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EXMº. SR. DR.

DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO CONSELHO


ESPECIAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
PARÁ.

CARLOS EDUARDO DA COSTA NEVES, brasileiro, solteiro, portador da


Carteira de Identidade nº 6583775 e do CPF nº 004.754.382-20, residente e
domiciliado neste município à Av. Magalhães Barata, 568, Nazaré, por seu
advogado infra-assinado, conforme documento de procuração (doc. 01), com
escritório nesta cidade, onde recebe intimações, citações, avisos e demais
documentos de praxe, vêm perante Vossa Excelência, impetrar

MANDADO DE SEGURANÇA
COM PEDIDO DE LIMINAR

contra ato do Presidente da Comissão de Concursos, o Comandante


Geral, CEL QOPM LUIZ CLÁUDIO RUFFEIL RODRIGUES, que poderá ser
encontrado na sede do Comando Geral da Polícia Militar à rua Portugal, 45, Cidade
Velha, pelos fatos e fundamentos jurídicos que seguem.

DOS FATOS

Em data de 24 de maio de 2010, foi publicado o Edital nº 001 do


Concurso Publico nº 004/PMPA, com o objetivo de preencher vagas para o cargo de
médico da Polícia Militar do Pará.

II

O Impetrante inscreveu-se regularmente no concurso, cumprindo todas as


exigências e requisitos previstos no edital. Prestou todos os exames previstos nos
itens 10.2 (Prova Escrita de conhecimentos Gerais Específicos), 10.3 (Prova Prática)
e 10.4 (Exame Psicotécnico), porém foi reprovado no terceiro.

III
Diante da reprovação no exame psicotécnico, o impetrante, tendo em
vista o item 10.1.12 do referido edital, protocolou o recurso, para que fosse feita a
revisão do resultado da 3ª etapa.

IV

Mesmo resguardado pelo edital, o pedido feito pelo impetrante foi


indeferido pelo Presidente da Comissão do Concurso.

O fundamento pelo qual o Presidente da Comissão do Concurso se


baseou, foi que a referida etapa já estava prevista no Edital e se o mesmo deferisse
o recurso, estaria ferindo o princípio da Isonomia. Do outro lado, o impetrante, não
desconsidera o que fora mencionado pelo impetrado, seu objetivo é apenas a
revisão do resultado. É óbvio que tal pedido não fere, de maneira alguma, o princípio
da igualdade, pois se ferisse não seria dado o direito do recurso de revisão do
resultado.

VI

Em relação às formalidades do recurso, o impetrado tem a plena


convicção de que o seu foi feito de forma correta. Ou seja, não há motivos para que
ele fosse indeferido. Além do mais, seu objetivo é bem claro: A revisão do Resultado
da 3ª etapa (Exame Psicotécnico).

DO DIREITO

De acordo com a Constituição Federal, Art. 5º, inciso LXIX, o Mandado de


Segurança protege direito líquido e certo. Entendemos por direito liquido e certo,
aquele em que pode ser comprovado, imediatamente, pelo julgador. É fato que o
Edital coloca expressamente em seu item 10.1.12 que o candidato tem direito ao
recurso em qualquer etapa. Ou seja, o direito do impetrante, violado pelo Presidente
da Comissão de Concurso, é líquido e certo, provado imediatamente, quando se lê o
edital. Então, é mister que seja aceito o recurso.
II

Consoante o art. 37, I de nossa Carta Magna, os cargos, empregos e


funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei. Diante disso, é circunstância notória que o impetrante recheia
todos os requisitos definidos pelo edital. No entanto, o mesmo não foi aprovado no
exame psicotécnico, por isso, entrou com recurso de revisão do resultado. O recurso
também é inerente ao processo dentro do concurso público, por isso é inadmissível
que o mesmo seja indeferido pela parte coatora, ao seu bel prazer. Tal indeferimento
deve ser fundamentado de forma lógica. Afirmar que a aceitação do recurso feriria o
princípio da igualdade é um absurdo, pois se assim o fosse, não teria um dispositivo
no edital dando ao impetrante o direito do recurso.

III

De forma a justificar o pedido de liminar, o impetrante coloca


expressamente na petição o art. 7º, III, da Lei 12.016/2009, que regula o mandado
de segurança:

ART. 7. Ao despachar a inicial, o Juiz ordenará:

III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver
fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida,
caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução,
fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa
jurídica.

É imprescindível que o recurso seja revisto de forma imediata, por isso o


pedido de liminar.

DO PEDIDO

Diante de tudo isso, não restou alternativa ao impetrante, senão vir buscar
de vossa excelência, nos seguintes termos:
a) A concessão da Medida Liminar, "inaudita altera pars", com o fim
específico de determinar à Autoridade Coatora que defira o pedido de revisão do
resultado da terceira etapa (Exame Psicotécnico)

b) A intimação da Autoridade Impetrada, para que preste as informações


que julgar pertinentes;

c) Ao final, a procedência do pedido, cumprindo as formalidades legais e


confirmando a liminar.

Dá-se a causa o valor de R$ 100,00 (cem reais)

Nestes termos.

Pede-se o deferimento.

Belém-Pa, 21 de dezembro de 2010.

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Washington Gaspar de Jesus Pimentel – OAB/PA 11.328

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