu que algumas teclas
começaram a apresentar uma ‘’aderência’’ um pouco maior, como se estivesse
‘’grudenta’’, ao pesquisar percebeu que esse problema era geral no novo teclado
chamado Borboleta.

I.I – Do erro de projeto relativo ao Teclado


A RÉ vendia o mecanismo borboleta como um teclado mais
preciso, 40% mais fino e 4 vezes mais estável.

Propaganda da época na página da Apple, que exaltava o teclado.

O descontentamento dos usuários foram tão grande, que


imediatamente a Apple precisou divulgar formas de ‘’limpar’’ o teclado revolucionário
consistindo em 4 (quatro) passos complexos que envolvem jato de ar e ângulos
diferentes para solucionar o problema.
Página de suporte da Apple ensinando como limpar o teclado dos MacBooks Pro 2017 -
https://support.apple.com/pt-br/HT205662
Ocorre que a solução apresentada pela Apple, em grande parte
dos casos, não solucionava o problema. Ocorre que depois da investigação por equipes
voltadas à imprensa tecnológica – como o iFixit1., descobriu-se que o novo teclado
revolucionário é altamente sensível à partículas de poeira que entrem nele, sendo que
qualquer tipo de partícula pode entrar e prejudicar o teclado a ponto de torná-lo
inutilizável2
Ademais, o custo da troca deste teclado custava R$2100,00,
porque, aparentemente, tratava-se de uma peça única incluindo todo o alumínio da
parte superior da carcaça, juntamente com o trackpad, o teclado em sí, e abismem-se,
até mesmo a bateria do notebook. 3
Iniciaram-se processos coletivos nos EUA e no mundo, até que,
finalmente, a Apple resolveu criar um programa de recall para substituir os teclados
problemáticos gratuitamente, mesmo fora do período de garantia – como pode ser
visto em https://support.apple.com/pt-br/keyboard-service-program-for-mac-
notebooks.
Ocorre que esse recall é para a instalação do MESMO teclado,
ou seja, não há a possibilidade de substituição por um teclado que seja mais durável –
sempre será instalado o teclado conhecido como butterfly que apresenta problemas
massivos com qualquer contato com pó. Ocorre que a Apple garante o recall somente até
o quatro ano da compra do aparelho.

Ocorre que esse recall é para a instalação do MESMO teclado,


ou seja, não há a possibilidade de substituição por um teclado que seja mais durável –
sempre será instalado o teclado conhecido como butterfly que apresenta problemas

1 https://pt.ifixit.com/Device/MacBook_Pro
2 https://blogdoiphone.com/2019/11/fracasso-apple-teclado-macbook/
3 https://macmagazine.uol.com.br/post/2016/05/06/obrigado-apple-por-me-obrigar-a-gastar-mais-de-

r2-100-para-consertar-uma-tecla-s/
massivos com qualquer contato com pó. Ocorre que a Apple garante o recall somente até
o quatro ano da compra do aparelho.

Ou seja, o recall consiste na reinstalação da mesma peça que já


foi constatada possuir defeitos de projeto, consistente numa falha que permite que
poeira e detritos se acumulem mais facilmente abaixo da tecla, fazendo o componente
se tornar inútil com o passar do tempo (já que é impossível limpar abaixo das teclas
sem quebrá-las).

Foto da tecla ‟revolucionária‟ da Apple com sua membrana que torna impossível qualquer
limpeza quando alguma poeira, mesmo que mínima, adentra a membrana, tornando o
teclado completamente inútil.
Conforme o relatório apresentado no processo coletivo que a
Apple responde nos Estados Unidos 4, não foi apresentado soluções eficazes para
resolver a falha, tendo em vista que mesmo após realizado a troca dos teclados, o
modelo substituído apresentava o mesmo problema – obviamente, por ser o mesmo
teclado com defeito de projeto.
Ou seja, todos os consumidores terão apenas 4 (quatro) anos de
vida útil do aparelho que custa, em torno, de R$20.000,00 – já que após esse tempo,
todo o reparo que for necessário ao teclado será pago pelo consumidor, custando a
bagatela de R$2100,00 (dois mil e cem reais) pela simples substituição para outro
teclado com o mesmo tipo de defeito.
A Autora, desde e a compra do aparelho, teve que levar o
notebook à assistência técnica pelo menos 3 (três) vezes, sendo que todas as vezes a
solução aplicada sempre foi uma ‘’limpeza’’ com ar comprimido que nunca foi capaz
de solucionar de vez o problema da sensação de teclas ‘’aderentes’’. Por outras diversas
vezes teve que sair do escritório, em pleno turno, para procurar alguma loja de
bicicletas, ou oficina mecânica, para solicitar que fosse jogado ‘’um ar’’ no teclado para
tornar possível o uso notebook da Ré.
A última vez que tentou solucionar o problema foi no dia
10/03/2020, através da Ordem de Serviço nº 30749, onde novamente a Autorizada da
Ré negou o Recall do teclado.

4Matéria comentando sobre o processo - https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/12/apple-pode-


ser-processada-por-problemas-no-teclado-borboleta-nos-macbooks.ghtml
I.II – Do erro de projeto relativo à Bateria
Como se não bastasse, em setembro de 2019 a Autora foi
surpreendida quando foi informada, pela segurança do Aeroporto de Navegantes, que
não poderia levar consigo o seu notebook tendo em vista se tratar de um aparelho
defeituoso.

Bilhete aéreo da Autora

Sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo


foi até a loja da companhia aérea para perguntar o que deveria fazer, por se tratar de
aparelho indispensável ao seu trabalho, ao que lhe mostraram o seguinte comunicado
da ANAC:

https://www.anac.gov.br/noticias/2019/anac-orienta-sobre-transporte-do-macbook-pro-de-15-polegadas
Sabendo a Autora que o seu aparelho trata-se de um MacBook
Pro de 15 polegadas, fabricado em 2017, ficou estarrecida, mas com ajuda da Azul pode
realizar a consulta pelo site https://support.apple.com/15-inch-macbook-pro-battery-
recall e comprovar que o seu aparelho não estava com ordem de recall.
Cabe ressaltar que, apesar do problema ter sido resolvido naquele
momento, a Autora passou por um enorme abalo moral, tendo em vista que foi
necessário brigar com a segurança do Aeroporto, com a ajuda da Azul, para que
conseguisse embarcar naquele voo. Para isso teve que voar não apenas com o aparelho
desligado, mas também foi necessário despachá-lo (mesmo que não fosse o
recomendado), o que fez com que o voo inteiro temesse pelo desvio da mala, e
consequentemente, do seu notebook.
Ressalta-se que até hoje a Autora, quando viaja, carrega consigo
uma folha atestando que o seu computador não faz parte dos afetados pelo problema
de bateria, tendo que algumas vezes, explicar, e debater, para poder viajar com o
mesmo.
Ainda sobre o resultado dos problemas relativos à bateria é
necessário dizer que o referido defeito, até o momento, já causou 26 incidentes,
algumas com vítimas.

https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/06/macbook-pro-da-apple-com-problema-na-bateria-ja-causou-26-
incidentes.ghtml
I.III – Do erro de projeto relativo à Tela
Eis que então, imaginando ser impossível a Apple ter cometido
outro erro de projeto no referido aparelho, a Autora foi novamente surpreendida.
Em janeiro de 2020 (com um pouco mais de dois anos de uso do
aparelho), ao trabalhar, percebeu algumas luzes estranhas aparecendo na base da sua
tela:

Aparelho da Autora apresentando as chamadas ‘’luzes de palco’’

Conforme o tempo foi passando a Autora começou a perceber


que a tela passou a ter problemas intermitentes: as vezes simplesmente não funcionava,
precisando fechar a tela e abri-la novamente com uma certa lentidão para que a mesma
funcionasse.
Até que um dia ela, simplesmente, parou de funcionar
completamente quando totalmente aberta.
Desesperada e impossibilitada, novamente, de trabalhar buscou
na internet soluções para aquele problema, e o que encontrou não lhe agradou.

https://www.tecmundo.com.br/produto/138126-defeito-design-macbook-pro-afetando-iluminacao-tela.htm

Numa explicação mais didática, o problema ocorre porque o cabo


denominado flex deste aparelho é consideravelmente curto, frágil fino, ficando sujeito
ao desgaste com o simples movimento de abrir e fechar o dispositivo (o que é uso
costumeiro em qualquer notebook).
Logo o cabo flex, que é mais curto do que o recomendado, sofre
stress a cada uso do aparelho, sendo que dentro de pouco tempo – tempo este muito
menor que o esperado para o uso de um bem durável que custa mais de cinco dígitos -

ele quebra. É um problema de projeto.


Os fios responsáveis pela retro iluminação da tela – conhecido
como backlight são os primeiros sintomas a aparecer (conforme demonstrado na foto),
conforme o uso continua, eles se rompem completamente, tornando a tela inutilizável,
já que não possui qualquer iluminação.
Através do vídeo realizado pela Autora quando o problema ainda
era intermitente podemos perceber exatamente a falha:

https://1drv.ms/v/s!AgoOZqNQFwqhids_LwNs0Qkdk6Dm7Q?e=k2wpVm
(senha: apple)

Primeiro estágio, as luzes de palco (mostrando o desgaste do


componente com apenas dois anos de uso do dispositivo). Ao fechar e abrir novamente
(com todo o cuidado), a tela não responde. Necessário abrir e fechar novamente para
que ela volte a funcionar. E depois ela apagando por abrir depois de um certo ângulo.
Atualmente o computador da Autora se encontra assim, sem
conseguir manter a tela ligada ao abri-lo para ser usado para o fim a que se propõe: um
notebook.

https://1drv.ms/u/s!AgoOZqNQFwqhidtBSH1gz0UMw5LYCA?e=e6PZlq
(senha: apple)

É exatamente o mesmo problema apresentado nos seguintes


vídeos encontrados na internet:
https://www.youtube.com/watch?v=0p2EXncIZcw
https://www.youtube.com/watch?v=9J12w7PJ3_g
https://www.youtube.com/watch?v=L_PXBeR7dF4
https://www.youtube.com/watch?v=v5pEVvGvxFM
https://www.youtube.com/watch?v=g6cRdY4qC1Q
https://www.youtube.com/watch?v=WmfMfGcOQOE
https://www.youtube.com/watch?v=xlmnOWNLbXg
https://www.youtube.com/watch?v=XUReH9oVrko

O problema é geral com os consumidores da linha MacBook Pro


do mundo, tendo sido apelidado pelos consumidores como flexgate, aludindo o
problema, ao escândalo político de Watergate5.

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_%22-gate%22_scandals

Em tradução literal: Alguns MacBook Pro de quarta geração


podem apresentar iluminação irregular na parte inferior da tela, que se parece com um
efeito de "luz de palco", e a tela pode eventualmente falhar completamente após a
abertura frequente e o fechamento da tampa devido ao cabo flexível frágil.
Então a Autora, na primeira semana de março de 2020, levou o
seu computador pela primeira vez, para tratar desse assunto, à autorizada da Apple
mais próxima da sua residência de nome CPCom. Ao falar com o técnico o mesmo
imediatamente identificou o problema como realmente sendo o flexgate, onde o cabo
flex parcialmente rompido comprometia o backlight do aparelho. Sequer foi

5 https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_%22-gate%22_scandals
necessário abrir o computador, pois como pode se perceber ele é característico e
facilmente identificado pelo manusear da tampa.
Para piorar, foi informada ainda, que não é possível substituir
apenas o cabo flex defeituoso, é necessário trocar o display inteiro. E tal reparo
custaria, à Autora, o valor de R$3.300,00 (três mil e trezentos reais). Ou seja, quase ¼
do valor pago a titulo do aparelho inteiro.
Para completar afirmou que era bem comum tal problema, e que
Apple oferecia recall somente para os computadores Macbook Pro de 13 polegadas,
que é considerado um modelo inferior ao da Autora.
Segundo ele os problemas aparecem em todos os computadores
da linha, independentemente do tamanho. Entretanto pelo computador de 15
polegadas ser relativamente mais caro que o de 13 polegadas, foram vendidas menos
unidades do mesmo, logo a Apple não se sentiu compelida em agraciar com o recall
para o modelo mais caro, já que são de menor número no mercado.
Munida dessas informações a Autora ligou para Apple em 10 de
março de 2020, para solicitar uma posição da fabricante. Foi muito bem atendida, e o
Atendente deixou a Autora completamente tranquila, disse que o problema seria sim
resolvido, e que era para a mesma deixa-lo novamente na assistência técnica, lançando
inclusive uma ordem de serviço, e garantindo que, sim, se caso fosse constatado
realmente o problema, seria dado a ordem de reparo.
A conversa inteira com o suporte pode ser encontrada através do
link xxxxx, gravado pela Autora.
Depois da Autora descrever todos os problemas enfrentados com
o computador, transcrevendo o que foi dito na ligação, temos no minuto 04:18,52, a
seguinte garantia dada pelo assistente da Apple “Nakita, eu entendo perfeitamente o
que está acontecendo com você, pode ficar tranquila eu vou te ajudar com todo o
processo para fazer com que o seu dispositivo volte a funcionar, ou no caso, fazer a
troca do seu aparelho aí, pode ficar completamente tranquila quanto a isso está bom?’”
Ainda em 04:46 o atendente diz “Você tem toda a razão, você
está no seu direito, e eu vou fazer o seguinte, vou fazer todo o processo de classificação
aqui, eu vou registrar tudo bonitinho, e existem programas de qualidade que você está
totalmente segura quanto a isso, tanto quanto as teclas, tanto quanto tela, tanto quanto
bateria. Então a gente vai resolver, nem que seja necessário trocar esse seu computador
aí”.
Descrevendo o que foi dito temos no minuto 19:22,69 a seguinte
transcrição: “Existe de fato o programa de qualidade do teclado, existe de fato o
programa de qualidade para a tela, porém a gente vai ter que fazer que a própria
autorizada ver qual que é, e no que se enquadra, pode ser que aquela autorizada não
tenha visto qual que é e qual que se enquadra, e vai ser necessário fazer um diagnóstico
entrar e ver se enquadra no programa de qualidade’’.
Continuando no minuto 20:28 o atendente insiste para que a
Autora levasse o dispositivo para outra assistência técnica – provavelmente porque a
CPCom tinha sido muito transparente sobre o real problema no computador, deixando
claro para Autora que se tratava sim de um vício oculto, e que tinha o recall somente
para o 13 de polegadas. E finaliza, afirmando que era preciso abrir o computador para
verificar se é realmente seria o display com problema de iluminação, mas que sendo
esse o problema, seria sim trocado gratuitamente.
Muito contente, a Autora levou o computador novamente para a
Assistência Técnica no dia 10/03/2020, e chegando lá já lhe adiantaram que a Apple
não tinha aberto ordem de reparo coisíssima nenhuma, e que sabiam que não iam
autorizar o reparo por se tratar de um MacBook de 15 polegadas, e não de 13.
Ao buscar o aparelho, no dia 16/04/2020 (com a reabertura das
lojas físicas, fechadas por conta do Corona Vírus), a Assistência técnica verificou se
tratar realmente do problema relativo a luz de fundo da tela no display integrado (ou
seja, problema no backlight), e deixou claro que o não existe recall de display para o
Macbook Pro Touch Bar 15 referente a iluminação.
Laudo apresentado pela Assistência Técnica Autorizada da Apple
em Balneário Camboriú:

https://support.apple.com/pt-br/13-inch-macbook-pro-display-backlight-service - acessado em 28/05/2020


Como já imaginava a Autora, já que a própria assistência técnica
já lhe havia adiantado, a Apple tem total consciência do vício do projeto da Linha
Macbook Pro, relativo à fragilidade do componente conhecido como cabo flex que se
desgastam pelo simples movimento de abrir e fechar o notebook (ou seja, uso normal
de qualquer computador portátil).
Os mesmos não só garantiram que tinham total consciência do
problema via telefone, mas também fornecem recall para o problema nos seus modelos
de 13 polegadas (que são os mais vendidos por serem a versão mais barata, e portanto,
com mais consumidores usando-o).

https://tecnoblog.net/281148/apple-corrige-macbook-pro-tela-flexgate/
https://tecnoblog.net/281148/apple-corrige-macbook-pro-tela-flexgate/
A Apple tanto sabe do vício que seus Macbooks Pro possuem,
que corrigiu a falha colocando cabos flex mais longos nos seus modelos mais novos. E
para piorar a Apple costumeiramente apaga os tópicos dos usuários acerca desse tipo
de problema dos seus fóruns de suporte oficial.

https://tecnoblog.net/281148/apple-corrige-macbook-pro-tela-flexgate/

A Ré inclusive só realizou o recall dos seus modelos de 13


polegadas porque os usuários fizeram um abaixo assinado virtual no Change.org
(https://www.change.org/p/apple-fix-all-macbook-pro-2016-and-later-with-stage-
light-effect-or-backlight-shutdown-flexgate) para que todos pudessem relatar os seus
problemas sem que tivessem seus tópicos excluídos.
Entretanto eles mantem o abaixo assinado aberto porque os
Notebooks da linha de 15 polegadas não foram agraciados pelo recall.

https://appleissues.net/issues/flexgate/

Em tradução literal: “a Apple finalmente reconheceu o problema


e lançou um programa de substituição de tela, para que você possa reparar seu laptop
afetado ao problema #flexgate gratuitamente ou obter um reembolso por esses reparos.
No entanto, o programa abrange apenas 2016 modelos de 13 polegadas. Segundo
relatos de usuários, os modelos de 2017 e de 15 polegadas também estão sujeitos ao
problema, então, por enquanto, não estamos encerrando a petição.”
No dia 28 de maio de 2020 o abaixo assinado já perfaz um total

de 27.713 assinaturas de consumidores com o mesmo problema da Autora.


Ora, vale questionar os motivos que a Empresa Ré abriu recall
dos seus produtos apenas depois de verificarem que a mesma corrigiu o defeito de
projeto nos modelos recentes do dispositivo, e para piorar, só oferece a benesse para o
modelo de 13 polegadas.
Vossa Excelência, é o mesmo projeto, a mesma linha de produção
e os mesmos componentes, há vários relatos do defeito aparecendo
independentemente de ser o modelo mais simples ou mais completo do MacBook Pro,
sendo inacreditável a posição da Ré oferecer recall somente para o modelo mais barato
da linha.
Importa frisar ainda que se trata de um computador caro,
Premium, extremamente novo, com apenas 2 (dois) anos de uso, que possuí grande
expectativa de durabilidade (acima de 06 anos). O problema relatado se dá justamente
pelo uso COMUM e diário, do simples abrir e fechar o dispositivo, culminando na sua
total inutilização através da quebra de um componente extremamente frágil pouco
tempo depois do fim da garantia oferecida pela Ré.
Fica claro que a Ré se esquiva de resolver o vício oculto presentes
na sua linha de Macbook Pro, se escusando no fato de que o problema só vai aparecer
depois de um ano de uso do aparelho – pelo simples abrir e fechar da tela.
Tanto é verdade que Apple responde, atualmente, outro processo
coletivo nos Estados Unidos por conta deste problema (basta-se lembrar que ela
responde um atualmente pelos problemas relativos ao teclado – fora a bateria que
ocasionou lesão corporal em consumidores).
https://macmagazine.uol.com.br/post/2020/05/08/apple-e-alvo-de-novos-processos-sobre-telas-
de-macbooks-pro-e-pirataria/

Vale ainda salientar, por fim, que o Modelo de Macbook Pro de


15 polegadas, exatamente o dispositivo da Autora, não está mais a venda no site da
Empresa Ré em razão dos diversos vícios de fábrica.

I.IV – Do novo modelo de Macbook Pro


Incrivelmente, a Ré reformulou a sua linha de MacBooks pouco
tempo depois de ter lançado a versão da Autora. Fabricou modelos remodelados sem
os vícios aqui demonstrados, voltando a, inclusive, retroceder para os teclados
normais, anteriormente fabricados – abandonando de vez o revolucionário teclado
‟butterfly”.
https://blogdoiphone.com/2019/11/fracasso-apple-teclado-macbook/
https://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2019/12/02/fiz-o-teste-apple-corrige-falhas-de-
teclado-com-o-novo-macbook-pro/

Não é como se Apple tivesse criado uma nova tecnologia


melhorada do que a colocada no dispositivo da Autora. Não. Eles voltaram a usar a
tecnologia ANTIGA de teclados, que é confiável, e não apresenta vícios.
Não só isso, a Apple também solucionou o problema relativo ao
flexgate através do lançamento do novo Macbook Pro. Como podemos verificar foi
por conta da ambição de diminuir a espessura dos seus notebooks da linha PRO que a
Apple adotou uma nova tecnologia para cabos flat.
Entretanto para os seus novos computadores NOVAMENTE a
Apple retrocedeu, usou os cabos flat anteriores, relativamente mais espessos e longos,
sendo, portanto, mais duráveis, que não cedem com o simples abrir e fechar do
dispositivo.
https://canaltech.com.br/notebook/apple-nao-admitiu-flexgate-mas-trocou-cabos-de-macbooks-recentes-134125/

https://macmagazine.uol.com.br/post/2019/03/05/apple-pode-ter-consertado-o-flexgate-de-macbooks-pro-
silenciosamente/

https://tecnoblog.net/281148/apple-corrige-macbook-pro-tela-flexgate/

Ou seja, a Ré teve a capacidade de cobrar R$14.000,00 para


Autora servir de cobaia dos seus produtos. Ao adquirir um produto top de linha com
valor de mercado altíssimo comparado com outros notebooks, esperava ter adquirido
um produto condizente com a reconhecida durabilidade da Marca. Mas não, a Autora
levou pra casa uma dor de cabeça.
Descobriu, dia após dia, que o seu dispositivo era acometido de
vários vícios ocultos que poderiam não só por em risco a sua segurança, mas também
torná-lo inutilizável para o uso que lhe é proposto – estando impossibilitada neste
exato momento de usar a sua tela, e o seu teclado.
Ficou um mês inteiro sem ter acesso aos seus arquivos e a sua
ferramenta de trabalho, precisando pegar emprestado o computador de colegas de
trabalho para não ser impedida de trabalhar.
Teve que comprar, posteriormente, um monitor, bem como
teclado e mouse, para continuar usando o dispositivo que custa o preço de um carro
popular. Cada vez que teve que viajar de avião, passou pelo desconforto e a situação
vexatória de ter que explicar e provar que o seu dispositivo não apresentava perigo.
Tudo isso para, logo em seguida, ver que todos os problemas
enfrentados foram solucionados pela Ré ao fazer um ‟novo” produto, com
características idênticas às características que o computador antigo da Autora possuía
lá em 2013: cabo flex reforçado, e teclado modelo tesoura. Foi exatamente por isso que
a Autora se despiu de suas economias para comprar um dispositivo tão caro: a
durabilidade. Ninguém gasta o valor absurdo para comprar um dispositivo desse para
ver o mesmo perder totalmente sua funcionalidade em menos de dois anos. Ressalta-
se que, na comunidade de usuários da Apple, essa safra de computadores PRO 2016-
2018 são conhecidos como problemáticos.
Isso ocasiona, inclusive, uma imensa desvalorização destes
dispositivos no mercado de usados – que alias, é também um dos motivos que fez a
Autora não se importar em pagar o preço premium da Apple, afinal, vendeu o seu
computador anterior por um preço bom, já que a procura para notebooks da Apple
usados é bem grande.
Ao ignorar o apelo dos seus consumidores, ou melhor dizendo,
cobaias, a Apple usou, de certa forma, a experiência negativa de todos para voltar atrás,
e criar um dispositivo livre de falhas ao qual todos buscavam quando compraram os
seus dispositivos. A Apple nos ignora, sabendo exatamente o erro que cometeu.
Ressalta-se que em conversa posterior à negativa da Apple,
através da sua assistência técnica, em resolver o seu problema, a Autora ligou
novamente para o Atendimento ao Cliente, afinal justamente este, havia lhe garantido
a solução do problema.

Porém, na ligação telefônica realizada em 23/04/2020, a


atendente usou-se do argumento de que ‟nada poderia fazer”, pois não poderiam passar
por cima da ‟decisão” da assistência técnica. Teve a capacidade de dizer que se
houvessem tantos consumidores insatisfeitos com toda certeza a apple teria criado um
recall para o de 15 polegadas.
Como se a assistência técnica tivesse REALMENTE algum poder
de decidir OU NÃO consertar o aparelho que não é abrangido pelo recall. E como se
todos os recalls existentes para esse produto não tivessem sobrevindos dos abaixo-
assinados e ações coletivas que Apple responde até hoje. A Apple basicamente ri da
cara dos seus consumidores, e só age compelida pela força da lei, porque sabe que a
maioria não tem conhecimento das leis protecionistas ao Direito do Consumidor,
principalmente as que tratam à respeito do vício oculto. O que não é o caso da Autora.

II – PRELIMINARMENTE
A autora deixa claro que está aberta a conciliar. Ocorre que
diante da situação atual frente a pandemia do Corona Vírus entende que é
desnecessária a presença física para conciliar ao Fórum.
Para tanto, caso a empresa Ré tenha interesse em conciliação,
poderá comunicar-se com a Autora já que possui seus dados pessoais nos seus sistemas.
Neste sentido, o art. 334, do CPC, em seu parágrafo 5º e paragrafo
7º abarcam bem a situação atual, portanto a Autora não tem interesse na realização de
audiência de conciliação.
III – DO DIREITO
A principio é necessário esclarecer que a relação entre as partes
enquadra-se nas relações de consumo, amparadas pelo Código de Defesa do

Consumidor, conforme artigos 2º, caput e 3º do mesmo diploma legal.

Cabe a aplicação à parte Autora, portanto, dos direitos


colecionados no art. 6º do CDC.

III.I – DA INCIDÊNCIA DO VÍCIO OCULTO/REBIDITÓRIO


Observe-se, excelência, que o dispositivo em questão,
conforme restou comprovado mediante anexos comprobatórios dos milhares de
consumidores que exigem recall do produto pelo o mesmo problema através de vídeos,
abaixo-assinados, além de dezenas de notícias propagando o fato, bem como o próprio
atendente do Suporte da Apple garantindo a troca do aparelho da Autora, encontra-se
eivado de VÍCIO REBIDITÓRIO, pois um produto que custa R$21.299,00 jamais
poderia ser fabricado para durar apenas um ano, deixando tanto o seu teclado quando
a sua tela inutilizável através do uso comum.
O embasamento legal para a pretensão autoral se faz na
Constituição Federal, no Código de Defesa do Consumidor, no Código de Processo
Civil e, principalmente, na jurisprudência pátria.
À Luz da Constituição, vejamos o teor do inciso X do Art. 5º:

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a


imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;
O fornecedor deve conservar a boa conduta em suas tratativas
com o Consumidor. Atos que violam a dignidade do consumidor, maculam direitos da
personalidade e devem ser reparados.

A conduta lesiva à dignidade do consumidor reflete em sua


personalidade. Hogemann, citando Karl Larenz (2008, p. 88), “entende a dignidade da
pessoa humana como a prerrogativa do ser humano de ser respeitado como pessoa, de
não ter sua vida, corpo ou saúde prejudicados, e de gozar da sua própria existência ”.

Os produtos inseridos pela Ré no mercado de consumo não


podem colocar em risco a incolumidade física e psíquica do consumidor, sob pena de
lesão a direito da personalidade.

No caso concreto, como se pode ver, o autor teve sua vida


privada violada, vez que a promovida lhe forneceu um produto abarrotado de vícios
ocultos, que poderiam ter trazido não só danos físicos a autora – que teve sorte, pelo o
seu dispositivo não ter sido agraciado com uma bateria explosiva, mas danos
patrimoniais, e principalmente morais.

É flagrante a responsabilidade civil da Empresa Ré, gerando o


dever de indenizar o Autor pelos danos materiais (relativos a compra do produto com
vício, e a necessidade de comprar periféricos para continuar usando o produto) e
morais (o vexame que passou, e passa, ao se explicar toda vez que precisa voar; o
sentimento de ser enganada pelo suporte da Ré ao dizer que ia resolver o problema da
Autora, mas não o fez; a impossibilidade de acessar seus arquivos por quase dois meses;
a necessidade de ter que pegar outro aparelho, emprestado, de colegas da advocacia
para conseguir exercer sua profissão).

Casos como a da Autora já foram objeto de análise pelos


Tribunais Superiores, senão vejamos:
EMENTA: Quarta Turma - DIREITO DO CONSUMIDOR. VÍCIO OCULTO.
DEFEITO MANIFESTADO APÓS O TÉRMINO DA GARANTIA CONTRATUAL.
OBSERVÂNCIA DA VIDA ÚTIL DO PRODUTO.

O fornecedor responde por vício oculto de produto durável decorrente da própria


fabricação e não do desgaste natural gerado pela fruição ordinária, desde que haja
reclamação dentro do prazo decadencial de noventa dias após evidenciado o defeito,
ainda que o vício se manifeste somente após o término do prazo de garantia
contratual, devendo ser observado como limite temporal para o surgimento do defeito

o critério de vida útil do bem. (...) Cumpre ressaltar que, mesmo na hipótese de

existência de prazo legal de garantia, causaria estranheza afirmar que o


fornecedor estaria sempre isento de responsabilidade em relação aos vícios
que se tornaram evidentes depois desse interregno. Basta dizer, por exemplo,
que, embora o construtor responda pela solidez e segurança da obra pelo prazo legal
de cinco anos nos termos do art. 618 do CC, não seria admissível que o
empreendimento pudesse desabar no sexto ano e por nada respondesse o construtor.
Com mais razão, o mesmo raciocínio pode ser utilizado para a hipótese de garantia
contratual. Deve ser considerada, para a aferição da responsabilidade do fornecedor,

a natureza do vício que inquinou o produto, mesmo que tenha ele se manifestado
somente ao término da garantia. Os prazos de garantia, sejam eles legais ou
contratuais, visam a acautelar o adquirente de produtos contra defeitos relacionados
ao desgaste natural da coisa, são um intervalo mínimo de tempo no qual não se espera
que haja deterioração do objeto. Depois desse prazo, tolera-se que, em virtude do uso

ordinário do produto, algum desgaste possa mesmo surgir. Coisa diversa é o vício

intrínseco do produto, existente desde sempre, mas que somente vem a se


manifestar depois de expirada a garantia. Nessa categoria de vício intrínseco,
certamente se inserem os defeitos de fabricação relativos a projeto, cálculo

estrutural, resistência de materiais, entre outros, os quais, em não raras vezes,

somente se tornam conhecidos depois de algum tempo de uso, todavia não


decorrem diretamente da fruição do bem, e sim de uma característica oculta que
esteve latente até então. Cuidando-se de vício aparente, é certo que o consumidor
deve exigir a reparação no prazo de noventa dias, em se tratando de produtos duráveis,
iniciando a contagem a partir da entrega efetiva do bem e não fluindo o citado prazo
durante a garantia contratual. Porém, em se tratando de vício oculto não decorrente
do desgaste natural gerado pela fruição ordinária do produto, mas da própria
fabricação, o prazo para reclamar a reparação se inicia no momento em que ficar
evidenciado o defeito, mesmo depois de expirado o prazo contratual de garantia,

devendo ter-se sempre em vista o critério da vida útil do bem, que se pretende
"durável". A doutrina consumerista – sem desconsiderar a existência de
entendimento contrário – tem entendido que o CDC, no § 3º do art. 26, no que
concerne à disciplina do vício oculto, adotou o critério da vida útil do bem, e não o
critério da garantia, podendo o fornecedor se responsabilizar pelo vício em um espaço

largo de tempo, mesmo depois de expirada a garantia contratual. Assim,

independentemente do prazo contratual de garantia, a venda de um bem tido por


durável com vida útil inferior àquela que legitimamente se esperava, além de
configurar um defeito de adequação (art. 18 do CDC), evidencia uma quebra da
boa-fé objetiva, que deve nortear as relações contratuais, sejam elas de consumo,
sejam elas regidas pelo direito comum. Constitui, em outras palavras,
descumprimento do dever de informação e a não realização do próprio objeto do
contrato, que era a compra de um bem cujo ciclo vital se esperava, de forma legítima
e razoável, fosse mais longo. Os deveres anexos, como o de informação, revelam-se
como uma das faces de atuação ou ‘operatividade’ do princípio da boa-fé objetiva,
sendo quebrados com o perecimento ou a danificação de bem durável de forma
prematura e causada por vício de fabricação. Precedente citado: REsp 1.123.004-DF,
DJe 9/12/2011. REsp 984.106-SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
4/10/2012.

Existem diversos julgados que acompanham este


entendimento:
Consumidor. Compra de aparelho de telefone celular. Defeito oculto constatado

após o prazo da garantia. Irrelevância. Defeito surgido em apenas um ano


e oito meses de uso, antes do tempo de vida útil razoavelmente esperado.
Reparação devida. Dano moral não configurado. Recurso parcialmente provido.
(TJSP; Apelação Cível 1001537-81.2017.8.26.0369; Relator (a): Pedro Baccarat;
Órgão Julgador: 36ª Câmara de Direito Privado; Foro de Monte Aprazível - 1ª Vara;
Data do Julgamento: 06/03/2018; Data de Registro: 06/03/2018)

O códex consumerista estabelece que:

Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou


não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de

qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou

inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes


diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas
as variações decorrentes de sua natureza, podendo o
consumidor exigir a substituição das partes viciadas.

§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias,


pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em


perfeitas condições de uso;

II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente


atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
É

Nestes termos,
Pede deferimento.
Cidade - UF, data.

Nome do advogado – OAB/SC 00.000

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