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HISTÓRIA DO DIREITO
Fonte – produção;
A queda de Roma foi resultado da invasão dos bárbaros, que eram um povo
não organizado, que não tinham mais uma estrutura institucional pré-estabelecida. A
organização antes existente não funciona mais. O apego à religião é uma forma de
consolo aos cidadãos que viram a estrutura romana ruir. Observou-se, além do
aumento da importância da Igreja Católica, o êxodo urbano.
03/10
O poder implica em duas coisas: decisão (quem tem o poder, tem poder para
decidir algo a mais que as outras pessoas) e juízo (é mais que um poder de decisão,
implica num processo de valoração, em realizar uma boa decisão.). Justiça é
escolher e escolher bem O debate do direito público implica na questão do Poder
Supremo, na sua justificação, ou seja, no summa potestas.
O debate sai da esfera jurídica e passa para a esfera teológica: “por que um
sujeito tem o poder de governar sobre mim?“
Tomás de Aquino identifica a perspectiva humana a partir da criação de
Deus. A relação mitológica coloca os deuses como parte do mundo, confundindo-se
com eles, já na teoria cristã, Deus cria o mundo, mas dele não faz parte. Só Ele
sabe como fez as cosias e porque elas são como são, e isso foi orientado por leis
que somente Ele conhece (Lei eterna, Lex aeterma) e que os humanos nunca
conhecerão. Por exemplo, nós conhecemos a lei da gravidade, mas nem por isso
nós a conhecemos. Mas para obedecê-las, os homens deveriam ter um mínimo de
conhecimentos sobre elas. E para isso, Deus disponibiliza a Lex divinoe, através da
revelatio (formas de saber quais leis o homem deve obedecer, um caminho).
A relação dos homens entre si deve ser regulada pela Lex naturalis, que
estabelece valores, produzidos por deus, que devem guiar essas relações (é parte
da lei eterna) A recta ratio é a própria utilização da razão para o conhecimento das
leis de deus. O homem é composto pelo corpo (conjunto de desejos e vontades,
geralmente incontroláveis, que nos levam para o pecado e para a perdição,
QUERER) e a anima (vontade da alma, a priori, isenta de qualquer pecado, que
controla o corpo, DEVER). A recta ratio é a utilização da alma, da anima, para conter
as pulsões do corpo (liberdade de escolha). Quando fazemos algo contrariamente
ao que queremos, e a favor do que devemos, estamos utilizando a recta ratio.
A Lex naturalis deve ser o modelo, o paradigma, das leis humanas. A lei deve
ser feita conforme o dever, não conforme as vantagens. A summa potestas, nessa
fase, é criada pelo poder de Deus, e é por isso que tal mentalidade é chamada de
Jusnaturalismo canônico. Ele é metafísico, criado por algo transcendental, é
universal, porque a reta razão é formalmente a mesma para todos nós, já que todos
têm o livre arbítrio; e a imutável, não muda ao longo do tempo (o que é certo é certo,
e assim será por todos os tempos)
A igreja romana traz dois conceitos importantíssimos para os valores das leis
naturais: a figura do pai (pater) e do irmão (frater).
A summa potestas é o deireito natural, ou seja, era produzido por deus, ou
seja, quem possuía uma reta razão para poder exercer o poder, quem tinha sido
coroado, o era por vontade de deus.
09/10
Os pensadores do século XIX não têm conexão com a Igreja, eles são os
“docs”, são autônomos, não são vinculados a nenhuma instituição.
Maquiavel acentua a idéia da razão instrumental, acredita que é ela que move
o mundo, inclusive o príncipe. Não crê em um direito natural, mas sim na Virtu, na
Fortuna e na vontade natural do próprio Príncipe. Não fala em juízo. A leitura do
príncipe é uma leitura totalmente instrumental.
10/10
Contratualismo
Ele é gerido por uma única pessoa – o soberano. Quando o Estado não
consegue cumprir seu dever, a culpa e do soberano, e nunca do Estado, já que esse
é uma máquina. A relação do pacto é individualista, ou seja, os homens só
obedecem ao Estado parar garantir a própria vida (contraprestação). A única coisa
que o Estado não pode fazer é condenar o homem a morte (desobediência civil),
pois assim o próprio Estado quebra o pacto, dando direito de o homem usar da sua
força para garantir seus direitos. A Razão Instrumental leva necessariamente as
condições materiais nas quais o sujeito está inserido, ou seja, ela as avalia para a
elaboração de uma estratégia, que pode serva resistência física, a fuga e até a
morte do soberano. A relação do homem com o estado é pragmática, não de
inclusão e exclusão (fator econômico).
O Estado é uma ficção jurídica, ele não tem materialidade alguma, ele é
apenas composto pelos homens que abdicaram do instinto de sobrevivência. O
vinculo da sociedade política pode vir por herança, ou seja, os filhos de uma
sociedade política herdam dos seus antecessores as estruturas de organização
Jean-Jacques Rousseau
16/10
Direito canônico
Usus modernus é a passagem até o Direito natural pelas universidades, ou
seja, a cientificização do direito, dos mos italieus (glosadores) para os mos gallileus
(Escola elegante), com a preponderância do direito escrito. O Julgador até então era
sábio, deveria ter uma experiência de vida que o permitisse uma adaptação ao
costume. Depois desse processo, não importa a idade do julgador, o que era
necessário era o conhecimento jurídico, a leitura de textos jurídicos (Direito escrito).
17/10
Tal sistema é base do sistema romano germano, já que a partir dela que a
prática jurídica passa a se mesclar com as bases teóricas, o que não acontece na
Common Law. Há uma preocupação com a aplicação do direito romano. O
costume passa a ser pensado como assunto jurídico. Há uma sistematização do
direito para que ele seja aplicado.
23/10
24/10
Houve uma tentativa, por parte do rei (ius próprio x ius comunne), de
reunificação dessas partes fragmentadas por diversos meios, inclusive pela religião.
No inicio da baixa idade média, o rei é quem concede títulos aos nobres de
modo a se fortalecer no poder, vinculando essas pessoas à fidelidade ao rei.
Quando a corte, no entanto, começa a se estranhar (a disputar o poder) com o rei, a
idéia do privilégio se volta contra o próprio rei, transformando a corte num grupo de
pressão com acesso direto ao rei. Todo o sistema do absolutismo é derrubado.
30/10
O código civil é posto a contrarius sensu da realidade social, ou seja, ela não
representa a sociedade atual.
O Direito Português
Inicia-se, por volta do século XII e XIII, um debate entre o “Jus Commune x
Usus modernus”.
31/10
Isso tenta ser resolvido no século XV, com a tradução oficial das glosas de
Acúrsiu e a opinião de Bartoto. Os resumos e os comentários são aplicados na
resolução desses conflitos. Esses resumos tinham caráter oficial, mas não davam
conta de tudo, especialmente do direito civil. Isso dá impulso para a criação de uma
força de lei que vai ordenar todo o direito privado. a esses textos, dá-se o nome de
ordenações, substituindo as Siete Partidas e suplantando as glosas.
06/11
Humanismo
Nós temos uma lógica medieval muito expressiva no nosso direito. A nossa
formação jurídica é muito pobre em termos de produção, debate e erudição. Isso faz
com que a produção normativa do Brasil seja ineficaz nas primeiras décadas após a
independência.