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SISTEMA NORMATIVO CORPORATIVO

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

CÓDIGO TÍTULO VERSÃO

ES.DT.PDN.03.01.004 PROJETO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA SECUNDÁRIA 01

APROVADO POR VIGÊNCIA

INÍCIO FIM
PAULO JORGE TAVARES DE LIMA – ENGENHARIA SP
19/05/2016 19/05/2018
TÍTULO CÓDIGO VERSÃO

ES.DT.PDN.03.01.004 01
PROJETO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA VIGÊNCIA
SECUNDÁRIA INÍCIO FIM
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA 19/05/2016 19/05/2018

SUMÁRIO

1. OBJETIVO ..............................................................................................................................................................4
2. HISTÓRICO DAS REVISÕES ....................................................................................................................................4
3. APLICAÇÃO ...........................................................................................................................................................4
4. REFERÊNCIAS EXTERNAS .......................................................................................................................................4
5. DEFINIÇÕES ..........................................................................................................................................................4
6. DESCRIÇÃO E RESPONSABILIDADES ......................................................................................................................5
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6.1. Introdução ....................................................................................................................................................5
6.2. Classificação do Projeto ................................................................................................................................6
6.2.1. Projetos de ampliação ...............................................................................................................................6
6.2.2. Projetos de melhoria .................................................................................................................................6
6.2.3. Projetos de conexão ..................................................................................................................................6
6.3. Roteiro de elaboração dos projetos ..............................................................................................................6
6.3.1. Obtenção de dados preliminares ..............................................................................................................7
6.4. Determinação da Demanda ..........................................................................................................................7
6.4.1. Considerações gerais .................................................................................................................................7
6.4.2. Horizonte do projeto e etapas posteriores ................................................................................................8
6.4.3. Horizonte do projeto e etapas posteriores ................................................................................................8
6.4.4. Crescimento da Carga................................................................................................................................8
6.4.5. Taxas médias de crescimento ....................................................................................................................9
6.4.6. Ocupação da área e alterações..................................................................................................................9
6.5. Processo estimativo .................................................................................................................................... 10
6.5.1. Processo por medição ............................................................................................................................. 11
6.5.2. Uso do Sistema de Informação Técnica (SIT) ........................................................................................... 12
6.6. Função KVAS ............................................................................................................................................... 12
6.6.1. Metodologia de utilização ....................................................................................................................... 12
6.6.2. Obtenção do consumo mensal atual ....................................................................................................... 13
6.6.3. Cálculo do consumo no horizonte do projeto .......................................................................................... 13
6.6.4. Cálculo das demandas ............................................................................................................................. 13
6.6.5. Diversidade e demanda passante nos trechos ........................................................................................ 14
6.7. Traçado da Rede ......................................................................................................................................... 14
6.7.1. Escolha do circuito .................................................................................................................................. 15
6.7.2. Escolha do tipo de condutor.................................................................................................................... 15
6.7.3. Dimensionamento dos condutores ......................................................................................................... 15
6.7.4. Critério de máxima corrente admissível .................................................................................................. 15

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6.8. Critério de Queda de Tensão ....................................................................................................................... 15


6.8.1. Cálculo da queda de tensão – ET’s Trifásicas ........................................................................................... 16
6.8.2. Cálculo da queda de tensão para ET’s Monofásicos ou em Delta ............................................................ 17
6.8.3. Limites de queda de tensão.................................................................................................................... 18
6.9. Transformadores......................................................................................................................................... 19
6.9.1. Dimensionamento................................................................................................................................... 19
6.9.2. Potência de limite técnico de carregamento (KVAT) ............................................................................... 19
6.9.3. Procedimento para a escolha do transformador ..................................................................................... 19
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6.9.4. Banco de transformadores ligados em delta ........................................................................................... 20
6.9.5. Banco de transformadores ligados em delta aberto................................................................................ 20
6.9.6. Escolha dos elos fusíveis dos transformadores........................................................................................ 20
6.9.7. Escolha dos Tap’s dos transformadores .................................................................................................. 21
6.9.8. Procedimento de cálculo para escolha de Tap ........................................................................................ 22
6.10. Aterramento ............................................................................................................................................... 25
7. REGISTROS DA QUALIDADE ................................................................................................................................ 25
8. ANEXOS .............................................................................................................................................................. 25

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1. OBJETIVO
Fornecer subsídios aos colaboradores e projetistas para elaboração de projetos, estudo de expansão e adequação
da rede aérea de distribuição secundária, fixa também as condições para conexão de novos clientes na área de
concessão da EDP Bandeirante.

2. HISTÓRICO DAS REVISÕES


Versão Início da Vigência Responsáveis Seções atingidas / Descrição

01 19/05/2016 Elaboração: Edson Yakabi Emissão inicial.


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Aprovação: Paulo Jorge Tavares de Lima Este documento substitui a ES.PN.03.09.0002.

3. APLICAÇÃO
Esta especificação técnica aplica-se a EDP Bandeirante.

4. REFERÊNCIAS EXTERNAS
Para a aplicação deste documento, deverá ser consultada também as seguintes normas e resoluções em sua última
revisão:

NBR 15.688 - Redes de distribuição aérea de energia elétrica com condutores nus

ANEEL Resolução - Resolução Nº 414 de 09 de setembro de 2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica
Nº 414

Modulo 8 - Modulo 8 da Resolução Nº 395 de 2009 da Agência Nacional de Energia Elétrica


(PRODIST)

5. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Especificação Técnica, adotar as definições abaixo:

Concessionário de Pessoa jurídica detentora de concessão federal para explorar a prestação de serviços
Energia Elétrica públicos de energia elétrica, aqui representada pela EDP Bandeirante.

Cliente Pessoa física ou jurídica ou comunhão de fato ou de direito legalmente representada,


que quando solicita a Concessionária o fornecimento de energia elétrica assume
todas as obrigações regulamentares e/ou contratuais.

Demanda Valor da potência, em kVA, requisitada por uma determinada quantidade de carga
instalada, depois de aplicados os respectivos fatores de demanda.

Demanda Máxima Maior de todas as demandas ocorridas durante certo período.

ET Estação Transformadora, constituída de um ou mais transformadores de distribuição


aéreos, dos quais se derivam os circuitos secundários.

KVAN Potência nominal de um transformador.

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KVAS Estimativa de demanda máxima de um transformador obtida através de uma função


estatística relacionando a energia consumida e a demanda.

KVAT Potência que corresponde ao limite término de um transformador operando em


regime não contínuo.

Queda de Tensão Diferença de potencial entre a ET e um ponto significativo da rede secundária,


alimentado por este transformador.

Ponto de entrega É o ponto de conexão do sistema elétrico da Concessionária com as instalações


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elétricas da unidade consumidora, caracterizando-se como o limite de
responsabilidade do fornecimento de energia elétrica, sendo que o mesmo deve
estar situado no limite com a via pública, conforme artigo 14, da Resolução
Normativa Nº 414, da ANEEL.

Ramal de ligação Conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de derivação da rede
de distribuição secundária da Concessionária e o ponto de entrega.

Rede Primária Conjunto contínuo de elementos de rede que são energizados a partir de uma ETD.

Rede Secundária Componente do sistema de distribuição energizada pelos secundários dos


transformadores de distribuição.

Sistema de distribuição Parte do sistema de potência destinada ao transporte de energia elétrica a partir do
barramento secundário de uma subestação até os pontos de consumo.

Tensão nominal de É a tensão secundária de distribuição em frequência nominal de 60 Hz, fornecida


fornecimento pela EDP Bandeirante.

6. DESCRIÇÃO E RESPONSABILIDADES

6.1. Introdução
Com o roteiro de elaboração dos projetos e procedimentos de cálculo e coleta de dados, inclusos neste
documento, pretende-se, tanto quanto possível, uniformizar a metodologia de projeto dentro da EDP
Bandeirante.
Pelos motivos expostos é necessário que os projetos sejam executados cuidadosamente segundo critérios e
metodologias que possibilitem a obtenção de desempenho adequado e custos globais reduzidos ao longo prazo.
Devido ao grande número de clientes e abrangência física da rede de distribuição secundária, as intervenções
são efetuadas em números elevados, correspondendo por parcela fundamental dos esforços da EDP
Bandeirante. Além disso, a configuração da rede de distribuição secundária influencia em alto grau o traçado da
rede primária.
O critério básico a ser adotado é o de procurar abordar o projeto a ser executado de maneira global, sendo a
rede de distribuição secundária englobada como parte integrante do sistema de distribuição. Portanto, sempre
que possível, o projeto de um circuito secundário deve ser elaborado completo, visando atendimento de
solicitações futuras, mesmo que a curto prazo possa ser necessário a execução de apenas uma parcela da obra
prevista, a medida que as solicitações subsequentes forem recebidas, novas etapas da obra serão executadas
proporcionando um crescimento racional à rede.
Outro aspecto do enfoque global proposto, é que um projeto completo deve abordar todos os problemas
identificados no trecho abrangido. Por exemplo, ao se efetuar uma substituição de condutor, deve-se proceder

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obrigatoriamente o balanceamento de fases, padronização de estruturas e outras atividades necessárias, sendo


evitadas intervenções sucessivas no mesmo circuito.
É evidente que em muitos casos, devido a restrições orçamentárias, evolução imprevista das cargas e outros
fatores, tornam-se difícil a adoção integral dos critérios e metodologias propostos.

6.2. Classificação do Projeto


Com o objetivo de sistematizar procedimentos, os projetos de redes aéreas de distribuição secundária são
divididos em três categorias principais:
▪ Projetos de ampliação;
▪ Projetos de melhoria;
▪ Projetos de conexão.
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6.2.1. Projetos de ampliação
São aqueles que visam, através de modificações na rede, aumento de capacidade instalada ou de área física
atendida.
São classificados como projetos de ampliação de redes, aqueles em que ocorram:
– Troca de condutores;
– Troca de transformadores;
– Expansão da rede;
– Criação de redes novas.
6.2.2. Projetos de melhoria
São aqueles que têm por objetivo a melhoria da qualidade do fornecimento de energia elétrica aos clientes
da rede secundária, bem como aperfeiçoar a utilização ou atender aos padrões de suas estruturas e
componentes.
São classificados nessa categoria os projetos que objetivam:
– Adequação do nível de carregamento dos transformadores das ET’s;
– Balanceamento de fases;
– Melhoria de nível de tensão;
– Substituição de estrutura e/ou materiais que se encontram em estado precário (projetos de
manutenção);
– Substituição de estruturas e/ou materiais que se encontram fora de padrão.
6.2.3. Projetos de conexão
São aqueles que visam à ligação de novos clientes ou seu desligamento.
Os projetos de conexão podem indicar a necessidade de serem elaborados projetos de ampliação
(principalmente extensões ou reforços na rede).

6.3. Roteiro de elaboração dos projetos


As principais fases de um projeto de rede de distribuição secundária consistem em:
▪ Obtenção de dados preliminares;
▪ Obtenção dos dados de cargas;
▪ Elaboração do projeto básico;
▪ Elaboração do projeto executivo.
Na primeira fase, (obtenção dos dados preliminares) procura-se determinar as características do projeto:
projetos existentes, mapas, circuitos existentes nas proximidades, topografia do local e plantas da área.
Durante a obtenção dos dados de carga, efetuar um levantamento das cargas da área, atuais e futuras, visando
obter as demandas e correntes.

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Na etapa de elaborarão do projeto básico, as principais atividades efetuadas são o lançamento das informações
anteriormente obtidas, determinação do traçado da rede, escolha dos tipos de condutores e o dimensionamento
dos transformadores e condutores.
A fase final do projeto (elaboração do projeto definitivo) consiste no detalhamento do projeto básico,
envolvendo as seguintes etapas: inspeção de campo, determinação do local a serem instalados os postes,
dimensionamento mecânico, dimensionamento elétrico e previsão de iluminação pública.
6.3.1. Obtenção de dados preliminares
A obtenção dos dados preliminares é o primeiro passo dentro do processo de elaboração do projeto de redes
de distribuição secundária.
Esta fase pode ser subdividida em três etapas:
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– Características do projeto;
– Projetos existentes;
– Mapas e plantas.
a) Características do projeto
Após a definição da categoria do projeto, pode-se determinar o tipo do projeto a ser desenvolvido.
Esta identificação é realizada a partir das causas de origem, da finalidade de aplicação, da área a ser
abrangida pelo projeto e do estado atual da rede.
b) Projetos existentes
Ao iniciar um projeto de rede de distribuição secundária é indispensável à análise de outros
processos que estejam ocorrendo em paralelo.
Estes processos, sejam eles de distribuição ou não, servirão de subsídio ao projeto atual é importante
verificar se existem outros projetos (rede primária e/ou secundária) que afetam o circuito em
questão.
Em projetos de redes que abrangem áreas com grande extensão é importante observar os planos e
projetos governamentais para arruamentos, uso do solo e impacto e restrições ambientais.
c) Mapas e plantas
Deverão ser analisadas as plantas da área em estudo, contendo os seguintes dados:
 Logradouros (ruas, praças e avenidas), rodovias e ferrovias;
 Indicações das edificações e respectivas numerações;
 Situação física da rua, com definição de calçamento existente e do leito carroçável;
 Acidentes topográficos ou demais obstáculos que poderão influenciar na escolha do melhor
traçado na rede;
 Detalhes da rede de distribuição existente, tais como: postes (tipo, altura, resistência),
condutores (tipo e secção), transformadores (número de fases e potência), iluminação
pública (tipo e potência da lâmpada) e ramais de ligação (as fases, tensão nominal e demais
características, deverão estar sempre identificadas).

6.4. Determinação da Demanda


6.4.1. Considerações gerais
A determinação da corrente de operação na rede de distribuição é de fundamental importância para o
dimensionamento da mesma, com influência direta sobre o investimento a ser efetuado.
Em razão da diversidade de variáveis consideradas no dimensionamento da corrente de operação (número
elevado de pontos de consumo, comportamento aleatório da rede e incerteza sobre evolução futura), não se
utiliza um procedimento único em todos os projetos.
Os métodos apresentados neste documento baseiam-se no comportamento médio dos clientes. Havendo
evidência de que na área em estudo, existem grupos de características especiais, eles devem ser separados
do conjunto e estudados individualmente.

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6.4.2. Horizonte do projeto e etapas posteriores


A fim de evitar frequentes substituições nos equipamentos elétricos utilizados na rede, os mesmos devem
ser dimensionados com base na demanda máxima que irão fornecer. Adota-se como parâmetro, a demanda
máxima prevista num período futuro denominado horizonte de projeto.
Em função das características das obras de distribuição e das incertezas presentes, fixa-se um horizonte de
projeto de 5 anos.
O estudo das cargas deve determinar a demanda máxima passante em cada equipamento da rede de
distribuição secundária, atualmente e após 5 anos.
Os cálculos são efetuados com base nos dados de carga levantados inicialmente, compondo-se das etapas a
seguir:
– Avaliação do crescimento das cargas;
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– Cálculo das demandas atuais e futuras.
A avaliação do crescimento das cargas é efetuada para os clientes já existentes. Para projetos de melhoria
e/ou ampliação (expansão da rede), é necessário estimar o comportamento futuro dos atuais clientes.
Para os novos clientes devem-se considerar duas situações:
– Clientes de porte normal: Surgem distribuídos entre os já existentes e estão incluídos
automaticamente através do crescimento previsto;
– Clientes especiais em função da carga ou agrupados (prédios de apartamentos ou loteamentos):
Devem ser tratados à parte e tem sua demanda estimada diretamente no horizonte, através das
características e quantidades previstas, mediante uso de tabelas com parâmetros médios, ou através
de comparação com outros já ligados, com características semelhantes.
6.4.3. Horizonte do projeto e etapas posteriores
Utilizam-se três métodos para avaliação ou previsão do carregamento dos componentes da rede:
– Processo estimativo, através do uso de tabelas que fornecem parâmetros médios de carga, de acordo
com a categoria e classe dos clientes;
– Medição de parâmetros elétricos em pontos estratégicos;
– Consulta aos relatórios do Sistema de Informação Técnica (SIT) da rede de distribuição.
Para os clientes agrupados (prédios e loteamentos) deverá ser utilizado o processo estimativo, calculando-se
a carga diretamente no horizonte de crescimento.
6.4.4. Crescimento da Carga
Alguns fatores irão influenciar a evolução das cargas dos clientes de energia elétrica de uma determinada
área, tais como:
– Categoria dos clientes;
– Tarifação;
– Condições socioeconômicas vigentes no local;
– Densidade de ocupação da área;
– Condições de urbanização;
– Plano diretor do município;
– Restrições ambientais.
Além dos fatores citados acima, estuda-se os acréscimos de consumo a partir de seus componentes básicos:
crescimento horizontal e vertical (vegetativo).
O crescimento vertical (vegetativo) é aquele que se dá devido ao incremento do uso de energia elétrica entre
os clientes já existentes.
O crescimento horizontal ocorre devido ao acréscimo de clientes ligados à rede elétrica.

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No estudo de grandes grupos de clientes, áreas com predominância de crescimento vertical e outras com
predominância crescimento horizontal, aparecem conjuntamente, sendo suas características combinadas
para a formação de uma tendência global estável.
Neste caso, não é essencial sua discriminação, no entanto, à medida que se estuda um bairro, ou um conjunto
de quarteirões atendidos por uma ET, a distinção se faz necessária. Se o projeto for realizado em uma área
residencial totalmente constituída, os acréscimos de carga são devidos apenas ao crescimento vertical
(vegetativo), definido por taxas relativamente baixas. No caso oposto, em áreas pouco construídas, é
frequente a ligação de novos clientes, levando a taxas globais de crescimento de carga superiores às medidas
da categoria.
Elevadas taxas de crescimento também podem ocorrer nas áreas densamente construídas, nas quais esteja
em curso uma alteração nas características de consumo. É o caso de áreas com predominância de casas e
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passam a ser ocupadas por prédios de apartamentos ou clientes não residenciais.
Portanto, para se avaliar a evolução da carga dos clientes de uma rede secundária, deve-se determinar:
– Tipos dos clientes presentes e suas taxas médias anuais de crescimento de carga (por localidade e
por categoria de consumo);
– Ocupação da área e previsão de alterações.
6.4.5. Taxas médias de crescimento
Para as categorias em que os clientes são subdivididos, as taxas médias anuais de crescimento para cada
município da área de concessão da EDP Bandeirante, devem ser baseadas nas informações atualizadas da
área de Estudos e Gestão do Risco Energético da EDP.
Para estudo de uma rede secundária, deve-se adotar como referência a taxa média anual de crescimento de
carga referente à localidade da ET, e à categoria de consumo predominante entre suas cargas. Caso em uma
rede haja cargas significativas de mais de uma categoria, as mesmas poderão ser analisadas em separado, e
posteriormente agregadas.
As taxas de crescimento deverão ser levantadas com base em dados de consumo. No entanto, podem ser
aplicadas também às demandas medidas ou calculadas, desde que não haja evidência de alteração no
comportamento das curvas de carga dos clientes.
6.4.6. Ocupação da área e alterações
A taxa de crescimento médio anual refere-se ao conjunto dos clientes da categoria dentro da localidade.
Numa rede secundária, a evolução das cargas poderá ser superior ou inferior à média, conforme condições
locais. A taxa a ser adotada deverá ser estimada com base nos parâmetros a seguir:
1) Densidade de ocupação da área: em geral ocupações elevadas determinam a impossibilidade de
surgimento de novos clientes, e taxas de crescimento baixas (apenas crescimento vegetativo);
2) Melhorias na urbanização ou surgimento de polos de atração: abertura de nova avenida, instalação
de centro comercial ou crescimento das cargas próximo ao local estudado;
3) Alterações na característica de consumo: Transformação de casas em prédios de apartamentos,
transformação de áreas típicas residenciais em áreas comerciais ou industriais.

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Na Tabela 01 são sintetizados os casos principais de combinação entre tais parâmetros, fornecendo
recomendações para adoção da taxa de crescimento.
Densidade de Urbanização ou pólo de Alteração de
Taxa a adotar
ocupação atração característica

Alta Não Não Baixa

Não Não Média


Média
Sim - Alta
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Não Não Média
Baixa
Sim - Alta

- - Sim Alta
Tabela 01 - Critério para Estimativa de Taxa de Crescimento de Carga
Notas:
1) Entende-se por taxa de crescimento baixa, aquele referente ao crescimento vegetativo da ordem de
2% ao ano;
2) Nos casos de taxas de crescimento altas, adotar valores superiores ao médio. Em tais casos, é
necessário coletar maior volume de dados e, se possível, comparar o processo a casos similares já
ocorridos, a fim de possibilitar fixação do valor numérico.

6.5. Processo estimativo


A responsabilidade pelos valores utilizadas no dimensionamento da rede (condutores da rede de média e baixa
tensão, proteções, transformadores, etc.) é do projetista, devem ser projetados para operar com o horizonte de
crescimento de 10 anos.
a) Cálculo do consumo estimado
Para estimar o consumo mensal por lote, o projetista deverá considerar as características do empreendimento,
no entanto os valores mínimos aceitos estão na tabela a seguir:

Lotes kWH/mensal

Lotes até 120 m2 200

Lotes de 121 m2 à 180 m2 250

Lotes de 181 m2 até 250 m2 1,40 x A

Lotes de 251 m2 até 500 m2 225 + (0,5 x A)

Lotes de 501 m2 até 1000 m2 (*) 325 + (0,3 x A)

Lotes de 1001 até 2000 m2 (*) 425 + (0,2 x A)

Lotes acima de 2001 m2 (*) 625 + (0,1 x A)


Tabela 2: Empreendimentos Residenciais não edificados
Obs.:
A = Área do Lote em m2
(*) Atentar para as características construtivas (padrão) das futuras edificações

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Casa kWH/mensal

Casas até 100 m2 200

Casas de 101 m2 até 300 m2 2,0 x B

Casas de 301 m2 até 500 m2 450 + (0,5 x B)

Casas de 501 m2 até 1000 m2 500 + (0,4 x B) – (*)

Casas acima de 1000 m2 700 + (0,2 x B) – (*)

Tabela 3: Empreendimentos Residenciais edificados


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Obs.:
B = Área construída em m2
(*) Atentar para as características construtivas (padrão) das edificações, através do cálculo das demandas
individuais.

b) Cálculo da demanda estimado


A partir da previsão dos consumos mensais deverá ser calculada a demanda de cada um dos lotes, através da
formula:
KVA = 0,022 x kWh (0,84)
Onde:
kVA = demanda estimada;
kWh = consumo mensal estimado

Para se obter a demanda dos circuitos de baixa tensão e dos transformadores e dos demais equipamento, as
estimativas dos lotes envolvidos deverão ser somadas e posteriormente aplicado a formula do cálculo de
demanda estimada.
6.5.1. Processo por medição
A demanda passante em pontos de interesse pode ser obtida por medições de correntes na rede secundária,
as medições devem registrar a demanda máxima no trecho.
Devem ser fixadas datas compatíveis com os períodos de ponta, ou seja, nos dias úteis, não contíguo a
feriados e outros eventos. Os casos especiais devem ser tratados cuidadosamente.
Em localidades onde o consumo é condicionado pelo fluxo de turismo, as medições devem ser efetuadas nos
fins de semana ou época de temporada.
Após determinadas às correntes máximas, as correspondentes demandas (em KVA) são obtidas
multiplicando-se pela tensão de fase:

DMAX = VN. (IA + IB + IC) , onde:


 VN – tensão nominal de fase;

 IA, IB, IC – correntes máximas das fases A, B e C em ampères;

 DMAX – demanda máxima total em kVA.


É necessário considerar uma margem de segurança, pois o comportamento do grupo de clientes não se
mantém inalterado ao longo de dias e meses. Há variações conforme a temperatura, período do mês (início
ou fim) e outros fatores. No caso dos clientes residenciais as suas demandas máximas apresentam diferenças
de 20 a 30% se os dias estiverem quentes ou frios (verão ou inverno).

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Portanto, deve-se multiplicar a demanda calculada por fator de segurança (1,1 a 1,3) antes de utilizá-la para
dimensionamento.
Para medida de demanda em circuitos alimentados por ET’s ligadas em delta (aberto ou fechado) é necessária
a medição da corrente de fase em cada transformador monofásico, permitindo o dimensionamento de cada
transformador.
Portanto, é necessário realizar a medição das correntes antes do fechamento do delta. Desta forma, estará
sendo medida a corrente de fase do secundário do transformador.
Para a determinação da demanda em cada fase, basta multiplicar o valor de corrente pela tensão de linha.
Os fatores de segurança utilizados para o sistema estrela também deverão ser aplicados.
6.5.2. Uso do Sistema de Informação Técnica (SIT)
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No sistema de informação técnica (SIT) utilizado pela EDP Bandeirante, são disponíveis relatórios periódicos
de carregamento dos transformadores das ET’s (Análise Completa das Instalações Transformadoras), podem-
se obter os dados necessários para tratar os clientes existentes.
A metodologia empregada pelo sistema consiste na determinação do consumo mensal (média de 3 a 12
meses) relativo a um grupo de clientes de baixa tensão, ligados na mesma ET e em seguida cálculo da
respectiva demanda máxima através da função que correlaciona as duas grandezas, denominada “função
kVAS”.

6.6. Função KVAS


A função kVAS tem objetivo de efetuar a conversão estatística do consumo de energia elétrica (kwh), de um
grupo de clientes secundários, em demanda máxima. A demanda determinada é empregada nas simulações da
rede secundária efetuadas pelo Sistema de Informações Técnicas (SIT).
O levantamento da função é feito por localidade, de forma a serem levados em conta os efeitos das
características particulares de cada área. Segue metodologia básica para sua determinação:
1) Medições: é medida a demanda máxima ao longo do período conveniente, em diversas estações
transformadoras da localidade. A parcela relativa à iluminação pública é subtraída das medições. O
consumo mensal é obtido a partir dos dados de faturamento dos clientes ligados à ET.
2) Determinação da curva de ajuste média: Cada uma das ET, caracterizada por um par de grandezas
mensais, o consumo faturado e demanda medida, dá origem a um ponto no gráfico que relaciona os
kVA aos kWh. Observada a existência de correlação estatística entre as grandezas, busca-se
determinar a função que melhor explique a correlação, sendo seus parâmetros obtidos pelo método
dos mínimos quadrados.
3) Avaliação estatística: sobre a curva média determinada são efetuadas testes estatísticos, visando,
investigar seu grau de significância e a influência do número e tipo dos clientes das ET´s sobre os
desvios.
4) Determinação da função KVAS: dado um valor de consumo em kWh, a ordenada correspondente na
curva (em kVA) fornece o valor médio esperado da demanda. Ou seja, um valor que tem 50% de
probabilidade de ser ultrapassado nos casos reais. Para as simulações é necessário trabalhar com
probabilidade mais favorável. Com base na dispersão dos pontos em torno da curva média,
determina-se outra função, de mesmo tipo, cujas ordenadas possuem apenas 10% de probabilidade
de serem ultrapassadas, ou seja, existem 90% de probabilidade de que a demanda obtida pela função
supere o valor medido da demanda máxima.
Esta é a função kVAS, que fornece valores de demanda sempre superiores aos médios esperados.
6.6.1. Metodologia de utilização
A determinação das demandas máximas de um grupo de clientes, baseado na função KVAS, deve ser efetuada
conforme as etapas:
– Obtenção do consumo mensal atual;
– Obtenção das taxas de crescimento de cargas;
– Cálculo do consumo mensal estimado no horizonte de projeto (5 anos);

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– Cálculo do valor do KVAS atual e no horizonte.


De acordo com as verificações estatísticas efetuadas nas localidades onde foi levantada a função KVAS, em
geral não existe influência significativa do número ou do tipo de cliente (residencial, comercial e industrial)
sobre os desvios observados da função. A metodologia pode ser aplicada a conjuntos incluindo clientes dos
diversos tipos.
As etapas do cálculo são detalhadas nos tópicos a seguir.
6.6.2. Obtenção do consumo mensal atual
Para os clientes já existentes, pode ser obtido pela soma dos consumos individuais. A partir dos dados de
faturamento, é conveniente adotar a média dos últimos 12 meses a fim de evitar distorções devidas a
alterações momentâneas de consumo.
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Caso os dados sejam incompletos, é necessário estimar o consumo. A estimativa deve ser efetuada com base
em outros clientes de características semelhantes, localizados na mesma área. Por exemplo, prédios de
apartamentos de mesma área construída e tipo de ocupantes, estabelecimentos comerciais e industriais de
mesmo ramo de atividade e porte.
6.6.3. Cálculo do consumo no horizonte do projeto
Sobre o valor de consumo mensal total, obtido acima, deve ser aplicada a taxa de crescimento de carga, a fim
de referenciá-lo ao horizonte de projeto.
Considerando o horizonte de 5 anos:
(100  tc%)5
CM  C A
100
Onde:
 CA: consumo médio mensal atual;

 tc%: taxa de crescimento de carga, em termos percentuais;

 CM: consumo médio mensal esperado no horizonte de 5 anos.


No caso de novos clientes agrupados em quantidades significativas, o consumo futuro total pode ser
determinado diretamente através do número de unidades previstas e seu consumo médio estimado.
6.6.4. Cálculo das demandas
Aplicando-se a função kVAS sobre os consumos mensais atual e futuro, obtém-se as demandas respectivas.
Deve-se utilizar a função KVAS específica da localidade em estudo, caso não exista levantamento da mesma,
utilizar a função de outra localidade, cujas características das cargas sejam semelhantes.

Exemplo:
Obter, pela metodologia da função KVAS, a demanda máxima para dimensionamento de uma ET, com os
seguintes dados:
 30 clientes residenciais, faixa de 100 -160 kwh;

 Consumo comercial estimado em 5.000 kwh mensais (atual);

 Taxa de crescimento de carga de 4% ao ano;

 Função kVAS: D90% = 0.05 C (Considerar como valor padrão)


Conforme a Tabela 02, os clientes residenciais na faixa de 100 a 160 kwh tem um consumo de energia médio
igual a 138 kWh.
Logo, o consumo mensal de energia (atual) pode ser avaliado, levando-se em conta os clientes comerciais,
como sendo:

C = (30 x 138) + 5.000 = 9.140 kWh

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Utilizando-se da função KVAS, pode-se determinar a demanda máxima diversificada para a ET:

DMAX = 0.05 x (9.140) = 73,74 kVA (atual)


Para determinar-se a demanda para o horizonte de estudo, deve-se determinar o valor do consumo após 5
anos.

CM = 9.140 x (1 + 0,01 x 4)5

CM = 11.120 kWh
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Logo, a demanda máxima no horizonte será:

DMAX = 0.05 x (11.120) = 86,27 kVA

6.6.5. Diversidade e demanda passante nos trechos


Todos os processos descritos fornecem demandas máximas totais para grupos de clientes. Desta forma, o
fato de que as pontas individuais dos mesmos não ocorram simultaneamente já está considerado.
Na etapa de dimensionamento há ocasiões em que é preciso lidar com grupos relativamente pequenos, como
aqueles associados a um PS (ponto significativo) da rede secundária. Devido ao menor número de clientes,
sua demanda máxima diversificada será superior àquela utilizada no dimensionamento da ET.
Torna-se necessário avaliar as implicações do valor estimado da demanda a ser adotado sobre os critérios
básicos de dimensionamento.
1) Critério de queda de tensão: impõe um valor máximo que deve ser respeitado em todos os pontos
da rede. A máxima queda de tensão em qualquer ponto ocorrerá no instante da demanda máxima
do circuito. Sendo assim, a rede deve ser analisada com as condições que prevalecem no horário de
ponta, devendo ser consideradas as demandas diversificadas dos PS’s, e não as suas máximas.
2) Critério do limite técnico deve ser aplicado à demanda máxima passante, entretanto, podem-se
adotar as demandas diversificadas, visto que para um grande número de clientes a demanda
diversificada se aproxima da máxima e para um número reduzido de clientes, (potência instalada
reduzida), as capacidades mínimas de transformadores ou condutores dificilmente são alcançados,
logo também é possível utilizar a demanda diversificada ao invés da máxima.
Portanto, será sempre se considera a demanda máxima diversificada dos clientes, caso se disponha de
estimativa ou medição da demanda da ET, a repartição entre os PS's será efetuada proporcionalmente nos
consumos (kwh) dos clientes respectivos. As demandas dos PS’s serão simplesmente adicionadas para
obtenção dos fluxos passantes nos trechos que os alimentam.

6.7. Traçado da Rede


O traçado da rede é a fase do projeto onde, obtidos os dados relativos às demandas das cargas, se define, a partir
de circuitos padrões, a configuração da rede secundária.
Esta etapa tem um alto grau de complexidade, pois são muitos os fatores que influenciam a escolha de um
determinado circuito.
Dentre estes fatores podemos citar alguns de natureza não elétrica, como por exemplo, o arruamento e
localização das cargas. Têm-se ainda fatores que são função da rede como as demandas dos clientes, a taxa de
crescimento destas mesmas e a densidade de carga do circuito. Finalmente, temos fatores de natureza restritiva
como à máxima corrente admissível nos condutores, máxima queda de tensão, a maior sobrecarga permitida
nos transformadores e os fatores de natureza econômica.

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Dentre os fatores de natureza econômica estão os custos dos transformadores, dos condutores, da instalação,
das perdas de troca, entre outros.
6.7.1. Escolha do circuito
Para a escolha do circuito, considerar:
 Secção dos condutores;

 Densidade de carga (em KVA/m) máxima admissível no circuito;

 Densidade de carga inicial máxima (em KVA/m) quando da instalação da rede supondo taxas de
crescimento de 2.5%, 5% e 10%.
 Potências nominais mínimas de transformadores novos que alimentarão a rede de distribuição
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secundária, tanto para redes com horário de pico noturno e pico diurno.
 A demanda máxima admissível do transformador.

6.7.2. Escolha do tipo de condutor


Uma vez definido o traçado da rede, deve-se definir do tipo de condutor a ser utilizado.
Para a rede secundária o condutor a ser utilizado deverá ser de Alumínio e o tipo de isolação poderá ser Cabo
nu ou Cabo isolado (multiplexado).
6.7.3. Dimensionamento dos condutores
Definido o tipo de condutor a ser utilizado na Rede de Distribuição Secundária, deve-se passar determinar a
secção do condutor a ser utilizado.
Tal escolha se dará conforme os critérios a seguir:
1) Máxima corrente admissível;
2) Máxima queda de tensão admissível.
6.7.4. Critério de máxima corrente admissível
A corrente admissível para um condutor está diretamente ligada à temperatura que o mesmo atingirá devido
ao efeito Joule produzido pela circulação de corrente elétrica.
Para efeito de dimensionamento utiliza-se a máxima corrente em regime permanente. A secção do condutor
é determinada através do cálculo da demanda passante no quinto ano.
Fixada a demanda passante (corrente no quinto ano), define-se a secção do condutor de tal maneira que no
quinto ano a corrente seja inferior à corrente máxima admissível.

Secção Corrente Admissível (A)


1/0 AWG 200
336,4 MCM 430
3 x 1 x 70 mm2 216
3 x 1 x 120 mm2 304

Tabela 03 – Correntes Admissíveis de Condutores em Alumínio

6.8. Critério de Queda de Tensão


Os valores máximos e mínimos da tensão nos pontos de recebimento, dos circuitos secundários, devem obedecer
aos padrões expostos na Tabela 04.

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Tensão de Atendimento Faixa de Variação da Tensão de Leitura em Relação a


Tensão Nominal (V)
(TA) Tensão Nominal (Volts)
Adequado (201 ≤ TL ≤ 231) / (116 ≤ TL ≤ 133)
(189 ≤ TL < 201 ou 231 < TL ≤ 233) /
220/127 Precário
(109 ≤ TL < 116) ou (133 < TL ≤ 140)
Crítica (TL < 189 ou TL > 233) / (TL < 109 ou TL > 140)
Adequado (348 ≤ TL ≤ 396) / (201 ≤ TL ≤ 231)
(327 ≤ TL < 348 ou 396 < TL ≤ 403) /
380/220 Precário
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(189 ≤ TL < 201) ou (231 < TL ≤ 233)
Crítica (TL < 327 ou TL > 403) / (TL < 189 ou TL > 233)
Adequado (232 ≤ TL ≤ 264) / (116 ≤ TL ≤ 132)
(220 ≤ TL < 232 ou 264 < TL ≤ 269) /
254 /127 Precário
(109 ≤ TL < 116) ou (132 < TL ≤ 140)
Crítica (TL < 220 ou TL > 269) / (TL < 109 ou TL > 140)
Adequado (216 ≤ TL ≤ 241) / (108 ≤ TL ≤ 127)
(212 ≤ TL < 216 ou 241 < TL ≤ 253) /
230/115 Precário
(105 ≤ TL < 108) ou (127 < TL ≤ 129)
Crítica (TL < 212 ou TL > 253) / (TL < 105 ou TL > 129)
Adequado (216 ≤ TL ≤ 254) / (108 ≤ TL ≤ 127)
(212 ≤ TL < 216 ou 254 < TL ≤ 260) /
240/120 Precário
(106 ≤ TL < 108) ou (127 < TL ≤ 130)
Crítica (TL < 212 ou TL > 260) / (TL < 106 ou TL > 130)
Tabela 4 – Queda de Tensão
Obs.: Valores estabelecidos pelo Modulo 8 da PRODIST da ANEEL.

6.8.1. Cálculo da queda de tensão – ET’s Trifásicas


Conhecendo-se os limites de tensão na qual o cliente deve receber energia elétrica, deve-se determinar o
valor da queda de tensão no circuito secundário. Este cálculo deve ser efetuado nos extremos da rede, uma
vez que a queda de tensão neste ponto será máxima.
É fundamental o conhecimento da disposição relativa entre os condutores para posterior execução do cálculo
da queda de tensão. Considera-se padrão, a disposição do secundário na vertical com espaçamento de 200
mm, que implica em um DMG (distância média geométrica) de 252 mm.
Para o cálculo de quedas de tensão torna-se extremamente útil a utilização do conceito de ponto significativo
(PS) de uma rede secundária.
A fim de se determinar os valores de queda de tensão, calcula-se a diferença de potencial entre dois pontos
significativos.
Para cálculo da queda de tensão em um trecho calcula-se:

QT = K * S * L;

Onde:

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 QT = queda de tensão percentual.

 K = constante de proporcionalidade, irá variar de acordo com o condutor empregado, configuração


do circuito (valor do DMG) e do fator de potência das cargas alimentadas. (% kVA * 100 metros).
(Neste item, as cargas sempre serão consideradas equilibradas).
 S = carga (em kVA) acumulada no PS final do trecho. O ponto significativo mais distante da ET é
denominado PS final.
 L = comprimento do trecho em múltiplos de 100 metros.
Utilizando-se da planilha 1 do anexo A, pode-se calcular, para cada trecho, a queda de tensão entre um
determinado PS e a ET.
Coeficientes (Condutores de Alumínio)
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Condutores Carga Trifásica Carga Bifásica Carga Monofásica

Fase 1,00 0,92 1,00 0,92 1,00 0,92

1/0 AWG 0,1143 0,1295 0,2572 0,2914 0,6859 0,7770

3/0 AWG 0,0720 0,0918 0,1938 0,2349 0,5590 0,6640

336,4 MCM 0,0361 0,0582 0,1081 0,1562 0,3243 0,4502

3 X 1 X 70 mm2 0,1174 0,1156 - - - -

3 X 1 X 120 mm2 0,0607 0,0635 - - - -

Tabela 05 – Coeficiente de queda de Tensão para Condutores de Alumínio (em %/(KVA.100m))

6.8.2. Cálculo da queda de tensão para ET’s Monofásicos ou em Delta


No cálculo de queda de tensão para as ET´s trifásicas foi considerada uma carga equilibrada. Deste modo, é
possível calcular a tensão nos vários PS’s da rede sem considerações sobre as componentes monofásicas da
potência.
Entretanto, para ETs monofásicas ou em delta, existirá obrigatoriamente, uma componente monofásica de
potência, que alterará o cálculo da queda de tensão.
Desta forma, calcula-se a queda de tensão nas fases que alimentam cargas monofásicas, separando-se a
potência em duas parcelas:
 Componente trifásica equilibrada (para ETs em delta);

 Componente monofásica.
Para a componente trifásica equilibrada, obtém-se do mesmo modo calculado nas ET´s trifásicas, a
componente de queda num determinado trecho.
Para a carga monofásica, deve-se utilizar o coeficiente de queda de tensão, obtendo-se uma queda de tensão
respectiva.
A soma destas duas parcelas de queda resultará no valor da queda de tensão total no trecho desejado.
A componente monofásica e a componente trifásica equilibrada serão determinadas sabendo-se o valor das
demandas passantes nas fases A, B e C, respectivamente DEMA, DEMB e DEMC. Denomina-se A e B as fases
ligadas ao transformador de luz (que alimenta as cargas monofásicas), tem-se:
 Componente trifásica equilibrada (S3) é o triplo de demanda passante da fase C, ou seja:
S3 = 3 x DEMC

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 Componente monofásica (S1) corresponde a:

 DEMA  DEMB  2 x DEMC 


S1   
 3 

Desta forma, para o cálculo da queda de tensão, deve-se indicar para cada ponto significativo (PS) o seu
respectivo número e indicando, em múltiplos de 100 metros, a distância entre os vários pontos significativos.
Para o cálculo da queda de tensão em um trecho, tem-se:
 QT: queda de tensão porcentual;
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 K1: constante de proporcionalidade de queda de tensão monofásica. Unidade desta constante: %/kVA
x (100 m).
 l: distância entre os pontos significativos em múltiplos de 100 m;

 S1: carga monofásica (em KVA) acumulada no PS final do trecho considerado. O ponto significativo
mais distante da ET no trecho é denominado PS final;
 K3: constante de proporcionalidade de queda de tensão trifásica simétrica. Unidade desta constante:
%/KVA*(100 m);
 S3: carga trifásica (em kVA) acumulada no PS final do trecho considerado.
Utilizando-se a planilha 2 do anexo A, pode-se calcular a queda de tensão para cada trecho da rede
secundária, e deste modo determinar a tensão em cada ponto do circuito.
6.8.3. Limites de queda de tensão
Nos itens anteriores foram desenvolvidos procedimentos para cálculo da queda de tensão em pontos
significativos de uma rede secundária, seja a ET trifásica, monofásica ou em delta.
Nestes pontos significativos do circuito, a tensão deverá obedecer aos limites determinadas pelas resoluções
vigentes.
A tensão em qualquer PS circuito pode ser calculada a partir do valor da queda de tensão acumulada (QT-
Acumulada) e da tensão secundária de linha do transformador;

VPS = Vtr - QT-Acumulada * Vtr /100

Existe, entretanto, uma dificuldade na determinação de VPS, visto que a tensão secundária de linha nem
sempre é possível de ser avaliada, pois se deve conhecer;
 O perfil da tensão da rede primária, desde a ETD (Subestação) até a ET considerada;

 O tap no qual o transformador está colocado;

 A queda de tensão interna do transformador, ou seja, o valor de sua impedância.


Deve-se, portanto, fixar outra forma para determinar, ainda na fase de projeto, se as tensões de fornecimento
estarão dentro dos padrões da legislação em vigor.
Adota-se, portanto, como valor limite de queda de tensão acumulada 3% (para projeto) e 5% para operação.
Esta diferenciação entre projeto e operação é devida a algumas hipóteses feitas, quando do cálculo de queda
de tensão;
 Admite-se que as cargas são equilibradas;

 Não foi considerada a corrente de neutro.

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Utilizando-se deste critério para o projeto de uma rede, tem-se que, quando esta entrar em operação, devido
à existência de corrente no neutro, a queda de tensão medida será maior que a de projeto. Entretanto, esta
mesma queda será menor que o limite máximo operacional (5%), desde que a rede esteja devidamente
balanceada.

6.9. Transformadores
6.9.1. Dimensionamento
O dimensionamento de transformadores consiste em escolher, entre os padronizados, aquele cuja potência
nominal é suficiente para atender às demandas dos clientes durante o maior período possível, minimizando
sua ociosidade. A relação de transformação deve estar adequada aos níveis da tensão primária e secundária.
O projetista deve procurar o equipamento de menor potência nominal que atenda ao circuito, considerando
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a projeção da demanda através da taxa de crescimento e considerando que o ciclo diário de carga não é o de
corrente constante.
Este último aspecto permite que o transformador atenda a uma demanda máxima maior do que sua potência
nominal, desde que esta sobrecarga (em KVA) não acarrete sobreaquecimento.
6.9.2. Potência de limite técnico de carregamento (KVAT)
A vida útil do transformador não é afetada desde que não sejam ultrapassados os limites de temperatura de
diversos pontos. Estes parâmetros estão definidos pela ABNT e de acordo com as condições ambientais para
a troca de calor, podem ser obtidos os correspondentes limites para o carregamento em KVA.
Os carregamentos máximos admitidos são:

Potencia Nominal do Carregamento Térmico


Transformador (kVAN) (KVAT)

Menor que 75 kVA 1,6 x kVAN

Igual ou maior que 75 kVA 1,5 x kVAN

Tabela 06
6.9.3. Procedimento para a escolha do transformador
O valor da demanda máxima será igual ao KVAT mínimo do transformador a ser instalado na rede de
distribuição secundária, considerado um horizonte de projeto de 5 anos. Quando o controle sobre o KVAT
dos transformadores existentes não é disponível, utiliza-se o procedimento a seguir:
 Se o horário de pico ocorrer após as 18 horas pode-se calcular:

KVAN mínimo = KVAT/1.5


 Caso o horário de pico seja diurno, tem-se:

KVAN mínimo = KVAT/1.3


Deste modo, pode-se escolher a potência nominal do transformador a ser colocado na rede conforme a
Tabela 07.

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Potência Nominal (kVA)


Transformador Monofásico Transformador Trifásico
10 15
15 30
25 45
37,5 75
50 112,5
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100 150
- 225
- 300
Tabela 07 - Potências Padronizadas dos Transformadores
6.9.4. Banco de transformadores ligados em delta
Para dimensionamento de bancos de transformadores (secundário em delta aberto) devem-se separar as
cargas a serem alimentadas em cargas de luz (ou monofásicas) e cargas de força (ou trifásicas)
Para um transformador ligado em delta, dimensiona-se a potência do transformador de luz através da
expressão:

TL= (2/3)CL+(1/3)CF
e a potência dos transformadores de força será dimensionada por:

TF= (1/3)CL+(1/3)CF
onde, CL é igual a carga de luz e CF é igual a carga de força.
6.9.5. Banco de transformadores ligados em delta aberto
Para transformadores em delta aberto, tem-se: TL=CL+(CF/2) e TF=CF/2
6.9.6. Escolha dos elos fusíveis dos transformadores
Para a proteção dos transformadores das ET’s, alguns critérios básicos são estabelecidos:
– A capacidade de interrupção da chave fusível não requer necessariamente especificação que atenda
à corrente de curto-circuito no lado da alta tensão. A probabilidade de que ocorram defeitos neste
lado, no trecho a jusante da chave, é pequena; e no caso de ocorrerem curto-circuito no secundário,
a corrente refletida no primário não representa contribuição significativa para o nível de curto-
circuito. Portanto, em geral podem ser utilizadas chaves de menores capacidades de interrupção;
– O elo fusível deve operar para curto-circuito no transformador ou na rede secundária, fazendo com
que estes defeitos não tenham repercussão na rede primária;
– O elo fusível deve suportar continuamente, sem fundir, a sobrecarga que o transformador é capaz
de suportar sem redução em sua vida útil;
– Os elos fusíveis para a proteção dos transformadores deverão possuir capacidade adequada,
conforme a Tabela 08 e 09.

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ESPECIFICAÇÃO
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Capacidade Nominal e Tipo de Elo Fusível


Potência Nominal
13,2 kV 34,5 kV
Transformadores Monofásicos
5 1 H -
10 2 H 1H
15 3H 1H
25 5 H 2H
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37,5 8 K 3H
50 10 K 5H
100 15 K 6K

Tabela 08 - Elos Fusíveis para Transformadores Monofásicos

Capacidade Nominal e Tipo de Elo Fusível


Potência Nominal
13,2 kV 34,5 kV
Transformadores Trifásicos
15 1 H 1 H
30 2 H 1H
45 3 H 1H
75 5 H 2H
112,5 6 K -
150 8 K -
225 12 K -
300 20 K -
Tabela 09 - Elos Fusíveis para Transformadores Trifásicos

6.9.7. Escolha dos Tap’s dos transformadores


Os transformadores de distribuição possuem relação de transformação variável em degraus de amplitude
(em geral 2,5% ou 5% da tensão nominal). A escolha de um valor particular para esta relação corresponde ao
ajuste de tap e tem como objetivo melhorar o perfil de tensão da rede.
Exemplo: para um transformador com tensão (nominal) primária de 13.200 V e secundária de 227 V, e que
apresente cinco derivações (Taps): 14.400 V, 13.800 V, 13.200 V, 12.600 V e 12.000 V, ou seja, além do Tap
central ou nominal pode-se ligá-lo em um dos Tap’s superiores (aproximadamente + 5% e + 10%) ou em um
dos inferiores (-5% e – 10%). A ligação correta a ser utilizada irá variar de acordo com a tensão primária de
alimentação. Neste exemplo, o circuito primário tem a tensão nominal de 13.200 V, mas se as condições de
carregamento produzirem uma queda de tensão que resulta, no ponto de ligação, em um valor em torno de
12.600 V, este deve ser o tap utilizado. Desta forma, garante-se que a tensão secundária permanecerá em
torno de 227 V, apesar da queda de tensão no circuito primário. Da mesma forma, caso existam bancos de
capacitores (ou mesmo se for efetuado outro ajuste de tap à montante do transformador considerado)
resultando, no ponto de ligação, em tensão acima do nominal, deve-se utilizar o tap 13.800 V ou 14.400 V.
As condições de carregamento dos circuitos variam de acordo com as curvas de carga diferenciadas pelos
tipos de clientes (residencial, industrial, comercial ou mista) e correspondentes a um ciclo diário de atividade.

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Isto deve ser considerado para o ajuste de tap. Nos horários de pico, o transformador trabalha com demandas
em torno da máxima, ocorrendo maiores quedas de tensão e requerendo-se a utilização dos Tap’s inferiores.
Entretanto, com o transformador trabalhando em carga leve, com demandas em torno do mínimo, a ligação
nas derivações inferiores pode resultar em tensão secundária acima do valor nominal, ou mesmo do valor
máximo permitido.
Nos transformadores de distribuição é possível, na maior parte dos casos, ajustar o tap, de tal modo que os
níveis de tensão da rede secundária estejam conforme os valores padronizados.
Cabe ao projetista escolher a derivação mais adequada, considerando o nível da tensão primária, a queda de
tensão interna ao transformador e a queda de tensão no circuito secundário. A ligação adotada permanece
até que se registrem níveis insatisfatórios para as tensões de fornecimento, ou por medição em campo ou
por reclamação dos clientes.
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Quando, por exemplo, um cliente em ponta de linha registra tensão de fornecimento baixa, um dos
procedimentos que se adota é o de realiza ajusto no tap abaixo do atual, admitindo que a tensão primária se
mantenha constante, elevam-se as tensões em todo o circuito secundário ligado ao transformador. O cliente
mais distante passa a ter um nível adequado de tensão, mas o mais próximo pode receber tensão excessiva.
Portanto, o critério para escolha do tap é o de se garantir que a tensão no secundário do transformador esteja
abaixo da tensão permitida e a tensão no ponto mais distante (ou onde ocorre a maior queda) esteja acima
do valor mínimo permitido. Isto supõe que a tensão não se eleva ao longo do circuito secundário, o que
corresponde à realidade, uma vez que não se faz a composição de reativos pela baixa tensão e nem os
circuitos têm comprimento suficiente para que se considerem as capacitâncias da linha.
6.9.8. Procedimento de cálculo para escolha de Tap
Para a definição do tap de ligação mais adequado, são necessários os seguintes dados:
 V1 : tensão primário no ponto de ligação;
 Vmax : máxima tensão (secundária) admissível;
 Vmin : mínima tensão (secundária) admissível;
 V : maior queda de tensão do circuito secundário;
 SNON : potência nominal do transformador;
 V1nom: tensão primária nominal do transformador;
 V2nom : tensão secundária nominal do transformador;
 Rcc e Xcc : resistência e reatância equivalente de curto-circuito do transformador;
 Dmax : demanda máxima, com o respectivo fator de potência (cos );
 Dmin : demanda mínima, com o respectivo fator de potência (cos );
Deve-se realizar a análise nas situações de carga leve e pesada. Caso não se disponha da curva de carga do
transformador ou queda de tensão no circuito secundário, em condições de carga leve, pode-se adotar a
relação carga leve/carga pesada igual a 0,3, ou seja:

Dmin = Dmax X 0,3.

Seja Vtap o valor da tensão que corresponde ao tap utilizado para se ligar o transformador. Portanto, a
relação de transformação real é Vtap/v2nom, ao passo que a nominal é V1nom/v2nom.
Se a tensão primária for V1, então ela se reflete no secundário como V1* V2nom/Vtap. Subtraindo deste
valor a queda interna ao transformador, tem-se a tensão nos terminais do enrolamento secundário (V2) :
V2NOM
V2 = V1----------- -  VT
Vtap

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Onde  VT, é a queda de tensão referida ao secundário, em valor de linha.

Deve-se impor V2  VMAX, o que resulta em:

V1 x V2NOM
Vtap  = -----------------------
VMAX +  VT
Em contraponto, se a tensão no ponto mais crítico do circuito secundário for VC, vale VC = V2 -  V, e deve-
se impor VC  VMIN resultando em:
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V1 x V2NOM
Vtap  -------------------------------
VMIN +  VT +  V

Portanto, ficam estabelecidos um limite superior e inferior para o tap no qual se deve ligar o transformador.
O valor V1 é obtido através do cálculo da queda de tensão no circuito primário e  V através do mesmo
cálculo para as situações de carga leve e pesada.
A queda de tensão do transformador trifásico ( VT) é calculada por:

 VT = ( RCC cos+ XCC sen  ) ( V2 NOM / SNOM ) x I2 x √3

Considerando-se que a impedância do transformador esteja em valor percentual ou por unidade, a corrente
no enrolamento secundário Iz é obtida através da demanda (D).

I2 = D/ √3 V2NOM

Caso o transformador seja monofásico, tem-se que:

 VT = ( RCC cos+ XCC sen  ) ( V2 NOM / SNOM ) x I2

Considerando-se a impedância do transformador em valor por unidade. A corrente I2 neste caso será igual a:

I2 = D/VNOM

Seja o transformador trifásico ou monofásico adota-se por simplicidade que a tensão no secundário é igual à
nominal. Também no cálculo de  VT, adota-se uma aproximação, ou seja, a queda de tensão interna está
em fase com a tensão V2.

Exemplo:
Considerando um transformador trifásico de 45 KVA, 13200/227 V, com os Tap’s: 14400 V, 13800 V, 13200
V, 12600 V, 12000 V e com impedância de curto-circuito RCC=0,8%, XCC=5%.
As condições da rede são tais que a demanda máxima é 54 KVA, cos = 0.9 indutivo, resultando, no ponto mais
crítico do circuito secundário, em uma queda de tensão de 4 V (1,8%).
A tensão no primário é de 12800 V (97%) em carga pesada e 13400 V (101%) em carga leve. Adotando-se
DMIN/DMAX = k 0,3, segue:

 VT = (0,008 x 0,9 + 0,050 x 0,43589) (220 2)x(54000/ √3x220) x √3 = 7,65 V

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V1 * V2NOM 12800 * 227


------------------ = -------------------- = 11899 V
VMAX +  VT 229 + 7,65

Na situação de carga leve estes valores mudam para:

VT= K * 7,65 = 0,3 x 7,65 = 2,29 V

V1 * V2NOM 13400 * 220


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------------------ = -------------------- = 12746 V
VMAX +  VT 229 + 2,29

Portanto, o tap mínimo é de 12746V, pois se for adotado o valor correspondente à situação de demanda
máxima (11899 V) em carga leve, a tensão V2 atinge o valor 13400*220/11899 – 2,29 = 245 V, acima do
limite de 229 V.

Falta a determinação do tap máximo:

V1 * V2NOM 12800 * 220


------------------------ = --------------------- = 13242 V
VMIN +  VT +  V 201 + 7,65 + 4

Para a demanda mínima obtém-se:

V1 * V2NOM 13400 * 220


--------------------- = -------------------------------- = 14416 V
VMIN +  VT +  V 201 + (7,65 + 4) * 0,3

Portanto, o limite superior para o tap vale 13242 V. O outro valor (14416 V) pode levar a tensão no ponto
crítico do circuito secundário (VC) abaixo de 201 V, quando da ocorrência de carregamento maiores: no caso
da demanda máxima, para os números deste exemplo,

VC = 12800 * (220/14416) - 7,65 – 4 = 184 V

Dentro dos limites determinados, 12746 < Vtap < 13242 V, existe apenas um tap disponível: 13200 V, que
deve ser o escolhido.
Na eventualidade de haver mais de um tap que satisfaça às condições deste critério, deve-se optar pelo mais
elevado que é o que produz a menor flutuação de tensão. Assim a tendência dos circuitos é de se tornarem
mais carregados, com aumento das quedas de tensão e a consequente necessidade de se utilizar Tap’s
inferiores. Utilizando inicialmente um tap elevado, existe a possibilidade de ajustes posteriores.
Não havendo nenhum tap disponível dentro do intervalo calculado, deve-se optar pelo mais próximo. A
determinação de V2 em carga pesada define a escolha entre dois tap’s próximos ao intervalo.
Se for determinado o tap máximo menor do que o mínimo não é possível manter a tensão V2 ou VC dentro
dos limites, devendo ser pesquisada uma nova configuração do circuito, com redistribuição das cargas.

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Neste método de cálculo foram admitidos que se conhecessem os valores de tensão primária em carga leve
e pesada. Deve-se, entretanto, ter em mente que nem sempre isto é possível. Sendo assim, normalmente
utiliza-se o tap mais alto para as ET’s localizadas no início do circuito primário e adota-se o tap mais baixo
para as ET’s localizadas no ponto do circuito primário.

6.10. Aterramento
As regras fundamentais em relação ao aterramento de Redes Aéreas de Distribuição são as seguintes:
a) Todos os transformadores de distribuição deverão ser aterrados e o valor máximo admissível de
resistência de terra deve ser de 25 ohms (transformador de 15 kV);
b) Nos postes adjacentes aos postes que possuem estação transformadora (ET) também deverão ser
aterrados;
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c) Os neutros devem ser aterrados de 300 em 300 metros, quando não houver nenhum aterramento nesse
trecho;
d) No circuito secundário nenhum ponto deve ficar afastado mais de 200 metros de um aterramento.
e) Todo fim de linha definitivo deverá ter seu neutro aterrado;
f) Havendo condutor neutro no poste, a ligação à terra deverá ser comum aos para-raios e ao condutor
neutro.
g) Com a finalidade de se evitar acidentes, todas as cercas existentes sob as redes, deverão ser seccionadas
e aterradas.
h) O aterramento do estai deve interligar o estai ao neutro da BT (multiaterrado).

7. REGISTROS DA QUALIDADE
Não aplicável

8. ANEXOS
A. PLANILHA
001. Cálculo de Queda de Tensão – ET Trifásica
002. Cálculo de Queda de Tensão – ET Monofásica ou em Delta

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ANEXO A – PLANILHAS

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Planilha 1 - Cálculo de Queda de Tensão – ET Trifásica

(h)
(a) (c) (g) (i)
(d) (e) Trecho
Trecho (b) Comprimento Constante Queda
(f) Queda
do trecho - Carga (PS Carga do de
Condutor de
condutor Fim) Acumulada Fator de Condutor tensão
tensão
(metros) Potência
PS PS (V/(Axkm)) (%)
(%)
Incio Fim
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As instruções para o preenchimento da planilha P1 são:
a) Na coluna “Trecho”, anotar todos os trechos a partir do transformador, com os respectivos números do
PS-início e PS-fim seguindo o fluxo de carga;
b) Na coluna “Condutor” indicar a secção e o material do condutor;
c) Na coluna “Compr. Trecho” indicar o comprimento do trecho em múltiplos de 100 m;
d) Na coluna “Carga PS-fim”, anotar a carga fornecida para clientes do PS-fim do trecho;
e) Na coluna “Carga Acumulada”, anotar a soma de todas as cargas a jusante do PS-fim do trecho somada
à carga no PS-fim;
f) Na coluna “Fator de Potência”, mostrar o valor do fator de potência adotado para o trecho;
g) Na coluna “Coef de QT”, anotar o valor do coeficiente de queda de tensão trifásico;
h) Na coluna QT – Trecho multiplicar os valores das colunas “Carga acumulada”, “comprimento do trecho”
e “Coeficiente de QT”;
i) Na coluna QT – Acumulado somam-se as quedas de tensão por trecho partindo-se do transformador até
o trecho considerado, determinando-se a queda de tensão no PS-fim deste trecho.

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Planilha 2 – Cálculo de Queda de Tensão – ET Monofásica ou em Delta

(a)
CONDUTORES

ACUMULADA
(c) COMPR.
(e) CARGA (j)
TRECHO TRECHO (d) (f) (i) (k)

(n) QT
(g) (h) CARGA (l) (m)
(b)

CARGA ACUMULADA FP K1 QT1 CARGA FP QT


PS PS MONOF. MONOF. 1 TRIF. ACUMULADA 3 K3
INICIO FIM TRIFÁSICA
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As instruções para o preenchimento da planilha 2 são:
a) Na coluna “trecho”, anotar todos os trechos a partir do transformador, com os respectivos números do
PS-início e PS-fim, seguindo o fluxo de carga;
b) Na coluna “Condutor”, indicar a secções e o material dos condutores;
c) Na coluna “Comp. Trecho”, indicar o comprimento do trecho em múltiplos de 100 metros;
d) Na coluna “Carga Monofásica”, anotar a carga monofásica fornecida para clientes do PS-fim do trecho.
A carga monofásica (S1) pode ser obtida tanto por modificações, como por estimativa ou por
gerenciamento. Sabendo o valor da taxa de crescimento a carga obtida deve ser referida ao quinto ano;
e) Na coluna “Carga Monofásica Acumulada”, anotar a soma de todas as cargas monofásicas e jusante do
PS-fim do trecho, somada à carga monofásica do PS-fim obtida no item d;
f) Na coluna “Fator de Potência 1” indicar o fator de potência adotado do trecho para os clientes
monofásicos;
g) Na coluna K1, anotar o valor do coeficiente de queda de tensão bifásico;
h) Na coluna QT1, anotar o produto dos valores das colunas “carga monofásica acumulada”, “comprimento
do trecho” e K1, obtendo-se a queda de tensão porcentual monofásica;
i) Na coluna “Carga Trifásica”, anotar o valor da carga trifásica fornecida (S3) a clientes do PS-fim do trecho
e será medida em KVA. O valor de S3 pode ser obtido através de medições, estimativas ou
gerenciamento. Conhecida a taxa de crescimento, a carga obtida deve ser referida ao quinto ano;
j) Na coluna “Carga trifásica Acumulada”, anotar a soma de todas as cargas trifásicas e ajusante do PS-fim
do trecho, somada à carga trifásica do PS-fim do trecho obtida no item c;
k) Na coluna “Fator de potência 3”, indicar o fator de potência adotado do trecho para os clientes trifásicos;
l) Na coluna K3, anotar o coeficiente de queda de tensão trifásica;
m) Na coluna QT, somar os valores das colunas QT1 e QT3 obtendo a queda de tensão porcentual no trecho;
n) Na coluna “QT-Acumulada”, somam-se as quedas de tensão por trecho partindo-se do transformador
até o trecho considerado, determinando-se assim a queda de tensão no PS-fim deste trecho.

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