Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
br 1
APOSENTADORIA ESPECIAL
LEGISLAÇÃO
CF – art. 201, §1º
Lei 8.213/91 – arts. 57 e 58
Decreto 3.048/99 – arts. 64/70
IN INSS 77/2015 - arts. 246/299
Emenda Constitucional nº 103/2019
Portaria INSS 450/2020
Código do beneficio - B46
CF
Art. 201...
§1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, ressalvada, nos
termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra geral
para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
I ...
II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à
saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
O trabalho especial que prejudica a saúde e do trabalhador já era regulado pelos artigos 57 e 58, da Lei 8.213/91,
que preveem o benefício da aposentadoria especial.
Recepcionada como lei complementar
Lei 8.213/91:
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que
tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15, 20 ou
25 anos, conforme dispuser a lei.
EC 103/2019
SEGURADOS COBERTOS
Art. 64, Decreto 3.048/99: A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado
empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de
trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito
a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
www.cers.com.br 2
- Renda mensal inicial = 100% do salário de benefício:
- 100% da média aritmética dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% do período contributivo,
considerado a partir de julho de 1994.
- Não tem fator previdenciário
EC nº 103/2019:
Art. 19, I: aos segurados que comprovem o exercício de atividades com efetiva exposição a agentes químicos,
físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria
profissional ou ocupação, durante, no mínimo, 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, nos termos do
disposto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, quando cumpridos:
a) 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15 (quinze) anos de contribuição;
b) 58 (cinquenta e oito) anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 (vinte) anos de contribuição; ou
c) 60 (sessenta) anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 (vinte e cinco) anos de contribuição.
www.cers.com.br 3
PORTARIA INSS Nº 450/2020
Art. 15. A aposentadoria programada especial é devida aos segurados filiados ao RGPS a partir de 13 de novembro
de 2019, ou, se mais vantajosa, aos demais.
Art. 16. A concessão da aposentadoria programada especial exige idade mínima, igual para ambos os sexos, e o
tempo mínimo de contribuição com exposição a agente nocivo durante, no mínimo, 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25
(vinte e cinco) anos, nos termos dos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 1991, conforme os seguintes critérios:
I - 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15 (quinze) anos de efetiva
exposição;
II - 58 (cinquenta e oito) anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 (vinte) anos de efetiva
exposição; ou
III - 60 (sessenta) anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 (vinte e cinco) anos de efetiva
exposição.
Art. 5º Fica mantida a carência disciplinada pela Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, mantendo-se, assim, a
exigência de 180 (cento e oitenta) contribuições mensais para as aposentadorias programáveis e de 12 (doze)
contribuições para a aposentadoria por incapacidade permanente previdenciária, antiga aposentadoria por
invalidez previdenciária, classificada como não-programável.
HOMENS
www.cers.com.br 4
MULHERES
➢ com acréscimo de 2% para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 15 (vinte) anos de contribuição,
no caso de homens e mulheres.
Observação: aposentadoria especial aos 15 anos de contribuição (exposição efetiva)
EC nº 103/2019
Art. 26. Até que lei discipline o cálculo dos benefícios do regime próprio de previdência social da União e do RGPS,
será utilizada a média aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações adotados como base
para contribuições a regime próprio de previdência social e ao RGPS, ou como base para contribuições decorrentes
das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal, atualizados monetariamente,
correspondentes a 100% (cem por cento) do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o
início da contribuição, se posterior àquela competência.
§ 1º A média a que se refere o caput será limitada ao valor máximo do salário de contribuição do Regime Geral de
Previdência Social para os segurados desse regime e para o servidor que ingressou no serviço público em cargo
efetivo após a implantação do regime de previdência complementar ou que tenha exercido a opção correspondente,
nos termos do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 da Constituição Federal.
www.cers.com.br 5
§ 2º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 60% (sessenta por cento) da média aritmética definida
na forma prevista no caput e no § 1º, com acréscimo de 2 (dois) pontos percentuais para cada ano de contribuição
que exceder o tempo de 20 (vinte) anos de contribuição nos casos:
I - do inciso II do § 6º do art. 4º, do § 4º do art. 15, do § 3º do art. 16 e do § 2º do art. 18;
II - do § 4º do art. 10, ressalvado o disposto no inciso II do § 3º e no § 4º deste artigo;
III - de aposentadoria por incapacidade permanente aos segurados do Regime Geral de Previdência Social,
ressalvado o disposto no inciso II do § 3º deste artigo; e
IV - do § 2º do art. 19 e do § 2º do art. 21, ressalvado o disposto no § 5º deste artigo.
(...)
§ 5º O acréscimo a que se refere o caput do § 2º será aplicado para cada ano que exceder 15 (quinze) anos de
tempo de contribuição para os segurados de que tratam a alínea "a" do inciso I do § 1º do art. 19 e o inciso I do art.
21 e para as mulheres filiadas ao Regime Geral de Previdência Social.
§ 6º Poderão ser excluídas da média as contribuições que resultem em redução do valor do benefício, desde que
mantido o tempo mínimo de contribuição exigido, vedada a utilização do tempo excluído para qualquer finalidade,
inclusive para o acréscimo a que se referem os §§ 2º e 5º, para a averbação em outro regime previdenciário ou para
a obtenção dos proventos de inatividade das atividades de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal.
Regra de transição – aposentadoria especial com exposição efetiva a agentes nocivos prejudiciais à saúde
www.cers.com.br 6
Renda mensal inicial = nova sistemática de cálculo trazida pela EC n. 103/2019
HOMENS
MULHERES
www.cers.com.br 7
HOMENS
Lei nº 8.213/91
Art. 57...
§ 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional
do Seguro Social–INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais
que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado.
www.cers.com.br 8
Súmula 49, TNU: Para reconhecimento de condição especial de trabalho antes de 29/4/1995, a exposição a agentes
nocivos à saúde ou à integridade física não precisa ocorrer de forma permanente.
Os períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, os de afastamento decorrentes
de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como aos de percepção
de salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exposto aos fatores de risco são
considerados como tempo de contribuição especial, nos termos do artigo 291 da Instrução Normativa INSS 77/2015.
Provas da atividade
Lei 8.213/91
Art. 58. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde
ou à integridade física considerados para fins de concessão da aposentadoria especial de que trata o artigo anterior
será definida pelo Poder Executivo.
§ 1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, na forma
estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em
laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança
do trabalho nos termos da legislação trabalhista.
A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário emitido pela
empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT), expedido por
médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho, nos termos da legislação trabalhista.
Agora:
O simples recebimento do adicional de insalubridade, verba trabalhista, não gera necessariamente o direito à
caracterização do tempo especial.
Lei 8.213/91
Art. 58...
§ 2º: Do laudo técnico referido no parágrafo anterior deverão constar informação sobre a existência de tecnologia
de proteção coletiva ou individual que diminua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância e
recomendação sobre a sua adoção pelo estabelecimento respectivo.
§ 3º: A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no
ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em
desacordo com o respectivo laudo estará sujeita à penalidade prevista no art. 133 desta Lei.
§ 4º: A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas
pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica desse documento
Na análise do Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT, deverão ser observados os seguintes
aspectos:
I - se individual ou coletivo;
www.cers.com.br 9
II - identificação da empresa;
III - identificação do setor e da função;
IV - descrição da atividade;
V - identificação de agente nocivo capaz de causar dano à saúde e integridade física, arrolado na Legislação
Previdenciária;
VI - localização das possíveis fontes geradoras;
VII - via e periodicidade de exposição ao agente nocivo;
VIII - metodologia e procedimentos de avaliação do agente nocivo;
IX - descrição das medidas de controle existentes;
X - conclusão do LTCAT;
XI - assinatura do médico do trabalho ou engenheiro de segurança; e
XII - data da realização da avaliação ambiental.
O Perito Médico Previdenciário, servidor efetivo do INSS, realizará análise médico-pericial dos benefícios de
aposentadoria especial, elaborando relatório conclusivo no processo administrativo ou judicial que trata da
concessão, revisão ou recurso dos referidos benefícios, inclusive para fins de custeio, podendo, sempre que julgar
necessário, solicitar as demonstrações ambientais e outros documentos pertinentes à empresa responsável pelas
informações, bem como inspecionar o ambiente de trabalho.
O INSS, todavia, admite que outras demonstrações ambientais e documentos a estas relacionados possa suprir a
ausência do LTCAT, desde que contenham os seus elementos informativos básicos constitutivos:
I - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA;
II - Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR;
III - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT;
IV - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;
Artigo 261, inciso V, da Instrução Normativa INSS 77/2015.
De acordo com a Instrução Normativa INSS 77/2015, desde que contenham os elementos informativos básicos
constitutivos do LTCAT, a Previdência Social poderá aceitar os seguintes documentos para suprir a ausência do
citado laudo:
I - laudos técnico-periciais emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em ações trabalhistas, acordos ou
dissídios coletivos;
II - laudos emitidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho -
FUNDACENTRO;
III - laudos emitidos por órgãos do MTE;
IV - laudos individuais acompanhados de:
- autorização escrita da empresa para efetuar o levantamento, quando o responsável técnico não for seu
empregado;
- nome e identificação do acompanhante da empresa, quando o responsável técnico não for seu empregado; e
- data e local da realização da perícia.
As avaliações ambientais devem considerar a classificação dos agentes nocivos e os limites de tolerância
estabelecidos pela legislação trabalhista, bem como a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos
pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO e os limites de
tolerância estabelecidos pela NR-15, do MTE.
Na hipótese de não terem sido estabelecidos pela FUNDACENTRO a metodologia e procedimentos de avaliação,
cabe ao Ministério do Trabalho definir outras instituições que os estabeleçam o Decreto 8.123/2013.
Desde 01.01.2004, o formulário utilizado pela legislação previdenciária é o PPP – Perfil Profissiográfico
Previdenciário, considerado o documento histórico-laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo Instituto
Nacional do Seguro Social, que, entre outras informações, deve conter registros ambientais, resultados de
www.cers.com.br 10
monitoração biológica e dados administrativos, que deverá sofrer atualização sempre que houver informações que
impliquem na mudança do seu conteúdo, a ser feita pelo menos uma vez ao ano.
O PPP deverá ser emitido pela empresa empregadora, no caso de empregado; pela cooperativa de trabalho ou de
produção, no caso de cooperado filiado; pelo órgão gestor de mão de obra, no caso de trabalhador avulso portuário
e pelo sindicato da categoria, no caso de trabalhador avulso não portuário.
Basta a apresentação do PPP, não sendo exigível o LTCAT, salvo se houver incorreção, contradição ou obscuridade
no PPP, hipótese na qual deve ser o segurado instado a apresentar o laudo.
O STJ fixou tese repetitiva nesse mesmo sentido no julgamento da PETIÇÃO Nº 10.262 - RS (2013/0404814-0), de
8/2/2017.
O PPP e o laudo técnico emitidos em data anterior ou posterior ao exercício da atividade do segurado poderão ser
aceitos para garantir direito relativo ao enquadramento de tempo especial, após avaliação por parte do INSS desde
que a empresa informe expressamente que não houve alteração no ambiente de trabalho ou em sua organização
ao longo do tempo.
(Artigo 261, §3º, da Instrução Normativa INSS 77/2015).
Em muitas situações concretas a empresa não produziu o LTCAT e já encerrou as suas atividades. Caso inexista
uma das citadas avaliações ambientais acima referidas, a jurisprudência vem admitindo o uso da prova pericial de
tempo especial por similaridade, que não é acatada pelo entendimento administrativo do INSS, que não aceita a
produção de laudo em empresa similar diversa. Veja-se o STJ:
(...) 5. É exatamente na busca da verdade real/material que deve ser admitida a prova técnica por similaridade. A
aferição indireta das circunstâncias de labor, quando impossível a realização de perícia no próprio ambiente de
trabalho do segurado é medida que se impõe. 6. A perícia indireta ou por similaridade é um critério jurídico de
aferição que se vale do argumento da primazia da realidade, em que o julgador faz uma opção entre os aspectos
formais e fáticos da relação jurídica sub judice, para os fins da jurisdição. (...)
www.cers.com.br 11
(RESP 1.370.229, de 25/02/2014).
Súmula 68 da TNU: O laudo pericial NÃO contemporâneo ao período trabalhado É APTO à comprovação da
atividade especial do segurado.
Antes da Lei 9.032/95 (24.09.95), o tempo especial era considerado de acordo com a categoria profissional,
independentemente de exposição aos agentes nocivos, havendo presunção absoluta (Decretos 53.831/64 e
83.080/79) das atividades listadas, ou então deveria haver efetiva comprovação da exposição, caso a atividade não
fosse listada.
Súmula 70, TNU: A atividade de tratorista pode ser equiparada à de motorista de caminhão para fins de
reconhecimento de atividade especial mediante enquadramento por categoria profissional.
Agentes nocivos
Lei 8.213/91 –
Art. 57...
§ 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes nocivos químicos, físicos,
biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido
para a concessão do benefício.
Lei 8.213/91:
Art. 58 - A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde
ou à integridade física considerados para fins de concessão da aposentadoria especial de que trata o artigo anterior
será definida pelo Poder Executivo.
www.cers.com.br 12
EC n. 103/2019
Previdência Social = rol de agentes nocivos é exaustivo, enquanto que as atividades listadas, nas quais poderá
haver a exposição, são exemplificativas.
STJ= o rol de agentes nocivos listados pelo Anexo IV do Regulamento da Previdência Social é considerado como
exemplificativo .
Na forma do Decreto 8.123/2013, a avaliação qualitativa de riscos e agentes nocivos será comprovada mediante
descrição:
I - das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente nocivo ou associação de agentes nocivos
presentes no ambiente de trabalho durante toda a jornada;
II - de todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes nocivos ou sua associação;
III - dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a intensidade da exposição, a
frequência e a duração do contato.
O Decreto 8.123/2013 passou a prever que a presença no ambiente de trabalho, com possibilidade de exposição a
ser apurada, de agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do
Trabalho, será suficiente para a comprovação de efetiva exposição do trabalhador.
Nesse sentido, foi divulgado pelo INSS Memorando-Circular Conjunto nº 2/DIRSAT/DIRBEN/INSS, de 23 de julho
de 2015, que fixou o seguinte entendimento na via administrativa:
• serão considerados agentes reconhecidamente cancerígenos os constantes do Grupo 1 da lista da LINACH que
possuam o Chemical Abstracts Service – CAS e que constem no Anexo IV do Decreto nº 3048/99;
• a presença no ambiente de trabalho com possibilidade de exposição de agentes nocivos reconhecidamente
cancerígenos, será suficiente para comprovação da efetiva exposição do trabalhador;
• a avaliação da exposição aos agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos será apurada na forma
qualitativa, conforme § 2º e 3° do art. 68 do Decreto nº 3048/99 (alterado pelo Decreto n° 8.123 de 2013);
• a utilização de Equipamentos de Proteção Coletiva-EPC e/ou Equipamentos de Proteção Individual-EPI não elide
a exposição aos agentes reconhecidamente cancerígenos, ainda que considerados eficazes; e
• para o enquadramento dos agentes reconhecidamente cancerígenos, na forma desta orientação, será
considerado o período trabalhado a partir de 08/10/2014, data da publicação da Portaria Interministerial nº 09/14.
Os agentes cancerígenos constantes do Grupo 1 da lista da LINACH que possuam o Chemical Abstracts Service –
CAS e que constem no Anexo IV do Decreto nº 3048/99 são reconhecidos como agentes qualitativos, mas o
posicionamento do INSS é somente para o tempo de contribuição prestado a partir de 8 de outubro de 2014, data
da publicação da Portaria Interministerial nº 09/14, que publicou a Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para
Humanos (LINACH), como referência para formulação de políticas públicas.
www.cers.com.br 13
PUIL n. 0518362-84.2016.4.05.8300/PE (Boletim 32 – TNU)
Fixada a tese no sentido de que, para o reconhecimento da insalubridade no caso de exposição a agentes nocivos
reconhecidamente cancerígenos, constantes do Grupo 1 da lista da LINACH, independentemente de constar no
CAS, basta a comprovação da sua presença no ambiente de trabalho (análise qualitativa), sendo certo que a
utilização de Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC e/ou Equipamentos de Proteção Individual não elide a
exposição desses agentes, ainda que considerados eficazes.
A exposição à sílica (1.0.18) gera direito à aposentadoria especial de 25 anos. De acordo com o Manual da
Aposentadoria especial do INSS, para as poeiras minerais previstas no Anexo IV do Decreto nº 2.172, de 1997, ou
do Decreto nº 3.048, de 1999: sílica, asbesto (amianto), manganês, a análise deve ser quantitativa, considerando o
limite de tolerância previsto nos Anexos 12 da NR-15, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 1978, do MTE. Porém,
se listadas no Grupo 1 da LINACH e com registro no CAS são analisadas de forma qualitativa nos períodos
trabalhados a partir de 8 de outubro de 2014.
Considerando que a sílica consta do Grupo 1 da LINACH e com registro no CAS, para os períodos a partir de 8 de
outubro de 2014 (data da portaria interministerial) o INSS a analisa qualitativamente.
A TNU a considera agente qualitativo para períodos anteriores a 8/10/2014 (Processo n. 0500667-
18.2015.4.05.8312):
A poeira de sílica, embora conste do Anexo 12 da NR-15/MTE, é substância reconhecidamente cancerígena em
humanos, consoante a LINACH, Grupo 1, com registro no Chemical Abstract Services - CAS n. 014808-60-7. Dessa
forma, e considerando que o critério quantitativo para reconhecimento da especialidade deve ser excepcionado em
casos de agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, entende-se dispensada a mensuração no ambiente de trabalho, bastando, para tanto, apenas a presença
da poeira de sílica (análise qualitativa).
Poderá também o agente nocivo ser quantitativo, sendo a nocividade considerada pela ultrapassagem dos limites
de tolerância ou doses, dispostos nos Anexos 1, 2, 3, 5, 8, 11 e 12 da NR-15 do MTE, por meio da mensuração da
intensidade ou da concentração, consideradas no tempo efetivo da exposição no ambiente de trabalho.
A maioria das atividades especiais prevê a aposentadoria com 25 anos de contribuição. Apenas tem previsão de 20
anos o tempo especial de mineração subterrânea cujas atividades sejam exercidas afastadas das frentes de
produção (item 4.0.1), assim como a exposição aos asbestos ou amianto (item 1.0.2), enquanto os trabalhos em
atividades permanentes no subsolo de minerações subterrâneas em frentes de produção farão com que os
segurados se aposentem com apenas 15 anos de contribuição, em razão da enorme lesividade à saúde (item 4.0.2).
Na forma do quanto previsto no próprio anexo IV, do Decreto 3.048/99, o que determina o direito ao benefício é a
exposição do trabalhador ao agente nocivo presente no ambiente de trabalho e no processo produtivo, em nível de
concentração superior aos limites de tolerância estabelecidos.
Agente – eletricidade
INSS reconhece como atividade especial a exposição à eletricidade acima de 200 volts até o advento do Decreto
2.172/97.
Jurisprudência: STJ – tema 534 – reconhece como especial atividade exercida após a vigência do Decreto 2.172/97.
recurso repetitivo (Resp 1306113/SC, julgado em 14/11/2012)
www.cers.com.br 14
“É possível reconhecer o tempo especial trabalhado como vigilante armado desde que comprovada a especialidade
por laudo técnico”.
Explicação da Ementa: Dispõe sobre os critérios de acesso à aposentadoria especial àqueles segurados do RGPS
que exercem atividades expostos a agentes nocivos à saúde, bem como aqueles que põem em risco sua integridade
física pelo perigo inerente à profissão. Também propõe a obrigatoriedade da empresa na readaptação desses
profissionais, com estabilidade no emprego, após o tempo máximo de exposição a agentes nocivos.
Todavia, de acordo com a TNU, “não cabe o reconhecimento de condições especiais por presunção de
periculosidade decorrente de enquadramento na categoria de vigilante, após 05/03/1997, não sendo dispensável
para sua caracterização a portabilidade de arma de fogo durante a atividade laborativa” (Processo 0007636-
94.2006.4.03.6302 – Informativo 17/2017).
Súmula 82, TNU: O código 1.3.2 do quadro anexo ao Decreto n.º 53.831/64, além dos profissionais da área da
saúde, contempla os trabalhadores que exercem atividades de serviços gerais em limpeza e higienização de
ambientes hospitalares.
Antes de 05/03/1997 = considerada nociva a atividade sujeita a ruídos superiores a 80 dB, conforme previsão do
Decreto 53.831/64;
Entre 06/03/1997 a 18/11/2003 = considerada atividade nociva sujeita a ruído acima de 90 dB (por força do Decreto
2.172/97);
A partir de 19/11/2003, somente se considera nocivo o ruído superior a 85 dB (Decreto 3.048/99, alterado pelo
Decreto 4.882/2003).
O STJ confirmou o seu entendimento através da 1ª Seção em Recurso Repetitivo julgado em 14/05/2014:
Informativo 541 - “O limite de tolerância para configuração da especialidade do tempo de serviço para o agente
ruído deve ser de 90 dB no período de 6/3/1997 a 18/11/2003, conforme Anexo IV do Decreto 2.172/1997 e Anexo
IV do Decreto 3.048/1999, sendo impossível aplicação retroativa do Decreto 4.882/2003, que reduziu o patamar
para 85 dB, sob pena de ofensa ao art. 6º da LINDB.”
De acordo com o Manual da Aposentadoria Especial do INSS, no que concerne ao agente ruído, deve-se observar:
- se consta informação sobre EPC a partir de 14.10.1996 e
- sobre EPI a partir de 3.12.1998, não devendo ser considerada a informação sobre EPI para os períodos
laborados anteriores a 3.12.1998 (data da publicação da MP nº 1.729/1998 convertida da Lei nº 9.732/1998).
A informação sobre EPI só é exigida desde 03/12/1998 (data da MP 1729/98 convertida na Lei 9732/98).
➢ Se o vínculo for até 02/12/1998, a informação sobre a existência de EPI deve ser desconsiderada.
www.cers.com.br 15
O INSS entende assim na esfera administrativa.
IN INSS N] 77/2015
“Art. 268. Quando apresentado o PPP, deverão ser observadas, quanto ao preenchimento, para fins de
comprovação de enquadramento de atividade exercida em condições especiais por exposição agentes nocivos, o
seguinte:
I - para atividade exercida até 13 de outubro de 1996, véspera da publicação da MP nº 1.523, de 11 de outubro de
1996, quando não se tratar de ruído, fica dispensado o preenchimento do campo referente ao responsável pelos
Registros Ambientais;
II - para atividade exercida até 13 de outubro de 1996, véspera da publicação da MP nº 1.523, de 11 de outubro de
1996, fica dispensado o preenchimento dos campos referentes às informações de EPC eficaz;
III - para atividade exercida até 03 de dezembro de 1998, data da publicação da MP nº 1.729, de 02 de dezembro
de 1998, convertida na Lei nº 9.732, de 11 de dezembro de 1998, fica dispensado o preenchimento dos campos
referentes às informações de EPI eficaz;”
Em relação aos agentes nocivos qualitativos, o entendimento, inclusive do INSS é de que não há se falar da
existência de EPI eficaz.
De acordo com o Manual da Aposentadoria Especial do INSS, ainda, com relação aos agentes nocivos
reconhecidamente cancerígenos do Grupo 1 da lista da Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos –
LINACH que possuam o Chemical Abstracts Service – CAS e que constem no Anexo IV do Decreto nº 3.048, de
1999, a utilização de EPC e/ou EPI não elide a exposição aos agentes comprovadamente cancerígenos, mesmo
que considerados eficazes.
Quanto aos agentes nocivos quantitativos, é necessária uma avaliação caso a caso para se atestar a eficácia do
EPI. Em tese, se eficaz, inexiste especialidade no tempo de contribuição.
- Essa aferição refere-se apenas para os períodos laborados posteriores a 3.12.1998 (data da publicação da MP nº
1.729/1998 convertida da Lei nº 9.732/1998), quando a legislação passou a exigir essa mensuração.
SÚMULA 87 – TNU
A eficácia do EPI não obsta o reconhecimento de atividade especial exercida antes de 03.12.1998, data de início
da vigência da MP 1.729/1998, convertida na Lei nº 9.732/1998.
Decidiu a Suprema Corte que o direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a
agente nocivo a sua saúde, de modo que se o Equipamento de Proteção Individual (EPI) for realmente capaz de
neutralizar a nocividade, não haverá respaldo à concessão constitucional de aposentadoria especial. Esta foi a
primeira tese aprovada.
“O direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo a sua saúde, de
modo que se o EPI for realmente capaz de neutralizar a nocividade, não haverá respaldo à concessão constitucional
de aposentadoria especial” (ARE 664335 RG).
www.cers.com.br 16
Posição adotada pelo STF – 2ª tese
No caso do agente nocivo ruído, na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de
tolerância, a declaração do empregador no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da
eficácia do Equipamento de Proteção Individual (EPI), não descaracteriza o tempo de serviço especial para a
aposentadoria. Esta foi a segunda tese aprovada.
“Na hipótese de exposição do trabalhador a RUÍDO acima dos limites legais de tolerância, a declaração do
empregador no âmbito do PPP, no sentido da eficácia do EPI, não descaracteriza o tempo de serviço especial para
a aposentadoria” (ARE 664335 RG).
Súmula nº 9 - TNU
“O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a
ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado.”
a) os casos de exposição do segurado ao agente nocivo ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração
do empregador no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), sobre a eficácia do Equipamento de
Proteção Individual (EPI), não descaracteriza o enquadramento como atividade especial para fins de aposentadoria.
b) a decisão passa a ter obrigatoriedade para o INSS a contar de 12/02/2015, data da publicação na Ata de
Julgamento do Diário da Justiça;
c) aplica-se o novo entendimento aos processos pendentes de decisão em 12/02/2015 e requerimentos posteriores,
inclusive para o período de atividade laboral anterior a essa data;
d) relativamente aos processos indeferidos e em fase de recurso às Juntas de Recursos ou às Câmaras de
Julgamento do Conselho de Recursos da Previdência Social, ainda pendentes de julgamento, aplicam-se as
orientações contidas acima, considerando que não ocorreu o ato conclusivo da administração e não foi exaurida a
esfera administrativa;
e) devem ser preservados os atos administrativos já consolidados em última instância. Entretanto, caso haja novo
requerimento apresentado pelo segurado, após esse novo entendimento, será analisado à luz da orientação contida
na IN/INSS/PRES nº 77/15; e
f) nos pedidos de revisões administrativas o INSS poderá utilizar os novos critérios de análise, porém não terá efeitos
retroativos, devendo os efeitos financeiros ser fixados na data do pedido de revisão – DPR.”
A empresa tem a obrigação de fornecer cópia autêntica do PPP até 30 dias após a rescisão do contrato de trabalho.
Lei nº 8.213/91. Art. 58...
§ 4º A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas
pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica desse
documento. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)
Decreto nº 3.048/99
Art. 68...
§8º A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico do trabalhador, contemplando as
atividades desenvolvidas durante o período laboral, documento que a ele deverá ser fornecido, por cópia autêntica,
no prazo de trinta dias da rescisão do seu contrato de trabalho, sob pena de sujeição às sanções previstas na
legislação aplicável. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
www.cers.com.br 17
Caso se recuse a entregar ou corrigir o PPP, qual a ação pertinente?
EC nº 103/2019:
Art. 25. Será assegurada a contagem de tempo de contribuição fictício no Regime Geral de Previdência Social
decorrente de hipóteses descritas na legislação vigente até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional
para fins de concessão de aposentadoria, observando-se, a partir da sua entrada em vigor, o disposto no § 14 do
art. 201 da Constituição Federal.
§ 2º Será reconhecida a conversão de tempo especial em comum, na forma prevista na Lei nº 8.213, de 24 de julho
de 1991, ao segurado do Regime Geral de Previdência Social que comprovar tempo de efetivo exercício de atividade
sujeita a condições especiais que efetivamente prejudiquem a saúde, cumprido até a data de entrada em vigor desta
Emenda Constitucional, vedada a conversão para o tempo cumprido após esta data.
Decreto 3.048/99
Art. 66. Para o segurado que houver exercido duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais prejudiciais
à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria
especial, os respectivos períodos de exercício serão somados após conversão, devendo ser considerada a atividade
preponderante para efeito de enquadramento. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
§ 1o Para fins do disposto no caput, não serão considerados os períodos em que a atividade exercida não estava
sujeita a condições especiais, observado, nesse caso, o disposto no art. 70. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123,
de 2013)
§ 2o A conversão de que trata o caput será feita segundo a tabela abaixo
Decreto 3.048/99
Art. 70: A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum dar-se-á de
acordo com a seguinte tabela:
www.cers.com.br 18
CONVERSÃO DE TEMPO ESPECIAL EM COMUM
Súmula 50, TNU: É possível a conversão do tempo de serviço especial em comum do trabalho prestado em qualquer
período.
Súmula 55, TNU: A conversão do tempo de atividade especial em comum deve ocorrer com aplicação do fator
multiplicativo em vigor na data da concessão da aposentadoria.
EC n. 103/2019
Art. 25...
§ 2º Será reconhecida a conversão de tempo especial em comum, na forma prevista na Lei nº 8.213, de 24 de julho
de 1991, ao segurado do Regime Geral de Previdência Social que comprovar tempo de efetivo exercício de atividade
sujeita a condições especiais que efetivamente prejudiquem a saúde, cumprido até a data de entrada em vigor desta
Emenda Constitucional, vedada a conversão para o tempo cumprido após esta data.
Não há mais previsão legal para a conversão do tempo comum em especial, que inclusive era proibida pelo artigo
267, da Instrução Normativa INSS PRES 45/2010, tendo sido mantida a proibição pela IN 77/2015.
Até o advento da Lei 9.032/95, era possível a conversão de tempo comum em especial, devendo ser respeitado
este regramento para o tempo de serviço prestado até a sua vigência, em respeito ao Princípio do Tempus Regit
Actum.
Súmula 85 da TNU: “É possível a conversão de tempo comum em especial de período(s) anterior(es) ao advento
da Lei nº 9.032/95 (que alterou a redação do §3º do art. 57 da Lei nº 8.213/91), desde que todas as condições
legais para a concessão do benefício pleiteado tenham sido atendidas antes da publicação a referida lei,
independentemente da data de entrada do requerimento (DER).”
O caso analisado, que gerou o teor do enunciado, refere-se à conversão de tempo comum em especial, de períodos
anteriores à vigência da Lei nº 9.032/95 (que alterou a redação do §3º do art. 57 da Lei nº 8.213/91) para fins de
concessão do benefício de aposentadoria especial.
O pedido de uniformização foi movido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em face de julgado da Turma
Regional de Uniformização da 4ª Região, que havia considerado ser viável a conversão de tempo comum em
especial, para fins previdenciários, a uma segurada.
www.cers.com.br 19
“É de se prover o incidente para que prevaleça a tese segundo a qual a conversão de tempo comum em especial é
regida pela lei vigente ao tempo do preenchimento dos requisitos para a concessão do benefício pleiteado. [...] Pelo
exposto, voto no sentido de conhecer e dar provimento ao incidente de uniformização, para que os autos retornem
à Turma Regional de Uniformização da 4ª Região para ciência e adequação do acórdão que julgou o agravo
regimental interposto pelo INSS”, disse em voto.
Processo nº 5002357-40.2011.4.04.7207/SC
Lei nº 8.213/91
Art. 57...
§6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da contribuição de que trata o
inciso II do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis
pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de
aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente
Dispõe sobre a contribuição adicional para o custeio da aposentadoria especial de que trata o art. 292 da Instrução
Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009.
...Art. 1º Ainda que haja adoção de medidas de proteção coletiva ou individual que neutralizem ou reduzam o grau
de exposição do trabalhador a níveis legais de tolerância, a contribuição social adicional para o custeio da
aposentadoria especial de que trata o art. 292 da Instrução
Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, é devida pela empresa, ou a ela equiparado, em relação à
remuneração paga, devida ou creditada ao segurado empregado, trabalhador avulso ou cooperado de cooperativa
de produção, sujeito a condições especiais, nos casos em que não puder ser afastada a concessão da
aposentadoria especial, conforme dispõe o § 2º do art. 293 da referida Instrução Normativa.”
www.cers.com.br 20
www.cers.com.br 21