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INÍCIO FIM
PAULO JORGE TAVARES DE LIMA – ENGENHARIA SP
19/05/2016 19/05/2018
TÍTULO CÓDIGO VERSÃO
ES.DT.PDN.03.01.004 01
PROJETO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA VIGÊNCIA
SECUNDÁRIA INÍCIO FIM
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA 19/05/2016 19/05/2018
SUMÁRIO
1. OBJETIVO ..............................................................................................................................................................4
2. HISTÓRICO DAS REVISÕES ....................................................................................................................................4
3. APLICAÇÃO ...........................................................................................................................................................4
4. REFERÊNCIAS EXTERNAS .......................................................................................................................................4
5. DEFINIÇÕES ..........................................................................................................................................................4
6. DESCRIÇÃO E RESPONSABILIDADES ......................................................................................................................5
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1. OBJETIVO
Fornecer subsídios aos colaboradores e projetistas para elaboração de projetos, estudo de expansão e adequação
da rede aérea de distribuição secundária, fixa também as condições para conexão de novos clientes na área de
concessão da EDP Bandeirante.
3. APLICAÇÃO
Esta especificação técnica aplica-se a EDP Bandeirante.
4. REFERÊNCIAS EXTERNAS
Para a aplicação deste documento, deverá ser consultada também as seguintes normas e resoluções em sua última
revisão:
NBR 15.688 - Redes de distribuição aérea de energia elétrica com condutores nus
ANEEL Resolução - Resolução Nº 414 de 09 de setembro de 2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica
Nº 414
5. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Especificação Técnica, adotar as definições abaixo:
Concessionário de Pessoa jurídica detentora de concessão federal para explorar a prestação de serviços
Energia Elétrica públicos de energia elétrica, aqui representada pela EDP Bandeirante.
Demanda Valor da potência, em kVA, requisitada por uma determinada quantidade de carga
instalada, depois de aplicados os respectivos fatores de demanda.
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Ramal de ligação Conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de derivação da rede
de distribuição secundária da Concessionária e o ponto de entrega.
Rede Primária Conjunto contínuo de elementos de rede que são energizados a partir de uma ETD.
Sistema de distribuição Parte do sistema de potência destinada ao transporte de energia elétrica a partir do
barramento secundário de uma subestação até os pontos de consumo.
6. DESCRIÇÃO E RESPONSABILIDADES
6.1. Introdução
Com o roteiro de elaboração dos projetos e procedimentos de cálculo e coleta de dados, inclusos neste
documento, pretende-se, tanto quanto possível, uniformizar a metodologia de projeto dentro da EDP
Bandeirante.
Pelos motivos expostos é necessário que os projetos sejam executados cuidadosamente segundo critérios e
metodologias que possibilitem a obtenção de desempenho adequado e custos globais reduzidos ao longo prazo.
Devido ao grande número de clientes e abrangência física da rede de distribuição secundária, as intervenções
são efetuadas em números elevados, correspondendo por parcela fundamental dos esforços da EDP
Bandeirante. Além disso, a configuração da rede de distribuição secundária influencia em alto grau o traçado da
rede primária.
O critério básico a ser adotado é o de procurar abordar o projeto a ser executado de maneira global, sendo a
rede de distribuição secundária englobada como parte integrante do sistema de distribuição. Portanto, sempre
que possível, o projeto de um circuito secundário deve ser elaborado completo, visando atendimento de
solicitações futuras, mesmo que a curto prazo possa ser necessário a execução de apenas uma parcela da obra
prevista, a medida que as solicitações subsequentes forem recebidas, novas etapas da obra serão executadas
proporcionando um crescimento racional à rede.
Outro aspecto do enfoque global proposto, é que um projeto completo deve abordar todos os problemas
identificados no trecho abrangido. Por exemplo, ao se efetuar uma substituição de condutor, deve-se proceder
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Na etapa de elaborarão do projeto básico, as principais atividades efetuadas são o lançamento das informações
anteriormente obtidas, determinação do traçado da rede, escolha dos tipos de condutores e o dimensionamento
dos transformadores e condutores.
A fase final do projeto (elaboração do projeto definitivo) consiste no detalhamento do projeto básico,
envolvendo as seguintes etapas: inspeção de campo, determinação do local a serem instalados os postes,
dimensionamento mecânico, dimensionamento elétrico e previsão de iluminação pública.
6.3.1. Obtenção de dados preliminares
A obtenção dos dados preliminares é o primeiro passo dentro do processo de elaboração do projeto de redes
de distribuição secundária.
Esta fase pode ser subdividida em três etapas:
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No estudo de grandes grupos de clientes, áreas com predominância de crescimento vertical e outras com
predominância crescimento horizontal, aparecem conjuntamente, sendo suas características combinadas
para a formação de uma tendência global estável.
Neste caso, não é essencial sua discriminação, no entanto, à medida que se estuda um bairro, ou um conjunto
de quarteirões atendidos por uma ET, a distinção se faz necessária. Se o projeto for realizado em uma área
residencial totalmente constituída, os acréscimos de carga são devidos apenas ao crescimento vertical
(vegetativo), definido por taxas relativamente baixas. No caso oposto, em áreas pouco construídas, é
frequente a ligação de novos clientes, levando a taxas globais de crescimento de carga superiores às medidas
da categoria.
Elevadas taxas de crescimento também podem ocorrer nas áreas densamente construídas, nas quais esteja
em curso uma alteração nas características de consumo. É o caso de áreas com predominância de casas e
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Na Tabela 01 são sintetizados os casos principais de combinação entre tais parâmetros, fornecendo
recomendações para adoção da taxa de crescimento.
Densidade de Urbanização ou pólo de Alteração de
Taxa a adotar
ocupação atração característica
- - Sim Alta
Tabela 01 - Critério para Estimativa de Taxa de Crescimento de Carga
Notas:
1) Entende-se por taxa de crescimento baixa, aquele referente ao crescimento vegetativo da ordem de
2% ao ano;
2) Nos casos de taxas de crescimento altas, adotar valores superiores ao médio. Em tais casos, é
necessário coletar maior volume de dados e, se possível, comparar o processo a casos similares já
ocorridos, a fim de possibilitar fixação do valor numérico.
Lotes kWH/mensal
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Casa kWH/mensal
Para se obter a demanda dos circuitos de baixa tensão e dos transformadores e dos demais equipamento, as
estimativas dos lotes envolvidos deverão ser somadas e posteriormente aplicado a formula do cálculo de
demanda estimada.
6.5.1. Processo por medição
A demanda passante em pontos de interesse pode ser obtida por medições de correntes na rede secundária,
as medições devem registrar a demanda máxima no trecho.
Devem ser fixadas datas compatíveis com os períodos de ponta, ou seja, nos dias úteis, não contíguo a
feriados e outros eventos. Os casos especiais devem ser tratados cuidadosamente.
Em localidades onde o consumo é condicionado pelo fluxo de turismo, as medições devem ser efetuadas nos
fins de semana ou época de temporada.
Após determinadas às correntes máximas, as correspondentes demandas (em KVA) são obtidas
multiplicando-se pela tensão de fase:
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Portanto, deve-se multiplicar a demanda calculada por fator de segurança (1,1 a 1,3) antes de utilizá-la para
dimensionamento.
Para medida de demanda em circuitos alimentados por ET’s ligadas em delta (aberto ou fechado) é necessária
a medição da corrente de fase em cada transformador monofásico, permitindo o dimensionamento de cada
transformador.
Portanto, é necessário realizar a medição das correntes antes do fechamento do delta. Desta forma, estará
sendo medida a corrente de fase do secundário do transformador.
Para a determinação da demanda em cada fase, basta multiplicar o valor de corrente pela tensão de linha.
Os fatores de segurança utilizados para o sistema estrela também deverão ser aplicados.
6.5.2. Uso do Sistema de Informação Técnica (SIT)
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Exemplo:
Obter, pela metodologia da função KVAS, a demanda máxima para dimensionamento de uma ET, com os
seguintes dados:
30 clientes residenciais, faixa de 100 -160 kwh;
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Utilizando-se da função KVAS, pode-se determinar a demanda máxima diversificada para a ET:
CM = 11.120 kWh
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Dentre os fatores de natureza econômica estão os custos dos transformadores, dos condutores, da instalação,
das perdas de troca, entre outros.
6.7.1. Escolha do circuito
Para a escolha do circuito, considerar:
Secção dos condutores;
Densidade de carga inicial máxima (em KVA/m) quando da instalação da rede supondo taxas de
crescimento de 2.5%, 5% e 10%.
Potências nominais mínimas de transformadores novos que alimentarão a rede de distribuição
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QT = K * S * L;
Onde:
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Componente monofásica.
Para a componente trifásica equilibrada, obtém-se do mesmo modo calculado nas ET´s trifásicas, a
componente de queda num determinado trecho.
Para a carga monofásica, deve-se utilizar o coeficiente de queda de tensão, obtendo-se uma queda de tensão
respectiva.
A soma destas duas parcelas de queda resultará no valor da queda de tensão total no trecho desejado.
A componente monofásica e a componente trifásica equilibrada serão determinadas sabendo-se o valor das
demandas passantes nas fases A, B e C, respectivamente DEMA, DEMB e DEMC. Denomina-se A e B as fases
ligadas ao transformador de luz (que alimenta as cargas monofásicas), tem-se:
Componente trifásica equilibrada (S3) é o triplo de demanda passante da fase C, ou seja:
S3 = 3 x DEMC
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Desta forma, para o cálculo da queda de tensão, deve-se indicar para cada ponto significativo (PS) o seu
respectivo número e indicando, em múltiplos de 100 metros, a distância entre os vários pontos significativos.
Para o cálculo da queda de tensão em um trecho, tem-se:
QT: queda de tensão porcentual;
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S1: carga monofásica (em KVA) acumulada no PS final do trecho considerado. O ponto significativo
mais distante da ET no trecho é denominado PS final;
K3: constante de proporcionalidade de queda de tensão trifásica simétrica. Unidade desta constante:
%/KVA*(100 m);
S3: carga trifásica (em kVA) acumulada no PS final do trecho considerado.
Utilizando-se a planilha 2 do anexo A, pode-se calcular a queda de tensão para cada trecho da rede
secundária, e deste modo determinar a tensão em cada ponto do circuito.
6.8.3. Limites de queda de tensão
Nos itens anteriores foram desenvolvidos procedimentos para cálculo da queda de tensão em pontos
significativos de uma rede secundária, seja a ET trifásica, monofásica ou em delta.
Nestes pontos significativos do circuito, a tensão deverá obedecer aos limites determinadas pelas resoluções
vigentes.
A tensão em qualquer PS circuito pode ser calculada a partir do valor da queda de tensão acumulada (QT-
Acumulada) e da tensão secundária de linha do transformador;
Existe, entretanto, uma dificuldade na determinação de VPS, visto que a tensão secundária de linha nem
sempre é possível de ser avaliada, pois se deve conhecer;
O perfil da tensão da rede primária, desde a ETD (Subestação) até a ET considerada;
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Utilizando-se deste critério para o projeto de uma rede, tem-se que, quando esta entrar em operação, devido
à existência de corrente no neutro, a queda de tensão medida será maior que a de projeto. Entretanto, esta
mesma queda será menor que o limite máximo operacional (5%), desde que a rede esteja devidamente
balanceada.
6.9. Transformadores
6.9.1. Dimensionamento
O dimensionamento de transformadores consiste em escolher, entre os padronizados, aquele cuja potência
nominal é suficiente para atender às demandas dos clientes durante o maior período possível, minimizando
sua ociosidade. A relação de transformação deve estar adequada aos níveis da tensão primária e secundária.
O projetista deve procurar o equipamento de menor potência nominal que atenda ao circuito, considerando
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Tabela 06
6.9.3. Procedimento para a escolha do transformador
O valor da demanda máxima será igual ao KVAT mínimo do transformador a ser instalado na rede de
distribuição secundária, considerado um horizonte de projeto de 5 anos. Quando o controle sobre o KVAT
dos transformadores existentes não é disponível, utiliza-se o procedimento a seguir:
Se o horário de pico ocorrer após as 18 horas pode-se calcular:
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TL= (2/3)CL+(1/3)CF
e a potência dos transformadores de força será dimensionada por:
TF= (1/3)CL+(1/3)CF
onde, CL é igual a carga de luz e CF é igual a carga de força.
6.9.5. Banco de transformadores ligados em delta aberto
Para transformadores em delta aberto, tem-se: TL=CL+(CF/2) e TF=CF/2
6.9.6. Escolha dos elos fusíveis dos transformadores
Para a proteção dos transformadores das ET’s, alguns critérios básicos são estabelecidos:
– A capacidade de interrupção da chave fusível não requer necessariamente especificação que atenda
à corrente de curto-circuito no lado da alta tensão. A probabilidade de que ocorram defeitos neste
lado, no trecho a jusante da chave, é pequena; e no caso de ocorrerem curto-circuito no secundário,
a corrente refletida no primário não representa contribuição significativa para o nível de curto-
circuito. Portanto, em geral podem ser utilizadas chaves de menores capacidades de interrupção;
– O elo fusível deve operar para curto-circuito no transformador ou na rede secundária, fazendo com
que estes defeitos não tenham repercussão na rede primária;
– O elo fusível deve suportar continuamente, sem fundir, a sobrecarga que o transformador é capaz
de suportar sem redução em sua vida útil;
– Os elos fusíveis para a proteção dos transformadores deverão possuir capacidade adequada,
conforme a Tabela 08 e 09.
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Isto deve ser considerado para o ajuste de tap. Nos horários de pico, o transformador trabalha com demandas
em torno da máxima, ocorrendo maiores quedas de tensão e requerendo-se a utilização dos Tap’s inferiores.
Entretanto, com o transformador trabalhando em carga leve, com demandas em torno do mínimo, a ligação
nas derivações inferiores pode resultar em tensão secundária acima do valor nominal, ou mesmo do valor
máximo permitido.
Nos transformadores de distribuição é possível, na maior parte dos casos, ajustar o tap, de tal modo que os
níveis de tensão da rede secundária estejam conforme os valores padronizados.
Cabe ao projetista escolher a derivação mais adequada, considerando o nível da tensão primária, a queda de
tensão interna ao transformador e a queda de tensão no circuito secundário. A ligação adotada permanece
até que se registrem níveis insatisfatórios para as tensões de fornecimento, ou por medição em campo ou
por reclamação dos clientes.
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Seja Vtap o valor da tensão que corresponde ao tap utilizado para se ligar o transformador. Portanto, a
relação de transformação real é Vtap/v2nom, ao passo que a nominal é V1nom/v2nom.
Se a tensão primária for V1, então ela se reflete no secundário como V1* V2nom/Vtap. Subtraindo deste
valor a queda interna ao transformador, tem-se a tensão nos terminais do enrolamento secundário (V2) :
V2NOM
V2 = V1----------- - VT
Vtap
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V1 x V2NOM
Vtap = -----------------------
VMAX + VT
Em contraponto, se a tensão no ponto mais crítico do circuito secundário for VC, vale VC = V2 - V, e deve-
se impor VC VMIN resultando em:
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Portanto, ficam estabelecidos um limite superior e inferior para o tap no qual se deve ligar o transformador.
O valor V1 é obtido através do cálculo da queda de tensão no circuito primário e V através do mesmo
cálculo para as situações de carga leve e pesada.
A queda de tensão do transformador trifásico ( VT) é calculada por:
Considerando-se que a impedância do transformador esteja em valor percentual ou por unidade, a corrente
no enrolamento secundário Iz é obtida através da demanda (D).
I2 = D/ √3 V2NOM
Considerando-se a impedância do transformador em valor por unidade. A corrente I2 neste caso será igual a:
I2 = D/VNOM
Seja o transformador trifásico ou monofásico adota-se por simplicidade que a tensão no secundário é igual à
nominal. Também no cálculo de VT, adota-se uma aproximação, ou seja, a queda de tensão interna está
em fase com a tensão V2.
Exemplo:
Considerando um transformador trifásico de 45 KVA, 13200/227 V, com os Tap’s: 14400 V, 13800 V, 13200
V, 12600 V, 12000 V e com impedância de curto-circuito RCC=0,8%, XCC=5%.
As condições da rede são tais que a demanda máxima é 54 KVA, cos = 0.9 indutivo, resultando, no ponto mais
crítico do circuito secundário, em uma queda de tensão de 4 V (1,8%).
A tensão no primário é de 12800 V (97%) em carga pesada e 13400 V (101%) em carga leve. Adotando-se
DMIN/DMAX = k 0,3, segue:
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Portanto, o tap mínimo é de 12746V, pois se for adotado o valor correspondente à situação de demanda
máxima (11899 V) em carga leve, a tensão V2 atinge o valor 13400*220/11899 – 2,29 = 245 V, acima do
limite de 229 V.
Portanto, o limite superior para o tap vale 13242 V. O outro valor (14416 V) pode levar a tensão no ponto
crítico do circuito secundário (VC) abaixo de 201 V, quando da ocorrência de carregamento maiores: no caso
da demanda máxima, para os números deste exemplo,
Dentro dos limites determinados, 12746 < Vtap < 13242 V, existe apenas um tap disponível: 13200 V, que
deve ser o escolhido.
Na eventualidade de haver mais de um tap que satisfaça às condições deste critério, deve-se optar pelo mais
elevado que é o que produz a menor flutuação de tensão. Assim a tendência dos circuitos é de se tornarem
mais carregados, com aumento das quedas de tensão e a consequente necessidade de se utilizar Tap’s
inferiores. Utilizando inicialmente um tap elevado, existe a possibilidade de ajustes posteriores.
Não havendo nenhum tap disponível dentro do intervalo calculado, deve-se optar pelo mais próximo. A
determinação de V2 em carga pesada define a escolha entre dois tap’s próximos ao intervalo.
Se for determinado o tap máximo menor do que o mínimo não é possível manter a tensão V2 ou VC dentro
dos limites, devendo ser pesquisada uma nova configuração do circuito, com redistribuição das cargas.
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Neste método de cálculo foram admitidos que se conhecessem os valores de tensão primária em carga leve
e pesada. Deve-se, entretanto, ter em mente que nem sempre isto é possível. Sendo assim, normalmente
utiliza-se o tap mais alto para as ET’s localizadas no início do circuito primário e adota-se o tap mais baixo
para as ET’s localizadas no ponto do circuito primário.
6.10. Aterramento
As regras fundamentais em relação ao aterramento de Redes Aéreas de Distribuição são as seguintes:
a) Todos os transformadores de distribuição deverão ser aterrados e o valor máximo admissível de
resistência de terra deve ser de 25 ohms (transformador de 15 kV);
b) Nos postes adjacentes aos postes que possuem estação transformadora (ET) também deverão ser
aterrados;
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7. REGISTROS DA QUALIDADE
Não aplicável
8. ANEXOS
A. PLANILHA
001. Cálculo de Queda de Tensão – ET Trifásica
002. Cálculo de Queda de Tensão – ET Monofásica ou em Delta
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(h)
(a) (c) (g) (i)
(d) (e) Trecho
Trecho (b) Comprimento Constante Queda
(f) Queda
do trecho - Carga (PS Carga do de
Condutor de
condutor Fim) Acumulada Fator de Condutor tensão
tensão
(metros) Potência
PS PS (V/(Axkm)) (%)
(%)
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(a)
CONDUTORES
ACUMULADA
(c) COMPR.
(e) CARGA (j)
TRECHO TRECHO (d) (f) (i) (k)
(n) QT
(g) (h) CARGA (l) (m)
(b)
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