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Aula 00 – LINDB

Estado de Goiás (ICMS-GO)


Professores: Wangney Ilco e Dicler Forestieri
Curso: Direito Civil para Auditor Fiscal do
Curso: Direito Civil para Auditor ICMS-GO
Teoria e Questões comentadas
Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri – Aula 00

APRESENTAÇÃO

PÓS-EDITAL!!!
Olá pessoal! Tudo beleza?
Sejam bem-vindos ao Curso de Direito Civil para o cargo de Auditor Fiscal
do Estado de Goiás (ICMS-GO)
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EDITAL PUBLICADO:
• Data prova: 30/09/2018;
• Banca: Fundação Carlos Chagas (FCC);
• Salário: R$ 20.940,62 (vinte mil, novecentos e quarenta reais e sessenta
e dois centavos).

Curso 100% focado na FCC!!! Basta Conferir.

Vambora?????

Se não puder voar, corra. Se não puder correr,


ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue
em frente de qualquer jeito.
(Martin Luther King Jr.)

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Sumário

Apresentação dos professores ............................................................. 4


Informações sobre o curso .................................................................. 5
1-Conteúdo e cronograma das aulas ...................................................... 5
2-Metodologia utilizada ......................................................................... 5
3-Legislação aplicável ........................................................................... 6
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4-Análise do Edital e histórico da prova .................................................. 6


5-Suporte ........................................................................................... 7
1- Considerações Iniciais ..................................................... 8
1.1- Leis naturais x leis jurídicas........................................................ 8
1.2- Direito Objetivo x Direito Subjetivo ............................................. 9
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1.3- Fontes do Direito .................................................................... 10


1.4- Norma jurídica: Lei em sentido amplo x Lei sentido estrito ........... 11
1.5- Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro ....................... 11
2- Vigência e Eficácia da Norma ......................................... 14
3- Revogação da Norma ..................................................... 21
4- Conflito de Normas no Tempo ........................................ 26
5- Preenchimento da Lacuna Jurídica ................................. 29
6- Princípio da Obrigatoriedade.......................................... 33
7- Conflitos de Norma no Espaço ........................................ 36
8- Critérios de Hermenêutica Jurídica ................................ 33
9- Estatuto de Direito Internacional Privado ...................... 37
10- Questões Propostas ....................................................... 47
11- Gabarito ......................................................................... 61
12- Questões propostas comentadas...................................... 2

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Apresentação dos professores

Me chamo Wangney Ilco. Sou ex-aluno do Colégio Naval (ingresso em


1997) e Escola Naval (ingresso em 2000). Bacharel em Ciências Navais pela
Escola Naval com especialidade em Sistemas (2004). Após alguns anos como
Oficial da Marinha, decidi deixar a vida militar e ingressei nesta doce vida de
“concurseiro”. O foco era a área fiscal, mais especificamente o fisco do Estado
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do Rio de Janeiro. Nos dois primeiros certames (2008) não fui feliz, por absoluta
perda de foco e por problemas pessoais. Porém, já no ano seguinte, após alguns
meses sem estudar, retornei com muita força já com edital na praça. Fiz alguns
ajustes. Foram 45 dias de dedicação total e foco máximo. Resumos, gráficos,
esquemas, mapas-mentais foram utilizados para aproveitar o tempo com a
máxima eficiência. E deu certo! Obtive a tão sonhada aprovação: Auditor
Fiscal da Receita Estadual do Rio de Janeiro. Cargo que exerço atualmente!
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Desde então, final de 2009, me tornei Professor de Direito Empresarial e


Direito Civil tendo lecionado em alguns dos principais cursos preparatórios do
país, dentre eles o Exponencial Concursos (meus cursos de empresarial). No
momento, estou cursando Direito na Universidade Federal do Estado do Rio
de Janeiro – UNIRIO.
Me chamo Dicler Forestieri Ferreira, atualmente ministro aulas
presenciais e a distância de Direito Civil, Direito Penal e Legislação Tributária
Municipal em diversos cursos do Brasil e ocupo o cargo de Auditor-Fiscal
Tributário do Município de São Paulo (ISS-SP). Fui aprovado em SP no concurso
de 2006 e entrei em exercício no ano 2007. Antes deste concurso também exerci
o cargo de Auditor-Fiscal de Tributos do Estado da Paraíba (ICMS-PB – concurso
em 2006) e fui oficial da Marinha do Brasil durante doze anos e meio; além de
ter sido aprovado em 6o lugar para o concurso de Auditor-Fiscal de Tributos do
Estado do Rio Grande do Sul (ICMS-RS - 2006). Após algum tempo somente
dando aulas, retomei os estudos e recentemente fui aprovado em 16º lugar no
TCE-AM em 2015 (Auditor-Substituto de Conselheiro) e em 2º lugar no TCM-RJ
em 2016 (Conselheiro Substituto), cargo que exerço atualmente. Por ter sido
aprovado em alguns excelentes concursos, creio ter condições de lhe dizer qual
a melhor forma para conseguir tal sucesso. Entretanto, nem só de glórias é feita
a vida de um concurseiro, pois também fiquei reprovado em outros onze
concursos. Ou seja, creio que também sei o que não deve ser feito para ser
reprovado. Além de ter escrito dois livros de Direito Penal, sou coautor de dois
livros de questões comentadas de Direito Civil, um da banca CESPE/UnB e outro
da Fundação Carlos Chagas.

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Informações sobre o curso

1-Conteúdo e cronograma das aulas


Aula Conteúdo
Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro: vigência e
00 revogação da norma, conflito de normas no tempo e no espaço,
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preenchimento de lacuna jurídica: princípios gerais, analogia, usos


e costumes; equidade.
Pessoa Natural: conceito; capacidade e incapacidade; começo e fim,
01
direitos da personalidade.
02 Pessoa Jurídica: conceito; classificação; começo e fim de sua
existência legal; desconsideração.
Negócio Jurídico (conceito; classificação; elementos essenciais
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03 gerais e particulares; elementos acidentais; defeitos; nulidade


absoluta e relativa). Dos Atos Jurídicos Lícitos.
Contratos. Dos contratos em geral. Dos seguintes contratos em
04 espécie: compra e venda, doação e comodato, mútuo, mandato e
fiança.
05 Dos Atos Ilícitos; Responsabilidade civil subjetiva e objetiva.

06 Direito das coisas: posse e propriedade. Do penhor, da hipoteca e


da anticrese.
*Confira o cronograma com as datas de disponibilização das aulas no
site do Exponencial.

Além de abordar a parte teórica, faremos cerca de 350 questões com


grande predominância de questões FCC, ok?
Todas as questões inseridas nas aulas serão devidamente comentadas,
de modo a não deixar dúvidas. Desse modo, este curso será completo. Ele foi
elaborado visando ser sua única fonte de estudos de Direito Civil.

2-Metodologia utilizada
Abrangeremos de modo aprofundado os aspectos mais relevantes de
cada tópico do conteúdo exigido, evitando-se, porém, discussões doutrinárias
desnecessárias. Para otimizar seu aprendizado, nosso curso será
ESQUEMATIZADO assim:

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Acreditamos que essa composição seja importante para o


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aprofundamento, tendo como propósito uma preparação completa e integral,


visando um excelente desempenho em prova.

3-Legislação aplicável
A base do nosso curso será o Código Civil (Lei 10.406 de 10 de janeiro de
2002), a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei 4.657
de 4 de setembro de 1942), a Jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre
Direito Civil e a melhor doutrina nacional.

4-Análise do Edital e histórico da prova


Há algum tempo, as questões de Direito Civil limitavam-se a cobrar a
letra da lei. Com isso, bastava que os alunos decorassem os artigos mais
cobrados para conseguir uma boa pontuação.
Entretanto, a característica da decoreba sofreu diversas mudanças e,
atualmente, as questões costumam cobrar a aplicação dos conceitos em
pequenos casos práticos apresentados. Analisando o conteúdo do seu edital,
tenha certeza que conseguiremos lhe passar o conteúdo necessário para uma
excelente prova.
É importante destacar que Direito Civil é uma matéria extremamente
extensa, que abrange variadas possibilidades de construções de questões
diferentes, trazendo certa dificuldade para tentar prever o que será cobrado.
Porém, o nosso curso foi construído para atender à totalidade (100%) do
conteúdo programático do último edital.

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5-Suporte
Nosso estudo não se limita apenas à apresentação das aulas ao longo do
curso. É natural surgirem dúvidas. Por isso, estaremos sempre à disposição para
responder aos seus questionamentos através do fórum de cada aula. Todos
têm dúvidas! Errar é comum quando se está tentando aprender. O que não pode
acontecer é você guardar sua dúvida ao invés de expor a sua dificuldade.
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No mais, esperamos contar com a presença de vocês neste curso de


maneira otimista e compromissada, para que possamos caminhar juntos, de
mãos dadas, rumo à aprovação. Tenho certeza que com ESFORÇO,
DISCIPLINA e ORGANIZAÇÃO chegaremos lá. Força na remada!
Pois bem, vamos ao que interessa!
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Aula 00 – Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro: vigência


e revogação da norma, conflito de normas no tempo e no espaço,
preenchimento de lacuna jurídica: princípios gerais, analogia, usos e
costumes; equidade.

1- Considerações Iniciais
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Inicialmente, devemos fazer uma introdução que abrange não somente o


Direito Civil, mas todo o Direito. São assuntos que costumamos ver no início da
faculdade de Direito. É verdade que são assuntos pouco cobrados em prova, de
forma isolada. E, em relação a nossa área, isso não é diferente. Porém, é uma
introdução necessária sim para o bom andamento do curso e também porque
alguns termos que veremos a seguir podem ser usados em questões de outros
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assuntos, ok? Então, vamos seguir!

1.1- Leis naturais x leis jurídicas


Vamos começar nosso trabalho com o estudo da lei. Inicialmente, é
interessante perceber que quando falamos em lei, estamos nos referindo ao
conjunto de normas e regras jurídicas, e não às leis naturais. Mas, qual é a
diferença entre as leis naturais e as leis jurídicas?

Leis naturais
Princípio da causalidade ≠ Leis jurídicas
Princípio da imputabilidade

As leis naturais são decorrentes da própria ação da natureza, na qual


reina o chamado princípio da causalidade. Isso significa que cada causa produz
determinado efeito, e isso independe de ação humana. Podemos citar, como
exemplo, a lei da gravidade.
As leis jurídicas, por sua vez, são convenções que disciplinam regras de
conduta, que funcionam como diretivas para ação. Nesse caso, podemos citar o
princípio da imputabilidade, pois quando um indivíduo pratica uma conduta
prevista em lei como crime ou contravenção, a ele deve ser imputada
determinada consequência prevista em lei.
No nosso estudo, quando nos referirmos à lei, estaremos tratando das
leis jurídicas.

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1.2- Direito Objetivo x Direito Subjetivo


Outra diferenciação que precisamos fazer é com relação ao Direito
objetivo e o Direito Subjetivo. Vejamos:

Direito Objetivo Direito Subjetivo


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• É o conjunto de normas • É o poder atribuído ao indivíduo


jurídicas de caráter geral e de para agir conforme a sua
observância obrigatória pelos faculdade para a satisfação dos
indivíduos; seus interesses tutelados pela
•É imposto pelo Estado; lei (Direito objetivo);
•Refere-se ao conceito de Norma •Refere-se à Facultas Agendis -
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Agendi - são normas jurídicas faculdade individual de agir


comportamentais; conforme o direito objetivo;
•Estabele limites à conduta •Expressa a vontade individual
humana em sociedade; •É posterior à norma jurídica;
•Expressa a vontade geral; •Deriva e nasce do Direito
•Organiza a sociedade conforme objetivo;
o conjunto de regras jurídicas; •Ex.: O indivíduo poderá usar o
•Ex.: O respeito à propriedade é seu direito à propriedade para
uma imposição do Direito; protegê-la. Poder de coerção.

Portanto, o Direito objetivo e o Direito subjetivo estão intimamente


ligados, representando conceitos distintos. Ressalta-se que há uma corrente
doutrinária que considera que o Direito subjetivo é a faculdade de agir do
indivíduo conforme os seus interesses. Mas há outra corrente que entende que
essa faculdade de agir não é o Direito subjetivo em si, mas está contido nele,
pois a faculdade de agir seria algo inerente ao ser humano e, portanto, estaria
inserido no campo natural. A faculdade humana, por esta corrente, seria
anterior ao Direito. Beleza?

1. (ESPP/Juiz do Trabalho-TRT-9ªR/2012) Considerando


a teoria do Direito Civil acerca das locuções "direito objetivo" e "direito
subjetivo", assinale a alternativa incorreta:
a) O direito subjetivo associa-se à noção de "facultas agendi".
b) Visto como um conjunto de normas que a todos se dirige e a todos vincula,
temos o "direito subjetivo".
c) Direito subjetivo é a prerrogativa de invocação da norma jurídica, pelo
titular, na defesa do seu interesse.
d) Visto sob o ângulo subjetivo, o direito é o interesse juridicamente tutelado
(Ihering).

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e) 0 direito objetivo refere-se a um conjunto de regras que impõem à conduta


humana certa direção ou limite. Ele descreve condutas obrigatórias e comina
sanções pelo comportamento diverso dessa descrição
Comentários
Letra “b” incorreta. Na verdade, o conceito expresso na letra “b” qualifica o
Direito objetivo e não o subjetivo. As demais alternativas estão perfeitamente
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corretas, representando os conceitos e características do Direito objetivo e do


Direito subjetivo.
Gabarito1: B

1.3- Fontes do Direito


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As Fontes do Direito representam a origem, bem como o meio de


expressão das normas jurídicas. Podemos observar duas formas de classificar
as Fontes do Direito:

FONTES do Direito

FORMAIS NÃO FORMAIS

Lei
Analogia
Doutrina
Costume
Jurisprudência
Princípios Gerais de
Direito

Nas fontes formais, a lei é a principal delas, enquanto as demais são


consideradas fontes acessórias. A outra classificação prevista é a seguinte:

Diretas ou Lei + Costumes: criam a regra


Imediatas jurídica.
Fontes do
Direito
Doutrina + Jurisprudência: não
Indiretas ou
criam, mas contribuem para a
Mediatas
criação da regra jurídica.

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1.4- Norma jurídica: Lei em sentido amplo x Lei sentido estrito


As normas jurídicas estão na base de um ordenamento jurídico. Elas
estabelecem as regras de conduta e comportamento da sociedade, sendo uma
imposição do Estado, o qual possui a responsabilidade de aplicar as penalidades
prevista quando infringidas. Reflete também os preceitos, os mandamentos e
os valores do ordenamento jurídico.
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Em algumas ocasiões, a norma jurídica é utilizada como sinônimo de lei.


Assim sendo, é importante atentar que a palavra lei (ou norma jurídica) pode
ser utilizada em dois sentidos: amplo (“lato sensu”) e estrito (“stricto sensu”).

Sentido amplo Não precisa ser proveniente do


(lato sensu) Poder Legislativo
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Lei
Sentido estrito Necessariamente proveniente do
(stricto sensu) Poder Legislativo

Em sentido amplo (norma jurídica), a palavra lei abrange não apenas


as leis emanadas pelo Poder Legislativo, mas também outros normativos, como
por exemplo, os decretos e os regulamentos. Outro exemplo, seria o caso da
Medida Provisória, que em situações de urgência e relevância, é fruto do Poder
Executivo e tem força de lei. Embora não seja lei em sentido estrito, a medida
provisória é lei em sentido amplo. A lei em sentido amplo também é conhecida
como lei em sentido material, pois apesar de não ser uma norma jurídica que
seguiu a formalidade legislativa, é uma norma em sua essência, em seu
conteúdo.
Em sentido estrito, a lei precisaria ser introduzida no ordenamento
jurídico somente pelo Poder Legislativo, por meio de atos legislativos formais.
Por isso, a lei sem sentido estrito também é conhecida como lei em sentido
formal.

1.5- Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro


Bem, pessoal, esta aula vai girar em torno da chamada Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657/42), cuja
sigla que adotaremos é a LINDB, ok? Anteriormente, conhecíamos a LINDB
como Lei de Introdução ao Código Civil (LICC), porém a Lei nº 12.376/10 alterou
o Decreto-Lei em sua ementa; mudou-se de LICC para LINDB. Pura formalidade!
É o que menos importa para a nossa prova.
Na verdade, apesar da LINDB ser tratada didaticamente como uma norma
de introdução ao Direito Civil, na prática é uma lei autônoma aplicada também
aos demais ramos do Direito – daí a razão para a mudança de nomenclatura. A
LINDB, portanto, deve ser tratada como uma lei que regulamenta outras leis e
normas, sendo por isso conhecida pela expressão lex legum – sobredireito,

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superdireito, lei das leis, norma sobre as normas. Logo, a LINDB possui de início
duas características principais: CONJUNTO DE NORMAS SOBRE NORMAS e
APLICABILIDADE A TODOS OS RAMOS DO DIREITO.

As principais características da LINDB são:


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- Ser um conjunto de normas sobre normas, pois é uma


lei que disciplina outras normas jurídicas, assinalando-
lhes a maneira de aplicação e entendimento, sendo
chamada de lei das leis (lex legum);
- Ser aplicável a todos os ramos do direito, não apenas
ao Direito Civil; e por ultrapassar em muito o âmbito do
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Direito Civil, podemos afirmar que os dispositivos deste


diploma legal contém normas de sobredireito.

Abaixo, podemos observar onde o D. Civil insere-se no Direito:

Interesses Direito Relações entre


do Estado particulares

Público Privado

D.
D. D. Direito Direito
Tributário,
Constitucional Administrativo Comercial Civil
etc.

No mais, dessa forma, a LINDB vai tratar dos seguintes pontos:

Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro


LINDB

Lex Legum

Normas de
Vigência e Conflito das Critérios de Formas de
Direito
Eficácia das LEIS no Hermenêutica Integração
Internacional
normas Tempo e no Jurídica da norma
público e
jurídicas Espaço (interpretação) jurídica
privado

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2. (CESPE/Delegado de Polícia-AL/2012) Com base no


que dispõe a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e Direito
Civil, julgue os itens subsecutivos.
A LINDB é considerada uma lex legum, ou seja, uma norma de sobredireito.
Comentários
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O item está Certo. A LINDB é considerada uma norma de sobredireito, pois é


um conjunto de normas sobre normas, que atinge não apenas o direito privado,
mas também o direito público, possuindo aplicação nos diversos ramos do
direito.
Gabarito2: Certo
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Sabendo que a lei é o objeto de estudo da LINDB, vale a pena


enumerarmos as suas características:
Características das LEIS
A LEI objetiva atingir todas as pessoas que se encontrem na
mesma situação jurídica. Ela não é personalíssima. Não é
dirigida especificamente a um indivíduo; mas, à
Generalidade ou coletividade. A exceção é a lei formal ou singular, que se
Impessoalidade aplica apenas a uma pessoa. Exemplo: uma lei criada para
dar pensão a uma pessoa pública que esteja passando
dificuldades. A doutrina afirma que é um ato administrativo
com forma de lei.

Obrigatoriedade e O descumprimento da lei autoriza a aplicação de uma


imperatividade sanção
Permanência ou
A lei não se esgota em uma única aplicação.
persistência
Se a lei for violada, o ofendido pode pleitear uma indenização
por perdas e danos caso tenha sofrido um prejuízo em
Autorizante
virtude da lei. É aqui que a lei se distingue das normas
sociais, que, se violadas, não ensejam perdas e danos.

Pois bem, segundo sua força obrigatória, as leis podem ser:

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Quanto à Imperatividade ou Obrigatoriedade:

COGENTES Não COGENTES


-É absoluta, lei de ordem pública; -É relativa;
-Representa uma ação ou abstenção; -Representa faculdade de agir ou de
-Mandamentais ou Proibitivas; se abster - vontade das partes;
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-Proibida a direção alcoolizada; -Permissivas ou Supletivas;


-Usar o cinto de segurança. -Casamento (escolha do regime de
bens).

1- Lei Cogente ou Injuntiva: é a lei de ordem pública. É a que não pode ser
modificada pela vontade das partes e, nem mesmo, pelo juiz. São imperativas
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ou proibitivas.
a) lei cogente imperativa: é a que ordena um certo comportamento. Por
exemplo, o comerciante não pode escolher para qual cliente vender a
mercadoria;
b) lei cogente proibitiva: é a que veda certo comportamento. Por exemplo, o
Código Civil proíbe a doação universal, isto é, a doação de todos os bens sem
que haja reserva do mínimo para sobreviver.
2- Leis Supletivas ou Permissivas: são as leis dispositivas, isto é, leis que
protegem interesses particulares. Podem ser modificadas pela vontade das
partes. É o caso da maioria das leis que disciplinam os contratos, em regra.
Por fim, a Lei de efeito concreto é a que produz efeitos imediatos. Como
exemplo temos uma lei que proíbe certa atividade. É a lei que por si só já produz
o efeito desejado. Tal classificação é importante principalmente no que tange
ao mandado de segurança. Em regra, não se pode impetrar mandado de
segurança contra lei em tese, porém, se for lei de efeito concreto, cabe mandado
de segurança. Também cabe ressaltar que o Supremo Tribunal Federal admite
o controle de constitucionalidade quando a lei for de efeitos concretos. Esta lei
de efeito concreto se assemelha aos atos administrativos, cujos efeitos são
imediatos.

2- Vigência e Eficácia da Norma

O art. 1o, caput, da LINDB consagra o princípio da vigência sincrônica:

45 dias
Salvo
a lei começa em todo o depois de
disposição
a vigorar país oficialmente
contrária
publicada

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Portanto, em regra geral, a vigência da lei ocorre após 45 dias contados


a partir de sua publicação. Esse é o chamado sistema simultâneo ou
sincrônico, pois determinou um prazo único para a obrigatoriedade da lei em
todo o país.
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45 dias

Publicação Vigência
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• Princípio da Vigência Sincrônica: a obrigatoriedade da lei no país é


simultânea, pois ela entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou
seja, quarenta e cinco dias após sua publicação, não havendo data
estipulada para sua entrada em vigor.

3. (CESPE/Auxiliar Judiciário/TJ-AC/2012) Com base na


Lei de Introdução às Normas Brasileiras, julgue os itens a seguir.
A vigência da norma começa com sua promulgação.
Comentários
O item está Errado. Conforme artigo 1° da LINDB, salvo disposição contrária,
a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de
oficialmente publicada. Portanto, o prazo é de 45 dias e deve ser contado a
partir da publicação e não da promulgação da lei.
Gabarito3: Errado

A vigência é um critério puramente temporal da norma, que vai desde o


início da sua obrigatoriedade até a perda de sua validade. Nesse aspecto, não
há que fazer qualquer relação com outra norma. A eficácia refere-se à
possibilidade de produção concreta de efeitos pela norma. Quando classificada
(segundo José Afonso da Silva) de acordo com a dependência de outras normas,
podem ser:

a) Normas de eficácia plena – quando a eficácia é imediatamente


concretizada;

b) Normas de eficácia limitada – quando a eficácia depende de uma outra


norma; e

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c) Normas de eficácia contida – quando a eficácia pode ser restringida


por outra norma.

É possível que a lei seja inválida (não esteja em vigência), mas tenha
eficácia (produza efeitos). Para exemplificar tal situação vamos viajar para o
Direito Penal e analisar o art. 3o do Código Penal que trata da aplicação da lei
penal quando esta for excepcional ou temporária:
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Lei excepcional ou temporária

Art. 3º do CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período


de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-
se ao fato praticado durante sua vigência.

Leis temporárias: são aquelas que contêm prazo (dia de início e dia do
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-
fim) de vigência previsto expressamente em seu corpo.

- Leis excepcionais: são as que vinculam o prazo de vigência a


determinadas circunstâncias, como guerra, epidemia, etc.

Esses dois tipos de leis possuem a ultratividade como grande


característica. Por ultratividade devemos entender a capacidade de uma lei,
após ser revogada (perder a vigência), continuar regulando fatos ocorridos
durante o prazo em que esteve em vigor. Ou seja, ocorrendo um crime durante
a vigência de uma lei excepcional ou temporária, mesmo após a lei não mais
estar em vigor (falta de vigência), ela deverá ser utilizada no julgamento (ter
eficácia).

Continuando o estudo do art. 1o da LIDB, temos que:

Art. 1o da LIDB - Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo


o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando


admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. [...].

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O processo de nascimento de uma lei pode ser apresentado da seguinte


forma:

1) Edição;

2) Processo Legislativo;

3) Sanção do Presidente da República;


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4) Publicação, e;

5) Vigência.

Discussão e
Iniciativa Sanção ou Veto
aprovação
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Publicação Promulgação

As fases de edição e do processo legislativo são estudadas pelo Direito


Constitucional. Aqui começaremos o estudo na fase da sanção. Após a lei ser
sancionada, deve haver a sua publicação para que as pessoas tomem
conhecimento do seu conteúdo; e, consequentemente, o diploma legal irá
adquirir vigência (validade) estando apto a produzir efeitos. Entretanto, o
nascimento da lei se dá com a promulgação.

PROMULGAÇÃO ≠ PUBLICAÇÃO

Não podemos confundir a promulgação com a publicação, apesar de


ambas constituírem fases essenciais da eficácia da lei.

A promulgação atesta a existência da lei, produzindo dois efeitos


básicos:

a) reconhece os fatos e atos geradores da lei;

b) indica que a lei é válida, ou seja, que obedece aos requisitos formais.

A promulgação das leis compete ao Presidente da República, conforme


prevê o art. 66, § 7o da Constituição Federal. Ela deverá ocorrer dentro do prazo
de 48 horas decorrido da sanção ou da superação do veto. Neste último caso,
se o Presidente não promulgar a lei, competirá a promulgação ao Presidente do

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Senado Federal, que disporá, igualmente, de 48 horas para fazê-lo; se este não
o fizer, deverá fazê-lo o Vice-Presidente do Senado.

Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de
lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.

§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo


Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado
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a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-


Presidente do Senado fazê-lo.

A publicação constitui a forma pela qual se dá ciência da promulgação


da lei aos seus destinatários. É condição de vigência e eficácia da lei.

Em resumo:
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Publicação
Promulgação
divulga a existência da lei
declara a existência da lei
exigência para entrada em
"nascimento" da lei vigor

Denomina-se vacatio legis o período de tempo que se estabelece


entre a publicação e a entrada em vigor da lei. Neste intervalo de tempo a
lei não produzirá efeitos, devendo incidir a lei anterior no sistema.

Existem três espécies de leis de acordo com o prazo de vacatio legis:

1) Lei com “vacatio legis” expressa: é a lei de grande repercussão,


que, de acordo com o artigo 8.º da Lei Complementar nº 95/98, tem
expressa disposição do período de vacatio legis. Como exemplo, temos a
expressão contida em lei determinando que a lei "entra em vigor um ano
depois de publicada".

Art. 8º da LC 95/98 A vigência da lei será indicada de forma expressa e de


modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo
conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua
publicação" para as leis de pequena repercussão.

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2) Lei com “vacatio legis” tácita: é aquela que continua em


consonância com o artigo 1.º da Lei de Introdução ao Código Civil, ou seja,
no silêncio da lei, entra em vigor no país 45 dias depois de oficialmente
publicada ou, no estrangeiro, quando admitida, três meses após a publicação
oficial.

3) Lei sem “vacatio legis”: é aquela que, por ser de pequena


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repercussão, entra em vigor na data de publicação, devendo esta estar


expressa ao final do texto legal.

Segue esquema gráfico:


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Durante o prazo de vacância, a lei nova ainda não produz efeitos, ou seja,
ainda não tem vigência. Dessa forma, enquanto a lei nova não entrar em vigor
ela não será obrigatória e os atos praticados de acordo com a lei antiga serão
plenamente válidos.

A forma de contagem do prazo de vacatio legis é regulada pelo artigo 8o,


§ 1o da Lei Complementar 95/98, incluindo o dia da publicação e o último dia
na contagem do prazo.

Art. 8o, § 1o da LC 95/98 - A contagem do prazo para entrada em vigor das


leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da
publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente
à sua consumação integral.

Para exemplificar, se uma lei for publicada no dia 2 de janeiro,


estabelecendo prazo de quinze dias de vacância, ela entrará em vigor
em qual dia?

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No exemplo apresentado, a contagem do prazo de vacância (vacatio


legis) inclui o dia 2 de janeiro e vai até o dia 16 de janeiro (15 dias), entrando
a lei e vigor no dia subsequente (17 de janeiro). Seque quadro:

Contagem do
2 3 4 5 ... 16 ➔ DIA 17
dia do mês
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3- Contagem
1 2 3 4 ... 15 ➔ vigência no dia seguinte
do vacatio
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O dia da publicação de uma lei está inserido na contagem do prazo de vacatio legis.

Finalizando o estudo do art. 1o da LINDB temos:

Art. 1o da LIDB – [...].

§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto,
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores
começará a correr da nova publicação.

§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

Se uma lei for publicada com erro substancial acarretando divergência de


interpretação, então poderemos observar situações distintas por ocasião da
correção de tal erro, dependendo de qual fase se encontra o processo de criação
da norma:

1) correção antes da publicação: a norma poderá ser corrigida sem


maiores problemas;

2) correção no período de “vacatio legis”: a norma poderá ser


corrigida; no entanto, deverá contar novo período de vacatio legis para o
texto corrigido;

3) correção após a entrada em vigor: a norma poderá ser corrigida


mediante uma nova norma de igual conteúdo.

Segue esquema gráfico:

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Na hipótese 2, conforme explica a boa doutrina, haverá um novo prazo


de vacatio legis, apenas para a parte da lei que foi corrigida.
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3- Revogação da Norma

É a hipótese em que a norma jurídica perde a vigência porque outra


norma veio modificá-la ou revogá-la. A norma jurídica é permanente e só poderá
deixar de surtir efeitos se a ela sobrevier outra norma que a revogue. O desuso
não implica a perda da vigência da norma, e sim, a perda de sua efetividade.

Quando classificada de acordo com a sua extensão, a revogação pode


ser:

1) total (ab-rogação): quando toda a lei é revogada; ou

2) parcial (derrogação): quando apenas parte da lei anterior é revogada.

Revogação total Revogação parcial


(ab-rogação) (derrogação)
toda a lei é tornada sem parte da lei é tornada sem
efeito efeito

Através do art. 2o, caput, da LIDB, o legislador expressou o Princípio da


Continuidade.

Não se
até que outra a
destinando à
a lei terá vigor modifique ou
vigência
revogue
temporária

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Dessa forma, em regra, as leis possuem efeito permanente, isto é,


vigência por prazo indeterminado, excetuando-se as leis com vigência
temporária, que possuem data certa para “morrer” (perder a vigência).

A lei orçamentária é um clássico exemplo de lei temporária, dessa forma,


para que ocorra o fim de sua vigência, não é necessária outra lei. Basta que
transcorra o lapso temporal de um ano.
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Tendo como base legal o art. 2o, § 1o da LINDB, existem duas formas de
revogação de uma lei antiga por uma lei nova.

Art. 2o § 1o da LIDB - A lei posterior revoga a anterior quando


expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando
regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
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São elas:

1) Revogação expressa ou direta: quando a lei indica os dispositivos que


estão sendo por ela revogados.

2) Revogação tácita ou indireta: se subdivide em dois tipos.

- Revogação tácita por incompatibilidade; e

- Revogação tácita global (quando uma lei nova regula inteiramente


uma matéria tratada por uma lei anterior).

Então, temos:

expressamente o Revogação
declare expressa

A lei posterior
seja com ela
revoga a
incompatível
anterior quando
Revogação
tácita
regule inteiramente a
matéria de que tratava a
lei anterior

4. (CESPE/Analista/Área Advocacia/SERPRO/2013) A
respeito das normas relativas à aplicação e vigência da lei contidas na Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue os itens seguintes.

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Considerar-se-á revogada uma lei até então vigente quando uma lei nova,
aprovada segundo as regras do processo legislativo, passar a regulamentar
inteiramente a mesma matéria de que tratava a lei anterior, ainda que a lei
nova não o declare expressamente.
Comentários
O item está certo. Quando a lei nova regula inteiramente a matéria de que
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tratava a lei anterior, sem declarar expressamente a revogação, ocorre a


chamada revogação tácita. Conforme § 1° do artigo 2°, a lei posterior revoga a
anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou
quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
Gabarito4: Certo
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Sobre a revogação expressa ou direta, a LC 107/2001 deu nova redação


à LC 95/98 que ficou da seguinte forma:
Art. 9o da LC 95/98 - A cláusula de revogação deverá enumerar,
expressamente, as leis ou disposições legais revogadas.

Ou seja, através do dispositivo legal acima, o legislador não deve mais se


valer daquela vaga expressão “revogam-se as disposições em contrário”.
Quando uma norma entra em conflito com outra surge a antinomia. A
antinomia pode ser de dois tipos: real ou aparente. Quando se tratar de uma
antinomia real a solução é a revogação da norma conflitante. Entretanto,
quando se tratar de uma antinomia aparente, para a verificação de revogação
das normas e solução de tais conflitos, três critérios, listados no quadro a
seguir, devem ser utilizados:

CRITÉRIOS PARA A SOLUÇÃO DE UMA ANTINOMIA APARENTE

1) HIERÁRQUICO (lex superior derrogat legi inferiori): consiste em


verificar qual das normas é superior, independentemente da data de
vigência das duas normas (exemplo: um regulamento não poderá revogar
uma lei ainda que entre em vigor após esta);
2) ESPECIALIDADE (lex specialis derrogat legi generali): as normas
gerais não podem revogar ou derrogar preceito ou regra disposta e
instituída em norma especial, e;
3) CRONOLÓGICO (lex posterior derrogat legi priori): a norma que entrar
em vigor posteriormente irá revogar a norma anterior que estava em vigor.

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Prevalecem as leis de hierarquia


Hierárquico
superior

Prevalecem as leis especiais em


Especialidade
relação às gerais
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Prevalecem as leis novas em


Cronológico
relação às anteriores

Dos três critérios acima, o cronológico é o mais fraco de todos,


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sucumbindo diante dos demais. O critério da especialidade é o intermediário e


o hierárquico é o mais forte de todos.

O art. 2o, § 2o da LINDB consagra o princípio da conciliação.

que estabeleça
disposições não revoga nem
A lei nova gerais ou modifica a lei
especiais a par anterior
das já existentes

De acordo com tal princípio, se uma lei não contraria outra já existente,
então eles podem coexistir, não havendo a necessidade de revogação.

Princípio da conciliação: se uma lei não contraria outra já existente,


então eles podem coexistir, não havendo a necessidade de revogação.

5. (CESPE/Auditor Federal de Controle


Externo/TCU/2013) Julgue os itens a seguir, com fundamento na Lei de
Introdução ao Código Civil Brasileiro e na jurisprudência do Superior Tribunal
de Justiça (STJ).
Após cinco anos de vigência de lei especial sobre determinada matéria, foi
editada nova lei contemplando disposições gerais acerca do mesmo tema. Nessa
situação, a edição da lei mais recente, a qual estabelece disposições gerais,
revoga a lei anterior especial.
Comentários

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O item está Errado. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais
a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior, conforme §
2° do artigo 2° da LINDB.
Gabarito5: Errado

Já o art. 2o, § 3o da LINDB dispõe sobre a repristinação.


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Art. 2o, § 3o da LINDB - Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se


restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

Por meio da sua leitura, concluímos que a regra é a não-restauração


da norma, ou seja, a impossibilidade de uma norma jurídica, uma vez
revogada, voltar a vigorar no sistema jurídico pela simples revogação de sua
norma revogadora. O motivo dessa não-restauração de normas é o controle do
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sistema legal para que se saiba exatamente qual norma está em vigor.

Admite-se, no entanto, a restauração expressa da norma, ou seja, uma


norma nova que faça tão-somente remissão à norma revogada poderá restituir-
lhe a vigência, desde que em sua totalidade.

A seguir temos um esquema gráfico sobre a repristinação:

Sendo a Lei A revogada pela Lei B e, posteriormente, a Lei B revogada


pela Lei C, a Lei A irá “ressuscitar”? Ou seja, irá ocorrer a repristinação?
Resposta: Caso a Lei C disponha expressamente sobre o “renascimento”
da Lei A, então é possível a repristinação, caso contrário, a Lei A continua
“morta”.

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6. (VUNESP/Auditor Fiscal Tributário


Municipal/Prefeitura de São José do Rio Preto-SP/2014) A repristinação
consiste:
a) no lapso temporal entre a promulgação da lei e sua vigência, não podendo
ser inferior a 45 (quarenta e cinco) dias.
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b) na supressão de lei ou dispositivo legal, em razão da declaração de


inconstitucionalidade, por controle concentrado.
c) na revogação tácita de lei, em virtude de lei posterior com ela incompatível.
d) no suprimento de omissão da lei pela aplicação da analogia, dos costumes e
dos princípios gerais de direito.
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e) na restauração da lei revogada por ter a lei revogadora perdido sua vigência,
sendo admitida apenas quando há expressa disposição legal.
Comentários
Letra “e”. A repristinação consiste na restauração da lei revogada por ter a lei
revogadora perdido sua vigência. Conforme § 3o do artigo 2º da LINDB, salvo
disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora
perdido a vigência. Portanto, somente haverá repristinação, quando houver
expressa disposição legal.
Gabarito6: E

4- Conflito de Normas no Tempo

O direito intertemporal visa solucionar os conflitos entre as novas e as


velhas normas, entre aquela que acaba de entrar em vigor e a que acaba de ser
revogada. Isso porque alguns fatos iniciam-se sob a égide de uma lei e só se
extinguem quando outra nova está em vigor. Para solucionar tais conflitos
existem dois critérios:

• disposições transitórias: o próprio legislador no texto normativo


novo concilia a nova norma com as relações já definidas pela norma anterior;

• princípio da irretroatividade: a lei não deve retroagir para atingir


fatos e efeitos já consumados sob a lei antiga.

Observando os fatos jurídicos e relacionando-os cronologicamente de


acordo com a produção de efeitos, temos que eles podem ser:

a) Pretéritos: são os que se constituíram na vigência de uma lei e tem


seus efeitos produzidos na vigência daquela lei.

b) Futuros: são os que ainda não foram gerados.

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c) Pendentes: são os que foram constituídos na vigência de uma lei


anterior e não produziram todos os seus efeitos nela.

Ex.: Celebrei um contrato de empréstimo no ano passado, no início deste


ano entrou em vigência uma nova lei e até hoje a coisa emprestada está na
minha posse. Esse contrato embora constituído na vigência de uma lei, ele
continua produzindo seus efeitos na vigência da lei revogadora. Segundo o
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Princípio da Irretroatividade, aos fatos pendentes é aplicada a lei


anterior, porque a lei posterior só se aplica para o futuro.
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Analisando o art. 6o da LINDB, percebemos que a lei, em regra, é


irretroativa, devendo ser expedida para disciplinar fatos futuros. Entretanto, a
retroatividade da lei pode ocorrer excepcionalmente para fatos pendentes,
desde que respeite o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

A lei em vigor

terá
respeitados
efeito

ato
direito coisa
imediato geral jurídico
adquirido julgada
perfeito

Art. 6º da LINDB - A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o


ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao
tempo em que se efetuou.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém
por êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo
pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.

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§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não


caiba recurso.

A diferença entre o ato jurídico perfeito e o direito adquirido é muito difícil


de ser estabelecida, mas parte do seguinte conceito básico:

• Ato Jurídico Perfeito: é o ato que já se consuma segundo a lei de seu


tempo
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• Direito Adquirido: é direito incorporado ao patrimônio do particular

Como exemplo de ato jurídico perfeito, temos o contrato de locação


celebrado durante a vigência de uma lei que não pode ser alterado somente
porque a lei mudou; ou seja, é necessário que o prazo do contrato termine.

Como exemplo de direito adquirido, temos a pessoa que se aposenta


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e, posteriormente, a lei modifica o prazo de aposentadoria. Tal modificação não


irá atingir aquele que já está aposentado.

Quanto à coisa julgada, trata-se da qualidade conferida à sentença


judicial contra a qual não cabem mais recursos, tornando-a imutável e
indiscutível.

Apesar de não ser cabível recurso, a coisa julgada pode ser


questionada por meio de ação rescisória (não é um recurso), conforme
prevê o art. 966 do Novo Código de Processo Civil:

Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida


quando:

I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou


corrupção do juiz;

II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;

III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte


vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar
a lei;

IV - ofender a coisa julgada;

V - violar manifestamente norma jurídica;

VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo


criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;

VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja


existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe
assegurar pronunciamento favorável;

VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.

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Também é possível vislumbrar o princípio da irretroatividade no art. 5º,


XXXVI da Constituição Federal.

Art. 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada;

Em resumo:
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5- Preenchimento da Lacuna Jurídica

Segundo o princípio da indeclinabilidade de jurisdição ou da


jurisdição obrigatória, o juiz é obrigado a decidir, ainda que não exista lei
disciplinado o caso concreto. Dessa forma, diante da ausência de lei regulando
uma determinada situação jurídica, faz-se necessário ao magistrado valer-se
dos mecanismos de integração do ordenamento jurídico indicados pelo
art. 4o da LINDB:

analogia
ORDEM

o juiz decidirá o
Quando a lei
caso de acordo costumes
for omissa
com
principios gerais de
direito

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MECANISMOS DE INTEGRAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO

Deve ser observada a sequência apresentada, ou seja, primeiro o magistrado


deve fazer uso da analogia, posteriormente dos costumes e, por último, dos
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princípios gerais de direito.

Se você está se perguntando sobre a equidade, veja a observação a


seguir:
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OBSERVAÇÃO SOBRE A EQUIDADE !!!!


- Apesar do art. 4o da LINDB não mencionar expressamente a equidade, alguns
doutrinadores entendem que ela pode funcionar como último mecanismo para
integração do ordenamento jurídico. Ou seja, diante da ausência de lei, da
inviabilidade da analogia, dos costumes e dos princípios gerais de direito, e,
prevendo a lei a possibilidade do uso da equidade, o magistrado, para fazer
valer o princípio da indeclinabilidade de jurisdição pode utilizá-la. É o que se
depreende do art. 140 do Novo Código de Processo Civil (NCPC).

Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou


obscuridade do ordenamento jurídico.

Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos


em lei.

- Entretanto, tome cuidado com questões de prova que mencionam ser a


equidade uma fonte de integração do ordenamento jurídico expressa na
LINDB, pois a afirmativa estará errada.

7. (CESPE/TJAA/TJ-SE/2014) No que se refere aos


dispositivos da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro e à vigência,
aplicação, interpretação e integração das leis, julgue o seguinte item.
Conforme previsão expressa da Lei de Introdução às normas do Direito
Brasileiro, nas hipóteses de omissão legislativa, serão aplicados a analogia, os
costumes, a equidade e os princípios gerais de direito.
Comentários
O item está Errado. A aplicação da equidade não está expressamente prevista
na LINDB nas hipóteses de omissão legislativa. Conforme artigo 4o da LINDB,

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quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito.
Gabarito7: Errado

ANALOGIA é fonte formal mediata do direito, utilizada com a finalidade


de integração da lei, ou seja, a aplicação de dispositivos legais relativos a casos
análogos, ante a ausência de normas que regulem o caso concretamente
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apresentado à apreciação jurisdicional (a que se denomina anomia – falta de


norma).

A doutrina costuma distinguir a analogia em legal (legis) ou jurídica (júris).


Vejamos:

a) Analogia legal (legis) – aplica-se ao caso omisso uma lei que regula
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caso semelhante;

b) Analogia jurídica (júris) – aplica-se ao caso omisso um conjunto de


normas para extrair elementos que possibilitem a aplicabilidade ao caso
concreto.

ANALOGIA LEGAL ➔ UMA NORMA

ANALOGIA JURÍDICA ➔ CONJUNTO DE NORMAS

O COSTUME é a repetição da conduta, de maneira constante e uniforme,


em razão da convicção de sua obrigatoriedade. No Brasil, existe o predomínio
da lei escrita sobre a norma consuetudinária.

Os costumes distinguem-se em:

1) Costume secundum legem - é o que auxilia a esclarecer o conteúdo de


certos elementos da lei. Ou seja, o próprio texto da lei delega ao costume
a solução do caso concreto. É amplamente aceito pela doutrina.

Ex.: art. 569, II do CC: “O locatário é obrigado a pagar pontualmente o


aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume
do lugar”

2) Costume contra legem ou negativo – é o que contraria a lei. Provoca


divergência na doutrina e pode ser de dois tipos:

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o Consuetudo abrogatória – espécie de costume contra legem que


se caracteriza por ser uma prática contrária às normas legais.

o Desuetudo – espécie de costume contra legem que consiste na


falta de efetividade da norma legal não revogada formalmente.

Um exemplo de costume contra legem ocorre no mercado de Barretos


(Estado de São Paulo), onde os negócios de gado, por mais avultados que
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sejam, celebram-se dentro da maior confiança, verbalmente.

Nos termos do art. 227, § único do CC, qualquer que seja o valor do
negócio jurídico, a prova testemunhal (verbal) é admissível como subsidiária ou
complementar da prova por escrito.

Dessa forma, os negócios vultosos (superiores a 10 salários mínimos) de


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gado no mercado de Barretos representam um costume contra legem, pois


deveriam ser celebrados na forma escrita, em decorrência do grande valor, mas
são celebrados verbalmente, contrariando a lei.

3) Costume praeter legem ou integrativo – é o que supre a ausência ou


lacuna da lei nos casos omissos. É amplamente aceito pela doutrina e
está citado no art. 4o da LIDB.

Ex.: o costume de emitir cheque “cheque pré-datado”. Tal conduta não


possui regulamentação legal.

São condições para a vigência do costume sua continuidade, diuturnidade


e obrigatoriedade.

O costume deriva da longa prática uniforme, constante, pública e geral


de determinado ato, com a convicção de sua necessidade jurídica. São, pois,
condições indispensáveis à sua vigência: continuidade, uniformidade,
diuturnidade (constância na realização do ato, não implicando sanção),
moralidade e obrigatoriedade.

CARACTERÍSTICAS - CONTINUIDADE
DOS - DIUTURNIDADE
COSTUMES - OBRIGATORIEDADE

PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO são postulados que estão implícita


ou explicitamente expostos no sistema jurídico, contendo um conjunto de
regras. Os princípios gerais de Direito são a última salvaguarda do intérprete,
pois este precisa se socorrer deles para integrar o fato ao sistema. De acordo
com as lições de Celso Antônio Bandeira de Mello, princípios são vetores de
interpretação, que, por sua generalidade e amplitude, informam as demais
regras, constituindo a base de todo o ramo do Direito ao qual se aplica.

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6- Princípio da Obrigatoriedade

Ninguém pode deixar de cumprir a lei, conhecendo-a ou não. Esse


conceito representa o princípio da obrigatoriedade expresso no art. 3º da LINDB.

Ninguém se escusa de
alegando que não a conhece
cumprir a lei
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Há quem diga que não se trata de um princípio absoluto, pois entende


ser uma exceção o art. 8º da Lei de Contravenções Penais.

Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando


escusáveis, a pena pode deixar de ser aplicada.
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7- Critérios de Hermenêutica Jurídica

Hermenêutica jurídica é a ciência, a arte da interpretação da


linguagem jurídica. Serve para trazer os princípios e as regras que são as
ferramentas do intérprete. A aplicação, a prática das regras hermenêuticas, é
chamada exegese.

Não se deve confundir integração da lei com interpretação da lei. Na


primeira, a lei não regula determinado fato, ao passo que, na segunda, a lei
regula, mas não é cristalina e precisa. Quando a lei não permite a exata
compreensão da ordem, faz-se necessário o seu exercício interpretativo
buscando alcançar o seu real sentido.

Veja o esquema gráfico a seguir:

INTEGRAÇÃO INTERPRETAÇÃO


NÃO HÁ LEI HÁ UMA LEI DÚBIA

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A teoria científica que trata da arte de interpretar as leis, descobrindo seu


alcance e seu sentido é a hermenêutica.

Com base no art. 5o da LINDB, ao utilizar os mecanismos de integração


para o preenchimento da lacuna jurídica, ou, ao interpretar a lei, o juiz deve
buscar a estabilidade social desejada.

Art. 5o da LINDB - Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais


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a que ela se dirige e às exigências do bem comum.

Dentre as diversas formas de interpretar as leis, destacam-se as


seguintes listadas nos quadros da página seguinte.
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INTERPRETAÇÃO QUANTO À FONTE OU ORIGEM

Autêntica Jurisprudencial
Doutrinal
Emana do próprio
legislador que reconhece
a ambigüidade da norma Tem como origem as
Emana dos estudiosos
e elabora uma nova lei reiteradas decisões
da matéria do direito e
destinada a esclarecer a judiciais proferidas pelos
das obras científicas.
intenção da primeira. diversos Tribunais.

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Gramatical ou literal: Busca auxílio nas regras de


gramática para a solução da dúvida, tal como a análise
da pontuação, da colocação da palavra na frase, a sua
origem etimológica, etc.

Histórica: Baseia-se na investigação dos antecedentes


Interpretação da norma, ou seja, consiste na pesquisa das
quanto ao
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circunstâncias que nortearam a sua elaboração, de


meio ou ordem econômica, política e social, bem como do
elemento pensamento dominante ao tempo da formação da
utilizado norma.

Lógica ou racional: Atende ao espírito da lei


procurando-se apurar o sentido e a finalidade da norma,
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a intenção do legislador, através de raciocínios lógicos,


com abandono dos elementos puramente verbais.

Teleológica ou sociológica: Adapta-se o sentido ou


finalidade da norma às novas exigências sociais.

Sistemática: Entende-se que a lei não existe


isoladamente e o Direito deve ser visto como um todo,
como um sistema, comparando a norma com outras
espécies legais.

INTERPRETAÇÃO QUANTO AOS RESULTADOS

Declarativa Extensiva Restritiva

Quando a letra da lei Quando o legislador Quando o legislador


expõe na lei menos do expõe na lei mais do que
corresponde
que pretendia dizer, pretendia dizer, sendo
exatamente ao que o sendo necessário ampliar necessário restringir a
legislador pensa. a aplicação da lei. aplicação da lei.

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8- Conflitos de Norma no Espaço

Pela LINDB (arts. 7o a 19), serão solucionados os conflitos decorrentes da


aplicação espacial de normas, que estão relacionadas à noção de soberania
dos Estados, por isso, é que a Lei de Introdução é considerada o Estatuto de
Direito Internacional Público e Privado.

Toda lei, em princípio, tem seu campo de aplicação limitado no espaço


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pelas fronteiras do Estado que a promulgou (territorialidade). Entretanto,


visando facilitar as relações internacionais, é comum, em algumas situações,
ser admitida a aplicação de leis estrangeiras dentro do território nacional e de
leis nacionais dentro do território estrangeiro (extraterritorialidade).

Desta forma, pelo fato do princípio da territorialidade não ser absoluto,


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fica consagrado no Brasil o Princípio da Territorialidade Temperada, de


modo que leis e sentenças estrangeiras podem ser aplicadas no Brasil desde
que observadas as seguintes regras:

1) Não se aplicam leis, sentenças ou atos estrangeiros no Brasil quando


ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.

2) Não se cumprirá sentença estrangeira no Brasil sem exequatur (cumpra-


se), ou seja, a permissão dada pelo STJ para que a sentença tenha
efeitos, conforme art. 105, I, i da CF.

Nos quadros a seguir, apresentaremos exemplos de aplicação da


territorialidade e da própria extraterritorialidade de acordo com os dispositivos
da LINDB:

TERRITORIALIDADE

Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes,


aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.

Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país


em que se constituírem.

Art. 11 As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as


sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se
constituírem.

Art. 13 A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei
que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não
admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira
desconheça.

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Portanto, percebemos que nos arts. 8º, 9º, 11 e 13 deve-se utilizar a lei
do país em que se originar a relação jurídica.

EXTRATERRITORIALIDADE

Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras


sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade
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e os direitos de família.

Art. 10 A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em


que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja
a natureza e a situação dos bens.

Art. 12 É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu


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domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.

Art. 17 As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer


declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando
ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons
costumes.

Já nos arts. 7º, 10, 12 e 17, é possível a utilização de uma lei diferente
da original. Tendo o art. 7º como exemplo, no que tange à capacidade, mesmo
que na Argentina uma pessoa adquira capacidade plena aos 16 anos, no Brasil
essa pessoa será considerada incapaz, pois aqui a capacidade plena só é
adquirida aos 18 anos, em regra.
A seguir detalharemos os citados artigos!!!

9- Estatuto de Direito Internacional Privado

Portanto, pessoal, a partir do art. 7.º, a Lei de Introdução às Normas do


Direito Brasileiro, por alguns denominada de Estatuto de Direito Internacional
Privado, versa sobre temas como conflitos de jurisdição, critérios para
solucionar problemas de qualificação, efeitos de atos realizados em outros
países, condições de estrangeiros e eficácia internacional de posições jurídicas
legitimamente adquiridas em certo país com possíveis reconhecimento e
exercício em outro.
Tal assunto costuma ser cobrado em provas de concurso pela sua
literalidade. Sendo assim, iremos reproduzir os artigos em questão e
apresentaremos alguns esquemas gráficos com breves comentários para
facilitar a assimilação.
Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre
o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de
família.

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A lei do país em que


domiciliada a pessoa
determina as regras sobre
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o começo e o
os direitos de
fim da o nome a capacidade
família
personalidade

O começo e o fim da personalidade (as presunções de morte, o nome, a


capacidade e os direitos de família, que constituem o estado civil, ou seja, o
conjunto de qualidades que constituem a individualidade jurídica de uma
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pessoa, terão suas questões resolvidas através do direito domiciliar, de acordo


com o que determina o art. 7º da LICC.
§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira
quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.

Independentemente de quem esteja casando, se a realização do


matrimônio ocorrer no Brasil, será aplicada a lei brasileira para duas situações:
1. Impedimentos dirimentes: as causas impeditivas do matrimônio estão
previstas no art. 1.521 do CC. Como exemplo, no Brasil o pai não pode casar
com a filha, seja qual for a sua nacionalidade.
2. Formalidades da celebração: o Código Civil estipula diversas regras para
a celebração, como a fase de “habilitação para o casamento”. Tais regras devem
ser respeitadas, independentemente da nacionalidade de quem esteja casando.

IMPEDIMENTOS
MATRIMONIAIS
CASAMENTO
APLICAÇÃO DA
REALIZADO NO
LEI BRASILEIRA
BRASIL
FORMALIDADES
DA CELEBRAÇÃO

§ 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades


diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.

O disposto no art. 7º, § 2º, da LICC, permite que os estrangeiros, ao


contraírem casamento fora de seu país, possam fazê-lo perante o agente
consular ou diplomático de seu país, no consulado ou fora dele.

§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do


matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.

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NUBENTES COM LEI DO PRIMEIRO


INVALIDADE DO
DOMICÍLIO DOMICÍLIO
MATRIMÔNIO
DIVERSO CONJUGAL

No caso de os nubentes terem domicílio internacional, a lei do primeiro


domicílio conjugal estabelecido após o casamento é que prevalecerá para os
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requisitos intrínsecos do ato nupcial e para as causas de sua nulidade, absoluta


ou relativas, inclusive no que diz respeito aos vícios de consentimento.

§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que


tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio
conjugal.
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Observar-se-á o direito brasileiro no caso de ter sido aqui estabelecido o


primeiro domicílio conjugal, se os nubentes tiverem domicílios internacionais
diferentes; ou o direito estrangeiro, no caso de ambos tiverem, por ocasião do
ato nupcial, domicílio comum fora do Brasil.

§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante


expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do
decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de
comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta
adoção ao competente registro.

O § 5º está em consonância com o art. 1639, § 2º do CC que admite


alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido
motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões
invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.

§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem


brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da
sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual
prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as
condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país.
O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá
reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em
pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de
brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais.

§ 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se


ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos
incapazes sob sua guarda.

De acordo com o critério da unidade domiciliar, no que diz respeito às


relações pessoais entre os cônjuges, seus direitos e deveres recíprocos, e aos

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direitos e obrigações decorrentes da filiação, aplicar-se-á a lei do domicílio


familiar, que se estende aos cônjuges e aos filhos menores não emancipados.

§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no


lugar de sua residência ou naquele em que se encontre.

Aquele que não tiver domicílio conhecido, considerar-se-á domiciliado no


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local de sua residência acidental ou naquele em que se encontrar,


impossibilitando a hipótese de dupla residência.

Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes,


aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.
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§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto


aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros
lugares.

§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja


posse se encontre a coisa apenhada.

O art. 8º da LINDB apresenta três situações relacionadas aos bens.

LEI DE ONDE
REGRA
ESTIVER SITUADO

MÓVEIS TRAZIDOS LEI DE ONDE O


BENS OU PORETÁRIO FOR
TRANSPORTADOS DOMICILIADO

LEI DO DOMICÍLIO
EM PENHOR DA PESSOA COM A
POSSE

Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em


que se constituírem.

§ 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de


forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei
estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituida no lugar em
que residir o proponente.

O art. 9º da LINDB também apresenta três situações, mas relacionadas


às obrigações.

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LEI DO PAÍS EM
REGRA QUE SE
CONSTITUIREM

OBSERVA-SE A
A SER EXECUTADA FORMA, MAS
NO BRASIL COM ADMITE-SE A LEI
OBRIGAÇÕES
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FORMA ESTRANGEIRA
ESSENCIAL NOS REQUISITOS
EXTRINSECOS

LUGAR EM
RESULTANTE DE
QUERESIDIR O
CONTRATO
PROPONENTE
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Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em
que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza
e a situação dos bens.

§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada


pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de
quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
do de cujus.

§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para


suceder.

Com a sucessão também não é diferente. O art. 10 da LINDB apresenta


três situações relacionadas.

LEI DO DOMICÍLIO
REGRA DO DEFUNTO OU
DESAPARECIDO

LEI MAIS
COM BENS DE
BENÉFICA PARA O
ESTRANGEIROS
SUCESSÃO CÔNJUGE EOS
SITUADOS NO
FILHOS
PAÍS
BRASILEIROS

LEI DO DOMICÍLIO
CAPACIDADE
DO HERDEIRO OU
PARA SUCEDER
LEGATÁRIO

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Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as


sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se
constituirem.
§ 1o Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou
estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo
Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.

§ 2o Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer


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natureza, que eles tenham constituido, dirijam ou hajam investido de


funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou
susceptiveis de desapropriação.

§ 3o Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios


necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes
consulares.
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Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu


domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.

§ 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações


relativas a imóveis situados no Brasil.

§ 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e


segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas
por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao
objeto das diligências.

O art. 12 da LINDB fixa a competência da autoridade judicial brasileira


nos casos em que o réu, seja ele brasileiro ou estrangeiro, tenha domicílio no
Brasil, podendo aqui ser intentada qualquer ação que lhes diga respeito.
O § 1º diz respeito não só às ações reais imobiliárias mas sim a todas as
ações que tratem de imóveis situados no Brasil e trata-se de norma
compulsória, na medida que impõe a competência judiciária brasileira para
processar e julgar ações que versem sobre imóveis situados no território
brasileiro, competindo a nossa justiça fazer a qualificação do bem e a natureza
da ação intentada.
A previsão do § 2º diz respeito ao cumprimento, pela autoridade judiciária
brasileira, das cartas e comissões rogatórias com a finalidade de investigação,
e das diligências deprecadas pelas autoridades locais competentes, satisfazendo
o que lhes foi requerido pela autoridade estrangeira.

Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei
que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo
os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.

Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a
invoca prova do texto e da vigência.

Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que


reuna os seguintes requisitos:

a) haver sido proferida por juiz competente;

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b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia;

c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias


para a execução no lugar em que foi proferida;
d) estar traduzida por intérprete autorizado;

e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i da


Constituição Federal).
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Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009).

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:


I - processar e julgar, originariamente:
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de
exequatur às cartas rogatórias;
Cópia registrada para SILMARA CAETANO FELIPE (CPF: 048.828.513-50)

Perceba que o art. 105, I da CF/88 alterou a competência para homologar


sentenças proferidas no estrangeiro do STF para o STJ.

Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar
a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se
qualquer remissão por ela feita a outra lei.

Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer
declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a
soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.

Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades


consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de
Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito
dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado.

§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a


separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo
filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais
quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as
disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão
alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome
de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o
casamento.

§ 2o É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído,


que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as
partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio,
não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da escritura
pública.

Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e


celebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº 4.657, de
4 de setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos legais.

Parágrafo único. No caso em que a celebração dêsses atos tiver sido


recusada pelas autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do

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mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro em


90 (noventa) dias contados da data da publicação desta lei.

Os artigos que foram meramente reproduzidos sem comentários possuem


uma incidência menor em provas de concursos.

10- Lei nº 13.655/18: segurança jurídica e eficiência na criação


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

e na aplicação do direito público

Em 25/04/2018 foi sancionada a Lei nº 13.655/18, que dispõe sobre


segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do direito público.
Esta lei adicionou 10 artigos à LINDB (o artigo 25 foi vetado). O artigo 29
deverá observar a vacatio legis de 180 dias.
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Essas alterações trazem à LINDB disposições de direito público, em


especial ao direito administrativo, financeiro, orçamentário e tributário.
Logo, devemos ter atenção a essa novidade na LINDB: poderá cair em
sua prova!!! Por ser uma novidade, o mais provável é sua cobrança na
literalidade. Segue a transcrição dos artigos introduzidos na LINDB:
Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com
base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as
consequências práticas da decisão.
Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da
medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas.
Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial,
decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e
administrativas.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando
for o caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo
proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo
impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades
do caso, sejam anormais ou excessivos.
Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados
os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas
públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.
§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato,
ajuste, processo ou norma administrativa, serão consideradas as circunstâncias
práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente.

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§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da


infração cometida, os danos que dela provierem para a administração pública,
as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do agente.
§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das
demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato.
Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer
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interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado,


impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime
de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento
de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem
prejuízo aos interesses gerais.
Parágrafo único. (VETADO).
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Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto


à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja
produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais da
época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral,
se declarem inválidas situações plenamente constituídas.
Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e
especificações contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência
judicial ou administrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática
administrativa reiterada e de amplo conhecimento público.
Art. 25. (VETADO).
Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa
na aplicação do direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a
autoridade administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o
caso, após realização de consulta pública, e presentes razões de relevante
interesse geral, celebrar compromisso com os interessados, observada a
legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.
§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo:
I - buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com
os interesses gerais;
II – (VETADO);
III - não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento
de direito reconhecidos por orientação geral;
IV - deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu
cumprimento e as sanções aplicáveis em caso de descumprimento.
§ 2º (VETADO).
Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou
judicial, poderá impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos
anormais ou injustos resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos.

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§ 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente as


partes sobre seu cabimento, sua forma e, se for o caso, seu valor.
§ 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado
compromisso processual entre os envolvidos.
Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões
ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.
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§ 1º (VETADO).
§ 2º (VETADO).
§ 3º (VETADO).
Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por
autoridade administrativa, salvo os de mera organização interna, poderá ser
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precedida de consulta pública para manifestação de interessados,


preferencialmente por meio eletrônico, a qual será considerada na decisão.
§ 1º A convocação conterá a minuta do ato normativo e fixará o prazo e demais
condições da consulta pública, observadas as normas legais e regulamentares
específicas, se houver.
§ 2º (VETADO).”
Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança
jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas
administrativas e respostas a consultas.
Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter
vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior
revisão.

______________________________________________________________

Então, caros alunos e alunas,

Esta foi a parte teórica de nossa aula demonstrativa!!! Esperamos que


tenham gostado. A seguir, temos uma bateria de questões para treinarmos!

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11- Questões Propostas

A seguir temos diversas questões de provas anteriores, super recentes,


para você colocar em prática aquilo que foi aprendido na parte teórica.
Caso apareça alguma dúvida, fique tranquilo, pois todas as questões
estão devidamente comentadas no tópico 12.
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8. (FCC/AJAJ-TRT-6ªRegião/2018) Ao dizer que, salvo disposição em


contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a
vigência, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro está referindo-se
à
a) anterioridade legal.
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b) resilição.
c) retroação da lei.
d) repristinação.
e) sub-rogação.

9. (FCC/AJ-Oficial de Justiça-TRF5/2017) Suponha que venha a ser


editada, sancionada e promulgada lei alterando dispositivos do Código Civil.
Nesse caso, de acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro,
a nova lei começará a vigorar em todo o País, salvo disposição em contrário,
a) 30 dias depois de oficialmente publicada.
b) 45 dias depois de oficialmente publicada.
c) 90 dias depois de oficialmente publicada.
d) 180 dias depois de oficialmente publicada.
e) na data da sua publicação oficial.

10. (FCC/Fiscal Defesa do Consumidor-PROCON-AM/2017) De acordo


com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,
a) salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país
imediatamente após sua publicação oficial.
b) as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
c) como regra geral, a lei revogada restaura-se quando a lei revogadora perder
a vigência.
d) quando a lei for omissa, o juiz decidirá de acordo com a vontade presumida
do legislador em face da realidade social.

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e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já


existentes, revoga ou modifica a lei anterior.

11. (FCC/AJAJ-TST/2017) João, nascido na Espanha, naturalizou-se italiano,


casou-se na França e estabeleceu domicílio único no Brasil, juntamente com sua
esposa. Nesse caso, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito
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Brasileiro, serão definidas pela lei do Brasil as regras sobre


a) o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de
família.
b) a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o nome serão
definidas pela lei da Espanha.
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c) o nome, a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o


começo e o fim da personalidade serão definidas pela lei da Itália.
d) o começo e o fim da personalidade, o nome e a capacidade, enquanto as
regras sobre os direitos de família serão definidas pela lei da França.
e) o começo e o fim da personalidade, enquanto as regras sobre a capacidade
serão definidas pela lei da Itália.

12. (FCC/Juiz Substituto-TJ-SC/2017) A sucessão por morte ou ausência


obedece à lei do país
a) em que nasceu o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e
a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil,
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,
ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
do de cujus.
b) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a
natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros,
situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais
favorável a lei pessoal do de cujus.
c) de cuja nacionalidade tivesse o defunto ou o desaparecido, mas a sucessão
de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre
que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
d) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a
natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros,
situados no Brasil, será sempre regulada pela lei brasileira, se houver cônjuge
ou filhos brasileiros.
e) de cuja nacionalidade tivesse o defunto, ou desaparecido, qualquer que seja
a natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros,

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situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou


dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, em qualquer circunstância.

13. (FCC/Defensor Público-DPE-PR/2017) Com base no Decreto-Lei n°


4.657/1942 − Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro − LINDB, é
correto afirmar:
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a) As correções de texto, de qualquer natureza, ocorridas após a publicação da


lei, não interferem no termo a quo de sua vigência, na medida em que não se
consideram lei nova por não alterar seu conteúdo.
b) A despeito de ser executada no Brasil, a lei brasileira não será aplicada
quando a obrigação for constituída fora do país, pois, para qualificar e reger as
obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
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c) Os direitos de família são determinados pela lei do país em que domiciliada a


pessoa. No caso de nubentes com domicílio diverso, a lei do primeiro domicílio
conjugal regerá tanto os casos de invalidade do matrimônio quanto o regime de
bens.
d) Quando a lei estrangeira for aplicada a demanda judicial no Brasil, ter-se-á
em vista somente os dispositivos invocados pelas partes, inclusive eventuais
remissões a outras leis.
e) Compete exclusivamente à autoridade judiciária estrangeira processar e
julgar as ações cujo réu possua domicílio no exterior ou cuja obrigação lá tenha
de ser cumprida, ainda que versadas sobre bens imóveis situados no Brasil.

14. (FCC/Procurador/São Luiz-MA/2016) Considerada a eficácia espacial e


temporal das leis como regulada na Lei da Introdução às Normas do Direito
Brasileiro:
a) Em decorrência do princípio da obrigatoriedade das leis, relevante
estruturante normativa, a lei se aplica a todos indistintamente, valendo a escusa
por desconhecimento legal.
b) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando
seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que
tratava a lei anterior.
c) José, servidor, aposentou-se sob a égide de uma norma vigente na época,
tendo preenchido os requisitos para a concessão do benefício. A referida norma
passa a ter nova redação, após a concessão da aposentadoria, sendo assim lícito
ao Estado promover a revisão dos valores concedidos ao beneficiário após nova
regulamentação legal.
d) Salvo disposição contrária, a lei vigorará em todo o país na data de sua
publicação.

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e) A partir da vigência de uma lei, sua eficácia só poderá ser descontinuada pela
revogação por outra, sendo possível a repristinação tácita, em decorrência do
princípio da continuidade das leis.

15. (FCC/AJAJ/ TRT 6ª Região/2012) Nos Estados estrangeiros, a


obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia, depois de
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oficialmente publicada, em:


a) três meses.
b) noventa dias.
c) um mês.
d) trinta dias.
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e) quarenta e cinco dias.

16. (FCC/Procurador-AL-SP/2010) Em relação às Fontes do Direito


Objetivo, considere:
I. Legislação, lato sensu, é modo de formação de normas jurídicas por meio de
atos competentes.
II. Lei, no sentido material, designa o conjunto de normas que estabelecem os
meios judiciais de se fazerem valer direitos e obrigações.
III. Os costumes são primordiais para o preenchimento de lacunas da lei, pois
muitos não se opõem à lei, mas disciplinam matérias que a lei não conhece.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I
b) I e II.
c) II.
d) II e III.
e) III.

17. (FCC/Juiz Substituto/TJ-PI/2015) Lei nova que estabelecer disposição


geral a par de lei já existente,
a) apenas modifica a lei anterior.
b) não revoga, nem modifica a lei anterior.
c) derroga a lei anterior.
d) ab-roga a lei anterior.
e) revoga tacitamente a lei anterior.

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18. (FCC/AJAJ/TRT-9ªRegião(PR)/2015) No Direito Civil, a lei nova


a) tem efeito imediato, mas deve respeitar o ato jurídico perfeito, a coisa
julgada e o direito adquirido, incluindo os negócios sujeitos a termo.
b) retroage para beneficiar a parte hipossuficiente.
c) tem efeito imediato, produzindo efeitos a partir da publicação, ainda que
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estabeleça prazo de vacatio legis.


d) tem efeito imediato apenas quando se tratar de norma processual.
e) não pode atingir a expectativa de se adquirir um direito.
19. (FCC/AJEM/TJ-AP/AP - 2014) A lei começa a vigorar, salvo disposição
em contrário,
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a) trinta dias depois de publicada, mas com eficácia plena durante a vacatio
legis.
b) quarenta e cinco dias depois de promulgada, não produzindo efeitos
enquanto não estiver efetivamente em vigor.
c) quarenta e cinco dias depois de publicada, não produzindo efeitos enquanto
não estiver efetivamente em vigor.
d) quarenta e cinco dias depois de publicada, mas com eficácia plena durante a
vacatio legis.
e) quarenta e cinco dias depois de promulgada, mas com eficácia plena durante
a vacatio legis.

20. (FCC/AJAJ/TRT 16ª Região/2014) Uma lei foi elaborada, promulgada e


publicada. Por não conter disposição em contrário, entrará em vigor 45 dias
depois de oficialmente publicada, data que cairá no dia 18 de abril, feriado
(sexta-feira da paixão de Cristo); dia 19 de abril é sábado; dia 20 de abril é
domingo; dia 21 de abril é feriado (Tiradentes). Essa lei entrará em vigor no dia
a) 19 de abril.
b) 21 de abril.
c) 20 de abril.
d) 22 de abril.
e) 18 de abril.

21. (FCC/TJAA/TJ-AP/2014) De acordo com a Lei de Introdução às Normas


do Direito Brasileiro, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito quando a lei

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a) for injusta.
b) for omissa.
c) tiver caído em desuso.
d) tiver sido revogada por outra que haja regulado inteiramente a matéria.
e) ofender direito adquirido.
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22. (FCC/AJOJ/TRT 19ª Região/2014) João cumpre os requisitos para se


aposentar. No entanto, algum tempo depois, é editada lei que amplia em 5 anos
o prazo para sua aposentação. João
a) poderá se aposentar, mas apenas se o requerer no prazo de 15 dias do início
da vigência da nova lei.
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b) terá de aguardar 5 anos para se aposentar, pois a lei nova possui efeito
imediato, impondo-se aos fatos passados, pendentes e futuros.
c) poderá se aposentar, pois, apesar de possuir efeito imediato, a lei nova deve
respeitar o direito que João já havia adquirido.
d) terá que aguardar 5 anos para se aposentar, pois o direito somente é
adquirido com o seu exercício efetivo.
e) poderá se aposentar, pois, apesar de possuir efeito imediato, a lei nova deve
respeitar a expectativa que João possuía sobre o direito, por questão de justiça.

23. (FCC/Analista Legislativo/Assembleia Legislativa-RN/2013)


Considere a seguinte situação hipotética: A Lei W entrará em vigor no dia 09 de
Setembro de 2013, ou seja, 45 dias após a sua publicação. Ocorre que, no dia
26 de Agosto de 2013 houve nova publicação do texto legal da Lei W destinada
à correção. Neste caso, de acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito
brasileiro, o prazo de quarenta e cinco dias
a) começará a correr da nova publicação.
b) não se interromperá ou suspenderá com a nova publicação fluindo
normalmente.
c) será acrescido de mais dez dias a contar do dia 26 de Agosto de 2013.
d) será contado em dobro, iniciando-se a partir do dia 26 de Agosto de 2013.
e) será acrescido de mais quinze dias a contar do dia 26 de Agosto de 2013.

24. (FCC/Analista Legislativo/Assembleia Legislativa-RN/2013)


Considere a seguinte situação hipotética: A Lei A teve início de vigência no dia
27 de Novembro de 2012. Posteriormente foi publicada a Lei B e a Lei C.
Considerando que a Lei B estabeleceu disposições gerais sobre a Lei A a par das

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já existentes e a Lei C estabeleceu disposições especiais sobre a Lei A a par das


já existentes, é certo que a Lei B
a) e a Lei C revogaram a Lei A.
b) e a Lei C não revogaram e nem modificaram a Lei A.
c) e a Lei C modificaram a Lei A.
d) revogou a Lei A e a Lei C modificou a Lei A.
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e) modificou a Lei A e a Lei C revogou a Lei A.

25. (FCC/AJOJ/TRT 15ª Região/2013) Osmar obteve provimento judicial


autorizando matrícula em curso de Ensino Superior independentemente do
pagamento de quaisquer taxas, por sentença da qual não mais cabe recurso.
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No entanto, enquanto frequentava o curso, sobreveio Lei Municipal


determinando que todos os estudantes do Ensino Superior deveriam pagar taxa
destinada à alfabetização de adultos carentes. Osmar
a) será atingido pela nova lei, que previu efeito retroativo de maneira tácita.
b) será atingido pela nova lei, que possui efeito imediato e atinge todas as
situações pendentes.
c) será atingido pela nova lei, tendo em vista tratar-se de norma de ordem
pública.
d) não será atingido pela nova lei, mas seria se a norma tivesse previsto efeito
retroativo de maneira expressa.
e) não será atingido pela nova lei, em razão da proteção conferida à coisa
julgada.

26. (FCC/AJAJ/TRT 5ª Região/2013) Luís Caetano, Juiz de Direito de Vitória


da Conquista, deixa de julgar um processo que lhe foi atribuído, alegando que
as provas dos autos são boas para ambos os lados e que, ademais, não há lei
prevendo a hipótese em julgamento. De acordo com a Lei de Introdução às
Normas do Direito Brasileiro, Luís Caetano agiu
a) bem, pois embora a ausência de lei não impedisse o julgamento, por haver
outros meios para supri-la, as provas boas para ambos os lados impedem a
formação da convicção judicial.
b) mal, pois ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece,
como era o caso.
c) mal, pois na aplicação da lei o juiz atenderá às regras de sua interpretação e
ao bom-senso jurídico.
d) bem, pois a ausência de lei impede o julgamento, por falta de parâmetros
para tanto.

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e) mal, pois sendo a lei omissa, deveria ter decidido o caso de acordo com a
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito, valorando as provas de
acordo com os ditames legais, já que o provimento jurisdicional é imperativo.

27. (FCC/AJAJ/TRT 15ª Região/2013) Marcelo trabalhou por mais de 29


anos sob a égide de lei que previa direito a se aposentar aos 30 anos de
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trabalho. Durante estes mais de 29 anos, cumpriu os requisitos à aposentação.


Contudo, antes de atingir os 30 anos de trabalho, sobreveio lei majorando para
32 anos o tempo necessário à aposentação. Referida lei não previu regras de
transição para os trabalhadores que estivessem trabalhando sob o regime
jurídico anterior. Diante deste quadro, Marcelo ajuizou ação no âmbito da qual
requereu a aposentação aos 30 anos trabalhados. Esta ação deverá ser jugada
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a) procedente, porque, passados 29 dos 30 anos necessários à aposentação,


Marcelo passou a ter direito adquirido ao regime jurídico anterior.
b) improcedente, porque, quando do advento da nova lei, Marcelo possuía mera
expectativa de direito.
c) procedente, porque, apesar do advento da lei nova, Marcelo possuía direito
adquirido ao tempo que, de acordo com a lei revogada, faltava para sua
aposentação.
d) improcedente, porque não existe proteção ao direito adquirido em matéria
de ordem pública.
e) procedente, porque a lei nova não previu regras transitórias explícitas.

28. (FCC/AJOJ/TRT 18ª Região/2013) A lei nova tem efeito imediato


a) mas, em regra, não revoga a lei anterior.
b) e atinge as situações em curso, mesmo que configurem direito adquirido.
c) e se projeta inclusive sobre o ato jurídico perfeito, a menos que este tenha
sido objeto de sentença transitada em julgado.
d) mas não é obrigatória para a pessoa que desconhecer o seu conteúdo.
e) mas deve respeitar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada.

29. (FCC/AJEM/TRF 2ª Região/2012) Considere as seguintes assertivas a


respeito da Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro:
I. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
II. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já
existentes, revoga a lei anterior.
III. A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.

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IV. Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao


tempo em que se efetuou.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e III.
b) I, III e IV.
c) III e IV.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

d) II e IV.
e) I, II e IV.
30. (FCC/TRE-PB/AJAA/2015) Considere:
I. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
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II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando


admitida, se inicia seis meses depois de oficialmente publicada.
III. Em regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde a
vigência.
De acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, está correto
o que se afirma APENAS em:
a) II e III.
b) I e II.
c) I.
d) I e III.
e) III.

31. (FCC/TCM-GO/Auditor Substituto de Conselheiro/2015) Em relação


à lei, é correto afirmar:
a) Como regra geral, a lei revogada restaura-se por ter a lei revogadora
perdido a vigência.
b) Como regra geral, a lei começa a vigorar em todo o país imediatamente
após sua publicação oficial.
c) As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
d) O desconhecimento da lei é justificativa legítima para seu descumprimento.
e) Quando a lei brasileira for admitida no exterior, sua vigência inicia-se seis
meses depois de oficialmente publicada.

32. (FCC/TCE-CE/Auditor Substituto de Conselheiro/2015) Considere o


seguinte texto de Amílcar de Castro: Denomina-se retorno certo modo de
interpretar as normas de direito internacional privado que leva à consequência

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de substituir-se o sistema nacional por sistema estrangeiro. Não se trata de


questão de direito internacional privado, mas de hermenêutica jurídica,
conjunto de regras de interpretação das leis (Direito Internacional Privado −1°
volume − pag. 277 − Edição Revista Forense, 1956).
Sobre esse tema, a lei brasileira
a) admite em certas circunstâncias e em outras proíbe o retorno.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

b) é omissa.
c) proíbe o retorno.
d) permite o retorno em qualquer circunstância.
e) só permite o retorno quando em razão dele for beneficiado cidadão brasileiro
ou pessoa jurídica brasileira.
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33. (FCC - Analista Legislativo – Assembleia Legislativa/PB – 2013) De


acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é INCORRETO
afirmar que a lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras
sobre

a) a qualificação dos bens e as relações a eles concernentes.

b) o começo e o fim da personalidade.

c) o nome.

d) a capacidade.

e) os direitos de família.

34. (FCC - Advogado Júnior – Metrô/SP – 2014) Christian, empresário


alemão, vivia há anos no Brasil com sua esposa brasileira e filhos brasileiros.
Faleceu em trágico acidente aéreo, deixando diversos bens no Brasil. A sucessão
dos bens situados no Brasil, em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,
será regulada

a) pela lei brasileira ou pela lei pessoal dos pais do de cujus, caso esta última
seja mais favorável.

b) obrigatoriamente pela lei brasileira.

c) obrigatoriamente pela lei pessoal do de cujus.

d) obrigatoriamente pela lei pessoal dos pais do de cujus.

e) pela lei brasileira ou pela lei pessoal do de cujus, caso esta última seja mais
favorável.

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35. (FCC/Analista Judiciário-Execução de Mandados-TRT-5ªRegião/


2009) Denomina-se vacatio legis

a) o período de tramitação da lei no Congresso Nacional.

b) o instituto de direito não regulamentado por lei.


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c) o período de vigência da lei temporária.

d) o intervalo entre a data da publicação da lei e a da sua entrada em vigor.

e) a situação jurídica dos fatos regulamentados por lei revogada.


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36. (FCC/Analista Judiciário-Execução de Mandados-TRT-2ªR/ 2008) A


respeito da Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, considere:

I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país na data da


sua publicação.

II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando


admitida, se inicia 45 dias depois de oficialmente publicada.

III. As correções de texto de lei já em vigor consideram- se lei nova.

IV. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando


seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que
tratava a lei anterior.

É correto o que consta APENAS em:

a) I e II.

b) III e IV.

c) I e IV.

d) II e III.

e) I, III e IV.

37. (FCC/Procurador-PGE-MT/2011) É correto afirmar que,

a) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País, 45


(quarenta e cinco) dias depois de oficialmente promulgada.

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b) nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando


admitida, se inicia 90 (noventa) dias depois de oficialmente promulgada.

c) se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto,


destinada a correção, o prazo de início de sua vigência começará a correr da
data da primeira publicação.

d) não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a
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modifique ou a revogue.

e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já


existentes, sempre revoga a anterior.

38. (FCC/Analista-Direito-MPE-SE/2013) Considere as afirmativas:


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I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias


depois de oficialmente publicada.

II. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a
modifique ou revogue.

III. Salvo disposição em contrário, a lei revogada restaura-se ao ter a lei


revogadora perdido vigência.

Está correto o que se afirma em:

a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) I, II e III.

d) I, apenas.

e) II, apenas.

39. (FCC/Técnico Judiciário-Administrativa-TRE-AP/2015) Akira,


japonês, faleceu no seu país de origem, onde estava domiciliado, deixando filhos
brasileiros e dois imóveis em Sergipe, em relação aos quais, será aplicável à
sucessão a lei

a) brasileira, ainda que a legislação japonesa seja mais favorável, tendo em


vista a nacionalidade brasileira dos filhos de Akira.

b) brasileira, ainda que a legislação japonesa seja mais favorável, pois é a lei
aplicável quando existirem bens imóveis em território nacional.

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c) japonesa, ainda que não seja a mais favorável aos filhos de Akira, em razão
de ser o último domicílio do de cujus.

d) japonesa, ainda que não seja a mais favorável aos filhos de Akira, tendo em
vista a nacionalidade do de cujus.

e) brasileira, salvo se a lei do Japão for mais favorável aos filhos de Akira.
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40. (FCC/Técnico Judiciário-Área Administrativa-TRT-6ªR/2012) Dispõe


a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro que a obrigação resultante
do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente (art. 9º,
§ 2º ) e o Código Civil que reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que
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for proposto (art. 435). Neste caso,

a) ambas as disposições legais se acham em vigor e não se contradizem.

b) o Código Civil foi revogado nessa disposição pela Lei de Introdução às


Normas do Direito Brasileiro.

c) aquela regra estabelecida na Lei de Introdução às Normas do Direito


Brasileiro foi revogada pelo Código Civil.

d) ambas as disposições se revogam reciprocamente.

e) tendo o juiz dúvida sobre qual das normas legais deve aplicar, possui a
faculdade de considerar revogada qualquer das duas regras, aplicando a
outra.

41. (FCC/Analista Judiciário-Área Administrativa-TRE-SE/2015) A Lei


nova “A” estabeleceu disposições gerais a par das já existentes. A Lei nova “B”
estabeleceu disposições especiais a par das já existentes. Nestes casos, de
acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,

a) as Leis “A” e “B” não revogam e nem modificam a lei anterior.

b) as Leis “A” e “B” revogam e modificam a lei anterior.

c) apenas a Lei “B” revoga e modifica a lei anterior.

d) apenas a Lei “A” revoga e modifica a lei anterior.

e) as Leis “A” e “B” não revogam a lei anterior, mas a modificam.

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42. (FCC/Juiz Substituto-TJ-SC/2015)


“Dêste modo, quando surge no seu logrador um animal alheio, cuja marca
conhece, o restitui de pronto. No caso contrário, conserva o intruso,
tratando-o como aos demais. Mas não o leva à feira anual, nem o aplica
em trabalho algum; deixa-o morrer de velho. Não lhe pertence. Se é uma
vaca e dá cria, ferra a esta com o mesmo sinal desconhecido, que
reproduz com perfeição admirável; e assim pratica com tôda a
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descendência daquela. De quatro em quatro bezerros, porém, separa um,


para si. É a sua paga. Estabelece com o patrão desconhecido o mesmo
convênio que tem com o outro. E cumpre estritamente, sem juízes e sem
testemunhas, o estranho contrato, que ninguém escreveu ou sugeriu.
Sucede muitas vêzes ser decifrada, afinal, uma marca sòmente depois de
muitos anos, e o criador feliz receber, ao invés da peça única que lhe
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fugira e da qual se deslembrara, uma ponta de gado, todos os produtos


dela. Parece fantasia êste fato, vulgar, entretanto, nos sertões”. (Euclides
da Cunha – Os sertões. 27. ed. Editôra Universidade de Brasília, 1963, p.
101).
O texto acima, sobre o vaqueiro, identifica:
a) espécie de lei local, de cujo teor ou vigência o juiz pode exigir comprovação.
b) a analogia, como um meio de integração do Direito.
c) um princípio geral de direito, aplicável aos contratos verbais.
d) o uso ou costume como fonte ou forma de expressão do Direito.
e) a equidade que o juiz deve utilizar na solução dos litígios.

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12- Gabarito

Gabarito1: B Gabarito15: A Gabarito29: B


Gabarito2: Certo Gabarito16: D Gabarito30: C
Gabarito3: Errado Gabarito17: B Gabarito31: C
Gabarito4: Certo Gabarito18: A Gabarito32: C
Gabarito5: Errado Gabarito19: C Gabarito33: A
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Gabarito6: E Gabarito20: E Gabarito34: E


Gabarito7: Errado Gabarito21: B Gabarito35: D
Gabarito8: D Gabarito22: C Gabarito36: B
Gabarito9: B Gabarito23: A Gabarito37: D
Gabarito10: B Gabarito24: B Gabarito38: A
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Gabarito11: A Gabarito25: E Gabarito39: E


Gabarito12: B Gabarito26: E Gabarito40: A
Gabarito13: C Gabarito27: B Gabarito41: A
Gabarito14: B Gabarito28: E Gabarito42: D

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13- Questões propostas comentadas

8. (FCC/AJAJ-TRT-6ªRegião/2018) Ao dizer que, salvo disposição em


contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a
vigência, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro está referindo-se
à
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a) anterioridade legal.
b) resilição.
c) retroação da lei.
d) repristinação.
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e) sub-rogação.
Comentários
Letra “d”. Correta. A Repristinação é a restauração da lei revogada, por ter a lei
revogadora perdido sua vigência. No Brasil, a repristinação só poderá ser
expressa, ou seja, os efeitos da lei revogada não são restabelecidos no caso da
lei revogadora ter perdido sua vigência (art. 2º, §3º, LINDB).
Letra “a”. Incorreta. A anterioridade é fenômeno jurídico relacionado ao Direito
Penal e Tributário. Significa, no Direito Tributário, que não haverá cobrança de
tributo no mesmo exercício fiscal da lei que o instituiu. Já no Direito Penal,
temos que "Não há crime sem lei ANTERIOR que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal." (art. 5º, XXXIX, CF).
Letra “b”. Incorreta. Entende-se por resilição: o desfazimento de um contrato
por simples manifestação de vontade, de uma ou de ambas as partes.
Letra “c”. Incorreta. Analisando o art. 6o da LINDB, percebemos que a lei, em
regra, é irretroativa, devendo ser expedida para disciplinar fatos futuros.
Entretanto, a retroatividade da lei pode ocorrer excepcionalmente para fatos
pendentes, desde que respeite o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a
coisa julgada.
Letra “e”. Incorreta. Sub-rogação: ocorre quando há o pagamento de uma
dívida por terceiro, que se tornará o novo titular do crédito, ou seja, a dívida
deixa de existir perante o antigo credor, mas ainda existe diante do novo. Logo,
a Sub-rogação é o fenômeno jurídico de substituição do sujeito ou do objeto em
determinada relação jurídica obrigacional.
Gabarito8: D

9. (FCC/AJ-Oficial de Justiça-TRF5/2017) Suponha que venha a ser


editada, sancionada e promulgada lei alterando dispositivos do Código Civil.

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Nesse caso, de acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro,


a nova lei começará a vigorar em todo o País, salvo disposição em contrário,
a) 30 dias depois de oficialmente publicada.
b) 45 dias depois de oficialmente publicada.
c) 90 dias depois de oficialmente publicada.
d) 180 dias depois de oficialmente publicada.
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e) na data da sua publicação oficial.


Comentários
Letra “b”. Questão bem simples e literal.
Art. 1º, da LINDB. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em
todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
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Gabarito9: B

10. (FCC/Fiscal Defesa do Consumidor-PROCON-AM/2017) De acordo


com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,
a) salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país
imediatamente após sua publicação oficial.
b) as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
c) como regra geral, a lei revogada restaura-se quando a lei revogadora perder
a vigência.
d) quando a lei for omissa, o juiz decidirá de acordo com a vontade presumida
do legislador em face da realidade social.
e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já
existentes, revoga ou modifica a lei anterior.
Comentários
Letra “b”. Conforme a LINDB, “As correções a texto de lei já em
vigor consideram-se lei nova” (Art. 1º, §4º).
Letra “a”. Incorreta, pois a vigência inicia-se após 45 dias de oficialmente
publicada.
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o
país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada

Letra “c”. Incorreta. Conforme art. 2º, §1º da LINDB:

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expressamente o Revogação
declare expressa

A lei posterior
seja com ela
revoga a
incompatível
anterior quando
Revogação
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tácita
regule inteiramente a
matéria de que tratava a
lei anterior

Art. 2º §1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o


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declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule


inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior

Letra “d”. Incorreta, pois o “juiz decidirá o caso de acordo com a analogia,
os costumes e os princípios gerais de direito” (art. 4º). São mecanismos
de integração do ordenamento jurídico.

analogia

ORDEM
o juiz decidirá o
Quando a lei
caso de acordo costumes
for omissa
com
principios gerais de
direito

Letra “e”. Incorreta, conforme “A lei nova, que estabeleça


disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não
revoga nem modifica a lei anterior” (Art. 2º, §2º).
Gabarito10: B

11. (FCC/AJAJ-TST/2017) João, nascido na Espanha, naturalizou-se italiano,


casou-se na França e estabeleceu domicílio único no Brasil, juntamente com sua
esposa. Nesse caso, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro, serão definidas pela lei do Brasil as regras sobre
a) o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de
família.
b) a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o nome serão
definidas pela lei da Espanha.

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c) o nome, a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o


começo e o fim da personalidade serão definidas pela lei da Itália.
d) o começo e o fim da personalidade, o nome e a capacidade, enquanto as
regras sobre os direitos de família serão definidas pela lei da França.
e) o começo e o fim da personalidade, enquanto as regras sobre a capacidade
serão definidas pela lei da Itália.
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Comentários
Letra “a”, de acordo com a Literalidade do caput do artigo 7º da LINDB.
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras
sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e
os direitos de família.
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A lei do país em que


domiciliada a pessoa
determina as regras sobre

o começo e o
os direitos de
fim da o nome a capacidade
família
personalidade

Como João estabeleceu domicílio único no Brasil juntamente com sua


esposa, aplica-se a regra acima.
Gabarito11: A

12. (FCC/Juiz Substituto-TJ-SC/2017) A sucessão por morte ou ausência


obedece à lei do país
a) em que nasceu o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e
a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil,
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,
ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
do de cujus.
b) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a
natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros,
situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais
favorável a lei pessoal do de cujus.
c) de cuja nacionalidade tivesse o defunto ou o desaparecido, mas a sucessão
de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em

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benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre


que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
d) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a
natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros,
situados no Brasil, será sempre regulada pela lei brasileira, se houver cônjuge
ou filhos brasileiros.
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e) de cuja nacionalidade tivesse o defunto, ou desaparecido, qualquer que seja


a natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros,
situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, em qualquer circunstância.
Comentários
Letra “b”. Correta, nos termos do art. 10 da LINDB.
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Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país
em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja
a natureza e a situação dos bens.

§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será


regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do de cujus.

§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para


suceder.

Gabarito12: B

13. (FCC/Defensor Público-DPE-PR/2017) Com base no Decreto-Lei n°


4.657/1942 − Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro − LINDB, é
correto afirmar:
a) As correções de texto, de qualquer natureza, ocorridas após a publicação da
lei, não interferem no termo a quo de sua vigência, na medida em que não se
consideram lei nova por não alterar seu conteúdo.
b) A despeito de ser executada no Brasil, a lei brasileira não será aplicada
quando a obrigação for constituída fora do país, pois, para qualificar e reger as
obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
c) Os direitos de família são determinados pela lei do país em que domiciliada a
pessoa. No caso de nubentes com domicílio diverso, a lei do primeiro domicílio
conjugal regerá tanto os casos de invalidade do matrimônio quanto o regime de
bens.
d) Quando a lei estrangeira for aplicada a demanda judicial no Brasil, ter-se-á
em vista somente os dispositivos invocados pelas partes, inclusive eventuais
remissões a outras leis.

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e) Compete exclusivamente à autoridade judiciária estrangeira processar e


julgar as ações cujo réu possua domicílio no exterior ou cuja obrigação lá tenha
de ser cumprida, ainda que versadas sobre bens imóveis situados no Brasil.
Comentários
Letra “c”. Correta, conforme o art. 7º da LINDB:
Art. 7° § 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos
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de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.


§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país
em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a
do primeiro domicílio conjugal.

Letra “a”. Incorreta, conforme art. 1º, §§ 3º e 4º, LINDB.


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Na hipótese 2, conforme explica a boa doutrina, haverá um novo prazo


de vacatio legis, apenas para a parte da lei que foi corrigida.

Letra “b”. Incorreta, conforme o art. 9º da LINDB. Diz respeito às obrigações:

LEI DO PAÍS EM
REGRA QUE SE
CONSTITUIREM

OBSERVA-SE A
A SER EXECUTADA FORMA, MAS
NO BRASIL COM ADMITE-SE A LEI
OBRIGAÇÕES
FORMA ESTRANGEIRA
ESSENCIAL NOS REQUISITOS
EXTRINSECOS

LUGAR EM
RESULTANTE DE
QUERESIDIR O
CONTRATO
PROPONENTE

Letra “d”. Incorreta, conforme o art. 16 da LINDB:

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Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de


aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem
considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei.

Letra “e”. Incorreta, conforme art. 12 da LINDB:


Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for
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o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a


obrigação.

§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das


ações relativas a imóveis situados no Brasil.

Gabarito13: C
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14. (FCC/Procurador/São Luiz-MA/2016) Considerada a eficácia espacial e


temporal das leis como regulada na Lei da Introdução às Normas do Direito
Brasileiro:
a) Em decorrência do princípio da obrigatoriedade das leis, relevante
estruturante normativa, a lei se aplica a todos indistintamente, valendo a
escusa por desconhecimento legal.
b) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando
seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que
tratava a lei anterior.
c) José, servidor, aposentou-se sob a égide de uma norma vigente na época,
tendo preenchido os requisitos para a concessão do benefício. A referida
norma passa a ter nova redação, após a concessão da aposentadoria, sendo
assim lícito ao Estado promover a revisão dos valores concedidos ao
beneficiário após nova regulamentação legal.
d) Salvo disposição contrária, a lei vigorará em todo o país na data de sua
publicação.
e) A partir da vigência de uma lei, sua eficácia só poderá ser descontinuada pela
revogação por outra, sendo possível a repristinação tácita, em decorrência
do princípio da continuidade das leis.
Comentários
b) Correta. Alternativa literal ao §1º do art. 2º da LINDB. Trata-se das
revogações expressa e tácita das leis.
a) Incorreta, pois não é válido o descumprimento da lei, alegando que não a
conhece, conforme dispõe o art. 3º da LINDB.

Ninguém se escusa de
alegando que não a conhece
cumprir a lei

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c) Incorreta. Embora a lei nova tenha efeito imediato e geral, ela deve respeitar
o direito adquirido, conforme o art. 6º da LINDB.
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

d) Incorreta, pois a regra geral é que a vigência da lei ocorre 45 dias após a sua
publicação nos termos do art. 1º da LINDB.
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45 dias
Salvo
a lei começa em todo o depois de
disposição
a vigorar país oficialmente
contrária
publicada

e) Incorreta. A Repristinação é a restauração da lei revogada, por ter a lei


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revogadora perdido sua vigência. No Brasil, a repristinação só poderá ser


expressa, ou seja, os efeitos da lei revogada não são restabelecidos no caso da
lei revogadora ter perdido sua vigência (art. 2º, §3º, LINDB).
Gabarito14: B

15. (FCC/AJAJ/ TRT 6ª Região/2012) Nos Estados estrangeiros, a


obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia, depois de
oficialmente publicada, em:
a) três meses.
b) noventa dias.
c) um mês.
d) trinta dias.
e) quarenta e cinco dias.
Comentários
Letra “a”. Conforme § 1° do artigo 1° da LINDB, nos Estados, estrangeiros, a
obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois
de oficialmente publicada.
Gabarito15: A

16. (FCC/Procurador-AL-SP/2010) Em relação às Fontes do Direito


Objetivo, considere:
I. Legislação, lato sensu, é modo de formação de normas jurídicas por meio de
atos competentes.
II. Lei, no sentido material, designa o conjunto de normas que estabelecem os
meios judiciais de se fazerem valer direitos e obrigações.

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III. Os costumes são primordiais para o preenchimento de lacunas da lei, pois


muitos não se opõem à lei, mas disciplinam matérias que a lei não conhece.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I
b) I e II.
c) II.
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d) II e III.
e) III.
Comentários
Letra “d”.
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I – Incorreta. Esta definição é de legislação (lei) stricto sensu, onde a norma é


formada por meio dos órgãos competentes (poder legislativo).
II – Correta. Refere-se à norma jurídica no que tange ao seu conteúdo,
determinando direitos e obrigações.
III – Correta. Os costumes são uma das fontes do direito – é uma fonte formal
ou direta ou imediata. Sendo assim, os costumes são empregados no
preenchimento das lacunas deixadas pela lei, nos termos do art. 4º da Lei de
Introdução ao Direito Brasileiro (LINDB): “Art. 4o Quando a lei for omissa, o
juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais
de direito”.
Gabarito16: D

17. (FCC/Juiz Substituto/TJ-PI/2015) Lei nova que estabelecer disposição


geral a par de lei já existente,
a) apenas modifica a lei anterior.
b) não revoga, nem modifica a lei anterior.
c) derroga a lei anterior.
d) ab-roga a lei anterior.
e) revoga tacitamente a lei anterior.
Comentários
Letra “b”. O art. 2º, §2º da LINDB, preconiza que "A lei nova, que estabeleça
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica
a lei anterior.". Então, nem a lei geral, nem a lei especial, revogam a lei anterior.
Haverá revogação da lei anterior nos seguintes casos (art. 2º, §1º, LINDB):

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expressamente o Revogação
declare expressa

A lei posterior
seja com ela
revoga a
incompatível
anterior quando
Revogação
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tácita
regule inteiramente a
matéria de que tratava a
lei anterior

Ressaltando que ab-rogação significa a revogação total da lei, enquanto


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que a derrogação significa a derrogação parcial.


Gabarito17: B

18. (FCC/AJAJ/TRT-9ªRegião(PR)/2015) No Direito Civil, a lei nova


a) tem efeito imediato, mas deve respeitar o ato jurídico perfeito, a coisa
julgada e o direito adquirido, incluindo os negócios sujeitos a termo.
b) retroage para beneficiar a parte hipossuficiente.
c) tem efeito imediato, produzindo efeitos a partir da publicação, ainda que
estabeleça prazo de vacatio legis.
d) tem efeito imediato apenas quando se tratar de norma processual.
e) não pode atingir a expectativa de se adquirir um direito.
Comentários
a) Correta. Este foi o gabarito oficial, apesar de certa impropriedade cometida
pelo examinador no enunciado: “lei nova”. Pode haver uma lei nova, sem que
ainda esteja em vigor. Deve-se considerar a vacatio legis. Então, dizer que uma
lei nova tem efeito imediato não é apropriado. Inclusive o art. 6º da LINDB diz
que “A lei em vigor terá efeito imediato e geral...”. De qualquer maneira, o
fundamento desta alternativa é o art. 6º e seu §2º:
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou


alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício
tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio
de outrem.

b) Incorreta. A regra é a irretroatividade da lei, ou seja, a lei nova é direcionada


aos fatos pendentes e aos futuros.
c) Incorreta. Os efeitos da lei nova devem observar a vacatio legis.

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d) Incorreta. Alternativa sem fundamento algum.


e) Incorreta, pois a lei nova pode sim atingir uma expectativa de direito, tendo
em vista que trata-se apenas de uma “expectativa”. Então, expectativa de
direito é diferente de direito adquirido.
Gabarito18: A
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19. (FCC/AJEM//TJAP/2014) A lei começa a vigorar, salvo disposição em


contrário,
a) trinta dias depois de publicada, mas com eficácia plena durante a vacatio
legis.
b) quarenta e cinco dias depois de promulgada, não produzindo efeitos
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enquanto não estiver efetivamente em vigor.


c) quarenta e cinco dias depois de publicada, não produzindo efeitos enquanto
não estiver efetivamente em vigor.
d) quarenta e cinco dias depois de publicada, mas com eficácia plena durante a
vacatio legis.
e) quarenta e cinco dias depois de promulgada, mas com eficácia plena durante
a vacatio legis.
Comentários
Letra “c”. Conforme artigo 1o da LINDB, salvo disposição contrária, a lei
começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente
publicada. A letra “a” está errada, pois o prazo é de 45 dias, e não há eficácia
plena durante a vacatio legis. A letra “b” está errada, pois o prazo de 45 dias
deve ser contado a partir da publicação e não da promulgação. A letra “d” está
errada, pois durante a vacatio legis não há eficácia plena da norma, visto que a
lei só produzirá efeitos quando estiver em vigor. A letra “e” está errada, pois o
prazo de 45 dias deve ser contado a partir da publicação e não da promulgação,
e durante a vacatio legis não há eficácia plena da norma, visto que a lei só
produzirá efeitos quando estiver em vigor.
Gabarito19: C

20. (FCC/AJAJ/TRT 16ª Região/2014) Uma lei foi elaborada, promulgada e


publicada. Por não conter disposição em contrário, entrará em vigor 45 dias
depois de oficialmente publicada, data que cairá no dia 18 de abril, feriado
(sexta-feira da paixão de Cristo); dia 19 de abril é sábado; dia 20 de abril é
domingo; dia 21 de abril é feriado (Tiradentes). Essa lei entrará em vigor no dia
a) 19 de abril.
b) 21 de abril.

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c) 20 de abril.
d) 22 de abril.
e) 18 de abril.
Comentários
Letra “e”. Conforme artigo 1o da LINDB, salvo disposição contrária, a lei
começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente
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publicada. Repare que o artigo não estabeleceu que fossem dias úteis, utilizando
apenas a palavra dias. Portanto, não haverá interrupção ou adiamento em
função de feriados. Sendo assim, se contados 45 dias depois de oficialmente
publicada, a data cairá no dia 18 de abril, será esta a data em que a lei entrará
em vigor.
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Gabarito20: E

21. (FCC/TJAA/TJ-AP/ 2014) De acordo com a Lei de Introdução às Normas


do Direito Brasileiro, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito quando a lei
a) for injusta.
b) for omissa.
c) tiver caído em desuso.
d) tiver sido revogada por outra que haja regulado inteiramente a matéria.
e) ofender direito adquirido.
Comentários
Letra “b”. Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for omissa, o juiz decidirá
o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Gabarito21: B

22. (FCC/AJOJ/TRT 19ª Região/2014) João cumpre os requisitos para se


aposentar. No entanto, algum tempo depois, é editada lei que amplia em 5 anos
o prazo para sua aposentação. João
a) poderá se aposentar, mas apenas se o requerer no prazo de 15 dias do início
da vigência da nova lei.
b) terá de aguardar 5 anos para se aposentar, pois a lei nova possui efeito
imediato, impondo-se aos fatos passados, pendentes e futuros.
c) poderá se aposentar, pois, apesar de possuir efeito imediato, a lei nova deve
respeitar o direito que João já havia adquirido.

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d) terá que aguardar 5 anos para se aposentar, pois o direito somente é


adquirido com o seu exercício efetivo.
e) poderá se aposentar, pois, apesar de possuir efeito imediato, a lei nova deve
respeitar a expectativa que João possuía sobre o direito, por questão de justiça.
Comentários
Letra “c”. Caso ainda não tivesse cumprido os requisitos, haveria mera
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expectativa de direito. Mas, se João já cumpriu os requisitos para aposentaria,


então se trata de direito adquirido. Conforme artigo 6° da LINDB, a Lei em vigor
terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada. Portanto, João poderá se aposentar, pois, apesar
de possuir efeito imediato, a lei nova deve respeitar o direito que João já havia
adquirido.
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Gabarito22: C

23. (FCC/Analista Legislativo/Assembleia Legislativa-RN/2013)


Considere a seguinte situação hipotética: A Lei W entrará em vigor no dia 09 de
Setembro de 2013, ou seja, 45 dias após a sua publicação. Ocorre que, no dia
26 de Agosto de 2013 houve nova publicação do texto legal da Lei W destinada
à correção. Neste caso, de acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito
brasileiro, o prazo de quarenta e cinco dias
a) começará a correr da nova publicação.
b) não se interromperá ou suspenderá com a nova publicação fluindo
normalmente.
c) será acrescido de mais dez dias a contar do dia 26 de Agosto de 2013.
d) será contado em dobro, iniciando-se a partir do dia 26 de Agosto de 2013.
e) será acrescido de mais quinze dias a contar do dia 26 de Agosto de 2013.
Comentários
Letra “a”. Se a lei entrará em vigor no dia 09 de setembro de 2013, e a
correção foi publicada no dia 26 de agosto de 2013, portanto, efetuada antes
de a lei entrar em vigor, os prazos começam a correr da nova publicação,
conforme § 3o do artigo 1° da LINDB.
Gabarito23: A

24. (FCC/Analista Legislativo/Assembleia Legislativa-RN/2013)


Considere a seguinte situação hipotética: A Lei A teve início de vigência no dia
27 de Novembro de 2012. Posteriormente foi publicada a Lei B e a Lei C.
Considerando que a Lei B estabeleceu disposições gerais sobre a Lei A a par das

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já existentes e a Lei C estabeleceu disposições especiais sobre a Lei A a par das


já existentes, é certo que a Lei B
a) e a Lei C revogaram a Lei A.
b) e a Lei C não revogaram e nem modificaram a Lei A.
c) e a Lei C modificaram a Lei A.
d) revogou a Lei A e a Lei C modificou a Lei A.
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e) modificou a Lei A e a Lei C revogou a Lei A.


Comentários
Letra “b”. Conforme § 2o do artigo 2° da LINDB, a lei nova, que estabeleça
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica
a lei anterior. Portanto, considerando que a Lei B estabeleceu disposições gerais
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sobre a Lei A a par das já existentes e a Lei C estabeleceu disposições especiais


sobre a Lei A a par das já existentes, a Lei B e a Lei C não revogaram e nem
modificaram a Lei A.
Gabarito24: B

25. (FCC/ AJOJ/TRT 15ª Região/2013) Osmar obteve provimento judicial


autorizando matrícula em curso de Ensino Superior independentemente do
pagamento de quaisquer taxas, por sentença da qual não mais cabe recurso.
No entanto, enquanto frequentava o curso, sobreveio Lei Municipal
determinando que todos os estudantes do Ensino Superior deveriam pagar taxa
destinada à alfabetização de adultos carentes. Osmar
a) será atingido pela nova lei, que previu efeito retroativo de maneira tácita.
b) será atingido pela nova lei, que possui efeito imediato e atinge todas as
situações pendentes.
c) será atingido pela nova lei, tendo em vista tratar-se de norma de ordem
pública.
d) não será atingido pela nova lei, mas seria se a norma tivesse previsto efeito
retroativo de maneira expressa.
e) não será atingido pela nova lei, em razão da proteção conferida à coisa
julgada.
Comentários
Letra “e”. Conforme artigo 6º da LINDB, a Lei em vigor terá efeito imediato e
geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
O § 3º desse artigo define coisa julgada ou caso julgado como a decisão judicial
de que já não caiba recurso. Portanto, se Osmar obteve provimento em
sentença judicial da qual não cabe recurso (coisa julgada), não será atingido
pela nova lei, em razão da proteção conferida à coisa julgada.

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Gabarito25: E

26. (FCC/AJAJ/TRT 5ª Região/2013) Luís Caetano, Juiz de Direito de Vitória


da Conquista, deixa de julgar um processo que lhe foi atribuído, alegando que
as provas dos autos são boas para ambos os lados e que, ademais, não há lei
prevendo a hipótese em julgamento. De acordo com a Lei de Introdução às
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Normas do Direito Brasileiro, Luís Caetano agiu


a) bem, pois embora a ausência de lei não impedisse o julgamento, por haver
outros meios para supri-la, as provas boas para ambos os lados impedem a
formação da convicção judicial.
b) mal, pois ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece,
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como era o caso.


c) mal, pois na aplicação da lei o juiz atenderá às regras de sua interpretação e
ao bom-senso jurídico.
d) bem, pois a ausência de lei impede o julgamento, por falta de parâmetros
para tanto.
e) mal, pois sendo a lei omissa, deveria ter decidido o caso de acordo com a
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito, valorando as provas de
acordo com os ditames legais, já que o provimento jurisdicional é imperativo.
Comentários
Letra “e”. Luís Caetano agiu mal, pois o juiz não pode deixar de decidir o caso
concreto devido à lacuna legal. Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for
omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os
princípios gerais de direito. A letra “b” está errada, pois não se aplica ao
disposto, uma vez que não havia lei prevista para deixar de cumprir a lei. A letra
“c” está errada, pois não são esses os critérios previstos, os critérios são: a
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Gabarito26: E

27. (FCC/AJAJ/TRT 15ª Região/2013) Marcelo trabalhou por mais de 29


anos sob a égide de lei que previa direito a se aposentar aos 30 anos de
trabalho. Durante estes mais de 29 anos, cumpriu os requisitos à aposentação.
Contudo, antes de atingir os 30 anos de trabalho, sobreveio lei majorando para
32 anos o tempo necessário à aposentação. Referida lei não previu regras de
transição para os trabalhadores que estivessem trabalhando sob o regime
jurídico anterior. Diante deste quadro, Marcelo ajuizou ação no âmbito da qual
requereu a aposentação aos 30 anos trabalhados. Esta ação deverá ser jugada
a) procedente, porque, passados 29 dos 30 anos necessários à aposentação,
Marcelo passou a ter direito adquirido ao regime jurídico anterior.

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b) improcedente, porque, quando do advento da nova lei, Marcelo possuía mera


expectativa de direito.
c) procedente, porque, apesar do advento da lei nova, Marcelo possuía direito
adquirido ao tempo que, de acordo com a lei revogada, faltava para sua
aposentação.
d) improcedente, porque não existe proteção ao direito adquirido em matéria
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de ordem pública.
e) procedente, porque a lei nova não previu regras transitórias explícitas.
Comentários
Letra “b”. Como ainda não havia cumprido os requisitos, não se trata de direito
adquirido, mas sim de mera expectativa de direito. Conforme artigo 6° da
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LINDB, a Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. Como Marcelo não possuía direito
adquirido, mas mera expectativa de direito, então a ação deverá ser julgada
improcedente, e ele deverá cumprir os critérios definidos na nova lei, que terá
efeito imediato e geral.
Gabarito27: B

28. (FCC/AJOJ/TRT 18ª Região/2013) A lei nova tem efeito imediato


a) mas, em regra, não revoga a lei anterior.
b) e atinge as situações em curso, mesmo que configurem direito adquirido.
c) e se projeta inclusive sobre o ato jurídico perfeito, a menos que este tenha
sido objeto de sentença transitada em julgado.
d) mas não é obrigatória para a pessoa que desconhecer o seu conteúdo.
e) mas deve respeitar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada.
Comentários
Letra “e”. Conforme artigo 6° da LINDB, a Lei em vigor terá efeito imediato e
geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
A letra “a” está errada, pois o artigo 2º da LINDB estabelece que, não se
destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou
revogue. As letras “b” e “c” estão erradas, pois conforme 6° da LINDB deverão
ser respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. A
letra “d” está errada, pois ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que
não a conhece, conforme artigo 3o da LINDB.
Gabarito28: E

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29. (FCC/AJEM/TRF 2ª Região/2012) Considere as seguintes assertivas a


respeito da Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro:
I. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
II. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já
existentes, revoga a lei anterior.
III. A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.
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IV. Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao


tempo em que se efetuou.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e III.
b) I, III e IV.
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c) III e IV.
d) II e IV.
e) I, II e IV.
Comentários
Letra “b”. O item I está certo. Conforme § 4o do artigo 1° da LINDB, as
correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. O item II está
errado. Conforme § 2o do artigo 2° da LINDB, a lei nova, que estabeleça
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica
a lei anterior. O item III está certo. Conforme § 2o do artigo 10 da LINDB, a lei
do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder. O item
IV está certo. Conforme § 1º do artigo 6º da LINDB, reputa-se ato jurídico
perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
Gabarito29: B

30. (FCC/TRE-PB/AJAA/2015) Considere:


I. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando
admitida, se inicia seis meses depois de oficialmente publicada.
III. Em regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde a
vigência.
De acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, está correto
o que se afirma APENAS em:
a) II e III.
b) I e II.
c) I.

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d) I e III.
e) III.
Comentários
Letra “c”.
I. CERTA. Em conformidade com o art. 1º, § 4º da LINDB.
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Art. 1º, § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei


nova.

II. ERRADA. Segundo o art. 1º, § 1º da LINDB o prazo nos Estados Estrangeiros
é de 3 meses.
Art. 1º, § 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei
brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente
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publicada.

III. ERRADA. Como regra, segundo o art. 2º, § 3º da LINDB, a repristinação


não deve ocorrer. Ou seja, a lei revogada não se restaura quando a lei
revogadora perde a vigência.
Art. 2º, § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se
restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

Gabarito30: C

31. (FCC/TCM-GO/Auditor Substituto de Conselheiro/2015) Em relação


à lei, é correto afirmar:
a) Como regra geral, a lei revogada restaura-se por ter a lei revogadora perdido
a vigência.
b) Como regra geral, a lei começa a vigorar em todo o país imediatamente após
sua publicação oficial.
c) As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
d) O desconhecimento da lei é justificativa legítima para seu descumprimento.
e) Quando a lei brasileira for admitida no exterior, sua vigência inicia-se seis
meses depois de oficialmente publicada.
Comentários
(C) CERTA. A assertiva está de acordo com o art. 1º, § 4º da LINDB.
Art. 1º, § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei
nova.

(A) ERRADA. Como regra, segundo o art. 2º, § 3º da LINDB, a repristinação


não deve ocorrer. Ou seja, a lei revogada não se restaura quando a lei
revogadora perde a vigência.
Art. 2º, § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se
restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

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(B) ERRADA. Vejamos o art. 1º da LINDB que trata do prazo de vacatio legis e
do princípio da vigência sincrônica.
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

(D) ERRADA. A assertiva está em desacordo com o princípio da obrigatoriedade


previsto no art. 3º da LINDB.
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Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.

(E) ERRADA. Segundo o art. 1º, § 1º da LINDB o prazo nos Estados


Estrangeiros é de 3 meses.
Art. 1º, § 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei
brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente
publicada.
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Gabarito31: C

32. (FCC/TCE-CE/Auditor Substituto de Conselheiro/2015) Considere o


seguinte texto de Amílcar de Castro: Denomina-se retorno certo modo de
interpretar as normas de direito internacional privado que leva à consequência
de substituir-se o sistema nacional por sistema estrangeiro. Não se trata de
questão de direito internacional privado, mas de hermenêutica jurídica,
conjunto de regras de interpretação das leis (Direito Internacional Privado −1°
volume − pag. 277 − Edição Revista Forense, 1956).
Sobre esse tema, a lei brasileira
a) admite em certas circunstâncias e em outras proíbe o retorno.
b) é omissa.
c) proíbe o retorno.
d) permite o retorno em qualquer circunstância.
e) só permite o retorno quando em razão dele for beneficiado cidadão brasileiro
ou pessoa jurídica brasileira.
Comentários
Letra “c”. Inicialmente cabe mencionar que esta questão apresenta um
extremo nível de dificuldade. A base da sua solução está no art. 16 da LINDB
que consagra a teoria do retorno ou reenvio.
Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de
aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem
considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei.

A Teoria do Reenvio, também conhecida como Teoria do Retorno ou da


Devolução é uma forma de interpretação de normas do Direito Internacional
Privado, de forma que haja substituição da lei nacional pela lei estrangeira, de

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modo pelo qual seja desprezado o elemento de conexão da ordenação nacional,


dando preferência ao apontado pelo ordenamento jurídico estrangeiro.
Esse instituto é utilizado sempre que ocorrer problemas nas interpretações de
ordem internacional, servindo como meio importante de resolução de conflitos,
e sempre que for necessário que o juiz aplique direito estrangeiro.
Resumidamente, o reenvio é uma interpretação que desconsidera a norma
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material da regra de conexão e aplica o direito internacional privado estrangeiro


para chegar à nova norma material, geralmente de âmbito nacional.
O reenvio pode ser dividido em 3 graus, o de primeiro grau que basicamente
consiste em dois países, onde o primeiro remete uma legislação ao segundo
país, que por sua vez reenvia ao primeiro; o reenvio de segundo grau compõe-
se por três países, onde o primeiro envia sua legislação ao segundo que a
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reenvia ao terceiro; e por último, o reenvio de terceiro grau, formato por quatro
países, no qual o primeiro remete a legislação ao segundo, que por sua vez
encaminha ao terceiro e finalmente reenvia ao quarto.
Nesse sentido, o artigo 16 da LINDB proíbe o juiz nacional de aplicar o
retorno ou reenvio, cabendo apenas a aplicação do Direito Internacional
Privado brasileiro para determinar o direito material cabível, ficando a cargo de
estrangeiro, se houver, a aplicação do reenvio.
Gabarito32: C

33. (FCC - Analista Legislativo – Assembleia Legislativa/PB – 2013) De


acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é INCORRETO
afirmar que a lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras
sobre

a) a qualificação dos bens e as relações a eles concernentes.

b) o começo e o fim da personalidade.

c) o nome.

d) a capacidade.

e) os direitos de família.

Comentários

Letra “a”. Conforme artigo 7o da LINDB, a lei do país em que domiciliada a


pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade (letra “b”),
o nome (letra “c”), a capacidade (letra “d”) e os direitos de família (letra “e”).
Portanto, não se aplica a qualificação dos bens e as relações a eles concernentes
(letra “a”).
Gabarito33: A

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34. (FCC - Advogado Júnior – Metrô/SP – 2014) Christian, empresário


alemão, vivia há anos no Brasil com sua esposa brasileira e filhos brasileiros.
Faleceu em trágico acidente aéreo, deixando diversos bens no Brasil. A sucessão
dos bens situados no Brasil, em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,
será regulada
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a) pela lei brasileira ou pela lei pessoal dos pais do de cujus, caso esta última
seja mais favorável.

b) obrigatoriamente pela lei brasileira.

c) obrigatoriamente pela lei pessoal do de cujus.


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d) obrigatoriamente pela lei pessoal dos pais do de cujus.

e) pela lei brasileira ou pela lei pessoal do de cujus, caso esta última seja mais
favorável.

Comentários

Letra “e”. Conforme § 1º do artigo 10 da LINDB, a sucessão de bens de


estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do
cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não
lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
Gabarito34: E

35. (FCC/Analista Judiciário-Execução de Mandados-TRT-5ªRegião/


2009) Denomina-se vacatio legis

a) o período de tramitação da lei no Congresso Nacional.

b) o instituto de direito não regulamentado por lei.

c) o período de vigência da lei temporária.

d) o intervalo entre a data da publicação da lei e a da sua entrada em vigor.

e) a situação jurídica dos fatos regulamentados por lei revogada.

Comentários

Letra “d”. Vacatio Legis é o período de tempo entre a publicação e o início da


vigência da lei. Nesse período de vacatio legis, embora a lei já exista, ainda não
produz efeitos, não havendo obrigatoriedade de seu cumprimento.
Vacatio legis
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Publicação Vigência
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Gabarito35: D

36. (FCC/Analista Judiciário-Execução de Mandados-TRT-2ªR/ 2008) A


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respeito da Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, considere:

I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país na data da


sua publicação.

II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando


admitida, se inicia 45 dias depois de oficialmente publicada.

III. As correções de texto de lei já em vigor consideram- se lei nova.

IV. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando


seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que
tratava a lei anterior.

É correto o que consta APENAS em:

a) I e II.

b) III e IV.

c) I e IV.

d) II e III.

e) I, III e IV.

Comentários

Letra “b”. Itens III e IV corretos.

I – Incorreta, pois, regra geral, a vigência da lei ocorre após 45 dias contados
a partir de sua publicação, segundo o art. 1º da LINDB; e não na data de sua
publicação como sugere a assertiva. Representa um sistema simultâneo (ou
sincrônico), pois a vigência da lei inicia-se de maneira simultânea (de uma só
vez) em todo o território nacional.

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II – Incorreta, pois a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, inicia-


se nos estados estrangeiros três meses depois de oficialmente publicada,
conforme o art. 1º, §1º da LINDB.

III – Correta. Quando a lei já estiver em vigor, a correção de seu texto


considera-se lei nova, de acordo com o art. 1º, §4º da LINDB.
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Correção do
antes depois texto da lei

Entrada em vigor

Novo período de
Lei nova
vacatio legis
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IV – Correta. Esta assertiva está nos termos literais do art. 2º, §1º da LINDB.
Trata-se da revogação de uma lei por outra. Vejamos em esquematizações as
formas de revogação:

Revogação total Revogação parcial


(ab-rogação) (derrogação)
toda a lei é tornada sem parte da lei é tornada sem
efeito efeito

expressamente o Revogação
declare expressa

A lei posterior
seja com ela
revoga a
incompatível
anterior quando
Revogação
tácita
regule inteiramente a
matéria de que tratava a
lei anterior

Gabarito36: B

37. (FCC/Procurador-PGE-MT/2011) É correto afirmar que,

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a) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País, 45


(quarenta e cinco) dias depois de oficialmente promulgada.

b) nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando


admitida, se inicia 90 (noventa) dias depois de oficialmente promulgada.

c) se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto,


destinada a correção, o prazo de início de sua vigência começará a correr da
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data da primeira publicação.

d) não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a
modifique ou a revogue.

e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já


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existentes, sempre revoga a anterior.

Comentários

Letra “d”. Segundo o princípio da continuidade, em regra, as leis são


permanentes. No entanto, há leis temporárias => prazo determinado.
Portanto, a lei terá vigor até que outra a modifique ou a revogue (art. 2º, LINDB)

a) Incorreta, pois a lei entra em vigor em todo o país 45 dias depois de


oficialmente publicada.

b) Incorreta, pois nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,


quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada (art.
1ª, §1º, LINDB).

c) Incorreta, pois neste caso, o prazo de início de sua vigência começará a correr
da data da nova publicação.

e) Incorreta, pois sendo compatíveis, as duas leis podem coexistir sem


problemas.
Gabarito37: D

38. (FCC/Analista-Direito-MPE-SE/2013) Considere as afirmativas:

I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias


depois de oficialmente publicada.

II. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a
modifique ou revogue.

III. Salvo disposição em contrário, a lei revogada restaura-se ao ter a lei


revogadora perdido vigência.

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Está correto o que se afirma em:

a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) I, II e III.
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d) I, apenas.

e) II, apenas.

Comentários

Letra “a”.
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I – Correta. Está literal ao art. 1º da LINDB.

II – Correta. Está literal ao art. 2º da LINDB.

III – Incorreta, pois a regra é que a lei revogada não se restaura por ter a
lei revogadora perdido a vigência, conforme o §3º do art. 2º da LINDB.
Logo, a chamada repristinação é vedada, exceto se houver disposição em
contrário.

por ter a lei


Salvo
a lei não se revogadora
disposição
revogada restaura perdido a
contrária
vigência

Gabarito38: A

39. (FCC/Técnico Judiciário-Administrativa-TRE-AP/2015) Akira,


japonês, faleceu no seu país de origem, onde estava domiciliado, deixando filhos
brasileiros e dois imóveis em Sergipe, em relação aos quais, será aplicável à
sucessão a lei

a) brasileira, ainda que a legislação japonesa seja mais favorável, tendo em


vista a nacionalidade brasileira dos filhos de Akira.

b) brasileira, ainda que a legislação japonesa seja mais favorável, pois é a lei
aplicável quando existirem bens imóveis em território nacional.

c) japonesa, ainda que não seja a mais favorável aos filhos de Akira, em razão
de ser o último domicílio do de cujus.

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d) japonesa, ainda que não seja a mais favorável aos filhos de Akira, tendo em
vista a nacionalidade do de cujus.

e) brasileira, salvo se a lei do Japão for mais favorável aos filhos de Akira.

Comentários

Letra “e”. A situação apresentada nesta questão representa o chamado princípio


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do prélèvement, previsto no art. 5º, XXXI, da Constituição Federal e no art. 10


da LINDB. Estas disposições objetivam o privilégio do brasileiro. Assim, a letra
“e” é a nossa resposta.

Art. 5º, XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será


regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
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brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de
cujus";

Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em
que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a
natureza e a situação dos bens.

§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada


pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de
quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei
pessoal do de cujus.

Gabarito39: E

40. (FCC/Técnico Judiciário-Área Administrativa-TRT-6ªR/2012) Dispõe


a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro que a obrigação resultante
do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente (art. 9º,
§ 2º ) e o Código Civil que reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que
for proposto (art. 435). Neste caso,

a) ambas as disposições legais se acham em vigor e não se contradizem.

b) o Código Civil foi revogado nessa disposição pela Lei de Introdução às


Normas do Direito Brasileiro.

c) aquela regra estabelecida na Lei de Introdução às Normas do Direito


Brasileiro foi revogada pelo Código Civil.

d) ambas as disposições se revogam reciprocamente.

e) tendo o juiz dúvida sobre qual das normas legais deve aplicar, possui a
faculdade de considerar revogada qualquer das duas regras, aplicando a
outra.

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Comentários

Letra “a”. A contradição é apenas aparente, pois os dois dispositivos acima são
aplicados em hipóteses distintas. Enquanto, a regra prevista na LINDB é uma
norma de direito internacional privado aplicada quando as partes contratantes
estão em países diferentes (contratos internacionais), a regra do Código Civil
trata dos contratantes residentes no país (contratos internos).
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Gabarito40: A

41. (FCC/Analista Judiciário-Área Administrativa-TRE-SE/2015) A Lei


nova “A” estabeleceu disposições gerais a par das já existentes. A Lei nova “B”
estabeleceu disposições especiais a par das já existentes. Nestes casos, de
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acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,

a) as Leis “A” e “B” não revogam e nem modificam a lei anterior.

b) as Leis “A” e “B” revogam e modificam a lei anterior.

c) apenas a Lei “B” revoga e modifica a lei anterior.

d) apenas a Lei “A” revoga e modifica a lei anterior.

e) as Leis “A” e “B” não revogam a lei anterior, mas a modificam.

Comentários

Letra “a”. A questão versa sobre o princípio da conciliação ou da


coexistência das normas previsto no §2º do art. 2º da LINDB: A lei nova, que
estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga
nem modifica a lei anterior.
Gabarito41: A

42. (FCC/Juiz Substituto-TJ-SC/2015)


“Dêste modo, quando surge no seu logrador um animal alheio, cuja marca
conhece, o restitui de pronto. No caso contrário, conserva o intruso,
tratando-o como aos demais. Mas não o leva à feira anual, nem o aplica
em trabalho algum; deixa-o morrer de velho. Não lhe pertence. Se é uma
vaca e dá cria, ferra a esta com o mesmo sinal desconhecido, que
reproduz com perfeição admirável; e assim pratica com tôda a
descendência daquela. De quatro em quatro bezerros, porém, separa um,
para si. É a sua paga. Estabelece com o patrão desconhecido o mesmo
convênio que tem com o outro. E cumpre estritamente, sem juízes e sem

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testemunhas, o estranho contrato, que ninguém escreveu ou sugeriu.


Sucede muitas vêzes ser decifrada, afinal, uma marca sòmente depois de
muitos anos, e o criador feliz receber, ao invés da peça única que lhe
fugira e da qual se deslembrara, uma ponta de gado, todos os produtos
dela. Parece fantasia êste fato, vulgar, entretanto, nos sertões”. (Euclides
da Cunha – Os sertões. 27. ed. Editôra Universidade de Brasília, 1963, p.
101).
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O texto acima, sobre o vaqueiro, identifica:


a) espécie de lei local, de cujo teor ou vigência o juiz pode exigir comprovação.
b) a analogia, como um meio de integração do Direito.
c) um princípio geral de direito, aplicável aos contratos verbais.
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d) o uso ou costume como fonte ou forma de expressão do Direito.


e) a equidade que o juiz deve utilizar na solução dos litígios.
Comentários
Letra “d”. Questão interessante e fantástica da banca. Que surpresa boa! Bem,
de fato, o escopo do texto é a prática de um ato costumeiro acerca do
vaqueiro, que podemos observar em: “Parece fantasia êste fato, vulgar,
entretanto, nos sertões”. Tal fato é um costume adotado pelo vaqueiro com
reflexos jurídicos. Em verdade, em sua essência original, o Direito se
manifestava por meio dos costumes. Segundo o Prof. Paulo Nader, “No Direito
brasileiro, o costume é fonte supletiva da lei. A oportunidade de sua aplicação
ocorre quando a lei é omissa em determinada matéria e não oferece também
uma hipótese fundamentalmente semelhante a que se tem em pauta, ou seja,
não apresenta analogia” (Curso de direito civil, parte geral – vol. 1 / Paulo Nader
– 10.ª ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense, 2016). Portanto, o art. 4º da
LINDB dispõe que “o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito”. Por fim, outro ponto do texto
que enfatiza a relação entre o costume e o Direito é a seguinte: “E cumpre
estritamente, sem juízes e sem testemunhas, o estranho contrato, que ninguém
escreveu ou sugeriu”.
Gabarito42: D

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